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RADBRUCH, G Dados biográficos

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Gustav Radbruch
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Lübeck, 21 de novembro de 1878 
Heidelberg, 23 de novembro de 1949
Foi um político, jurista e professor de direito alemão.
Biografia
Foi professor de direito na Universidade de Heidelberg. Integra a corrente de filosófos do direito jusnaturalista que entende que o direito deve estar fundamentado no justo e não somente numa mera adequação do direito como sendo aquilo que a lei diz que é direito em determinado momento histórico. Mas ao mesmo tempo Radbruch sublinha a importância da segurança jurídica afirmando que tão somente o direito "extremamente injusto” deixa de ter validade.(FÓRMULA DE RADBRUCH)
Estudou na Faculdade de Direito de Leipzig e concluiu o curso em Berlim, onde frequentou em Filosofia do Direito os seminários de Rudolf Stammler e em Direito Penal os de Franz von Liszt.
Em 1902 apresentou dissertação em Direito Penal sobre "a doutrina da causalidade adequada". Foi magistrado em Berlim e em Lübeck. Na faculdade de direito de Heidelberg ensinou inicialmente Direito Processual Penal e Civil, além de Direito Penal. Nesta época, dedicou-se, sob o impulso de Karl von Lilienthal, aos estudos para a reforma do Código Penal alemão.
Em 1910 publicou Introdução à Ciência do Direito e, em 1914, a primeira edição da sua Filosofia do Direito, obra que ficaria, depois internacionalmente famosa. Nos primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, foi convidado para assumir a cadeira de Direito Penal em Königsberg, mas recusa. Foi voluntário da Cruz Vermelha e, depois de um certo período em hospitais, foi para a frente de combate e condecorado foi promovido a oficial.
Em dezembro de 1918 leciona na Universidade de Kiel. Neste período dedica-se aos estudos dos problemas sociais, tornando-se militante ativo do partido socialista democrático SPD e organizador da juventude socialista. Foi eleito deputado em 1920 e nomeado ministro da justiça na República de Weimar em outubro de 1921, no segundo gabinete presidido pelo Chanceler Wirth. Em 1923 foi mais uma vez nomeado ministro da justiça. Retorna para as aulas de Filosofia do Direito em Heidelberg em 1926. Com a ascensão do nazismo é afastado da cátedra por incompatibilidade de suas idéias com o regime, durante o qual passa por humilhações. Perde o filho em combate na frente russa. No final da guerra retorna à docência.
Foi autor de vários projetos no campo do direito da infância e juventude, da proteção dos filhos ilegítimos, da habitação e sobre sistema judiciário. Consegue a aprovação no parlamento, depois de vencer forte resistência, do ingresso de mulheres na magistratura. Segundo alguns intérpretes, no final de seus anos tornou-se um crítico do positivismo jurídico convencido de que a postura juspositivista legitimou o direito nazista. Para outros no entanto, procurou conciliar o positivismo com uma noção mínima de justiça.

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