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Relatório: Economia do Meio Ambiente e Recursos Naturais
Resumo
Este relatório sintetiza fundamentos teóricos e aplicações práticas da economia do meio ambiente e dos recursos naturais, com ênfase em falhas de mercado, métodos de valoração, instrumentos de política e diretrizes para gestão sustentável do capital natural. Apresenta também desafios metodológicos e recomendações para formulação de políticas públicas integradas.
1. Introdução
A economia do meio ambiente e dos recursos naturais trata da alocação eficiente e equitativa de bens ambientais e serviços ecossistêmicos, reconhecendo que muitos desses bens têm características de bens públicos, externalidades e rivalidade limitada. A disciplina fundamenta-se em microeconomia e teoria do bem-estar, incorporando ciências naturais para avaliação dos limites biofísicos e dinâmicas de estoque.
2. Problema e enquadramento conceitual
Recursos naturais renováveis (florestas, pescas, água) e não renováveis (minerais, combustíveis fósseis) apresentam diferentes estruturas de estoque e fluxos, exigindo regimes de gestão distintos. Externalidades negativas (poluição, perda de biodiversidade) e positivas (polinização, sequestro de carbono) provocam subalocação ou sobreexploração quando direitos de propriedade são incompletos. A tragédia dos bens comuns e o problema do free-rider explicam a necessidade de intervenção institucional.
3. Métodos de valoração econômica
A valoração monetária de serviços ecossistêmicos é central para integrar ativos naturais em decisões públicas e privadas. Métodos revelados (preços hedônicos, custo de viagem, custos de evitamento) inferem valores a partir de comportamento observado; métodos declarados (contingent valuation, escolhas discretas) solicitam preferências declaradas. Cada método possui vieses: hipotético, seleção, especificação funcional, e limitações em captar valores intrínsecos e não utilitários. A avaliação parcial deve ser complementada por análises multicritério quando valores culturais ou existenciais predominam.
4. Ferramentas econômicas e regulatórias
A literatura distingue instrumentos de comando e controle (normas, limites de emissão) de instrumentos econômicos (taxas, subsídios, sistemas de cap-and-trade). Preços corretivos (pigouvianos) internalizam externalidades quando aplicáveis; mercados de permissões são eficientes sob informação completa e baixos custos de transação. Mecanismos baseados em direitos de propriedade — como pagamentos por serviços ambientais (PES) e direitos de água transferíveis — podem alocar incentivos à conservação. A seleção de instrumentos depende de objetivos, heterogeneidade dos agentes e capacidade institucional.
5. Sustentabilidade, desconto e equidade intergeracional
Análises de investimento ambiental dependem de taxas de desconto; taxas altas desvalorizam benefícios futuros, comprometendo sustentabilidade intergeracional. Abordagens alternativas incluem desconto declining, regras de segurança mínima para ativos naturais e limites biofísicos que impedem perdas irreversíveis. Questões distributivas requerem políticas que mitiguem impactos regressivos de instrumentos ambientais e assegurem inclusão social nas medidas de compensação.
6. Integração com mudanças climáticas e biodiversidade
A economia ambiental articula-se com políticas climáticas via precificação de carbono, mercados de crédito e estratégias de adaptação. Valoração de serviços de biodiversidade enfrenta maior incerteza; por isso, precaução e abordagem sistêmica são recomendadas. Investimentos em resiliência, restauração ecológica e infraestrutura verde geram sinergias entre mitigação, adaptação e provisão de serviços.
7. Desafios metodológicos e institucionais
Estimativas de valor são frequentemente limitadas por dados, heterogeneidade espacial e temporal, e não linearidades ecológicas. Custos de transação, captura regulatória e fraqueza de governança local impedem implementação eficaz. A incerteza e risco ecológico exigem análises probabilísticas, cenários e avaliação de opções flexíveis (real options).
8. Recomendações de política
- Priorizar instrumentos econômicos quando custos de monitoramento e transação forem baixos; complementar com normas onde necessário. 
- Integrar valoração não monetária por meio de avaliações multicritério em decisões estratégicas. 
- Estabelecer mecanismos de participação local e reconhecimento de direitos tradicionais para reduzir conflitos e melhorar compliance. 
- Aplicar taxas de desconto social diferenciadas e salvaguardas para ativos naturais críticos. 
- Investir em monitoramento ecológico, dados espaciais e avaliação ex post para adaptar políticas.
9. Conclusão
A economia do meio ambiente e dos recursos naturais fornece ferramentas analíticas essenciais para enfrentar desafios contemporâneos de degradação ambiental e uso insustentável de recursos. Contudo, políticas eficazes exigem combinação de instrumentos econômicos, regulação, governance inclusiva e integração intersetorial, sempre pautadas por evidência empírica e princípios de precaução.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) O que é externalidade ambiental?
Resposta: Externalidade é um efeito não precificado de uma atividade econômica sobre terceiros, positivo ou negativo, que gera falha de mercado.
2) Quais métodos valuam serviços ecossistêmicos?
Resposta: Métodos revelados (hedônico, custo de viagem), declarados (contingent valuation) e de custo evitado ou substituição.
3) Quando usar impostos ambientais versus mercados de permissões?
Resposta: Impostos são preferíveis quando reduzir emissões uniformemente; mercados funcionam melhor quando há metas quantitativas e heterogeneidade no custo de controle.
4) Como a taxa de desconto afeta decisões ambientais?
Resposta: Taxas altas reduzem o peso de benefícios futuros, podendo favorecer exploração atual; taxas sociais menores promovem conservação intergeracional.
5) Qual o papel dos direitos de propriedade na gestão de recursos comuns?
Resposta: Direitos claros e enforcement reduzem sobreexploração, facilitam negociação e criação de incentivos para manejo sustentável.
5) Qual o papel dos direitos de propriedade na gestão de recursos comuns?
Resposta: Direitos claros e enforcement reduzem sobreexploração, facilitam negociação e criação de incentivos para manejo sustentável.

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