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Questões resolvidas

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Durante uma manhã de portas abertas na clínica, lembro de receber uma paciente jovem cujo histórico sintetizava muitos dos desafios contemporâneos da dermatologia em tricologia avançada. Ela descrevia queda progressiva de cabelos, prurido e sensação de que o couro cabeludo "não respirava". A narrativa clínica que se seguiu — anamnese detalhada, exame físico, tricoscopia, biópsia quando indicado — revela como a prática tricológica avançada é ao mesmo tempo técnica e narrativa: decifrar sinais microscópicos para orientar intervenções macroestruturais.
A tricologia moderna parte do entendimento fisiopatológico do folículo piloso. O ciclo anágeno-catágeno-telógeno e sua regulação por vias hormonais (andrógenos, receptor de andrógeno), inflamatórias (citocinas, células T), e metabólicas (mTOR, Wnt/β-catenina) explicam variações na densidade, calibre e pigmentação do fio. Em alopecias androgenéticas, por exemplo, miniaturização folicular mediada por DHT e alterações no microambiente dérmico promovem fios finos e diminuição da fase anágena. Já nas alopecias cicatriciais, destruição irreversível da unidade folicular por processos inflamatórios fibrosantes demanda diagnóstico precoce para evitar perda permanente.
A tricoscopia — dermatoscopia do couro cabeludo — mostrou-se ferramenta essencial: padrões como pontos amarelos em alopecia areata, exclamativos, variação de calibre em androgenética, e vasos telangiectásicos em certaines dermatoses orientam condutas sem necessidade imediata de biópsia. Quando a biópsia é necessária, a interpretação histopatológica exige integração entre clínico e patologista: presença de infiltrado linfocitário em volta do bulbo, interface dérmica, perda de unidades foliculares e substituição por tecido fibroso determinam o prognóstico.
No campo terapêutico, a tricologia avançada combina farmacologia, procedimentos e tecnologia. Minoxidil tópico e finasterida oral são pilares no controle da alopecia androgenética, com mecanismos bem descritos — vasodilatação e prolongamento da fase anágena para o primeiro; inibição da 5α-redutase tipo II para o segundo. Em mulheres, antiandrógenos (espironolactona, ciproterona) e terapias moduladoras do eixo hormonal são opções, sempre avaliando riscos e contraindicações. Para alopecia areata, imunosupressão localizada (corticosteroides intralesionais) e sistêmica (ciclosporina, metotrexato) convivem com novas drogas — inibidores de JAK — que redefinem expectativas, especialmente em doença extensiva.
Procedimentos regenerativos ganharam espaço. Plasma rico em plaquetas (PRP) com ativadores e protocolos de microneedling demonstram melhora de densidade e espessura em estudos controlados, provavelmente por liberação de fatores de crescimento que estimulam células progenitoras foliculares. O transplante de fios permanece a técnica definitiva para reposição, exigindo planejamento tridimensional do couro cabeludo, avaliação de área doadora e técnicas como FUE e FUT. Tecnologias complementares — laser de baixa intensidade, terapia fotodinâmica e dispositivos de micronização — oferecem resultados heterogêneos, dependentes de protocolo e seleção do paciente.
Avanços translacionais transformam a prática: terapias celulares (células-tronco dérmicas, condicionamento do microambiente folicular), terapias gênicas e moduladores de vias moleculares (agonistas de Wnt, inibidores de TGF-β) são promissoras, mas ainda em fase de pesquisa translacional e ensaios clínicos. A atuação clínica responsável exige discutir com o paciente a evidência atual, riscos, custos e expectativas realistas.
Outra dimensão crítica é a etiologia multifatorial: nutrição, microbioma do couro cabeludo, estresse, medicamentos e doenças sistêmicas (hipotireoidismo, lúpus, defeitos nutricionais) devem ser pesquisados. A integração com endocrinologia, reumatologia, nutrição e psicologia é frequentemente necessária. O manejo da cicatriz emocional associada à perda capilar é parte inerente do cuidado; a comunicação empática e o shared decision-making melhoram adesão e resultados.
Na prática, um algoritmo clínico funcional resume-se em: identificação do padrão de perda capilar; exclusão de causas sistêmicas; uso de exames não invasivos como tricoscopia; biópsia quando indicado; terapia etiológica e sintomática; combinação de farmacoterapia e procedimentos; acompanhamento com métricas objetivas (fotografia padronizada, fototricograma) e ajuste terapêutico. A educação do paciente sobre tempo de resposta (geralmente meses) e manutenção do tratamento é essencial.
Por fim, a dermatologia em tricologia avançada exige atualização constante — tradução de evidências científicas em protocolos clínicos, habilidade técnica para procedimentos e sensibilidade narrativa para entender cada história de perda capilar. A combinação de ciência molecular, tecnologia diagnóstica e abordagem centrada no paciente define o futuro de uma especialidade que cuida não só do fio, mas da identidade que ele representa.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) Quais exames são essenciais no diagnóstico tricologista inicial?
Resposta: Anamnese detalhada, exame físico, tricoscopia; hemograma, TSH, ferro/ferritina, hormônios sexuais e biópsia se sinais de cicatrização.
2) Quando indicar biópsia do couro cabeludo?
Resposta: Suspeita de alopecia cicatricial, diagnóstico incerto após tricoscopia, ou falha terapêutica sem explicação clara.
3) PRP é eficaz para todas as alopecias?
Resposta: Tem benefício em alopecia androgenética e alguns casos não cicatriciais, mas eficácia varia e não substitui terapias estabelecidas.
4) Como funcionam os inibidores de JAK na alopecia areata?
Resposta: Bloqueiam vias de sinalização inflamatória (JAK-STAT), reduzindo ataque autoimmune ao folículo e promovendo reentrada em anágeno.
5) Qual abordagem para pacientes com queda difusa e resultados limitados?
Resposta: Reavaliar causas sistêmicas, combinar terapias (farmacológica, procedimental), considerar ensaios clínicos e suporte psicológico.
1. Qual a primeira parte de uma petição inicial?
a) O pedido
b) A qualificação das partes
c) Os fundamentos jurídicos
d) O cabeçalho (X)
2. O que deve ser incluído na qualificação das partes?
a) Apenas os nomes
b) Nomes e endereços (X)
c) Apenas documentos de identificação
d) Apenas as idades
3. Qual é a importância da clareza nos fatos apresentados?
a) Facilitar a leitura
b) Aumentar o tamanho da petição
c) Ajudar o juiz a entender a demanda (X)
d) Impedir que a parte contrária compreenda
4. Como deve ser elaborado o pedido na petição inicial?
a) De forma vaga
b) Sem clareza
c) Com precisão e detalhes (X)
d) Apenas um resumo
5. O que é essencial incluir nos fundamentos jurídicos?
a) Opiniões pessoais do advogado
b) Dispositivos legais e jurisprudências (X)
c) Informações irrelevantes
d) Apenas citações de livros
6. A linguagem utilizada em uma petição deve ser:
a) Informal
b) Técnica e confusa
c) Formal e compreensível (X)
d) Somente jargões

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