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Snow e o Cólera - Resumo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA 
DATA: 06/10/2015 
DOCENTE: Profa. Dra. Andréa Lizabeth 
CC: Epidemiologia e análise de situação de saúde e informação 
DISCENTE: Murilo Alves Chaves – 201401386 
 
 
SNOW E O MODO DE TRANSMISSÃO DO CÓLERA 
 
O texto “Sobre o modo de transmissão da cólera” traz consigo análises objetivas do 
considerado pai da epidemiologia, o médico John Snow. Ele traz pequenos trechos diretos sobre toda 
a trajetória de estudo epidemiológico, bem como a forma de contágio da doença em questão: a cólera. 
A princípio, a cólera passava como uma verdadeira estranheza por todos, uma vez que a sua existênc ia 
era desconhecida por toda a Europa até antes de 1814. Sua notável presença se deu após esse período 
quando um batalhão inteiro fora dizimado na Índia. As suas causas eram totalmente desconhecidas; 
não se podia associar a problemas nutricionais, já que diversas populações de regiões diferentes eram 
atingidas; também não se podia ligar os fatos ao clima, sendo que haviam doentes em várias épocas 
e estações do ano. O que se tinha de informação era que a epidemia havia sido erradicada quando 
enfermos de determinada aldeia haviam sido removidos para outro lugar, destacando a hipótese de 
que a causa era de um agente transmissor. 
Snow publicou em 1855 todas as suas afirmativas e conclusões sobre a cólera em um livro 
intitulado “Sobre o modo de comunicação da cólera”. Teve como ponto de partida o estudo sobre o 
modo de contágio da doença que desenvolvesse toda a epidemia regente. Para isso, Snow isolou o 
caso de um lavrador chamado John Barnes no dia 28 de dezembro do ano de 1832; o homem tivera 
fortes convulsões, diarreia e passadas 24 horas o homem estava morto. Sua mulher também havia 
ficado doente, no entanto, não morreu. A mãe da mulher de Barnes que ficou responsável por lavar 
as roupas e cuidar da filha quando doente, acabou ficando doente e morrendo dois dias depois junto 
com o marido e a outra filha. A partir disso, Snow constatou que de fato a cólera era transmitido de 
pessoa para a pessoa de forma que tinha propriedades de se multiplicar nos organismos.Foi cogitado 
que a cólera se espalhava pelo ar, agindo como um veneno mórbido e contaminava a todos aqueles 
que estivessem presentes. No entanto, Snow tinha imaginado que a água que era utilizada na lavagem 
das roupas sujas dos doentes poderia se misturar a água utilizada para uso doméstico e contaminá- las 
com o veneno mórbido. 
Em Londres, na rua Silver, em 1849, houveram 80 casos de cólera em 15 dias, sendo que, de 
todos os doentes 38 foram a óbito. Diante de toda a situação, um único padrão era levado em conta: 
todos bebiam a água do mesmo poço e que no mesmo, gotejava uma água suja que contaminava toda 
a água de consumo. A partir do momento que o poço fora interditado a cólera foi dizimada daquela 
rua. O pior caso de cólera conhecido aconteceu cinco anos depois em Broad Street. Fora em um trecho 
de menos de 200m, dentre um intervalo de 10 dias que aconteceram 500 mortes, o que caracterizou 
uma leva de um quinto de todos os moradores daquela rua. O padrão de possível contágio analisado 
teria sido o mesmo do anterior: todos consumiam da água de um mesmo poço, munido de uma bomba 
manual. O que de fato instigou é que nesta mesma rua havia um asilo de pobres com 535 pessoas, 
mas, apenas houveram 5 óbitos dentre todas estas; o asilo utilizava outra fonte de água para o 
consumo. 
Snow, agora seguro que a água era o principal veículo transmissor da Cólera, executou testes 
para provar as suas suspeitas. Ele concentrou os seus estudos hipotéticos em duas companhias de 
distribuição de água encanada que abastecia a cidade de Londres: a Lambert e a Southwark & 
Vauxhall. Através da coleta de informações, Snow constatou que a empresa Southwark & Vauxhall 
estava diretamente ligada com os casos emergentes de cólera. Descobriu-se que a água fornecida por 
esta empresa era oriunda do rio Tâmisa em uma região que recebia esgotos; já a água fornecida pela 
Lambert vinha de uma fonte pura, tendo notados poucos casos quase nulos vindos da água desta 
companhia. A partir dos seus achados, Snow pode afirmar que a água é um grande veículo da cólera; 
o que não se sabia ainda eram os principais componentes causadores, uma vez que a ciência em 
laboratório aplicado ainda não era possível.

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