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Curso de extensão: APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS APRESENTAÇÃO DA DOCENTE Professora MS. Leilane Lima Gomes Nutricionista Mestra em Ciência e Tecnologia de Alimentos IFSM – MG Especialista em microbiologia de alimentos e gestão de Unidades de Alimentação Docente da Ânima Educação desde 2019 AULA 2 Continuação políticas públicas Alimentação saudável Utilizar alimentos em grande variedade, preferencialmente in natura ou minimamente processados; Uso de óleos, gorduras, sal e açúcar em quantidade moderada ; Limitar o consumo de alimentos prontos para consumo e ultraprocessados (alto teor calórico, sal e açúcar). Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil Qualificação do processo de trabalho dos profissionais da AB para o fortalecimento das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e a alimentação complementar saudável para crianças menores de dois anos no âmbito da AB. Até dezembro de 2016: 3.992 tutores formados Qualificação de 23.226 profissionais de saúde Oficinas de trabalho em 1.753 UBS 53 UBS certificadas Materiais de apoio https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/promocao-da-saude/estrategia-amamenta-e-alimenta-brasil O que são direitos humanos? Direitos humanos são aqueles que os seres humanos possuem, única e exclusivamente, por terem nascido e serem parte da espécie humana. • São direitos inalienáveis não podem ser tirados por outros, nem podem ser cedidos voluntariamente por ninguém • Independem de legislação nacional, estadual ou municipal específica. • Devem assegurar às pessoas o direito de levar uma vida digna. Ex: direito à vida, à liberdade, à ALIMENTAÇÃO ADEQUADA, à saúde, à terra, à água, ao trabalho, à educação, à moradia, etc. Leitura de apoio Artigo: “Políticas e programas de nutrição no Brasil da década de 30 até 2018: uma revisão de literatura” https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/ccs_a rtigos/politicas_programas_nutricao.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/ccs_artigos/politicas_programas_nutricao.pdf DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (DHAA) E A SOBERANIA ALIMENTAR O que é Direito Humano à Alimentação Adequada? É um direito inerentes à vida. Uma alimentação adequada é aquela capaz de atender as necessidades sociais do indivíduo considerando a quantidade, a qualidade, a diversidade e a segurança microbiológica e tecnológica dos alimentos a serem consumidos. A alimentação adequada é direito fundamental do ser humano, inerente à dignidade da pessoa humana e indispensável à realização dos direitos consagrados na Constituição Federal, devendo o poder público adotar as políticas e ações que se façam necessárias para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Art. 2º da Lei Orgânica – LOSAN (Lei n. 11.346, de 15 de setembro de 2006), regulamentada em 2010, por meio do Decreto Presidencial n. 7.272 O que é Soberania Alimentar? Direito dos países definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos. Direito dos povos de decidir seu próprio sistema alimentar e produtivo, pautado em alimentos saudáveis e culturalmente adequados, produzidos de forma sustentável e ecológica, o que coloca aqueles que produzem, distribuem e consomem alimentos no coração dos sistemas e políticas alimentares acima das exigências dos mercados e das empresas, além de defender os interesses e incluir as futuras gerações. Soberania alimentar: direito dos países definirem suas próprias políticas e estratégias de produção, distribuição e consumo de alimentos. Sustentabilidade do sistema agroalimentar: baseado no uso de tecnologias ecologicamente sustentáveis Preservação da cultura alimentar: respeito as características culturais de cada povo, manifestadas no ato de se alimentar. A Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) institui o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), por meio do qual o poder público, com a participação da sociedade civil organizada, formula e implementa políticas, planos, programas e ações com vistas a assegurar o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável (DHAA), ou seja: o direito de cada pessoa ter acesso físico e econômico, ininterruptamente, à alimentação adequada e saudável ou aos meios para obter essa alimentação, sem comprometer os recursos para assegurar outros direitos fundamentais, como saúde e educação. Lei 11.346, de 15/09/2006 representa um grande avanço para a exigibilidade, através de mecanismos estatais, do DHAA. Aspectos que se somam à SAN: Garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada Garantia da Segurança Alimentar e Nutricional No Brasil, a importância da Alimentação foi reforçada pela Emenda Constitucional nº 64/2010. → modificou o artigo 6º da Constituição Federal Incluindo o Direito à Alimentação no capítulo dos Direitos Sociais. Assim, é dever do Estado garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável e, Consequentem ente, a Soberania e a Segurança Alimentar e Nutricional. Capítulo II Dos Direitos Sociais Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Lei 11.346 representa um grande avanço para a exigibilidade, através de mecanismos estatais, do DHAA. A FOME NO MUNDO Prevalência de desnutrição na população total https://www.fao.org/publications/home/fao-flagship-publications/the-state-of- food-security-and-nutrition-in-the-world/en Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=_ddcjQf7OY0 (Inglês) https://www.youtube.com/watch?v=APj8tKJ3F6U (espanhol) https://www.fao.org/publications/home/fao-flagship-publications/the-state-of-food-security-and-nutrition-in-the-world/en https://www.youtube.com/watch?v=_ddcjQf7OY0 https://www.youtube.com/watch?v=APj8tKJ3F6U Segurança Alimentar Nutricional (SAN) Artigo 3°: SAN é a realização do direito de todos ao acesso regular e permanente de alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde, que respeitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis”. LOSAN - LEI Nº 11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006. O que é Segurança Alimentar Nutricional? Reflexão: Comida – Titãs https://www.youtube.com/watch?v=W5TI7iLvHC4 https://www.youtube.com/watch?v=W5TI7iLvHC4 No conceito de Segurança Alimentar e Nutricional... Dois elementos distintos e complementares: • A dimensão ALIMENTAR • A dimensão NUTRICIONAL No conceito de Segurança Alimentar e Nutricional... A dimensão alimentar refere-se à questão da produção e da disponibilidade de alimentos, que deve ser: a) Suficiente e adequada para atender à demanda da população em termos de quantidade e de qualidade. b) Estável e continuada para garantir a oferta permanente, neutralizando as flutuações sazonais. c) Autônoma para que se alcance a autossuficiência nacional nos alimentos básicos. d) Equitativa para garantir o acesso universal às necessidades nutricionais adequadas, para manter ou recuperar a saúde nas etapas do curso da vida e nos diferentes grupos da população. e) Sustentável do ponto de vista agroecológico, social, econômico e cultural com vistas a assegurar a SAN das próximas gerações. No conceito de Segurança Alimentar e Nutricional... A dimensão nutricional incorpora as relações entre o homem e o alimentos, implicando na: a) Escolha de alimentos saudáveis. b) Preparo dos alimentos com técnicas que preservem o seu valor nutricional e sanitário. c) Consumo alimentar adequado e saudável para cada fase do ciclo da vida. d) Condições de promoção da saúde, de higiene e de uma vida saudável para melhorar e garantir a adequada utilizaçãobiológica dos alimentos consumidos. e) Condições de promoção dos cuidados com a própria saúde, a da família e a da comunidade. f) Direito à saúde com acesso aos serviços de saúde garantidos de forma oportuna e com resolutividade das ações prestadas. g) Prevenção e controle dos determinantes que interferem na saúde e nutrição como as condições psicossociais, econômicas, culturais e ambientais. h) Boas oportunidades para o desenvolvimento pessoal e social no local em que vive e trabalha. • condições sanitárias, segurança microbiológica (ex: água contaminada, boas práticas de higiene) • sustentabilidade social, econômica e ambiental • política de preços e renda familiar • produção, importação, sistemas de armazenamento e distribuição. 1) Disponibili- dade do alimento 2) Acessibilidade (física e econômica ao alimento) 3) Adequação (Utilização biológica do alimento) 4) Estabilidade permanente das três dimensões Quatro dimensões da Segurança Alimentar para atuação das políticas públicas: Condições para alcançar a SAN • Suficiência na produção e abastecimento dos alimentos. • Estabilidade, ou pequenas variações na disponibilidade de alimentos durante os meses do ano e de ano para ano. • Sustentabilidade, ou capacidade de assegurar que a garantia da estabilidade não seja provisória e não deteriore os recursos produtivos a longo prazo. • Autonomia ou diminuição da dependência externa à alimentação. • Equidade, essencial para garantir o direito à alimentação adequada a todas as famílias de diferentes condições sociais. Produção de Alimentos; Disponibilidade de Alimentos; Renda e Despesas com Alimentação; Acesso à Alimentação Adequada; Saúde e Acesso aos Serviços de Saúde; Educação (autonomia nas escolhas alimentares); Políticas Públicas e Orçamento relacionados a SAN. Determinantes da SAN O que as políticas públicas podem fazer para promover a SAN? É preciso fomentar políticas públicas que contemplem todo o processo que envolve o alimento, ou seja, toda a cadeia produtiva – do campo à mesa. É fundamental preservar o meio ambiente e valorizar a sustentabilidade e a identidade cultural de uma população. Exemplos de políticas públicas que abrangem todo o processo que envolve a produção do alimento 1. Modelo de produção que apoie os pequenos e médios produtores e que ainda promovam iniciativas para a agregação de valor aos produtos primários, buscando a melhoria da qualidade e produtos mais acessíveis (ex: cultivo de orgânicos). 2. Abastecimento local e regional. Ex: CEASA. 3. Agricultura urbana, mediante hortas comunitárias, escolares e domiciliares. 4. Melhoria da infraestrutura, por meio da melhoria do saneamento básico e proteção do meio ambiente por meio de práticas agrícolas que evitem a degradação. 5. Assistência técnica (formas agroecológicas que procuram garantir a preservação dos recursos naturais, melhorar a qualidade dos produtos elaborados, etc). Exemplos de políticas públicas que abrangem todo o processo que envolve a produção do alimento • Acesso ao crédito para melhorar a produtividade agrícola e elevar a renda da família (insumos agrícolas, sementes e ferramentas, etc). Ex: Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) incentivo financeiro aos pequenos produtores. • Escoamento de produção criação de feiras e espaços de venda direta da produção oriunda da agricultura familiar. Exemplos: Compras governamentais de alimentos para utilização em programas e organismos públicos como escolas, hospitais, presídios e restaurantes populares; PNAE obrigatoriedade da utilização de 30% do total de recursos financeiros repassados pelo FNDE na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da Agricultura Familiar e do Empreendedor Familiar Rural ou suas organizações. • Regulação pública do mercado de produtos agroalimentares (varejões, sacolões e feiras livres). • Estímulo governamental à implantação de restaurantes populares, cozinhas ou padarias comunitárias, que promovam o acesso da população urbana à alimentação adequada, com baixo custo. • Fiscalização de restaurantes e serviços de alimentação (atividades de educação e de fiscalização para a garantia da qualidade do alimento servido). * Vig Sanitária é parte do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo coordenada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Exemplos de políticas públicas que abrangem todo o processo que envolve a produção do alimento • Combate ao desperdício Exemplos: * Criação de Banco de Alimentos, cursos de aproveitamento integral dos alimentos ou curso de consumo responsável, noções de economia doméstica, coleta e distribuição de alimentos etc. * O governo de determinada localidade cria um programa orientando os feirantes a doar sobras do final da feira para um local definido, o qual se encarrega da distribuição. Isso evita que os alimentos sejam descartados no final da feira e captados em condições impróprias para o uso pela população. • Redução nos impostos dos alimentos saudáveis, alimentos da cesta básica. • Ações de proteção, promoção e apoio a estilos de vida saudáveis, com ênfase para alimentação equilibrada. Ex: Ações de caráter educativo e informativo, medidas legislativas como o controle da propaganda de alimentos menos saudáveis e medidas tributárias, isentando alimentos saudáveis. Exemplos de políticas públicas que abrangem todo o processo que envolve a produção do alimento EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE SAN . Rede de apoio à produção, abastecimento e consumo de alimentos; . Visa: - ↓ dos índices de insegurança alimentar da população; - promoção do acesso à alimentação adequada e saudável. DEFINIÇÕES - AGRICULTURA FAMILIAR Enquanto categoria profissional Lei 11.326 de 2006 agricultor familiar e empreendedor familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, atendendo, simultaneamente, aos seguintes requisitos: Trabalhadores da silvicultura, piscicultores, extrativistas, pescadores, indígenas e quilombolas também estão incluídos nesta categoria cada módulo tem entre 5 e 100 hectares — o valor varia de município para município e é definido pelas prefeituras. (Ex: PA 1 módulo = 30 ha) * 1 ha=10.000m2 https://blog.uniderp.com.br/agricultura-familiar/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural - Senar https://www.cnabrasil.org.br/senar https://blog.uniderp.com.br/agricultura-familiar/ https://www.cnabrasil.org.br/senar Foi criado na Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003 no âmbito do Programa Fome Zero. . Possui duas finalidades básicas: PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) Promover o acesso à alimentação e, Incentivar a agricultura familiar. O programa compra alimentos produzidos pela AF, com dispensa de licitação. Destino dos alimentos: pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, rede socioassistencial, equipamentos públicos de SAN, pela rede pública e filantrópica de ensino. Além disso, o programa: - promove o abastecimento alimentar por meio de compras governamentais de alimentos; - fortalece circuitos locais e regionais e redes de comercialização; - valoriza a biodiversidade e a produção orgânica e agroecológica de alimentos; - incentiva hábitos alimentares saudáveis e, - estimula o cooperativismo e o associativismo. PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) BENEFÍCIOS PARA TODOS • o AGRICULTOR FAMILIAR qualifica sua produção de alimentos para atender às exigências do mercado consumidor local e acessa um novo “canal” de comercialização da produção. • os ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS utilizam seu poder de compra para aquecer a economia local, contribuem com a inclusão social e produtiva dos agricultores familiares, têm os processos de aquisição de alimentos facilitados, recebem alimentos de alta qualidade e promovem a Política de Segurança Alimentar e Nutricional de forma adequada à demanda de seus usuários (crianças, estudantes, idosos, etc.) • os CONSUMIDORES recebem uma alimentação saudável,mais rica nutricionalmente e mais adequada às suas necessidades. PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) Oferta dos alimentos: * mais perto dos consumidores produtos frescos, diversificados, de qualidade e adequados ao hábito alimentar local, respeitando também as tradições culturais da população da região. PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) Informações complementares: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca _alimentar/Compra_Institucional_PAA_3.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/Compra_Institucional_PAA_3.pdf http://mds.gov.br/compra-da-agricultura-familiar O programa é uma das ações do governo federal para a Inclusão Produtiva Rural das famílias mais pobres. PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS (PAA) http://mds.gov.br/compra-da-agricultura-familiar Unidades de Apoio à Distribuição de Alimentos da Agricultura Familiar (UADAF) Auxiliam o desenvolvimento de atividades de distribuição dos gêneros alimentícios oriundos da AF, em especial os adquiridos por meio do: . Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), . Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), . apoio à comercialização direta da produção de alimentos da AF nos mercados locais e regionais. Visam o desenvolvimento de: - projetos de inclusão social - projetos de inclusão produtiva e, - o fortalecimento de sistemas agroalimentares de base agroecológica e solidária. https://globoplay.globo.com/v/7387194/ BANCOS DE ALIMENTOS Destinados a arrecadar, selecionar, processar, armazenar e distribuir gêneros alimentícios arrecadados por meio de doações (indústrias, supermercados*) e/ou adquiridos da agricultura familiar por meio de programas governamentais. * produtos inadequados para a comercialização, mas próprios para consumo humano Os produtos recebidos são selecionados, separados, eventualmente processados, embalados e distribuídos gratuitamente a entidades assistenciais que oferecem alimentação a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, além de contribuírem para o abastecimento dos equipamentos públicos de SAN. Combate do desperdício de alimentos, através da arrecadação de gêneros alimentícios normalmente perdidos ao longo da cadeia produtiva, além de apoiar o abastecimento alimentar local por meio da integração com outros programas de SAN. Quem pode participar? Os Bancos de Alimentos são direcionados a municípios que possuam uma ampla rede de abastecimento e/ou uma grande produção de alimentos provenientes da AF e apresentem elevado nº de pessoas em situação de miséria ou pobreza. Seu público beneficiário é formado por entidades de assistência social e demais equipamentos públicos de SAN (Restaurantes Populares, Cozinhas Comunitárias e Escolas). BANCOS DE ALIMENTOS BANCOS DE ALIMENTOS Quais são os benefícios para os usuários? DOADORES DE ALIMENTOS: . podem variar entre os bancos de alimentos e de acordo com as parcerias; . iniciativas mais comuns acesso a alguns incentivos fiscais e tributários (ex: viabilizar a isenção fiscal do ICMS); . qualificação dos profissionais de sua empresa visando a ↓ do desperdício de alimentos, informações sobre a segurança dos alimentos e outros aspectos sanitários, Boas Práticas de Manipulação, etc. INSTITUIÇÕES BENEFICIÁRIAS . acesso a alimentos seguros e de qualidade para ofertá-los aos beneficiários atendidos pelos seus serviços; . outros benefícios dependendo do banco de alimentos, seja ele público ou privado. Ex: capacitação das equipes em gestão, cursos de EAN, etc. BANCOS DE ALIMENTOS Como participar? DOADORES DE ALIMENTOS Entrar em contato com a unidade em funcionamento mais próxima do seu endereço e tomar conhecimento sobre os procedimentos para cadastro e formalização de parcerias. INSTITUIÇÕES BENEFICIÁRIAS Para ser beneficiado por um banco de alimentos, a instituição deverá entrar em contato com a unidade em funcionamento mais próxima do seu endereço e tomar conhecimento sobre os procedimentos e critérios exigidos para participação. As informações (contato, local de funcionamento e equipe técnica) podem ser encontradas na página da Rede Brasileira de Banco de Alimentos – RBBA * RBBA foi instituída em 2016. https://www.youtube.com/watch?v=72Vopub0vak Restaurantes Populares Preparo de refeições saudáveis, variadas e saborosas, vendidas a preços acessíveis, de forma a garantir aos trabalhadores urbanos e à população em situação de vulnerabilidade social o DHAA. Destinados a municípios com mais de 100.000 habitantes. Cada unidade produz ~1000 refeições/dia, sempre respeitando as características culturais e hábitos alimentares da região. Acesso universal à qualquer cidadão, contudo, a prioridade são os grupos populacionais específicos em situação de insegurança alimentar e nutricional e/ou vulnerabilidade social. Refeição com valor simbólico ou gratuita ou valor de custo. * Orienta-se a adoção de prática de preços diferenciados de acordo com a condição e o perfil socioeconômico do usuário. Restaurantes Populares Acompanhado pelo Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional local ou Conselho de Assistência Social local. Unidades estrategicamente localizadas em áreas de grande fluxo de pessoas, especialmente em grandes centros urbanos ou próximas a terminais de transporte coletivo, redes de saúde e redes de proteção social. Articulação com outras políticas sociais relevantes para o alcance da população mais vulnerável (ex: Programa Bancos de Alimentos, Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), CRAS, Educação Alimentar e Nutricional (EAN), etc). A gestão e a manutenção do equipamento são realizadas pelo município ou estado, a composição da equipe é de responsabilidade destes. https://globoplay.globo.com/v/9127465/ http://www.itajuba.mg.gov.br/secretariaspmi/semdes/restaurante-popular/ Preparo de refeições saudáveis, variadas e saborosas, que são distribuídas gratuitamente ou a preços acessíveis à população em situação de insegurança alimentar e/ou vulnerabilidade social, preferencialmente indicadas pelos CRAS, garantindo a esse público o DHAA. Capacidade de produzir no mín. 100 refeições/dia, durante pelo menos 5 dias/sem, sempre respeitando as características culturais e hábitos alimentares da região. Devem ser instalados em locais estratégicos (ex: próximo ao CRAS e outros equipamentos da Rede de Assistência). Orienta-se a oferta gratuita das refeições servidas ou preços acessíveis. Cozinhas Comunitárias Quem pode participar? São direcionadas a municípios que apresentem elevado nº de pessoas em situação de miséria ou pobreza. Público-alvo: constituído, prioritariamente, por grupos sociais vulneráveis à fome (ex: trabalhadores de baixa renda, idosos, desempregados, agricultores familiares oriundos de comunidades de baixa renda, populações desassistidas e situadas abaixo da linha de pobreza). Cozinhas Comunitárias Cozinhas Comunitárias Gestão e manutenção do equipamento: • são realizadas pelo município ou estado, • a composição da equipe é de responsabilidade destes. * Ressalta-se que é obrigatória a presença de um nutricionista conforme a Res CFN 600 de 2018. ** O Ministério da Cidadania orienta que o município possua também um assistente social para oferecer apoio à gestão. https://globoplay.globo.com/v/5391320/ Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana Estímulo à produção agroecológica de alimentos nas cidades, aproveitando as áreas ociosas urbanas e periurbanas para promover a produção sustentável, o processamento e a comercialização de alimentos saudáveis. Como acionar o programa? Os estados, o DF e os municípios, inclusive consórcios públicos, e com entidades privadas e com entidades e organizações da sociedade civil, podem acessar ao programa por meio de acesso a editais para apoio a implantação de ações de agricultura urbana (Portal do Ministério da Cidadania) Convênio possibilita recursos financeiros para apoiar as despesas. Coma mobilização comunitária, em especial com atuação da prefeitura, são implementadas: hortas, lavouras, viveiros, pomares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de processamento/beneficiamento agroalimentar, feiras e mercados públicos populares. Os alimentos produzidos são destinados para: - autoconsumo, - abastecimento de restaurantes populares, - cozinhas comunitárias e, - venda de excedentes (no mercado local resultando em inclusão social, melhoria da alimentação e nutrição e geração de renda. https://www.youtube.com/watch?v=ah5er7UK2uw Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana Feiras populares Benefícios aos agricultores familiares estratégia de comercialização da produção (ou do seu excedente), possibilitando a geração de renda e evitando desperdício e prejuízo dos produtores. Benefícios à população em geral fácil acesso a alimentos de qualidade, além da possibilidade de troca de informações diretamente com quem produz. Diferentes formatos: as que acontecem sempre no mesmo local e em dias da semana determinados; as que a cada dia da semana acontecem em um local diferente; e aquelas que são totalmente móveis (feiras volantes), realizadas com um veículo adaptado para acomodar os produtos. A violação dos direitos humanos é o não cumprimento desse direito, ou quando não é respeitado, protegido, promovido ou realizado. Cite alguns exemplos de violação do DHAA. JAMBOARD https://jamboard.google.com/d/1NAlaQcYgA34o7honLPrL2_caBR Tvn_HQWletJAq4cbY/viewer?f=0 ATIVIDADE https://jamboard.google.com/d/1NAlaQcYgA34o7honLPrL2_caBRTvn_HQWletJAq4cbY/viewer?f=0 A violação dos direitos humanos é o não cumprimento desse direito, ou quando não é respeitado, protegido, promovido ou realizado. Cite alguns exemplos de violação do DHAA. ATIVIDADE Exemplos: - Fome (manifestação mais grave) - Desnutrição e morte devido aos transtornos alimentares - Consumo inadequado de alimentos em termos de variedade e qualidade nutricional (composição) dos alimentos. - Falta de informações - OGM – Organismos geneticamente modificados (incertezas) - Uso descontrolado de agrotóxicos - Publicidade abusiva de alimentos não saudáveis VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (VAN) Vigilância Alimentar e Nutricional BRASIL, 2015 Vigilância Alimentar e Nutricional BRASIL, 2015 SISTEMA: Padronização de atividades, tarefas organizadas de receber, tratar, analisar dados e informações para devolvê-los à rede do Sistema Único de Saúde (SUS) e à sociedade, retro alimentando os setores responsáveis pelo planejamento, gestão e controle social dos programas e políticas públicas. VIGILÂNCIA: Atividades rotineiras e contínua de coleta, processando, análise e interpretação dos dados: recomendação de medidas de controle apropriadas: promoções das ações de controle indicadas; avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas; e divulgação de informações pertinentes. ALIMENTAR: Envolve os aspectos relativos à promoção de práticas alimentares saudáveis e à prevenção e ao controle dos distúrbios alimentares e de doenças associadas à alimentação. NUTRICIONAL: Considera o estado nutricional de coletividades como resultante do equilíbrio entre o consumo alimentar e a utilização biológico e sua estreita relação com o estado de saúde. (CECAN/ENSP/FIOC RUZ 2002) Vigilância Alimentar e Nutricional Descrição contínua e predição de tendências das condições de alimentação e nutrição da população e seus fatores determinantes. Estado nutricional Consumo alimentar Subsidiará o planejamento de: atenção nutricional ações relacionadas à promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável qualidade e regulação dos alimentos Vigilância Alimentar e Nutricional Acompanhamento do Estado Nutricional e do Consumo Alimentar de forma constante e sistemática: Dados fidedignos para planejamento e desenvolvimento de políticas focadas na melhoria do perfil epidemiológico e de saúde da população. São contempladas pela Vigilância Alimentar e Nutricional todas as fases do ciclo de vida: crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes. - Criança: menor de 10 anos de idade - Adolescente: maior ou igual a 10 anos e menor que 20 anos de idade - Adulto: maior ou igual a 20 anos e menor que 60 anos de idade - Idoso: maior ou igual a 60 anos de idade - Gestante: qualquer mulher grávida Por que fazer VAN? É fundamental realizar o acompanhamento do estado nutricional e das práticas alimentares de forma constante e sistemática, visando a obtenção de dados fidedignos e possibilitando o planejamento e o desenvolvimento de políticas focadas na melhoria do perfil epidemiológico e de saúde da população. SISVAN: OBJETIVOS SISVAN: OBJETIVOS SISVAN: OBJETIVOS Como fazer VAN? Como fazer VAN? Como fazer VAN? Como fazer VAN: Coleta de dados e produção de informações Tornar o atendimento (UBS, escola, creche, domicílio, etc.) um momento privilegiado para a prática da VAN Antropometria; Marcadores Consumo Alimentar; Hábitos e tradições alimentares; Aplicação adequada dos métodos; Registro. Como fazer VAN: Coleta de dados e produção de informações Como fazer VAN: Análise e decisão Promover a identificação de necessidades e prioridades em saúde e, a partir disso, a elaboração de intervenções apropriadas para indivíduos, famílias e/ou comunidades. Individual Coletivo Fonte: Brasil. Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na atenção básica / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. Como fazer VAN: Análise e decisão As informações produzidas podem embasar a escolha do melhor cuidado para um indivíduo e o desenvolvimento de uma estratégia ou política municipal, estadual, distrital ou federal. É muito importante que todos os profissionais da equipe de AB se integrem ao processo, de forma que as etapas do ciclo da VAN sejam compartilhadas e que todos compreendam o sentido dessa ação no cotidiano do trabalho. Como fazer VAN: Ação Após decisão quanto ao cuidado a ser ofertado com base na análise do estado nutricional e dos hábitos alimentares, bem como dos possíveis fatores associados (clínicos, sociais, entre outros), a próxima etapa é a implementação das ações que podem ser direcionadas a indivíduos, famílias ou comunidade. Como fazer VAN: Ação Âmbito Individual Âmbito Coletivo Fornecer orientações em saúde e desenhar um plano de cuidado com metas graduais a serem alcançadas até a próxima consulta; Propor consulta compartilhada com outro profissional cujo núcleo de saber seja necessário para qualificar o cuidado; Convidar o indivíduo a participar de um grupo terapêutico... Estimular hortas comunitárias; Realizar oficinas culinárias que valorizem os alimentos regionais; Promover atividades de educação alimentar e nutricional Ofertar / Incentivar práticas corporais em diversos ambientes; Instituir grupos de apoio para o controle do peso (perda, ganho ou manutenção).... Políticas e ações que fortalecem a VAN Desafios Reverter a associação da VAN unicamente à implantação do sistema de informação e cumprimento de metas; Utilizar efetivamente os dados individuais e coletivos na organização e na avaliação da oferta do cuidado na Rede de Atenção à Saúde; Reforçar que os profissionais atuantes na Atenção Básica e os gestores do SUS reconheçam e implementem a VAN como parte da organização na atenção integral à saúde; Qualificação profissional Utilizar de forma adequada dos incentivos financeiros relacionados à VAN. MATERIAL DE APOIO • Núcleo de Extensão da USP sobre alimentação sustentável - Sustentaria https://www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/06/12/aproveitamento-integral/ • Site FAO: https://www.fao.org/publications/home/fao-flagship-publications/the-state-of-food-security-and-nutrition-in-the-world/en • Cartilha do Mesa Brasil SESC http://mesabrasil.sescsp.org.br/media/1016/receitas_n2.pdf • Spotify – podcast: “Comida que sustenta” https://open.spotify.com/show/0loUt1qoEsko66pW6hwd05?si=t5dD2SPqRG2MrczFnNhmTw&nd=1&dlsi=fd5c19b5614141eb https://www.fsp.usp.br/sustentarea/2020/06/12/aproveitamento-integral/ https://www.fao.org/publications/home/fao-flagship-publications/the-state-of-food-security-and-nutrition-in-the-world/en http://mesabrasil.sescsp.org.br/media/1016/receitas_n2.pdf https://open.spotify.com/show/0loUt1qoEsko66pW6hwd05?si=t5dD2SPqRG2MrczFnNhmTw&nd=1&dlsi=fd5c19b5614141eb ATIVIDADE OBJETIVO: Analisar a relação entre políticas públicas e o aproveitamento integral dos alimentos. 1) DISCUSSÃO EM GRUPOS: citar exemplos de políticas públicas relacionadas à alimentação e ao combate ao desperdício. 2) ELABORAÇÃO DE RECEITAS: Cada grupo deve criar uma receita que utilize partes normalmente descartadas de alimentos (cascas, talos, sementes). 3) APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO: Os grupos apresentam suas propostas e receitas, além da discussão sobre como essas ações podem contribuir para a melhoria da alimentação e redução do desperdício. BIBLIOGRAFIA ◾ CERVATO-MANCUSO, Ana Maria; FIORE, Elaine Gomes; REDOLFI Solange Cavalcante da Silva. Guia de Segurança Alimentar e Nutricional. Editora Manole, 2015. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520448816/pageid/0 ◾ PAIM, Jairnilson Silva; ALMEIDA FILHO Naomar. Saúde Coletiva - Teoria e Prática. MedBook Editora, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830277/pageid/13 ◾ GALLEGUILLOS, Tatiana G. Epidemiologia - Indicadores de Saúde e Análise de Dados. Editora Saraiva, 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/pageid/0 ◾ TADDEI, José Augusto de A. C. Jornadas Científicas do Nisan: Núcleo Interdepartamental de Segurança Alimentar e Nutricional 2008/2009. Editora Manole, 2013. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788578681050/pageid/0 ◾ SARTI, Flavia M.; TORRES, Elizabeth Aparecida Ferraz da S. Nutrição e saúde pública: produção e consumo de alimentos. Editora Manole, 2017. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455616/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520448816/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786557830277/pageid/13 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520889/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788578681050/pageid/0 https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520455616/ Obrigada e bons estudos! leilane.gomes@prof.una.br @leilanelima.nutri