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ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
OBS. ARRUMAR ESSE RELATÓRIO POIS NÃO COLOQUEI AS CORREÇÕES NELE AINDA.
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
EM PRÁTICAS PSICOTERAPÊUTICAS
CHAYRA E. DA S. DE SOUZA.
Itajaí (SC), Agosto 2024.
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
COORDENADORA DO CURSO: NATÁLIA MUELLER JENICHEN PERBONI
PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): BRUNA MELLO.
IDENTIFICAÇÃO DE REGISTRO DOCUMENTAL
Estágio Supervisionado em Práticas Psicoterapêuticas
Nome completo do Estagiário: Chayra E. da S. de Souza.
Assinatura: Assinar ao final – digitalmente, pelo gov.br https://www.gov.br/governodigital/pt-br/assinatura-eletronica 
Nome completo do Orientador: Bruna Mello.
CRP: 
Assinatura: Assinar ao final – digitalmente, pelo gov.br https://www.gov.br/governodigital/pt-br/assinatura-eletronica
Itajaí (SC), agosto de 2024.
APRESENTAÇÃO 
Atendendo à Resolução n° 089/CONSUN-CaEn/2020 referente ao Regulamento das atividades de Conclusão do Curso de Psicologia, bem como em respeito à Resolução CFP Nº 001/2009 e Resolução CFP Nº 005/2010, que dispõem sobre a obrigatoriedade do registro documental decorrente da prestação de serviços psicológicos, submetemos à consideração superior o presente Relatório realizado no período de _____________ a _____________ de _______, bem como as considerações a seu respeito. 
	CRITÉRIOS AVALIAÇÃO
	VALOR
	NOTA
	Pontualidade na entrega
	1,0
	
	Ortografia e Gramática
	1,0
	
	Clareza e coerência nas ideias apresentadas
	1,5
	
	Relação teoria – prática nas ideias apresentadas
	2,5
	
	Análise crítica do campo de estágio
	2,5
	
	Procedimentos metodológicos - ABNT
	1,5
	
	Nota final:
	10
	
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	5
2. CARACTERIZAÇÃO DA CLÍNICA DE PSICOLOGIA	6
3. O PSICÓLOGO CLÍNICO E AS PRÁTICAS PSICOTERAPÊUTICAS	7
4 O PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO E O ACOLHIMENTO	8
5. ABORDAGEM PSICOTERAPÊUTICA	9
6. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS	10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS	11
8 REFERÊNCIAS	12
9. APÊNDICES	13
8. ANEXOS	14
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório descreve as atividades desenvolvidas no estágio de práticas psicoterapêuticas desenvolvido na Clínica Escola de Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), com supervisão profissional e referencial teórico na abordagem Terapia Cognitiva Comportamental, totalizando uma carga horária de 120h semestrais. Neste relatório, estão registrados os procedimentos de acolhimento, avaliação inicial e intervenção, conforme os protocolos estabelecidos pela clínica escola da instituição. O estágio foi realizado durante o 7° e o 8° período da graduação. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais de 2023 no art. 2, para os cursos de graduação em Psicologia (CFP, 2023), a formação dos psicólogos deve ser fundamentada em valores e princípios como o desenvolvimento do conhecimento científico, a valorização de diversas perspectivas epistemológicas e teórico-metodológicas, e o incentivo à interlocução com outros campos do saber para compreender a complexidade do fenômeno psicológico. Além disso, é essencial o compromisso com a construção de uma sociedade democrática e justa, a promoção da cidadania, saúde, dignidade humana e qualidade de vida, o respeito à ética profissional, a diversidade pessoal, social e cultural em conformidade com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) e o reconhecimento da importância da educação permanente e do aprimoramento contínuo da prática profissional e a formação necessárias para lidar com as demandas da realidade. Segundo Fam e Neto (2019), como estipulado no Art. 8 das resoluções do CNE/CES: 
As DCNs definem “competências” como os desempenhos e atuações requeridas do formado em Psicologia, que devem garantir ao profissional um domínio de alguns “conhecimentos psicológicos e a capacidade de utilizá-los em diferentes contextos que demandam a investigação, análise, avaliação, prevenção e atuação em processos psicológicos e psicossociais, e na promoção da qualidade de vida.
 
Como parte das competências de formação do Psicólogo, documenta-se os atendimentos realizados na clínica escola por meio de prontuários semanais de atendimento, registro de triagem, anamnese e demais documentos psicológicos solicitados pelos usuários, em conformidade com Código de Ética da profissão, regulamentado na Resolução 09/2024, assim como com a Resolução 06/2019, que dispõe da elaboração de documentos (Resoluções Nº 007/2003 e 06/2019).  
Da mesma forma, o estágio supervisionado se apresenta em conformidade com a Resolução nº 5, de 15 de março de 2011 que enfatiza a garantia do desenvolvimento das competências específicas previstas ao longo da formação. Bem como, de acordo com a Resolução nº 022/CONSUN-CaEn/2016 que aprova o regulamento das atividades de conclusão do curso de Psicologia, Bacharelado, do CCS, Campus Itajaí (UNIVALI, 2024). 
Os atendimentos ocorreram semanalmente durante o período matutino, com cada sessão tendo a duração de 45 minutos, em uma sala de atendimento da clínica-escola da Univali. Posteriormente, os registros desses atendimentos foram discutidos em encontros presenciais semanais de 60 minutos para orientação com o supervisor profissional. Em conformidade com o Código de Ética Profissional do Psicólogo, regulamentado pela Resolução CFP nº 9/2024, o sigilo das informações foi rigorosamente mantido. Todos os usuários consentiram com a gravação, a observação e a orientação profissional conforme estipulado pelas referidas Resoluções. 
 
2. CARACTERIZAÇÃO DA CLÍNICA DE PSICOLOGIA
A Clínica de Psicologia da Univali presta atendimentos à comunidade de Itajaí e região desde 1991 e caracteriza-se como um serviço-escola. Os atendimentos acontecem de forma individual para crianças, adolescentes, adultos e idosos e são realizados pelos acadêmicos regularmente matriculados no Estágio Específico com ênfase nas Práticas Psicoterapêuticas do 7º e 8º períodos do Curso de Psicologia da Instituição. Os estagiários são orientados e supervisionados semanalmente por professores psicólogos inscritos no Conselho Regional de Psicologia. (UNIVALI, 2024).  
As ações objetivam a concretização de práticas de ensino e aprendizagem em Psicologia, mediante a prestação de serviços aos usuários encaminhados pelos serviços de saúde e educação através de busca espontânea à Clínica de Psicologia da Univali, no qual realiza-se avaliação psicológica, psicodiagnóstico e psicoterapia. (UNIVALI, 2024). Fazem parte das atribuições do estagiário, como consta no manual da clínica (2024), a assinatura do Termo de Compromisso do estágio, participação frequente nas orientações, assiduidade e pontualidade nos atendimentos, cumprimento das normas éticas concernentes à profissão de psicólogo, execução das atividades propostas, preenchimento da documentação dos atendimentos, registro dos horários de atendimento e observação, uso do crachá de identificação e jaleco verde para os atendimentos e o cumprimento das normas redigidas no manual.  
A estrutura da clínica dispõe de 21 salas, sendo uma para coordenação, uma para almoxarifado, uma para recepção, uma sala de espera para os usuários, uma para a espera dos estagiários, uma sala para estudos, duas salas para orientação, duas para atendimento infantil, dez para atendimento adulto e uma de circuito interno de som e imagem. A clínica conta com dois psicólogos responsáveis pela clínica, três funcionárias e uma servente no quadro de funcionários. (UNIVALI, 2024).  
Quanto aos atendimentos, uma vez que o usuário é chamado para atendimento na Clínica de Psicologia da UNIVALI procede-se o agendamento do dia para o primeiro atendimento. No primeiro dia de atendimento, o usuário deverá ser informado pelo estagiário sobre a assinatura do Termo de Compromisso o qual determina os procedimentos para a realização dos atendimentos na Clínica de Psicologia da Univali (UNIVALI, 2024). 
Os atendimentos são realizados uma vez por semana, no horário matutino, com duração de 45 minutos cada, em uma sala de atendimento da clínicaescola da Univali. Os primeiros quatro atendimentos são chamados de acolhimento e foram realizados por dois estagiários de psicologia: um que atendeu diretamente e outro que observou por meio de câmeras e áudios em uma sala separada. Após os acolhimentos, os casos passam a ser atendimento psicoterapêutico. Os mesmos foram registrados posteriormente para a orientação com o supervisor profissional em encontros presenciais de sessenta minutos semanais. Conforme código de ética da Psicologia que regulamentou a Resolução CFP nº 09/2024, foi respeitado o sigilo das informações, estando os usuários de acordo com a gravação, a observação e a orientação profissional (CFP nº 09/2024). 
Na psicoterapia, são elaborados semanalmente prontuários dos atendimentos, registros de triagem, anamnese e demais documentos psicológicos demandados pelos usuários. Também são realizados encaminhamentos quando necessário e, se preciso, o desligamento do usuário por motivos de alta, faltas não justificadas ou abandono dos atendimentos, sempre respeitando as diretrizes éticas da profissão (UNIVALI, 2024).  
3. O PSICÓLOGO CLÍNICO E AS PRÁTICAS PSICOTERAPÊUTICAS 
A psicologia clínica no Brasil possui uma trajetória marcada por diversos momentos importantes ao longo dos anos. Ela teve início no final do século XIX, com a chegada de imigrantes europeus que trouxeram consigo conhecimentos sobre a psicologia e a psiquiatria. No entanto, foi somente no início do século XX que a psicologia clínica começou a se desenvolver de forma mais estruturada e organizada, com a fundação de clínicas e hospitais psiquiátricos no país. Neste trecho, é destacada a atuação profissional do psicólogo nas décadas finais de 1940, onde ele passa a se envolver mais na seleção e orientação profissional, deixando de ser subordinado à educação. Além disso, o psicólogo começa a trabalhar em escolas, principalmente em escolas experimentais, e inicia sua atuação na clínica, realizando diagnósticos psicológicos em crianças e adolescentes, orientando pais e oferecendo orientação de vida.   
A partir da década de 1960, a psicologia clínica no Brasil passou por um período de expansão, com o surgimento de novas abordagens terapêuticas e a incorporação de métodos e técnicas inovadoras no tratamento de transtornos mentais. Paralelamente, houve um aumento na demanda por serviços de psicoterapia e a crescente valorização do papel do psicólogo clínico na promoção da saúde mental e no bem-estar da população.  
Atualmente, a psicologia clínica no Brasil é uma área em constante desenvolvimento, com profissionais capacitados a atuar em diferentes contextos, como clínicas e hospitais. Além disso, a diversidade cultural do país e a pluralidade de abordagens terapêuticas disponíveis contribuem para uma prática clínica rica e abrangente, que busca atender às necessidades específicas de cada cliente e promover a saúde mental de forma integral.  
No âmbito terapêutico os psicólogos desempenham um dos papeis fundamentais, que se refere no tratamento das demandas psicológicas, emocionais e comportamentais. Através de uma abordagem terapêutica voltada para o indivíduo, esses profissionais utilizam diferentes técnicas e abordagens psicoterapêuticas para ajudar seus clientes a lidar com seus problemas e alcançar um maior desempeno e melhora no seu dia a dia.  
Contudo as práticas psicoterapêuticas são utilizadas pelos psicólogos clínicos para ajudar seus pacientes a entender seus pensamentos, sentimentos e comportamentos, identificando padrões negativos e disfuncionais, e criar estratégias para mudar e melhorar sua qualidade de vida. Existem várias abordagens terapêuticas, inclusive a psicoterapia cognitivo-comportamental, entre outras, que podem ser adaptadas de acordo com as necessidades e objetivos de cada paciente.  
No processo terapêutico, os psicólogos clínicos estabelecem uma relação de confiança e empatia com seus pacientes, criando um espaço acolhedor no qual eles podem aprofundar e desenvolver habilidades para lidar com seus desafios. Através do diálogo, reflexão e das intervenções terapêuticas, os psicólogos clínicos auxiliam seus clientes a desenvolver uma compreensão maior de si mesmos, e promover mudanças positivas em suas vidas alcançando um maior equilíbrio emocional.  
Além disso, os psicólogos clínicos também exercem um papel essencial na avaliação e no diagnóstico de transtornos mentais, elaborando um tratamento mais adequado para cada caso e acompanhando a evolução do paciente ao longo do processo terapêutico.  
Muitos estudantes são motivados pela possibilidade de compreender outros indivíduos e estabelecer relações significativas. Estudos revelam que os calouros veem a Psicologia Clínica de forma seletiva e individualista, desejando ajudar os outros e curiosos sobre o ser humano. Na perspectiva de Moura (1999), destaca que muitos estudantes são influenciados pelos professores e incentivados a buscar tratamento psicoterapêutico como parte de sua formação profissional. A psicoterapia pessoal é vista como crucial para a formação do estudante de Psicologia e essencial para a qualidade de sua prática futura como profissional de Psicologia Clínica. A pesquisa também aborda a importância da prática clínica, da teoria com a prática e da supervisão na aprendizagem da Psicoterapia. Enfatiza que a atitude clínica é desenvolvida ao longo da experiência do atendimento aos pacientes e é influenciada pelo conhecimento teórico, experiências pessoais e psicoterapia pessoal do psicoterapeuta.  
A formação profissional do psicólogo é vista como inerentemente ligada à sua saúde mental e ao autoconhecimento, sendo a psicoterapia pessoal uma experiência fundamental para a construção de uma postura profissional autêntica e eficaz. A prática da psicoterapia é vista como essencial não apenas para ajudar casos agudos, mas também para auxiliar pessoas em fases de transição e conflito. A responsabilidade do psicoterapeuta na qualidade de sua formação profissional e na resposta terapêutica ao pedido de ajuda de outro ser humano, são ressaltados como aspectos cruciais a serem considerados ao escolher essa profissão.  
Entretanto, a terapia comportamental requer uma série de habilidades por parte do terapeuta para garantir sua efetividade clínica. De acordo com (Rangé, Guilhardi, Kerbauy, Falcone e Ingberman 1995 apud Cynthia Borges de Moura, 1999) algumas das habilidades relevantes incluem empatia, aceitação, diretividade, análise de casos, ética profissional e equilíbrio emocional. Guilhardi (1988) destaca que o terapeuta deve responder a contingências de desenvolvimento e manutenção do seu repertório em diferentes contextos, como a comunidade-cliente, a relação terapêutica, a interação com a equipe, a comunidade universitária e a comunidade científica. Essas contingências ajudam o terapeuta a aprimorar suas habilidades e adaptar seu comportamento de acordo com as demandas específicas de cada situação.  
Em conclusão, a prática da psicologia clínica, com suas diversas abordagens terapêuticas, desempenha um papel fundamental na promoção da saúde mental, no tratamento de questões psicológicas e no bem-estar emocional dos indivíduos. Os psicólogos clínicos, ao desenvolverem suas habilidades terapêuticas e se adaptarem às diferentes demandas dos pacientes, possibilitam a construção de relações terapêuticas profundas, auxiliando na resolução de conflitos e na busca por uma melhor qualidade de vida. A formação dos futuros psicoterapeutas, incluindo a psicoterapia pessoal e a experiência clínica, é essencial para a construção de uma prática profissional autêntica e eficaz. Em um contexto de constante evolução, a terapia comportamental destaca a importância das habilidades do terapeuta e sua capacidade de se adaptar às diferentes situações para garantir a eficácia do tratamento. Assim, os psicólogos clínicos desempenham um papel crucial na sociedade, oferecendo apoio, orientação e cuidados especializados para o bem-estar mental de seus clientes, contribuindo para uma sociedade mais saudável e equilibradaemocionalmente.  
 
4. O PROCESSO DO PSICODIAGNÓSTICO E O ACOLHIMENTO
O Psicodiagnóstico teve origem na Psicologia Clínica e dos primeiros trabalhos em Psicometria, que pode ser definido por um processo científico que utiliza de uma ou mais técnicas, que se apoiam em uma teoria de base, em atendimento clínico individual ou grupal, seja para levantar hipóteses diagnósticas, identificar ou avaliar aspectos específicos ou comunicar resultados, que precedem a psicoterapia e auxiliam na intervenção do profissional. (Cunha, 2000).  Ainda segundo esse mesmo autor podemos classificar os testes psicológicos em três grandes grupos, sendo eles os Projetivos, os Psicomotores e os de Inteligência. Esses testes possibilitam uma compreensão mais profunda dos conteúdos, investigam a personalidade, a autoimagem, percepções de si e dos outros etc. Por exemplo utiliza-se alguns dos testes como Desenho da Família, Desenho da Figura Humana, HTP e outros.
A triagem é um instrumento que auxilia o estagiário/psicólogo a traçar possibilidades de caminhos investigativos perante o sofrimento apresentado pelo sujeito, bem como a elaboração de hipóteses diagnósticas para seguir com o encaminhamento mais apropriado. É também neste momento que se possibilita um espaço de escuta e acolhida, assim sendo, a triagem se torna a tarefa de procurar um significado para os sofrimentos e afetos trazidos pelo usuário (Marques, 2005). A anamnese levanta detalhadamente a história de desenvolvimento da pessoa, abarca principalmente sua infância, até o encontro do momento atual. Visto isso, ela facilmente segue uma estrutura cronológica (Tavares, 2007).
No processo inicial de psicoterapia com o paciente adulto, o profissional Psicólogo se utiliza da primeira entrevista com o objetivo de esclarecer o motivo da consulta. Elas devem começar de forma livre, não direcionada. Ao longo do processo o paciente traz outras demandas, que possibilitam ao mesmo construir a história de vida. Por solicitação o profissional colhe mais informações sobre o sintoma, estabelece um contrato para esta etapa, por exemplo quantas entrevistas e quem participará.  
De acordo com Ocampo (1999), o primeiro contato com a criança para atendimento se dá após uma primeira entrevista com os responsáveis. Pode-se começar interrogando a criança se ela sabe por que os responsáveis a levaram ao psicólogo e a partir daí pode-se iniciar um diálogo, no qual a criança pode expressar a sua versão ou motivos ocultados pelos responsáveis. No processo psicoterapêutico com crianças utiliza-se muito da linguagem lúdica, ou seja, outras técnicas de interpretação.  
O profissional tem que avaliar com responsabilidade a demanda trazida pelo paciente e a partir disso, considerar os padrões éticos e, quando favorável, delinear os objetivos de sua realização, e o que envolve um psicodiagnóstico é essencialmente as habilidades e competências do profissional Psicólogo, que se desenvolvem no curso de bacharelado em Psicologia, com aperfeiçoamento, como cursos de extensão, especializações, mestrados e doutorados (Hutz at. al, 2016).
Ainda segundo Hutz, (2016), o psicodiagnóstico clínico se encerra com uma entrevista na qual o profissional informa ao paciente as conclusões do processo psicodiagnóstico e nesta conversa devolutiva também se observam as respostas verbal e não verbal do paciente e/ou de seus pais ao receberem a mensagem do psicólogo. Com esta é possível sintetizar o caso e emitir o psicodiagnóstico com maior clareza.
O acolhimento configura-se em receber indivíduos, acolher, compreender, escutar as demandas e questionar o objetivo para a procura pelo atendimento. A estratégia do acolhimento substitui e melhora o processo de triagem, a prática que significa selecionar, escolher e separar. Assim, os acolhimentos favorecem que o fluxo da clientela que buscam o atendimento sejam filtrados conforme às demandas, ou seja, quando há a necessidade de atendimento psicoterápico ou de avaliação, ou ainda quando o problema pode ser solucionado com intervenções focais (Ferreira, 2004). Para concluir é necessário salientar que os acadêmicos da clínica-escola devem respeitar e oferecer um atendimento aos usuários com qualidade, visando proporcionar a escuta com empatia e que expressem também reflexões sobre as práticas inerentes à profissão.  
5. ABORDAGEM PSICOTERAPÊUTICA
A Terapia Cognitiva emprega o conceito da estrutura "biopsicossocial" na determinação e compreensão dos fenômenos relativos à psicologia humana; entretanto, caracteriza-se como uma abordagem que enfoca os fatores cognitivos da psicopatologia. Vem demonstrando eficácia em pesquisas científicas rigorosas além de ser uma das primeiras a reconhecer a influência do pensamento sobre o afeto, o comportamento, a biologia e o ambiente (Shinohara,1997; Shaw & Segal, 1999).  
De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a uma situação específica podendo chegar a conclusões também variadas. Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, em outros momentos estas respostas podem ser peculiares derivadas de experiências particulares e peculiares a um indivíduo. Em qualquer situação estas respostas seriam manifestações de organizações cognitivas ou estruturas. Uma estrutura cognitiva é um componente da organização cognitiva em contraste com os processos cognitivos que são passageiros (Beck, 1963; 1964).  
O avanço significativo na integração da cognição e do comportamento ocorreu com o trabalho de Aaron Beck na década de 1960. Em sua obra "Depression: Causes and Treatment" (1967), Beck propôs a teoria cognitiva da depressão, argumentando que os pensamentos automáticos negativos desempenham um papel central na depressão.   
Segundo Barlow (2023) a TCC como uma abordagem distinta começou a se desenvolver no final da década de 1960 e início da década de 1970, quando Beck e outros terapeutas começaram a integrar elementos cognitivos e comportamentais em um único modelo terapêutico. A obra "Cognitive Therapy and the Emotional Disorders" (1976) de Beck é frequentemente citada como um marco no desenvolvimento da TCC.  
 
5.1. PRINCIPAIS PENSADORES E INFLUÊNCIAS: 
A terapia concebida por Beck sofreu influências das noções fundamentais de diversas escolas filosóficas que são reveladas pelo próprio autor, dentre as quais: o Estoicismo, o Empirismo e o Racionalismo e filosofias orientais, sendo que, estes consideram que as emoções humanas são baseadas no pensamento, que, por sua vez, geram raciocínios, sentimentos, comportamentos e influenciam a percepção da realidade experimentada pelo indivíduo (Cordioli et al. 2008; Pereira & Rangé, 2011).  
As origens filosóficas da terapia cognitiva podem ser buscadas nos filósofos estoicistas, especialmente em Zenão de Cítio (século IV a.C.), Crísipo, Cícero, Sêneca, Epicteto, Marco Aurélio. Epicteto escreveu, no Enchiridion: “Os homens não são perturbado pelas coisas, mas pelas visões que têm delas”. Assim como o estoicismo, filosofias orientais como o taoísmo e o budismo enfatizaram que as emoções humanas se baseiam em ideias. O controle dos sentimentos mais intensos pode ser alcançado pela modificação das ideias de uma pessoa (BECK, 1997).  Esses filósofos contribuíram significativamente para o desenvolvimento e a evolução da teoria cognitivo-comportamental ao longo do tempo.  
 
5.2. CONCEPÇÕES DO SER HUMANO E DOS PROCESSOS PSIQUICOS
 
A TCC é uma abordagem psicoterapêutica que se concentra na interação entre pensamentos, emoções e comportamentos, buscando compreender como padrões de pensamento disfuncionais podem influenciar as emoções e comportamentos de uma pessoa (Beck, 2007; Beck, 2017).   
Sobre os processos psíquicos, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ensina ao pacienteferramentas para avaliar seus pensamentos de forma estruturada e consciente, sobretudo quando ele está abalado ou engajado em comportamento inútil (BECK, 2022). De acordo com Beck, no começo da infância, as crianças desenvolvem determinadas ideias sobre si mesmas, sobre as outras pessoas e o seu mundo. As suas crenças mais centrais ou crenças nucleares, são compreensões duradouras tão fundamentais e tão profundas que frequentemente não são articuladas nem para si mesmo. A pessoa considera essas ideias como verdades absolutas - é como as coisas são. De acordo com Beck (2022), para se trabalhar crenças é necessário fortalecer crenças adaptativas, estimulando o paciente a se engajar em atividades que podem lhe trazer sentimentos de domínio, prazer e conexão. 
 
5.3. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
  
A TCC é uma abordagem psicoterapêutica amplamente utilizada e baseia-se em várias características distintivas que a diferenciam de outras formas de terapia. Segundo Wenzel (2018), a Teoria Cognitiva Comportamental evidencia o vínculo entre os pensamentos, emoções e comportamentos, sendo bastante utilizada na prática clínica para tratamento de diversos problemas psicológicos na atualidade, por se tratar de uma abordagem prática e focada nas soluções durante o tratamento, que tem como objetivo identificar e modificar os pensamentos disfuncionais e padrões de comportamento negativos que contribuem para o sofrimento emocional do indivíduo.   
Um aspecto fundamental na TCC é o estabelecimento de uma aliança entre terapeuta e paciente. Alves (2017) ressalta essa parceria é essencial durante o processo terapêutico, onde o paciente sentirá um ambiente de segurança e confiança, colaborando assim, para a efetividade deste processo. Assim, os dois precisam analisar a queixa que está sendo apresentada como finalidade da psicoterapia e quais recursos usaram para resolvê-la. Além disso, precisarão estabelecer a duração do processo terapêutico e alinhamento do que será trabalhado.  
 	“A aliança terapêutica   é   uma   relação   de   colaboração   mútua, marcada   por concordâncias   entre   terapeuta   e   cliente   e   constituída   por três componentes   interdependentes:   objetivos, tarefas   e   vínculo.   Os objetivos dizem respeito ao consenso sobre expectativas de resultados de curto e longo prazo entre terapeuta e cliente. As tarefas podem ser definidas como acordos ou consensos entre terapeuta e cliente no que diz respeito ao que deve ser feito na terapia e como atividades diversas na terapia contribuirão para a resolução do problema do cliente. Já o vínculo está associado à ligação afetiva entre terapeuta e cliente” (Singulane; Sarte, 2017, p. 786).
    
De acordo com Serra (2020) a TCC reflete aspectos interessantes em sua prática clínica. Baseia-se na noção de esquemas, construídos ao longo do desenvolvimento, cujo conjunto resume as percepções pelo indivíduo de regularidades do real com base em suas experiências históricas relevantes.    Isto a partir de estruturas cognitivas que, em uma relação multimodal, organizam nossas experiências do real e são atualizadas por elas, ao mesmo tempo em que guiam o foco de nossa atenção. A TCC adota uma abordagem estruturada, mas apoia-se em uma relação bilateral entre o terapeuta e o paciente, na qual ambos têm um papel ativo através do processo psicoterápico.   Essas características fazem da TCC uma abordagem altamente eficaz para uma variedade de problemas psicológicos, incluindo ansiedade, depressão, transtornos de humor, transtornos alimentares, entre outros. 
 
5.4. EXEMPLOS DE TÉCNICAS  
A Terapia Cognitivo-Comportamental emprega uma variedade de técnicas projetadas para ajudar os pacientes a identificar, entender e modificar padrões de pensamento disfuncionais, emoções negativas e comportamentos problemáticos. Aqui estão algumas das técnicas mais comuns utilizadas na TCC.  
O Registro de Pensamento Disfuncional (RPD), conforme descrito por Judith Beck (2005) pode ser usado para auxiliar a rastrear os pensamentos que foram ativados pela situação estimuladora e que geraram a emoção e o comportamento subsequentes. Um exercício de RPD pode capacitar os pacientes a descobrir, esclarecer e alterar os significados que atribuíram a eventos perturbadores e compor uma resposta alternativa ou racional. Às vezes, a mera tarefa de identificar erros cognitivos, independente ou em combinação com o preenchimento de um RPD, pode ser um bom exercício para desenvolver no consultório ou como tarefa de casa.  
Outra técnica bastante utilizada também, é o Treino Assertivo e o Feedback Corretivo que, segundo Loureiro (2013) é eficiente para o tratamento da Síndrome de Burnout. O Treino Assertivo tem como princípio ressignificar o modo de como o indivíduo se enxerga, melhorando sua assertividade e reconstruindo autoconfiança. Loureiro (2013) afirma que a forma de utilizar esta técnica precisa ser cautelosa e com objetivo de reforçar os comportamentos assertivos para diminuir comportamentos inapropriados.   
 Pode-se mencionar ainda a técnica conhecida como Seta descendente. Ela é comumente utilizada para a exploração de medos subjacentes, foi conceituada por Judith Beck (1995), como uma importante ferramenta de reflexão, na qual ao perguntar o que um pensamento significa para o paciente, vai evocar crenças intermediárias, já se perguntar ao paciente o que um pensamento significa sobre ele, evoca crenças nucleares. É uma técnica implementada através de uma série de perguntas com o objetivo de se descobrir o esquema básico subjacente (crenças intermediárias) a partir dos pensamentos de nível mais superficial chega-se a identificar a crença central. Com esta técnica, o terapeuta continua a fazer perguntas sobre o pensamento ou evento: “O que aconteceria, então, se isso fosse verdade?” Ou “O que isso significaria para você, se acontecesse?” De acordo com isso, o terapeuta escreve o pensamento do paciente na parte superior da página e então desenha uma flecha para baixo, em direção à série de pensamentos ou eventos implícitos no pensamento.  
Essas são apenas algumas das técnicas comumente utilizadas na TCC. A escolha e aplicação das técnicas dependem das necessidades específicas do paciente e do foco do tratamento.  
6. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS
Estudo de caso 1
Identificação Prontuário: 12.9919
Iniciais: H.F.D.S
Idade: 18
 Sexo: M
 Escolaridade: Ensino médio completo.
N° de sessões: 18
Breve Histórico.
O usuário H., sexo masculino, 18 anos, se apresentou por iniciativa própria, relatando sua queixa principal como sintomas de ansiedade, baixa autoestima, e insegurança em relação à sua aparência. Sua rede de apoio é composta predominantemente por amigos, sendo que a principal fonte de apoio anteriormente era a avó, que faleceu apenas um ano atrás. O usuário descreveu episódios frequentes de ansiedade e de tristeza, caracterizados por pensamentos automáticos negativos e preocupações excessivas, impactando de forma significativa suas atividades diárias e seu bem-estar geral. Ele também relatou sentimentos de inadequação e falta de valor pessoal, que interferem na sua autopercepção e nas suas interações sociais. Além disso, apresenta uma preocupação persistente com a própria aparência, manifestada em comportamentos como evitar sair de casa devido à insatisfação com sua aparência, preocupando-se com a opinião alheia e sua relação com o peso.
Segundo H., as crises de ansiedade se iniciaram na sua infância ocorridas pela sua insegurança por conta de seu sobrepeso e se intensificaram no período da adolescência.
Conforme os atendimentos psicoterapêuticos, foi orientado a procura de um psiquiatra para um possível uso de medicamentos para ajudar no tratamento da ansiedade. O usuário passou a tomar o medicamento............. que relatou após algumas semanas estava se sentindo melhor com a ajuda medicamentosa.
O usuário relatou que há 1 ano sua avó, com quem ele tinha seu maior vínculo faleceu criando gatilhos de ansiedade por não ter mais essa figura de vínculo afetivo. Como seurelacionamento com seus pais e irmãs não são tão próximos o usuário sente falta desse contato direto com seus pais, porém devido a um certo distanciamento de alguns anos, o mesmo sente dificuldade em se aproximar de seus pais, principalmente de sua mãe, diante disso o usuário quer resgatar essa aproximação com sua mãe fortalecendo seu vínculo com ela e os laços familiares.
Relatos fundamentados:
H.
18 anos 
Prontuário nº 12.9919
Início do atendimento: 08/04/24.
Término do atendimento: 
Foram realizadas 18 sessões de psicoterapia com duração de 50 minutos com o usuário H., que ocorreram semanalmente às terças-feiras no horário das 11h às 11;50h, na Clínica Escola de Psicologia da Univali.
Os primeiros atendimentos foram destinados para os processos de triagem, anamnese e laudo com o objetivo de traçar possibilidades de caminhos investigativos perante o sofrimento apresentado pelo mesmo. 
Através do procedimento de anamnese foi possível levantar detalhadamente a história de desenvolvimento do usuário, desde a sua infância, até o encontro do momento atual, com uma estrutura cronológica de dados, datas, anos, sintomas, comportamentos, etc. A anamnese é uma etapa fundamental no processo de avaliação psicológica, pois permite ao profissional conhecer a história de vida do cliente, suas experiências, sentimentos e comportamentos. Ao coletar essas informações, o psicólogo pode identificar padrões, gatilhos e contextos que contribuem para a demanda apresentada pelo cliente, possibilitando uma compreensão mais ampla e precisa das questões a serem trabalhadas (Silva; Bandeira. In: Hutz, 2016). 
Neste primeiro momento foi realizada a triagem com o usuário, que relatou apresentar sintomas ansiogênicos, como palpitações, choro, pressão no peito e falta de ar, exacerbados em razão da pressão exercida pelo ambiente acadêmico e familiar. Enfrenta dificuldades em sair de casa devido à baixa autoestima e deseja cursar medicina, embora tenha sido aprovado apenas em odontologia. A pressão dos pais para ingressar rapidamente na universidade gera insegurança e procrastinação. H. relatou que sua mãe, psicóloga, e seu pai, engenheiro civil, não sabem sobre sua orientação sexual, embora ele acredite que sua mãe desconfie.
Trabalha desde os 16 anos, atualmente em um mercado com jornada de 8 horas diárias, onde enfrenta raiva e estresse no atendimento ao público. As técnicas comportamentais para lidar com o medo e a ansiedade são fundamentais para promover um enfrentamento saudável de situações desafiadoras. A exposição gradual ao objeto ou situação que provoca medo, combinada com métodos de relaxamento, pode ajudar a desensibilizar respostas emocionais negativas e permitir que o indivíduo se sinta mais confortável e seguro. A respiração diafragmática, por exemplo, é uma prática simples, mas eficaz, que ajuda a regular a resposta fisiológica ao estresse, promovendo um estado de calma (Leahy, 2006; Neborsky e Lewis, 2011). Além disso, a análise de vantagens e desvantagens, conforme sugerido por Friedberg e McClure (2019) amplia a compreensão sobre as escolhas que fazemos e suas consequências. Ao considerar os diversos aspectos de uma situação, a pessoa se torna mais capaz de agir de maneira que favoreça seu bem-estar, o que, por sua vez, pode reduzir a ansiedade e aumentar a confiança em suas próprias capacidades.
Sugeriu-se que o usuário H. conversasse abertamente com seus pais sobre suas aspirações e sentimentos, com o objetivo de aliviar essa pressão e construir um ambiente mais acolhedor, que leve em conta suas reais vontades e necessidades, independentemente das expectativas externas.
Nos encontros posteriores, o usuário H. relatou que estava mais leve, depois da última sessão de terapia, mas expressou preocupação com a recusa de uma vaga no vestibular em outra cidade. Em relação à aparência física e à opinião dos outros apresenta sintomas que causam angústia, especialmente quando percebe olhares que interpreta como críticos. Isso resulta em episódios frequentes de preocupação e desconforto. Relata que fez uso de um floral, indicado por uma amiga terapeuta para lidar com os sintomas ansiogênicos.
H. relatou alívio temporário até dezembro quando manifestou sintomas físicos como taquicardia, esquiva, perda de apetite, constipação e falta de vontade. O usuário também relata apresentar aperto no peito, pensamentos acelerados e ideações suicidas, mas acredita não conseguir concretizá-las. H. tem dificuldade para dormir e precisa criar cenários mentais, como imaginar um rio ou água corrente. Eventos traumáticos recentes, como o suicídio de um amigo no seu aniversário do ano passado e a morte de sua avó no seu aniversário deste ano, agravaram seu estado emocional. O impacto emocional das perdas recentes e a sobrecarga de pensamentos negativos e disfuncionais contribuíram significativamente. O registro de pensamentos disfuncionais (RDP) é uma ferramenta valiosa na terapia cognitiva, pois permite que os indivíduos identifiquem e desafiem suas crenças negativas e distorcidas. Ao preencher o RDP, o usuário pôde registrar situações que desencadeiam emoções negativas, os pensamentos automáticos que surgem em resposta a essas situações, as emoções sentidas, e, por fim, refletir sobre a realidade desses pensamentos e suas implicações. A prática do RDP ajuda a aumentar a conscientização sobre os próprios padrões de pensamento, proporcionando uma oportunidade para reavaliar e modificar esses pensamentos disfuncionais. Isso pode levar a uma melhoria no bem-estar emocional e a uma maior capacidade de enfrentar desafios, alinhando-se mais de perto com os objetivos pessoais (Beck, 2022)
 No encontro seguinte relata que tomou a decisão de procurar um novo emprego. No âmbito acadêmico, H. iniciou os estudos para o vestibular da Acafe e está frequentando autoescola diariamente, já que planeja assumir o carro da avó, o que será útil quando retomar os estudos. O usuário relatou dificuldades para dormir, referindo um turbilhão de pensamentos que provocam agitação mental. As mudanças no horário de trabalho afetaram negativamente sua rotina e estado psicológico, ao ponto de considerar processar a empresa. Em relação às suas dinâmicas familiares, H. descreveu falta de intimidade com seus pais. Mencionou que suas irmãs são tratadas com muito carinho e que sua prima, que foi morar com sua família para fazer faculdade, também recebe mais atenção de seus pais, algo que ele não experimenta. Ele valoriza sua independência financeira, utilizando seus rendimentos para suprir necessidades pessoais, como roupas e pagamento da autoescola.
O usuário H. apresentou-se com 15 minutos de atraso à sessão. Durante o encontro, ele trouxe várias questões relacionadas ao seu trabalho, incluindo a abertura de um processo. H. mencionou planos de entregar currículos em busca de um emprego. Ele inscreveu-se para o vestibular, cuja prova ocorrerá em junho. Relatou que está frequentando a autoescola, o que tem contribuído positivamente para distrair seus pensamentos do trabalho. H. agendou consulta com um psiquiatra devido ao excesso de pensamentos, entendendo a necessidade de intervenção medicamentosa. Ele compartilhou um episódio que gerou sintomas ansiogênicos, ao solicitar que o Uber parasse no bloco F e o carro parou no bloco B, ele se sentiu frustrado. Essa reação está alinhada à sua necessidade de organização e controle, evidenciando um desconforto significativo quando suas expectativas não são atendidas. No que diz respeito aos estudos, H. não tem conseguido dedicar-se como gostaria, mas reconhece a importância do autocuidado, tendo planejado assistir a um filme e cuidar da aparência, como fazer as sobrancelhas. Mencionou uma relação distante e fria com os pais, sem expectativas de reconciliação. O interesse pela medicina, especificamente a área de cirurgia plástica, está mais voltado para aspectos estéticos do que pelo cuidado com o outro. 
A compreensão dos próprios comportamentos e das variáveis que os influenciam é, de fato, um processo crucial para o desenvolvimentodo autocontrole. Quando um indivíduo se torna consciente do contexto em que suas ações ocorrem e das consequências que estas geram, ele adquire uma ferramenta poderosa para a modificação de seu comportamento. Essa autoconsciência permite que a pessoa identifique padrões, reconheça gatilhos e avalie alternativas antes de agir, o que pode resultar em escolhas mais conscientes e alinhadas com seus objetivos. Além disso, a incorporação da habilidade de autocontrole ao repertório comportamental não apenas contribui para a regulação emocional e a tomada de decisões, mas também promove um maior bem-estar e satisfação pessoal. Através da prática e da reflexão sobre suas ações, o indivíduo pode desenvolver estratégias que reforcem comportamentos desejáveis e minimizem os indesejáveis, criando um ciclo positivo de aprendizado e adaptação.
Nesse sentido, o entendimento das próprias motivações e dos fatores que influenciam o comportamento é um primeiro passo essencial para a transformação pessoal. Essa abordagem, fundamentada na análise comportamental proposta por Skinner (2006) destaca a importância da prática deliberada e da autoavaliação na construção de um comportamento mais adaptativo e autorregulado.
Nos próximos encontro foi trabalhado o RDP (Registro de Pensamentos Disfuncionais) e discutida a importância do autocuidado, da prática regular de exercícios físicos, a relevância da higiene do sono e a necessidade de reduzir o uso do celular antes de dormir para melhorar a qualidade do sono. O paciente relatou que assistiu a filmes e séries em casa e que fez simulados de estudos preparando-se para uma prova em junho. Ele mencionou dificuldade em manter a concentração por longos períodos. Além disso, comentou que nunca prestou a prova da Acafe, mas pretende realizá-la como uma forma de avaliar seus conhecimentos, especialmente considerando que haverá outra prova no fim do ano, juntamente com a prova da Universidade Federal de SC. Ele expressou um desejo de sucesso, embora tenha afirmado que suas expectativas atuais não são muito elevadas.
O usuário compartilhou que realizou uma consulta psiquiátrica rápida, onde foi prescrito amytril (25 mg), para ajudá-lo a dormir. Insatisfeito com o atendimento, o usuário remarcou a consulta com outro psiquiatra. Em concordância com a estagiária de psicologia ele reduziu o uso do celular a noite, aliviando levemente sua agitação, mas o problema ainda persiste. Durante a semana entregou currículos em diferentes espaços e está no aguardo de retorno. Aos poucos, está se adaptando ao tempo livre com um cronograma semanal, incluindo autocuidado e planos para caminhar. Relatou uma relação distante com o par e uma interação ríspida com a mãe sobre a medicação. O medo de rejeição surgiu na sessão quando o usuário relatava um flerte com seu colega de trabalho, reconhecendo uma ligação com experiências passadas. No tratamento do usuário H., utilizou-se a técnica do Registro de Pensamento Disfuncional (RPD). Essa abordagem auxiliou o usuário a rastrear os pensamentos ativados por situações estimuladoras, que geraram emoções e comportamentos subsequentes.
Nos encontros que seguiram, H. reportou uma melhora nos padrões de sono, atribuindo essa melhoria à redução do uso do celular. Participou de uma entrevista para uma posição de mídia social e está aguardando um retorno para realizar um teste. Além disso, pretende participar de um balcão de emprego no dia seguinte para se candidatar a novas oportunidades. Descreveu a semana como mais tranquila em comparação às anteriores.
Durante a sessão, foi discutido o Registro de Pensamentos Disfuncionais (RPD). H. expressou frustração quanto às suas tentativas de estudar e realizar atividades, alegando que todas falham. Mencionou especificamente duas tentativas má sucedidas de estudo e relatou sentimentos de desespero contínuo, com várias tentativas que não resultam em sucesso. Além disso, de forma breve, foi mencionada a possível desistência de cursar Medicina, pois H. está compreendendo que essa carreira talvez não corresponda ao que ele realmente deseja fazer.
Nesta sessão o usuário relatou que estava trabalhando há uma semana em uma loja em um shopping durante o período da tarde e mencionou estar gostando bastante. Recentemente, tem questionado sua escolha pela carreira de Medicina e não tem certeza se realmente deseja seguir esse caminho, mas também não encontrou outro curso que lhe interesse.
O usuário teve momentos de tristeza devido a pensamentos sobre o futuro e esteve em consulta com o psiquiatra, que prescreveu dois medicamentos: um para dormir e outro para ansiedade. Durante a sessão, foram feitas reflexões sobre a faculdade, sobre a sensação de solidão e sobre o desejo de ter um relacionamento amoroso. Ele acredita que ele próprio dificulta essa possibilidade, mencionando que apenas pessoas que não considera atraentes se aproximam dele. Ele expressou que talvez ainda não tenha coragem de namorar alguém porque seus pais desconhecem sua orientação sexual. Foi sugerido ao usuário refletir sobre dar o primeiro passo, para se aproximar mais dos pais e criar um espaço seguro para compartilhar sobre sua orientação sexual. Também foi sugerido que H. pesquise outras carreiras que possam capturar seu interesse, para que tenha mais clareza e opções além da dúvida em relação à Medicina.
H. relatou ter vivenciado uma semana mais tranquila. Informou ter buscado informações sobre outros cursos, porém ainda não encontrou nenhum que despertasse seu interesse. Comentou sobre a realização da prova da Acafe no domingo, a qual considerou fácil, acreditando que teria obtido um bom desempenho se tivesse estudado mais. Relatou uma necessidade constante de validação por parte das pessoas. Quando realiza uma compra, mesmo estando seguro de sua decisão, sente a necessidade de que alguém esteja presente para opinar, muitas vezes acabando por seguir a opinião alheia com o intuito de agradar. Acredita que aprecia receber elogios. Ao ser questionado sobre a origem desse sentimento, o usuário informou que começou aos treze anos de idade.
Naquele período, estava acima do peso, mas começou a emagrecer e a interessar-se por mudanças no estilo e corpo. O usuário relatou que é frequentemente elogiado por sua inteligência, embora considere que essa habilidade se manifesta apenas em alguns aspectos. No trabalho, executa as atividades rapidamente, mas tende a procrastinar quando se trata de estudar para vestibulares. Durante a discussão sobre a carreira em Medicina, abordaram-se os retornos financeiros e de status que esta profissão proporciona. Relatou dificuldades em demonstrar suas emoções através de contato físico e afirmou que, atualmente, não está satisfeito consigo mesmo, sentindo-se insuficiente e com a autoestima baixa.
O usuário H. relatou que nas últimas duas semanas sua rotina foi comum, sem eventos significativos. Ele experimentou estresse no trabalho devido à semana de promoção, que é particularmente intensa, mas, apesar da correria, relatou satisfação com seu emprego. O usuário mencionou ter sido aprovado no exame teórico do Detran e está aguardando para iniciar as aulas práticas. Compartilhou também sobre sua orientação sexual, expressando alegria por ter ido a uma boate gay e dado o primeiro passo ao pedir para sair com um rapaz pela primeira vez, um marco pessoal importante para ele. Em relação à faculdade, destacou que atualmente não deseja tomar decisões sobre seguir Medicina ou outra área de estudo.
Realizou-se uma sessão de fechamento e uma avaliação devolutiva, identificando que no próximo semestre o foco será no desenvolvimento da autoconfiança. A entrevista devolutiva é, de fato, um componente essencial do psicodiagnóstico, como destacam Albornoz (2016) e Tavares (2007). Ela não apenas apresenta os resultados e conclusões da avaliação, mas também promove uma reflexão conjunta sobre as experiências vivenciadas durante as sessões. Esse momento é crucial, pois permite que o indivíduo se sinta ouvido e validado, ao mesmo tempo em que oferece a oportunidadede discutir suas próprias percepções e sentimentos em relação ao processo e às recomendações apresentadas. Além disso, a entrevista devolutiva serve como um espaço para construir uma compreensão mais profunda dos desafios e conquistas do paciente, facilitando a integração das informações e promovendo um fechamento significativo. Isso pode gerar um novo entendimento e direcionamentos para o futuro, contribuindo para o progresso do tratamento e fortalecendo a aliança terapêutica. Portanto, esse momento é uma rica oportunidade para fomentar um diálogo aberto e colaborativo entre o avaliador e o avaliado, tornando o processo de avaliação mais dinâmico e eficaz.
Primeira sessão após o recesso. O usuário iniciou mencionando quem tem contemplado a possibilidade de cursar Direito, além de Medicina e Odontologia. No entanto, ele expressou um receio relativo a cursar uma faculdade em período integral, temendo que isso pudesse comprometer sua liberdade financeira. O usuário relatou que havia conseguido uma reaproximação com seu pai, mas que ainda não obtivera o mesmo sucesso em relação à sua mãe. O usuário também fez menção ao fato de estar se sentindo melhor relação as demandas que trouxe nas primeiras sessões e demonstrou satisfação com o local em que está trabalhando. Além disso, relatou ter reservado um tempo para si próprio e manifestou interesse em realizar um curso de inglês ou SARF, uma vez que estava prestes a concluir sua carteira de motorista e dispunha de tempo livre. 
O usuário relatou que teve uma semana ansiosa e triste devido à insatisfação com o local de trabalho. Como consequência, ele enviou currículos para outras lojas, embora apreciasse o ambiente de trabalho atual por ser uma boutique, onde os valores das metas dos funcionários eram mais facilmente alcançáveis. Ele conseguiu cumprir seu objetivo ao chamar uma colega de trabalho para conversar acerca de situações que o estavam aborrecendo. Aproveitando o encorajamento dessa experiência positiva de resolução de conflitos, H. decidiu, no dia seguinte, conversar com sua gerente sobre suas insatisfações em relação à loja. Durante a conversa, ele descobriu que sua gerente tinha uma forte admiração pelo trabalho que ele desempenhava, ao ponto de considerá-lo a escolha ideal para substitui-la no cargo de gerência. A estagiária destacou a importância de colocar-se em determinadas situações da vida, enfatizando que, graças à iniciativa de H. em dialogar com sua gerente, ele descobriu a admiração por seu trabalho e a possibilidade de ser indicado para o novo cargo. A estagiária perguntou a H. como foi a sensação de sair de sua zona de conforto para conversar com sua colega e com sua gerente. Ele relatou que, inicialmente, sentiu apreensão, contudo, à medida que a conversa progredia, ele se sentiu cada vez mais à vontade e satisfeito. Além disso, afirmou que pretende ser mais aberto em relação aos seus sentimentos futuros. 
O usuário relatou que teve semanas relativamente tranquilas, exceto pela última, na qual teve uma discussão significativa com sua mãe. Durante essa discussão, ele desabafou, revelando sentimentos que estavam reprimidos há anos. Ele se sentia sempre cobrado por sua mãe, que frequentemente dizia que ele parecia um hóspede em casa. Incapaz de lidar mais com essa situação, ele acabou perdendo o controle e expressando que sempre ajudava nas tarefas e que a distância entre eles era decorrente das constantes cobranças dela. Ele mencionou ainda que sua mãe tratava suas irmãs de maneira mais branda, enquanto ele enfrentava mais exigências. H. compartilhou que nunca havia se expressado emocionalmente dentro da família antes, sempre mantendo seus sentimentos e pensamentos para si mesmo. Durante a sessão, a estagiária perguntou sobre os sentimentos que ele experimentou ao desabafar e ele admitiu que gostou de finalmente expressar seus sentimentos e que não queria mais guardá-los. A estagiária destacou que, apesar de parecer um confronto negativo, o movimento dele foi positivo, pois permitiu a expressão de suas emoções. Foi abordada também a questão da relação entre H. e sua mãe. A estagiária indagou se ele poderia falar sobre seus sentimentos em relação à mãe e sobre a necessidade de se aproximar dela. Ao abordar essa questão, ele se emocionou, enxergando que precisava resolver essa questão de aproximação, algo que ele acreditava estar resolvido, mas que naquela sessão ficou claro que ainda necessitava de atenção. O exercício de RPD capacitou o usuário a descobrir, esclarecer e alterar os significados atribuídos a eventos perturbadores, compondo uma resposta alternativa ou racional. Identificar erros cognitivos, tanto de forma independente quanto em combinação com o preenchimento do RPD, foi um exercício valioso desenvolvido como tarefa de casa (Beck, 2013).
O usuário H. relatou que participou de uma entrevista de emprego e foi aprovado. Em função de sua aprovação, já está em processo de verificar os trâmites necessários para iniciar no novo cargo. Apesar do entusiasmo com a nova oportunidade, ele mencionou que talvez precise alterar o horário das sessões de psicoterapia. Para tal, indicou que entraria em contato com a clínica para confirmar a possibilidade da mudança e avaliar se poderia continuar com a mesma estagiária. Retomou-se o tema da sessão anterior, que abordava a reaproximação do usuário com sua mãe. Em um episódio específico, H. teve que buscar a mãe em um determinado local e, enquanto aguardava, refletiu sobre como iniciar uma conversa com ela acerca de questões pessoais. Quando a mãe entrou no carro, aparentava estar aborrecida, o que fez com que H. optasse por não abordar o assunto naquele momento, sentindo-se envergonhado e receoso quanto à possibilidade de diálogo. Contudo, ele manifestou a intenção de tentar conversar com ela na semana seguinte. A vergonha, conforme discutido por Brown (2013), muitas vezes está enraizada em mensagens limitadoras que internalizamos durante a infância. Essas frases e crenças podem surgir de experiências familiares, sociais ou culturais que perpetuam um ciclo de medo e insegurança. Quando internalizamos essas vozes críticas, elas se tornam parte de nossa autoimagem, influenciando a forma como nos vemos e nos relacionamos com os outros.
  
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Síntese integrativa das atividades desenvolvidas no decorrer do estágio, avaliando o cumprimento dos objetivos do estágio em linhas gerais, bem como uma análise das competências profissionais desenvolvidas em comparação com os objetivos esperados, aprendizados decorrentes, desafios encontrados e sugestões que considera fundamentais frente aos resultados alcançados.
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9. APÊNDICES
Incluir o material ilustrativo desenvolvido pelo estagiário no decorrer do estágio. 
8. ANEXOS
Incluir o material ilustrativo utilizado pelo estagiário, mas produzido por outros autores.
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