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Resposta Imunológica contra Bactérias

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Aula Letícia – 21/08
Proteção contra agentes infecciosos: bactérias intracelulares e extracelulares
Para se ativar o sistema imune, terá que haver o reconhecimento de moléculas próprias ou não próprias através de receptores, compreendidos por: receptores fagocíticos, receptores de mediadores ou receptores PRR’s / PAMP’s / mediadores inflamatórios.
O reconhecimento por receptores pode:
ativar mecanismos microbicidas:
- fagocitose: junção do fagossomo com lisossomo para destruição do patógeno
- liberação de grânulos
- indução de NET
-liberação de ROS / NO
ativar mediadores como citocinas, quimiocinas e mediadores lipídicos que podem atuar na ativação de outras células, no recrutamento ou na medula óssea
ativar a imunidade adaptativa
Ativação da imunidade adaptativa:
DC’s imaduras reconhecem um ag e começam a expressar receptores, se tornando assim, ativas e maduras. Em órgãos linfóides ocorre apresentação do ag + MHC ao linfócito T, o que compreende o primeiro sinal. Então, B7 (molécula presente na membrana das APC’s ) interage com CD28 da membrana dos linfócitos T, gerando o segundo sinal. Por fim, a DC libera citocinas que ativa o LT.
LT ativado pode se diferenciar em CD4 ( “helper” ou auxiliar) ou LT efetores = CD8 (citotóxica auxiliando na morte celular), Th-1, Th-2, ...
(agora ela fala de infecção viral para comparar com bacteriana)
Vírus:
podem ser reconhecidos na membrana celular ou no citoplasma. Se infectar, dispara a primeira ação, compreendida pelo complemento e por ptns da fase aguda. Como resposta à infecção viral, as células iniciam a produção de INF- alfa e beta (INF do tipo 1) que atuam nas tanto nas células infectadas quanto nas células vizinhas produzindo PKR (proteína kinase dependente de RNA, a qual impede a produção de novas ptns através da inibição do fator de transcrição eIF2k) e oligodenilato sintase (enzima capaz de mudar a estrutura do DNA ou do RNA viral para que endonucleases consigam degradá-lo(s)).
Células em “estresse”passam a expressar moléculas que só são expressas nessa situação, o que acabará ativando células NK e, consequentemente, morte celular.
DC’s em contato com células infectadas irão expressar peptídeos virais + MHC classe 1 ativando LT CD8 (irá realizar a morte das células infectadas), anticorpos ( irão neutralizar e opsonizar ativando o complemento pela via clássica) e LT Th-1 (irão aumentar a atividade microbicida dos macrófagos).
Bactérias:
O processo é diferente!
Podem ser reconhecidas por:
liberação de toxinas que ativam anticorpos neutralizantes
PAMPs (padrões moleculares associados a patógenos), os quais ao serem reconhecidos podem tanto potencializar a resposta quanto modular o tipo de resposta a ser dada
Enzimas de lesão tecidual: fosfolipases, proteases, ... : através do processo de liberação de substâncias intracelulares
Sua invasão tanto extracelular quanto intracelular
Sistema de Secreção do tipo III e IV, os quais irão modular a célula a seu favor
Moléculas que induzem formação do inflamossomo
Resposta à bactérias extracelulares:
- Ação do complemento que acarretará poros na membrana bacteriana
- fagocitose (opsonização = complemento + anticorpos)
- ativação da resposta imune adaptativa: Th-1 com ativação de macrófagos e Th-17, o qual atrai neutrófilos e atua na produção de neutrófilos na medula
Respostas à bactérias intracelulares:
- atuação de CD8
- ativação de NKs
Imunopatogênese:
Patologia causada pela resposta imune. Uma resposta imune sempre causa algum tipo de dano, o qual pode ser simples ou patológico, causando doenças auto-imunes ou doenças crônicas, como a tuberculose.
Na imunopatogênese, a resposta é maior e mais danosa do que a lesão causada por um agente infeccioso.
FIM DA AULA!
Resumo da internet sobre o assunto:
Mecanismos de defesa contra infecções bacterianas
Em relação às bactérias, é fácil de perceber quais são os mecanismos de defesa. Nós temos sobretudo bactérias extracelulares, cuja resposta vai ser sobretudo dependente dos anticorpos; já para as bactérias intracelulares, os anticorpos são pouco relevantes, porque para a maior parte delas (a não ser em determinadas circunstancias) desenvolve-se, sobretudo, uma resposta celular, normalmente pelas Th1, macrófagos e as células T citotóxicas. A nível do tubo digestivo o anticorpo mais relevante é a IgA, que tem um aspecto de não inflamação (todas as mucosas de uma maneira geral “não gostam” de inflamação) e a IgA impede a adesão agregando os microrganismos e impedindo a sua interação com as células (aspecto muito característico da IgA produzida localmente).
Claro que outros anticorpos são mais inflamatórios, mas serem inflamatórios é por vezes condição para destruírem o microrganismo. Alguns microrganismos são diretamente sensíveis ao complemento, por exemplo, o grupo das Neisserias é muito susceptível à lise por complemento. No entanto, para a maior parte das bactérias, para haver agressão do complemento é necessário haver anticorpos. Os anticorpos vão atuar sobre estas bactérias, particularmente os anticorpos IgG em 2 vias: 
- Ativação de complemento; 
- Neutralização de toxinas (os anticorpos são neutralizantes). 
A activação do complemento tem duas facetas: 
• uma delas é destruir o microrganismo, formando os tais poros (que nós vemos muitas vezes não é tão critica como isso) 
• a mais importante é funcionarem como opsinas específicas, isto é, permitirem ser uma ponte (não há o toll-like receptor) passa a ser um ponto específico de reconhecimento do microrganismo para uma célula fagocítica. 
Bactérias Intracelulares 
A história é outra! Se as bactérias têm capacidade de serem captadas pelo fagócito, agora “vão ter que se haver” com todos aqueles mecanismos de destruição do fagócito. Contudo, há algumas bactérias com “membranas duras de roer”, isto é, não é à primeira que se consegue destruir aquela membrana, aquela capa que envolve o microrganismo. Isto acontece em algumas bactérias que são extremamente resistentes à capacidade lítica das células fagocíticas e sobrevivem dentro da célula (as micobactérias por exemplo). A expressão do MHC classe II e classe I também vão sinalizar as células T de que qualquer 
coisa está errada. Então, vamos ter ativação inicial macrofágica que vai depender do IFN-γ e esta célula começa a ter os seus mecanismos de ativação celular mais respondedores, e poderá assim controlar um pouco melhor esta infecção. Portanto, esta interação é uma maneira de ativar o macrófago e conseguir controlar um pouco melhor esta infecção. Portanto, esta interação é uma maneira de ativar o macrófago e conseguir controlar um pouco a infecção. É claro que isto muitas vezes não é possível, então há uma resposta intermédia, isto é, no caso das bactérias intracelulares (que estão dentro dos macrófagos), apesar da ativação macrofágica não foi susceptível de contrariar esta infecção, há um mal 
menor que é a resposta inflamatória granulomatosa. A formação de um granuloma é uma adaptação desta resposta imunológica aos microrganismos intracelulares (não é possível eliminá-lo, vamos então torná-lo quiescente dentro destas células). Cada vez vai haver mais microrganismos dentro destas células, mas elas vão formar um aglomerado que dificulta as condições metabólicas para a proliferação dos microrganismos. Muitas vezes este aglomerado vai estar rodeado por uma capa de células imunocompetentes que estão ali a ativar aqueles macrófagos, mantendo os microrganismos quiescentes. É claro que isto depois de fibrosar é ainda melhor (a quantidade de O2 e nutrientes naquele local é menor, tornando quiescente a infecção). 
Às vezes estes granulomas estão em locais que “não dão jeito nenhum” como é o caso da tuberculose. Se ocupam o vértice do pulmão, vão ocupar uma área que é importante para a oxigenação e o indivíduo, não tem a doença ativa, mas tem uma sequela importante. Como estão a ver, é uma adaptação desta resposta específica aos microrganismos intracelulares.

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