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defesa da concorrencia

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Grupo de Economia da EnergiaGrupo de Economia da Energia
DEFESA DA CONCORRENCIA 
Edmar de Luiz Fagundes de Almeida
Grupo de Economia da Energia
PLANO DE AULA
• Objetivos da defesa da concorrência
• Visões teóricas sobre a defesa da concorrência 
• Conceitos básicos da análise antitruste
• Defesa da concorrência no Brasil
Grupo de Economia da Energia
OBJETIVOS DA DEFESA DA CONCORRÊNCIA
• tem por objetivo impedir o uso abusivo de poder de mercado e/ou a
ação coletiva de agentes econômicos.
• visa proteger a força competitiva que se supõe constituir o
mecanismo mais eficaz de alcançar a eficiência produtiva, o vigor da
inovação técnica, criação de novos produtos e o aprendizado
• é uma forma de intervenção do Estado na economia, e portanto, tem
como objetivo corrigir falhas de mercado.
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OBJETIVOS DA DEFESA DA CONCORRÊNCIA
Política de 
Defesa da 
Concorrência
Eficiência
Econômica
Concorrência
Preços 
Mais 
Baixos
Maior 
Escolha
Melhor 
Qualidade
AÇÃO DO 
ESTADO
CONSUMIDOR/
CLIENTE
Inovação
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DEFESA DA CONCORRÊNCIA E REGULAÇÃO
MERCADO
competitivo
oligopólios
monopólios 
naturais
DEFESA DA 
CONCORRÊNCIA
REGULAÇÃO
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CONCEITOS BÁSICOS DA 
ANALISE ANTITRUSTE
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PODER DE MERCADO - 1
• capacidade de restringir a produção e aumentar preços de modo a, 
não atraindo novos competidores, obter lucros acima do normal. 
• diferença entre os preços cobrados pela firma e o custo marginal de 
produção.
• no mundo real espera-se que as firmas tenham um certo grau de 
poder de mercado, senão elas não seriam capazes de pagar seus 
custos fixos, sendo que uma empresa monopolista têm o maior 
poder de mercado possível.
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PODER DE MERCADO - 2
•Pequeno numero de concorrentes favorece conluio
•Barreiras a entrada são uma condição decisiva para 
a avaliação de poder de mercado
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PODER DE MERCADO - 2
• Em uma análise estática, há uma relação inversa entre poder de 
mercado e bem estar social.
• Quando uma empresa cobra um preço de monopólio gera perda de 
bem estar devido a ineficiência alocativa;
• Esta empresa também pode investir pouco em inovação, pela 
ausência de pressão competitiva e levar a ineficiência produtiva.
• Mercados pouco competitivos tendem a terem padrões tecnológicos 
inferiores aos de mercados mais competitivos.
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PODER DE MERCADO - 3
• Relação entre poder de mercado e ineficiência não é clara numa 
analise dinâmica. 
• A perspectiva de ganhar algum poder de mercado (e lucros) é o principal 
incentivo para as firmas investirem e inovarem.
• Defesa da Concorrência não trata de maximizar o número de firmas
• Certas condutas restritivas ou atos de concentração que provocam 
efeitos negativos sobre a concorrência, podem gerar ganhos de 
eficiência.
• Importante verificar os efeitos competitivos líquidos 
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PRINCIPIO DA RAZOABILIDADE 
• Condutas ou atos de concentração restritivos da concorrência podem 
também promover eficiências compensatórias 
• Só se justifica autorizar uma restrição a concorrência se isso for uma 
condição necessária aos ganhos de eficiência alegados
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MERCADO RELEVANTE - 1
• Locus (produto/região) em que o poder de mercado possa ser 
exercido
• Definição brasileira “todos os produtos/serviços considerados 
substituíveis entre si pelo consumidor, devido suas características, 
preço e utilização” 
• O menor mercado possível (o menor agregado de produtos 
combinado com a menor área) 
• Para definir um mercado relevante é necessário fazer o teste do 
monopolista hipotético
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MERCADO RELEVANTE - 2
• A delimitação do mercado relevante afeta os resultados de um 
julgamento: para um dado volume de vendas das empresas 
envolvidas, quanto menor um mercado, maiores as possibilidades de 
existir poder de mercado
• Uma vez identificado o mercado relevante, passa-se a analise das 
condições de concentração 
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PADRÕES DA AÇÃO ANTITRUSTE
• Análise das condutas anti-competitivas
•Horizontais
•Verticais 
•Atos de concentração 
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CONDUTAS ANTICOMPETITIVAS HORIZONTAIS 
•Preços predatórios (Dumping)
•Acordos entre concorrentes
•Cartel
•Alguns tipos de acordos de cooperação entre 
concorrentes 
•Acordos de associações de profissionais
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CONDUTAS ANTICOMPETITIVAS VERTICAIS 
•Fixação de preços de revenda
•Restrições territoriais e de base de clientes
•Acordos de exclusividade
•Recusa de venda/negociação (ou boicote)
•Venda casada
•Discriminação de preços
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ATOS DE CONCENTRAÇÃO - 1
• O controle dos atos de concentração tem a finalidade de prevenir a
criação ou reforço de poder de mercado que pode resultar da união
de dois ou mais competidores (concentração horizontal) ou de
parceiros comerciais ( integração vertical).
• Aprovação de um ato de concentração pode ser condicionado a
assinatura de um COMPROMISSO DE DESEMPENHO.
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ATOS DE CONCENTRAÇÃO - 2
• Visão Estrutural 
• fragmentação é desejável
• concorrentes pequenos tem que ser preservados
• concentração leva a práticas monopolistas em detrimento dos consumidores 
e da eficiência alocativa econômica
• Ênfase na eficiência
• concentração reflete características da tecnologia e das preferências do 
consumidor
• concentração reflete eficiência
• small is beautiful but big is not bad
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PASSOS DA ANALISE ANTITRUSTE
Etapa Atividade 
1 – Delimitação do mercado relevante Identificar produtos e área 
geográfica de atuação das empresas
2 – análise da posição das empresas 
envolvidas
Cálculo do market-share e dos 
indicadores de concentração 
3 - análise das condições de 
exercício do poder de mercado
Formas de concorrência e grau de 
rivalidade no mercado relevante. 
Barreiras a entrada 
4 – Identificação dos efeitos 
anticompetitivos
5 – Identificação das eficiências 
geradas pela conduta 
6 – Conclusão/efeitos líquidos 
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FUNÇÕES DO ÓRGÃO ANTITRUSTE
• Investigar condutas anti-concorrênciais;
• Acompanhar e Aprovar Atos de Concentração;
• Realizar Advocacia da Concorrência
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Defesa da concorrência no Brasil
• Lei antitruste no Brasil (Lei 8884/94)
• Regulamenta art 173 da CF que determina a repressão ao “ …abuso de poder 
econômico que vise a dominação dos mercados, `a eliminação da 
concorrência e ao aumento arbitrário de lucros 
• Órgãos encarregados da aplicação da lei Antitruste 
• CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica 
• SDE – Secretaria de Direito Econômico (Ministério da Justiça) 
• SEAE – Secretaria de Acompanhamento Econômico (Ministério da Fazenda) 
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DIVISÃO DO TRABALHO ENTRE OS ÓRGÃOS DE DEFESA DA 
CONCORRÊNCIA 
• CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica 
• Autarquia competente para julgar os casos 
• Tem poder de determinar as cessação de uma pratica anticompetitiva, aplicar 
multas e autorizar atos de concentração 
• SDE – Secretaria de Direito Econômico (Ministério da Justiça) 
• Tem função de investigar e instruir processos 
• SEAE – Secretaria de Acompanhamento Econômico (Ministério da 
Fazenda) 
• Responsável por pareceres econômicos sobre os casos

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