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Processos de Projeto de Fundações

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DESCRIÇÃO
Fatores determinantes do processo para a especificação de um projeto de fundação desde a
concepção das cargas solicitantes até as características do solo.
PROPÓSITO
Conhecer os tipos de fundação (base de qualquer edificação, responsável pela dissipação das
cargas sobre o solo e importante contra problemas, como os recalques e as consequentes
patologias na estrutura) e o processo de determinação do modelo utilizável em cada situação
para a concepção de um projeto estrutural.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar a leitura deste conteúdo, é recomendado ter em mãos uma calculadora
científica e conhecer ferramentas que facilitem os processos de cálculo, por exemplo, o Excel.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar as filosofias e os conceitos de um projeto de fundações
MÓDULO 2
Definir as principais ações, as solicitações e a segurança necessárias para o dimensionamento
de um projeto de fundações
MÓDULO 3
Interpretar o processo de investigação do subsolo, bem como os ensaios e as provas de carga
MÓDULO 4
Aplicar os procedimentos para a escolha do tipo de fundação
INTRODUÇÃO
PROJETO DE FUNDAÇÃO
AVISO: Orientações sobre unidades de medida
ORIENTAÇÕES SOBRE UNIDADES DE
MEDIDA
javascript:void(0)
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por
questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um
espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais
materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de separação dos
números e das unidades.
MÓDULO 1
 Identificar as filosofias e os conceitos de um projeto de fundações
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE
FUNDAÇÕES
INTRODUÇÃO AO PROJETO DE
FUNDAÇÕES
Foto: Shutterstock.com
 Fundação.
A Engenharia Civil é conhecida e difundida como a área que resolve problemas cujas soluções
adotadas são consequência da junção da teoria, pesquisa, prática, experiência e julgamento
pessoal ao mesmo tempo. Trata-se, em suma, de uma série de fatores, os quais, apesar de
seus pesos distintos, contribuem para um resultado mais satisfatório.
Uma das diversas áreas estudadas na Engenharia Civil é a de fundações. Ela é vista como
uma área complexa por diversos motivos. Em primeiro lugar, porque demanda conhecimento
de uma área afim da Engenharia Civil: a Engenharia Geotécnica.
O projetista de fundações deve entender a fundo o dimensionamento de estruturas de
concreto, já que a maioria das fundações é feita desse material.
Além da complexidade teórica que envolve essa área, as fundações são os elementos-base de
qualquer construção, ou seja, os elementos que suportam todas as cargas.
Dessa forma, para começar a compreender melhor essa área, é necessário entender o que
significa um elemento de fundação.
Segundo a ABNT 6122:2019, uma fundação pode ser entendida como o elemento cuja função
é transferir a carga da estrutura para o solo sem sobrecarregá-lo.
A capacidade de carga do solo é o maior valor possível de uma sobrecarga que não resulte em
recalques excessivos ou rupturas por cisalhamento. Desse modo, o tipo de fundação escolhida
para um projeto depende de:
Cargas da estrutura
Formação do relevo
Características geotécnicas do perfil do subsolo
Imagem: extraída de Ching, 2017, p. 69
 Esforços nas fundações.
TIPOS DE FUNDAÇÕES
Foto: Shutterstock.com
Como destacamos anteriormente, fundação é a parte de uma estrutura que transmite ao
terreno subjacente a carga da obra. O estudo de qualquer fundação compreende
preliminarmente duas partes essencialmente distintas:
Cálculo das cargas atuantes sobre a fundação

Estudo do terreno
De posse das cargas atuantes na fundação e do estudo do terreno, é possível dividir as
fundações em dois grandes grupos:
Imagem: extraída de Ching, 2017, p. 72.
 Tipos de fundação – apoio no solo.
FUNDAÇÕES RASAS (SUPERFICIAIS OU
DIRETAS)
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
 Fundação rasa.
As fundações rasas são definidas pela NBR 6122:2019, como:
[...] O ELEMENTO DE FUNDAÇÃO EM QUE A CARGA É
TRANSMITIDA AO TERRENO PELAS TENSÕES
DISTRIBUÍDAS SOB A BASE DA FUNDAÇÃO, E A
PROFUNDIDADE DE ASSENTAMENTO EM RELAÇÃO
AO TERRENO ADJACENTE À FUNDAÇÃO É INFERIOR
A DUAS VEZES A MENOR DIMENSÃO DA FUNDAÇÃO.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS (INDIRETAS)
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
 Fundação profunda.
A NBR 6122:2019 as define como o:
[...] ELEMENTO DE FUNDAÇÃO QUE TRANSMITE A
CARGA AO TERRENO OU PELA BASE (RESISTÊNCIA
DE PONTA) OU POR SUA SUPERFÍCIE LATERAL
(RESISTÊNCIA DE FUSTE) OU POR UMA
COMBINAÇÃO DAS DUAS, DEVENDO SUA PONTA OU
BASE ESTAR ASSENTE EM PROFUNDIDADE
SUPERIOR AO DOBRO DE SUA MENOR DIMENSÃO EM
PLANTA, E, NO MÍNIMO, 3,0M. NESSE TIPO DE
FUNDAÇÃO INCLUEM-SE AS ESTACAS E OS
TUBULÕES.
Em linhas gerais, pode-se dizer que, em situações nas quais as fundações superficiais não são
viáveis, se opta pela utilização das profundas.
 EXEMPLO
O solo próximo à superfície não tem capacidade de carga suficiente para suportar as cargas
estruturais de fundação; consequentemente, pode haver recalques acima dos limites
admissíveis.
Em situações nas quais as cargas estruturais consistem em cargas laterais e/ou forças de
levantamento, deve-se optar por fundações profundas para garantir a estabilidade local.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
As fundações superficiais podem ser entendidas como aquelas que têm o cálculo da tensão
admissível como grandeza fundamental para o projeto.
Essas fundações se subdividem em três grupos
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
 Tipos de fundações rasas.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
SAPATA
As sapatas são definidas como o elemento de fundação superficial feito em concreto armado.
Seu dimensionamento é realizado de tal modo que as tensões de tração nele resultantes sejam
resistidas, como aponta a figura, pelo emprego de uma armadura especialmente disposta para
esse fim.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
BLOCO
Os blocos são os elementos de fundação superficial de concreto, embora ele seja não
armado. Ou seja, em seu dimensionamento, as tensões de tração nele resultantes são
resistidas pelo concreto, conforme indica a figura, sem a necessidade de uma armadura.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
RADIER
O radier é o elemento de fundação superficial definido como aquele que abrange a parte ou
todos os pilares de uma edificação.
As sapatas são divididas em três grupos.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
SAPATA ISOLADA
A sapata isolada é a mais simples por ser o elemento de fundação que recebe os esforços de
apenas um pilar.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
SAPATA ASSOCIADA
A sapata associada é o elemento que contém normalmente mais de um pilar. Ela é necessária
sempre que duas sapatas próximas se sobrepõem, como ocorre na imagem.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
SAPATA CORRIDA
A sapata corrida é aquela sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao
longo de um mesmo alinhamento.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
As fundações profundas podem ser entendidas como aquelas cuja grandeza fundamental para
o projeto por estacas é a carga admissível.
Essa carga pode ser definida com base em cálculos empíricos de vários autores a partir dos
resultados da investigação do subsolo ou, no caso de elementos pré-fabricados, da resistência
de projeto.
O projeto, por sua vez, deve considerar tanto o fator de segurança global quanto os valores
característicos especificados em norma.
As fundações profundas se dividem em dois grandes grupos:
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete.
 Tipos de fundações profundas ou indiretas.
ESTACAS
De forma bem simplificada, as estacas podem ser classificadas quanto a:
Processo de execução.
Forma de funcionamento, ou seja, a maneira com que trabalha os esforços atuantes.
Forma de carregamento.
Tipo de material.
Imagem: Dayanne Severiano Meneguete
 Classificação das estacas.
Falaremos agora sobre os tipos de estacas moldadas mais populares:
ESTACA BROCA
Estaca mais simples dentreas que são moldadas in loco, ela pode ser executada por
perfuração com trado e posterior concretagem in loco, normalmente com o diâmetro variando
entre 15 e 25cm e o comprimento de até 6,0m. As estacas do tipo broca são normalmente
empregadas para pequenas cargas.
ESTACA STRAUSS
É executada por perfuração por meio de piteira com uso parcial ou total de revestimento
recuperável e posterior concretagem in loco.
Sua execução requer:
Equipamento constituído de um tripé de madeira ou de aço.
Guincho acoplado a um motor (combustão ou elétrico).
Sonda de percussão munida de válvula em sua extremidade inferior (para a retirada de
terra).
Soquete.
Tubulação de aço com elementos de 2 a 3 metros de comprimento rosqueáveis entre si.
Guincho manual para a retirada da tubulação.
Roldanas.
Cabos de aço.
Ferramentas.
ESTACA HÉLICE CONTÍNUA
Estaca de concreto moldada in loco e executada graças a um traço contínuo. A injeção de
concreto, realizada por intermédio da haste central do trado, é feita simultaneamente à sua
retirada do terreno.
ESTACA ÔMEGA
Tem execução semelhante à da hélice contínua monitorada. Sua diferença reside basicamente
na configuração da haste de perfuração, já que a estaca ômega tem uma hélice curta, ou seja,
a retirada de solo não é contínua.
Imagem: Extraída de Guimarães e Peter, 2018, p. 109
 Estaca ômega.
ESTACAS BARRETES
Na ocorrência de cargas elevadas em obras de vulto, pode ser utilizado esse tipo de
estaqueamento. Trata-se, em suma, de estacas de secção retangular derivadas de um ou mais
painéis de parede diafragma. Elas são utilizadas como elementos importantes de fundações
em substituição às estacas de grande diâmetro.
ESTACA FRANKI
Ela é executada a partir da cravação de um tubo por meio de sucessivos golpes de pilão em
uma bucha seca de pedra e areia aderida ao tubo.
Ao se atingir a cota de apoio, tem início uma série de procedimentos:
Expulsão da bucha.
Execução de base alargada.
Instalação da armadura.
Execução do fuste de concreto apiloado com a simultânea retirada do revestimento.
ESTACA RAIZ
Ela é uma estaca argamassada in loco e de elevada tensão de trabalho do fuste. Caracteriza-
se principalmente por ser executada com o emprego de revestimento, o que lhe permite atingir
grandes comprimentos em rocha ou em solo.
TUBULÕES
Segundo Guimarães e Peter (2018), os tubulões a céu aberto são aqueles em que a
concretagem de um poço ocorre a céu aberto, ou seja, o tubulão deve ser executado acima do
lençol freático em solos resistentes e coesivos para garantir sua estabilidade e o não
desmoronamento. Sua escavação pode ser manual ou mecânica.
Imagem: extraída de Guimarães e Peter, 2018, p. 86.
 Tubulão a céu aberto.
Já o tubulão a ar comprimido pode ser de aço ou de concreto. É necessário haver um
processo de compressão e descompressão dos equipamentos.
Imagem: extraída de Guimarães e Peter, 2018, p. 86.
 Tubulão a ar comprimido.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. DAS FUNDAÇÕES DESCRITAS ABAIXO COM SUAS RESPECTIVAS
CARACTERÍSTICAS, QUAL TIPO NÃO PODE SER ENTENDIDO COMO
UMA FUNDAÇÃO INDIRETA?
A) A hélice contínua é uma fundação de concreto moldada in loco e executada graças a um
traço contínuo. A injeção de concreto, realizada por intermédio da haste central do trado, é feita
simultaneamente à sua retirada do terreno.
B) O radier é um elemento de fundação que pode ser definido como aquele que abrange parte
ou todos os pilares de uma edificação.
C) O barrete é uma fundação de seção retangular que se divide em um ou mais painéis de
parede diafragma.
D) Os tubulões a céu aberto podem ser entendidos como o elemento de fundação em que a
concretagem de um poço é a céu aberto, ou seja, o tubulão tem de ser executado acima do
lençol freático em solos resistentes e coesivos.
E) A fundação denominada raiz consiste em uma fundação argamassada in loco e de elevada
tensão de trabalho do fuste. Caracteriza-se principalmente por ser executada com o emprego
de revestimento, o que lhe permite atingir grandes comprimentos em rocha ou em solo.
2. AS FUNDAÇÕES PROFUNDAS SÃO NECESSÁRIAS EM ALGUMAS
SITUAÇÕES ESPECÍFICAS. TODAS AS ALTERNATIVAS A SEGUIR
APRESENTAM ESSAS SITUAÇÕES, EXCETO:
A) O solo próximo à superfície não tem capacidade de carga suficiente para suportar as cargas
estruturais de fundação.
B) O recalque estimado do solo excede os limites admissíveis.
C) As cargas estruturais consistem em cargas laterais e/ou forças de levantamento.
D) As escavações para construir a fundação ultrapassam em 2 vezes a menor dimensão dela e
são menores que 3 metros.
E) Os esforços são transmitidos ao terreno pela base (resistência de ponta) e/ou por sua
superfície lateral (resistência de fuste).
GABARITO
1. Das fundações descritas abaixo com suas respectivas características, qual tipo não
pode ser entendido como uma fundação indireta?
A alternativa "B " está correta.
Todas as opções descrevem fundações profundas, exceto a letra B, que faz a descrição de um
radier. Ele é uma fundação rasa (direta), ou seja, suas tensões são transmitidas nas camadas
superficiais do solo. Isso é o oposto do que ocorre em fundações profundas.
2. As fundações profundas são necessárias em algumas situações específicas. Todas as
alternativas a seguir apresentam essas situações, exceto:
A alternativa "D " está correta.
As fundações profundas são indicadas por norma para situações em que as escavações para
construir a fundação ultrapassam em 2 vezes a menor dimensão dela e são maiores que 3
metros.
MÓDULO 2
 Definir as principais ações, as solicitações e a segurança necessárias para o
dimensionamento de um projeto de fundações
PRINCIPAIS AÇÕES E SOLICITAÇÕES
APLICADAS EM UM PROJETO DE
FUNDAÇÕES
DIMENSIONAMENTO DE UM PROJETO DE
FUNDAÇÕES
Quando se estuda um projeto de fundações, deve-se avaliar diversos requisitos para fazer a
composição do projeto, ou seja, elementos aos quais um projeto de fundações deve atender.
Desse grupo de requisitos, Velloso e Lopes (2004) listam três situações que são consideradas
como requisitos básicos para um projeto de fundações:
Deformações aceitáveis sob as condições de trabalho.
Segurança adequada ao colapso do solo de fundação (estabilidade "externa”).
Segurança adequada ao colapso dos elementos estruturais (estabilidade "interna").
RESULTADOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES
DEFICIENTE
Os dois autores ilustram que, como consequência do não atendimento de tais requisitos, estes
fenômenos ilustrados a seguir podem ocorrer:
Deformações excessivas
Nessa situação, pode-se verificar uma falha no solo por conta do excesso de sobrecarga.
Trata-se de situações de recalques no solo devido à sua baixa capacidade de carga. No
entanto, como especifica o requisito, elas são deformações aceitáveis sob tais condições de
trabalho. Esses recalques, portanto, não provocaram a ruptura da estrutura.
Colapso do solo
Essa figura demonstra a falha/colapso do solo de fundação. Esse solo, então, não suporta os
carregamentos externos que lhe são impostos e entra em colapso – nesse caso, um colapso
global.
Tombamento e deslizamento
Tombamento e deslizamento são situações provocadas pelo solo. Não no quesito do colapso
dele, e sim pelo fato de o elemento não o suportar e deslocar.
Colapso estrutural
Por fim, aqui vemos um colapso da estrutura, ou seja, do elemento de fundação.
AÇÕES E SOLICITAÇÕES DE UM PROJETO
DE FUNDAÇÕES
Para a determinação de um projeto de fundações, é necessário entender que ações e
solicitações podem influenciá-lo. Segundo a revisão feita na ABNT NBR 6122 em 2019, as
ações nas fundações podem ser divididas em oito tipos:
Ações provenientes da superestrutura
Ações decorrentes do terreno
Ações decorrentes da água superficial e subterrânea
Ações variáveis especiais
Análise de interação fundação-estrutura
Peso próprio das fundações
Alívio de cargas devido a vigas alavanca
Atrito negativo
Para delimitar os esforços atuantes na fundação, é preciso, em primeiro lugar, determinaras
ações e suas combinações conforme as orientações da ABNT NBR 8681.
Para tais cálculos, o projetista da estrutura precisa disponibilizar o conjunto de:
Esforços para a verificação dos estados limites últimos (ELU)

Ações para a verificação dos estados limites de serviço (ELS)
 ATENÇÃO
Os valores dos esforços devem ser fornecidos em valores de cálculo, ou seja, já majorados
pelos coeficientes de combinação e de ponderação determinados pela ABNT NBR 8681.
No processo de desenvolvimento do projeto de fundações, os cálculos precisam ser
desenvolvidos com o emprego do fator de segurança global. Nesse caso, devem ser
fornecidos ao projetista estrutural os valores dos coeficientes pelos quais as solicitações de
cálculo têm de ser divididas em cada caso para reduzi-las às solicitações características.
Os esforços devem ser fornecidos em um destes dois níveis:
Nível do topo das fundações
No caso de edifícios, o topo dos baldrames; no de pontes, o topo dos blocos ou das sapatas.

Nível da interface entre os projetos (superestrutura e fundações/infraestrutura)
Esse nível tem de ficar bem caracterizado.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
Ela precisa ocorrer conforme sua variabilidade no tempo. Esse fato é previsto pela ABNT NBR
8681, que classifica tais ações em três grupos:
AÇÕES PERMANENTES
Peso próprio
Sobrecarga permanente
Epuxos
javascript:void(0)
AÇÕES VARIÁVEIS
Sobrecargas variáveis
Impactos
Ventos
AÇÕES EXCEPCIONAIS
Explosões
Choques de veículos
Incêndios
Enchentes
Sismos excepcionais
ESTADOS LIMITES
Segundo as orientações impostas pelas normas NBR 6122:2019 e NBR 8681:2003, existem os
critérios para realizar as combinações dessas ações na verificação dos estados limites de uma
estrutura.
Esses estados se dividem em dois grupos:
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Associados ao colapso parcial ou total da obra, ou seja, à perda de equilíbrio global ou parcial,
admitindo-se a estrutura como um corpo rígido.
ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
Associados às deformações, às fissuras e às vibrações que comprometem o uso da obra. São
considerados, em suma, danos ligeiros ou localizados que comprometem o aspecto estético da
construção ou a durabilidade da estrutura.
VERIFICAÇÃO DA SEGURANÇA
No processo de verificação da segurança das fundações, deve ser utilizado um destes dois
valores:
Valores característicos, além do fator de segurança global.

Valores de cálculo obtidos a partir da aplicação de coeficientes de ponderação aos valores
característicos.
Os valores característicos são definidos pela norma de fundações de acordo com o tipo de
fundação. Há, desse modo, os coeficientes de ponderação de segurança de fundação rasa
(direta ou superficial) e aqueles que devem ser utilizados para as fundações profundas.
A NBR 6122:2019 aponta que a segurança da fundação rasa (direta ou superficial) pode ser
feita utilizando como base os valores característicos e o fator de segurança global tabelados na
norma:
Métodos para determinação da
resistência última
Coeficiente de
ponderação da
resistência última
Fator de
segurança global
FSg
γcmγ
c
m
Semiempíricosa
Valores propostos
no próprio processo
e, no mínimo, 2,15.
Valores propostos
no próprio
processo e, no
mínimo, 3,00.
Analíticosb 2,15 3,00
Semiempíricosa ou analíticosb
acrescidos de duas ou mais provas
de carga necessariamente
executadas na fase de projeto
(conforme item 7.3.1).
1,40 2,00
a Atendendo ao domínio de validade para o terreno local.
b Sem a aplicação de coeficientes de ponderação aos parâmetros de resistência do
terreno.
c Em todas as situações de
,
,
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já estiver fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá ser
aplicado a ele.
γm
γm = 1, 4γm
γf = 1, 4
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 1: Fundações rasas – fatores de segurança e coeficientes de ponderação para
solicitações de compressão.
Extraído da Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2019a, p. 17.
 ATENÇÃO
Os coeficientes de ponderação ainda precisam ser utilizados para realizar tanto a verificação
de tração quanto o deslizamento e o tombamento nos elementos de fundação superficial.
A norma sugere os seguintes índices:
(minoração) para a parcela favorável do peso.
(minoração) para a resistência do solo.
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já houver sido fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá
ser aplicado a ele.
Para a análise da segurança das fundações profundas, existem métodos semiempíricos que
permitem o cálculo da resistência. O fator de segurança global a ser utilizado para a
determinação da carga admissível deve ser 2,0. Já para o cálculo da força resistente de
cálculo, o ponderador tem de ser 1,4.
Há um detalhe importante: Quando forem reconhecidas regiões representativas e utilizados
resultados de ensaios de campo nessas regiões, a determinação da resistência característica
das estacas
por métodos semiempíricos poderá basear-se nesta equação:
γm = 1, 2
γm = 1, 4
γf = 1, 4
(Rk)
Eq. (1)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
a resistência característica.
é a resistência determinada com base em valores médios dos resultados dos ensaios de
campo.
é a resistência determinada com base em valores mínimos dos resultados dos ensaios de
campo.
e
são os fatores de minoração da resistência especificados na tabela 2 da NBR 6122:2019.
Rk = mín[ ; ]
(Rse)méd
ξ1
(Rse)mín
ξ2
Rk
(Rse)méd
(Rse)min
ξ1
ξ2
 Tabela 2: Valores dos fatores
e
Extraída da NBR 6122:2019
Cabe ressaltar que, quando for utilizado o método de valores admissíveis, a carga admissível
deverá ser calculada por esta equação:
, COM
Eq. (2)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Já quando for utilizado o método de valores de cálculo, a força resistente de cálculo terá de
empregar a equação 3:
, COM
Eq. (3)
ξ1
ξ2
Padm = Rk/FSg
FSg = 1, 4
Rd = Rk/γm
γm = 1, 0
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Por fim, existe ainda a ELS em relação ao solo de fundação ou ao elemento estrutural de
fundação. Para situações aceitáveis, os valores devem obedecer à seguinte equação:
Eq. (4)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
é o valor característico do efeito das ações (por exemplo, recalque estimado). Esse efeito
é calculado tendo em consideração os parâmetros geotécnicos característicos e as ações
características.
é o valor limite de serviço (admissível) do efeito das ações (por exemplo, recalque
aceitável).
 SAIBA MAIS
A ABNT NBR 6122:2019 dispõe sobre os valores limites dos deslocamentos das fundações.
Nesse quesito, é preciso, dentro dos limites de serviço, avaliar os recalques e os
levantamentos excessivos decorrentes, por exemplo, de expansão do solo e/ou de vibrações
inaceitáveis.
Ek ≤ C
Ek
C
MÉTODO DA TENSÃO ADMISSÍVEL PARA
SATISFAZER AO ELU
Um dos elementos necessários para a confecção de um projeto de fundações é o cálculo da
determinada tensão admissível. Essa tensão pode ser calculada a partir de uma carga última
dividida por um fator de segurança (FS).
Budhu (2013, p. 169) apresenta uma tabela com os valores típicos para essa FS:
Fundação/obras de terra Fator de segurança
Fundações – capacidade de carga 2,0 a 3,0 (normalmente 3,0)
Muros de contenção 1,5 a 2,0
Obras de terra 1,3 a 1,5
Percolação – levantamento 1,5 a 2,0
Estaqueamento 2,0 a 3,0
Taludes 1,25 a 1,75
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 2: Valores típicos do fator de segurança.
Extraída de Budhu, 2013, p. 169.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1.INDIQUE A ALTERNATIVA QUE PREENCHA CORRETAMENTE AS
LACUNAS DA AFIRMATIVA A SEGUIR:
CONFORME ORIENTAÇÕES IMPOSTAS PELAS NORMAS NBR 6122:2019
E NBR 8681:2003, EXISTEM OS CRITÉRIOS PARA REALIZAR AS
COMBINAÇÕES DESSAS _____________ NA VERIFICAÇÃO DOS
ESTADOS LIMITES DE UMA ESTRUTURA. ESSES ESTADOS SE DIVIDEM
EM DOIS GRUPOS. OS ESTADOS LIMITES _____________ SÃO AQUELES
ASSOCIADOS AO COLAPSO PARCIAL OU TOTAL DA OBRA, OU SEJA, À
PERDA DE EQUILÍBRIO GLOBAL OU PARCIAL, ADMITINDO-SE A
ESTRUTURA COMO UM CORPO ___________. JÁ OS ESTADOS LIMITES
DE ______________ SÃO AQUELES ASSOCIADOS A DEFORMAÇÕES,
FISSURAS E VIBRAÇÕES.
A) Ações, últimos, rígido, serviço.
B) Forças, últimos, rígido, mistos.
C) Ações, últimos, flexível, serviço.
D) Ações, serviço, rígido, últimos.
E) Forças, últimos, flexível, serviço.
2. A CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES PRECISA OCORRER CONFORME SUA
VARIABILIDADE NO TEMPO. ESSE FATO É PREVISTO PELA ABNT NBR
8681. AS ALTERNATIVAS ABAIXO EXEMPLIFICAM ESSAS AÇÕES COM
SEUS RESPECTIVOS EXEMPLOS, EXCETO:
Ações permanentes: Peso próprio
Ações variáveis: Sobrecargas variáveis
Ações excepcionais: Explosões
Ações permanentes: Empuxos
Ações variáveis: Sobrecargas variáveis
Ações excepcionais: Explosões
Ações permanentes: Peso próprio
Ações variáveis: Impacto
Ações excepcionais: Choques de veículos
Ações permanentes: Peso próprio
Ações variáveis: Vento
Ações excepcionais: Incêndios
Ações permanentes: Empuxos
Ações variáveis: Enchentes
Ações excepcionais: Incêndios
MÓDULO 3
 Interpretar o processo de investigação do subsolo, bem como os ensaios e as provas
de carga
INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO
INTRODUÇÃO À INVESTIGAÇÃO DE
GEOTÉCNICA
Já dizia Terzaghi (1883-1963), considerado o pai da mecânica dos solos:
A SONDAGEM MAIS CARA É AQUELA QUE NÃO FOI
FEITA.
De acordo com essa afirmação, pode-se entender quão necessária e importante é a
investigação do subsolo para a confecção de projetos de engenharia e sua execução em obras
civis.
Diante disso, este módulo tem como objetivo apresentar a importância do processo de
investigação de subsolo, bem como os principais processos que existem, apontando suas
vantagens e desvantagens e os resultados gerados para efeitos de projeto.
O solo é um material altamente heterogêneo, podendo ser composto de várias camadas de
materiais distintos. É fundamental, portanto, conhecer suas camadas antes de elaborar
quaisquer projetos de engenharia civil.
Há vários tipos de solo. Cada um conta com suas respectivas propriedades físicas, químicas e
compacidade relativa. O conjunto dessas propriedades o caracteriza e promove tais
características, fazendo com que ele possa ser identificado como um solo resistente (ou não).
 ATENÇÃO
Outro fator muito importante durante o processo de investigação de subsolo – e que influencia
diretamente nos projetos de engenharia – é a posição do nível d’água.
De maneira geral, pode-se dizer que a investigação do subsolo objetiva buscar um conjunto de
fatores que funciona como a base para o projetista elaborar um projeto de fundações com as
melhores especificações técnicas e o mais seguro possível.
 Objetivos da sondagem.
INVESTIGAÇÃO DE SUBSOLO
ETAPAS
Para que uma sondagem ofereça todo esse conjunto de informações, é necessário haver a
definição de um programa de investigação.
Esse programa, por sua vez, define:
As etapas às quais tal investigação precisa obedecer.
Os objetivos a serem alcançados.
As informações que consequentemente devem ser geradas.
Em geral, as etapas de investigação do subsolo são divididas em três:
INVESTIGAÇÃO PRELIMINAR
Ela busca conhecer as principais características do subsolo. Trata-se de uma etapa de
reconhecimento – também descrita por alguns autores como uma “investigação de escritório”.
Nessa etapa, buscam-se os dados publicados em órgãos. Listaremos alguns dados e órgãos
a seguir:
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa)
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM)
Topografia, hidrologia, geologia, potencialidade sísmica, vegetação e construções
existentes
INVESTIGAÇÃO EXPLORATÓRIA
Busca-se identificar nela a natureza do solo.
Exemplo
Geologia, aterros, escavações, inundações e exploração mineral.
Além disso, sondagens à percussão são executadas na investigação exploratória com o
objetivo de obter dados para a emissão do relatório de sondagem.
Esse relatório precisa conter:
Profundidade, espessura e composição de cada estrato.
Profundidade do nível d’água.
Em casos especiais, pode-se solicitar certas propriedades de engenharia obtidas a partir de
ensaios laboratoriais.
Exemplo
Resistência, compressibilidade, expansão e permeabilidade do solo.
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR
Na fase de investigação complementar ou de projeto, o objetivo é analisar os relatórios de
sondagem emitidos a fim de, com isso, orientar a escolha do tipo de fundação ideal para o
projeto em questão.
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS
Todas essas fases são influenciadas diretamente em função do tipo de obra a ser executada.
Do ponto de vista da investigação geotécnica, as obras podem ser agrupadas em três grupos:
OBRAS DE FUNDAÇÕES DE ESTRUTURAS
Prédios.
Barragens de concreto.
Muros de arrimo.
Condutos enterrados.
Cortinas.
Escoramentos.
Túneis.
A interação solo-estrutura é básica.
OBRAS DE TERRA
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Aterros em geral.
Pavimentos rodoviários, ferroviários e de aeroportos.
Barragens.
Enrocamentos.
Os materiais da própria obra interferem de forma significativa na interação da
estrutura com o solo de fundação.
TALUDES NATURAIS
Encostas.
Taludes de corte de estradas, canais.
A influência das condições naturais e suas variações ao longo do tempo são
fundamentais.
Identificar o tipo de obra influencia diretamente no grau e no detalhamento de investigação do
subsolo que deve ser feito para efeito de projeto.
No caso das edificações, a preocupação com a investigação geotécnica tem de surgir quando
se planeja a aquisição do terreno. Não são raros os casos nos quais os custos com as
fundações inviabilizam financeiramente o empreendimento.
Dessa forma, a investigação geotécnica terá de ser entendida como fator fundamental da etapa
dos projetos de engenharia. Em função do empreendimento e/ou da complexidade de uma
obra, será adotado o procedimento mais adequado para tal investigação.
ENSAIOS DE CAMPO
javascript:void(0)
As informações adequadas das condições do subsolo são um fator muito importante para a
análise das condições que podem influenciar o projeto e a construção de obras em geral,
principalmente as geotécnicas. Por isso, pode-se afirmar que a investigação da área do
subsolo local deve ser uma parte dos elementos que compõem o projeto.
 ATENÇÃO
Ao contrário dos que muitos fazem, a investigação geotécnica não pode ser sacrificada.
Mesmo que ela possua um custo inicial com o qual muitos não querem arcar, tais dados podem
evitar problemas futuros.
No que tange à investigação geotécnica, muito se ouve falar do ensaio de penetração padrão.
Popularmente chamado de SPT (ou sondagem simples), tal ensaio é regido pela ABNT NBR
6484.
Porém, além do SPT – o mais utilizado e um dos mais simples tecnicamente falando –, muitos
outros ensaios podem fornecer os dados necessários para a análise do solo e complementar
aqueles encontrados no ensaio de penetração padrão.
Dos ensaios de campo mais empregados no processo de investigação geotécnica, podem ser
relacionados os seguintes:
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Ensaio de penetração dos solos ou de simples reconhecimento do solo – NBR
6484:2020.
Ensaio de penetração com cone – NBR 12069:1991 (cancelada).
Ensaio de palheta – NBR 10905:1989 (confirmada em 2018).
Ensaio pressiométrico de Menard (PMT).
Ensaio com dilatômetro de Marchetti (DMT).
Ensaio com carregamento de placa (prova de carga) – NBR 6489.
Ensaios geofísicos (sísmica, resistividade e GPR).
Ensaio de penetração padrão complementado com medida de torqueSPT-T.
ABNT NBR 6484
Revisada em 2020, ela dispõe sobre o solo, a sondagem de simples reconhecimento com SPT
e o método de ensaio.
ENSAIOS DESTRUTIVOS
Visualmente, esses ensaios podem ser diferenciados na imagem a seguir. Verifica-se nela as
distinções entre os equipamentos e a forma como os gráficos são gerados:
 Ensaios de campo.
Tais ensaios podem ser classificados como destrutivos, pois eles consistem na investigação
do subsolo a partir de equipamentos que necessitam da retirada de amostras a fim de obter as
suas características e/ou interferem nas condições naturais do solo.
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Ainda existem aqueles definidos como não destrutivos. Tais ensaios – popularmente
conhecidos como mapeamentos da superfície que utilizam métodos geofísicos – se
caracterizam por não influenciarem nas condições naturais do solo com o propósito de obter
suas características.
Dos métodos geofísicos mais difundidos, destacam-se:
Radar de penetração do solo (GPR).
Levantamentos sísmicos.
Levantamentos eletromagnéticos (EMS).
ENSAIO DE PENETRAÇÃO DOS SOLOS
(SPT)
Conforme apontamos, o ensaio de penetração dos solos – popularmente conhecido como SPT
– é um dos ensaios de investigação geotécnica mais difundidos no mundo e no Brasil. Por
conta disso, daremos ênfase a seu processo executivo, apontando as vantagens e as
desvantagens dele. Em seguida, ofereceremos um exemplo prático de um relatório de
sondagem.
Segundo Schnaid e Odebrecht (2012), a normalização do ensaio SPT começou a ser
estruturada em 1958 pela American Society for Testing and Materials (ASTM). Atualmente,
além das diversas normas nacionais, um padrão internacional é adotado como referência: o
International Reference Test Procedure (IRTP).
O SPT é um processo de sondagem padronizado internacionalmente. Seus resultados, assim,
podem ser interpretados por todos que conhecem o método.
A norma brasileira que regulamenta o método SPT é a ABNT NBR 6484. Contudo, cabe
ressalvar que, durante o processo de aplicação dessa norma, diversas outras são utilizadas em
conjunto. As mais comuns são:
NBR 8036:1983: programação de sondagens de simples reconhecimento do solo para
fundações de edifícios – procedimento (confirmada em 2018).
NBR 6502:1995: rochas e solos (norma em revisão em 2021).
NBR 9603:2015: sondagem a trado – procedimento (confirmada em 2019).
NBR 9820:1997: coleta de amostras indeformadas de solos de baixa consistência em
furos de sondagem – procedimento (confirmada em 2018).
NBR 15492:2007: sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental –
procedimento (confirmada em 2017).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
De modo geral, entende-se o ensaio de SPT como um método que fornece uma medida de
resistência dinâmica a cada metro e retira uma amostra do solo conjugada a uma sondagem de
simples reconhecimento.
Em solos granulares, ele serve como um indicativo da densidade. Já no caso dos coesivos, o
SPT funciona como um indício de consistência.
Segundo a própria NBR 6484:2020, dois sistemas de ensaio são apresentados para a
definição desses resultados: o manual e o mecanizado. Não necessariamente serão fornecidos
para ambos os mesmos resultados do índice de resistência.
EQUIPAMENTOS
Os componentes do equipamento de um sistema de sondagem SPT são bem simples.
Em geral, eles são compostos basicamente por seis partes distintas:
Amostrador
Hastes
Martelo
Torre ou tripé de sondagem
Cabeça de bater
Conjunto de perfuração
Esses componentes podem ser mais detalhados segundo as especificações da própria NBR
6484:2020:
LISTA DE MATERIAL (NBR 6484:2020)
Torre com roldana, moitão e corda
Tubos de revestimento
Hastes de perfuração/cravação
Trado-concha ou cavadeira manual
Trado helicoidal
Trépano/peça de lavagem
Amostrador-padrão
Cabeça de bater
Martelo padronizado
Baldinho para esgotar o furo
Medidor de nível de água
Metro de balcão ou trena
Recipientes para amostras
Bomba d'água centrífuga motorizada
Caixa d'água ou tambor com divisória interna para decantação
Ferramentas gerais necessárias para a operação
 Equipamentos do SPT.
Todos os equipamentos utilizados no ensaio SPT são normatizados pela NBR 6484. Ela
identifica quais devem ser as características dos materiais, assim como suas dimensões, seu
peso etc.
Os equipamentos principais, além de suas características, estão listados a seguir:
AMOSTRADOR-PADRÃO
 Amostrador-padrão “Raymond”.
Conhecido como amostrador de “Raymond”, ele é dividido em três partes distintas:
Cabeça

Corpo

Sapata
Seu diâmetro externo deve ser de (50,8 ± 2)mm; o interno, de (34,9 ± 2)mm. A cabeça precisa
possuir dois orifícios laterais para a saída de água e ar, além de conter em seu interior uma
válvula constituída por uma esfera de aço recoberta de material inoxidável.
O corpo normalmente é formado por um tubo bipartido, que deve ser perfeitamente retilíneo e
estar isento de qualquer deformação capaz de alterar a seção. A sapata, que é a ponta do
amostrador através da qual o solo entra, tem de ser de aço temperado e estar isenta de trincas.
 Amostrador SPT bipartido.
HASTES
As hastes de perfuração e cravação do amostrador-padrão devem ser constituídas de aço com
um diâmetro nominal interno de 25mm (Dext. = 33,4mm ± 2,5mm; Dint. = 24,3mm ± 2,5mm) e
uma massa teórica de 3,23kg/m.
Acopladas por roscas e luvas em bom estado devidamente atarraxadas, elas formam um
conjunto retilíneo em segmentos de 1.000mm (± 10mm) e/ou 2.000mm (± 10mm).
MARTELO
Segundo características técnicas da norma, o martelo padronizado tem de possuir uma massa
de ferro de forma prismática ou cilíndrica. Deve ser encaixado na parte inferior um coxim de
madeira dura que funcione como um amortecedor a fim de não quebrar o peso.
Esse martelo ainda pode ser de vários modelos, sendo, em geral, maciço ou vazado. Se for
maciço, ele precisará possuir uma “haste-guia” de 1,20m de comprimento fixada em sua face
inferior que siga o mesmo eixo de simetria longitudinal a fim de, desse modo, garantir a
centralização do impacto na queda. Já no vazado deve haver um furo central de 44mm de
diâmetro.
 ATENÇÃO
Independentemente do modelo, o conjunto total do equipamento precisa ter uma massa total
de 65kg.
A figura a seguir apresenta uma relação de vários tipos de martelo apresentados na literatura:
 Tipos de martelo.
TRADOS
Os trados podem ser de vários tipos. Veremos os mais comuns a seguir:
Trado-concha (ou cavadeira)
O mais comum é o trado-concha (ou cavadeira manual), cujo diâmetro deve ser compatível
com o tubo de revestimento.
Trado espiral (ou trépano/peça de lavagem)
O trépano/peça de lavagem é o trado utilizado em situações de nível d’água ou solo mole. O
trépano deve ser constituído por uma peça de aço com largura mínima de (62 ± 5)mm e
diâmetro nominal de 25mm, sendo terminada em bisel e dotada de duas saídas laterais para
água.
Trado helicoidal
O trado helicoidal precisa apresentar uma diferença entre o diâmetro do trado helicoidal
(diâmetro mínimo de 56mm) e o diâmetro interno do tubo de revestimento. Tal diferença tem de
estar compreendida entre 5mm e 7mm a fim de permitir sua operação dentro desse tubo e para
que, como consequência disso, o amostrador-padrão possa descer livremente dentro da
perfuração.
LOCAÇÃO E NÚMERO DE FUROS
LOCAÇÃO DOS FUROS
Um dos processos importantes que antecede o procedimento da sondagem é a locação dos
furos de sondagem no terreno. Essa locação em planta deve ser fornecida pelo contratante.
Nessa planta, deve ser identificado o referencial de nível (RN) com uma cota preferencialmente
georreferenciada a ser adotada para o nivelamento dos pontos de sondagem:
 Locação dos furos.
No caso de ausência de dados sobre a referência de nível, deve-se adotar um RN arbitrário,
fora do perímetro da obra (guia, calçada etc.). Em sua locação, cada sondagem precisa ser
marcada com a cravação de um piquete de material apropriado.Esse piquete deve ter gravada a identificação do ponto de sondagem e estar suficientemente
cravado no solo, servindo de referência de nível para a execução da sondagem e a posterior
determinação de cota por meio de um nivelamento topográfico.
Confirmada em 2018, a ABNT NBR 8036:1983 postula que o número de sondagens e sua
localização em planta dependem de:
Tipo da estrutura a ser construída
Características especiais da edificação
Condições geotécnicas do subsolo
Dessa forma, o número de sondagens tem de ser o suficiente para fornecer o melhor quadro
possível da provável variação das camadas do subsolo do local em estudo. Diante disso, deve-
se dar atenção à locação dos furos para que eles não fiquem alinhados:
 Locação dos furos – desalinhamento.
NÚMERO MÍNIMO DE FUROS
Em relação à quantidade de furos, a ABNT NBR 8036:1983 prevê uma quantidade mínima de
perfurações. Cabe ao projetista, portanto, decidir se precisa ou não de mais furos de
sondagem.
Segundo essa norma, o número mínimo de furos para as projeções de área em planta da
edificação se divide em:
Dois para área de projeção em planta de edifício de até 200m².
Três para área entre 200 e 400m².
Um para cada 200m² (ou fração) em área de 400m² até 1.200m².
Seis sondagens + 1 para cada 400m² (ou fração) que exceder 1.200m² para áreas de
1.200m² até 2.400m².
Para áreas acima de 2.400m², não existe uma orientação. Já em uma obra sem projeto de
implantação (estudo preliminar), há a distância máxima de sondagens de 100m e um número
mínimo de três sondagens.
PROFUNDIDADE
A profundidade a ser explorada por sondagens de simples reconhecimento ocorre, para efeito
do projeto geotécnico, em função de:
Tipo de edifício.
Características particulares de sua estrutura e de suas dimensões em planta.
Forma da área carregada.
Condições geotécnicas e topográficas locais.
Como um guia para a estimativa da profundidade segundo tal critério, pode ser usado o gráfico
da figura a seguir (proposto pela ABNT NBR 8036:1983):
Gráfico para estimativa da profundidade.
Extraído de ABNT NBR 8036:1983
Em que:
q = Pressão média sobre o terreno (peso do edifício dividido pela área em planta).
γ = Peso específico médio estimado para os solos ao longo da profundidade em questão.
M = 0,1 = coeficiente decorrente do critério definido no item 4.1.2.2 da NBR 8036:1983.
B = Menor dimensão do retângulo circunscrito à planta da edificação.
L = Maior dimensão do retângulo circunscrito à planta dela.
D = Profundidade da sondagem.
 ATENÇÃO
Nas situações em que a edificação for composta em planta por vários corpos, o critério anterior
se aplicará a cada elemento dela.
PROCEDIMENTOS DO ENSAIO SPT
O procedimento da sondagem começa com uma escavação inicial feita com a utilização do
trado-concha ou da cavadeira manual até atingir a profundidade de 1m. A partir desse ponto,
segue o ensaio com a utilização dos equipamentos que o compõem:
 Equipamento para o Ensaio SPT.
Apoia-se a sapata com ponta cortante no fundo do furo, sendo realizadas marcações de 15
centímetros na haste. Elas se repetem por três vezes, o que totaliza uma marcação total de
45cm.
Em seguida, deve-se apoiar cuidadosamente o martelo e registrar o avanço estático. A partir
daí, iniciam-se os procedimentos padronizados: o peso padrão é lançado sobre o amostrador;
após isso, é contada a quantidade de golpes necessários para cravá-lo a uma profundidade
total de 45 centímetros.
A contagem é do número de golpes é feita de forma intermediária para cada 15 centímetros.
Somente interessa como resultado o número dos últimos 30 centímetros perfurado: tal valor
recebe o nome de
.
Nspt
 Procedimento de cravação do amostrador.
 ATENÇÃO
A partir de 1 metro de profundidade, devem ser colhidas a cada metro de perfuração as
amostras dos solos por meio do amostrador-padrão com a execução de SPT. Essas amostras
têm de ser guardadas em recipientes lacrados (para manter a umidade do material) e
identificados em relação à profundidade da qual foram retirados.
 Amostras de solo do ensaio SPT.
A operação de perfuração por circulação de água é realizada mediante o emprego do
trépano/peça de lavagem. O material escavado é removido por meio de circulação de água,
que é realizada pela bomba d’água motorizada graças à composição de perfuração.
 ATENÇÃO
A estabilidade da parede do furo deve ser avaliada. Se ela for instável, ele terá de ser
revestido. Nas fundações profundas em solos instáveis, pode-se utilizar a lama bentonítica no
lugar do revestimento.
CRITÉRIOS DE PARADA
Segundo a NBR 6484:2020, a cravação do amostrador-padrão deverá ser interrompida antes
dos 45cm de penetração sempre que ocorrer uma das seguintes situações:
Se, em qualquer 1 dos 3 segmentos de 15cm, o número de golpes ultrapassar 30.
Se o amostrador-padrão não avançar durante a aplicação de cinco golpes sucessivos do
martelo.
Em geral, o critério de paralisação da sondagem é de responsabilidade técnica da contratante
ou de seu preposto, devendo ser definido conforme as necessidades específicas do projeto.
Caso o fornecimento do critério de paralisação por parte de ambos inexista, as sondagens
terão de avançar até que 1 dos 3 critérios dispostos a seguir seja atingido em relação ao
avanço da sondagem até a profundidade:
10M DE RESULTADOS
Obtenção de 10m de resultados consecutivos indicando
iguais ou superiores a 25 golpes.
8M DE RESULTADOS
Obtenção de 8m de resultados consecutivos indicando
iguais ou superiores a 30 golpes.
6M DE RESULTADOS
Obtenção de 6m de resultados consecutivos indicando
iguais ou superiores a 35 golpes.
Já para as situações em que a cravação é feita com a utilização do trépano, o solo é
caracterizado como impenetrável quando há um destes casos:
O ensaio de perfuração por lavagem deve ter duração de 30 minutos, anotando o avanço
a cada 10 minutos.
A sondagem precisará ser dada por encerrada quando, no ensaio de avanço da
perfuração por circulação de água, forem obtidos avanços inferiores a 50mm em cada
período de 10 minutos.
 ATENÇÃO
N
N
N
javascript:void(0)
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Se ocorrerem casos assim, a designação de impenetrável ao trépano/peça de lavagem terá
de constar no relatório.
RESULTADOS
A apresentação dos resultados é feita utilizando o denominado relatório de sondagem. Esse
relatório busca informar todas as características do solo obtidas a partir do ensaio SPT.
Nesse contexto, ele apresenta um cabeçalho no qual constam informações acerca de:
Cliente
Obra
Local
Responsável pelo relatório
 Cabeçalho – relatório de sondagem.
Abaixo do cabeçalho, as características do furo analisado são identificadas. São referenciadas
nessa figura algumas informações como cotas, índice de resistência à penetração do solo (
), furo, cor do solo, compacidade, tipo de solo e nível d’água.
Nspt
 Relatório de sondagem.
Para a apresentação dos resultados no relatório – e, em específico, das penetrações –, a
norma 6484:2020 fornece algumas orientações sobre de que forma se deve demonstrá-los:
Penetração Registro dos golpes Exemplo
Penetração de 45cm.
Três trechos iguais a 15cm.
Golpes por trecho.
3/15 – 3/15
– 4/15
Penetração diferente de 45cm.
Trechos diferentes de 15cm.
Número de golpes para uma
penetração imediatamente
superior a 15cm.
3/17 – 4/14
– 5/15
Penetração superior a 45cm com a
aplicação do primeiro golpe de
martelo.
Número de golpes e
respectiva penetração.
1/58
Penetração com haste e
amostrador sem número de golpes.
Sem número de golpes. PH/50
Penetração com martelo, haste e
amostrador e sem número de
golpes.
Sem número de golpes. PM/70
Penetração superior a 45cm com a
aplicação de poucos golpes do
martelo.
Número de golpes e
respectiva penetração nos
respectivos intervalos.
1/33 – 1/20
Penetração inferior a 45cm se, em
qualquer um dos três segmentos, o
número de golpes ultrapassar 30.
Número de golpes para cada
intervalo de penetração.
32/15
Se não for observadoavanço do
amostrador durante a aplicação de
cinco golpes sucessivos do martelo.
Número de golpes para zero
centímetros de penetração.
5/0
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 3: Apresentação das penetrações.
Elaborada por Dayanne Severiano Meneguete.
Para a classificação de compacidades e consistência do solo apresentadas no relatório de
sondagem, é necessário haver o
, que é obtido do ensaio de campo.
Nspt
VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 4
 Aplicar os procedimentos para a escolha do tipo de fundação
CRITÉRIOS PARA A ESCOLHA DO TIPO DE
FUNDAÇÃO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Basicamente, os critérios para a escolha das fundações são três:
Técnico

Econômico

Mercado
O critério técnico deve garantir a segurança à ruptura e os recalques aceitáveis para a
estrutura, além de evitar danos às edificações vizinhas. Esse critério é restritivo, pois elimina
certos tipos de fundação. Já os critérios econômico e de mercado (disponibilidade de
equipamentos e materiais, prazo etc.) são aplicados após a seleção das fundações
tecnicamente viáveis.
Desse modo, a escolha do tipo de fundação depende de vários fatores além daqueles
elencados a seguir:
Grandeza e magnitude das cargas
Características da obra
Natureza do subsolo
Condições dos vizinhos (critério técnico)
A disponibilidade de materiais e equipamentos, as restrições ambientais ou de legislação local,
a distância de transporte e a experiência regional, além da metodologia ou da sequência
executiva da obra, implicam a adoção de um tipo de solução de fundação. A escolha da
solução mais adequada para determinada condição de projeto precisa ser norteada não só
pelos fatores técnicos e econômicos, mas também pela experiência do projetista.
 ATENÇÃO
Algumas situações mais complexas de solo e de carga podem gerar grandes dúvidas. Nesse
caso, não se deve arriscar: o mais correto é contratar os serviços de um consultor de solo.
Alguns autores e profissionais da área costumam trabalhar com uma espécie de roteiro, ou
seja, um algoritmo para a escolha do tipo de fundação. Observe a sequência a seguir:

TER EM MÃOS AS CARGAS A SEREM TRANSMITIDAS
AO SOLO
(projeto estrutural)
TER EM MÃOS A SONDAGEM
(investigação do subsolo)


ESCOLHER O TIPO DE FUNDAÇÃO, SE DIRETA OU
INDIRETA
Observar que a fundação direta tem sempre um custo menor que o da indireta.
SE A OPÇÃO FOR POR FUNDAÇÃO DIRETA
Verificar se é mais indicado o uso de sapata isolada ou corrida. A isolada é usada para cargas
concentradas pilares; a corrida, para aquelas distribuídas linearmente alvenarias.


SE A FUNDAÇÃO FOR PROFUNDA
Optar pela opção de menor custo normalmente é broca. Para usá-la, a carga do pilar não deve
ultrapassar 40 tf. Além disso, o SPT deve ser de, no mínimo, 12, enquanto a profundidade não
pode ser superior a 6 metros.
PROCEDIMENTOS PARA UTILIZAR A
FUNDAÇÃO SUPERFICIAL
Para se optar por fundação direta rasa, ou seja, aquela cujas cargas da edificação
(superestrutura) logo são transmitidas ao solo nas primeiras camadas, algumas verificações
devem ser feitas:
Avaliar a resistência à penetração do solo – ensaio de sondagem (SPT).

Verificar a tensão admissível do solo.

Avaliar a profundidade de assentamento da fundação.

Analisar o recalque provocado pelas cargas.
AVALIAR A RESISTÊNCIA À PENETRAÇÃO DO
SOLO – ENSAIO DE SONDAGEM (SPT)
A decisão pelo tipo de fundação requer o conhecimento do solo propiciado pela sondagem.
 ATENÇÃO
Para efeitos práticos, consideraremos técnica e economicamente adequado o uso da fundação
direta quando o número de golpes do SPT for maior ou igual a 8 e quando sua profundidade
não ultrapassar os 2 metros.
A avaliação pela resistência à penetração do solo é uma análise direta que permite a
verificação ainda em campo das condições iniciais do terreno. A fim de auxiliar nessa análise, o
anexo A da NBR 6484:2020 possui um informativo cujos valores de sondagem classificam a
consistência/compacidade do solo:
Solo
Índice de resistência à
penetração N
Designação a
Areias e siltes
arenosos
≤ 4 Fofa(o)
5 a 8 Pouco compacta(o)
9 a 18
Medianamente
compacta(o)
19 a 40 Compacta(o)
> 40 Muito compacta(o)
Argilas e siltes
argilosos
≤ 2 Muito mole
3 a 5 Mole
6 a 10 Média(o)
11 a 19 Rija(o)
20 a 30 Muito rija(o)
> 30 Dura(o)
a As expressões empregadas para a designação da compacidade das areias (fofa,
compacta etc.) são referências à deformabilidade e à resistência de tais solos sob o
ponto de vista de fundações. Elas não podem ser confundidas com as mesmas
denominações empregadas para a designação da compacidade relativa das areias nem
com a situação perante o índice de vazios críticos (definidos na mecânica dos solos).
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 4: Estado de compacidade e consistência.
Elaborada por Dayanne Severiano Meneguete.
Como podemos observar na tabela 4, a resistência à penetração de solo do tipo areias e siltes
arenosos, possuem uma compacidade mediana, pois:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
9 ≤ Nspt ≤ 18
É por conta desse parâmetro que existe uma referência inicial de que, com
, se pode optar pela fundação superficial.
 ATENÇÃO
Isso é apenas um dos parâmetros que devem ser analisados para se optar por uma fundação
superficial.
Um solo dito como ruim para determinada edificação, o que a levaria a utilizar uma fundação
profunda, pode não ser ruim para outra. Por isso, é importante analisar o conjunto de
informações, e não apenas uma delas, principalmente no que tange à tensão admissível do
solo.
Logo nessas primeiras camadas, o solo precisa ter resistência suficiente para suportar as
cargas. Deve-se tomar cuidado com bolsões de argila mole (muito comuns em regiões
litorâneas).
VERIFICAR A TENSÃO ADMISSÍVEL E A CARGA
ÚLTIMA DO SOLO
TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO
Há vários modos de relacionar os números do
obtidos na sondagem a percussão com a resistência do solo. Segundo Rebello (2008), uma
maneira bastante rápida e simples de correlacionar tais valores é a fórmula empírica
apresentada nesta equação:
Nspt ≥ 8
Nspt
Eq. (5)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
é a tensão admissível à compressão do solo.
representa o número de golpes para cravar os últimos 30 centímetros (ou SPT).
COMPRESSÃO DO SOLO
Denominada por alguns autores como “taxa do solo”.
 ATENÇÃO
A relação acima não considera o tipo de solo. Isso pode ser considerado uma fragilidade do
método, já que seu tipo, seja ele arenoso ou argiloso, influencia diretamente nos resultados da
resistência à penetração do solo. Afinal, apesar de o SPT em uma areia ser maior que na
argila, sua resistência pode ser menor devido ao atrito na penetração do amostrador.
Normalmente, essa equação é utilizada em campo por ser simples e de fácil memorização.
Existem na literatura outras fórmulas empíricas que levam em conta o tipo de solo, o que lhes
confere um carácter mais preciso.
Elas são por estas três equações:
σadm = √N − 1( )
kgf
cm2
σadm
N
javascript:void(0)
ARGILA PURA:
Eq. (6)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ARGILA SILTOSA:
Eq. (7)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ARGILA ARENOSILTOSA:
Eq. (8)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que
é o valor do SPT, enquanto todos os resultados fornecidos por essas fórmulas tem como
unidade MPa (Mega Pascal).
σadm =
N
40
σadm =
N
50
σadm =
N
75
N
Os valores da tensão admissível do solo podem ser confrontados com valores do
:
Tipo de solo Números de golpes (SPT) Taxa do solo (kgf/cm²)
Areia e silte
0 a 4
5 a 8
9 a 18
19 a 40
0 a 1
1 a 2
2 a 3
≥ 4
Argila
0 a 2
3 a 5
6 a 10
11 a 19
≥ 19
0 a 0,25
0,5 a 1
1,5 a 3
3 a 4
≥ 4
 Atenção! Para visualização completada tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 5: Taxa do solo.
Extraída de Rebello, 2008, p. 33, adaptada por Dayanne Severiano Meneguete.
A literatura ainda propõe várias equações que são utilizadas para estimar a capacidade de
carga dos solos. Todas elas são direcionadas para o cálculo da capacidade de carga, porém é
importante entender quais são as hipóteses e as considerações utilizadas na aplicação de cada
uma.
Cálculo da capacidade de carga última do solo
A determinação da resistência do solo em função do SPT pode ser obtida com base na
capacidade de carga última. De acordo com Budhu (2013), as equações teóricas de
capacidade de carga para uso comum em projetos de fundações foram obtidas por meio do
método de equilíbrio limite.
Nspt
Esta equação apresenta uma formulação geral da equação para o cálculo da capacidade de
carga última:
Eq. (9)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
= Fatores de forma.
= Coesão efetiva do solo de fundação.
= Base da sapata.
= Peso específico do solo de fundação.
= Tensão efetiva na cota de apoio da fundação.
Para Budhu (2013), os valores dos fatores de forma (
) podem ser obtidos por tabelas. As mais utilizadas e encontradas na literatura são as de
Meyerhof e Terzaghi.
σult = c
′Nc + γBNγ + qsNq
1
2
Ni
C ′
B
γ
qs
Ni
Os fatores de forma se dividem em:
Fatores de capacidade de carga
Eq. (10)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Fatores geométricos
Eq. (11)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Fatores de compressibilidade
Eq. (12)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
(Nq)
Nq = N∅ × e
π×tan∅
(NC)
Nc = cot ∅ × (Nq − 1)
(Nγ)
Nγ = 2 tan ∅ × (Nq + 1)
é o ângulo de atrito do solo.
é uma correção obtida a partir desse ângulo de atrito do solo (equação 13).
Eq. (13)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A partir do cálculo da capacidade de carga última do solo, pode-se obter o valor da tensão
admissível do solo. Para isso, dividir seu valor por um FS contra a ruptura:
Eq. (14)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Os valores considerados para o FS são propostos na NBR 6122:2019:
Métodos para determinação da
resistência última
Coeficiente de
ponderação da
resistência última
Fator de
segurança global
∅
N∅
N∅ = tan
2(45 + ∅/2)
σadm =
σult
FS
γmcγmc
FSg
Semiempíricosa
Valores propostos
no próprio processo
e, no mínimo, 2,15.
Valores propostos
no próprio
processo e, no
mínimo, 3,00.
Analíticosb 2,15 3,00
Semiempíricosa ou analíticosb
acrescidos de duas ou mais provas de
carga necessariamente executadas na
fase de projeto (conforme item 7.3.1
da norma).
1,40 2,00
a Atendendo ao domínio de validade para o terreno local.
b Sem a aplicação de coeficientes de ponderação aos parâmetros de resistência do
terreno.
c Em todas as situações de
,
(majoração) para o esforço atuante se estiver disponível apenas seu valor característico;
se já for fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente de ponderação deverá ser
aplicado a ele.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 6: Fundações rasas – fatores de segurança e coeficientes de ponderação para
solicitações de compressão.
Extraída da Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2019a, p. 17.
γm, γm = 1, 4γm
γf = 1, 4
Algumas tabelas na literatura apresentam uma correlação do SPT com:
A tensão admissível (taxa de solo).
A consistência/compacidade.
O atrito lateral.
O ângulo de atrito interno no caso das areias.
Areias
SPT Consistência
Tensão
admissível
(kgf/cm²)
Atrito lateral
(kgf/cm²)
Ângulo de
atrito
interno
< 4 Muito fofa < 30ᵒ
5 – 8 Fofa < 1,00 < 0,50 30ᵒ - 35ᵒ
9 –
18
Medianamente
compacta
1,00 – 3,00 0,50 – 1,20 35ᵒ - 40ᵒ
19 –
41
Compacta 2,00 – 5,00 1,20 – 1,90 40ᵒ - 45ᵒ
> 41 Muito compacta > 5,00 > 1,90 > 45ᵒ
Argilas
SPT Consistência
Tensão
admissível
(kgf/cm²)
Atrito lateral
(kgf/cm²)
Ângulo de
atrito
interno
< 2 Muito mole < 0,25 -
2 – 4 Mole 0,25 – 0,50 < 0,10 -
4 – 8 Média 0,50 – 1,00 0,10 – 0,40 -
8 –
15
Rija 1,00 – 2,00 0,40 – 0,80 -
15 –
30
Muito rija 2,00 – 4,00 0,80 – 1,20 -
> 30 Dura > 4,00 1,20 -
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
Tabela 7: Correlação entre o SPT e outras características dos solos.
Extraída de Rebello, 2008, p. 35-36.
Adaptada por Dayanne Severiano Meneguete.
AVALIAR SE A PROFUNDIDADE DE
ASSENTAMENTO DA FUNDAÇÃO NÃO
ULTRAPASSA OS DOIS METROS
Este item obedece às recomendações e à definição dadas pela NBR 6122:2019 em relação à
classificação da fundação como rasa. Segundo essa NBR:
A PROFUNDIDADE DE ASSENTAMENTO EM RELAÇÃO
AO TERRENO ADJACENTE À FUNDAÇÃO É INFERIOR
A DUAS VEZES A MENOR DIMENSÃO DA FUNDAÇÃO.
ANALISAR O RECALQUE PROVOCADO PELAS
CARGAS
RECALQUE
A estimativa de recalques deve ser feita com o objetivo de promover a segurança contra
deformações excessivas, buscando ainda resultados que possam viabilizar as fundações
diretas – desde que permaneçam dentro do valor admissível.
A literatura, em geral, recomenda que o recalque total não ultrapasse 10cm. Tal valor
obviamente é uma suposição. Ele depende, na verdade, do tipo de obra.
Pinto (2006, p. 183) afirma que a determinação das deformações devidas a carregamentos
verticais (recalques) na superfície do terreno pode ser de dois tipos:
Imediatas
Deformações que ocorrem rapidamente após a construção (de caráter imediato).

Lentas
Deformações observadas de forma lenta após a aplicação das cargas. Elas ocorrem graças ao
fenômeno de adensamento do solo.
ADENSAMENTO DO SOLO
Expulsão da água do solo e sua consequentemente deformação devido à formação desses
vazios.
 SAIBA MAIS
Outros autores ainda acrescentam mais um nível chamado de recalque secundário.
Veja a seguir a sequência de recalques:
RECALQUE IMEDITADO
Assentamento das camadas de areia devido à estrutura (maior permeabilidade).
Teoria da elasticidade.
RECALQUE DE ADENSAMENTO
javascript:void(0)
Expulsão da água dos vazios de camadas de argila.
RECALQUE SECUNDÁRIO
Expulsão da água dos vazios de camadas de argila à tensão constante.
Para a equação 15 do recalque de adensamento...
Eq. (15)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vê-se que:
= Coeficiente de compressibilidade
= Coeficiente de recompressão
= Espessura da camada
= Índice de vazios inicial
ΔH = × [Cc ⋅ log( ) + Cr ⋅ log( )]
Ho
1 − e0
σ′0 + Δσ
σ′p
σ′p
σ′o
Cc
CR
H
e0
Δσ
= Acréscimo de tensões
= Tensão efetiva inicial
= Tensão de pré-adensamento
ACRÉSCIMOS DE TENSÕES NO SOLO
Os acréscimos de tensões aplicados na fórmula para o cálculo de recalque são calculados por
fórmulas empíricas.
Os métodos mais difundidos nessas fórmulas são:
• Boussinesq
Eq. (16)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Método simplificado 2:1
σ′0
σ′p
Δσ =
3Q
2πz2[1 + ( )2]
5/2
r
z
Eq. (17)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
• Newmark
Eq. (18)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em que:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ainda existem outras soluções para o cálculo de acréscimo de tensões no solo. Destacaremos
três delas a seguir:
1. Acréscimo de tensão gerado por uma faixa de carga uniformemente distribuída –
infinita
Δσz =
q ⋅ B.L
(B + z) ⋅ (L + z)
Δσ = q0 ⋅ f(m,n)
m = ,n =  e f(m,n) = Iz − FatordeInfluência
a
z
b
z
Eq. (19)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Exemplo: Estradas.
2. Acréscimo de tensão gerado no eixo de uma carga circular uniformemente distribuída
– Solução de Love
Eq. (20)
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da equação utilize a rolagem horizontal
Exemplo: Reservatório de água.
3. Acréscimo de tensão gerado por um aterro infinito
Eq. (x21)
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em geral, ao fazer as verificações destacadas a seguir para os recalques, é possível definir
qual tipo fundação pode ser utilizado.
Estimativa de recalques:
Δσ = [sin(2α) ⋅ cos(2β) + 2α( em Radianos )]
q
π
Δσ = q
⎧⎪
⎨
⎪⎩
1 −
⎡
⎣
⎤
⎦
3/2⎫⎪
⎬
⎪⎭
1
1 + ( )
2R
z
Δσ = γAterro hAterro 
Se
Recalque aceitável.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se
Recalque inaceitável – usar fundação profunda.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se
Refinar os resultados com investigação complementar.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Verificações semelhantes ainda podem ser feitas para a análise da tensão admissível.
O cálculo da tensão admissível será tratado em outro conteúdo, mas é importante saber que
um dos parâmetros utilizados para seu cálculo é o resultado da resistência à penetração do
solo obtido por intermédio do ensaio de sondagem SPT.
Assim, para essa tensão, verifica-se que:
Se
Tensão aceitável.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se
Tensão inaceitável – usar fundação profunda.
Δhestimado  ≪ Δhadmissivel  → Δhestimado  << Δhadmissivel  →
Δhestimado  ≫ Δhadmissível  → Δhestimado  >> Δhadmissivel  →
Δhestimado  ≃ Δhadmissivel  → Δhestimado  ≈ Δhadmissivel  →
 Se qestimado  ≪ qadmissivel  → qestimado  << qadmissivel  →
qestimado  ≫ qadmissível  → qestimado  >> qadmissivel  →
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se
Refinar os resultados com uma investigação complementar.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Sendo assim, pode-se resumir a escolha da fundação por este fluxograma:
 Escolha do tipo de fundação.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
CONCLUSÃO
qestimado  ≃ qadmissivel  → qestimado  ≈ qadmissivel  →
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos neste conteúdo os conceitos e definições sobre o que é um projeto de fundações,
sua importância e os principais tipos. Verificamos também quais sãos as principais ações, as
solicitações e a segurança para dimensionar um projeto de fundações dentro dos conceitos de
projeto, ou seja, as condições necessárias para o dimensionamento com base no estado limite
último e no estado limite de utilização (serviço).
Discorremos ainda sobre os processos de investigação do subsolo, dando ênfase ao ensaio de
penetração do solo (SPT), já que esse método é o mais difundido e aplicado no Brasil. Por fim,
demonstramos os procedimentos e os critérios para a escolha do tipo de fundação, bem como
os cálculos de recalque e tensão admissível do solo.
 PODCAST
Ouça um resumo sobre os principais tópicos abordados feito pela especialista Dayanne
Severiano Meneguete.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:2019. Projeto e execução
de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2019a.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484:2020. Sondagem de
simples reconhecimento com SPT — método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2020.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8681:2003. Ações e segurança
nas estruturas - Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2019b.
ALBUQUERQUE, P. J.; GARCIA, J. R. Engenharia de fundações. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC,
2020.
BUDHU, M. Fundações e estruturas de contenção. Foundations and earth retaining
structures. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
CINTRA, J. C. A. et al. Fundações: ensaios estáticos e dinâmicos. 1. ed. São Paulo: Oficina de
Textos, 2013.
CINTRA, J. C. A. et al. Fundações por estacas: projeto geotécnico. 1. ed. São Paulo: Oficina
de Textos, 2010.
CHING, F. D. K. Técnicas de construção ilustradas. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2017.
GUIMARÃES, D.; PETER, E. A. Fundações. 1. ed. Porto Alegre: Sagah, 2018.
PINTO, C. de S. Curso básico de Mecânica dos solos com exercícios resolvidos. 3. ed.
São Paulo: Oficina de Textos, 2006.
REBELLO, Y. C. P. Fundações: guia prático de projeto, execução e dimensionamento. São
Paulo: Zigurate, 2008.
SCHNAID, F.; ODEBRECHT, E. Ensaios de campo e suas aplicações à engenharia de
fundações. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2012.
VELLOSO, D. de A.; LOPES, F. de R. Fundações: critérios de projeto, investigação de subsolo
– fundações superficiais. v. 1. São Paulo: Oficina de Textos, 2004.
EXPLORE+
Leia o artigo intitulado Estacas geotérmicas em solo arenoso saturado: efeito da utilização de
grupos de estacas na dissipação de calor no site do Instituto de Pesquisa Tecnológicas (IPT).
CONTEUDISTA
Dayanne Severiano Meneguete

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