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GEOTECNIA E FUNDAÇÕES GUIA PRÁTICO DEGUIA PRÁTICO DE SONDAGEM DE SIMPLESSONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO COM SPTRECONHECIMENTO COM SPT (NBR 6484:2020)(NBR 6484:2020) Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Esta jornada vai além dos procedimentos técnicos; é uma imersão na essência da Sondagem SPT, revelando não apenas dados, mas a arte de interpretá-los para construir alicerces sólidos. Ao longo deste guia, você descobrirá não apenas a importância prática da Sondagem, mas também sua relevância estratégica na construção de bases confiáveis para empreendimentos desafiadores. Convido você a embarcar nesta exploração, onde não oferecemos apenas informações, mas uma oportunidade de transformar a maneira como você enxerga a geotecnia e fundações. Ao final desta jornada, espero que não apenas compreenda a importância dessa ferramenta, mas também se sinta inspirado a aplicar esse conhecimento de forma impactante em sua carreira. Boa leitura! Atenciosamente, Raphael Parra Engenheiro Civil e Especialista em Geotecnia e Fundações BEM VINDOS Prezado leitor, É com grande entusiasmo que o convido a explorar as páginas deste guia abrangente sobre Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT. Ao longo de mais de uma década dedicada à engenharia civil, mergulhei nos desafios da geotecnia e fundações, acumulando experiências valiosas e conhecimentos práticos que agora compartilho. Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Este material está protegido por leis de direitos autorais. Todos os direitos sobre esse material são reservados. Sendo exclusivamente destinado para uso pessoal. Você não tem permissão para compartilhar, copiar ou reproduzir o conteúdo desse material em sites, blogs, jornais ou quaisquer outros veículos de distribuição de mídia sem ser como afiliado. Qualquer tipo de violação dos direitos autorais, estará sujeito à ações legais. Lei 9.610 - 19/05/1998 Pirataria é crime! FAÇA PARTE DA COMUNIDADE DO TELEGRAM DIREITOS AUTORAIS Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO ..........................................................................01 2 - OBJETIVOS ..............................................................................02 3 - SONDAGEM MANUAL X MECANIZADA .......................03 4 - SONDAGEM MANUAL .........................................................04 5 - SONDAGEM MECANIZADA ...............................................05 6 - N (SPT) .......................................................................................06 7 - NORMAS RELACIONADAS ................................................07 8 - SOLO ..........................................................................................08 9 - DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE PONTOS ....09 10 - PROCEDIMENTO EXECUTIVO ........................................10 LOCAÇÃO DO FURO ..............................................................11 PERFURAÇÃO INICIAL .........................................................12 CRAVAÇÃO INICIAL ..............................................................13 REGISTRO DE GOLPES ........................................................14 COLETA DA AMOSTRA ........................................................15 AVANÇO PARA O PRÓXIMO METRO ............................16 CRITÉRIO DE PARALISAÇÃO ............................................17 11 - ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DAS AMOSTRAS ..................18 12- RELATÓRIO DO PERFIL .......................................................19 13 - ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO .....................................20 14 - CONCLUSÃO ..........................................................................21 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com O que é? A sondagem é uma técnica fundamental na engenharia geotécnica empregada para investigar e compreender as características físicas e mecânicas do solo em uma determinada área. Este procedimento visa obter informações essenciais para o desenvolvimento de projetos de construção civil, geotecnia, fundações, entre outros. Para que serve? A sondagem desempenha um papel importante na engenharia geotécnica, oferecendo uma compreensão profunda das características do solo em uma área específica. Sua utilidade é destacada na avaliação da capacidade de carga do solo, identificação de estratos geológicos, análise da resistência do solo por meio de ensaios como o Ensaio de Penetração Standard (SPT), e na tomada de decisões embasada durante o planejamento de projetos. Essa abordagem permite a redução de riscos, contribuindo para a segurança e eficácia de construções e obras geotécnicas, ao fornecer dados essenciais para o dimensionamento adequado de fundações e escolha de técnicas construtivas apropriadas. @raphaelparra 01 INTRODUÇÃO01 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Identificação de Tipos de Solo: Classificar e identificar os diferentes tipos de solo encontrados durante o Ensaio de Penetração Standard (SPT), indicando suas respectivas profundidades de ocorrência. Determinação do Índice de Resistência à Penetração (Nspt): Medir e registrar o índice de resistência à penetração (Nspt) em cada metro perfurado, fornecendo dados precisos sobre a resistência do solo em diferentes profundidades. Avaliação do Nível d'Água: Quando aplicável, avaliar e registrar a posição do nível d'água durante a execução do ensaio, contribuindo para a compreensão das condições hidrogeológicas do subsolo. @raphaelparra 02 OBJETIVOS02 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com A realização de sondagens de simples reconhecimento com ensaio SPT envolve a escolha entre dois sistemas de execução: o sistema de sondagem manual e o sistema mecanizado, conforme estabelecido pela NBR 6484:2020. Ambos os sistemas têm como finalidade principal fornecer informações sobre os tipos de solos presentes e suas respectivas profundidades, indicar a posição do nível de água quando presente durante a execução da sondagem, além de determinar o índice de resistência à penetração (N) a cada metro. Vale ressaltar que os resultados do índice de resistência podem variar entre os sistemas manual e mecanizado, conforme previsto pela norma. 03 @raphaelparra SONDAGEM MANUAL X MECANIZADA03 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Sistema de Sondagem Manual: No procedimento de execução manual, o amostrador é cravado no solo através do uso de um martelo elevado manualmente. Esse martelo é acionado por meio de um cabo têxtil que passa por uma roldana localizada na parte superior do tripé ou torre de sondagem. 04 @raphaelparra SONDAGEM MANUAL04 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Sistema de Sondagem Mecanizado: No sistema mecanizado, o amostrador é cravado no solo com o auxílio de um martelo acionado mecanicamente. Esse método consiste na perfuração e cravação dinâmica do amostrador-padrão a cada metro de profundidade, resultando na determinação do tipo de solo, índice de resistência à penetração e na observação do nível da água no furo de sondagem. 05 @raphaelparra SONDAGEM MECANIZADA05 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com O índice de resistência à penetração (N ou Nspt) é obtido pela soma dos golpes correspondentes à cravação dos últimos 30 cm do amostrador-padrão durante o ensaio SPT. Esse processo ocorre após a cravação inicial de 15 cm, utilizando um martelo de 65 kg, elevado a uma altura de 75 cm, proporcionando uma queda livre e controlada. @raphaelparra 06 N (SPT)06 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com A NBR 8036:1983 -Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios tem como objetivo estabelecer as condições exigíveis para a programação das sondagens de simples reconhecimento dos solos, necessárias à elaboração de projetos geotécnicos para construção de edifícios. Essa norma abrange aspectos como o número, localização e profundidade das sondagens, fornecendo diretrizes essenciais para a coleta de dados geotécnicos. A ABNT NBR 6484:2020 - Solo — Sondagem de simples reconhecimento com SPT — Método de ensaio especifica o método de execução de sondagens de simples reconhecimento de solos com ensaio SPT. Ela descreve dois sistemas de execução, manual e mecanizado, ambos com o propósito de fornecer informações cruciais, como tipos de solos, suas profundidades de ocorrência, indicação da posição do nível de água durante a execução e o índice de resistência à penetração N a cada metro. Juntas, essas normas proporcionam diretrizes fundamentais para a realização e programação de sondagens geotécnicas, desempenhando um papel crucial na elaboração de projetos de fundações de edifícios. @raphaelparra 07 NORMAS RELACIONADAS07 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Conforme estabelecido na Norma ABNT NBR 6484, os solos são divididos em três principais categorias: 1.Solos Grossos (Areias e Pedregulhos): ·Características: Fração predominante dos grãos é visível a olho nu. ·Subdivisão das Areias: Podem ser classificadas em grossas (grãos da ordem de 1,0 mm), médias (grãos da ordem de 0,5 mm) e finas (grãos da ordem de 0,1 mm). ·Classificação dos Grãos: Solos com predominância de grãos maiores que 2 mm são classificados como pedregulhos, e solos com grãos inferiores a 2 mm e superiores a 0,1 mm são classificados como areias. 2.Solos Finos (Argilas e Siltes): ·Características: Fração predominante dos grãos não é visível a olho nu. ·Subdivisão das Argilas: Distinguem-se dos siltes pela plasticidade quando possuem umidade suficiente e pela resistência coesiva quando secas ao ar. ·Classificação dos Grãos: Solos com predominância de partículas ou grãos inferiores a 0,1 mm são classificados como argilas ou siltes. 3.Solos Orgânicos: ·Características: Contêm indicação da presença de matéria orgânica, geralmente apresentando cores escuras como preto e cinza escuro. 08 @raphaelparra SOLO08 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com O estabelecimento da quantidade de pontos de sondagem é um procedimento crucial e orientado pela NBR 8036:1983, que define critérios específicos para garantir uma representação adequada do subsolo. O número de sondagens e sua localização são determinados considerando fatores como o tipo da estrutura, características especiais e as condições geotécnicas do terreno. O procedimento mínimo, conforme as diretrizes da norma, é baseado na área de projeção em planta do edifício. Para áreas de até 200m², são recomendadas no mínimo duas sondagens. Entre 200m² e 400m², o número mínimo é de três sondagens. As orientações estabelecem uma relação proporcional, que para uma área de projeção até 1200m² deve ser contabilizada uma sondagem a cada 200m². Já para áreas entre 1200m² e 2400m², uma sondagem adicional é necessária para cada 400m² que excedem 1200m². Dessa forma, a determinação da quantidade de pontos é um processo estratégico, guiado pelas características do projeto e pelas especificações da norma, garantindo uma abordagem sistemática e abrangente na coleta de dados geotécnicos. @grandesite 09 @raphaelparra DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE PONTOS09 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com 1.Locação do Furo. 2.Perfuração Inicial. 3.Cravação Inicial. 4.Registro de Golpes. 5.Coleta da Amostra. 6.Avanço para o próximo metro. 7.Avaliação do N (Índice de Resistência à Penetração). 8.·Indicação da posição do nível de água. 9.Classificação das Amostras. 10.Elaboração de relatório conforme diretrizes da NBR 6484:2020. 11.·Considerações finais e recomendações. 10 @raphaelparra PROCEDIMENTO EXECUTIVO PARA REALIZAÇÃO DA SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO COM SPT 10 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com LOCAÇÃO DO FURO Após a escolha do sistema de execução da sondagem, o próximo passo crucial é a locação do furo, um processo detalhado e estratégico que influenciará diretamente na qualidade dos dados obtidos. De acordo com a NBR 8036:1983, as diretrizes para a programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios, o local e a profundidade das sondagens devem ser fixados considerando diversos fatores. 1.Definição pelo Contratante: O ponto exato de execução do furo é fornecido pelo contratante, levando em consideração as especificidades do projeto e as informações geotécnicas necessárias. 2.Critérios Geotécnicos e Estruturais: A programação das sondagens deve levar em conta o tipo da estrutura, suas características especiais e as condições geotécnicas do subsolo no local em estudo. 3.Número Suficiente de Sondagens: O número de sondagens deve ser suficiente para proporcionar um panorama abrangente da variação das camadas do subsolo no local, garantindo uma análise precisa. 4.Área de Projeção em Planta do Edifício: A norma estabelece critérios específicos, indicando que, no mínimo, uma sondagem deve ser realizada para cada 200m² de área de projeção em planta do edifício até 1200m². Entre 1200m² e 2400m², a proporção é de uma sondagem para cada 400m² excedentes. 5.Quantidade Mínima de Sondagens: Em qualquer circunstância, são estabelecidas quantidades mínimas, como dois furos para áreas até 200m² e três furos para áreas entre 200m² e 400m². 11 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com PERFURAÇÃO INICIAL A etapa inicial da sondagem de simples reconhecimento com SPT envolve a perfuração inicial do solo. Conforme estabelecido na NBR 6484:2020, o método de execução de sondagens de simples reconhecimento com ensaio de SPT, essa fase é realizada com o uso de trado concha ou cavadeira manual até atingir o primeiro metro de profundidade. Pontos Destacados na Perfuração Inicial: 1.Instrumento Adequado: O trado concha ou cavadeira manual é selecionado como instrumento para a perfuração inicial, proporcionando uma abertura eficaz no solo. 2.Profundidade Inicial de 1 Metro: O processo se inicia com a perfuração manual até atingir a marca do primeiro metro de profundidade, fornecendo a base para as etapas subsequentes. 3.Preparação para a Cravação do Amostrador: A perfuração inicial cria o espaço necessário para a cravação do amostrador-padrão, instrumento essencial para a coleta de dados de resistência à penetração. 4.Integração com o Processo de SPT: A perfuração inicial é o ponto de partida para o ensaio de SPT, sendo seguida pela cravação do amostrador-padrão e pela contagem dos golpes que revelarão as características do solo. Essa fase inicial é fundamental para estabelecer as condições iniciais do subsolo, preparando o terreno para as etapas subsequentes do ensaio. A escolha cuidadosa do instrumento de perfuração e o controle preciso da profundidade garantem a qualidade das amostras coletadas, contribuindo para a obtenção de resultados geotécnicos confiáveis e relevantes para o projeto de fundação. 12 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com CRAVAÇÃO INICIAL Essa etapa, conforme preconizado pela NBR 6484:2020, marca o início da avaliação da resistência do solo e estabelece a base para a determinação do índice de resistência à penetração (Nspt). Aspectos Destacados na Cravação Inicial: 1.Início da Cravação aos 15 Centímetros: •A partir dos primeiros 15 centímetros de perfuração, a cravação do amostrador-padrão tem início, representando o ponto inicial para a avaliação daresistência do solo. 2.Total de 45 Centímetros de Cravação: •O amostrador-padrão é cravado no solo em um percurso total de 45 centímetros, compreendendo três segmentos de 15 centímetros cada. 3.Segmentação em Três Partes de 15 cm: •Durante a cravação, os golpes são registrados em segmentos de 15 centímetros, onde são utilizados para a determinação do índice de resistência à penetração (Nspt). 4.Soma dos Últimos 30 Centímetros: •A avaliação da resistência do solo concentra-se nos últimos 30 centímetros, somando os golpes correspondentes a essa extensão para obtenção do Nspt. 5.Controle Rigoroso da Queda Livre: •Utiliza-se um martelo com massa de 65 kg, garantindo a energia necessária para a cravação do amostrador-padrão. •O processo envolve elevação manual controlada do martelo a uma altura específica de 75 cm, seguida pela liberação para queda livre, garantindo um impacto controlado e resultados consistentes. 13 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com REGISTRO DE GOLPES Nesta fase, detalhamos o Registro de Golpes, uma etapa essencial para monitorar a resistência à penetração do solo durante a Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT. Detalhes do Registro de Golpes: 1.Segmentação em 3 Etapas de 15 cm: Após a cravação inicial de 45 cm, o solo é analisado em segmentos de 15 cm. Cada segmento é cravado e avaliado individualmente, permitindo uma análise detalhada da resistência camada a camada. 2.Contagem Precisa: Cada golpe do martelo é registrado e contabilizado. A precisão na contagem é essencial para determinar a resistência do solo de maneira confiável. 3.Foco nos Últimos 30 cm: A atenção se concentra nos últimos 30 cm cravados, pois é nessa profundidade que o índice de resistência à penetração (N) é calculado. Essa medida reflete a resistência representativa do solo. 4.Variação de Resistência: A variação no número de golpes ao longo dos segmentos de 15 cm fornece insights sobre a heterogeneidade do solo, auxiliando na caracterização da subsuperfície. O Registro de Golpes é mais do que uma contagem numérica; é a narrativa da resistência do solo em diferentes profundidades. Esta fase, juntamente com a Coleta da Amostra, constitui a essência do processo, permitindo uma compreensão abrangente das características geotécnicas do local em estudo. 14 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com COLETA DA AMOSTRA A etapa de Coleta da Amostra desempenha um papel essencial na obtenção de informações detalhadas sobre as propriedades do solo. Procedimento de Coleta da Amostra: 1.Recuperação do Amostrador-Padrão: Após a cravação total do amostrador-padrão nos 45 cm, inicia- se o processo de recuperação. Este momento é delicado, garantindo a preservação da amostra sem alterações significativas. 2.Identificação e Preservação: Cada amostra é cuidadosamente identificada, indicando a profundidade específica de onde foi retirada. Essa identificação serve para correlacionar as propriedades do solo com a profundidade correspondente. 3.Destino para Análises Subsequentes: A amostra coletada serve como base para diversas análises laboratoriais. Essas análises incluem determinações granulométricas, teor de umidade, entre outras, proporcionando informações detalhadas sobre as características do solo. 4.Armazenamento Adequado: A amostra é armazenada de maneira a preservar suas propriedades até o momento da análise. O cuidado no armazenamento garante resultados confiáveis nas avaliações subsequentes. A Coleta da Amostra é mais do que um gesto técnico; é a captura precisa das propriedades físicas do solo. Essa amostra é a representação concreta do ambiente subterrâneo e serve como ponto de partida para a compreensão detalhada dos desafios geotécnicos que podem surgir durante o desenvolvimento de projetos de engenharia. 15 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com AVANÇO PARA O PRÓXIMO METRO Na etapa de Avanço para o Próximo Metro, o foco está na continuidade da exploração do subsolo de forma metódica e eficaz. Este processo, essencial para a obtenção de dados representativos, é delineado da seguinte maneira: Procedimento de Avanço para o Próximo Metro: 1.Utilização de Trado Helicoidal: Para os 55 cm restantes até o próximo metro, após a cravação inicial dos 45cm, a ferramenta de escolha é o trado helicoidal. Essa técnica oferece controle preciso durante a perfuração, permitindo a avaliação do solo de maneira gradual. 2.Atingindo Nível d'Água ou Resistência do Solo: O avanço com o trado helicoidal continua até atingir o nível d'água, quando presente, ou encontrar resistência significativa no solo. Esses indicadores orientam a transição para métodos adicionais conforme necessário. 3.Alternância com Método de Lavagem: Quando o trado helicoidal atinge suas limitações, o método de lavagem, perfuração por circulação de água, entra em cena. Essa abordagem é empregada para garantir a continuidade da sondagem, mesmo em condições desafiadoras. 4.Repetição do Processo: A sequência de trado helicoidal e lavagem é repetida até atingir a profundidade desejada conforme as diretrizes da norma ou as especificações do contratante. A etapa de Avanço para o Próximo Metro representa um avanço contínuo na exploração do subsolo, proporcionando dados valiosos a cada metro cravado. Essa abordagem estruturada contribui para uma compreensão abrangente das condições geotécnicas do local em estudo, garantindo a qualidade e a confiabilidade dos resultados obtidos. 16 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com CRITÉRIO DE PARALISAÇÃO DA SONDAGEM O critério de paralisação das sondagens, conforme a NBR 6484:2020, é uma decisão técnica de responsabilidade da contratante ou de seu preposto, devendo ser definido de acordo com as necessidades específicas do projeto. Na ausência desse critério, as sondagens podem ser encerradas quando atingirem um dos seguintes requisitos: Avanço até a profundidade em que forem obtidos 10 metros consecutivos com resultados indicando N iguais ou superiores a 25 golpes. 1. Avanço até a profundidade em que forem obtidos 8 metros consecutivos com resultados indicando N iguais ou superiores a 30 golpes. 2. Avanço até a profundidade em que forem obtidos 6 metros consecutivos com resultados indicando N iguais ou superiores a 35 golpes. 3. Quando essas condições são atendidas, e após a retirada do amostrador-padrão, é realizado o ensaio de avanço da perfuração por circulação de água. Esse ensaio, com duração de 30 minutos, consiste no emprego do procedimento descrito na norma. A sondagem é encerrada se os avanços obtidos forem inferiores a 50 mm em cada período de 10 minutos, indicando impenetração ao trépano/peça de lavagem. Caso seja necessário continuar a investigação além dessas profundidades, o procedimento de perfuração deve ser substituído por perfuração rotativa, conforme orientações específicas não abordadas nesta norma. 17 @raphaelparra Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Ao realizar a análise tátil-visual das amostras de solo coletadas durante a sondagem, é essencial seguir as diretrizes estabelecidas pela norma NBR 6484:2020. Cada amostra deve ser examinada individualmente, identificando características como granulometria, plasticidade, cor e origem. A separação inicial entre solos grossos (areias e pedregulhos) e solos finos (argilas e siltes) deve ser realizada com base nas propriedades táteis e visuais. O ensaio tátil, consistindo na fricção da amostra entre os dedos, permite distinguir solos ásperos (grossos) de solos macios (finos). A observação visual complementa essa identificação, possibilitando avaliar a predominância do tamanho dos grãos. A classificação deve apresentar as frações de solo identificadas, utilizando uma nomenclaturasimples e incluindo até três frações principais. A descrição pode ser complementada quando há presença de elementos como pedregulhos, cascalhos ou matéria orgânica. 18 @raphaelparra ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DAS AMOSTRAS11 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com A elaboração do perfil geológico-geotécnico é uma etapa do processo que proporciona uma representação visual das características do subsolo ao longo da profundidade investigada. Com base nas amostras analisadas e nas informações obtidas durante a sondagem, o perfil é construído, destacando as variações das camadas do solo. A nomenclatura das amostras é acompanhada pela indicação da cor, permitindo uma identificação rápida e eficiente das diferentes camadas. As designações de cores, como branco, cinza, preto, marrom, amarelo, vermelho, roxo, azul e verde, são utilizadas, e quando há mais de duas cores, o termo "variegado" é adotado. Além disso, a presença acentuada de mica é indicada na nomenclatura quando observada. A elaboração cuidadosa do perfil contribui para uma compreensão abrangente das características geotécnicas do local. 19 @raphaelparra ELABORAÇÃO DO PERFIL GEOLÓGICO- GEOTÉCNICO12 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO A elaboração do relatório final deve seguir as diretrizes estabelecidas na NBR 6484:2020 e incluir as seguintes seções: Identificação: Detalhes do projeto, localização e identificação do contratante. Objetivos da Sondagem: Recapitulação dos objetivos propostos para a sondagem, conforme as normas e requisitos específicos do projeto. Metodologia Utilizada: Descrição detalhada da metodologia adotada na sondagem, seja ela manual ou mecanizada, conforme estabelecido pela NBR 6484:2020. Resultados Obtidos: Apresentação dos resultados do ensaio SPT, incluindo o valor do índice de resistência à penetração (N) em cada metro cravado. Classificação dos Solos: Identificação dos tipos de solos encontrados, suas características granulométricas e quaisquer aspectos relevantes à sua composição. Perfil Geotécnico: Descrição do perfil geotécnico da sondagem, destacando as camadas identificadas, suas espessuras e propriedades geotécnicas. Considerações e Recomendações: Análise das condições do solo em relação aos objetivos do projeto, acompanhada de recomendações pertinentes para o desenvolvimento da obra. Essas considerações podem envolver aspectos como fundações, contenções, drenagem, entre outros. Croqui de Locação dos Pontos: Inclusão de um croqui que represente a locação precisa dos pontos de sondagem, fornecendo uma visualização espacial das informações coletadas. Conclusão: Encerramento do relatório com uma conclusão geral, ressaltando os principais pontos abordados e destacando a importância das informações geotécnicas para o desenvolvimento do projeto. 20 @raphaelparra 13 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Ao longo deste guia prático, exploramos detalhadamente o procedimento executivo para a realização da Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT, seguindo as normativas brasileiras NBR 6484:2020 e NBR 8036:1983. A importância desse método na engenharia geotécnica é incontestável, proporcionando dados importantespara o entendimento das características do subsolo e, consequentemente, embasando projetos de fundações de forma mais precisa. A escolha entre os sistemas manual e mecanizado, a cuidadosa execução da perfuração, a cravação do amostrador-padrão, a coleta e preservação da amostra, a avaliação do índice de resistência à penetração (N) e a classificação das amostras são passos essenciais que, quando conduzidos de acordo com as normas, garantem resultados confiáveis. O relatório final, estruturado conforme as diretrizes da NBR 6484:2020, é a peça-chave que condensa todas as informações coletadas, proporcionando uma visão clara do subsolo estudado. Além disso, a inclusão do croqui de locação dos pontos fornece um contexto geográfico que enriquece a interpretação dos dados. Por fim, ao considerar as recomendações e conclusões derivadas do estudo, este guia busca contribuir para a prática eficiente e precisa da Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT, promovendo a excelência na realização desse importante procedimento geotécnico. Agradecemos por utilizar este guia, esperamos que ele seja um recurso valioso em suas atividades geotécnicas, proporcionando resultados confiáveis e embasados em normas reconhecidas. CONCLUSÃO 21 @raphaelparra 14 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com Raphael Parra AGRADECIMENTOS Prezados leitores, Ao fechar estas páginas, expresso minha sincera gratidão a todos que tornaram possível a concretização deste manual prático sobre Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT. Agradeço primeiramente a Deus pela sabedoria e pela vida, aos profissionais dedicados da geotecnia, cujo conhecimento e experiência são fundamentais para o avanço contínuo na engenharia civil. Às instituições acadêmicas, laboratórios de pesquisa e empresas do setor, meu reconhecimento pela colaboração essencial. Agradeço também aos mentores sábios que iluminaram meu caminho na intricada arte da geotecnia. Este guia é uma manifestação do aprendizado contínuo e valioso que compartilhamos. Aos leitores, sua busca pelo conhecimento e dedicação ao aprimoramento profissional são a força motriz desta obra. Que este guia seja uma ferramenta valiosa em sua jornada na geotecnia e fundações. Que este manual contribua para a construção de bases sólidas, confiança na execução de sondagens e, consequentemente, para o desenvolvimento seguro e sustentável da engenharia civil. Com gratidão, Engenheiro Civil e Especialista em Geotecnia e Fundações “Porque para Deus nada é impossível.” Lucas 1:37 Licenciado para - F ábio T úlio M enezes S ilva - 09359316601 - P rotegido por E duzz.com