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Trabalho fisiologia humana

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FACULDADE UNIÃO DAS AMERICAS
Curso de Educação Física
FISIOLOGIA HUMANA
Acadêmico:
JOSEMAR MOROSO LOCATELLI JUNIOR
FOZ DO IGUAÇU
2013
FACULDADE UNIÃO DAS AMERICAS
Curso de Educação Física
FISIOLOGIA HUMANA
Acadêmico(a)
JOSEMAR MOROSO LOCATELLI JUNIOR
Trabalho apresentado ao Professor Gustavo Brandão, o qual ministra a disciplina de Fisiologia Humana, do Curso de Educação Física, na faculdade União das Américas.
FOZ DO IGUAÇU
2013
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho abordará como tema os tecidos musculares: Estriado Esquelético, Estiado Cardíaco e Liso. Dentro deste contexto mostrará as principais características de cada tecido, como ocorre a contração segundo a teoria de catracas, as fibras contrateis da célula, a subdivisão do músculo liso, as características do músculo cardíaco que compartilha com o músculo liso e com o músculo estriado esquelético.
Aborda também os tipos de contrações musculares: excêntricas, concêntricas e isométricas.
SISTEMA MUSCULAR
Tecido Muscular Estriado Esquelético:
O tecido muscular estriado esquelético é constituído de elementos passiveis de contração, como os filamentos de actina e miosina, geradores de tensão ativa e por elementos não passiveis de contração, porém elásticos como tendões, bainha de tecido conjuntivo e proteínas estruturais, que contribuem na geração de tensão passiva.
Divisão muscular:
Fibras: Feixe de Miofibrila (cerca de 2000), envoltos por bainhas de tecido conjuntivo chamado de sarcolema.
Miofibrilas: Cordão de sarcomeros. Envoltos por reticulo sarcoplasmatico e túbulos Transversos.
Sarcomeros: Unidade funcional do músculo, compostos por filamentos e proteínas não contrateis.
Miofilamentos: Filamentos de actina (finos) e miosina (grossos).
Os filamentos de actina e miosina que se dispõe de forma alternada, em primeiro um conjunto de miosina, em seguida, um conjunto de actina, segundo em sequência. As extremidades dos filamentos de actina e miosina sobrepõem-se umas as outras, e em presença de íons cálcio, interagem entre sí, tanto em termos físicos quanto químicos, o que faz que esses filamentos deslizem, uns sobre os outros. As extremidades de actina são literalmente puxadas pela miosina, o que gera a contração muscular.
Os pontos médios dos filamentos de actina são fixados a uma membrana intracelular, a membrana Z, que esta fixada na membrana da fibra muscular. A parte entre duas membranas Z sucessivas é o sarcômero.
O sarcômero denomina-se unidade contrátil do músculo, pois, quando os filamentos de actina e miosina deslizam entre si , o comprimento do sarcômero encurta.
A contração das fibras musculares é causada por um potencial, causada pelo neurônio motor, liberando Aceticolina na junção neuromuscular. Ao receber, os receptores nicotínicos geram a abertura dos canais de sódio, aumentando a entrada de sódio e a diminuição de potássio dentro da célula, desta forma saindo de -90 milivolts chegado ao limiar de ação -55 milivolts, que se propaga ao longo da membrana desta fibra. Este potencial que se propaga atinge também diminutos túbulos Transversos, que podem atravessar toda espessura da fibra em cada sarcômero. O fluxo da corrente elétrica durante o potencial de ação faz com que o retículo sarcoplasmático libere íons cálcio no sarcoplasma. Esses ions neutralizam duas proteínas que inibem os pontos ativos da actina, o complexo troponina e tropomiosina. Existindo íons magnésio e ATP, ambos normalmente presentes em abundância na miofibrila. Logo que o filamento de actina fica ativado, é admitido que as cabeças das pontes cruzadas dos filamentos de miosina sejam imediatamente atraídas pelos pontos ativos do filamento de actina, o que causa a contração. Embora o mecanismo preciso dessa interação entre pontes cruzadas e os filamentos de actina ainda não seja conhecido, uma das hipóteses proposta é a teoria da catraca para contração.
Acredita-se que as forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina sejam criados por pontes cruzadas, onde a cabeça do filamento de miosina projeta-se a frente e fixa na actina e em seguida move-se para trás e em determinado ponto há o movimento de retorno. Os movimentos são energizados pela depredação de ATP para ADP, o que promove a energia para a contração muscular.
Tecido Muscular Liso:
Esse nome é devido ao fato de que esse tipo de músculo não apresenta as estriações microscópicas que caracterizam os músculos esqueléticos e cardíacos. 
O músculo liso é formado por fibras bem menores do que as fibras musculares esqueléticas – usualmente, com 2 a 5mc de diâmetro e apenas 50 a 200 mc de comprimento, o que contrasta com as fibras esqueléticas, com valores comparáveis até 20 vezes maiores que o diâmetro e até milhares de vezes maiores no comprimento. Entretanto, muito dos princípios da contração são aplicáveis aos dois tipos de músculos.
O músculo liso de cada órgão é, muitas vezes, distintos do de outros órgãos por vários itens: dimensões físicas, organização em feixes ou em laminas, respostas a diferentes tipos de estímulos, características de inervação e função. Para manter a simplicidade são divididos em dois tipos, músculo liso multiunitário e músculo liso visceral.
Músculo Liso Multiunitario:
Este tipo de músculo é formado por fibras musculares lisas distintas. Cada fibra atua inteiramente independente das outras e é, muitas vezes, inervado por terminação nervosa única, como acontece nas fibras musculares esqueléticas. Isso contrasta com o músculo viceral, que é controlado, em maior grau, por estímulos não neurais. Uma característica é que raramente apresentam contrações espontâneas.
Alguns exemplos de músculo liso multiunitário encontrados no corpo humano, são as fibras musculares lisas do músculo ciliar e a Iris do globo ocular, e os músculos pilo-eretores, que produzem o eriçamento dos pêlos quando estimulados pelo sistema nervoso simpático e, em animais inferiores, também a membrana nictitante, a terceira pálpebra.
Músculo liso visceral:
As fibras do músculo liso visceral, mostrada na parede de vasos sanguíneos de pequenos calibres, são, na maioria dos casos organizadas em lâminas, feixes ou tubos, e suas membranas celulares fazem contato, em pontos múltiplos com células de mesmo tipo, para formarem junções abertas ou nexus, através dos quais podem fluir íons, com toda a facilidade, do interior de uma fibra muscular lisa para o de outra. Por conseguinte , quando, quando uma parte de músculo liso visceral é estimulada, o potencial de ação é conduzido para as fibras vizinhas ao mesmo tempo. Dessa forma, essas fibras formam o sincício funcional que, usualmente, contrai a um só tempo. O músculo liso visceral é encontrado na maior parte dos órgãos do corpo, especialmente, nas paredes do intestino, das vias biliares, dos ureteres, do útero, dos pequenos vasos sanguíneos.
Processos contráteis no músculo liso:
Os filamentos de actina e de miosina, extraídos de músculos lisos interagem, entre si da mesma forma que fazem a actina e a miosina extraída do músculo esquelético. Ainda mais, o processo contrátil é ativado por íons cálcio, e o ATP é degradado a ADP para a contração, mas não possuem reticulo sarcoplasmático e adquirem os íons cálcio por meio do liquido extracelular. 
A organização física da célula muscular lisa mostra um grande número de filamentos de actina, presos a corpos densos. Alguns desses corpos densos, por sua vez, ficam presos à membrana celular, enquanto outros ficam dispersos no sarcoplasma. Entremeados nos filamentos de actina, existem alguns poucos filamentos grossos, com diâmetro cerca de 2,5 vezes o dosfilamentos finos de actina. Presume-se que sejam os de miosina.
Apesar da pobreza relativa de filamentos de miosina, é presumido que possuam números suficientes de pontes cruzadas para fixar os muitos filamentos de actina, causando contração pelo mecanismo do filamento deslizante, de modo essencialmente idêntico ao do músculo esquelético.
Um músculo liso típico começa a contrair-se cerca de 50 a 10 milissegundos após ter sido excitado, atingindo a contração máxima após meio segundo. Em seguida declina durante 1 a 2 segundos, o que dá um tempo total de contração da ordem de 1 a 3 segundos, o que é 30 vezes maior que o da contração isolada de um músculo esquelético.
Apenas 1\500 da energia necessária para a contração do músculo esquelético é usado na contração do músculo liso. Presumivelmente, isso é o resultado da atividade extremamente lenta da miosina ATPase do músculo liso e , também, do fato de existir muito menos filamentos de miosina no músculo liso do que no músculo esquelético.
Essa economia na utilização de energia pelo músculo liso é extremamente importante para o funcionamento global do organismo, visto que órgãos como os intestinos, a bexiga urinária, a vesícula biliar e muitas outras víceras devem manter grau moderado de contração tônica de seu músculo durante todo o tempo.
O músculo liso apresenta potenciais de membrana e de ação semelhantes aos que ocorrem nas fibras musculares esqueléticas. Entretanto, no estado normal de repouso, o potencial de membrana é, em geral, da ordem de -50 a -60 milivolts, isto é, cerca de 35 milivolts menos negativo que no músculo esquelético.
Potenciais de ação em ponta típica, como os registrados no músculo esquelético, ocorrem em quase todos os tipos de músculo liso visceral. A duração desse tipo de potencial de ação é entre 10 e 50 milissegundos. Esse potencial de ação pode ser provocado por vários métodos, como por estimulação elétrica, por ação de hormônios sobre o músculo liso, por ação de transmissores sinápticos liberados por terminações nervosas, ou espontaneamente, na própria fibra muscular.
Tecido Muscular Estriado Cardíaco:
O músculo cardíaco possui sinal de contração não proveniente do sistema nervoso, pela existência de células especializadas conhecidas como autoexcitáveis. Também denominadas celular marca passo, pois além de emitir sinais de contração também determina a frequência dos batimentos cardíacos. Estas células autoexcitaveis miocárdicas são anatomicamente distintas das células contrateis: são menores e não possuem grandes números de fibras contrateis. Como elas não possuem sarcômero, não auxilia na força de contração da célula.
As fibras musculares do músculo cardíaco são bem menores que as do músculo esqueléticos e em geral possuindo um núcleo por fibra.
As células musculares cardíacas individuais se ramificam e se juntam com a célula vizinha criando uma rede complexa. As junções são conhecidas como discos intercalares, possuindo dois componentes: desmossomos e as junções comunicantes. Os desmossomos são responsáveis por manter as células unidas e permitindo que a força criada em uma célula seja transferida para as células vizinhas.
As junções comunicantes nos discos intercalares conectam eletricamente as células cardíacas. Elas permitem que as ondas de despolarização se espalhem rapidamente de célula para célula de modo que todas as células se contraem quase que simultaneamente. Este é um dos aspectos no qual assemelha ao músculo liso unitário.
Os Túbulos T das células miocárdicas são maiores que os das células musculares esqueléticas e se ramificam dentro da célula miocárdica.
O Retículo sarcoplasmático da célula cardíaca é menor do que o da celular muscular, o que faz com que sua produção de íons cálcio seja 90% do necessário para a contração. Por isso o músculo cardíaco depende em parte dos íons cálcio presentes no liquido extracelular para realizar a contração. Desta forma assemelhando-se com o músculo liso.
As mitocôndrias ocupam cerca de um terço do volume celular de uma fibra contrátil cardíaca, devido a grande demanda de energia, Estima-se que de 70% a 80% do oxigênio adquirido na troca gasosa é utilizado pelo músculo estriado cardíaco.
Tipos de Contrações:
As contrações musculares são divididas em isotônicas e isométricas. As contrações isotônicas são subdivididas em excêntricas e concêntricas.
A contração isométrica ocorre quando a tensão exercida no músculo não altera o ângulo articular e possui leve encurtamento do sarcômero. Esta é responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa.
A contração concêntrica ocorre quando a tensão exercida no músculo altera o seu tamanho e diminui o ângulo da articulação.
A contração excêntrica ocorre quando a força gerada pelo músculo é menor que a força da resistência externa, o músculo se alonga e se contrai no intuito de desacelerar o movimento.
CONCLUSÃO:
Tendo em vista os aspectos apresentados entende-se que apesar de serem músculos de características distintas, mesmo o estriado cardíaco e o estriado esquelético que se difere em sua forma de funcionamento, mas se assemelham em sua forma. A base fisiológica da contração dos músculos ocorrem da mesma forma, diferenciando-se apenas no gasto energético, no limiar de despolarização e na forma de capitação de íons cálcio para realizar a contração.
REFERÊNCIAL BIBLIOGRAFICO:

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