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APRENDER A FAZER – 
APRENDIZAGEM ATIVA
Unidade 1
Fundamentos da 
aprendizagem 
baseada em projetos
CEO 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ALESSANDRA FERREIRA
Gerente Editorial 
LAURA KRISTINA FRANCO DOS SANTOS
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autoria 
HÉLLIDA ALCÂNTARA ARAÚJO
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Héllida Alcântara Araújo
Olá. Sou Mestre em Políticas Educacionais, Especialista em 
Psicopedagogia e Graduada em Pedagogia. Tenho experiências 
com educação à distância, supervisão escolar e docência. Identifi-
co-me com as áreas de didática, planejamento e avaliação escolar, 
práticas pedagógicas, educação infantil e uso de tecnologias da 
informação e comunicação na educação. Adoro transferir a expe-
riência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elen-
co de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar 
você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
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ÍC
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Esses ícones aparecerão em sua trilha de aprendizagem nos seguintes casos:
OBJETIVO
No início do 
desenvolvimento 
de uma nova 
competência. DEFINIÇÃO
Caso haja a 
necessidade de 
apresentar um novo 
conceito.
NOTA
Quando são 
necessárias 
observações ou 
complementações. IMPORTANTE
Se as observações 
escritas tiverem que 
ser priorizadas.
EXPLICANDO 
MELHOR
Se algo precisar ser 
melhor explicado ou 
detalhado. VOCÊ SABIA?
Se existirem 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo.
SAIBA MAIS
Existência de 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundar seu 
conhecimento.
ACESSE
Se for preciso acessar 
sites para fazer 
downloads, assistir 
vídeos, ler textos ou 
ouvir podcasts. 
REFLITA
Se houver a 
necessidade de 
chamar a atenção 
sobre algo a 
ser refletido ou 
discutido.
RESUMINDO
Quando for preciso 
fazer um resumo 
cumulativo das últimas 
abordagens.
ATIVIDADES
Quando alguma 
atividade de 
autoaprendizagem 
for aplicada. TESTANDO
Quando uma 
competência é 
concluída e questões 
são explicadas.
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Aprendizagem baseada em projetos e a cultura maker ........ 9
Fundamentos da aprendizagem baseada em projetos ................................ 9
Benefícios da ABP no desenvolvimento de competências .......... 11
Introdução à cultura maker na educação .....................................................13
Aplicação da cultura maker na ABP ................................................. 16
Integração da ABP e cultura maker no ambiente escolar .......................... 18
Design e planejamento de projetos educacionais ................ 22
Identificação dos interesses dos alunos ....................................................... 22
Análise dos dados coletados ............................................................24
Integração dos interesses dos alunos com os objetivos de 
aprendizagem .....................................................................................................26
Planejamento e execução de projetos educacionais .................................. 29
Avaliação e ajustes ..............................................................................31
Avaliação formativa em projetos de aprendizagem ............ 34
Princípios da avaliação formativa ...................................................................34
Técnicas de avaliação formativa em projetos............................................... 38
Portfólios e diários de aprendizagem ............................................. 41
Tomada de decisão pedagógica e reflexão contínua .................................. 43
Tecnologias e recursos para aprendizagem baseada em 
projetos .................................................................................... 47
Ferramentas digitais para colaboração e comunicação ............................. 47
Ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona .................. 50
Recursos digitais para pesquisa e acesso à informação ............................ 52
Ferramentas de curadoria de conteúdo ......................................... 55
Tecnologias criativas e maker para prototipagem e design ....................... 58
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Você sabia que a área de aprendizagem baseada em pro-
jetos (ABP) é uma das mais demandadas na educação moderna, e 
será responsável pela transformação do ensino e aprendizagem 
nos próximos anos? Isso mesmo. A ABP faz parte da estratégia de 
inovação pedagógica de uma escola. Sua principal responsabili-
dade é promover o desenvolvimento de competências essenciais 
para o século XXI, como pensamento crítico, criatividade, colabo-
ração e resolução de problemas, por meio de projetos significati-
vos e contextualizados. Além disso, a integração da cultura maker 
na ABP potencializa a experiência de aprendizagem, permitindo 
que os alunos sejam protagonistas de sua própria educação, cons-
truindo conhecimento de forma ativa e criativa. Entenderemos 
nesta unidade como as ferramentas tecnológicas poderão contri-
buir com a aprendizagem baseada em projetos (ABP). Entendeu? 
Ao longo desta unidade letiva, você vai mergulhar nesse universo 
e descobrir como a ABP e a cultura maker podem transformar o 
ambiente escolar e preparar os alunos para os desafios do futuro!
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Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1. Nosso objetivo 
é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências 
profissionais até o término desta etapa de estudos:
1. Aplicar a teoria e os princípios da Aprendizagem 
Baseada em Projetos (ABP) e da Cultura Maker no 
processo ensino-aprendizagem; 
2. Desenvolver projetos educacionais que integrem 
os interesses dos alunos com os objetivos de 
aprendizagem;
3. Aplicar técnicas de avaliação formativa para monitorar 
o progresso dos alunos em projetos;
4. Utilizar recursos digitais e tecnológicos para apoiar a 
ABP (Aprendizagem Baseada em Projetos) e enriquecer 
a experiência de aprendizagem. 
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Aprendizagem baseada em 
projetos e a cultura maker
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como funciona a aprendizagem baseada 
em projetos (ABP) e a cultura maker e como aplicá-
las no processo ensino-aprendizagem. Isso será 
fundamental para o exercício de sua profissão. 
As pessoas que tentaram implementar essas 
abordagens sem a devida instrução tiveram 
problemas ao engajar os alunos e integrar a teoria 
à prática. E então? Motivado para desenvolver essa 
competência? Vamos lá. Avante!
Fundamentos da aprendizagem 
baseada em projetos
A aprendizagem baseada em projetos (ABP) é uma abor-
dagem pedagógica que coloca o aluno no centro do processo 
de aprendizagem, incentivando-o a se envolver ativamente na 
construção do conhecimento por meio da resolução de proble-
mas reais e do trabalho colaborativo. Essa abordagem é funda-
mentada em princípios que visam promover uma educação mais 
significativa, dinâmica e conectada com as demandas do mundo 
contemporâneo.
Um dos princípios fundamentais da ABP é a aprendizagem 
centrada no aluno. Nessa perspectiva, o aluno é visto como o pro-
tagonista de sua própria aprendizagem, assumindo um papel ati-
vo na busca por conhecimento. Em vez de ser um receptor passivo 
de informações, o aluno é encorajado a questionar, investigar e 
refletir sobre os temas estudados, desenvolvendo assim habilida-
des de pensamento crítico e autonomia.
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A abordagem ABP reconhece que a colaboração entre os 
alunos é essencial para a construção de conhecimento e o desen-
volvimento de competências sociais, sendo assim outro aspecto 
importante da ABP o trabalho colaborativo.e pesquisas 
científicas. Algumas dessas bases são:
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 • SciELO (Scientific Electronic Library On-line): uma bi-
blioteca eletrônica que abrange uma coleção selecio-
nada de periódicos científicos brasileiros e de outros 
países da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal. 
ACESSE
Para acessar a plataforma SciELO, Acesse pelo QR 
Code.
 • CAPES Periódicos: mantida pela Coordenação de Aper-
feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), essa 
plataforma oferece acesso a uma ampla variedade de 
periódicos, teses, dissertações e outros documentos 
acadêmicos em diversas áreas do conhecimento. 
ACESSE
Acesse pelo QR Code o Portal de Periódicos da 
CAPES.
 • BDTD (Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Disserta-
ções): uma plataforma que reúne teses e dissertações 
defendidas em instituições de ensino superior brasilei-
ras, proporcionando acesso gratuito a esses trabalhos 
acadêmicos.
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 • LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em 
Ciências da Saúde): uma importante base de dados da 
área de saúde que abrange a literatura científica da 
América Latina e do Caribe, incluindo publicações de 
revistas, teses, congressos e outros documentos. 
 • Portal de Periódicos da UFMG: mantido pela 
Universidade Federal de Minas Gerais, esse portal 
oferece acesso a periódicos científicos em diversas 
áreas do conhecimento, promovendo a disseminação 
da produção científica da universidade e de outras 
instituições. 
Essas bases acadêmicas são ferramentas poderosas 
que oferecem recursos de pesquisa avançada, permitindo que 
os alunos encontrem rapidamente artigos relevantes para seus 
projetos. Além disso, muitas dessas bases de dados oferecem 
funcionalidades como alertas de pesquisa e acesso a métricas de 
citação, que podem ajudar os alunos a identificar as fontes mais 
influentes e relevantes em suas áreas de estudo.
As bibliotecas digitais, por sua vez, proporcionam acesso a 
uma vasta coleção de livros, periódicos e outros materiais em for-
mato digital. Plataformas como a Biblioteca Digital Mundial, a Bi-
blioteca Nacional Digital do Brasil e a Project Gutenberg oferecem 
acesso gratuito a uma grande variedade de obras, desde clássicos 
da literatura até textos científicos e históricos. Essas bibliotecas 
digitais são especialmente úteis para os alunos que podem não 
ter acesso físico a bibliotecas tradicionais ou que estão buscando 
materiais específicos que podem ser difíceis de encontrar em for-
mato físico.
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Imagem 1.11 – Bibliotecas digitais
Fonte: Freepik.
O uso de bases de dados e bibliotecas digitais na ABP 
não apenas enriquece a pesquisa dos alunos, mas também de-
senvolve habilidades essenciais de pesquisa e análise crítica. Ao 
aprender a navegar nessas plataformas, os alunos se tornam mais 
proficientes na busca por informações relevantes e na avaliação 
da credibilidade e relevância das fontes. Essas habilidades são 
fundamentais para o sucesso acadêmico e profissional, pois per-
mitem que os alunos se tornem pesquisadores independentes e 
bem informados.
Ferramentas de curadoria de 
conteúdo
As ferramentas de curadoria de conteúdo, como o Padlet, 
o Wakelet e o Diigo, são plataformas digitais que permitem aos 
usuários organizar, armazenar e compartilhar informações de ma-
neira eficiente. Elas são especialmente úteis no contexto educa-
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cional para ajudar os alunos a gerenciar recursos de pesquisa e 
facilitar o acesso a informações relevantes para seus projetos.
Padlet:
 • Plataforma visual e interativa que funciona como um 
quadro virtual.
 • Permite criar murais em que os usuários podem postar 
notas, imagens, links, vídeos e documentos.
 • Funcionalidades de colaboração em tempo real, permi-
tindo que múltiplos usuários editem e contribuam para 
o mesmo mural.
 • Ideal para organizar ideias, recursos de pesquisa e 
apresentar trabalhos de forma criativa.
EXEMPLO: os alunos podem criar um Padlet para cada 
etapa do projeto, organizando links, artigos e vídeos rele-
vantes. Isso facilita o acesso rápido a recursos específicos 
durante o desenvolvimento do projeto.
Wakelet:
 • Plataforma de curadoria de conteúdo que permite criar 
coleções de links, vídeos, imagens e textos.
 • Oferece opções de personalização para organizar as 
coleções de acordo com temas ou categorias.
 • Possui funcionalidades de compartilhamento, per-
mitindo que as coleções sejam acessadas por outros 
usuários ou grupos.
 • Pode ser usado para criar portfólios digitais, newsletters 
ou compilações de recursos de pesquisa.
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EXEMPLO: os alunos podem usar o Wakelet para compilar 
artigos e fontes de pesquisa sobre um tópico específico 
do projeto. Eles podem compartilhar essas coleções com 
colegas de equipe ou professores para revisão e colabo-
ração.
Diigo:
 • Ferramenta de gerenciamento de favoritos e anotações 
que permite salvar, organizar e compartilhar links da 
web.
 • Possui recursos de marcação e anotação, permitindo 
que os usuários destaquem trechos importantes e 
adicionem notas pessoais a páginas da web salvas.
 • Oferece a opção de criar grupos para compartilhar 
recursos e discutir ideias com outros membros.
 • Útil para pesquisas acadêmicas, em que a organização 
e a revisão de fontes são fundamentais.
EXEMPLO: os alunos podem usar o Diigo para salvar 
artigos relevantes para o projeto, destacar informações-
chave e adicionar comentários explicativos. Eles podem 
criar grupos de pesquisa para compartilhar esses recursos 
e discutir suas descobertas com colegas.
Ao utilizar essas ferramentas de curadoria de conteúdo, os 
alunos podem aprimorar a organização e o compartilhamento de 
recursos de pesquisa, tornando o processo de desenvolvimento 
do projeto mais eficiente e colaborativo.
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Tecnologias criativas e maker 
para prototipagem e design
As tecnologias criativas e maker, como a impressão 3D e a 
fabricação digital, têm revolucionado o mundo do prototipagem 
e design, oferecendo novas possibilidades para a realização de 
projetos inovadores e criativos. Essas tecnologias permitem 
que os alunos transformem suas ideias em objetos físicos, 
proporcionando uma experiência de aprendizagem mais prática 
e interativa.
A impressão 3D, em particular, tem se tornado uma 
ferramenta essencial no processo de prototipagem. Com essa 
tecnologia, os alunos podem criar modelos tridimensionais de 
seus projetos de forma rápida e precisa. Isso facilita a visualização 
e o teste de conceitos, permitindo que os alunos identifiquem 
e resolvam problemas de design em estágios iniciais do 
desenvolvimento do projeto.
Além disso, a impressão 3D promove uma abordagem 
iterativa para o design, em que os alunos podem criar protótipos, 
testá-los e aprimorá-los com base nos resultados obtidos. Esse 
ciclo de prototipagem rápida incentiva a experimentação e a 
inovação, permitindo que os alunos explorem diferentes soluções 
e aprimorem suas habilidades de resolução de problemas.
Outras tecnologias de fabricação digital, como cortado-
ras a laser, fresadoras CNC e plotters de corte, também desempe-
nham um papel importante no processo de prototipagem. Essas 
ferramentas permitem cortar, gravar e moldar materiais diversos, 
como madeira, metal, plástico e papel, possibilitando a criação de 
componentes e estruturas complexas para os projetos.
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A integração dessas tecnologias criativas e maker no con-
texto educacional enriquece a experiência de aprendizagem dos 
alunos, oferecendo oportunidades para desenvolver habilidades 
técnicas, criativas e de pensamento crítico. Além disso, ao traba-
lhar com prototipagem e design, os alunos aprendem a colaborar 
em equipe, a comunicarsuas ideias de forma eficaz e a gerenciar 
projetos do início ao fim.
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que o uso de recursos di-
gitais e tecnológicos é fundamental para apoiar a 
aprendizagem baseada em projetos (ABP) e enri-
quecer a experiência de aprendizagem. Ferramen-
tas digitais para colaboração e comunicação, como 
plataformas de videoconferência e aplicativos de 
mensagens, permitem que os alunos trabalhem 
juntos, compartilhem ideias e solucionem proble-
mas em tempo real, mesmo que estejam fisica-
mente distantes. Recursos digitais para pesquisa 
e acesso à informação, como motores de busca, 
bases de dados e bibliotecas digitais, facilitam o 
acesso a uma vasta gama de informações e conhe-
cimentos, permitindo que os alunos explorem di-
ferentes perspectivas e aprofundem seus estudos. 
Por fim, tecnologias criativas e maker para prototi-
pagem e design, como impressoras 3D, kits de ele-
trônica e softwares de modelagem, proporcionam 
oportunidades para os alunos materializarem suas 
ideias, testarem soluções e desenvolverem habi-
lidades práticas essenciais para o século XXI. Ao 
integrar esses recursos em projetos de aprendi-
zagem, você não só promove uma educação mais 
interativa e engajadora, mas também prepara seus 
alunos para os desafios e oportunidades do mun-
do contemporâneo.
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ANDRADE, H. Students as the definitive source of formative 
assessment: Academic self-assessment and the self-regulation of 
learning. In: ANDRADE, H.; CIZEK, G. J. Handbook of formative 
assessment. New York: Routledge, 2009. p. 90-105.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA, formative e somativa. [S. l.: s .n.], 2020. 1 
vídeo (18 min. 29 s.). Publicado pelo canal MicroStrategy. Disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?v=8ItrCEZ-V2A&ab_
channel=ProfessorDavi-ConhecimentosPedag%C3%B3gicos. 
Accesso em: 29 mar. 2024.
BARRETT, H. C. Researching electronic portfolios and learner 
engagement: The REFLECT Initiative. Journal of Adolescent 
& Adult Literacy, [s. l.], v. 50, n. 6, p. 436-449, 2007. Disponível 
em: https://ila.on-linelibrary.wiley.com/doi/10.1598/JAAL.50.6.2. 
Acesso em: 06 fev. 2024.
BLACK, P.; WILIAM, D. Assessment and classroom learning. 
Assessment in Education: Principles, Policy & Practice, [s. l.], v. 5, 
n. 1, p. 7-74, 1998. Disponível em: https://www.tandfon-line.com/
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DOUGHERTY, D. The maker movement. Innovations: Technology, 
Governance, Globalization, [s. l.], v. 7, n. 3, p. 11-14, 2012. 
Disponível em: https://direct.mit.edu/itgg/article/7/3/11/9719/
The-maker-Movement. Acesso em: 06 fev. 2024.
MOON, J. A. Learning journals: a handbook for reflective practice 
and professional development. 2. ed. New York: Routledge, 2006.
RODRIGUES, G. P. P.; PALHANO, M.; VIECELI, G. O uso da cultura 
maker no ambiente escolar. Revista Educação Pública, [s. l.], v. 21, 
n. 33, ago. 2021. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.
edu.br/artigos/21/33/o-uso-da-cultura-maker-no-ambiente-
escolar. Acesso em: 29 mar. 2024.
WILIAM, D. What is assessment for learning? Studies in Educational 
Evaluation, [s. l.], v. 37, n. 1, p. 3-14, 2011. Disponível em: https://
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Acesso em: 06 fev. 2024.
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https://www.youtube.com/watch?v=8ItrCEZ-V2A&ab_channel=ProfessorDavi-ConhecimentosPedag%C3%B3gicos
https://www.youtube.com/watch?v=8ItrCEZ-V2A&ab_channel=ProfessorDavi-ConhecimentosPedag%C3%B3gicos
https://ila.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1598/JAAL.50.6.2
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0969595980050102
https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/0969595980050102
https://direct.mit.edu/itgg/article/7/3/11/9719/The-Maker-Movement
https://direct.mit.edu/itgg/article/7/3/11/9719/The-Maker-Movement
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/33/o-uso-da-cultura-maker-no-ambiente-escolar
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/33/o-uso-da-cultura-maker-no-ambiente-escolar
https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/21/33/o-uso-da-cultura-maker-no-ambiente-escolar
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0191491X11000149
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0191491X11000149
	_Hlk138849774
	_Hlk138852128
	Aprendizagem baseada em projetos e a cultura maker
	Fundamentos da aprendizagem baseada em projetos
	Benefícios da ABP no desenvolvimento de competências
	Introdução à cultura maker na educação
	Aplicação da cultura maker na ABP
	Integração da ABP e cultura maker no ambiente escolar
	Design e planejamento de projetos educacionais
	Identificação dos interesses dos alunos
	Análise dos dados coletados
	Integração dos interesses dos alunos com os objetivos de aprendizagem
	Planejamento e execução de projetos educacionais
	Avaliação e ajustes
	Avaliação formativa em projetos de aprendizagem
	Princípios da avaliação formativa
	Técnicas de avaliação formativa em projetos
	Portfólios e diários de aprendizagem
	Tomada de decisão pedagógica e reflexão contínua
	Tecnologias e recursos para aprendizagem baseada em projetos
	Ferramentas digitais para colaboração e comunicação
	Ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona
	Recursos digitais para pesquisa e acesso à informação
	Ferramentas de curadoria de conteúdo
	Tecnologias criativas e maker para prototipagem e designPor meio do trabalho 
em equipe, os alunos aprendem a compartilhar ideias, respeitar 
diferentes pontos de vista e contribuir para a realização de obje-
tivos comuns. Essa interação colaborativa não apenas enriquece 
a experiência de aprendizagem, mas também prepara os alunos 
para atuarem de forma eficaz em contextos profissionais e sociais.
Imagem 1.1 – Aprendizagem baseada em projetos
Fonte: Freepik.
A resolução de problemas reais é outro pilar da ABP. A 
abordagem propõe que os alunos se engajem em projetos que 
abordem questões autênticas e relevantes, possibilitando a apli-
cação prática do conhecimento adquirido. Esse enfoque na reso-
lução de problemas reais torna a aprendizagem mais significativa 
e contextualizada, estimulando os alunos a desenvolverem solu-
ções criativas e inovadoras para desafios do mundo real.
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Além desses princípios, a ABP também valoriza a interdis-
ciplinaridade, ou seja, a integração de diferentes áreas do conheci-
mento na elaboração e execução dos projetos. Essa característica 
permite que os alunos compreendam a complexidade dos proble-
mas abordados e desenvolvam uma visão mais ampla e integrada 
do conhecimento.
A avaliação formativa é outro aspecto relevante da ABP. 
Em vez de se concentrar apenas em resultados finais, a aborda-
gem enfatiza a importância do acompanhamento contínuo do 
processo de aprendizagem. A avaliação formativa permite que os 
alunos recebam feedback regular sobre seu desempenho, possibi-
litando ajustes e melhorias ao longo do projeto.
A implementação da ABP requer uma mudança de para-
digma na educação, com um foco maior na aprendizagem ativa 
e no desenvolvimento de competências essenciais para o século 
XXI. Educadores e instituições de ensino desempenham um papel 
crucial na criação de ambientes propícios para a aplicação dessa 
abordagem, fornecendo recursos, orientação e suporte aos alu-
nos em seus projetos de aprendizagem.
Benefícios da ABP no desenvolvimento 
de competências
A aprendizagem baseada em projetos (ABP) é uma abor-
dagem pedagógica que oferece inúmeros benefícios para o de-
senvolvimento de competências essenciais nos alunos, como pen-
samento crítico, criatividade e habilidades de comunicação. Essas 
competências são cada vez mais valorizadas no mundo contem-
porâneo, tanto no âmbito profissional quanto pessoal, e a ABP 
surge como uma metodologia eficaz para promover seu desen-
volvimento.
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O pensamento crítico é uma das competências fundamen-
tais desenvolvidas pela ABP. Ao engajar os alunos na resolução de 
problemas reais e na realização de projetos complexos, a aborda-
gem os estimula a questionar, analisar e avaliar diferentes aspec-
tos de uma situação. Os alunos aprendem a considerar diversas 
perspectivas, a identificar suposições e a formular argumentos 
bem fundamentados. Esse processo de reflexão e análise apro-
fundada contribui para o desenvolvimento de um pensamento crí-
tico mais aguçado, capacitando os alunos a tomar decisões mais 
informadas e a enfrentar desafios de forma mais efetiva.
EXEMPLO: em um projeto de ABP sobre sustentabilidade, 
os alunos são desafiados a analisar o impacto ambiental 
de diferentes materiais usados em embalagens. Eles pre-
cisam investigar dados científicos, comparar alternativas 
e considerar fatores econômicos e sociais. Esse processo 
estimula o pensamento crítico, pois os alunos devem ava-
liar as informações de forma criteriosa, identificar vieses e 
tomar decisões baseadas em evidências.
A criatividade é outra competência significativamente po-
tencializada pela ABP. Ao proporcionar um ambiente de aprendi-
zagem no qual a experimentação e a inovação são encorajadas, os 
alunos têm a oportunidade de explorar novas ideias e abordagens. 
A liberdade para testar soluções criativas e a possibilidade de tra-
balhar em projetos que despertam seu interesse fomentam a ima-
ginação e a capacidade de pensar fora dos padrões convencionais. 
Além disso, a colaboração inerente à ABP permite que os alunos se 
inspirem mutuamente, enriquecendo o processo criativo.
Em projetos nos quais os alunos são encorajados a pensar 
de forma criativa para desenvolver uma solução inovadora, eles 
exploram diferentes abordagens, experimentam com materiais e 
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técnicas, e apresentam soluções originais. Esse ambiente de liber-
dade criativa permite que os alunos expressem sua individualida-
de e inovem na resolução de problemas.
As habilidades de comunicação são igualmente desenvol-
vidas na ABP, uma vez que a abordagem enfatiza a importância da 
interação e do trabalho em equipe. Os alunos precisam articular 
suas ideias, apresentar suas descobertas e defender seus pontos 
de vista, tanto oralmente quanto por escrito. Essa constante troca 
de informações e feedback entre colegas e professores aprimora 
a capacidade de expressão, argumentação e escuta ativa. Além 
disso, a necessidade de negociar, colaborar e chegar a consensos 
em projetos coletivos promove habilidades de comunicação inter-
pessoal essenciais para o sucesso em diversos contextos sociais e 
profissionais.
Ao considerar o vasto potencial da aprendizagem baseada 
em projetos para o desenvolvimento de competências essenciais, 
é evidente que essa abordagem pedagógica representa uma evo-
lução significativa na educação. Ao desafiar os alunos com proble-
mas reais e estimular a criatividade, o pensamento crítico e a co-
municação eficaz, a ABP prepara os estudantes não apenas para o 
sucesso acadêmico, mas também para uma atuação profissional e 
uma vida pessoal mais plenas e realizadas no século XXI.
Introdução à cultura maker na 
educação
A cultura maker é um movimento que surgiu como uma 
evolução da tradição “faça você mesmo” (DIY - Do It Yourself), in-
corporando elementos de tecnologia, inovação e colaboração. O 
termo “maker” começou a ganhar popularidade no início dos anos 
2000, em grande parte devido ao surgimento de revistas como 
“Make”, que se dedicavam a cobrir projetos e ideias relacionados 
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a essa cultura. A primeira Maker Faire, realizada em 2006 na Cali-
fórnia, foi um marco importante, reunindo entusiastas, inventores 
e criativos de diversas áreas, consolidando a comunidade maker e 
dando visibilidade ao movimento (Dougherty, 2012).
Imagem 1.2 – Cultura maker
Fonte: Freepik.
A cultura maker é caracterizada por uma abordagem prá-
tica e experimental para a criação e a inovação. Os makers são 
indivíduos que valorizam o processo de fazer, seja por hobby, pai-
xão ou profissão. Eles utilizam uma variedade de ferramentas, 
desde as mais tradicionais, como martelos e serras, até tecnolo-
gias avançadas, como impressoras 3D e cortadoras a laser. O mo-
vimento abrange uma ampla gama de atividades, incluindo ele-
trônica, robótica, carpintaria, costura, programação e muito mais.
Um dos princípios fundamentais da cultura maker é a cren-
ça no poder da colaboração e do compartilhamento de conheci-
mento. Os makers frequentemente se reúnem em espaços comu-
nitários, como makerspaces e fab labs, nos quais compartilham 
recursos, ferramentas e experiências. Esses espaços promovem a 
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troca de ideias, a aprendizagem mútua e o trabalho em projetos 
colaborativos. A ênfase na colaboração transcende as barreiras 
geográficas, com uma comunidade global de makers se comuni-
cando e colaborando on-line por meio de fóruns, blogs e platafor-
mas de compartilhamento de projetos.
O compartilhamento de conhecimento é outro pilar da cul-
tura maker. Os makers acreditam que o conhecimento deve ser 
aberto e acessível, o que se reflete na prática de documentar e 
compartilhar os processos e resultados de seus projetos. Isso não 
apenas facilita a reprodução e a melhoria dos projetos por outros, 
mas também contribui paraum ambiente de aprendizado contí-
nuo e inovação aberta.
A inovação é um valor intrínseco à cultura maker, pois eles 
são encorajados a experimentar e a pensar de forma criativa, os 
makers desenvolvem soluções inovadoras para problemas cotidia-
nos ou desafios técnicos. Essa busca constante por inovação resul-
ta no desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e métodos 
que podem ter impacto significativo em diversas áreas.
SAIBA MAIS
Para conhecer mais sobre a cultura maker, 
indicamos a leitura do artigo: “O uso da cultura 
maker no ambiente escolar”. O texto discute 
a importância de integrar a cultura maker no 
ambiente escolar para promover o protagonismo 
dos alunos e uma aprendizagem significativa. 
Acesse pelo QR Code.
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A cultura maker tem um papel importante na educação, 
proporcionando um modelo de aprendizagem baseado na práti-
ca, na experimentação e na resolução de problemas. Ela promove 
o desenvolvimento de habilidades essenciais, como pensamento 
crítico, criatividade e trabalho em equipe. Além disso, a aborda-
gem maker na educação estimula o interesse dos alunos em áreas 
como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).
Aplicação da cultura maker na ABP
A integração da cultura maker na aprendizagem baseada 
em projetos (ABP) representa uma abordagem inovadora que 
transforma o processo de ensino-aprendizagem, tornando-o mais 
dinâmico, interativo e significativo. Essa fusão entre a cultura ma-
ker e a ABP potencializa a capacidade dos alunos de serem criado-
res ativos, envolvendo-os diretamente na concepção, desenvolvi-
mento e execução de projetos que utilizam recursos tecnológicos 
e materiais diversos.
Na prática, a aplicação da cultura maker na ABP envolve a 
criação de projetos que requerem o uso de ferramentas e técnicas 
típicas do movimento maker, como a impressão 3D, a robótica, a 
eletrônica e o trabalho manual com diferentes materiais. Os alu-
nos são incentivados a explorar essas tecnologias e materiais para 
desenvolver soluções criativas e inovadoras para os desafios pro-
postos em seus projetos.
EXEMPLO: isso pode ser observado em um projeto de ABP 
no qual os alunos são desafiados a desenvolver um sis-
tema de irrigação automatizado para uma horta escolar. 
Nesse projeto, os alunos aplicam conceitos de eletrônica 
e programação para criar um sistema que utiliza sensores 
de umidade do solo e um microcontrolador, como o Ar-
duino, para controlar a quantidade de água liberada para 
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as plantas. Eles também utilizam habilidades de design e 
fabricação para construir as estruturas físicas do sistema, 
empregando técnicas de corte a laser ou impressão 3D 
para criar as peças necessárias.
Durante o processo, os alunos trabalham em equipe, com-
partilhando conhecimentos e colaborando na resolução de pro-
blemas. Eles são encorajados a documentar cada etapa do projeto, 
desde a concepção inicial até a execução final, refletindo sobre os 
sucessos e desafios enfrentados. Essa documentação não apenas 
serve como um registro do aprendizado, mas também como um 
recurso valioso para outros alunos que possam querer replicar ou 
expandir o projeto no futuro.
A integração da cultura maker na ABP promove uma sé-
rie de benefícios educacionais. Ela estimula o desenvolvimento de 
habilidades técnicas, como programação e fabricação digital, ao 
mesmo tempo em que fomenta competências socioemocionais, 
como trabalho em equipe, comunicação e resiliência. Além disso, 
ao envolver os alunos em projetos práticos e relevantes, essa abor-
dagem aumenta o engajamento e a motivação para aprender, tor-
nando o processo de aprendizagem mais atraente e significativo.
Imagem 1.3 – Aplicações da cultura maker na ABP
Fonte: Freepik.
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A integração da cultura maker na ABP também tem um 
impacto significativo na forma como os educadores abordam o 
processo de ensino. Eles passam a atuar mais como facilitadores 
do aprendizado, fornecendo orientação e apoio aos alunos em 
suas jornadas de exploração e criação. Essa mudança de papel 
é essencial para cultivar um ambiente de aprendizagem baseado 
na curiosidade e na experimentação, no qual os alunos se sentem 
empoderados para assumir a liderança de seus projetos e buscar 
soluções inovadoras.
Além disso, a incorporação da cultura maker na ABP pro-
porciona uma oportunidade valiosa para a interdisciplinaridade, 
pois os projetos geralmente envolvem a aplicação de conhecimen-
tos de várias áreas, como matemática, ciências, artes e tecnologia. 
Isso não apenas enriquece a experiência educacional, mas tam-
bém ajuda os alunos a perceberem a relevância e a aplicabilidade 
de seus aprendizados em contextos reais, aumentando assim a 
compreensão e a integração dos conceitos estudados.
Integração da ABP e cultura 
maker no ambiente escolar
A incorporação da aprendizagem baseada em projetos 
(ABP) e da cultura maker no currículo e no ambiente escolar 
exige uma abordagem planejada e estratégica. Seguem algumas 
estratégias práticas para facilitar essa integração:
1. Desenvolvimento de uma visão compartilhada: envol-
ver toda a comunidade escolar, incluindo educadores, 
administradores, alunos e pais, na definição de uma vi-
são compartilhada para a implementação da ABP e da 
cultura maker. Isso ajuda a garantir o alinhamento e o 
comprometimento de todos os envolvidos.
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2. Formação continuada dos educadores: promover pro-
gramas de formação continuada para os educadores, 
focados na metodologia da ABP e nas práticas da cultu-
ra maker. Isso inclui workshops, cursos e grupos de es-
tudo que proporcionem aos professores as habilidades 
e o conhecimento necessários para implementar essas 
abordagens de forma eficaz.
3. Criação de espaços maker: estabelecer espaços dedi-
cados na escola, como makerspaces ou laboratórios de 
criação, equipados com ferramentas e materiais que 
permitam aos alunos explorar, criar e inovar. Esses es-
paços devem ser acessíveis e convidativos, estimulan-
do a experimentação e a colaboração.
4. Integração curricular: incorporar projetos de ABP e 
atividades maker de forma transversal no currículo, 
conectando-os aos objetivos de aprendizagem de dife-
rentes disciplinas. Isso ajuda a criar uma experiência 
educacional coesa e significativa para os alunos.
5. Fomento à cultura de colaboração: estimular uma 
cultura de colaboração entre os alunos, professores 
e comunidade escolar, promovendo o trabalho em 
equipe, a troca de ideias e o apoio mútuo na realização 
de projetos.
6. Adaptação flexível do currículo: ser flexível na adapta-
ção do currículo para acomodar projetos de ABP e ativi-
dades maker, permitindo que os alunos tenham tempo 
suficiente para explorar, experimentar e refletir sobre 
seus projetos.
7. Avaliação autêntica: desenvolver métodos de avaliação 
autêntica que considerem o processo de aprendiza-
gem, o desenvolvimento de competências e os resul-
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tados dos projetos dos alunos, além das tradicionais 
avaliações de conhecimento.
8. Compartilhamento de experiências: encorajar o com-
partilhamento de experiências e projetos entre alunos, 
professores e a comunidade escolar, por meio de feiras 
de projetos, exposições e plataformas digitais, para ce-
lebrar as conquistas e promover a inspiração mútua.
A integração da aprendizagem baseada em projetos (ABP) 
e da cultura maker no ambiente educacional, embora repleta de 
potenciais benefícios, apresenta também desafios que requerem 
atenção e soluções estratégicas. Um dos desafios comuns é a 
resistência à mudança, tanto por parte dos educadores quanto 
da administração escolar. Muitas vezes, a implementação da 
ABP e da cultura maker exige uma transformação na abordagem 
pedagógica e na estrutura curricular, o que pode gerar incertezas e 
resistências.Para superar esse obstáculo, é crucial promover uma 
cultura de abertura e inovação, destacando os benefícios dessas 
abordagens e oferecendo suporte contínuo aos educadores por 
meio de formações e acompanhamento.
Outro desafio é a necessidade de recursos adequados, 
como materiais, ferramentas e espaços físicos para a realização 
de projetos maker. A falta de investimento nesses recursos pode 
limitar as possibilidades de projetos e a experiência de aprendiza-
gem dos alunos. Uma solução para esse problema é buscar parce-
rias com empresas, organizações não governamentais e a comu-
nidade local para o financiamento e doação de materiais, além de 
aproveitar recursos recicláveis e de baixo custo para a criação de 
protótipos e modelos.
A avaliação dos alunos em projetos de ABP e atividades 
maker também pode ser desafiadora, uma vez que essas aborda-
gens valorizam o processo de aprendizagem tanto quanto o pro-
21APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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duto final. Para enfrentar esse desafio, é necessário desenvolver 
métodos de avaliação autêntica que considerem a criatividade, o 
pensamento crítico, a colaboração e outros aspectos do desenvol-
vimento dos alunos, além dos resultados concretos dos projetos.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que os fundamentos 
da aprendizagem baseada em projetos (ABP) 
incluem a aprendizagem centrada no aluno, o 
trabalho colaborativo e a resolução de problemas 
reais. Descobriu também que a cultura maker na 
educação promove a criatividade, a inovação e a 
autonomia dos alunos, incentivando-os a serem 
construtores ativos de seu conhecimento. Além 
disso, compreendeu que a integração da ABP e 
da cultura maker no ambiente escolar envolve 
desafios, mas traz inúmeras oportunidades para 
enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, 
tornando-o mais dinâmico, significativo e alinhado 
com as necessidades do século XXI. Esperamos 
que este capítulo tenha inspirado você a explorar 
ainda mais essas abordagens pedagógicas e a 
implementá-las em sua prática educativa. Avante 
na jornada de transformar a educação!
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Design e planejamento de 
projetos educacionais
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de en-
tender como funciona o design e planejamento de 
projetos educacionais que integrem os interesses 
dos alunos com os objetivos de aprendizagem. As 
pessoas que tentaram desenvolver projetos edu-
cacionais sem considerar os interesses dos alunos 
tiveram problemas ao manter o engajamento e a 
motivação dos estudantes. E então? Motivado para 
desenvolver essa competência? Vamos lá. Avante!
Identificação dos interesses dos 
alunos
A pesquisa e o diálogo com os alunos são componentes 
fundamentais no processo de design e planejamento de projetos 
educacionais, especialmente na abordagem da aprendizagem ba-
seada em projetos (ABP). Essas práticas permitem que os educa-
dores compreendam melhor os interesses, paixões e curiosidades 
dos estudantes, fornecendo uma base sólida para o desenvolvi-
mento de projetos que sejam relevantes e envolventes.
Ao realizar pesquisas com os alunos, os educadores po-
dem empregar diferentes métodos, como questionários, entrevis-
tas e observações. Essas ferramentas permitem coletar informa-
ções sobre o que os alunos gostam de fazer, quais são suas áreas 
de interesse e quais tópicos despertam sua curiosidade. Esses 
dados são preciosos para a criação de projetos educacionais que 
cativem a atenção dos alunos e os motivem a aprender.
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O diálogo, por sua vez, é uma ferramenta poderosa para 
aprofundar a compreensão dos interesses dos alunos. Conversas 
abertas e discussões em grupo podem revelar insights valiosos so-
bre as paixões dos estudantes e suas aspirações. Essas interações 
também promovem um ambiente de aprendizagem colaborativo, 
em que os alunos se sentem valorizados e ouvidos, o que é essen-
cial para o sucesso da ABP.
Integrar os interesses dos alunos nos projetos educacio-
nais não apenas aumenta o engajamento, mas também promo-
ve a aprendizagem significativa. Quando os alunos trabalham em 
projetos que estão alinhados a suas paixões, eles estão mais pro-
pensos a se dedicar e a se envolver profundamente com o conteú-
do. Isso leva a um maior entendimento dos conceitos e ao desen-
volvimento de habilidades importantes, como pensamento crítico, 
resolução de problemas e colaboração.
Imagem 1.4 – Integração e diálogos
Fonte: Freepik.
24 APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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Considerar os interesses dos alunos na concepção de 
projetos educacionais pode ajudar a criar uma conexão mais 
profunda entre o aprendizado e a vida real. Os alunos podem ver 
a relevância do que estão aprendendo e como isso se aplica fora 
da sala de aula. Essa conexão pode aumentar sua motivação para 
aprender e sua capacidade de transferir o conhecimento para 
novas situações.
No entanto, integrar os interesses dos alunos nos projetos 
educacionais não é uma tarefa fácil. Requer que os educadores 
estejam abertos a adaptar seu planejamento e a explorar 
novas áreas de conhecimento. Eles precisam estar dispostos a 
experimentar e a ser flexíveis, ajustando os projetos à medida que 
novas informações e ideias surgem.
Para facilitar esse processo, os educadores podem 
desenvolver um sistema de feedback contínuo, no qual os alunos 
possam expressar suas opiniões e sugestões sobre os projetos. 
Isso pode ajudar a garantir que os projetos permaneçam alinhados 
com os interesses dos alunos e que sejam ajustados conforme 
necessário para atender às suas necessidades de aprendizagem.
Análise dos dados coletados
A análise dos dados coletados na pesquisa e no diálogo 
com os alunos é a etapa usada para identificar tendências e temas 
comuns que possam ser explorados nos projetos educacionais. 
Após coletar informações sobre os interesses, paixões e curiosida-
des dos alunos, os educadores devem organizar e examinar esses 
dados cuidadosamente para extrair insights valiosos que orienta-
rão o desenvolvimento dos projetos.
Primeiramente, é importante categorizar as informações 
coletadas, agrupando-as em temas ou áreas de interesse. Isso 
pode ser feito por meio de técnicas como a análise de conteúdo, 
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que permite identificar padrões e categorias nos dados. Ao agru-
par as respostas dos alunos, os educadores podem começar a per-
ceber quais assuntos despertam maior interesse entre o grupo.
Em seguida, é essencial buscar temas comuns ou tendên-
cias que se destaquem. Por exemplo, se uma quantidade signifi-
cativa de alunos expressa interesse por questões ambientais, isso 
pode indicar uma tendência que pode ser explorada em um proje-
to de ABP focado em sustentabilidade. Da mesma forma, se mui-
tos alunos demonstram curiosidade sobre tecnologia, isso pode 
ser um sinal para desenvolver projetos que integrem ferramentas 
digitais e inovações tecnológicas.
Imagem 1.5 – Análise de dados coletados
Fonte: Pixabay.
A análise dos dados também deve considerar a diversida-
de de interesses e a possibilidade de combinar diferentes temas 
em um único projeto. Por exemplo, um projeto pode abordar tan-
to questões ambientais quanto tecnológicas, incentivando os alu-
nos a desenvolver soluções tecnológicas para problemas ambien-
tais. Essa abordagem interdisciplinar enriquece a experiência de 
aprendizagem e permite que os alunos explorem vários interesses 
simultaneamente.
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IMPORTANTE
É preciso estar atento às nuances e especificidades 
dos interesses dos alunos. Às vezes, um tema geral 
pode abrigar subtemas que são particularmente 
atraentes para os alunos. Por exemplo, dentrodo 
tema “esportes”, alguns alunos podem estar mais 
interessados em aspectos relacionados à saúde e à 
nutrição, já outros podem se concentrar na análise 
de desempenho esportivo. Reconhecer essas 
nuances pode ajudar a personalizar os projetos e 
torná-los mais relevantes para os alunos.
Por fim, após identificar as tendências e temas comuns, 
os educadores devem planejar como esses elementos serão in-
corporados nos projetos educacionais. Isso inclui a definição de 
objetivos de aprendizagem, a escolha de metodologias e a seleção 
de recursos que apoiarão a realização dos projetos. A análise cui-
dadosa dos dados coletados é fundamental para garantir que os 
projetos sejam alinhados com os interesses dos alunos e promo-
vam uma aprendizagem significativa e engajadora.
Integração dos interesses dos 
alunos com os objetivos de 
aprendizagem
A definição de objetivos de aprendizagem claros e alinha-
dos com os interesses dos alunos é um aspecto crucial no plane-
jamento de projetos educacionais, especialmente na abordagem 
da aprendizagem baseada em projetos (ABP). Objetivos de apren-
dizagem bem definidos servem como uma bússola para orientar 
tanto os educadores quanto os alunos durante o processo de en-
sino-aprendizagem, garantindo que os projetos sejam relevantes, 
significativos e focados nos resultados desejados.
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Os objetivos de aprendizagem devem ser específicos, 
mensuráveis, alcançáveis, relevantes e temporais (SMART). Ao es-
tabelecer objetivos claros, os educadores podem planejar ativida-
des e avaliações que estejam diretamente alinhadas com o que 
se espera que os alunos aprendam. Isso também ajuda os alunos 
a compreenderem o propósito de seu trabalho e o que se espera 
que eles alcancem ao final do projeto.
Imagem 1.6 – Objetivos SMART
Temporal Relevante Atingível Mensurável Específica 
Fonte: Elaborada pela autoria (2024).
Alinhar os objetivos de aprendizagem com os interesses 
dos alunos é fundamental para aumentar o engajamento e a 
motivação. Quando os alunos percebem que os projetos estão 
conectados com suas paixões e curiosidades, eles tendem a 
se envolver mais profundamente com o material e a investir 
mais esforço em seu aprendizado. Isso não apenas torna a 
experiência educacional mais agradável, mas também promove 
uma compreensão mais profunda dos conceitos e habilidades 
abordados.
Para garantir que os objetivos de aprendizagem sejam 
relevantes para os alunos, os educadores devem envolvê-los no 
processo de definição desses objetivos. Isso pode ser feito por 
meio de discussões em sala de aula, pesquisas de interesse ou 
sessões de brainstorming. Ao dar voz aos alunos na formulação 
dos objetivos, os educadores podem garantir que os projetos 
atendam às necessidades e interesses do grupo.
Além disso, os objetivos de aprendizagem devem ser 
flexíveis o suficiente para permitir a adaptação ao longo do 
projeto. À medida que os alunos exploram o tema e desenvolvem 
suas ideias, novas oportunidades de aprendizagem podem surgir. 
28 APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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Os educadores devem estar preparados para ajustar os objetivos 
de acordo com o progresso dos alunos e as descobertas feitas 
durante o projeto.
A definição de objetivos de aprendizagem alinhados com 
os interesses dos alunos também promove a interdisciplinaridade. 
Os projetos podem ser planejados de forma a abordar conteúdos 
de diferentes disciplinas, proporcionando uma experiência de 
aprendizagem mais integrada e holística. Isso ajuda os alunos a 
perceberem as conexões entre diferentes áreas do conhecimento 
e a aplicarem o que aprenderam em contextos variados.
Para atingir o objetivo de integrar os interesses dos 
alunos com os objetivos de aprendizagem na abordagem da 
aprendizagem baseada em projetos (ABP), alguns pontos-chave 
podem ser utilizados:
1. Especificidade dos objetivos: definir objetivos de apren-
dizagem claros e específicos que estejam diretamente 
relacionados aos interesses dos alunos. 
2. Mensuração e avaliação: estabelecer critérios claros 
para a avaliação do desempenho dos alunos em relação 
aos objetivos de aprendizagem. 
3. Alcance e relevância: garantir que os objetivos de 
aprendizagem sejam alcançáveis e relevantes para os 
interesses e o contexto dos alunos. 
4. Temporalidade: definir um cronograma realista para a 
conclusão dos projetos, levando em consideração os 
objetivos de aprendizagem e os interesses dos alunos. 
5. Participação dos alunos: envolver os alunos no processo 
de definição dos objetivos de aprendizagem, por meio 
de discussões, pesquisas de interesse e brainstorming. 
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6. Flexibilidade: estar preparado para adaptar os objetivos 
de aprendizagem à medida que os alunos exploram o 
tema e desenvolvem suas ideias. 
7. Interdisciplinaridade: planejar projetos que abordem 
conteúdos de diferentes disciplinas, integrando os 
objetivos de aprendizagem aos interesses dos alunos 
de maneira holística e contextualizada.
8. Comunicação clara: comunicar os objetivos de 
aprendizagem aos alunos de forma clara e transparente, 
utilizando rubricas, orientações escritas ou discussões 
em sala de aula. 
Ao focar nesses pontos, os educadores podem desenvolver 
projetos educacionais que integrem efetivamente os interesses 
dos alunos com os objetivos de aprendizagem, promovendo uma 
experiência de aprendizagem mais envolvente, significativa e 
bem-sucedida.
Planejamento e execução de 
projetos educacionais
O planejamento eficaz de projetos educacionais é essen-
cial para garantir que os objetivos de aprendizagem sejam alcan-
çados de forma eficiente e significativa. Para isso, é fundamental 
definir metas claras, selecionar recursos adequados e elaborar 
um cronograma bem estruturado. Essas etapas são cruciais para 
orientar o desenvolvimento das atividades educacionais e garantir 
que estas estejam alinhadas aos objetivos do projeto, promoven-
do assim uma experiência de aprendizagem enriquecedora e en-
gajadora para os alunos.
 • Definição de objetivos e metas: estabeleça claramente 
os objetivos de aprendizagem que deseja alcançar com 
30 APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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o projeto. Defina metas específicas e mensuráveis para 
orientar o desenvolvimento e avaliação do projeto.
 • Identificação de recursos: identifique os recursos neces-
sários para a realização do projeto, incluindo materiais, 
equipamentos, espaço físico e tecnologia. Certifique-se 
de que os recursos estejam disponíveis e acessíveis aos 
participantes do projeto.
 • Seleção de estratégias de ensino: escolha as estratégias 
de ensino mais adequadas para alcançar os objetivos 
do projeto. Considere métodos ativos de aprendizagem, 
como projetos práticos, colaborativos e baseados em 
problemas.
 • Elaboração de cronograma: crie um cronograma deta-
lhado que inclua todas as etapas do projeto, desde a 
preparação até a avaliação. Estabeleça prazos realistas 
para cada atividade e defina responsabilidades claras 
para os membros da equipe.
 • Desenvolvimento de atividades: desenvolva atividades 
educacionais que estejam alinhadas com os objetivos 
do projeto. As atividades devem ser engajadoras, 
relevantes e estimular a participação ativa dos alunos.
 • Avaliação e monitoramento: estabeleça critérios claros 
de avaliação para medir o progresso e o sucesso do 
projeto. Realize avaliações formativas e somativas para 
garantir que os objetivos estejam sendo alcançados.
 • Ajustes e melhorias: esteja preparado para fazer ajus-
tes no projeto com base no feedback dos alunos e em 
evidências da eficácia das atividades. Busque constan-
temente melhorar o projeto para garantir resultados 
mais positivos.
31APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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 • Comunicação e engajamento: mantenha uma comuni-
cação aberta e regular com os alunos, colegas e outros 
envolvidos no projeto. Promova o engajamento e a par-ticipação de todos os envolvidos para garantir o suces-
so do projeto.
O planejamento eficaz de projetos educacionais é um pro-
cesso complexo que requer atenção cuidadosa a detalhes e uma 
abordagem estruturada. Ao seguir as etapas essenciais descritas, 
os educadores podem criar experiências de aprendizagem mais 
significativas e impactantes, que contribuem para o desenvolvi-
mento acadêmico, pessoal e social dos alunos.
Avaliação e ajustes
A avaliação contínua e os ajustes são fundamentais para 
garantir que projetos educacionais atinjam seus objetivos e 
sejam significativos para os alunos. A avaliação contínua permite 
acompanhar o progresso dos alunos, identificar pontos fortes e 
áreas de melhoria no projeto e avaliar a eficácia das estratégias 
de ensino utilizadas. Por meio da avaliação, os educadores 
podem obter feedbacks valiosos que ajudam a adaptar o projeto 
às necessidades e interesses dos alunos, garantindo assim sua 
relevância e eficácia.
A necessidade de fazer ajustes ao longo do processo 
decorre da natureza dinâmica da sala de aula e das mudanças 
nas necessidades e interesses dos alunos. Os ajustes podem ser 
necessários para modificar atividades que não estão alcançando 
os resultados esperados, introduzir novas estratégias de ensino 
para abordar lacunas de aprendizagem identificadas ou adaptar o 
cronograma para garantir que todos os objetivos sejam alcançados 
dentro do prazo estabelecido. 
32 APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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Além disso, os ajustes podem ser feitos com base no 
feedback dos alunos, que são os principais beneficiários do projeto. 
A escuta ativa dos alunos é essencial para garantir que suas 
vozes sejam ouvidas e que suas necessidades sejam atendidas. 
Os ajustes podem incluir a inclusão de atividades que os alunos 
considerem mais interessantes e relevantes, a adaptação das 
atividades para atender às necessidades específicas dos alunos ou 
a introdução de recursos adicionais para enriquecer a experiência 
de aprendizagem.
A avaliação contínua e os ajustes ao longo do projeto 
educacional permitem que os educadores estejam mais bem 
preparados para lidar com imprevistos e desafios que possam 
surgir. Ao monitorar de perto o progresso e o engajamento 
dos alunos, os educadores podem identificar rapidamente 
quaisquer dificuldades ou barreiras à aprendizagem e tomar 
medidas corretivas imediatas. Isso pode incluir a reorganização 
de atividades, a adaptação de estratégias de ensino ou a 
disponibilização de suporte adicional aos alunos que estejam 
enfrentando dificuldades específicas.
Por fim, a avaliação contínua e os ajustes ao longo 
do projeto não apenas beneficiam os alunos, mas também 
enriquecem a prática educacional do professor. Ao refletir sobre 
os resultados da avaliação e os ajustes feitos, os educadores 
têm a oportunidade de aprimorar suas habilidades de ensino, 
desenvolver novas estratégias pedagógicas e aprofundar sua 
compreensão sobre o processo de aprendizagem dos alunos. Isso 
contribui para uma prática educacional mais reflexiva e eficaz, 
que visa sempre a melhoria contínua e o melhor atendimento às 
necessidades dos alunos.
33APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Durante este capítulo, exploramos a competência 
de desenvolver projetos educacionais que integrem 
os interesses dos alunos com os objetivos de 
aprendizagem, abordando os seguintes subtítulos: 
Discutimos a importância de conhecer os 
interesses, motivações e características individuais 
dos alunos. Ao identificar o que desperta o 
interesse de cada aluno, podemos criar projetos 
educacionais mais relevantes e significativos, que 
estimulem a participação ativa e o engajamento 
na aprendizagem. Destacamos a importância de 
alinhar os interesses dos alunos com os objetivos 
educacionais. Ao integrar esses elementos, os 
projetos educacionais se tornam mais motivadores 
e eficazes, promovendo uma aprendizagem mais 
autêntica e duradoura. Abordamos a importância 
de um planejamento detalhado e da execução 
cuidadosa dos projetos educacionais. Isso inclui a 
definição de metas claras, a seleção de estratégias 
pedagógicas adequadas e a avaliação contínua 
do progresso dos alunos para garantir que os 
objetivos de aprendizagem sejam alcançados de 
forma eficaz.
34 APRENDER A FAZER – APRENDIZAGEM ATIVA
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Avaliação formativa em 
projetos de aprendizagem
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de en-
tender como funciona a avaliação formativa em 
projetos de aprendizagem. Isso será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que 
tentaram implementar projetos educacionais sem 
a devida atenção à avaliação formativa tiveram 
problemas ao monitorar o progresso dos alunos 
e ajustar o projeto conforme necessário. E então? 
Motivado para desenvolver essa competência? Va-
mos lá. Avante!
Princípios da avaliação formativa
A avaliação formativa é um processo contínuo e dinâmico 
de coleta e análise de informações sobre o aprendizado do aluno, 
que visa orientar e melhorar tanto o ensino quanto a aprendiza-
gem. Diferentemente da avaliação somativa, que é realizada ao 
final de um período de aprendizagem para determinar o nível de 
desempenho do aluno, a avaliação formativa é realizada ao longo 
do processo educacional, permitindo que os professores façam 
ajustes em tempo real nas estratégias de ensino e nos conteúdos 
abordados (Black; Wiliam, 1998).
A importância da avaliação formativa reside na sua capa-
cidade de proporcionar feedback contínuo aos alunos, o que é es-
sencial para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. Esse 
tipo de avaliação permite que os estudantes compreendam seus 
pontos fortes e áreas que necessitam de melhoria, promovendo 
assim uma aprendizagem mais autônoma e reflexiva. 
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Além disso, a avaliação formativa oferece aos professores 
informações valiosas sobre a eficácia de suas práticas pedagógi-
cas, possibilitando que ajustem seu planejamento e metodologias 
de acordo com as necessidades dos alunos (Wiliam, 2011).
Imagem 1.7 – Avaliação formativa
Fonte: Freepik.
A avaliação formativa também pode ser utilizada no 
desenvolvimento de projetos educacionais. Ao integrar a avaliação 
formativa no ciclo do projeto, os educadores podem monitorar o 
progresso dos alunos em relação aos objetivos de aprendizagem 
estabelecidos e fazer os ajustes necessários para garantir que o 
projeto alcance seus objetivos. Essa abordagem promove uma 
maior participação dos alunos no processo de aprendizagem, 
aumentando seu engajamento e motivação (Andrade, 2009).
Adicionalmente, estimula o desenvolvimento de habilida-
des metacognitivas nos alunos, uma vez que os incentiva a refletir 
sobre seu próprio processo de aprendizagem e a identificar es-
tratégias para melhorar seu desempenho. Esse aspecto é particu-
larmente importante no contexto da aprendizagem baseada em 
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projetos, em que os alunos são encorajados a assumir um papel 
ativo e autônomo em sua educação. A capacidade de autoavalia-
ção e ajuste do próprio aprendizado é uma competência essencial 
para o sucesso acadêmico e profissional no século XXI.
Com ela, é possível criar um ambiente de aprendizagem 
positivo e inclusivo, no qual todos os alunos se sentem valoriza-
dos e apoiados em seu desenvolvimento. Ao focar no progresso 
contínuo e na melhoria individual, em vez de apenas nos resulta-
dos finais, a avaliação formativa ajuda a reduzir a ansiedade e a 
competição entre os alunos, promovendo uma cultura de colabo-
ração e crescimento mútuo. Portanto, sua implementação efetiva 
é fundamental para o alcance de uma educação de qualidade que 
atenda às necessidades de todos os aprendizes.SAIBA MAIS
Para aprofundar seu entendimento sobre 
os diferentes tipos de avaliação e como eles 
podem ser aplicados no contexto educacional, 
recomendamos assistir ao vídeo “Avaliação 
Diagnóstica, Formativa e Somativa”. Esse recurso 
visual oferece uma explicação clara e concisa sobre 
as características, objetivos e aplicações de cada 
tipo de avaliação. Acesse pelo QR Code.
A avaliação formativa pode ser realizada de várias 
maneiras, dependendo dos objetivos de aprendizagem e do 
contexto educacional. Vejamos algumas estratégias comuns:
1. Feedback contínuo: os professores podem fornecer 
feedback regular aos alunos sobre seu desempenho e 
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progresso. Esse feedback deve ser específico, constru-
tivo e orientado para a melhoria, ajudando os alunos a 
entenderem o que estão fazendo bem e o que precisam 
melhorar.
2. Observação e diálogo: por meio da observação direta 
e de conversas com os alunos, os professores podem 
obter insights valiosos sobre o entendimento e o en-
gajamento dos alunos nos projetos. Isso permite que 
os educadores ajustem suas estratégias de ensino de 
acordo com as necessidades dos alunos.
3. Autoavaliação e reflexão: incentivar os alunos a 
refletir sobre seu próprio aprendizado e a avaliar seu 
progresso pode ajudá-los a desenvolver habilidades 
metacognitivas e a assumir responsabilidade por seu 
desenvolvimento.
4. Portfólios: os alunos podem criar portfólios que docu-
mentem seu trabalho e progresso ao longo do projeto. 
Os portfólios podem incluir uma variedade de mate-
riais, como rascunhos, reflexões escritas, fotografias e 
trabalhos finais, fornecendo uma visão abrangente do 
processo de aprendizagem.
5. Questionários e enquetes: ferramentas como ques-
tionários e enquetes podem ser usadas para coletar 
feedback rápido dos alunos sobre sua compreensão e 
sentimentos em relação ao projeto.
6. Apresentações e discussões em grupo: ao apresentar 
seu trabalho e participar de discussões em grupo, os 
alunos podem receber feedback de seus colegas e do 
professor, além de refletir sobre o trabalho dos outros.
7. Tarefas formativas: tarefas específicas, como questio-
nários curtos, exercícios de prática ou tarefas de refle-
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xão, podem ser usadas para avaliar o progresso dos 
alunos e fornecer feedback imediato.
Ao implementar essas estratégias de avaliação formativa, 
é importante garantir que o feedback seja oportuno, relevante 
e alinhado com os objetivos de aprendizagem do projeto. Isso 
ajudará a criar um ambiente de aprendizagem dinâmico e apoiará 
o desenvolvimento contínuo dos alunos.
Técnicas de avaliação formativa 
em projetos
As técnicas de avaliação formativa em projetos são es-
senciais para monitorar o progresso dos alunos e garantir que os 
objetivos de aprendizagem sejam alcançados. Essas técnicas for-
necem feedback contínuo, permitindo que os educadores façam 
ajustes nas estratégias pedagógicas para melhorar o processo de 
ensino-aprendizagem. Entre as várias abordagens disponíveis, a 
observação direta e as conversas com os alunos são métodos par-
ticularmente eficazes para obter insights sobre o entendimento e 
o engajamento dos alunos no projeto.
A observação direta envolve a atenção cuidadosa do 
educador ao comportamento, às interações e ao desempenho dos 
alunos durante as atividades do projeto. Essa abordagem permite 
que o professor identifique padrões de comportamento, pontos 
de dificuldade e momentos de engajamento ou desinteresse. Ao 
observar como os alunos abordam as tarefas, colaboram com os 
colegas e aplicam conceitos aprendidos, o educador pode obter 
uma compreensão mais profunda do processo de aprendizagem 
e identificar áreas que podem precisar de reforço ou mudança de 
abordagem.
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Além da observação direta, as conversas com os alunos 
são uma ferramenta valiosa para a avaliação formativa. Essas 
interações podem ocorrer de forma individual ou em grupo e 
oferecem uma oportunidade para que os alunos expressem suas 
ideias, dúvidas e percepções sobre o projeto. 
Essas conversas permitem que o educador compreenda 
o pensamento dos alunos, suas motivações e suas experiências 
de aprendizagem. Por meio do diálogo, os alunos podem refletir 
sobre seu próprio progresso, articulando o que aprenderam e 
identificando áreas em que precisam de mais apoio.
A combinação de observação direta e conversas com 
os alunos fornece uma visão abrangente do desempenho dos 
alunos e do dinamismo do projeto. Essas técnicas permitem que 
o educador acompanhe o desenvolvimento dos alunos de forma 
contínua e adaptativa, ajustando as atividades do projeto e as 
estratégias de ensino para atender às necessidades individuais e 
coletivas dos alunos. Além disso, ao envolver os alunos no processo 
de avaliação, eles se tornam mais conscientes de seu próprio 
aprendizado, o que promove a autoavaliação e a responsabilidade 
pelo próprio desenvolvimento.
Imagem 1.8 – Conversas diretas entre alunos
Fonte: Freepik.
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Para ilustrar as técnicas de observação direta e conversas 
com os alunos na avaliação formativa, vejamos alguns exemplos 
práticos:
 • Observação direta em trabalho de grupo: durante um 
projeto em equipe, o educador observa como os alunos 
interagem uns com os outros, como delegam tarefas 
e como resolvem conflitos. O professor pode notar, 
por exemplo, que um aluno está tendo dificuldade em 
expressar suas ideias ou que outro está assumindo a 
liderança de forma eficaz. Essas observações podem 
levar a conversas individuais ou em grupo para abordar 
essas questões e promover habilidades de colaboração 
e comunicação.
 • Diálogos reflexivos após uma apresentação: após 
os alunos apresentarem uma parte do projeto para 
a classe, o professor pode conduzir uma sessão de 
reflexão na qual os alunos discutem o que foi bem, 
o que poderia ser melhorado e como se sentiram 
durante a apresentação. Essas conversas ajudam os 
alunos a desenvolver habilidades de autoavaliação e a 
compreender melhor seus pontos fortes e fracos.
 • Observação de processos criativos: em um projeto de 
arte ou design, o educador observa os alunos enquanto 
eles experimentam diferentes técnicas ou materiais. 
O professor pode perceber que alguns alunos estão 
lutando para encontrar uma abordagem que funcione 
para eles. Isso pode levar a uma conversa sobre 
experimentação e resiliência criativa, incentivando os 
alunos a explorar novas ideias sem medo do fracasso.
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Esses exemplos mostram como a observação direta e as 
conversas com os alunos podem fornecer insights valiosos para 
a avaliação formativa em projetos educacionais, permitindo que 
os educadores ajustem suas abordagens para melhor atender 
às necessidades dos alunos e promover um ambiente de 
aprendizagem mais eficaz e envolvente.
Portfólios e diários de aprendizagem
Os portfólios e os diários de aprendizagem são ferramen-
tas poderosas que permitem aos alunos documentar e refletir so-
bre seu processo de aprendizagem. Essas ferramentas são parti-
cularmente úteis na avaliação formativa, pois fornecem uma visão 
abrangente do progresso dos alunos ao longo do tempo, permitin-
do que tanto os educadores quanto os próprios alunos acompa-
nhem o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos.
O uso de portfólios, por exemplo, é uma prática pedagógica 
que permite aos alunos reunir uma variedade de trabalhos que 
demonstram seu crescimento e realizações em um determinado 
período. Os portfólios podem incluir projetos, redações, arte, 
reflexões escritas e qualquer outro tipo de trabalho que evidencie 
o aprendizado do aluno. 
Essa abordagem permite que os alunos demonstrem não 
apenas o produto final de seu trabalho, mas também o processo 
de pensamento e o esforço envolvidos na criação desse trabalho.Os portfólios incentivam os alunos a assumir a responsabilidade 
por sua própria aprendizagem, promovendo a autoavaliação e a 
reflexão crítica (Barrett, 2007).
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Imagem 1.9 – Portfólios
Fonte: Freepik.
Por outro lado, os diários de aprendizagem oferecem aos 
alunos uma oportunidade de registrar suas experiências, pensa-
mentos e sentimentos em relação ao processo de aprendizagem. 
Escrever em um diário pode ajudar os alunos a organizar suas 
ideias, a refletir sobre os desafios enfrentados e as estratégias 
utilizadas para superá-los, e a estabelecer conexões entre o que 
estão aprendendo e suas experiências pessoais. 
IMPORTANTE
Os diários de aprendizagem também são uma 
ferramenta valiosa para os professores, pois for-
necem insights sobre a perspectiva dos alunos, 
permitindo que os educadores adaptem suas 
abordagens de ensino para atender às necessida-
des individuais dos alunos (Moon, 2006).
A integração de portfólios e diários de aprendizagem na 
avaliação formativa oferece vários benefícios. Primeiramente, es-
sas ferramentas promovem a metacognição, incentivando os alu-
nos a pensar sobre seu próprio pensamento e a desenvolver uma 
compreensão mais profunda de seu processo de aprendizagem. 
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Além disso, os portfólios e diários proporcionam uma base 
concreta para o feedback do professor, permitindo que o feedback 
seja personalizado e relevante para o desenvolvimento individual 
do aluno. Essa abordagem também facilita o diálogo contínuo en-
tre alunos e professores, criando um ambiente de aprendizagem 
colaborativo e reflexivo.
Tomada de decisão pedagógica e 
reflexão contínua
A avaliação formativa, além de fornecer feedback contínuo, 
oferece uma oportunidade única para que os educadores coletem 
dados sobre o aprendizado dos alunos em tempo real. Isso sig-
nifica que, em vez de esperar até o final de um módulo ou proje-
to para avaliar o desempenho dos alunos, os professores podem 
identificar e abordar as dificuldades de aprendizagem à medida 
que elas surgem. Essa abordagem dinâmica permite uma respos-
ta rápida às necessidades dos alunos, aumentando a probabilida-
de de sucesso do projeto e do aprendizado geral.
EXEMPLO: durante uma atividade em grupo, um profes-
sor pode notar que alguns alunos estão lutando para en-
tender um conceito-chave. Com a avaliação formativa, o 
educador pode intervir imediatamente, fornecendo uma 
explicação adicional ou organizando uma sessão de re-
visão para esses alunos. Essa capacidade de responder 
prontamente às necessidades dos alunos em tempo real é 
um dos principais benefícios da avaliação formativa.
Além disso, a avaliação formativa permite que os edu-
cadores adaptem as atividades do projeto com base no nível de 
compreensão dos alunos. Se a maioria dos alunos demonstrar 
domínio de um conceito mais rapidamente do que o esperado, o 
professor pode decidir avançar para tópicos mais avançados ou 
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explorar o conceito em maior profundidade. Essa flexibilidade é 
essencial para manter os alunos desafiados e engajados em seu 
aprendizado.
A avaliação formativa também desempenha um papel cru-
cial na identificação de lacunas de aprendizagem e na persona-
lização do ensino. Ao coletar informações em tempo real sobre 
o desempenho dos alunos, os educadores podem adaptar suas 
instruções para atender às necessidades individuais, garantindo 
que todos os alunos tenham a oportunidade de alcançar seu po-
tencial máximo.
Outro aspecto importante da avaliação formativa é 
sua contribuição para o desenvolvimento de uma cultura de 
aprendizagem positiva. Ao enfatizar o crescimento e o progresso 
contínuo, em vez de apenas os resultados finais, a avaliação 
formativa encoraja os alunos a verem os erros como oportunidades 
de aprendizagem. Isso promove uma mentalidade de crescimento, 
em que os alunos se sentem mais confortáveis ao assumir riscos 
e explorar novas ideias.
A avaliação formativa não apenas beneficia os alunos, 
mas também desempenha um papel fundamental na reflexão 
e na melhoria contínua da prática docente. Ao utilizar os dados 
coletados por meio da avaliação formativa, os educadores têm a 
oportunidade de analisar a eficácia de suas estratégias de ensino 
e fazer ajustes necessários para otimizar o processo de ensino-
aprendizagem.
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Imagem 1.10 – Melhoria contínua
Fonte: Freepik.
Um aspecto importante dessa abordagem é a capacidade 
de identificar padrões e tendências nas dificuldades de aprendi-
zagem dos alunos. Essas informações podem indicar áreas em 
que a abordagem pedagógica atual pode não estar sendo efetiva, 
permitindo que o professor explore novas metodologias ou recur-
sos que possam melhor atender às necessidades dos alunos. Por 
exemplo, se os dados da avaliação formativa mostram que a maio-
ria dos alunos está tendo dificuldade em compreender um concei-
to específico, o educador pode revisitar esse tópico usando uma 
abordagem diferente ou introduzir materiais de apoio adicionais.
Além disso, a avaliação formativa promove uma cultura de 
feedback contínuo entre alunos e professores. Esse diálogo aberto 
ajuda os educadores a compreender as perspectivas dos alunos 
e a adaptar suas práticas de ensino de acordo com as sugestões 
e preocupações dos alunos. Essa colaboração fortalece a relação 
entre aluno e professor e cria um ambiente de aprendizagem mais 
inclusivo e participativo.
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A reflexão sobre a prática docente com base nos dados da 
avaliação formativa também é essencial para o desenvolvimento 
profissional contínuo dos educadores. Ao analisar os resultados 
da avaliação e ajustar suas abordagens de ensino, os professores 
aprimoram suas habilidades pedagógicas e se mantêm atualizados 
com as melhores práticas no campo da educação.
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo 
deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. 
Você deve ter aprendido que a avaliação formati-
va é uma ferramenta essencial para monitorar o 
progresso dos alunos em projetos, permitindo 
ajustes contínuos e melhorias no processo de en-
sino-aprendizagem. Compreendeu os princípios 
fundamentais da avaliação formativa, incluindo a 
importância do feedback contínuo e construtivo, e 
como ela se diferencia da avaliação somativa. Ex-
ploramos diversas técnicas de avaliação formativa 
aplicáveis a projetos educacionais, como a obser-
vação direta, conversas reflexivas com os alunos, 
uso de portfólios e diários de aprendizagem, entre 
outras. Essas técnicas fornecem informações va-
liosas sobre o entendimento e o engajamento dos 
alunos, permitindo ajustes precisos nas estraté-
gias de ensino e nas atividades do projeto. Por fim, 
discutimos a importância da tomada de decisão 
pedagógica informada pela avaliação formativa e 
a reflexão contínua sobre a prática docente. Esses 
aspectos são cruciais para promover a melhoria 
contínua do processo de ensino-aprendizagem, 
garantindo que as necessidades individuais dos 
alunos sejam atendidas e que eles alcancem o su-
cesso em seus projetos. 
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Tecnologias e recursos para 
aprendizagem baseada em 
projetos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo, você será capaz de 
entender como utilizar recursos digitais e tecno-
lógicos para apoiar a aprendizagem baseada em 
projetos e enriquecer a experiência de aprendiza-
gem. Isso será fundamental para o exercício de sua 
profissão. As pessoas que tentaram implementar 
projetos educacionais sem a devida integração de 
tecnologias adequadas tiveram problemas ao pro-
mover a colaboração eficaz, acessar informações 
relevantes e materializar suas ideias. E então? Mo-
tivado para desenvolveressa competência? Vamos 
lá. Avante!
Ferramentas digitais para 
colaboração e comunicação
Na era digital, as ferramentas digitais para colabora-
ção e comunicação têm desempenhado um papel fundamental 
na transformação das práticas educacionais, especialmente na 
aprendizagem baseada em projetos (ABP). A capacidade de traba-
lhar em equipe, comunicar-se eficazmente e colaborar de maneira 
produtiva são habilidades essenciais no século XXI, e o uso de tec-
nologias digitais facilita o desenvolvimento dessas competências 
nos alunos.
As plataformas de colaboração on-line, como Google Wor-
kspace, Microsoft Teams e Slack, revolucionaram a maneira como 
os alunos podem interagir e colaborar em projetos educacionais. 
Essas ferramentas oferecem uma variedade de recursos que per-
mitem a comunicação síncrona e assíncrona, o compartilhamento 
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de arquivos, a organização de tarefas e a realização de reuniões vir-
tuais. Essa flexibilidade é particularmente valiosa em um cenário 
educacional cada vez mais globalizado e diversificado, no qual os 
alunos podem estar localizados em diferentes partes do mundo.
O Google Workspace, é uma suíte de aplicativos de pro-
dutividade que inclui o Google Docs, Sheets, Slides e Drive. Esses 
aplicativos permitem que os alunos trabalhem juntos em docu-
mentos, planilhas e apresentações em tempo real, facilitando a 
colaboração e a edição simultânea. Além disso, o Google Drive 
oferece um espaço de armazenamento em nuvem no qual os alu-
nos podem compartilhar e acessar arquivos de qualquer lugar, a 
qualquer momento.
As principais funcionalidades do Google Workspace são: 
 • Edição colaborativa de documentos, planilhas e apre-
sentações em tempo real (Google Docs, Sheets, Slides).
 • Armazenamento e compartilhamento de arquivos na 
nuvem (Google Drive).
 • Comunicação por e-mail (Gmail).
 • Agendamento e organização de reuniões (Google 
Calendar).
 • Videoconferências e chamadas de voz (Google Meet).
 • Criação de formulários e pesquisas (Google Forms).
O Microsoft Teams, por sua vez, é uma plataforma que in-
tegra chat, videoconferências, armazenamento de arquivos e in-
tegração com outros aplicativos da Microsoft, como o Word, Excel 
e PowerPoint. O Teams permite que os alunos criem canais de 
comunicação dedicados para diferentes projetos ou tópicos, facili-
tando a organização e a troca de informações de forma estrutura-
da. Além disso, a ferramenta oferece recursos de videoconferên-
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cia que possibilitam a realização de reuniões virtuais, aulas on-line 
e discussões em grupo, promovendo a interação face a face mes-
mo à distância.
 • Chat em tempo real, videoconferências e chamadas de 
voz.
 • Integração com aplicativos do Microsoft Office (Word, 
Excel, PowerPoint).
 • Compartilhamento e armazenamento de arquivos.
 • Criação de canais de comunicação para diferentes 
projetos ou equipes.
 • Agendamento de reuniões e integração com o 
calendário.
 • Colaboração em documentos do Office diretamente na 
plataforma.
O Slack é outra ferramenta popular de comunicação e co-
laboração, especialmente conhecida por sua interface amigável e 
pela capacidade de integrar diversos aplicativos e serviços de ter-
ceiros. O Slack permite a criação de canais para diferentes equipes 
ou projetos, em que os alunos podem compartilhar mensagens, 
arquivos e links. A plataforma também oferece recursos de bus-
ca avançada, facilitando o acesso rápido a informações relevantes 
para o projeto.
 • Mensagens instantâneas e comunicação em canais 
organizados por tópicos.
 • Compartilhamento de arquivos e links.
 • Integração com diversas ferramentas e serviços de 
terceiros.
 • Busca avançada para encontrar rapidamente mensa-
gens e arquivos.
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 • Notificações personalizáveis para manter o foco nas 
conversas importantes.
 • Chamadas de voz e videoconferências diretamente na 
plataforma.
A adoção dessas plataformas de colaboração on-line na 
ABP traz diversos benefícios, como a otimização do tempo, a me-
lhoria da comunicação e o aumento da produtividade dos alunos. 
Além disso, essas ferramentas preparam os alunos para o mer-
cado de trabalho atual, no qual a capacidade de colaborar eficaz-
mente em ambientes digitais é cada vez mais valorizada.
Ferramentas de comunicação síncrona 
e assíncrona
A comunicação eficaz é um componente crucial na 
aprendizagem baseada em projetos (ABP), e a combinação de 
comunicação síncrona e assíncrona pode oferecer suporte a 
diferentes estilos de aprendizagem e garantir uma interação 
eficiente entre os membros da equipe do projeto.
Comunicação síncrona:
A comunicação síncrona ocorre em tempo real, permitin-
do que os participantes interajam simultaneamente.
 • Exemplos: videoconferências, chats ao vivo, chamadas 
de áudio e reuniões virtuais.
 • Aplicações na ABP:
 • Reuniões de equipe: videoconferências podem ser 
usadas para realizar reuniões de equipe, discutir o 
progresso do projeto e tomar decisões coletivas.
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 • Sessões de brainstorming: chats ao vivo e chamadas 
de áudio podem facilitar sessões de brainstorming, 
permitindo que os alunos compartilhem ideias e 
feedback em tempo real.
 • Apresentações: as videoconferências também podem 
ser utilizadas para apresentações de projetos, permi-
tindo que os alunos demonstrem seu trabalho a cole-
gas e professores.
Comunicação assíncrona:
A comunicação assíncrona não requer que os participan-
tes estejam presentes ao mesmo tempo, proporcionando flexibi-
lidade para interagir de acordo com a conveniência de cada um.
 • Exemplos: fóruns de discussão, e-mails, mensagens 
em plataformas de colaboração e comentários em 
documentos compartilhados.
 • Aplicações na ABP:
 • Discussões aprofundadas: fóruns de discussão podem 
ser usados para debates mais aprofundados sobre 
tópicos específicos do projeto, permitindo que os 
alunos reflitam e respondam de forma ponderada.
 • Feedback e revisões: comentários em documentos 
compartilhados e e-mails permitem que os alunos 
e professores forneçam feedback e sugestões de 
melhorias para o projeto de forma assíncrona.
 • Atualizações de projeto: mensagens em plataformas 
de colaboração podem ser utilizadas para compartilhar 
atualizações e informações importantes do projeto 
com toda a equipe.
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Ao combinar comunicação síncrona e assíncrona na ABP, 
os educadores podem criar um ambiente de aprendizagem mais 
inclusivo e adaptável, que atende às diversas necessidades e 
preferências de comunicação dos alunos. Isso não apenas facilita 
a colaboração eficaz entre os membros da equipe do projeto, mas 
também promove uma experiência de aprendizagem mais rica e 
envolvente.
Recursos digitais para pesquisa e 
acesso à informação
Na era da informação em que vivemos, o acesso a recursos 
digitais para pesquisa e aquisição de conhecimento é mais crucial 
do que nunca, especialmente no contexto da aprendizagem ba-
seada em projetos (ABP). Esses recursos proporcionam aos alu-
nos um vasto oceano de informações e conhecimentos, que são 
fundamentais para a realização de pesquisas aprofundadas e o 
desenvolvimento de projetos inovadores e bem fundamentados.
IMPORTANTE
Um dos recursos mais valiosos para a pesquisa 
acadêmica são as bases de dados e bibliotecas di-
gitais. Essas plataformas oferecem acesso a uma 
ampla variedade de fontes confiáveis e atualiza-
das, incluindo artigos de periódicos, livros, teses, 
dissertações e outros materiais acadêmicos. 
O acesso a essas fontes é essencial para os alunos, pois 
permite que eles realizem pesquisas baseadas em evidências 
e fundamentem seus projetos em conhecimentos científicos e 
acadêmicos sólidos.
No Brasil, existem várias bases acadêmicas de destaque 
que oferecem acesso a uma ampla gama de recursos

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