Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE CELSO LISBOA Curso: Psicologia – 7º período – Manhã Disciplina: Psicodiagnóstico Professora: Débora Sampaio Alunos: Elza Iara Soares Nery – 220500557 Elaine Muniz – 25144051 Gilvanete Andrade da Silva – 220500459 Larissa Marinho Fidelis – 23306834 Letícia Santos de Oliveira – 25144006 Marcelo da Silva Cruz – 220500430 Marta Regina Calvano Mafra – 230500050 PARECER PSICOLÓGICO Identificação Descrição da Demanda O presente caso refere-se à solicitação de atendimento psicológico realizada pela genitora de A., indivíduo maior de idade, com a finalidade de proceder a uma avaliação de orientação profissional. Após a conclusão do processo avaliativo, a genitora solicitou ao profissional responsável a emissão de um laudo psicológico por escrito. O pedido, entretanto, foi negado pelo psicólogo, sob justificativa técnica e ética. Diante da negativa, a genitora apresentou denúncia ao Conselho Regional de Psicologia, alegando suposto descumprimento de obrigações profissionais por parte do referido profissional. Análise O caso apresentado trata de uma divergência entre as expectativas da mãe da avaliada e os procedimentos éticos adotados pela psicóloga responsável. Observa-se que a profissional realizou a devolutiva verbal diretamente à cliente, maior de idade, conforme determina o princípio da confidencialidade (Art. 9º do Código de Ética Profissional do Psicólogo, Resolução CFP nº 010/2005). A negativa em fornecer o laudo à mãe mostra-se adequada, uma vez que o documento psicológico é de caráter restrito e deve ser destinado exclusivamente à pessoa avaliada, salvo em situações previstas em lei ou mediante consentimento formal da mesma (Resolução CFP nº 06/2019, Art. 16). Assim, a psicóloga preservou o sigilo profissional e respeitou a autonomia da cliente, agindo em conformidade com os princípios de responsabilidade, respeito à dignidade e proteção da intimidade da pessoa atendida. A conduta da profissional também se sustenta na Resolução CFP nº 31/2022, que regulamenta a Avaliação Psicológica, a qual prevê que a devolutiva é parte integrante e obrigatória do processo, devendo ocorrer de forma ética e compreensível ao avaliado. Não há indícios de negligência técnica, pois a psicóloga cumpriu a obrigação de realizar a devolutiva e resguardou o conteúdo técnico da avaliação. Dessa forma, a análise aponta que não houve desvio ético na conduta da psicóloga. Pelo contrário, a atuação demonstra alinhamento às normativas que regem a prática psicológica e à proteção dos direitos da pessoa avaliada. Conclusão Conclui-se que a atuação da psicóloga foi pautada nos princípios éticos e técnicos que orientam a profissão, assegurando o respeito à confidencialidade, à autonomia da pessoa atendida e à correta aplicação das normas do Conselho Federal de Psicologia. Portanto, não se identifica falha ética ou profissional na conduta apresentada. Referências Conselho Federal de Psicologia. Código de Ética Profissional do Psicólogo – Resolução CFP nº 010/2005. Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP nº 06/2019 – Regulamenta a elaboração de documentos escritos produzidos pela(o) psicóloga(o). Conselho Federal de Psicologia. Resolução CFP nº 31/2022 – Regulamenta a Avaliação Psicológica.