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Alf Niels Christian Ross F I L O S O F I A J U R I D I C A 01 O pensamento de Alf Ross sobre Justiça. Direito Noturno V Semestre Alf Niels Christian Ross 02 01 Bibliografia de Alf Ross Obras e demais curiosidades 03 Pensamento sobre Justiça 04 Teoria desenvolvida 05 Críticas sofridas O que vamos estudar hoje Nossa Pauta 02A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s Foi um jurista, filósofo e professor. Alf Ross exerceu a função de Juiz do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, foi eleito duas vezes para o cargo, sendo cada mandato de seis anos. É conhecido como um dos pais do Realismo Jurídico Escandinavo. A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s 03 Linha do tempo As principais informações sobre a vida do filósofo 10 de junho de 1899 Nasceu em Norrebro, cidade vizinha a Copenhage, na Dinamarca. Filho de Frederik Hansen-Ross e Johanne. Teve 2 irmãs. Prestou seus exames para a Vesterborgerdyb Skole, em matemática e ciências naturais. Após um semestre, desistiu e começou a cursar Direito. 1917 1922 Concluiu o Curso de Direito e prestou o exame oficial para juristas. Passou a trabalhar como “barrister”, advogado que dedica-se mais à sustentação oral nas cortes do que às atividades de peticionamento. 1923 Casou-se com Else- Merete Helweg-Larsen, que, após o casamento, assumiu o sobrenome Ross. O casal teve três filhos: Strange, Lone e Ulrik. 1924 Chegou em Viena. Lá se tornou aluno do filósofo do direito Hans Kelsen. 04 Bibliografia https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR928BR928&sxsrf=ALeKk03uwkl7k-3KsvRM2xALptLuVsYYuw:1618233983105&q=Copenhaga&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3sCgrq8xV4gAxDXPSKrXEspOt9AtS8wtyUoFUUXF-nlVSflHeIlZO5_yC1LyMxPTEHayMAB9doeU-AAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjLveet5_jvAhVHGLkGHXulA3MQmxMoATAcegQIHBAD https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR928BR928&sxsrf=ALeKk03uwkl7k-3KsvRM2xALptLuVsYYuw:1618233983105&q=Copenhaga&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3sCgrq8xV4gAxDXPSKrXEspOt9AtS8wtyUoFUUXF-nlVSflHeIlZO5_yC1LyMxPTEHayMAB9doeU-AAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjLveet5_jvAhVHGLkGHXulA3MQmxMoATAcegQIHBAD https://www.google.com/search?rlz=1C1GCEA_enBR928BR928&sxsrf=ALeKk03uwkl7k-3KsvRM2xALptLuVsYYuw:1618233983105&q=Copenhaga&stick=H4sIAAAAAAAAAOPgE-LUz9U3sCgrq8xV4gAxDXPSKrXEspOt9AtS8wtyUoFUUXF-nlVSflHeIlZO5_yC1LyMxPTEHayMAB9doeU-AAAA&sa=X&ved=2ahUKEwjLveet5_jvAhVHGLkGHXulA3MQmxMoATAcegQIHBAD Linha do tempo As principais informações sobre a vida do filósofo 1926 Teve sua tese rejeitada quando a apresentou como requisito para obter o grau de doutor em Copenhague. Tese essa que foi resultado de sua viagem ao exterior e de seu contato com Kelsen. Obteve o título de doutor em filosofia, na Universidade de Uppsala . 1929 1935 Obteve o título de doutor em direito pela Universidade de Copenhagen. Começa a trabalhar como docente. 1959 Exerceu a função de juiz do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, atuou em inúmeros julgamentos, como Becker contra Bélgica, Wilde, Ooms e Versyp contra Bélgica e o caso “relativo a certos aspectos do regime lingüístico de ensino na Bélgica” contra Bélgica. 04 Bibliografia “Virkelighed og Gyldighed i Retslæren” (Realidade e Validade na Teoria do Direito, 1934), Ejendomsret og Ejendomsovergang (A Transferência do Direito de Propriedade, 1935), “Imperatives and Logic” (Imperativos e Lógica, 1941), “Towards a Realistic Jurisprudence: A Criticism of the Dualism in Law” (Rumo a uma Ciência Realista do Direito: Crítica do Dualismo no Direito, 1946), “A Textbook in International Law” (Curso de Direito Internacional, 1947), “Constitution of the United Nations” (Constituição das Nações Unidas, 1951), “Why Democracy?” (Por que Democracia?, 1952) “Tû-Tû” (1957), "On Law and Justice" (Sobre Direito e Justiça, 1959), “Directives and Norms” (Diretivas e Normas, 1968). Obras e demais curiosidades A obra de Ross compreende uma vasta coleção de artigos e livros a respeito de filosofia prática, teoria do direito, direito constitucional, direito privado, direito internacional, direito penal, além de uma miríade de textos voltados para o grande público. 05 A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s Sua principal obra é On Law and Justice - Direito e Justiça. (1959) Alf Ross não foi somente um filósofo do direito que gostava do debate sociológico, ele era também um jurista completo. Para além de sua vinculação filosófica ao Realismo Jurídico, Alf Ross foi um jurista militante, tendo ocupado por mais de 40 anos o posto de consultor jurídico da Câmara de Comércio Dinamarquesa e, entre 1959 e 1972, o prestigioso cargo de juiz da Corte Europeia de Direitos Humanos Demais curiosidades A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s 06 A Justiça de Alf Ross Na visão de Alf Ross, justiça existe na nossa consciência de maneira simples e evidente, representando uma ideia específica de direito, a qual pode ser refletida em maior ou menor grau de clareza nas leis positivas; sendo a medida de sua correção. Diante disso, ela é caracterizada como o princípio do direito mais preponderante em oposição à moral. A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s 09 A ideia de justiça parece ser uma ideia clara e simples, dotada de uma poderosa força motivadora. Em todas as partes parece haver uma compreensão instintiva das exigências de justiça. (...) Lutar por uma “justa” fortalece e excita uma pessoa. Todas as guerras têm sido travadas em nome da justiça e o mesmo se pode dizer dos conflitos políticos entre as classes sociais. Por outro lado, o próprio fato da aplicabilidade quase onipresente do princípio de justiça desperta a suspeita de que algo “não anda bem”, com uma ideia que pode ser invocada em apoio de qualquer causa. Alf Ross diz que: Para Alf Ross, há uma conexão entre o direito vigente e a idéia de justiça. Dentro deste pensamento pode-se distinguir dois pontos: primeiro, a exigência de que haja uma norma como fundamento de uma decisão; segundo, a exigência de que a decisão seja uma aplicação correta de uma norma. Para Ross, a ciência do direito apenas pode ser completa se manejada para explicar a relação entre a dogmática jurídica e as condições sociais em que essa dogmática finca raízes e é produzida. Em Ross, não há uma distinção absoluta entre ser e dever ser, como em Kelsen ou Hume, pois a validade em si mesma existe apenas como uma vivência, isto é, como uma prática social efetiva. Nesse contexto, o atributo de “efetividade” ou “vigência” da norma passa a depender principalmente da crença em sua validade por parte dos agentes públicos, da comunidade jurídica e até dos populares, cujo assentimento, no limite, é essencial para a manutenção da ordem. É a partir desse processo social que, segundo o dinamarquês, o magistrado identifica as normas jurídicas válidas. Teoria desenvolvida 10A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s Outras críticas, por outro lado, parecem simplesmente equivocadas. Uma delas, que se generalizou após o ensaio de Herbert Hart (1983, p. 161-169) sobre o realismo escandinavo, refere-se ao papel da “prognose” na determinação das regras jurídicas vigentes, conforme a argumentação exposta por Ross no livro “On Law and Justice”. Críticas sofridas 11A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s Embora considerado um gigante da teoria do direito, Alf Ross não está isento de críticas. Comumente, aponta-se o exagero do pensador em suas críticas à metafísica no direito. Como diz Waaben (2003, p. 669), “deve-se admitir que Ross ocasionalmente viu um fantasma metafísico onde apenas havia um poste de iluminação”. RODRIGUES, Diogo Luiz Cordeiro. Alf Ross e seu Realismo Jurídico: uma resenha crítica. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito, 2016. ANDAKU, Juliana Almenara. Análise Jurídica Da Teoria De Alf Ross. 164 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Direito, PUC-SP, 2005. SILVA, Mariane Romagnollo Menezes da. A Justiça de Alf Ross: Contemporaneidade, Racionalismo e Pragmatismo. São Paulo: RevistaDireito e Humanidades, 2006. P&B. MARQUES, Igor Emanuel de Souza; FERRI, Carlos Alberto; MORAES, Marcela de. UMA RETROSPECTIVA DO CONCEITO DE JUSTIÇA DO PASSADO E SUA APLICABILIDADE ATUAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. Araras: Revista Jurídica do Centro Universitário ”Dr. Edmundo Ulson", 2017. Rerefências Bibliográficas 10 A l f N i e l s C h r i s t i a n R o s s
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