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SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 
2 DEFINIÇÃO E HISTÓRICO ............................................................................ 4 
2.1 Histórico da ecologia .................................................................................. 6 
3 FATORES ECOLÓGICOS .............................................................................. 8 
4 RELAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE SERES VIVOS ...................................... 9 
4.1 Interações intraespecíficas ....................................................................... 10 
4.2 Interações interespecíficas ....................................................................... 13 
5 CADEIAS ALIMENTRES .............................................................................. 17 
6 ECOSSISTEMAS .......................................................................................... 20 
6.1 Ecossistemas terrestres – biomas ........................................................... 22 
6.2 Ecossistemas aquáticos ........................................................................... 23 
7 PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS .......................................................... 24 
8 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS ....................................................................... 31 
9 SUCESSÃO ECOLÓGICA ............................................................................ 37 
10 AÇÃO ANTRÓPICA ...................................................................................... 42 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................. 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
2 DEFINIÇÃO E HISTÓRICO 
A palavra Ecologia, derivada do idioma grego (oikos/casa - logos/ estudo), foi 
criada no século XIX, pelo zoólogo alemão Ernst Haeckel, para designar “a relação 
dos animais com seu meio ambiente orgânico e inorgânico”. A ecologia também já 
foi definida como “o estudo das inter-relações dos organismos e seu ambiente”, 
como “a economia da natureza” e como “a biologia dos ecossistemas”. A expressão 
meio ambiente inclui tanto outros organismos quanto o meio físico circundante, 
sendo que as relações entre indivíduos de uma mesma população e entre indivíduos 
de diferentes populações, em um determinado ambiente, compõem os sistemas 
ecológicos ou ecossistemas. (BONILLA et al., 2011) 
Desde um ponto mais simples, a ecologia seria o ramo da Biologia que 
estuda a relação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente; sendo assim 
fundamentada no conceito de ecossistema, que demonstra a impossibilidade de 
sobrevivência isolada dos elementos da natureza e a necessidade de eles se 
relacionarem em sistemas complexos. (BONILLA et al., 2011) 
Realizador de uma obra notável pela amplitude de temas tratados e pela 
profundidade das pesquisas, Ernst Haeckel formulou hipóteses polêmicas sobre a 
teoria evolucionista de Charles Darwin. O interesse pela zoologia resultou em 
trabalhos sobre a natureza dos organismos inferiores, protozoários e esponjas; 
além de estabelecer relações entre esses organismos e espécies superiores, na 
classificação animal. Esses trabalhos garantiram-lhe o cargo de professor de 
zoologia na Universidade de Jena, em 1862. (BONILLA et al., 2011) 
Haeckel tentou reconstituir o ciclo completo de evolução dos seres vivos 
desde os animais unicelulares até o homem. A partir desses estudos, enunciou sua 
lei biogenética fundamental, segundo a qual os seres vivos, ao longo do processo 
individual de desenvolvimento (ontogênese), recapitulam estágios do 
desenvolvimento da espécie (filogênese). Possuidor de sólida formação filosófica 
buscou aplicar o evolucionismo de Darwin à religião e à filosofia. Na obra Die 
Welträtsel (1899. Os enigmas do universo) divulgou a teoria monista, que defende 
 
a união essencial da natureza orgânica e inorgânica e a tese de que espírito e 
matéria são aspectos diferentes da mesma substância. (BONILLA et al., 2011) 
 
Definições de Ecologia 
 
As bases conceituais em ecologia são bastante amplas e, por causa disso, 
tem sido definida de várias maneiras: 
I. Ecologia é o estudo das relações totais dos animais no seu ambiente 
orgânico como inorgânico e em particular o estudo das relações do tipo positivo ou 
amistoso ou do tipo negativo (inimigos) entre plantas e animais no ambiente em que 
vive (HAECKEL, 1866, Apud BONILLA et al., 2011). 
II. Ecologia é o estudo do “ambiente da casa”, incluindo todos os organismos 
contidos nela (incluindo o homem) e todos os processos funcionais que a tornam 
habitável (ODUM, 1983, Apud BONILLA et al., 2011). 
III. Ecologia é a ciência que estuda as condições de existência dos seres 
vivos e as interações, de qualquer natureza, existentes entre seres vivos e seu meio 
(DAJOZ, 1983, Apud BONILLA et al., 2011). 
IV. Ecologia é a ciência das relações dos seres vivos com o seu meio. Termo 
usado frequentemente e erradamente para designar o meio ou o meio ambiente 
(DANSEREAU, 1978, Apud BONILLA et al., 2011). 
V. Ecologia é a ciência que estuda a dinâmica dos Ecossistemas. É a 
disciplina que estuda os processos, interações e a dinâmica de todos os seres vivos 
com os aspectos químicos e físicos do meio ambiente, incluindo também aspectos 
econômicos, sociais, culturais e psicológicos peculiares ao homem, que de maneira 
interativa deve sintetizar e gerar informações para a maioria dos demais campos do 
conhecimento (WICKERSHAM, 1975, Apud BONILLA et al., 2011). 
VI. Ecologia é o modelo ou a totalidade das relações entre os organismos e 
seu ambiente (WEBSTER’S, 1976, Apud BONILLA et al., 2011). 
VII. Ecologia é o ramo da ciência humana que estuda a estrutura e o 
desenvolvimento das comunidades humanas em suas relações com o meio 
ambiente e sua consequente adaptação a ele, assim como os novos aspectos que 
 
os processos tecnológicos ou os sistemas de organização social possam acarretar 
para as condições de vida do homem (FERREIRA, 1985, Apud BONILLA et al., 
2011). 
VIII. Ecologia é a disciplina da Biologia que lida com o estudo das inter- -
relações dinâmicas dos fatores bióticos e abióticos do meio ambiente (USDT, 1983, 
Apud BONILLA et al., 2011). 
2.1 Histórico da ecologia 
A ecologia não apresenta um início bem delineado. Os primeiros 
antecedentes, na história natural dos gregos, foi um dos discípulos de Aristóteles, 
Teofrasto, que foi o primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e com 
o meio. As bases posteriores para a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros 
trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e animais. (BONILLA et al., 2011) 
Durante muito tempo desconhecida do grande público e relegada a segundo 
plano, por muitos cientistas, a ecologia surgiu no século passado como um dos mais 
populares aspectos da biologia. Em meados doséculo XX, a ecologia, até então 
restrita aos meios acadêmicos, ganha dimensões sociais devido às crescentes 
preocupações mundiais com a degradação do meio ambiente. Isto porque se tornou 
evidente que a maioria dos problemas que o homem vem enfrentando, como 
crescimento populacional, poluição ambiental, fome e todos os problemas 
sociológicos e políticos atuais, são em grande parte ecológicos. (BONILLA et al., 
2011) 
O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso 
especial no início do século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção 
para o conflito entre as populações em expansão e a capacidade da Terra de 
fornecer alimento. Raymond Pearl (1920), A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) 
desenvolveram as bases matemáticas para o estudo das populações, o que levou 
a experiências sobre a interação de predadores e presas, as relações competitivas 
entre espécies e o controle populacional. O estudo da influência do comportamento 
sobre as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da 
 
territorialidade dos pássaros. Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo 
foram lançados por Konrad Lorenz e Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-
Edwards estudava o papel do comportamento social no controle das populações. 
(Apud BONILLA et al., 2011) 
No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um na 
Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois 
diferentes pontos de vista. Os botânicos europeus preocuparam-se em estudar a 
composição, a estrutura e a distribuição das comunidades vegetais; enquanto os 
americanos estudaram o desenvolvimento dessas comunidades, ou sua sucessão. 
As ecologias, animal e vegetal, desenvolveram-se separadamente, até que os 
biólogos americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades vegetais e 
animais como um todo. (BONILLA et al., 2011) 
Alguns ecologistas detiveram-se na dinâmica das comunidades e 
populações, enquanto outros se preocuparam com as reservas de energia. Em 
1920, o biólogo alemão August Thienemann introduziu o conceito de níveis tróficos, 
ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é transferida, por uma série 
de organismos, das plantas (produtoras) aos vários níveis de animais 
(consumidores). Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais, 
avançou nessa abordagem com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de 
números. Dois biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao 
medir a reserva energética de lagos, desenvolveram a idéia da produção primária, 
isto é, a proporção na qual a energia é gerada, ou fixada, através da fotossíntese. 
(Apud BONILLA et al., 2011) 
A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942, com o desenvolvimento 
pelo americano R. L. Lindeman, do conceito tróficodinâmico de ecologia, que 
detalha o fluxo da energia através do ecossistema. Esses estudos quantitativos 
foram aprofundados pelos americanos Eugene e Howard Odum. Um trabalho 
semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo australiano J. D. Ovington. 
O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo 
desenvolvimento de novas técnicas (radioisótopos, microcalorimetria, computação 
e matemática aplicada) que permitiram, aos ecologistas, rotular, rastrear e medir o 
 
movimento de nutrientes e energias específicas através dos ecossistemas. Esses 
métodos modernos deram início a um novo estágio no desenvolvimento dessa 
ciência (a ecologia dos sistemas), que estuda a estrutura e o funcionamento dos 
ecossistemas. (BONILLA et al., 2011) 
Sua popularização ocorre especialmente após 1967, ano de um grande 
acidente com o petroleiro Torrey Canyon, na França. Nesse período, além do estudo 
do mundo natural, a ecologia incorpora sua reflexão na relação: homem e natureza. 
Emerge assim, ao lado de outras ciências, como instrumento indispensável para a 
compreensão e solução das principais questões ambientais. (BONILLA et al., 2011) 
3 FATORES ECOLÓGICOS 
Fator ecológico é todo elemento do ambiente susceptível a agir diretamente 
sobre os seres vivos, pelo menos em uma das fases de seu ciclo de 
desenvolvimento e eles atuam eliminando certas espécies dos territórios, e 
consequentemente, intervindo na distribuição geográfica dos mesmos; modificam 
as taxas de fecundidade e de mortalidade; atuam sobre os ciclos de 
desenvolvimento; provocam migrações, agindo na densidade das populações; 
favorecem o aparecimento de modificações adaptativas (hibernação, reações 
fotoperiódicas etc.). (BONILLA et al., 2011) 
Os fatores ecológicos podem ser divididos em dois grupos: o dos que 
compõem o ambiente físico (Fatores abióticos) e o dos que integram o ambiente 
biológico (Fatores bióticos). (BONILLA et al., 2011) 
a) Fatores abióticos: integrados pelos fatores físicos, tais como luminosidade, 
temperatura, pressão atmosférica, ventos, umidade e pluviosidade, e pelos fatores 
químicos como quantidade relativa dos diversos elementos químicos presentes na 
água e no solo. 
b) Fatores bióticos: representados pelos seres vivos e suas interações 
intraespecíficas de predação, competição, parasitismo, entre outros; assim como 
dos fatores alimentares. 
 
 
4 RELAÇÕES ECOLÓGICAS ENTRE SERES VIVOS 
Nos ecossistemas, existem diversas formas de interações entre os seres 
vivos denominadas de relações ou interações ecológicas. Essas relações são 
diferenciadas pelos tipos de dependência que os organismos mantêm entre si. 
(ZIBETTI et al., 2013) 
Algumas dessas relações são caracterizadas pelo benefício mútuo entre os 
seres vivos ou de apenas um deles, sem promover prejuízo ao outro. Essas 
relações são denominadas harmônicas ou positivas. Outras relações caracterizam-
se pelo prejuízo de um de seus participantes em benefício do outro e são 
denominadas interações desarmônicas ou negativas. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: ufsm.br 
As interações harmônicas e as desarmônicas podem ocorrer tanto entre 
indivíduos da mesma espécie quanto entre indivíduos de espécies diferentes. As 
relações ocorridas entre organismos da mesma espécie são chamadas de relações 
intraespecíficas ou homotípicas. Já as relações entre organismos de espécies 
 
diferentes recebem o nome de relações interespecíficas ou heterotípicas. (ZIBETTI 
et al., 2013) 
4.1 Interações intraespecíficas 
Colônia 
 
Ocorre quando indivíduos vivem agrupados, interagindo de forma vantajosa. 
Podem ocorrer colônias isomorfas (do grego isos = igual; morpho = forma), com 
indivíduos da mesma espécie (e.g. corais), ou colônias polimorfas ou heteromorfas 
(do grego heteros = diferente), nas quais a interação ocorre com espécies diferentes 
como, por exemplo, a caravela-portuguesa, que constitui em sua estrutura presença 
de indivíduos com capacidades de flutuação, outros responsáveis pela alimentação 
e outros com características urticantes, com finalidade de defesa. (ZIBETTI et al., 
2013) 
 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Sociedade 
 
 
Agrupamento de indivíduos de mesma espécie com divisão de atividades e 
hierarquias. Representada pelas vespas, formigas, cupins e abelhas. Os indivíduos 
pertencentes a uma sociedade possuem autonomia própria, ou seja, não são unidos 
entre si. A espécie humana e alguns primatas estão classificados nessa interação. 
(ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Canibalismo 
 
É um modo de predação que ocorre entre indivíduos da mesma espécie. 
Muito comum em algumas populações de aranhas, nas quais a fêmea devora o 
macho após a cópula. Em algumas tribos do continente africano, na antiguidade, 
ocorria antropofagia – canibalismo humano. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: todamateria.com.br 
Competição 
Ocorre quando indivíduos de mesma espécie competem por alimentos, 
territórios ou fêmeas. É um importante fator de controle populacional. A luta dedois 
machos competindo por uma fêmea é um exemplo dessa categoria. (ZIBETTI et al., 
2013) 
 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
 
4.2 Interações interespecíficas 
Comensalismo 
 
Uma espécie é beneficiada sem afetar a outra. A associação da rêmora com 
o tubarão exemplifica essa interação. A rêmora fixa-se ao corpo do animal de outra 
espécie por meio de uma nadadeira dorsal transformada em ventosa de fixação. 
Com isso, ela obtém restos de comida desprezados e um meio de transporte. 
(ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Protocooperação 
 
Interação, na qual ambas as espécies se beneficiam. Nessa relação, embora 
as duas espécies envolvidas sejam beneficiadas, elas podem viver de maneira 
independente, sem que isso as prejudique. É o que ocorre entre pássaros e bovinos: 
as aves se alimentam de carrapatos fixados no couro dos bovinos, livrando-os 
desses indesejáveis parasitos. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
 
Fonte: infoescola.com 
Mutualismo 
 
É a relação existente entre dois indivíduos de espécies diferentes na qual 
ambas são beneficiadas, sendo a associação obrigatória para a manutenção de 
suas sobrevivências. Um clássico exemplo dessa relação pode ser percebido na 
associação de algumas espécies de algas com espécies de fungos específicos, 
onde juntos formam os liquens. A parte do líquen que corresponde à alga (do reino 
Plantae) realiza a fotossíntese, favorável ao crescimento da estrutura. Já a estrutura 
que corresponde ao fungo (do reino Fungi) apropria-se de nutrientes disponíveis no 
local, sintetizando-os e agregando-os à sua formação. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
Competição interespecífica 
 
Essa relação ocorre quando dois ou mais indivíduos de espécies distintas 
competem pelo mesmo recurso. Esse recurso pode ser um alimento ou um espaço 
em um território. Uma vaca, um preá e gafanhotos, todos herbívoros, porém 
pertencentes a grupos diferentes (mamíferos e insetos), estão alimentando-se de 
 
gramíneas, ou seja, estão consumindo o mesmo recurso alimentar e estão em 
acirrada competição. Nesse caso, ocorre sobreposição de nicho (já mencionada 
anteriormente). (ZIBETTI et al., 2013) 
 
Predatismo 
 
É uma interação na qual um indivíduo (o predador) captura e mata outro 
indivíduo (a presa) com a finalidade de alimentação. Como exemplos de animais 
predadores têm os grandes felinos (tigres, leopardos, leões, onças) que se 
alimentam de gnus, lebres, zebras, capivaras e outros animais menores. Em nossa 
região, percebemos essa relação entre o graxaim e o preá. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: todamateria.com.br 
Parasitismo 
 
Interação na qual uma espécie parasita – organismo que vive em associação 
com outros, retirando desses os meios para sua sobrevivência – associa-se à outra 
– o hospedeiro, causando-lhe prejuízo ao alimentar-se dele. Em geral, essa relação 
 
não leva o hospedeiro ao óbito. O parasito pode instalar-se na parte externa do 
hospedeiro, chamado, assim, de ectoparasito (do grego ectos = fora) – por exemplo, 
piolhos, pulgas e carrapatos. Também, existem organismos parasitando o interior 
do hospedeiro, conhecidos como endoparasitos (do grego endos = dentro) – por 
exemplo, lombrigas, solitárias, bactérias e vírus. No reino vegetal também ocorre 
parasitismo, como por exemplo, a erva-de-passarinho (Struthanthus flexicaulis), 
uma espécie de trepadeira que se instala em troncos de árvores, retirando de seu 
hospedeiro sua seiva bruta. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: todamateria.com.br 
Herbivorismo 
 
Interação similar à predação, ocorrendo entre um herbívoro e as plantas que 
lhe servem de alimento. É por meio da herbivoria que a energia solar captada pelos 
autótrofos é transferida para os demais níveis tróficos da cadeia alimentar. São 
classificados como herbívoros os bovinos, caprinos, capivaras e algumas espécies 
de insetos, como os gafanhotos. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
5 CADEIAS ALIMENTRES 
Todo ser vivo para sobreviver precisa de energia. As plantas conseguem 
essa energia através da fotossíntese, enquanto os animais a retiram do seu 
alimento. Isso significa que a energia vai passando de um organismo para outro. A 
transferência que ocorre através de relações tróficas é chamada de cadeia 
alimentar. Você é capaz de identificar um exemplo desse tipo de relação? Bem, 
vamos ver um exemplo bem simples: o milho é consumido por ratos, que são 
consumidos por cobras, que são consumidas por águias. 
Certamente você é capaz de pensar em outras cadeias alimentares onde 
entrem os mesmos animais citados acima. Isso porque geralmente os predadores 
possuem vários itens alimentares, permitindo uma interligação de várias cadeias. A 
interelação entre cadeias alimentares é chamada de teia alimentar. 
Cada etapa que a energia percorre é chamada de nível trófico e nesse 
percurso a energia sempre vai diminuindo, de modo que o último nível trófico recebe 
apenas uma parte muito pequena da energia gerada no início do processo, ou seja, 
no primeiro nível trófico. Isso porque apenas uma parte da energia é acumulada 
como biomassa (o que será consumido posteriormente) e outra parte é usada para 
a manutenção do próprio organismo, como as atividades respiratórias e outras 
atividades metabólicas. Baseado nesse processo, podemos representar o fluxo de 
energia através da cadeia alimentar como uma pirâmide, onde sua base seria mais 
larga devido a maior produção de energia garantida pelas plantas, com uma 
diminuição progressiva até o ápice, onde estaria um predador de topo, recebendo 
menos energia. 
Segundo CASSINI (2005) a cadeia alimentar é constituída pelos seguintes 
níveis: 
 
 
 
 
 
 
PRODUTORES - São os organismos capazes de fazer fotossíntese ou 
quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos bioquímicos 
utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes afóticos 
(sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a 
síntese de matéria orgânica não é luz, mas a energia liberada nas reações químicas 
de oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de 
compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por 
muitas bactérias terrestres e aquáticas. (CASSINI, 2005) 
 
CONSUMIDORES PRIMÁRIOS - São os animais que se alimentam dos produtores, 
ou seja, são as espécies herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou 
na água, se adaptaram para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de 
alimento do planeta. Os consumidores primários podem ser desde microscópicas 
larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos (de fundo) pastadores, até 
grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante. (CASSINI, 2005) 
 
CONSUMIDORES SECUNDÁRIOS - São os animais que se alimentam dos 
herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros. (CASSINI, 2005) 
 
CONSUMIDORES TERCIÁRIOS - São os grandes predadores como os tubarões, 
orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os 
predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande 
tamanho e menores densidades populacionais. (CASSINI, 2005) 
 
DECOMPOSITORES OU BIOREDUTORES - São os organismos responsáveis 
pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais 
que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, 
representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando 
o ciclo. A sequência de organismos relacionados pela predação constitui uma 
cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não ramificada. (CASSINI, 
2005) 
 
 
 
Fonte: gestaoeducacional.com.br 
A transferência do alimento (energia) de nível para nível trófico a partir dos 
produtores faz-se através de cadeias alimentares, cuja complexidade é variável. Na 
maioria das comunidades, cada consumidor utiliza como alimentoseres vivos de 
vários níveis tróficos. Daí resulta que na Natureza não há cadeias alimentares 
isoladas. Apresentam sempre vários pontos de cruzamento, formando redes ou 
teias alimentares, geralmente de elevada complexidade. (CASSINI, 2005) 
As teias alimentares são o que melhor representa as condições reais de um 
ecossistema, ao passo que as cadeias alimentares apenas mostram, 
sistematicamente, o fluxo alimentar de um ambiente. Cabe salientar que as setas 
representadas nos desenhos significam o sentido do fluxo da matéria, passando de 
um nível a outro. Por exemplo: os frutos de uma árvore servem de alimento a um 
rato, que serve de alimento a uma coruja e assim sucessivamente, completando os 
níveis tróficos. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: escolaeducacao.com.br 
6 ECOSSISTEMAS 
 
Fonte: escolaeducacao.com.br 
O conceito de ecossistema é amplamente discutido por diversos autores que, 
em sua maioria, o definem como o conjunto de comunidades interagindo juntas em 
uma determinada área ou ambiente físico. Ecossistemas são unidades geográficas 
 
com entrada e saída de energia e matéria nas quais os organismos vivos (bióticos) 
e o ambiente não-vivo (abiótico) estão relacionados e interagindo uns com os 
outros. A energia que entra no sistema refere-se ao Sol, e a matéria constitui os 
materiais orgânicos (restos de plantas e animais) e inorgânicos (nutrientes). A 
entrada de organismos em um sistema corresponde à imigração e a saída, à 
emigração. 
Algumas das principais matérias que entram e saem dos sistemas são os 
nutrientes que, a partir dos ciclos biogeoquímicos, são fundamentais para a 
existência da vida em nosso Planeta. As plantas absorvem nutrientes presentes no 
solo, somados ao dióxido de carbono (CO2), à água e à radiação solar, compondo 
sua biomassa, a partir da fotossíntese. 
Os nutrientes são representados pelos elementos químicos presentes no 
solo, como o ferro (Fe), o magnésio (Mg), o cálcio (Ca), o sódio (Na), etc. As plantas 
absorvem o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera que, em processo com a água 
e a energia solar, irá produzir açúcar (C6H12O6), convertido em celulose (C6H10O5), 
a qual será incorporada à sua biomassa junto com os nutrientes, liberando oxigênio 
(O2) para a atmosfera. (ZIBETTI et al., 2013) 
As plantas transformam parte da energia solar em matéria que servirá de 
alimento para outros níveis tróficos, como os heterótrofos ou consumidores 
primários (e.g. um preá que se alimentou de grama), os quais, por sua vez, servirão 
de alimento para um consumidor secundário (e.g. um carnívoro), fazendo com que 
os nutrientes circulem pelo ecossistema. (ZIBETTI et al., 2013) 
Os ecossistemas são dinâmicos, ou seja, a sua estrutura não permanece em 
condição estática, modificando-se sucessivamente, sejam estas mudanças 
perceptíveis aos nossos olhos ou percebidas e analisadas ao longo dos anos 
geológicos. A floresta amazônica, por exemplo, apresenta-se como uma floresta 
muito densa e de ampla distribuição geográfica, detentora de uma biodiversidade 
riquíssima, tanto de fauna quanto de flora, porém essa região não foi sempre assim. 
Segundo pesquisadores, esse bioma, em eras passadas, foi um imenso mar raso. 
A partir de mudanças estruturais, na superfície terrestre, ocasionadas, 
principalmente, pelo movimento das placas tectônicas, essa parte do Brasil foi 
 
modificando-se até transformar-se no que é hoje. Percebemos a composição pobre 
de seu solo como prova disto, pois esta é uma das características de um solo jovem, 
de formação recente. (ZIBETTI et al., 2013) 
6.1 Ecossistemas terrestres – biomas 
Apesar de compor apenas cerca de 28% da área da superfície do Planeta, 
os ecossistemas terrestres possuem a maior diversidade de espécies. A grande 
variação climática e o número de barreiras geográficas são fatores de extrema 
importância para o surgimento de novas espécies. (ZIBETTI et al., 2013) 
A biosfera pode ser dividida em biomas – grandes comunidades adaptadas 
às condições ecológicas específicas. O clima (influenciado pela latitude, pela 
altitude, pela insolação – incidência de luz solar, pela umidade e pela temperatura) 
e o solo são alguns dos fatores que influenciam as formações de biomas e, 
consequentemente, as distribuições de fauna e de flora pelo planeta. (ZIBETTI et 
al., 2013) 
A latitude influencia o clima. Dos polos ao Equador, ou seja, das regiões mais 
frias às mais quentes, encontramos biomas diferentes, com fauna e flora adaptadas 
às condições climáticas de cada região. Como a temperatura diminui com a altitude, 
podemos encontrar seres típicos de regiões frias em áreas de grande altitude – pico 
das montanhas, mesmo que esses ambientes estejam próximos à linha do Equador, 
como é o caso do Monte Kilimanjaro, na Tanzânia. (ZIBETTI et al., 2013) 
A maior biodiversidade, tanto de fauna quanto de flora, é encontrada nas 
regiões tropicais, diminuindo gradativamente em direção às regiões temperadas e 
aos polos. Os principais biomas terrestres são as florestas temperadas, as florestas 
tropicais, a taiga, a tundra, os campos ou pradarias, as savanas e os desertos. 
(ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
 
 
6.2 Ecossistemas aquáticos 
Os ecossistemas aquáticos compreendem os principais meios hídricos 
existentes, sejam eles de água doce (rios, açudes, lagos) ou de água salgada 
(oceanos e mares). Por apresentarem composições químicas diferentes entre si – 
quanto à composição de sais, por exemplo, os ambientes de água doce e de água 
salgada também apresentam composições diferentes tanto de fauna quanto de 
flora, formando, assim, ecossistemas peculiares a cada condição física, química e 
biológica existente. (ZIBETTI et al., 2013) 
De acordo com ZIBETTI et al (2013) as águas continentais ou doces são 
classificadas em: 
• Lóticos – são as águas correntes, como os arroios, os riachos, os rios e as 
corredeiras. 
• Lênticos – são as águas paradas representadas pelos lagos e pelos açudes. 
• Áreas úmidas – representadas por florestas inundadas, brejos, charcos e 
banhados. 
Os sistemas aquáticos lênticos, geralmente, apresentam maior 
biodiversidade quando comparados aos ecossistemas de água em movimento. Em 
ambientes lênticos, os organismos predominantes são os fotossintetizantes, 
representados pelas plantas submersas ou parcialmente submersas. Também, são 
habitados pelo fitoplâncton (do grego phytos = planta, e plankton = à deriva), 
constituído por uma infinidade de microrganismos, como as microalgas, as 
cianobactérias e as diatomáceas. Esse fitoplâncton serve de alimento ao 
zooplâncton (do grego zoon = animal, e plankton = à deriva), formado por 
microcrustáceos, protozoários e larvas de diversos organismos. Seguindo a cadeia 
trófica, vêm os peixes de maior porte divididos em diferentes espécies, portes e 
nichos ecológicos. (ZIBETTI et al., 2013) 
Para ZIBETTI et al. (2013) os ambientes de água salgada – mares e oceanos 
– cobrem cerca de 75% da superfície do Planeta, com profundidades que variam de 
alguns metros, nas regiões costeiras, a mais de 10 km, nos estratos mais profundos. 
Nesses ambientes marinhos, existem espécies bentônicas, que vivem no fundo do 
 
mar – seja em mar raso ou em mar profundo, e espécies pelágicas, presentes em 
mar aberto. Quanto à presença de luz solar, os ecossistemas marinhos são 
classificados em: 
• Zona fótica (do grego photos = luz) – aquela na qual a luz atinge até 200 m 
de profundidade. 
• Zona afótica (sem luz) – ambientes profundos, abaixo dos 200 m. 
Os organismos distribuídos nos oceanos são classificados em três grupos: 
plâncton, bentos e nécton. O plâncton (do grego plankton = à deriva) são os 
organismos flutuantes – e.g. algas microscópicas, microcrustáceos, anelídeos e 
peixes. Os bentos (do grego benthos = fundo do mar) são organismos que vivem 
no fundo do mar. Podem ser sésseis (fixos), representados pelas algas 
macroscópicas,ou errantes (que se deslocam), representados pelos crustáceos e 
moluscos. O nécton (do grego nektos = apto a nadar) é constituído por organismos 
que se deslocam ativamente, como os golfinhos, os tubarões, os peixes, as baleias, 
além de alguns moluscos e crustáceos. (ZIBETTI et al., 2013) 
7 PRINCIPAIS BIOMAS BRASILEIROS 
Três razões principais justificam a preocupação com a conservação da 
diversidade biológica: primeiro porque se acredita que a diversidade biológica seja 
uma das propriedades fundamentais da natureza, responsável pelo equilíbrio e 
estabilidade dos ecossistemas; segundo por que se acredita que a diversidade 
biológica apresenta um imenso potencial econômico ainda pouquíssimo explorado, 
em especial, pela biotecnologia; terceiro porque a diversidade biológica está se 
deteriorando, antes mesmo de ser conhecida pela ciência, devido aos impactos das 
atividades antrópicas. 
Portanto é de todo importante que se localize e estude os oito seguintes 
biomas (ecossistemas) brasileiros, classificados de acordo com suas características 
de vegetação, clima e relevo, quais sejam: zona costeira, floresta amazônica, mata 
atlântica, pantanal mato-grossense, pinheirais de araucária, os campos, a caatinga 
e o cerrado. (BARRETO, 2011) 
 
 
Fonte: matanativa.com.br 
Zonas costeiras 
 
O Brasil possui uma linha contínua de costa atlântica de 8.000km de 
extensão, uma das maiores do mundo. Ao longo dessa faixa litorânea é possível 
identificar uma grande diversidade de paisagens como dunas, ilhas, recifes, baías, 
estuários, brejos e falésias. Mesmo os ecossistemas que se repetem ao longo do 
litoral (praias, restingas, lagunas e manguezais) apresentam diferentes espécies 
animais e vegetais. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e 
geológicas. Grande parte da zona costeira, entretanto, está ameaçada pela 
superpopulação e por atividades agrícolas e industriais. É aí, seguindo essa imensa 
faixa litorânea, que vive mais da metade da população brasileira. (BARRETO, 2011) 
Para uma melhor compreensão da grande zona costeira brasileira, a mesma 
será a seguir secionada em quatro partes menores, estabelecendo-se os seus 
limites e se fazendo uma breve descrição. (BARRETO, 2011) 
 
 
 
 
 
 Litoral amazônico 
 
O litoral amazônico, que vai da foz do Rio Oiapoque ao delta do Rio 
Parnaíba, é lamacento e tem, em alguns trechos, mais de 100 km de largura. 
Apresenta grande extensão de manguezais, assim como matas de várzeas de 
marés. Jacarés, guarás e muitas espécies de aves e crustáceos são alguns dos 
animais que vivem nesse trecho da costa. (BARRETO, 2011) 
 
 Litoral Nordestino 
 
O litoral nordestino começa na foz do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo 
Baiano. É marcado por recifes calcáreos e arenitos, além de dunas que, quando 
perdem a cobertura vegetal que as fixa, movem-se com a ação do vento. Há 
ainda nessa área manguezais, vegetação pioneira e matas. Nas águas do litoral 
nordestino vivem o peixe-boi marinho (ameaçado de extinção) e tartarugas. 
(BARRETO, 2011) 
 
 Litoral Sudeste 
 
O litoral sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo. É a área 
mais densamente povoada e industrializada do país. Suas áreas características 
são as falésias, recifes, arenitos e praias de areias monazíticas (mineral de cor 
marrom escura). É dominado pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada 
com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais importante dessa 
área são as matas de restingas. Essa parte do litoral é habitada pela preguiça-
de-coleira e pelo mico-sauá (espécies ameaçadas de extinção). (BARRETO, 
2011) 
 
 
 
 
 
 Litoral Sul 
 
O litoral sul começa no Paraná e termina no Arroio Chuí, no Rio Grande 
do Sul. Cheio de banhados e manguezais, o ecossistema da região é riquíssimo 
em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras (também 
ameaçados de extinção), capivaras etc. (BARRETO, 2011) 
 
Floresta amazônica 
 
Aclamado como o país de maior diversidade biológica do mundo, o Brasil tem 
sua riqueza natural constantemente ameaçada. Um exemplo dessa situação é o 
desmatamento anual da Amazônia, que cresceu 34% de 1992 a 1994. A taxa anual, 
que era de pouco mais de 11.000 km2 em 1991, já ultrapassou 14.800 km2 
conforme dados do próprio Governo. Na região, a atividade agrícola de forma não-
sustentável continua e a extração madeireira tende a aumentar na medida em que 
os estoques da Ásia se esgotam. Relatório elaborado pela Secretaria de Assuntos 
Estratégicos, ligada à Presidência da República, indica que 80% da produção 
madeireira da Amazônia provêm da exploração ilegal. Existem mais de 20 
madeireiras estrangeiras conhecidas em operação na região e há pouca 
fiscalização sobre sua produção e área de exploração. Esses dados refletem o 
descontrole da região por parte das autoridades. O pior é que o desperdício da 
madeira gira entre 60% e 70%. (BARRETO, 2011) 
Embora o Brasil tenha uma das mais modernas legislações ambientais do 
mundo, ela não tem sido suficiente para bloquear a devastação da floresta. Os 
problemas mais graves são a insuficiência de pessoal dedicado à fiscalização, as 
dificuldades em monitorar extensas áreas de difícil acesso, a fraca administração 
das áreas protegidas e a falta de envolvimento das populações locais. Solucionar 
essa situação depende da forma pela qual os fatores político, econômico, social e 
ambiental serão articulados. (BARRETO, 2011) 
 
 
 
Mata atlântica 
 
A mata atlântica é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo. 
Para se ter uma ideia da situação de risco em que a mesma se encontra, basta 
saber que à época do descobrimento do Brasil ela tinha uma área de 
aproximadamente 1 milhão de km2 , ou 12% do território nacional, estendendo-se 
do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, está reduzida a apenas 7% de 
sua área original. Apesar da devastação sofrida, a riqueza das espécies animais e 
vegetais que ainda se abrigam na mata atlântica é espantosa. Em alguns trechos 
remanescentes de floresta os níveis de biodiversidade são considerados os maiores 
do planeta. Em contraste com essa exuberância, as estatísticas indicam que mais 
de 70% da população brasileira vive na região da mata atlântica. Além de abrigar a 
maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, a área original da floresta 
cedia além disso os grandes polos industriais, petroquímicos e portuários do País. 
(BARRETO, 2011) 
 
Pantanal mato-grossense 
 
O pantanal é um patrimônio natural dos mais valiosos do Brasil, pois 
apresenta 140 mil km2 em território brasileiro, e se destaca pela riqueza da fauna, 
que consta de 650 espécies de aves, 80 de mamíferos, 260 de peixes e 50 de 
répteis. (BARRETO, 2011) 
As chuvas são fortes no pantanal, e os terrenos sendo, quase sempre planos 
são alagados periodicamente por inúmeros córregos e vazantes entremeados de 
lagoas e leques aluviais. Na época das cheias estes corpos líquidos comunicam-se 
e mesclam-se com as águas do Rio Paraguai, renovando e fertilizando a região. 
Contudo, assim como nos demais ecossistemas brasileiros onde a ocupação 
predatória vem provocando destruição, a sua interferência no Pantanal também é 
sentida. Embora boa parte da região continue inexplorada, muitas ameaças surgem 
em decorrência do interesse econômico que existe sobre essa área. A situação 
 
começou a se agravar nos últimos 20 anos, sobretudo pela introdução de pastagens 
artificiais (para a pecuária de corte) e a exploração das áreas de mata. (BARRETO, 
2011) 
 
Pinheirais de araucária 
 
O pinheiro-brasileiro, Araucária angustifólia, ocorre como formação típica nas 
partes altas da região montanhosa do Brasil meridional, geralmente acima de 1.200 
m, nas serras da Mantiqueira e do Mar. (BARRETO, 2011) 
Para a região da Araucária nos cinco estados de sua ocorrência, Rio Grande 
do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Pauloe Minas Gerais, considerou-se as bacias 
hidrográficas dos rios Paraná - Uruguai e as bacias isoladas. No primeiro caso, tem-
se o Rio Uruguai e o Rio Paraná com seus afluentes. Nas cabeceiras desses rios, 
os numerosos rios que os formam nascem em zonas de pinheirais. Estas 
desaparecem à medida que descem para o seu curso inferior. Por exemplo, os rios 
Pelotas e Canoas, seus numerosos afluentes, até a barra dos dois primeiros, estão 
dentro da área dos pinheirais. Daí para baixo, passando a formar o Rio Uruguai, 
desaparecem os pinheiros. O mesmo pode-se dizer do Rio Paraná e seus afluentes 
do lado leste. (BARRETO, 2011) 
 
Zona de campos 
 
Entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, os campos formados por 
gramíneas e leguminosas nativas se estendem por aproximadamente 200 mil km2, 
tornando-se mais densas e ricas nas encostas. Nessa região, com muita mata 
entremeada, as chuvas distribuem-se regularmente pelo ano todo e as baixas 
temperaturas reduzem os níveis de evaporação. Tais condições climáticas acabam 
favorecendo o crescimento de árvores. Bem diferentes, entretanto, são os campos 
que dominam áreas do norte do País. Aí, bem ao norte da floresta amazônica, 
existem áreas de campos naturais, porém com vegetação de porte mais raquítico, 
ocorrendo como manchas. (BARRETO, 2011) 
 
Os campos do Sul representam a “pampa”, uma região plana com 
ondulações, de vegetação aberta e de pequeno porte que se estende do Rio Grande 
do Sul para além das fronteiras com a Argentina e o Uruguai. (BARRETO, 2011) 
Devido à riqueza do solo, as áreas cultivadas do Sul se expandiram 
rapidamente sem um sistema adequado de preparo, resultando em erosão e outros 
problemas que se agravam progressivamente. Os campos são amplamente 
utilizados para a produção de arroz, milho, trigo e soja, às vezes em associação 
com a criação de gado. A desatenção com o solo, entretanto, leva à desertificação, 
registrada em diferentes áreas do Rio Grande do Sul. (BARRETO, 2011) 
 
A caatinga 
 
A Caatinga, que na língua indígena quer dizer “mata branca” se estende 
pelos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, 
Alagoas, Bahia, sul-leste do Piauí e norte de Minas Gerais. Nesse ambiente o sol 
forte acelera a evaporação da água das lagoas, dos açudes e rios que, na maioria 
dos casos secam e/ou param de correr. Todavia, quando chega o inverno (período 
chuvoso) o solo fica encharcado e o verde toma conta das paisagens. (BARRETO, 
2011) 
O grande contingente de brasileiros que vive nos 800 mil km2 de caatinga 
nem sempre podem contar com as chuvas (o que chamam de inverno). Quando não 
chove, o homem do sertão e sua família sofrem muito. Precisam caminhar 
quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos 
fatores que mais interferem na vida do sertanejo. Mesmo quando chove, o solo raso 
e pedregoso não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada 
(médias entre 25o C e 29o C) provoca intensa evaporação. (BARRETO, 2011) 
Na longa estiagem os sertões são, muitas vezes, semidesertos nublados, 
mas sem chuva. O vento seco e quente não refresca, incomoda. A vegetação 
adaptou-se ao clima para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas, ou 
inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se 
 
caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do solo para absorver o 
máximo da chuva. (BARRETO, 2011) 
8 CICLOS BIOGEOQUÍMICOS 
Os ciclos biogeoquímicos (bio = vida, geo = terra) estão relacionados aos 
ciclos físicos, químicos e biológicos que ocorrem no ambiente, como o processo de 
decomposição de organismos da fauna e da flora que têm sua matéria orgânica 
degradada, principalmente, por bactérias decompositoras e por fungos. Essa 
matéria é decomposta em partículas menores – os minerais – que passam para o 
meio abiótico, podendo ser reutilizadas por outros seres como matéria-prima para 
a produção de suas substâncias orgânicas. (ZIBETTI et al., 2013) 
Na natureza, ocorrem diversos ciclos de elementos químicos, sendo os mais 
relevantes os ciclos do carbono e do nitrogênio, que compõem os ciclos gasosos, 
bem como os ciclos do fósforo e do enxofre, que fazem parte dos ciclos 
sedimentares, e também o ciclo hidrológico ou o ciclo da água. Todos são 
fundamentais para a manutenção da vida do planeta. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
a) Ciclo do carbono – consiste na passagem do átomo desse elemento – 
que compõe as moléculas de dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) 
disponíveis nos ecossistemas – para as moléculas das substâncias orgânicas dos 
seres vivos. (ZIBETTI et al., 2013) 
O carbono é um elemento de extrema relevância. Além de compor parte da 
biomassa dos seres vivos (carboidratos) e elementos fósseis utilizados como 
combustíveis (petróleo e carvão), a queima desses combustíveis e a decomposição 
de matérias orgânicas produzem os gases CO (monóxido de carbono), CO2 (dióxido 
de carbono) e CH4 (metano) que, em grandes quantidades, vêm alterando a 
composição da atmosfera. Tais alterações, aliadas a outros fenômenos, modificam 
os climas regionais e, consequentemente, o clima global. (ZIBETTI et al., 2013) 
Não confunda esse processo com o efeito estufa que é um processo natural 
e indispensável para a manutenção da vida da Terra. O termo “efeito estufa” tem 
 
sido amplamente difundido na atualidade, sendo, muitas vezes, taxado como vilão 
e como principal responsável pelas catástrofes climáticas que ocorrem em nosso 
Planeta. Sem ele, a temperatura estaria constantemente abaixo de zero grau 
Célsius. O termo é uma analogia às estufas – ambientes artificiais utilizados na 
agricultura para criar condições favoráveis para certas cultivares, como vegetais e 
flores. Dos raios solares que chegam à superfície da Terra, parte é absorvida pelos 
ecossistemas e outra parte é refletida novamente para o espaço. Alguns desses 
raios não seguem esse curso e são novamente refletidos para a superfície devido 
a altas concentrações de gases e elementos particulados na atmosfera, fazendo 
com que se intensifiquem as extremas variações climáticas. O problema não está 
no fenômeno em si, mas nos processos que vêm alterando os ciclos dos gases. 
(ZIBETTI et al., 2013) 
 
Fonte: biologianet.com 
b) Ciclo do nitrogênio – o nitrogênio, em sua forma gasosa (N2), constitui 
cerca de 78% do gás atmosférico. Esse elemento está presente nas proteínas, nos 
ácidos nucléicos, nas vitaminas, nas enzimas e nos hormônios. O ciclo passa pelas 
seguintes etapas: o nitrogênio atmosférico (N2), quando atinge o solo, passa pelo 
processo de amonificação, sendo metabolizado por bactérias especializadas. 
Assim, o nitrogênio muda de estágio, passando para amônio (NH4 +) e, depois, para 
 
amônia (NH3 +). Na próxima etapa, outras bactérias realizarão a nitrificação, que é 
a passagem de amônia para nitrito (NO2 - ) e, após, para nitrato (NO3 - ). Esse 
nitrato será, novamente, convertido – processo chamado de desnitrificação, 
voltando o nitrogênio à forma de N2, na qual parte será fixada pelas plantas, através 
de relações simbióticas com outros microrganismos, e outra parte retornará a 
atmosfera. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
Fonte: ufsm.br 
Poucos organismos são capazes de absorver o nitrogênio em sua forma livre. 
Dentre eles podemos citar as plantas e, mesmo assim, não o retiram diretamente 
da atmosfera. O nitrogênio que desce ao solo, na forma de N2, é assimilado pelas 
plantas a partir de uma relação simbiótica entre a planta e as bactérias do gênero 
Rhizobium, fixadoras de nitrogênio. Esses microrganismos estão fixados ao sistema 
radicular do vegetal, facilitando a absorção do nitrogênio pelas raízes e daí para 
toda a planta. O ciclo continua quando o herbívoro se alimenta de gramíneas e libera 
o nitrogênio novamente para a atmosfera. Existem outros meios de fixação do 
nitrogênio, como as micorrizas (simbiose entre fungos eangiospermas) – processo 
parecido com o anterior. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
c) Ciclo do fósforo – o fósforo é um elemento essencial à vida, compondo 
os dentes e os ossos, além de estar presente em moléculas de RNA e DNA. Uma 
grande quantidade desse elemento químico é liberada por processos erosivos, 
através do fosfato (PO4) presente nas rochas, sendo carregada para os oceanos e 
depositada no fundo ou consumida pelo fitoplâncton. Outra parte, porém, 
significativa, permanece em áreas continentais, essenciais para o desenvolvimento 
e manutenção de atividades biológicas nos ambientes. Entretanto, o excesso de 
fosfato ocasiona o processo de eutrofização – alguns autores adotam o termo 
“eutrofização”. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
Eutrofização – é o fenômeno ocasionado pelo excesso de nutrientes em sistemas 
hídricos, provocando um aumento excessivo de algas. Estas fomentam o 
desenvolvimento dos consumidores primários e, eventualmente, de outros 
componentes da teia alimentar no ecossistema. O crescimento elevado de algas, 
relacionado com o acúmulo de nutrientes derivados do fósforo (fosfatos), do enxofre 
(sulfatos), do nitrogênio (nitratos), dentre outros, recebe o nome de florescimento 
ou bloom – dando uma coloração azul-esverdeada ou vermelha à água. Essas 
substâncias são os principais nutrientes do fitoplâncton. Após a morte das algas, 
estas irão se decompor, diminuindo, significativamente, o oxigênio dissolvido na 
água através da ação dos organismos decompositores, ocasionando a mortandade 
de peixes e de outros organismos, além da formação de gases tóxicos ou de cheiro 
desagradável. Esses processos podem ocorrer de maneira natural, como a 
lixiviação da serrapilheira acumulada numa bacia hidrográfica, levada por fortes 
chuvas, e, também, a partir de atividades antrópicas (de origem humana), através 
da descarga de efluentes domésticos – esgotos não tratados, depositados a céu 
aberto, industriais e agrícolas – fertilizantes usados nas plantações. (ZIBETTI et al., 
2013) 
 
Lixiviação – é o processo de lavagem do solo decorrente de chuvas fortes ou 
intensas, fazendo com que materiais particulados sejam levados para locais mais 
baixos do relevo – geralmente os cursos d’água. Serrapilheira ou serapilheira 
 
compreende o material acumulado na superfície do solo das matas e das florestas, 
principalmente materiais de origem vegetal (folhas, galhos, cascas, sementes, 
frutos) e alguns de origem animal em menores proporções (ossos e material fecal). 
Esses materiais orgânicos sofrerão processos de decomposição em decorrência da 
ação de organismos detritívoros e decompositores, colaborando, assim, na 
ciclagem dos nutrientes. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
d) Ciclo do enxofre – embora possua uma fase gasosa, no ciclo sedimentar 
é que encontramos uma quantidade mais significativa de enxofre. Grande parte do 
enxofre encontra-se armazenada em depósitos fósseis, como o petróleo e o carvão 
mineral. Quando esses materiais são trazidos à superfície para serem utilizados 
como combustíveis, após a queima, o enxofre neles contido é convertido em sulfito 
(SO3 2-) ou sulfato (SO4 2-), indo parar na atmosfera, podendo, ainda, sofrer 
alterações químicas, chegando a monóxido de enxofre (SO) ou dióxido de enxofre 
(SO2). Uma vez suspenso no ar, o enxofre, na forma de dióxido de enxofre (SO2), 
entrará em contato com vapores d’água (H2O), formando ácidos, como o sulfito 
ácido (HSO3 -) ou sulfato ácido (HSO4 -), que ocasionam a chuva ácida. (ZIBETTI 
et al., 2013) 
 
SO2 + H2O = H++ HSO3- 
 
A chuva ácida compromete a estrutura das plantas, modificando sua 
fisiologia vegetal, e, também, danifica as estruturas prediais, reagindo 
quimicamente com os carbonatos presentes nas fachadas dos prédios. (ZIBETTI et 
al., 2013) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: educamaisbrasil.com.br 
Em Candiota – RS, onde se encontra a usina de extração de carvão (utilizado 
para a produção de energia termelétrica), existe uma grande jazida de carvão – 
depositado há milhares de anos – decorrente de processos de decomposição 
vegetal e animal, passado pelo processo de fossilização. Uma vez extraído, o 
carvão é queimado para que seja produzida a energia elétrica. Parte dos resíduos 
vai parar na atmosfera. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
e) Ciclo hidrológico – por estar associada aos processos metabólicos, a 
água é uma substância vital para os seres vivos. Seu ciclo pode ser analisado pelo 
ciclo curto e pelo ciclo longo. No primeiro caso, os seres vivos não têm participação. 
A água encontra-se em seu estado gasoso (atmosfera) e líquido (geológico ou 
litosfera). Os vapores d’água suspensos no ar se condensam, formando nuvens, 
precipitando na forma de chuva que, ao atingir o solo, ou será infiltrada, 
umedecendo o solo, abastecendo lençóis freáticos e aquíferos, ou permanecerá na 
superfície, indo parar em rios, lagos, lagoas e oceanos. (ZIBETTI et al., 2013) 
 
 
 
 
 
Fonte: ufsm.br 
No segundo caso (ciclo longo), há participação dos seres vivos. A água 
presente no solo será absorvida pelas plantas, através das raízes. Parte da água 
será liberada a partir da respiração, retornando à atmosfera; outra parte será 
consumida por algum herbívoro – ao se alimentar do vegetal – e outra parte será 
liberada após a decomposição dos materiais restantes. O herbívoro, ao alimentar-
se, consome também a água presente na estrutura da planta, sendo esta sintetizada 
pelo seu organismo. (ZIBETTI et al., 2013) 
9 UCESSÃO ECOLÓGICA 
O conceito de sucessão ecológica foi inicialmente desenvolvido pelos 
botânicos, dentre eles Frederic Clements (1916) e Eugenius Warming. (BONILLA et 
al., 2011) 
Os organismos que integram uma comunidade biológica sofrem ações de 
seu biótopo, o qual, por sua vez, é alterado localmente em função da atividade 
 
desses mesmos organismos. A atuação dos organismos da comunidade sobre o 
biótopo pode provocar alterações no substrato e em outras condições abióticas 
locais, tais como, luz, temperatura e umidade. (BONILLA et al., 2011) 
Uma das mais interessantes características observadas nas comunidades é 
o fato de que elas mudam continuamente de estado, como, por exemplo, a sua 
composição específica. Este fato é muito evidente quando há um distúrbio externo, 
como fogo ou enchente. Mesmo quando as comunidades estão em equilíbrio, tal 
estado é dinâmico. (BONILLA et al., 2011) 
Sucessão ecológica é uma sequência de alterações ou mudanças estruturais 
e funcionais que ocorrem para que haja um ajuste ou uma recomposição nos 
ecossistemas. Mudanças essas que, em muitos casos seguem padrões mais ou 
menos definidos, mais que culminando com a formação de uma comunidade 
estável. (BONILLA et al., 2011) 
Sucessão secundária pode ocorrer em uma lagoa, que, sem a interferência 
humana, tender a desaparecer. Aos poucos, o diâmetro e a profundidade da lagoa 
se reduzirão. No seu lugar, pode formar-se uma floresta. As águas das chuvas vão 
arrastando sedimentos para a lagoa, que vão se depositando no fundo. Plantas 
flutuantes ocupam as margens e, a seguir, plantas emersas desenvolvem-se no 
solo criado no local antes ocupado pela água. O desaparecimento completo da 
lagoa é apenas uma questão de tempo. (BONILLA et al., 2011) 
Descrição dos cinco momentos representados na imagem acima: (1) - É a 
fase inicial do processo, quando o fundo é nu e a cadeia alimentar é sustentada 
pelo plancton; (2) - Representado pelo desenvolvimento da vegetação submersa e 
deposição de material no fundo e nas margens; (3) - Nesta fase a vegetação 
emergente aflora na superfície impedindo, muitas vezes, a penetração de luz para 
a vegetação submersa que principia a desaparecer; (4) - É a fase em que a 
continuação do processo de aterro transforma a lagoa em um. Isto é, um bioma de 
transição; (5) - É fase final, em que os representantes herbáceos e graminoides vão 
progressivamente sendo substituídos por vegetaçãode floresta (comunidade 
clímax). (BONILLA et al., 2011) 
 
 
 
 
Fonte: coladaweb.com 
 
Sucessão primária e secundária 
 
A sucessão é dita primária quando sua primeira fase se inicia numa área 
nunca antes povoada, onde não havia seres vivos. Ex.: Uma rocha; uma ilha 
marítima; uma faixa recente de praia. (BONILLA et al., 2011) 
Os primeiros organismos a se instalarem são chamados pioneiros. Por 
exemplo, um derramamento de lava vulcânica é capaz de matar animais e plantas. 
Na área queimada ou sobre a lava resfriada, podem surgir liquens, musgos, 
avencas e outras plantas; posteriormente, chegam vários tipos de animais. 
Finalmente, essas áreas estarão ocupadas por novas comunidades. (BONILLA et 
al., 2011) 
A sucessão secundária é a sucessão que surge num local ou lugar 
anteriormente ocupado por outra comunidade. Ex.: pastos abandonados em 
margens de estradas. Assim a regeneração da comunidade clímax, após uma 
 
perturbação também é conhecida como sucessão secundária. (BONILLA et al., 
2011) 
As sucessões secundárias aparecem em um meio que já foi povoado, mas 
do qual foram eliminados os seres vivos por modificações climáticas (glaciações, 
incêndios), geológicas (erosão) ou pela intervenção do homem (desmatamento), 
por exemplo. Uma sucessão secundária conduz muitas vezes à formação de um 
disclimax diferente do clímax que existia primitivamente. Assim sendo, deve-se 
entender disclimax como uma formação vegetal, perturbada ou degradada por 
agentes externos desfavoráveis como a seca e o fogo, tal o cerrado no Brasil. 
(BONILLA et al., 2011) 
Segundo BONILLA et al. (2011) de acordo com a forma como ocorre à 
sucessão secundária tem-se: 
 
a) Sucessão ecológica temporal: é aquela que se sucede num mesmo local, 
num espaço de tempo. 
b) Sucessão ecológica espacial: é aquela sucessão ecológica que ocorre em 
vários estágios, num espaço de tempo, estando todos os integrantes presentes ao 
mesmo tempo e em sequência numa mesma área. 
 
As condições ambientais no microambiente são modificadas pelas atividades 
das populações pioneiras e a ação continua de agentes intemperizantes como: as 
do clima, ação química das águas, ação biológica etc. (BONILLA et al., 2011) 
O processo de sucessão ecológica numa rocha se divide em três fases: 
ecese, sere (ou séries) e clímax. 
 
Ecese 
 
Uma rocha vulcânica representa um ambiente hostil ao desenvolvimento de 
vida: a temperatura varia muito e a água não pode ser retida, escorrendo ou 
evaporando-se. Nessas condições adversas são poucos os seres vivos capacitados 
a sobreviver. Os liquens, contudo, toleram essas condições. (BONILLA et al., 2011) 
 
Em sua atividade metabólica, os liquens produzem ácidos orgânicos, que vão 
lentamente corroendo a rocha. Gradativamente, novas camadas de liquens vão-se 
formando, constituindo um delgado “solo vivo” sobre a rocha. A partir de então, as 
condições do local deixam de ser tão difíceis, possibilitando o desenvolvimento de 
musgos, pequenas plantas do grupo das briófitas. Portanto, os liquens desbravam 
um novo nicho ecológico, que, a partir deles, pode ser ocupado pelos musgos. 
(BONILLA et al., 2011) 
As condições, porém, tornam-se menos favoráveis à sobrevivência dos 
próprios liquens, que não resistem à competição e cedem lugar a outras espécies. 
Essa é a grande importância das espécies pioneiras, toleram condições difíceis, 
modificam o ambiente e permitem o desenvolvimento de outras espécies, que 
também vão modificar o meio e facilitar o desenvolvimento de outras. (BONILLA et 
al., 2011) 
 
 
Sere 
 
É caracterizada como fase de transição. Sobre a rocha, agora com uma 
camada mais espessa de solo, espécies de plantas maiores, como samambaias e 
gramíneas, poderão desenvolver-se. Essas espécies mudam o ambiente. As 
plantas, por exemplo, sombreiam a superfície da terra, contribuem para os detritos 
no solo e alteram seu nível de umidade. (BONILLA et al., 2011) 
Estas mudanças frequentemente inibem o sucesso continuado das espécies 
pioneiras que as causam, mas tornam o ambiente mais adequado para as espécies 
que se seguem, as quais então excluem aquelas responsáveis pelas mudanças 
iniciais. Nesse sentido, o caráter da comunidade muda com o tempo. (BONILLA et 
al., 2011) 
 
Climax 
 
 
Nessa fase, a comunidade estabiliza-se e conta com grande número de 
espécies. Sobre a rocha, há o desenvolvimento de plantas de maior porte, 
constituindo uma comunidade com o aspecto de uma pequena floresta, mais estável 
e menos sujeita a mudanças em curto prazo. (BONILLA et al., 2011) 
No processo da sucessão ecológica, ocorre aumento no número de espécies 
e na biomassa. O nítido crescimento na quantidade de matéria orgânica é 
comprovado, pelo aumento da comunidade vegetal. Na fase clímax, a biomassa 
torna-se estável porque a comunidade passa a consumir tudo o que produz. 
(BONILLA et al., 2011) 
A noção de clímax tem sido muito criticada. Para continuar válida e poder ser 
conservada, essa noção deve assumir um caráter dinâmico. Uma floresta que 
chegou ao estágio clímax não é um sistema uniforme e imutável. É um conjunto 
heterogêneo de parcelas de idade diferentes que foram criadas por perturbações e 
que coexistem ao lado de parcelas que efetivamente ao estágio clímax. (BONILLA 
et al., 2011) 
10 AÇÃO ANTRÓPICA 
O ser humano tem aumentado sua população em progressão assustadora e 
por consequência tem levado a uma depleção dos recursos naturais de forma 
substancial. Partindo do princípio que todo ambiente natural apresenta-se sob 
situação de equilíbrio ou sinergia, e que enquanto nada de muito diferente ocorrer 
este tende a manter-se em equilíbrio, a ação do homem moderno caracteriza-se 
como elemento desestabilizador deste sistema. (ASSIS et al., 2007) 
Obviamente não podemos armar que toda ação humana é causadora de 
desequilíbrio, pois podemos realizar uma análise histórica e perceber que muitos 
grupos humanos viviam em perfeita harmonia como meio, como exemplo, algumas 
tribos indígenas que mantém uma relação de subsistência com o meio permitindo 
uma exploração dos recursos naturais de forma equilibrada. (ASSIS et al., 2007) 
Os Índios desenvolveram um sistema de respeito a natureza, que lhes 
permitiu subsistir por inúmeras gerações, modicando essa situação apenas após o 
 
contato e miscigenação com o homem branco. É preciso aprender com estas formas 
de cultura, pois é fundamental que o ser humano conserve estes recursos para que 
possa continuar presente enquanto espécie. (ASSIS et al., 2007) 
Esta ação do homem sobre o meio é na verdade uma consequência das 
necessidades próprias da sociedade humana. À medida que a população cresceu, 
o homem desenvolveu estudos tecnológicos cada vez mais eficientes para 
satisfazer as necessidades do consumo e do conforto, promovendo uma absorção 
dos recursos naturais cada vez de forma mais intensa, até provocar uma depleção 
destes recursos. (ASSIS et al., 2007) 
As ações antrópicas podem ser observadas em todo o planeta, sendo que 
apresenta graus diferentes de destruição e aniquilação. Quando observamos países 
mais ricos, como países europeus a destruição do meio ocorreu de forma mais 
maciça. Na Alemanha ocorreu a destruição quase total de suas florestas, tendo 
como exemplo a Floresta Negra que apresenta quase toda a sua extensão para 
atividades agropastoris. (ASSIS et al., 2007) 
Em muitos outros países com alto grau de industrialização a deposição de 
resíduos sobre o meio provocou a contaminação de rios, lagos e biomas, forçando 
desta forma a importarem matéria prima de outros lugares, as consequências desta 
ação vão desde pequenos acordos internacionais até guerras. (ASSIS et al., 2007) 
Ainda contamos com a ação de grandes potências mundiais que se mostram 
incompreensivas com relação as questões ambientais, posicionando de forma 
perigosa com relação ao meio e a sobrevivência do próprio homem. Podemosdestacar a deposição de resíduos nucleares no meio como fez os EUA em algumas 
fendas oceânicas. (ASSIS et al., 2007) 
Para que possamos estudar melhor os tipos de impactos que o ser humano 
tem provocado nomeio, vamos destacar algumas ações bem estudadas. Mas antes 
vamos entender que poluente é todo tipo de substância ou energia que provoque 
desequilíbrio ambiental. Vamos destacar os poluentes químicos, físicos e 
biológicos. (ASSIS et al., 2007) 
Como poluentes químicos destacamos o SO2, NO2, CO2, CO, Metais 
pesados, agrotóxicos, poeira e elementos radioativos. Como poluentes físicos o 
 
som e como poluentes biológicos as armas biológicas. Cada um destes elementos 
pode provocar a quebra da sinergia, contudo o efeito sinérgico se acentua em 
determinados meios. (ASSIS et al., 2007) 
 
- SO2 
 
O dióxido de enxofre é um dos gases provenientes da indústria e 
responsáveis pela formação de compostos ácidos na atmosfera, principalmente 
ácido sulfúrico, devido à reação deste com a água da atmosfera precipitando-se, 
caracterizando o que chamamos de chuvas ácidas. Este produto quando formado 
provoca alterações no ambiente terrestre e aquático. (ASSIS et al., 2007) 
No meio aquático a presença de chuvas ácidas provoca alteração do pH, 
provocando alterações graves no meio. É importante ressaltar que o meio aquático 
é extremamente sensível a mudanças de pH, onde toda a comunidade pode vir a 
desaparecer a depender da intensidade da mudança. Normalmente as águas doces 
são fracamente ácidas, contudo, pequenas alterações do pH iniciam uma 
desestruturação das comunidades, iniciando pelo plâncton e progredindo para 
outros grupos funcionais. (ASSIS et al., 2007) 
Nos meios terrestres a mudança de pH provoca mudanças na estrutura da 
vegetação, acarretando mudanças também na comunidade de consumidores. Em 
ambientes agricultáveis, a mudança do pH torna o ambiente impróprio para 
utilização, e em algumas situações são necessários gastos extras par tentar corrigir 
o pH do solo. (ASSIS et al., 2007) 
Uma última análise que podemos fazer em relação às chuvas ácidas é com 
relação aos prejuízos provocados em construções, monumentos e automóveis, 
devido à ação corrosiva destas chuvas ácidas. Em alguns países esculturas e 
monumentos de alto valor cultural têm sido destruídos, gerando um gasto muito alto 
com sua recuperação e manutenção. (ASSIS et al., 2007) 
 
- NO2 
 
 
Um outro composto que também é proveniente da atividade industrial é o 
dióxido de nitrogênio, e este também reage com vapor d’água da atmosfera 
formando compostos ácidos como ácido nítrico e quando precipitado forma também 
chuvas ácidas. (ASSIS et al., 2007) 
 
- CO2 
 
O dióxido de carbono é o principal gás formado a partir da queima ou 
combustão orgânica, é produzido a partir da respiração dos seres vivos, mas pode 
ser liberado no ambiente a partir da queima de combustíveis fósseis. Quando este 
gás aparece em grandes quantidades no meio este provoca uma alteração no clima 
devido a sua ação como gás estufa. (ASSIS et al., 2007) 
É importante lembrar que a produção deste gás é constante no planeta e a 
ação estufa existe no planeta desde quando se formou a atmosfera primitiva e ajuda 
a manter a temperatura planetária. O problema é que quando a produção deste gás 
aumenta sensivelmente ocorre o efeito estufa local. (ASSIS et al., 2007) 
Devido a ação cada vez mais intensa da queima de combustíveis fósseis, 
este gás tem se tornado um verdadeiro problema para a humanidade e tem sido o 
cerne de muitos encontros e debates sobre a gestão planetária. (ASSIS et al., 2007) 
Uma das consequências deste protocolo é que as nações menos 
industrializadas podem receber investimentos financeiros provenientes de países 
que são mais poluidores, criando desta forma um mercado de ações internacional. 
Neste mercado recém-criado quem mais se beneficia são os projetos e pesquisas 
cientificas, mas é preciso ter um olhar cuidadoso para que este poder de venda não 
se torne uma licença para poluir. (ASSIS et al., 2007) 
Uma outra característica que pode ser levantada é com relação aos 
mecanismos de circulação atmosférica global, onde em determinadas regiões do 
planeta como nas regiões tropicais, ocorre uma maior acumulação deste gás, 
intensificando o processo. (ASSIS et al., 2007) 
Como consequências do efeito estufa podemos falar em aquecimento global, 
degelo das calotas polares, aumento do nível das marés, alteração da biota em 
 
diversas regiões do planeta e outras ações que estão sendo pontuadas em torno do 
planeta. (ASSIS et al., 2007) 
 
- CO 
 
O monóxido de carbono é um outro gás proveniente da queima de 
combustíveis e é um dos principais responsáveis por alterações respiratórias em 
animais. Quando este gás atinge a corrente circulatória este reage com as 
moléculas de hemoglobina, formando um composto relativamente estável. Este 
composto estável permanece na circulação por um período longo e caso ocorra com 
uma grande quantidade de hemoglobina o animal pode ter uma restrição respiratória 
aguda e vir a óbito. (ASSIS et al., 2007) 
Nas grandes cidades este é um problema comum, devido à grande 
quantidade de combustível que é queimada nos veículos automotores. Apesar de a 
indústria automobilística desenvolver cada vez mais tecnologias para minimizar este 
efeito, como a construção de catalisadores cada vez mais potentes, ainda 
permanece elevada a emissão deste gás. (ASSIS et al., 2007) 
 
- Metais pesados 
 
Existem muitos metais pesados sendo utilizados em diversas áreas da 
indústria, tecnologia e atividades de campo, no entanto quando estes elementos 
atingem o ambiente natural ocorrem reações desastrosas para o meio, pois como a 
maioria destes já apresenta alterações na sua estrutura molecular. Muitos efeitos 
das possíveis interações com os organismos vivos ainda não são conhecidos, pois 
os estudos ainda são incipientes. (ASSIS et al., 2007) 
Contudo um efeito bem conhecido dos metais pesados é o que ocorre sobre 
as cadeias alimentares, as células dos seres vivos apresentam uma incapacidade 
de metabolizar e expulsar estes metais que consequentemente tendem a se 
acumular nos tecidos vivos. Contudo o maior problema é o seu efeito magnificante 
ao longo da cadeia alimentar. (ASSIS et al., 2007) 
 
Tomemos como exemplo uma pequena cadeia alimentar, algas, copépodos, 
peixes e aves. Se considerarmos que o ambiente aquático foi atingido por um metal 
pesado como mercúrio, bastante utilizado na mineração, quando as algas 
absorverem este metal vão adquirir uma determinada quantidade em ppm, no 
entanto quando os copépodos que se alimentam de algas adquirirem seu alimento 
a quantidade deste metal será da ordem de 2 ou 3 x ppm, seguindo o mesmo 
raciocínio as aves irão apresentar uma quantidade muitas vezes superior ao das 
algas. Resumindo podemos dizer que metais pesados são bioacumuláveis ao longo 
da cadeia alimentar, apresentando maior efeito nos organismos de maior nível 
trófico. (ASSIS et al., 2007) 
 
- Agrotóxicos 
 
Com o desenvolvimento da agricultura e a invasão dos campos de agricultura 
em locais anteriormente ocupados por matas e outros biomas, muitos organismos, 
e principalmente os insetos passaram a atacar as lavouras a procura de alimento e 
estes passaram a ser identificados como pragas para estas lavouras. (ASSIS et al., 
2007) 
A forma mais rápida de combate aos insetos foi através da utilização de 
substâncias capazes de matar estes organismos, conhecidas popularmente como 
agrotóxicos, no entanto com estas substâncias atingem diversos sistemas dos 
animais, tendem a permanecer nos organismos que ocorre contato, além de 
provocar a morte dos insetos ocorre também uma absorção pelas plantas e que 
terminam atingindo o consumidor final. (ASSIS et al., 2007) 
Existem diversos registros da ação de agrotóxicos sobre seres humanos e 
alguns poucos sobre outros grupos deseres vivos. No entanto em todos eles pode 
se observar à ação deletéria da substância. Alterações de má formação fetal, 
alterações no sistema nervoso de animais e em muitos outros sistemas e tecidos 
dos seres vivos. (ASSIS et al., 2007) 
Atualmente diversos outros mecanismos de controle de pragas têm sido 
implementados pelos governos e pelas instituições de pesquisa e melhoramento do 
 
ambiente. O controle biológico de pragas é um destes mecanismos, contudo para 
ser aplicado é necessário que exista um conhecimento da biologia das espécies 
envolvidas e estudos de impacto ambiental. (ASSIS et al., 2007) 
 
- Poeira 
 
Outro tipo de poluente aéreo é a poeira proveniente da ação antrópica. 
Encontramos uma maior quantidade deste material em ambientes de construção e 
terraplanagem, onde a desestruturação do solo ocorre incessantemente e a 
emissão deste material particulado para a atmosfera é muito alto. A poeira contribui 
para o efeito estufa e também é responsável por inúmeras infecções respiratória 
sem seres humanos. Este problema consiste em mal de saúde pública, o que 
provoca gastos extras por parte do governo. (ASSIS et al., 2007) 
 
- Elementos radioativos 
 
 A radioatividade é um fenômeno natural ou artificial, pelo qual algumas 
substâncias ou elementos químicos, chamados radioativos, são capazes de emitir 
radiações, as quais têm a propriedade de impressionar placas fotográficas, ionizar 
gases, produzir fluorescência, atravessar corpos opacos à luz ordinária, etc. As 
radiações emitidas pelas substâncias radioativas são principalmente partículas alfa, 
partículas beta e raios gama. (ASSIS et al., 2007) 
A radioatividade é uma forma de energia nuclear, usada em medicina, e 
consiste no fato de alguns átomos como os do urânio, rádio e tório serem “instáveis”, 
perdendo constantemente partículas alfa, beta e gama (raios-X). O urânio, por 
exemplo, tem 92 prótons, porém através dos séculos vai perdendo-os na forma de 
radiações, até terminar em chumbo, com 82 prótons estáveis. (ASSIS et al., 2007) 
Muitos elementos radioativos utilizados nas diversas áreas do conhecimento, 
quando liberados para o meio podem causar acidentes graves, como o que ocorreu 
em Chernobyl ou o acidente de Goiânia. Nestes casos muitos organismos vivos 
apresentarão riscos de apresentar alterações em seu material genético e 
 
consequentemente promoverem alterações nas relações com os organismos da 
comunidade. (ASSIS et al., 2007) 
Podemos citar como exemplo final o que ocorreu nas cidades japonesas de 
Hiroshima e Nagasaki, nas quais até hoje as pessoas que nascem ainda 
apresentam efeitos deletérios da radioatividade. Muitas alterações foram 
provocadas no ambiente e em alguns locais até hoje o solo é imprestável para a 
agricultura, devido ao efeito da radioatividade. (ASSIS et al., 2007) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ASSIS, Márcio et al. Ecologia Geral. 1. ed. Bahia: Faculdade de Tecnologia e 
Ciências, 2007. 99 p. 
 
BARRETO, Thereza Maria de Castro Paes (coord.). Ecologia Geral. Ceará: 
SEDUC: Secretaria da Educação, 2011. 73 p. 
 
BONILLA, Oriel Herrera et al. Fundamentos em Ecologia. 1. ed. Ceará: Secretaria 
de Educação a Distância (SEAD/UECE), 2011. 166 p. 
 
CASSINI, Sérvio Túlio. Ecologia: Conceitos Fundamentais. VITORIA/ES: 
Universidade Federal do Espirito Santo - UFES, 2005. 
 
PERONI, Nivaldo. Ecologia de populações e comunidades. Florianópolis: 
CCB/EAD/UFSC, 2011. 123 p. 
 
UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO. Introdução à Ecologia. Rio de Janeiro: 
UCB, 2008. - 32 p. ISBN 978-85-86912-93-1 
 
ZIBETTI, Volnei Knopp et al. Fundamentos de Ecologia e Tecnologia de 
Tratamento de Resíduos. 1. ed. Santa Maria: CTISM - Colégio Técnico Industrial 
de Santa Maria, 2013. 86 p.

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