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Inflamação Crônica José Valter F. dos Santos Conceitos gerais • Inflamação de duração prolongada (semanas a meses). • Coexistência em variadas combinações entre a inflamação, a injúria tecidual e as tentativas de reparo. • Pode se seguir à inflamação aguda. • Pode se iniciar insidiosamente, como uma resposta de baixo grau e latente, sem nenhuma manifestação de uma reação aguda. (artrite reumatóide, aterosclerose, tuberculose e fibrose pulmonar, câncer, Alzheimer) Causas • Infecções persistentes por micro-organismos que são difíceis de erradicar. • Doenças inflamatórias imunomediadas. • Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos. Alterações morfológicas • Infiltração com células mononucleares, que incluem macrófagos, linfócitos e células plasmáticas. • Destruição tecidual, induzida pelo agente agressor persistente ou pelas células inflamatórias. • Tentativas de cura pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo, realizadas pela proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e, em particular, fibrose. Maturação dos fagócitos mononucleares Os Macrófagos e a Inflamação Crônica • Os macrófagos são um dos componentes do sistema mononuclear fagocítico. • A partir do sangue, os monócitos migram para vários tecidos e se diferenciam em macrófagos. Os monócitos começam a emigrar para dentro dos tecidos extravasculares muito cedo na inflamação aguda, e dentro de 48 horas eles podem constituir o tipo de célula predominante. • A meia-vida dos monócitos sanguíneos é de cerca de 1 dia, enquanto a vida dos macrófagos teciduais é de vários meses ou anos. • A ativação dos macrófagos resulta em níveis aumentados de enzimas lisossômicas e espécies reativas de oxigênio e nitrogênio e na produção de citocinas, fatores de crescimento e outros mediadores da inflamação. Alguns desses produtos são tóxicos aos micróbios e células do hospedeiro (espécies reativas de oxigênio e nitrogênio) ou à matriz extracelular (proteases); alguns causam influxo de outros tipos celulares(citocinas, fatores quimiotáticos), e ainda outros causam proliferação de fibroblastos, deposição de colágeno e angiogênese (fatores de crescimento). • A destruição tecidual, que é uma das marcas da inflamação crônica, se deve a atividade dos macrófagos. • A destruição tecidual em andamento pode por si só ativar a cascata inflamatória, de modo que as características de ambas as inflamações, aguda e crônica, podem coexistir em certas circunstâncias. • Na inflamação de curta duração, se o irritante é eliminado, os macrófagos eventualmente desaparecem (ou morrendo ou tomando o caminho dos linfáticos e linfonodos). Na inflamação crônica, o acúmulo de macrófagos persiste como resultado do recrutamento contínuo a partir da circulação e proliferação local até o sítio da inflamação. Papéis dos Macrófagos na inflamação crônica Outras células na inflamação crônica • Linfócitos • Plasmócitos (derivados dos Linfócitos B) • Eosinófilos • Mastócitos • Neutrófilos Efeitos sistêmicos da inflamação • Febre • Proteínas de fase aguda (CRP –Proteína C Reativa / SAA – Proteína Sérica Amilóide A). Opsonização e fixação do complemento. • Leucocitose (Contagem de leucócitos ) • Pulso e PA • Suor • Tremores • Calafrios • Anorexia • Sonolência • Mal-estar • Sepse (Nas infecções bacterianas graves) Inflamação Defeituosa e Excessiva • Inflamação defeituosa = Aumento da susceptibilidade a infecções, e retardo na cura dos ferimentos. • Inflamação Excessiva = Alergias e doenças autoimunes (Desordens nas quais a principal causa da lesão tecidual é a inflamação)
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