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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA - 
PROPEDÊUTICA E PROCESSOS DE CUIDAR DA 
SAUDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: 
RECÉM-NASCIDO - Laboratório 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Luciana Nonato Taveira UP20205269 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus - 2022 
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Introdução 
 
Sonda é um tubo que tem como função o acesso a algum canal do organismo com a finalidade 
de introdução ou retirada de substâncias no tratamento de determinada doença. É também um 
instrumento para ser introduzido em um canal ou em uma cavidade para fins propedêuticos, 
determinar a presença de estenose, corpo estranho ou outra situação mórbida. A sonda pode ser 
fina e pontiaguda com a finalidade de separar tecidos de dissecação. 
 
Objetivo 
 
Conhecer a produção científica sobre a técnica de sondagem em pediatria realizada pelos 
profissionais de enfermagem e identificar os consensos e controvérsias do procedimento 
passados na aula do dia 23 de outubro de 2022 administrada pela professora Hosana. 
 
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➢ Sonda Nasogástrica 
 
As sondas nasogástricas são amplamente utilizadas para funções emergenciais como 
descompressão, aspiração ou lavagem e seu local de ancoragem é a região gástrica. As sondas 
também podem ser inseridas através da cavidade oral, porém isso só é viável nas situações em 
que o paciente tenha seu nível de consciência deprimido, já que o procedimento causa 
desconforto e em situações de suspeita de fratura de base do crânio. É proibida a introdução de 
sondas por via nasal na suspeita ou confirmação de fratura de base de crânio. 
 
A sonda Levin é a sonda mais utilizada, feita de plástico ou borracha transparente com cerca de 
125cm de comprimento, lúmen único e vários calibres diferentes, onde os menores calibres são 
utilizados em neonatos e pediatria. Possui funções importantes para o tratamento em situações 
emergenciais e em unidades de tratamento intensivo, também pode ser utilizada em situações 
operatórias por períodos de até quatro semanas. 
 
As funções atribuíveis a esse modelo de soda gástrica são: 
 
✓ Descompressão gástrica; 
✓ Lavagem gástrica para remoção de toxinas; 
✓ Aspiração de material gástrico; 
✓ Administração de alimentos e medicamentos. 
 
Os materiais necessários para sondagem gástrica são: 
 
✓ Bandeja; 
✓ EPIs; 
✓ Seringa 3ml para recém-nascido e seringa 5 ml para crianças maiores; 
✓ Ampola de água destilada; 
✓ Estetoscópio; 
✓ Saco plástico para descarte de resíduos; 
✓ Fita indicativa de pH gástrico; 
✓ Papel toalha; 
✓ Sonda Levin; 
✓ Gaze; 
✓ Fixador de sonda. 
 
Processo de instalação da sonda nasogástrica: 
 
✓ Lavar as mãos; 
✓ Informar ao paciente e ao responsável sobre o procedimento; 
✓ Posicionar o paciente em Flower alta de 30 a 45 graus; 
✓ Inspecionar as narinas para reconhecer sujidades ou presença de desvio de septo; 
✓ Manter a cabeça fletida em relação ao tórax; 
✓ Mensurar o comprimento da sonda a ser introduzida no paciente para que fique 
corretamente posicionada no estômago; 
✓ Distancia da extremidade do nariz até o lobo da orelha e do lobo da orelha até o processo 
xilofóide. Deve-se adicionar 15 cm à posição da sonda nasogástrica; 
✓ Após medir, marcar na sonda o ponto máximo de inserção com caneta ou fita adesiva; 
 
 
 
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✓ Realizar lubrificação da sonda e então introduzi-la até a demarcação realizada 
previamente; 
✓ Realizar a confirmação de posicionamento da sonda na região gástrica e à fixação com 
fixador próprio ou fita adesiva para evitar retirada acidental; 
✓ Solicitar ao paciente que auxilie no processo de introdução da sonda através da 
deglutição dela; 
✓ Necessário confirmar o posicionamento da sonda na região gástrica para impedir que a 
sonda seja posicionada no pulmão, podendo causar broncoaspiração. 
 
Metodos de confirmação do posicionamento da sonda: 
 
✓ Aspiração do conteúdo gástrico com uma seringa e mensuração do pH = oucom solução antisséptica 
✓ Formação de pequenos envelopes com a gaze estéril com o auxílio das pinças; 
✓ Realização da antissepsia local com movimentos únicos; 
✓ Cobertura com o campo estéril do órgão genital; 
✓ Sexo masculino, introdução de gel antisséptico na uretra, pressionando levemente a 
glande para evitar seu extravasamento; 
✓ Sexo feminino, lubrificação da sonda com gel anestésico; 
✓ Introdução da sonda; no homem, o pênis deve estar retificado; na mulher, os lábios 
devem ser afastados com o dedo indicador e o polegar da mão dominante para 
visualização do orifício uretral; 
✓ Confirmação do retorno da urina; 
✓ Ao término do fluxo urinário, retirada da sonda de forma suave e secagem da região com 
as gazes; 
✓ Arrumação do leito do paciente com descarte dos materiais utilizados e da urina drenada 
em local adequado; 
✓ Checagem da prescrição médica e anotação do procedimento realizado no prontuário 
com as informações sobre o volume, o aspecto e a coloração da urina; 
✓ Assinatura e carimbo no prontuário. 
 
Esse procedimento proporcionará alívio da retenção urinaria do paciente, muitas vezes também 
é indicada a coleta de material para exame de urina. 
 
Sonda vesical de demora: 
 
Necessária quando o período de permanência do controle de urina for prolongado como nos 
casos abaixo: 
 
✓ Retenção urinaria ou obstruções vesicais; 
✓ Mensuração urinaria em pacientes críticos; 
✓ Pacientes pré e pós operatórios em cirurgia urológicas; 
✓ Grandes volumes de infusão e uso de diuréticos; 
✓ Lesões por pressão sacrais com incontinências. 
 
 
 
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A sonda vesical de demora é realizada com o uso da sonda Foley, um dispositivo fabricado em 
latex ou silicone de comprimentos variados com duas ou três vias e diferentes calibres, em 
sistema fechado, essa sonda deve ser conectada a uma bolsa coletora para minimizar o risco de 
infecção do trato urinário. 
 
Processo de instalação da sonda vesical de demora: 
 
✓ Lavar as mãos; 
✓ Informar o paciente e o responsável sobre o procedimento; 
✓ Instalação de biombo para preservação da intimidade e a realização da higiene íntima; 
✓ Realização de técnica estéril para impedir contaminação da sonda Foley; 
✓ Realizar a abertura de todo material de cateterismo sobre o leito entre as pernas do 
paciente; 
✓ Dispense a clorexidina tópica na cuba estéril, desprezando o primeiro jato; 
✓ Abra as ampolas de água destilada que serão utilizadas para inflar o balonete da sonda; 
✓ Realizar a abertura do invólucro da SVD r execute a testagem do balonete e a válvula da 
sonda utilizando seringa e ar, no volume recomendado, conforme o número da sonda; 
✓ Conectar a sonda a bolsa coletora de diurese em sistema fechado; 
✓ Realizar a aspiração da lidocaína gel a 2% na seringa com a ajuda de um técnico de 
enfermagem nos pacientes do sexo masculino; 
✓ Fazer a antissepsia do meato até a base do pênis, realizando a troca de gaze estéril em 
cada etapa; 
✓ Com o auxílio de uma pinça Pean e gazes esteireis, inclinar pelo meato. Orifício vaginal, 
pequenos lábios, com movimentos unidirecionais da região superior para a parte inferior 
da vulva, trocando a gaze nos pacientes do sexo feminino; 
✓ Posicione o pênis perpendicularmente ao corpo do paciente, introduza o bico da seringa 
no meato urinário e injete o lubrificante anestésico lentamente; 
✓ Afaste os lábios com o dedo indicador e o polegar da mão dominante, para visualizar o 
orifício uretral; 
✓ Faça a lubrificação da sonda Foley no meato urinário ou até observar a drenagem de 
urina; 
✓ Execute o preenchimento do cuff da sonda vesical de demora, utilizando a seringa 
previamente cheia de água destilada, o volume está impresso na via distal da sonda 
utilizada para insuflar o balão; 
✓ Fixe a sonda na região suprapúbica com adesivo hipoalérgico (masculino) ou na face 
interna da coxa (feminino); 
✓ Prenda o coletor na parte inferior do leito para que ele fique abaixo da altura da bexiga do 
paciente, facilitando assim a drenagem por gravidade; 
✓ Posicionar o paciente de forma confortável; 
✓ Encaminhar o material permanente e o resíduo para o expurgo; 
✓ Checar a prescrição médica e anotar o procedimento realizado, registrando no prontuário 
do paciente o volume, o aspecto e a coloração da urina 
 
Após a e ser informado execução do procedimento e a liberação do fluxo urinário, o débito 
urinário poderá ser mensurado de forma precisa fazendo com que o controle de dados sobre o 
volume líquido do paciente possa ser informado para melhor regime terapêutico. 
 
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➢ Aspiração 
 
As vias aéreas representam uma conexão direta entre os pulmões e a atmosfera e, usualmente, 
não são limpas. O nariz desempenha um papel fundamental como filtro de grandes partículas. 
Os seios paranasais e as conchas nasais são revestidos com epitélio ciliado, o qual transporta 
partículas filtradas para a faringe de maneira a manter a permeabilidade. 
 
Os materiais necessários para aspiração são: 
 
✓ Bandeja ou cuba rim; 
✓ Álcool à 70%; 
✓ Álcool gel à 70%; 
✓ Luva de procedimento; 
✓ Sonda de aspiração compatível com o paciente; 
✓ Gaze não estéril; 
✓ Água destilada ou soro fisiológico; 
✓ EPIs; 
✓ Toalha de rosto ou papel toalha; 
✓ Aparelho de aspiração portátil ou fonte de vácuo em rede; 
✓ Frasco de vidro de aspiração; 
✓ Válvula redutora de pressão para rede de vácuo; 
✓ Frasco coletor de secreções descartável. 
 
Processo da aspiração: 
 
✓ Informar o paciente e o responsável sobre o procedimento; 
✓ Higienizar as mãos; 
✓ Reunir os materiais necessários e encaminhá-los próximo ao leito; 
✓ Posicionar o paciente em fowler ou semi-fowler, se não for contraindicado; 
✓ Abrir o pacote do cateter, apenas na extremidade e deixar o resto protegido com a 
embalagem; 
✓ Abrir o invólucro das gazes esterilizadas e deixá-las na mesa de cabeceira; 
✓ Ligar o sistema de vácuo ou aspirador portátil; 
✓ Paramentar-se com os EPIs; 
✓ Ligar o aspirador; 
✓ Com a mão dominante, segurar a face da criança; 
✓ Pinçar o intermediário do silicone de aspiração; 
✓ Com a mão dominante introduzir a sonda de aspiração na cavidade nasal e abrir quando 
estiver introduzida; 
✓ Ocluir a válvula e retirar a sonda lentamente com movimentos circulares; 
✓ Com a mão dominante introduzir a sonda de aspiração na cavidade oral e abrir quando 
estiver introduzida; 
✓ Ocluir a válvula e retirar a sonda lentamente com movimentos circulares; 
✓ Repetir o processo até a limpeza total da cavidade oral, avaliando condição respiratória da 
criança; 
✓ Aspirar água destilada para limpeza da extensão; 
✓ Retirar sonda, máscara, luvas e óculos; 
✓ Desligar o aspirador ou válvula da rede de vácuo; 
✓ Deixar a criança o mais confortável e segura no leito; 
✓ Manter o ambiente em ordem e desprezar o material adequadamente; 
✓ Proceder às anotações de enfermagem no prontuário da criança. 
 
 
 
 
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Conclusão. 
 
Neste Relatório apresentamos os tópicos ministrados na aula de 23/11/2022 sobre a sondagem 
em crianças e recém-nascidos. Nele pude verificar a gama de informação que se traduz de modo 
prático no cotidiano do profissional da saúde e sua importância para aferir um diagnóstico de 
risco ou não de qualidade de vida do paciente após o procedimento. Tais métodos de verificação 
e asseio apresentado neste relatório são fundamentais para o desenvolvimento da qualidade 
humana e deve ser de pleno domínio de todo profissional de saúde envolvido nos meios afins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 
WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro Elsevier, 2011. 
 
XAVIER, R. M.; GALTON, C. A.; BARROS, E. Laboratório na prática clínica: consulta rápida. 
Porto Alegre: Artmed, 2005. 
 
WILLEMEN, R.L.A.; CRUZ, I.C. Produção científica de enfermagem sobre aspiração de vias 
aéreas: implicações para a (o) enfermeira (o) de cuidados intensivos. 2001. Monografia 
(Especialização) - Escola de Enfermagem,UFF, 2001. Disponível em: 
. Acesso em: 15 mar. de 2009. 
 
SOARES, J. M. L. F. et al. Métodos diagnósticos: consulta rápida. 1 ª ed. Porto Alegre: Artmed, 
2002. 
 
SCHIMITZ, E.M.R. A Enfermagem em Pediatria e Puericultura. São Paulo: Atheneu, 1995. 
 
STACCIARINI,T.S.G.;CUNHA.M.H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. 
São Paulo: Editora Atheneu,2014.

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