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BIBLIOGRAFIA GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas. edição. São Paulo: Perspectiva S.A., 2015. JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2001. PMSP, Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014, Estratégias ilustrada. Paulo: Gestão Urbana, 2015. SITES: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:Acessibilidade a edificações, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2004. HALL, Kristen 4 Dicas importantes para projetar ruas para as pessoas (e não apenas para os carros). ARCHDAILY, publicado e acessado em março de 2017. GAETE, Constanza 5 Cidades que fomentaram a criação de áreas livres de automóveis. ARCHDAILY, publicado e acessado em março de 2017. GAETE, Constanza 6 cidades que trocaram suas rodovias por parques urbanos. ARCHDAILY, publicado em 2014 e acessado em março de 2017. PMSP, SMDU. Caderno Revisão LPUOS 13.885/04. Paulo: Gestão Urbana, 2014. Disponível em: PMSP. Projeto Centro Aberto. São Paulo: Gestão Urbana, 2016. Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wpcontent/uploads/2015/07/Centro_Aberto Pub.pdf PMSP e SP Urbanismo. Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Paulo. São Paulo: Gestão Urbana, Disponível em: http://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/wpNORMATIZAÇÃO DE ACESSO AOS BENS CULTURAIS Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004 Regulamentou a Lei nº 10.098, de 19.12.2000 Lei da Acessibilidade, cujas normas gerais se aplicam a todos os entes da E se reporta a Normas Técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas, com destaque as seguintes: NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos; NBR 13994 - Elevadores de Passageiros - Elevadores para Transportes de Pessoa Portadora de Deficiência. Direito de acessibilidade aos bens culturais. Minha Cidade, São Paulo, ano 09, n. 107.01, Vitruvius, jun. 2009NORMATIZAÇÃO DE ACESSO AOS BENS CULTURAIS Requisitos de acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência* ou com mobilidade reduzida (em construção, ampliação ou reforma): nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente; pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida; pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmentetodas as dependências e serviços do edifício, entre si e com exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e IV os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindose seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 11 parágrafo único *Pessoa com deficiência (ONU, 2006)NORMATIZAÇÃO DE ACESSO AOS BENS CULTURAIS Lei 10.098, de 19.12.2000 Lei da Acessibilidade Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência* ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios (de uso público ou de uso coletico e de uso privado), nos meios de transporte e de comunicação. com deficiência (ONU, 2006)BASES CONCEITUAIS DA MOBILIDADE URBANA Para que tenhamos acessibilidade no ambiente físico das cidades é necessário eliminar barreiras e adotar desenho universal, ou seja, projetar pensando em todos os usuários, respeitando as diferenças entre as pessoas. Ajudas técnicas são produtos, instrumentos, equipamentos ou tecnologia adaptados ou especialmente projetados para melhorar a funcionalidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade favorecendo a autonomia pessoal, total ou assistida. Qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite acesso e uso de meio físico, meios de comunicação, produtos e serviços (Brasil Acessível, vol. 3, 2006: 65). Paris com deficiência (ONU, 2006) Mobilidade e acessibilidade urbana em centros históricos. Cadernos Técnicos 9. 2014,120 p.BASES CONCEITUAIS Porcentagem da população, por tipo e grau Pessoa com Deficiência PcD* de dificuldade e deficiência (Brasil 2010) Visual De acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões Motors de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas. Mental intelectual 0% 5% 10% 15% 20% Considerando os que possuem grande ou total Não consegue de modo algum Grande dificuldade para enxergar, ouvir, caminhar ou subir Alguma dificuldade Possui degraus, além dos que declararam ter deficiência Observação: mesma pessoa pode mais de uma mental ou intelectual, temos mais de 12,5 milhões de brasileiros com deficiência, o que corresponde a 6,7% da Termo definido pela Convenção das Nações Unidas IBGE, Censo demográfico, 2010BASES CONCEITUAIS DA MOBILIDADE URBANA Acessibilidade é entendida como a "facilidade disponibilizada às pessoas que possibilite a todos autonomia nos deslocamentos desejados, respeitando-se a legislação em vigor" (inciso III do art. da Lei 12.587/12). Ou seja, é a possibilidade de se alcançar com autonomia e segurança os destinos desejados na cidade, e vir sem obstáculos, em condição segura, nos espaços urbanos. É a condição de alcance para utilização de edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. (SOARES, 2003: 11). Secretaria da Justiça/SP Mobilidade e acessibilidade urbana em centros históricos. Cadernos Técnicos 9. 2014,120 p.BASES CONCEITUAIS DA MOBILIDADE URBANA As cidades devem possibilitar a acessibilidade aos seus espaços, de forma ampla, para todas as pessoas. Mobilidade urbana - é a condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano (inciso do art. da Lei 12.587/12). É um atributo das cidades que se refere à facilidade de deslocamentos de pessoas e bens no espaço urbano, ou seja, está relacionado com as condições das vias de acesso e as possibilidades de circulação. Sevilha Fundada no XIII a.C. Mobilidade e acessibilidade urbana em centros históricos. Cadernos Técnicos 9. 2014,120 p.Rua Galvão Bueno No horário de pico, as pesquisas apontaram que mais de 25% dos pedestres caminhavam pelo leito carroçável, indicando a necessidade de mais espaço de circulação para estes. Os diagramas ao lado indicam a distribuição do espaço viário na situação anterior e na situação "justa", isto é, na proporção que seria adequada à quantidade de automóveis e pedestres que circulam em um mesmo período. PESSOAS DE CARRO PESSOAS DE CARRO PESSOAS A 10000 5% 4000 95% 2000 Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana,Desenho Universal projeto final deverá atender ao Desenho Universal. Normativa IPHAN, NBR 9050 e normas complementares Buscam garantir: Flexibilidade do Projeto, conforto, segurança e autonomia. espaço não deverá limitar a interação. Não deve excluir o deficiente, deve incluir todos os grupos de pessoas.Rua Galvão Bueno - Ampliação do espaço destinado ao pedestre em uma das ruas comerciais mais movimentadas da Liberdade. projeto consiste na ampliação significativa do espaço destinado ao pedestre na Rua Galvão Bueno, e inclui sua transformação em calçadão aos finais de semana. A intervenção abrange trecho entre a Rua Américo de Campos e a Rua dos Estudantes. Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.PERMANÊNCIA MÉDIA dias úteis 250 2013 Centro 200 150 129 100 so 58 10h 12h 14h 20h 21h PERMANÊNCIA MÉDIA finals de semana 200 Antes - 2013 Centro Aberto 150 100 81 50 41 10h 12h 18h 20h 21h Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.Sinalização honzontal Novas e zona de priorização de pede segura nas de alto entre de Priorizam e pedestre Valorizam do percurso à presença melhor compartilhamento do espaço Alargamento da zona de espera para traves a segurança do pedestre em de Amplia passelo, use do espaço Aumenta visibilidade do pedestre distincia de Travessia em diagonal travessia de tempo de travessia pedestre pedestre cidade Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.Intervenções Ludicas para todas as idades Equipamentos de atividades incentivos para permanecer nas ruas praças melhorias em termos de saúde pública mais pessoas a se engajarem em atividades Atividades Lúdicas as interagirem no espaço público. Ressignificam Criam espaços de encontro e Transformam percepção do espaço público Conferem maior e passiva Playground e Mesa de pingue-pongue a prática de atividades públicos presença de crianças, um ambiente Criam de para todas as idades Serviços digitais Livre SP de de celulares Espaços de trabalho Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.Vasos e Bancos Modulares Criam para conversar Conformam dentro do passantes sentarem grandes elementos para permanência os espaços mais verdes com adição de vasos e plantas Banco e Mobiliário múltiplas possibilidades de sentar ao live Conferem protagonismo uso do espaço, movendo as cadeiras para a sombra, sentando grupos, etc. Mesinhas calçada die apoio à comida de (barracas, food- trucks, etc.) sombra nas de permanência Vasos Ampliam a presença verde na cidade Fornecem sombra e filtram solar Criam ambientes dentro do espaço como elementos adicionais de descanso São uma alternativa para do trádego Balizadores Impedem entrada de veículos sem interromper as de denejo dos Servem como bancos informais pequenas secundárias Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.Atividades cotidianas Parklets Devolvem 0 espaço do carro para as pessoas Proporcionam mais espaços de permanência na cidade Criam espaços para sentar serviços livre Ativam e garantem um ambiente mais agradável para pedestre Instalações Temporárias Ativam bordas e fachadas degradadas novas funções atividades local Criam de atividades presentes no Servem como unidades de depósito presença de no local longo do dia, fortalecendo a vigilincia passiva Centro de Informações e apoio Unidade de depósito de mobiliário Concentra informações sobre projeto Promove a do espaço interface com usuários Comida de rua Assegura espaços para de comida Fornece áreas sombreadas para os clientes Oferece outras possibilidades hora de almoço Ativa ruas praças, aumentando segurança Gera renda para trabalhadores locais Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana,Centro Aberto - Experiências na escala humana Os projetos do Centro Aberto não buscam construir novos espaços, mas, sobretudo, transformar as estruturas preexistentes através da renovação de suas formas de uso. Instalações Serviços Publicos Estações de bicicletas compartilhadas Localizadas aos destinos transporte público visibilidade, atraindo mais espaços informações sobre sistema de de localização das estações de uso da como meio de transporte estacionamento para as tanto rua como em áreas fechadas Garantem destinos finals das pessoas, de e estações de trem e Dementos da cidade, bomba de de espaço público mais limpo Melhoram a coleta seletiva para ampliar Banheiros Públicos Carantem mais Permitem que os como com crianças pequenas, passem tempo WC Fonte: PMSP. Projetos do Centro Aberto. Gestão Urbana, 2016.Estratégias do PDE - Incentivos urbanísticos Praça de uso público, incentivo de concessão de área não computável para lotes com duas ou mais frentes e área superior a quando pelo menos 50% da área do lote for destinada à praça de uso Fonte: PMSP, Plano Diretor Estratégico do de Paulo Lei 16.050, de 31 de julho de 2014, Estratégias São Paulo: Gestão Urbana, 20154 - Fonte: PMSP, SMDU. Caderno Revisão LPUOS 13.885/04. São Paulo: Gestão Urbana, 2014.Estratégias do PDE - Incentivos urbanísticos Fachada ativa é aquela ocupada com comércio, serviços ou equipamentos com abertura direta para rua, que humaniza o passeio público pelo contato do térreo das edificações com usos como padarias, farmácias e creches. Para estimular sua aplicação os usos não residenciais não contam como área construída e são isentas de outorga onerosa até limite de 50% da área do lote quando abertas ao passeio público. Fruição pública é a área no térreo aberta à circulação de pedestres, que amplia a oferta de espaços de uso público adequados ao encontro das pessoas. Para estimular sua aplicação também foram previstos incentivos urbanísticos. Para com ou mais onde for destinado não residenciais de acesso público circulação de vias serão concedidos como na área de Fonte: PMSP, SMDU. Caderno Revisão LPUOS 13.885/04. São Paulo: Gestão Urbana, 2014.Usuários e formas de uso Fruição e permanência no espaço público Pedestres Pessoas em urbano Pessoas em espaços conquistados de transporte público Comerciantes Transportadores de cargas Pessoas em cafés ou restaurantes Motoristas passageiros Fonte: PMSP e SP Urbanismo. Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Gestão Urbana, 2016.Estratégias do PDE Garantir o acesso democrático à cidade e espaços como efetivos espaços públicos que expressões Possibilitar a diversidade de usos e Dar suporte à fruição Qualificar a vida urbana dinâmicas Espaços de trajeto do pedestre confortavel- Enfatizar importância da dinâmica existente Conceber e espaços públicos plurais que mente desenhados e sinalizados para do lado de fora do espaço construído e qua- suportem diferentes usos e conforto e segurança Fonte: PMSP e SP Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Paulo. Gestão Urbana, 2016.Estratégias do PDE Priorizar pedestres e ciclistas Projetar guros e pedestres e Garantir inclusão e acessibilidade Recuperar os espaços livres Pensar as ruas como ecossistemas inclusives e qual- Recuperar e conquistar espaços e pavimentos, arborização quer pessoa independente de suss condições função social do espaço e usuários formam um ecossistema urbano e e devem ser compreendidos e desenhados como Fonte: PMSP e SP Urbanismo. Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Paulo. Gestão Urbana, 2016.Estratégias do PDE Pensar a cidade a partir da escala humana Compreender espaço público como suporte so e permanência de Priorizar o transporte público Dar suporte à permanência Aumentar as áreas verdes Conceber acomodem de Desenho urbano e que criem espaços Desenhar e conceber mais praças, parques e transporte público e convidativos à canteiros para uma taxa de área perme- ével no solo Fonte: PMSP e SP Urbanismo. Guia de Boas Práticas para os Espaços Públicos da Cidade de São Paulo. Gestão Urbana, 2016.Estratégias do Plano Diretor Estratégico Lei 16.050/2014 Plano Diretor Estratégico define um conjunto de diretrizes, estratégias e medidas que orientam a transformação da cidade em defesa de um projeto de cidade democrática, inclusiva, ambientalmente responsável, produtiva e, sobretudo, com qualidade de vida. o espaço público é a base da vida urbana, onde se desenvolvem diferentes funções e interações sociais de forma democrática. Ao pensar o espaço urbano a partir da escala humana, busca-se garantir a inclusão e acessibilidade a todos e ao mesmo tempo garantir o acesso democrático à cidade. Busca-se soluções que visam priorizar pedestres, ciclistas e transporte público, em detrimento ao automóvel e ao transporte individual. Buscamos também possibilitar a diversidade de usos e dinâmicas, que deem suporte à permanência e à fruição das pessoas e dos espaços. Soluções que pensem as ruas como ecossistemas, que promovam aumento das áreas verdes, a recuperação dos espaços livres e por fim a qualificação da vida urbana como um Fonte: PMSP e SP Urbanismo, Guia de Boas Práticas para Espaços Públicos da Cidade de São Paulo. Gestão Urbana, 2016.Bairros amigáveis à primeira infância diagrama mostra a hierarquia, a diversidade e acesso de serviços e equipamento para crianças de acordo com sua mobilidade e idade. A capacidade de locomoção de crianças muito novas, de forma independente ou com cuidadores em carrinhos ou bicicletas, é limitado a serviços e equipamentos a menos de um quilômetro de distância de suas Fonte Guias para desenvolvimento de bairros amigáveis à Primeira Infância, 2021Exemplo de projeto de reorientação de prioridade - a dimensão humana. Aumento dos espaços de pedestres e da construção de mais ciclovias. Resultado: metade das viagens que são realizadas pelos habitantes sendo feitas à pé, de bicicleta, ou transporte público (ônibus e metrô). Rua de pedestres - vida, segurança e sustentabilidade. Fonte: GAETE. 5 Cidades que fomentaram a criação de áreas livres de Archdaily, acessado em 2017.As ruas assumem 30% da área total da cidade, que representa uma quantidade significante de espaço no domínio público. Assim, a maioria da biomassa encontrada nas cidades, está na forma de árvores e canteiros nas calçadas. Tipicamente as árvores são selecionadas por sua durabilidade, altura e tamanho de copa, mas cada vez mais as espécies utilizadas na arborização urbana, acrescentam uma performance ecológica ao critério de seleção, sendo uma maneira bastante efetiva para implementar corredores de vida selvagem em uma grande escala, e converter as ruas em corredores ecológicos que beneficiam todas as escalas, inclusive a humana. A rua é uma propriedade pública, o que significa que o público tem o direito de ocupar. Em um país democrático, as ruas são locais onde as pessoas se reúnem para serem vistas enquanto grupo, para resistir e para serem contadas. Em todos os lugares as ruas são o local onde a vida pública é vivida diariamente. Estão tomadas de pessoas fazendo coisas do cotidiano, como conversar com seus vizinhos, estender roupa, regar as plantas, comprar comida, e socializar suas crianças. Se temos que repensar a ideia de rua, precisaríamos encontrar uma maneira de garantir que esta vitalidade da vida pública possua espaço, em todas as suas formas, e que seja tudo público. Fonte: 4 Dicas importantes para projetar ruas para as pessoas (e não apenas para os carros).Archdaily, acessado em 2017.Nas ruas, também, atende-se a gestão de águas da chuva. principal propósito do meio- fio não é separar os pedestres dos carros com segurança, mas sim de controlar as águas. As ruas e calçadas na verdade impedem que a água penetre 0 solo e faz com que ela vá mais rápido em volumes maiores pela superfície. Muitas cidades estão refazendo suas ruas, tornando-as superfícies mais permeáveis que auxiliam a amenizar o problema. Ao projetar nossas ruas para serem capazes de lidar com a água de maneira mais holística, com infiltração e drenagem natural, podemos começar a retirar as camadas e ver sinal da flora que começa a brotar novamente. Fonte: HALL 4 Dicas importantes para projetar ruas para as pessoas (e não apenas para os carros). Archdaily, acessado em 2017.Projetar ruas para as pessoas (e não apenas para os carros) As ruas antes do advento do carro: lindas, pequenas, estreitas, emescala indiscutivelmente humana (ruas com 3 e 6 metros de largura)- ex.: cidade medieval europeia. As ruas projetadas para os carros: de grande escala para alta velocidade (uma rua típica em possui entre 18 a 24 m de largura) ex.: São Francisco e cidades nos Estados Unidos em geral. São Francisco atual estão tornando as ruas mais seguras para caminhar e pedalar aumentando as larguras das calçadas, transformando faixas de carros em ciclovias, diminuindo a velocidade dos As novas ruas são uma oportunidade rara de lançar um novo olhar aos tipos de ruas voltadas para carros que estamos habituados, e, projetar ruas que são apenas para pessoas. Uma rua é desenhada para ser uma via repleta de uma variedade de dutos, canos, conectores, protetores contra refluxo d'água e outras façanhas da ciência moderna que trazem água, energia e comunicação. Ruas proporcionam um sistema linear para organizar essa rede de serviços tanto horizontalmente quanto verticalmente. As novas ruas sem carros, em qualquer forma que assuma, precisa gerir a maneira como estamos conectados com este sistema vascular subterrâneo. Com novas tecnologias, estamos descobrindo maneiras eficientes de gerir alguns destes serviços com menos dependência na rede. Por exemplo, existe agora uma série de que tratam e reutilizam seu próprio esgoto. Esta negra' é tratada e os líquidos são utilizados para descarga e irrigação, enquanto que os sólidos são utilizados como biodigestores para energia que auxiliam no abastecimento de energia dos edifícios. Fonte: 4 Dicas importantes para projetar ruas para as pessoas (e não apenas para os carros).Archdaily, acessado em 2017.Exemplo de projeto de reorientação de prioridade - a dimensão humana. A teoria da demanda induzida tem demonstrado que quando os motoristas contam com mais vias e autoestradas, optam por seguir usando veículos, ao invés de utilizar o transporte público ou a bicicleta e, como resultado, o congestionamento não diminui. Muitas cidades estão investindo em Espaço público com qualidade - construindo cidades mais sustentáveis. Antes- Em Seul, os 160 mil veículos que Atual- Onde havia autoestrada, hoje há um diariamente transitavam pela autoestrada parque urbano. canal Cheonggyecheon foi elevada, construída sobre um canal, integrado ao parque. geravam contaminação ambiental e ruído. Fonte: GAETE. 6 Cidades que trocaram suas rodovias por parques urbanos. Archdaily, acessado em 2017.Exemplo de projeto de reorientação de prioridade a dimensão humana. Fachada ativa - redução do fluxo de automóvel - alargamento e melhorias da calçada - arborização - mobiliário urbano Before AfterA dimensão humana em nosso território Urbanização de área degrada com Urbanização de área degrada com praça, local para caminhadas e arborização Mobiliário urbano lixeiras, suporte para urbana, bicicleta, arborização e bancos não Escasso mobiliário urbano. convidativos, pública, Relativa área de transferência público/privada Bairro JabaquaraA dimensão humana em nosso território Alargamento da calçada - prioridade ao pedestre, Mobiliário urbano e feira com convites ao sentar e ao encontro, Rua de comércio. Equipamento público - pessoas em situação de rua, Cidade viva, porém brutalizada Lugares de encontroA dimensão humana em nosso território Viário precário e compartilhado - não há convite ao caminhar, Não há mobiliário urbano, Rua de comércio, com poucos detalhes de atenção. Cidade Julia/PantanalA dimensão humana em nosso território Barreiras físicas - direcionam pedestre para onde devem realizar a travessia. Gradis de segurança - impacto no percurso para o pedestre - rua da Consolação/SPA dimensão humana em nosso território Caminhos estreitos, escadas longas, mobilidade reduzida, pouca iluminação, caminhos tortuosos, insegurança, mobilidade reduzida, pouca iluminação, mas com muitos de rua' - áreas de transição público/privadas. Cidade Julia/PantanalA dimensão humana em nosso território Acessibilidade comprometida com interrupções da calçada, Arborização imprópria de calçada. Cidade Julia/PantanalA dimensão humana em nosso território Espaço urbano com vida espaço compartilhado Infraestrutura precária para a segurança do pedestre COOPER Mante Cidade Julia/PantanalReordenando prioridades Passarelas ...OU cruzamento direto no da rua Copenhague, para pedestres ...OU cruzamento direto no nivel da rua Zurique, Depois ...OU um equilibrio entre Longas esperas caminhar e esperar Fonte: GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas, 2015.Reordenando prioridades Obstáculos nas calçadas ...OU uma experiência mais Argentina apropriada ao pedestre Calçadas estreitas uma distribuição Reino Unido mais paritária do espaço Luz vermelha piscando 6 sinalizando às pessoas para acelerar ao a rua ou ser gentilmente informado EURCalçadas interrompidas por passagens de carros e área de Unido ou calçadas continuas, sem interrupções Pedestres distanciados das ou respeito pelas linhas esquinas das ruas preferenciais dos pedestres Antes Cruzamentos como corridas de obstáculos ...OU cruzamentos simples UnidoReordenando prioridades É necessário reavaliar as inúmeras voltadas ao aumento da capacidade de tráfego que se infiltraram nas cidades. Para cada um dos problemas, existe uma solução para o Ruas de mão única - maior capacidade de Ruas de mão dupla com faixas de bicicletas, tráfego e maior velocidade, mas um árvores e uma faixa intermediária. Uma rua ambiente barulhento e agressivo. mais atrativa e segura. Fonte: GEHL, Cidades Para Pessoas, 2015.Princípios de planejamento 5 princípios do planejamento urbano, cruciais para trabalho com a dimensão humana. 1. Distribuir, cuidadosamente as funções da cidade para garantir menores distâncias entre elas; 2. Integrar várias funções, para garantir versatilidade, sustentabilidade social e uma sensação de segurança nos diversos bairros; 3. Projetar o espaço urbano de forma a torná-lo convidativo para pedestre e ciclistas; 4. Abrir espaços de transição entre a cidade e os edifícios - para que a vida no interior das edificações e nos espaços urbanos funcionem conjuntamente; 5. Reforçar o convite para a permanência mais longa no espaço público. Fonte: GEHL, Cidades Para Pessoas, 2015.A cidade ao nível dos olhos - a luta pela qualidade se dá na pequena escala Em muitas cidades, principalmente nos países emergentes, é a necessidade que gera muito do tráfego de pedestres. Noutras parte do mundo, o número de pedestres depende apenas de o quanto as pessoas se sentem convidadas a caminhar. A distância aceitável de caminhada é um conceito relativamente fluído. A maior parte das pessoas está disposta a percorrer cerca de 500 metros, porém, depende da qualidade do percurso. A grande maioria dos centros de cidades tem um Isso significa que uma caminhada de um 1 km ou menos levará os pedestres à maior parte dos serviços. Nas grandes cidades, tem padrões equivalentes, já que se dividem em vários centros ou bairros. Interferem na qualidade da caminhada: Negativamente: os desvios e interrupções do caminho; caminhar em meio a aglomerações; trajetos com longa e cansativa perspectiva e escadarias; passarelas e passagens subterrâneas para pedestres como último recurso Positivamente: linhas retas; coisas interessantes para ver ao dos olhos, detalhes e fachadas com ritmos verticais; Fonte: GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas, 2015.A cidade saudável Inúmeras mudanças na sociedade no mundo desenvolvido levaram a novos desafios nas políticas de saúde. trabalho sedentário substituiu o manual; os carros foram se transformando na principal forma de transporte e atividades simples como subir escadas, são cada vez mais substituídas por escadas rolantes ou elevadores e o tempo de lazer é passado em uma poltrona, assistindo à TV. Os hábitos alimentares ruins, além da falta de exercícios, reforçam esse quadro. Ações em boas estruturas físicas devem ser implantadas. A qualidade urbana na pequena escala - ao nível dos olhos é crucial para incentivar cidadão a caminhar e pedalar nas cidades como parte de sua rotina. As cidades que convidam o a caminhar priorizam benfeitorias, melhorando os percursos de pedestres com calçadas mais largas, com melhores pisos, plantando árvores de sombra, boa iluminação, removendo obstáculos e melhorando os cruzamentos. objetivo é tornar a caminhada segura e uma atividade prazerosa. mesmo para as ciclovias e faixas. Importante, proporcionar oportunidades para exercícios físicos e para algum tipo de autoexpressão no espaço urbano agradável. Fonte: GEHL, Cidades Para Pessoas, 2015.A cidade sustentável Há um crescente interesse no planejamento de cidades sustentáveis, e isso devido ao possível esgotamento dos combustíveis fósseis, a poluição alarmante, as emissões de carbono e a resultante ameaça ao clima. Mas, conjuntamente com o consumo de energia e emissões dos edifícios, gerenciamento de água, esgoto, transportes e atividades industriais, são preocupações das políticas sustentáveis. Fonte: GEHL, Cidades Para Pessoas, 2015.A cidade segura Sentir-se seguro é crucial para que as pessoas abracem o espaço urbano. Dois importantes setores concentram esforços para atender a demanda por segurança no espaço urbano: segurança no tráfego e prevenção à criminalidade. Ideologias recentes de planejamento urbano, derivadas de estatísticas de acidentes, sustentam que risco de acidentes pode ser reduzido pela combinação física de vários tipos de tráfego na mesma rua, Ainda que se possa combinar diferentes tipos de tráfego, desde que fique claro que toda movimentação deve ser baseada nas premissas dos pedestres. Soluções de tráfego misto, proporcionando adequada segregação de tráfego. A desigualdade social e econômica é o plano de fundo para altos índices de criminalidade e as tentativas de proteger a vida e a propriedade. Jacobs usava as expressões da e 'olhos da ao referir-se ao efeito da diversidade das funções nas edificações e do cuidado dos moradores com o espaço comum. Se os térreos forem agradáveis, suaves e, em especial, ocupados por usuários, os pedestres estarão cercados por atividades humanas. Mesmo à noite, quando pouca coisa acontece, a luz das janelas e vitrines de lojas, escritórios e moradias, ajuda a aumentar a sensação de segurança nas Fonte: GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas, 2015.A cidade viva A vida na cidade é um conceito relativo. Não é o número de pessoas que importa, mas a sensação de que lugar é habitado e está sendo usado - um espaço com significado. A cidade viva emite sinais amistosos e acolhedores com a promessa de interação social. 'As pessoas vão aonde povo (provérbio escandinavo) Procura-se caminhos lógicos e curtos, pequenos espaços e uma clara hierarquia do espaço urbano. A vida na cidade é uma questão de quantidade e qualidade. A densidade sozinha não produz necessariamente vida nas ruas. Enquanto muitas pessoas moram e trabalham em edifícios de alta densidade, os espaços urbanos do entorno, podem ficar escuros e ameaçadores (Lower Manhattan, Nova York). Fonte: GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas, 2015.A escala fragmentada As cidades tradicionais eram orgânicas, cresceram baseadas em atividades cotidianas, ao longo do tempo. Há boas explicações financeiras, tecnológicas e ideológicas para as cidades modernas terem a aparência que têm. A introdução de carros e do tráfego de veículos foi decisiva para o surgimento da confusão entre escalas e dimensões nas cidades. Em Cingapura, a mudança de escala em do no contrasta com os prédios de 4 ou 5 andares, quase toda atividade ao ar livre junto ao ocorra próximo aos edificios Los Angeles e as Fonte: GEHL, Jan. Cidades Para Pessoas, 2015.

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