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CARLOS DANIEL MESSA GONZALEZ FABIULA GAVILAN PORTILHO LUIZ FERNANDO LOPEZ NAIANE RODRIGUES DE CASTRO RAFAEL DIAS CAIMARE VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO PONTA PORÃ – MS 2023 CARLOS DANIEL MESSA GONZALEZ FABIULA GAVILAN PORTILHO LUIZ FERNANDO LOPEZ NAIANE RODRIGUES DE CASTRO RAFAEL DIAS CAIMARE VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO PONTA PORÃ – MS 2023 3 1. INTRODUÇÃO A técnica de volumetria de neutralização como o próprio nome sugere consiste na adição de certo volume de titulante de concentração conhecida ao analito de concentração desconhecida. Teoricamente, esse ponto de equivalência garante que todo analito reagiu e foi consumido pelo titulante. Analisando os coeficientes estequiométricos se determina quantos mols de titulante são necessários para que haja neutralidade, porém são resultados ideais teóricos, porque o que realmente é observado na prática é o ponto final, haja vista que a mudança de cor na solução com um indicador ácido-base dentro do Erlenmeyer é um indicativo de que ocorreu a formação do sal, mais o titulante está em excesso. Assim a divergência entre o ponto de equivalência e o ponto final é um erro tolerável na titulação (BACCAN, 2015. p. 46). Para se evitar mais erros na análise quantitativa e esprimir com maior exatidão possível a concentração do titulado, os titulantes devem ser padrões primários ou padronizados. O primeiro possuí alto grau de pureza sendo necessário somente sua pesagem e dissolução em água destilada para determinação da concentração, isso porque são reagentes estáveis que não adsorvem água da atmosfera com facilidade (HARRIS, et, al. 2017). Titulantes como NaOH não estão disponíveis como padrões primários, isso porque ele adsorve água com facilidade, além de reagir com CO2 da atmosfera formando carbonato sódio. Para sua padronização o CO2 deve ser precipitado usando da diluição em água obtendo-se uma concentração aproximada. Somente após isso é possível padroniza-lo com um padrão primário como o ácido Biftalato de potássio (KHP) para descobrir sua real concentração. Obten-se dessa forma, uma solução padronizada, que é economicamente mais viável para uso na técnica de titulação se comparada com um padrão primário que é puro (HARRIS, 2017. p. 139). Os indicadores ácido-base são ácidos ou bases fracas que sofrem dissociação em meio aquoso. Na titulação, usando-se fenolftaleína a mudança de cor reflete o excesso de ácido ou base usados como titulante. Isso se explica, porque em meio ácido a um aumento da concentração de prótons deslocando o equilíbrio em direção da forma protonada (incolor), em meio básico se aumenta a 4 concentração de hidroxila deslocando o equilíbrio no sentido da forma desprotonada que apresenta coloração rosa (BACCAN, et. al, 2015. p. 55) A reação entre uma base forte como NaOH e um ácido forte como HCl forma o sal NaCl mais água. De maneira que a escolha da fenolftaleína para essa neutralização fundamenta-se no fato de que esse sal formado ter caráter neutro, consequentemente quando todo o ácido reagir com a base o ponto de equivalência fica aproximadamente em pH igual a 7. Neste caso, considerando que a faixa de transição da fenolftaleína é entre 8.0-9.6 entre esses dois valores observa-se cores intermediárias de tons de rosa, ou seja, abaixo de 8 ela é incolor e acima de 9 é rosa, o último indício da permanência somente do aspectos visual incolor desaparecerá próximo ao pH 8 indicando o ponto final da titulação. Portanto, o critério para uso da fenolftaleína é que ela tem pH de viragem na região alcalina próximo ao pH da reação entre ácido e base forte, se comparado com o ponto estequiométrico real a porcentagem de erro é baixa (BACCAN, et. al, 2015. p. 58). 5 2. OBJETIVOS Determinar a concentração da solução de HCl por meio da titulação com NaOH padronizado usando a técnica de volumetria de neutralização. 6 3. METODOLOGIA 3.1. Reagentes, materiais e equipamentos Neste experimento foram utilizados: ● Suporte universal; ● 1 bureta de 25 ml; ● 2 erlenmeyer; ● 2 béqueres de 150 ml; ● 1 pipeta volumétrica de 10ml; ● Papel toalha sobre a bancada; ● Óculos de proteção; ● Pera de sucção; ● Proveta; 3.2. Materiais coletivos ● Solução padrão de Biftalato de potássio; ● Solução padronizada de NaOH; ● Solução hidroalcóolica ( 50% V/V) de fenolftaleína 1% (m/V); ● Solução de HCL de concentração desconhecida; O experimento ocorreu no laboratório de química do IFMS campus Ponta Porã sob orientação do professor Roberto Medeiros Silveira. Primeiramente, foi exposto para os alunos o processo de padronização da solução de NaOH com concentração aproximada de 0,1 mol/L-1 que já estava preparada pela precipitação do carbonato de sódio. Em balança analítica, foi pesado 0,2060g de reagente puro (KHP) secado em estufa e diluído em quantidade suficiente de água. Após isso, foi colocado na bureta a solução de NaOH para neutralizar a solução de KPS do erlenmeyer. Nesse sentido, sabendo a massa molar e a massa que foi pesada do reagente puro foi possível determinar o número de mols (n) de KHP, mas a reação é 1:1 nKHP = nNaOH, visto que, o volume gasto na padronização foi de 10,15 ml ou 0,01015 L se determina a concentração de NaOH real pela seguinte fórmula: [NaOH]= n/V. Somente após isso se procedeu as 7 técnicas para titulação do HCl, adicionando novamente na bureta a solução de NaOH padronizada, abriu-se a torneira para garantir que a aferição do menisco na marca de 0 ml não sofresse interferência por formação de bolhas ou por espaços não preenchidos com o líquido. O próximo passo foi adicionar aos dois erlenmeyers 75 ml de água destilada com auxilio da proveta e 10 ml de HCl usando a pipeta. Em seguida, foi aberto a torneira estabelecendo um fluxo continuo de gotejamento, onde foram gastos na análise de duplicata 12,2 ml e 10,8 ml respectivamente de titulante. Nesses dois momentos, o volume gasto de base correspondeu a mudança de cor da solução em cada erlenmeyer passando de incolor para tonalidades de rosa constante. Com esses dados, foi possível determinar o número de mols de NaOH através da seguinte equção: nNaOH = [NaOH]. Vm (L), como a estequiometria é 1:1 nNaOH = nHCl, logo foi possível determinar a concentração do analito [HCl] = nHCl/V, sendo V igual a 10 ml que corresponde ao volume da alíquota adicionada ao erlenmeyer. 8 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Para padronização do NaOH, calculou-se por meio da massa molar de KHP (204,2212 g/mol) o número de mols em 0,2060 g, chegando ao resultado de 1,0087X10-3 mol, que foi dividido por 10,15X10-3 L que corresponde ao volume de base gasto na titulação, para então obter a concentração referência de 0,09937 mol/L da solução padronizada de NaOH. O volume médio gasto de titulante foi de 11,5 ml ou 0,0115 L. Entretanto, observando o maior volume gasto de 12,2 ml e o menor de 10,8 ml as cores de tons rosa forte e claro respectivamente, refletiram um maior e menor erro na titulação, condizendo com dados de Harris (2015, p. 239) que diz que a faixa de transição da fenolftaleína fica entre 8,0-9,6, para se obter um resultado próximo ao ponto de equivalência real é necessário que haja um coloração intermediária de rosa, oque não ocorreu na primeira titulação que apresentou tom muito forte levando a conclusão que o pH passou de 9,6 ultrapassando muito o ponto de equivalência teórico. Com a definição da concentração de NaOH e volume médio, calculou-se o número de mols nNaOH = [0,09937]. 0,0115 L chegando ao resultado de 1,142X10-3 mol, hora mas a reação é 1:1, logo 1,142X10-3 mol de NaOH é igual a 1,142X10-3 mol de HCl. Então podemos definir a concentração de HCl como 0,1142 mol/L-1, dividindo 1,142X10-3 mol por 0,010 L da alíquota do ácido. 9 5. CONCLUSÃO Verificamos que a experiência forneceu resultados não totalmente precisos, pois é necessária muita atenção do operador para parar a titulação no ponto de viragem, mas mesmo assim foi possível identificar que a fenolftaleína se apresentoucomo um bom indicador entre base e ácido forte, uma vez que, sua faixa de transição coincide com o pH alcalino próximo ao ponto de equivalência da solução no erlenmayer, oque proporcionou a identificação do ponto final quando a neutralização formou o sal e pouco excesso da base NaOH gerando um tom de rosa claro. Com todos os dados estabelecidos foi possível determinar a concentração de HCL devido a utilização da solução de NaOH previamente padronizada com padrão primário Biftalato de potássio. 10 6. REFERÊNCIAS HARRIS, Daniel C. Análise química quantitativa, 9. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. p. 138-148. BACCAN, Nivaldo; ANDRADE, J. C.; GODINHO O. E. S.; BARONE J. S. Química analítica quantitativa elementar. 3. Ed . ver. São Paulo: Blucher, 2015 [i.e.2001]. xiv. 308 p.