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Licitações Slides

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LICITAÇÕES
Lei 8.666/1993
Direito Administrativo II
Prof. Jamir Calili Ribeiro
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Introdução
A Administração Pública exerce atividade multifária e complexa, e sempre com os olhos voltados para fim de interesse público;
Para evitar o casuísmo e a escolha subjetiva do administrador público, criou-se um instrumento jurídico prévio à contratação, chamado licitação, permitindo a concorrência e a escolha de proposta mais vantajosa para o poder público.
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Conceito
Certame que as entidades governamentais devem promover e no qual abrem disputa entre os interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial, para escolher a proposta mais vantajosa.
Conjunto de atos administrativos – processo ou procedimento – orientado à obtenção de proposta mais vantajosa dentre aquelas ofertadas à Adm Pública, com vistas à celebração de vínculos jurídicos contratuais junto a terceiro, particulares ou não.
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Conceito
Procedimento Administrativo Vinculado pelo qual uma pessoa governamental, pretendendo alienar, adquirir ou locar bens, realizar obras ou serviços, outorgar concessões, permissões de obra, serviço ou de uso exclusivo de bem público, segundo condições por ela estipuladas previamente, convoca interessados na apresentação de propostas, a fim de selecionar a que se revele mais conveniente em função de parâmetro antecipadamente estabelecido e divulgado.
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Finalidade
Obtenção da Proposta Mais Vantajosa – Vantajosidade (Marçal Justen Filho); e 
Permitir que o particular negocie com a Adm Pública com observância do princípio constitucional da isonomia – competitividade e concorrência justa.
	Exige-se proteção dos interesses e recursos públicos, isonomia, impessoalidade, probidade e moralidade administrativa.
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Fundamento Jurídico e Legislação
CF – Art. 37, XXI, Art. 173, §1º e Art. 175
Lei 8666/93 – pretende-se lei geral
 Art. 22, XXVII(CF) Leis específicas por conta de cada ente político. 
Ato Administrativo Formal - Art. 4º da Lei de Licitações.
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Fundamento Jurídico e Legislação
Lei 10.520/02 – Pregão – caráter supletivo;
Lei 8.248 /91- Aquisição de bens de informática;
Lei 12.232/10 – Contratação de serviços de publicidade;
LC n. 123/2006 – Estatuto Nacional da Microempresa – Art. 179, CF.
Lei n. 12.462/2011 – Criou o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC)
Lei n. 8.987/95 (concessões) e 11.079/10 (PPP).
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Princípios/Fundamentos
Legalidade – Art. 4º – ao conduzir o certame a Adm Pública há de observar fielmente os preceitos legais e normativos aplicáveis;
Impessoalidade, Igualdade, Isonomia – obriga a atuação mais objetiva possível – sem benefícios ou perseguições – garantia de competição – só admite discriminações razoáveis e justificadas – ampla oportunidade de disputa. V. §§ do art 3º e LC 123/06 das MPE – Aplicação positiva do princípio.
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Princípios/Fundamentos
Moralidade e Probidade Administrativa – impõe um comportamento ético, liso, honesto, probidade administrativa, lealdade e boa-fé não só da Adm Púb, mas, também, dos licitantes;
Publicidade – exposição a qualquer interessado. V. §3o do art. 3º, art 4o, art 15 §2a a 6º, art 16, art. 21, art 41 §1o e art. 113 §1º. 
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Princípios/Fundamentos
Vinculação ao Instrumento Convocatório –
O edital é lei interna da licitação. Obriga todos a respeitarem estritamente as regras que previamente foram estabelecidas para disciplinar o certame. V. art 41.
Julgamento Objetivo – 
Tenta afastar o subjetivismo. V. art. 45. Objetividade absoluta só nos certames por preço.
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Princípios Cardeais
Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello:
Competitividade;
Isonomia;
Publicidade;
Respeito às condições prefixadas no edital;
Possibilidade de o disputante fiscalizar o atendimento aos princípios anteriores.
	Precisamos lembrar que os demais princípios do Direito Administrativo regem a licitação, como a indisponibilidade do interesse público etc.
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Quem está obrigado a licitar?
CF - Art. 37, caput e inc. XXI, Art. 22, XXVII e 
Art. 173, § 1º, III – EC 19/98
Art. 1º, § único, Art 2º e Art. 119 § único da Lei de Licitações;
Em suma: Adm Pública Direta (exe, leg, jud) e Indireta.
As Empresas Públicas nas atividades fins, relacionadas ao seu papel empresarial não necessitam licitar.
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Quem está obrigado a licitar?
Fundos especiais – eles têm personalidade? Tem gestão própria? Se submetem a órgão público?;
Entidades sob controle direto ou indireto das pessoas federativas – de natureza paraestatal – gestoras de dinheiro público, normalmente instituídas por lei – art. 119 e § único da Lei de Licitação – Geralmente o terceiro setor;
Serviços sociais autônomos – sistema S – RE 789.874 – natureza privada, não se submete ao art. 37.
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Licitante e Contratante
Geralmente quem licita é quem contrata;
Exceção: Consórcios Públicos
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Pressupostos
Lógico – pluralidade de objetos e de ofertantes;
Jurídico – em face do caso concreto a licitação deve ser meio apto para se instaurar a relação jurídica contratual;
Fático – existência de interessados em disputá-lo.
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Obrigatoriedade da Licitação
Regra geral
STF. ADI 1917/DF – é inadmissível lei de unidade federativa em que se permite que pequenas empresas quitem débitos tributários através de dação em pagamento de materiais para a Administração, uma vez que todo objeto a ser adquirido deve ser adquirido por licitação;
E a doação?
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Objeto
Imediato – seleção de determinada proposta que melhor atenda aos interesses da administração;
Mediato – obtenção de certa obra, serviço, compra, alienação, locação ou prestação de serviço público, a serem produzidos por particular por intermédio de contratação formal
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Objetos Licitáveis
Aqueles que podem ser fornecidos por mais de uma pessoa;
Inviabilidade Lógica:
Objeto Singular (individualidade absoluta, por conta de evento externo ou por força de sua natureza íntima);
Fornecedor/Produtor exclusivo;
Serviço Singular (estilo ou orientação pessoal; produção intelectual; não são únicos, são singulares)
Só se licita bens homogêneos, intercambiáveis, equivalentes.
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DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
DISPENSA
Art. 24 e Art. 17
Hipóteses previstas na lei – Não existe conceito legal;
Embora seja possível licitar determinado objeto, por não ser conveniente, permite-se o juízo de mérito da Adm Pública a fim de que ela escolha diante do caso concreto se irá ou não licitar;
Discricionária – exceto nas hipóteses do art. 17 e art. 24, IX (Licitação Proibida);
Numerus Clausus: taxatividade
INEXIGIBILIDADE
Art. 25 – inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição;
Natureza Vinculada – Impossibilidade de Competição – Ausência de pressupostos fáticos e jurídicos;
Numerus Apertus
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DISPENSA E INEXIGIBILIDADE
A dispensa e a inexigibilidade somente têm em comum o fato de serem espécies de exceção ao dever de licitar;
Quanto a formalização da contratação direta, independentemente de licitação, a dispensa e a inexigibilidade devem seguir o procedimento previsto no art. 26 da Lei, pelo qual hão de motivar a escolha e o expediente deverá ser formalizado por um processo conforme o citado artigo.
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Inexigibilidade
O uso da licitação inviabilizaria o cumprimento de um interesse público; e
Os prestadores de serviço simplesmente não engajariam na disputa.
Observação:
Serviços Técnicos de Natureza Singular:
Aqueles arrolados no art. 13;
Existir notória especialização do contratado; e
A singularidade deve ser relevante para a Administração.
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Inexigibilidade
Fornecedor Exclusivo – veda-se aqui a preferência de marca;
Exceção: continuidade da utilização da marca; utilização de nova marca mais conveniente; e padronização. Todas devem ser justificadas na necessidade da Adm.
A inexigibilidade pode ser absoluta: quando a exclusividade for de abrangência nacional; ou relativa: quando for a exclusividade de praça
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Inexigibilidade
Atividades artísticas – consagrados pela crítica e pela opinião pública;
Serviços técnicos especializados – o serviço deve ser técnico dependendo de uma habilidade específica e com notória especialização, ou seja, o prestador do serviço deve ser reconhecido como hábil. Não é preciso neste caso que haja exclusividade, mas o serviço deve ter natureza singular.
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Fases da Licitação – Breve Introdução
HABILITAÇÃO – na habilitação o licitante demonstrará que é hábil a concorrer, que detém os atributos necessários para concorrer no certame;
JULGAMENTO – apura-se a melhor proposta.
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MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Art. 22: (a) Concorrência; (b) Tomada de Preços; (c) Convite; (d) Concurso; (e) Leilão
Lei 10.520/2002:
Pregão
O rol legal é taxativo, vedando-se a combinação de uma com outra.
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Como escolher entre uma ou outra modalidade?
A regra é o valor:
Valores elevado: concorrência
Valores médios: tomada de preço e leilão
Modesta significação econômica: convite
	A administração pode adotar procedimento do patamar do valor mais alto, mas nunca o inverso. Art. 23 §4o.
Licitações parceladas de uma mesma obra, serviço ou compra devem ser feitas no procedimento do valor de todas elas tomadas em conjunto, §5o do art. 23.
 
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Divulgação da Licitação
Com exceção do convite, todas as licitações devem ser publicadas contendo um resumo do edital com a indicação do local em que os interessados poderão obter-lhe o texto completo, bem como todas as informações sobre o certame (Art. 21, §1o e Art. 22, §3o.);
Entre a divulgação e a apresentação da proposta mediarão prazos mínimos obrigatórios dependendo da modalidade (art. 21, §2o).
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Divulgação da Licitação
Os prazos contam-se a partir da data da última publicação do edital resumido, ou da expedição do convite, ou, ainda, da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo o que ocorrer mais tarde (art. 21, §3o);
Conta-se em dias corridos, exceto para o convite que é dias úteis – exclui-se o dia de início e inclui-se o dia de vencimento (só iniciam ou vencem em dia de expediente do órgão ou na entidade promotora do certame- art. 110, § único).
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Divulgação da Licitação
Os prazos para cada certame é o prazo mínimo;
Se a preparação para participação for complexa e exigir tempo superior esse deverá ser deferido sob pena de invalidade;
Qualquer modificação implica em recomeço da contagem do prazo, exceto se não interferir na proposta. A regra valerá, também, para casos que alterarem requisitos de habilitação.
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TIPOS DE LICITAÇÃO
MELHOR PREÇO (Menor preço ou Maior Lance)
MELHOR TÉCNICA
MELHOR PREÇO/TÉCNICA
O fato de ser melhor técnica ou melhor preço e técnica dilatam os prazos entre a publicação e a apresentação da proposta nas modalidade de concorrência e tomada de preço.
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MODALIDADES:
CONCORRÊNCIA
Art 22 §1º - modalidade licitatória genérica destinada a transações de maior vulto, precedida de ampla publicidade, à qual podem acorrer quaisquer interessados que preencham as condições estabelecidas; 
Será obrigatória, independente do vulto do negócio:
Compras de bens imóveis;
Alienação de Bens Imóveis para as quais não se haja adotada a modalidade do leilão;
Nas concessões de direito real de uso
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MODALIDADES:
TOMADA DE PREÇO
Art 22 §2º - modalidade licitatória genérica destinada a transações de médio vulto, restringindo a participação às pessoas previamente cadastradas, ou que sejam pelo menos cadastradas e qualificadas até o 3º dia anterior à data fixada para o recebimento da proposta; 
O cadastro de um órgão poderá ser aproveitado por outro.
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MODALIDADES:
CONVITE
Art 22 §3º - modalidade licitatória, cabível perante relações que envolverão os valores mais baixos, na qual a Administração convoca para a disputa pelo menos três pessoas que operam no ramo pertinente ao objeto, cadastradas ou não, e afixa em local próprio cópia do instrumento convocatório, estendendo, assim, o convite aos cadastrados do ramo pertinente ao objeto que hajam manifestado seu interesse até 24 horas antes da apresentação das propostas.
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MODALIDADES:
CONCURSO
Art 22 §4º - disputa entre quaisquer interessados que possuam a qualificação exigida, para a escolha de trabalho técnico ou artístico, com a instituição de prêmio ou remuneração de vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial.
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MODALIDADES:
LEILÃO
Art 22 §5º - modalidade licitatória utilizável para venda de bens móveis inservíveis para a Administração, desde que: a) legalmente apreendidos, ou, b)adquiridos por força de execução judicial, ou ainda, para a venda de bens imóveis cuja aquisição haja derivado de a) procedimento judicial ou b) dação em pagamento, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao da avaliação;
Sua utilização é restrita aos casos em que o valor isolado ou global da avaliação deles não exceder o limite fixado para as compras por tomada de preço.
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MODALIDADES:
PREGÃO
Modalidade de licitação para a aquisição de bens e serviços comuns qualquer que seja o valor estimado de contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública;
Bens e Serviços Comuns => é a padronização de sua configuração, que é viabilizada pela ausência de necessidade especial a ser atentida e pela experiência e tradição de mercado.
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ETAPAS DA LICITAÇÃO
FASES
FASE INTERNA – Preparatória:
A promotora do certame a pratica todos os atos condicionais à sua abertura, antes de implementar a convocação dos interessados.
Caracterização do Objeto ou Projeto Básico – defini-se o objeto a fim de estimar ou adequar custos e prazos;
Orçamento detalhado quando obras e serviços;
Recursos Orçamentários previstos ou previsão no plano plurianual.
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ETAPAS DA LICITAÇÃO
FASES
FASE EXTERNA
Abre com a publicação do edital ou com o envio dos convites;
Etapa em que se convoca os interessados, dando ciência das condições de participação e disputar, irrompe a oportunidade de relacionamento entre a Administração e os que se propõe afluir ao certame.
A realização e o regular exaurimento de cada fase é pressuposto e requisito da fase subseqüente. Daí que a conclusão da etapa antecedente condicional a irrupção da subseqüente. 
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FASE EXTERNA:
HABILITAÇÃO
Exame de quem Oferta;
Os requisitos aqui se relacionam exclusivamente com as capacitações jurídica, técnica e econômico-financeira dos interessados, além da regularidade fiscal (art. 27);
Na tomada de preço a habilitação decorre do registro cadastral, e no convite a dos convidados é presumida.
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FASE EXTERNA:
HABILITAÇÃO
Resolvido definitivamente a questão da habilitação em sede administrativa, isto é, estabelecidos quais os aptos e quais os inaptos, após a apreciação e solução dos recursos acaso interpostos, pois têm efeitos suspensivos (art. 109, §2º), fica definida a habilitação dos interessados.
Fora a ocorrência de fato superveniente relevante ou conhecimento de fato omitido anteriormente, não pode na fase de julgamento haver a inabilitação de concorrente.
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FASE EXTERNA:
JULGAMENTO
Exame das propostas. Verifica-se o que é ofertado.
Em primeiro lugar, verifica-se se as propostas estão ou não conforme às exigências do edital – ajustamento às condições do edital.
Logo após, ocorre o julgamento comparativo quanto à qualidade das propostas e sua respectiva classificação.
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FASE EXTERNA:
JULGAMENTO
HOMOLOGAÇÃO – ato pelo qual a autoridade competente, externa à comissão julgadora, confirma (ou não) a correção jurídica das fases anteriores.
ADJUDICAÇÃO – seleção do proponente que haja apresentado proposta havida como satisfatória.
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FASES EXTERNAS:
RESUMO
EDITAL – convocação dos interessados e o estabelecimento das condições que irão reger o certame;
HABILITAÇÃO – admissão de proponentes aptos;
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FASES EXTERNAS:
RESUMO
JULGAMENTO COM A CLASSIFICAÇÃO:
A) Verifica-se a adequação da proposta ao edital eliminando as propostas que não preencheram as condições;
B) Ordenação/Classificação conforme o melhor preço ou a melhor técnica (ou ambos).
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FASES EXTERNAS:
RESUMO
HOMOLOGAÇÃO – exame da regularidade, por autoridade competente externa a comissão, quanto ao desenvolvimento do procedimento anterior.
ADJUDICAÇÃO – seleção do proponente que haja apresentado proposta havida como satisfatória.
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FASES EXTERNAS
QUADRO ANALÍTICO
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Observações finais
Licitação não é chamada pública
Concurso Público não é licitação no stricto sensu;
Dirigente de empresas estatais podem ser qualificadas como autoridades coatoras para fins de mandado de segurança contra ato praticado em licitação (jurisprudência S 333/STJ)– aceitando a lei de licitações aplicada a sociedades de economia mista e empresas públicas).
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