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Resumo — Deve-se reconhecer as doenças inflamatórias da pele em idosos como prioridade clínica. Apresente rapidamente sinais, realize diagnóstico precoce e inicie manejo adaptado a fragilidade, com ênfase em cuidados de pele, segurança farmacológica e monitorização de comorbidades.
Introdução — Informe-se: a pele do idoso sofre alterações estruturais e funcionais que predispõem a processos inflamatórios. Considere que essas doenças comprometem funcionamento, sono e qualidade de vida e costumam ter apresentações atípicas. Ao atender, adote postura proativa: avalie risco de infecção, risco de queda relacionado ao prurido e interação medicamentosa.
Fisiopatologia e epidemiologia — Entenda que a redução da barreira cutânea, diminuição das glândulas sebáceas e sudoríparas, alterações imunológicas e maior fragilidade vascular somam fatores predisponentes. Priorize o reconhecimento das condições mais frequentes: dermatite asteatótica, dermatite de contato, eczema de estase, psoríase de início tardio, pênfigo bolhoso e reações cutâneas a medicamentos. Considere que a prevalência aumenta com a idade e com a presença de doenças crônicas.
Abordagem diagnóstica — Adote um roteiro sistemático:
- Colete história dirigida: início, morfologia das lesões, prurido, uso de fármacos recentes, comorbidades, mobilidade, hábitos de higiene e produtos tópicos.
- Realize exame físico completo: localização, distribuição, presença de bolhas, erosões, sinais de infecção e linfadenopatia.
- Solicite exames quando indicado: hemograma, função renal e hepática, glicemia, sorologias ou biópsia de pele. Ordene imunofluorescência direta em casos de bolhas suspeitas de pênfigo bolhoso.
- Diferencie causas: classifique entre inflamação primária (autoimune, eczematosa) e inflamação secundária (infecciosa, exsudativa).
Manejo inicial — Execute medidas gerais antes de intensificar a terapia:
- Recomende emolientes não perfumados e banho curto com água morna; evite sabonetes alcalinos.
- Instrua sobre redução de fatores desencadeantes: metais, fragrâncias, tecidos sintéticos, calor excessivo e medicações suspeitas.
- Trate infecções secundárias com antibióticos ou antifúngicos conforme cultura/avaliação clínica.
- Para prurido grave, administre primeiro medidas tópicas e emolientes; considere anti-histamínicos sedativos com cautela quanto a risco de quedas; prefira anti-histamínicos de baixa sedação para uso prolongado.
Terapia tópica e sistêmica — Prescreva com critério:
- Utilize corticosteroides tópicos em potência adequada e por curto período; ao aplicar em áreas extensas, calcule exposição sistêmica.
- Considere inibidores de calcineurina tópicos para áreas finas (face, dobras) e em uso crônico para reduzir atrofia.
- Em psoríase moderada a grave, indique fototerapia ou agentes sistêmicos. Avalie com rigor função hepática e perfil cardiometabólico antes de agentes tradicionais (metotrexato, ciclosporina).
- Ao prescrever imunosupressores ou biológicos, pese benefício vs. risco de infecção e interação medicamentosa; monitorize periodicamente exames laboratoriais.
- Para pênfigo bolhoso, inicie terapia imunomoduladora (corticoterapia sistêmica e/ou agentes adjuvantes) e solicite acompanhamento multidisciplinar.
Monitorização e segurança — Gerencie riscos:
- Monitore efeitos adversos: glicemia, pressão arterial, função renal/hepática e sinais de imunossupressão.
- Revise lista de medicamentos para evitar reações cutâneas medicamentosas e interações.
- Eduque paciente e cuidadores sobre sinais de alerta: febre, aumento da dor, exsudato purulento, perda de peso ou comprometimento funcional.
- Planeje visitas regulares e adapte terapias conforme fragilidade, polifarmácia e preferências.
Prevenção e reabilitação — Implemente medidas preventivas:
- Institua programas de cuidado da pele em instituições e residências: hidratação diária, ajustes ambientais (umidade), revisão de calçados e estratégias para reduzir pressão e umidade.
- Oriente sobre nutrição adequada, controle glicêmico e cessação do tabagismo, quando aplicável.
- Ofereça suporte psicossocial e encaminhamento para reabilitação física se o prurido ou as lesões comprometerem mobilidade.
Considerações finais — Adote protocolo integrado: combine diagnóstico preciso, tratamento escalonado e monitorização proativa. Priorize intervenções que preservem barreira cutânea e reduzam exposição a fármacos desnecessários. Coordene cuidado entre geriatria, dermatologia, farmacologia e enfermagem. Realize auditoria de resultados: registre taxas de cicatrização, recorrência e eventos adversos para aprimorar práticas.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais são as causas mais comuns de inflamação cutânea em idosos?
R: Eczema asteatótico, dermatite de contato, eczema de estase, psoríase tardia e reações medicamentosas; pênfigo bolhoso é importante em bolhas.
2) Como diferenciar pênfigo bolhoso de outras bolhas?
R: Procure bolhas tensas em pele envelhecida, prurido intenso, biópsia com imunofluorescência positiva para depósitos IgG/ C3.
3) Quais cuidados tópicos são essenciais?
R: Hidratantes não perfumados, banhos curtos com água morna, sabonetes suaves, evitar traumas e agentes irritantes.
4) Quando usar imunossupressores ou biológicos?
R: Indique em doença moderada a grave refratária às terapias tópicas; sempre avaliar comorbidades e riscos infecciosos antes.
5) Como reduzir riscos em tratamento farmacológico?
R: Revise polifarmácia, ajuste dose à função renal/hepática, monitore exames e eduque sobre sinais de infecção.
1. Qual a primeira parte de uma petição inicial?
a) O pedido
b) A qualificação das partes
c) Os fundamentos jurídicos
d) O cabeçalho (X)
2. O que deve ser incluído na qualificação das partes?
a) Apenas os nomes
b) Nomes e endereços (X)
c) Apenas documentos de identificação
d) Apenas as idades
3. Qual é a importância da clareza nos fatos apresentados?
a) Facilitar a leitura
b) Aumentar o tamanho da petição
c) Ajudar o juiz a entender a demanda (X)
d) Impedir que a parte contrária compreenda
4. Como deve ser elaborado o pedido na petição inicial?
a) De forma vaga
b) Sem clareza
c) Com precisão e detalhes (X)
d) Apenas um resumo
5. O que é essencial incluir nos fundamentos jurídicos?
a) Opiniões pessoais do advogado
b) Dispositivos legais e jurisprudências (X)
c) Informações irrelevantes
d) Apenas citações de livros
6. A linguagem utilizada em uma petição deve ser:
a) Informal
b) Técnica e confusa
c) Formal e compreensível (X)
d) Somente jargões

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