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CADERNO DE ATIVIDADES APRESENTADO AO PROGRAMA DE MONITORIA 2015 Disciplina: Anatomia do Aparelho Locomotor Monitora: Ana Maria Paulo Costa Orientadora: Profª Raimunda Inar Rabelo Fortaleza 2015 CADERNO DE ATIVIDADES pc Retângulo CADERNO DE ATIVIDADES APRESENTADO AO PROGRAMA DE MONITORIA 2015 – ANATOMIA DO APARELHO LOCOMOTOR Caderno de Atividades apresentado à Coordenação do Programa de Monitoria, como requisito para obtenção do certificado de Monitor 2015 da disciplina Anatomia do Aparelho Locomotor, do Curso de Fisioterapia Orientador: Profª Ms. Raimunda Inar Rabelo pc Retângulo pc Retângulo Dedicatória Dedico ao meu querido pai, que faleceu no dia 30 de março deste ano, deixando inevitavelmente, muitas saudades e muitas lembranças. Que a Divindade esteja abraçando sua alma com muito amor e paz. pc Retângulo Agradecimentos Agradeço a minha família que me deu e continua dando forças para seguir em frente, a todos os meus amigos e a maravilhosa Professora Inar, que tanto exercitou sua paciência comigo e que tanto me ensinou nessa caminhada tão proveitosa. pc Retângulo SUMÁRIO 1. SISTEMA ARTICULAR 07 1.1. ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSES 07 1.1.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: CRANIOSSINOSTOSE 09 1.1.2. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS OU ANFIATROSES 12 1.1.3. CORRELAÇÃO CLÍNICA: RINOSSINUSITE 13 1.1.4. CORRELAÇÃO CLÍNICA: ESPONDILOLISTESE E ESPONDILÓLISE 15 1.2. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES 15 1.2.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: ARTRITE REUMATOIDE 22 1.3. PRATIQUE: TABELA DAS ARTICULAÇÕES 23 1.4. PLANOS E EIXOS 27 1.5. CRANIO: DIVISÃO E PROEMINENCIAS ÓSSEAS 29 1.5.1. NEUROCRANIO E VISCEROCRANIO 30 1.5.2. ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR 30 1.5.3. CORRELAÇÃO CLÍNICA: DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 31 1.6. COLUNA VERTEBRAL 32 1.6.1. COLUNA CERVICAL 33 1.6.2. COLUNA TORÁCICA 35 1.6.3. COLUNA LOMBAR 36 1.6.4. CORRELAÇÃO CLÍNICA: HÉRNIA DE DISCO 36 1.6.5. COLUNA SACRAL 38 1.7. MUSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL 39 1.7.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: PARALISIA FACIAL 41 1.8. MUSCULOS DA MASTIGAÇÃO 42 1.9. MÚSCULOS DO PESCOÇO 44 1.10. MÚSCULOS DO DORSO 49 1.11. MUSCULATURA INTRÍNSECA DO DORSO 52 1.12. MÚSCULOS DO TÓRAX 53 1.13. DINÂMICA DIAFRAGMÁTICA 53 1.14. MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR – BRAÇO 56 1.14.1. ARTICULAÇÃO DO OMBRO E CINTURA ESCAPULAR 64 1.15. MÚSCULOS DO MEMBRO SUPERIOR – ANTEBRAÇO 66 1.15.1. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO E PUNHO 73 1.16. MÚSCULOS DO ABDOME 74 1.17. MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR – COXA 77 1.17.1. ARTICULAÇÕES E MOVIMENTOS DA CINTURA PÉLVICA 82 1.17.2. ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 84 1.18. MÚSCULOS DO MEMBRO INFERIOR – PERNA 86 1.18.1. ARTICULAÇÃO DO JOELHO 89 1.18.2. COMPLEXO ARTICULAR DO TORNOZELO 89 1.19. PRATIQUE: PONTOS DE INSERÇÃO MUSCULAR 91 1.20. PRATIQUE: MÚSCULO E AÇÃO 98 LEGENDA 102 REFERÊNCIAS 103 7 1. SISTEMA ARTICULAR Em Anatomia do Aparelho Locomotor é importante começar pelo sistema articular do corpo humano, pois é nas articulações onde, intrinsecamente, ocorre o movimento, podemos dividi-las em três classificações gerais e cada uma é dividida em suas subclassificações, vejamos. 1.1 ARTICULAÇÕES FIBROSAS OU SINARTROSES Subclassificação morfológica: SUTURAS: Numa divisão simples da porção externa do crânio vemos os principais ossos (Figura 01), são eles: Frontal, Parietal, Temporal, Esfenóide, Nasal, Lacrimal, Etimóide, Zigomático, Occipital, Maxila e Mandíbula, dentro da cavidade nasal ainda temos as conchas nasais superiores e inferiores, as articulações do tipo suturas são formadas por interdigitações ou sulcos presentes nas extremidades desses ossos mantendo-os unidos. Podem ser do tipo Escamosas (possuem o aspecto de espinha de peixe), Denteadas ou Serreadas, Planas ou ainda Esquindilese (imagem), a única desse tipo é entre a crista do Esfenóide com o Vômer. São imóveis no adulto. Exemplos: Coronal, Sagital, Escamosa, Lambdóide, Esfenoescamosa, Esfenofrontal, Frontozigomática, Frontonasal, Nasomaxilar e outras. 8 Figura 01 9 1.1.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: CRANIOSSINOSTOSE Antes dos dois anos de idade essas divisões são menos rígidas e são unidas pelas fontanelas, popularmente conhecidas como “moleiras”, no recém-nato existem apenas seis fontanelas, a bregmática (anterior), lambdoide (posterior), duas mastoideas e duas esfenoidais, essas estruturas mais maleáveis permitem o crescimento do cérebro e a expansão da caixa craniana, quando essas suturas se fecham precocemente, ainda no período fetal, temos um quadro clínico bastante grave chamado de craniossinostose. Causas: Mutações genéticas que podem aparecer isoladamente ou associadas a malformação em outras partes do corpo e a síndromes genéticas como a Síndrome de Ballet-Gerold. Diagnóstico: Pode ser observado clinicamente, pois o crânio fica impossibilitado de crescer perpendicularmente a fontanela fechada e também pode- se comprovar através de exame Raio-X ou tomografia computadorizada. Tratamento e possíveis complicações: Nesse caso é necessário a neurocirurgia que é melhor indicada para o bebe até um ano de vida, as possíveis complicações são muitas como o aumento da pressão intracraniana e consequente regresso do desenvolvimento psicomotor, deformações oftalmológicas e ainda alteração estética. 10 SINDESMOSES: Articulação presente entre dois ossos unidos por um tecido conjuntivo fibroso, também chamado de membrana interóssea. Mobilidade reduzida. Exemplos: Articulação Radio-ulnar e a articulação Tíbio-fibular. OBS: A s articulações Rádio-ulnar proximal e distal são sinoviais e Trocóides. Membrana Interóssea 11 GONFOSES (cavilha): A única articulação nessa classe são as articulações que fixam as raízes dentárias nas cavidades alveolares da Mandíbula (dentição inferior) e Maxila (dentição superior). São imóveis na fase permanente, mas são maleáveis na fase primária, cada tipo de dente tem sua fase primária. 12 1.2. ARTICULAÇÕES CARTILAGINOSAS OU ANFIATROSES Subclassificação morfológica: SINCONDROSES: Articulações de pouca mobilidade, são também de transição, pois são formadas essencialmente por cartilagem hialina e esse tecido é substituído por osso ao longo do crescimento. Sincondroses Cranianas = Articulação Esfeno-etmoidal, Esfeno-petrosa, Infra- occipital anterior e posterior. Sincondroses Pós-Cranianas = Esternais, Xifoesternal, Manúbrio-esternal,Epifisiodiafisárias, Epifisiocorporal, Intra-epifisária, Sacrais. 13 1.2.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: RINOSSINUSITE De acordo com projeto de diretrizes da Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina (2001), o termo sinusite é mais conhecido e mais utilizado, porem essa patologia ocorre com mais frequência juntamente com a rinite manifestando o que se chama de rinossinusite, já a rinite pode acontecer isoladamente. O paciente pode apresentar maiores sintomas de sinusite aguda como cefaleia, dor, pressão facial, secreção nasal ou pós-nasal purulenta ou de sinusite crônica como cefaleia, dor, pressão facial, secreção nasal ou pós-nasal mucopurulenta e outros. É caracterizada pela inflamação da cavidade nasal e dos seios paranasais, essa reação pode ser ocasionada por um agente físico, químico ou biológico (bactéria, fungo ou vírus) ou ainda por um quadro alérgico. Causas: Os seios paranasais só se desenvolvem completamente por volta dos 18 anos de idade, o seio etmoidal é delimitado pela órbita ocular através de uma tênue camada de osso, a rinossinusite é o resultado de um transporte inadequado de muco e secreções através dessas camadas, essas secreções são produzidas em cada compartimento dos seios, estes por sua vez, não são estéreis, logo podem ser alvo de proliferação de colônias de microorganismos. A obstrução mecânica entre as cavidades, o desvio de septo estão interligados na manifestação dessa patologia, outros fatores também vão influenciar como, nadar em águas poluídas, a nutrição do organismo, uso de corticoides, presença de diabetes mellitus, imunodeficiências, infecção dentária e muitos outros. Diagnóstico: A rinossinusite pode ser diagnosticada de acordo com o tempo de manifestação dos sintomas, a rinossinusite aguda dura te quatro semanas, o sintoma mais observado é a dor nasal, facial ou ainda cefaleia que é mais intensa pela manha e diminui a noite pela pressão exercida pelo acumulo de secreção entre os seios, ao longo do dia o liquido é drenado e a dor reduz, essa pressão nos seios torna-os sensíveis a palpação que pode ser utilizada no exame físico para diagnóstico. Os exames de imagem também oferecem possibilidade de diagnóstico, são eles: ultrassom, radiografias, endoscopia e tomografia computadorizada. Tratamento e possíveis complicações: Se não tratada corretamente, a fase aguda pode evoluir para a rinossinusite crônica, é constantemente observado o desvio de septo, obstrução anatômica do óstio sinusal e edema persistente, 14 pesquisas evidenciam a participação de fungos, estes vivem em colônias nos seios paranasais da maioria, porem aqueles com a patologia reagem negativamente a presença desses micróbios. O tratamento da rinossinusite de uma forma geral se da através de antibióticos, os benefícios de soluções salinas e de vapor de água também já foram comprovados, em casos mais graves pode-se realizar a cirurgia para restauras os compartimentos dos seios. SÍNFISES (fibrocartilagem): Formada entre as extremidades de dois ossos unidos por cartilagem hialina e ainda ocorre a presença de um disco de fibrocartilagem. Possuem pouca mobilidade. Exemplos: Intervertebrais, Púbica, Manúbrio- esternal, Xifo-esternal, Sacrais. Possuem mobilidade relativa. 15 1.2.2. CORRELAÇÃO CLÍNICA: ESPONDILOLISTESE E ESPONDILÓLISE Espondilolistese é o deslocamento ou deslizamento ou ainda translação anterior ou posterior de uma vértebra sobre a outra, ocorre geralmente na coluna lombar, espondilólise é um defeito ou fratura que acontece nas facetas articulares, porem não ocorre deslizamento de uma vértebra sobre a outra. Causas: A origem dessas patologias não é totalmente conhecida, porem, sabe- se que é multifatorial, raramente acomete pessoas abaixo de 40 anos, porem, pode aparecer em crianças, sendo mais comum em mulheres, pode haver influencia genética e familiar, a ocorrência também vai variar com a etnia, atividades que aumentam a lordose lombar aumenta a possibilidade de lesão nas facetas articulares, como a ginástica olímpica, voleibol e outros. Diagnóstico: Para diagnosticar é necessário realizar exames de imagem como radiografias da coluna lombar, a tomografia computadorizada por emissão de fóton único é mais detalhado, mas o melhor exame para observar as deformações é a ressonância magnética. Tratamento e possíveis complicações: A lordose lombar exagerada é um sinal de alerta, é observado encurtamento dos isquiostibiais, a dor é constante nesse quadro, a claudicação neurogênica (dor nas extremidades do membro inferior), a parestesia ou fraqueza também podem se manifestar. O tratamento para o deslizamento de mais que 50% em adultos surgem boas respostas na restrição de atividade física juntamente com a utilização de órteses, para lombalgia crônica enfatiza-se o fortalecimento dos estabilizadores, como transverso do abdome, obliquo interno e multífidos e também dos flexores de quadril e alongamento dos isquiostibiais. Em adultos assintomáticos com espondilolistese degenerativa é melhor indicado a artrodese póstero-lateral. 1.3. ARTICULAÇÕES SINOVIAIS OU DIARTROSES As articulações sinoviais representam a maioria das articulações do corpo humano, são as que possuem maior capacidade de movimento e necessitam de 16 uma série de estruturas para sua correta funcionalidade. Basicamente para uma articulação ser considerada sinovial é preciso que ela tenha as seguintes estruturas: Líquido sinovial ou sinóvia: é um liquido viscoso e translúcido ultrafiltrado do plasma sanguíneo que contem alto teor de ácido hialurônico produzido pelas células da camada sinovial, é principalmente responsável pela lubrificação das faces articulares que são cobertas por cartilagem hialina, transporta nutrientes e oxigênio da cartilagem, que é avascular, até os capilares sanguíneos presentes na membrana sinovial enquanto que o dióxido de carbono difunde-se em sentido contrário. Cápsula articular: É uma espécie de manquito ou invólucro que envolve toda articulação que possui duas camadas, uma membrana fibrosa mais externa e uma membrana sinovial mais interna. Cartilagem articular: É um tecido essencialmente avascular (não cicatriza e não possui inervação) branco ou acinzentado, resistente e flexível que está aderido nas extremidades articulares ósseas, pode ser encontrado também na orelha ou na ponta do nariz. Cavidade articular: É o espaço existente entre as superfícies articulares ósseas, nesse espaço é preenchido pelo liquido sinovial. Ligamentos: Os ligamentos assim como a cápsula articular são responsáveis por manter a união entre os segmentos ósseos unindo-os e impedindo que o movimento aconteça em planos e eixos inadequados, sua flexibilidade é fator limitante da amplitude do movimento considerado normal. Discos e Meniscos: Discos são estruturas de fibrocartilagem em forma de placas ovaladas avasculares que se interpõem entre as extremidades ósseas das articulações temporomandibular e da esternoclavicular. Os meniscos também são formações de fibrocartilagem que permitem melhor congruência articular além de amortecerem as frequentes pressões e agressões que afetam a articulação, estes são encontrados na articulação do joelho. Lábio articular: É uma estrutura de fibrocartilagem presente somente em extremidades articulares côncavas aumentando e aprofundando a superfície de contato na articulação. 17 As articulações diartroses possuem seis subclassificações,cada qual com seu grau de liberdade de movimento que pode ser monoaxial, que faz movimento em um só plano e eixo, biaxial que utiliza dois planos e dois eixos e triaxial que pode fazer movimento nos três planos e três eixos, ou seja, possui três graus de liberdade. Subclassificação morfológica: PLANA (artródia): Monoaxial Movimentos: Deslizamento ou escorregamento. Exemplos: Articulação Acromioclavicular, Intercarpais e Intertarsais GÍNGLIMO (dobradiça): Monoaxial Movimentos: Flexão e extensão. Exemplos: Articulação Atlanto-occipital, Úmero-ulnar (articulação do cotovelo), Interfalângicas, Talocrural. 18 Gínglimo atípica (modificada) – Biaxial: Articulação do Joelho (Femorotibial) Movimentos: Flexão, extensão, rotação interna ou externa. 19 SELAR: Biaxial Movimentos: Flexão, extensão, abdução (desvio radial), adução (desvio ulnar) e circundução (movimento generalizado). Exemplos: Articulação Esternoclavicular e Carpometacarpal. TROCÓIDE (pivô): Monoaxial Movimentos: Rotação. Exemplos: Articulação Atlantoaxial, Rádio-ulnar proximal e distal. Logo acima da atlantoaxial (sinovial trocóide) temos a atlantooccipital (sinovial gínglimo) 20 ESFERÓIDE (enartrose): Triaxial Movimentos: Flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna, rotação externa e circundução (movimento generalizado). Exemplos: Articulação Gleno-umeral, Coxofemoral. 21 CONDILAR (elipsoide): Biaxial Movimentos: Flexão, extensão, abdução (desvio radial), adução (desvio ulnar) e circundução (movimento generalizado). Exemplos: Articulação Rádio-carpal, Metacarpofalângicas e Metatarsofalângicas 22 1.3.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: ARTRITE REUMATOIDE A artrite reumatoide (AR) é uma patologia multifatorial que tem como principal causa a disfunção no sistema imunológico que passa a atacar o liquido sinovial, ou seja é uma doença autoimune onde ocorre inflamação e agressão ao liquido sinovial. O paciente pode sentir as junturas inicialmente, inchadas, quentes, dolorosas e um pouco rígidas pela manha, geralmente acomete as mãos, punhos e pés e chega ate as articulações maiores. Causas: Essa disfunção imunológica geralmente tem origem genética pela presença de genes específicos que podem manifestar a doença, porem em outros casos pode-se observar a não presença desses genes, causas ambientais também podem originar a patologia, como em casos de fumantes, vírus, bactérias e fatores hormonais. Diagnóstico: O diagnóstico é feito através do exame físico e anamnese, exames de imagem e de sangue podem auxiliar, alem da artrocentese, pequena cirurgia onde se extrai uma amostra de liquido sinovial diretamente da articulação que se quer avaliar, esse procedimento também é utilizado como drenagem de grandes derrames articulares, deve ser feitas com bastante assepsia para evitar contaminação da amostra e da articulação. Tratamento e possíveis complicações: Se a situação persistir cronicamente, pode haver destruição das superfícies articulares que ficam desprotegidas sem a presença do liquido, pois as cartilagens articulares acabam se desgastando pelo atrito elevado que acaba gerando deformidades ósseas e a outras patologias associadas. O tratamento deve ser feito com medicamentos chamados antirreumáticos que modificam e controlam as doenças, alem de ser necessário o acompanhamento do reumatologista, também é interessante procurar o educador físico ou fisioterapeuta para prescrição de exercícios adequados e individuais. 23 1.4. PRATIQUE: TABELA DAS ARTICULAÇÕES ARTICULAÇÃO MORFOLOGIA MOVIMENTOS POSSÍVEIS PLANOS E EIXOS CLASIFICAÇÃO SUBCLASSIFICA ÇÃO SUTURAS DO CRANIO ATM GONFOSES ATLANTO-OCCIPITAL ATLANTOAXIAL INETERVERTEBRAIS FACETÁRIAS ESTERNOCLAVICULAR MANUBRIOESTERNAL XIFOESTERNAL ESTERNOCONDRAL COSTOCONDRAL 24 INTERCONDRAL COSTOVERTEBRAL COSTOTRANSVERSÁRIA CORACO-CLAVICULAR ACROMIOCLAVICULAR GLENOUMERAL RADIOULNAR RADIOULNAR PROXIMAL RADIOULNAR DISTAL ÚMEROULNAR RÁDIOCARPAL INTERCARPAL CARPOMETACARPAL DO POLEGAR 25 METACARPOFALANGIANA INTERFALANGIANA PROXIMAL INTERFALANGIANA DISTAL SACROILÍACA SACROCOCCÍGEA SÍNFISE PÚBICA COXOFEMORAL (ACETÁBULOFEMORAL) FEMOROPATELAR FEMOROTIBIAL TÍBIOFIBULAR TÍBIOFIBULAR PROXIMAL TÍBIOFIBULAR DISTAL TALOCRURAL 26 TALOCALCÂNEA (SUBTALAR) TALOCALCANEONAVICULAR CUNEONAVICULAR CUBOIDEONAVICULAR CUNEOCUBÓIDEA CALCANEOCUBÓIDEA CALCANEONAVICULAR TARSOMETATARSIANAS METATARSOFALANGIANAS 27 1.5. PLANOS E EIXOS Os movimentos do corpo humano acontecem em muitos sentidos e direções, para melhor estuda-los convencionou-se usar os planos frontal, sagital e transverso, o movimento acontece dentro de cada plano e ao redor dos eixos ântero-posterior, látero-lateral e crânio-caudal, os eixos são sempre perpendiculares ao plano, ou seja formam um ângulo de 90º (ângulo reto). O plano vai fazer o papel de delimitar a área onde pode ocorrer o movimento e o eixo é um limitador do movimento uma vez ele atravessa a articulação fazendo-a se mover ao redor dele. Transferindo-se cada plano e eixo para cada articulação pode-se imaginar o respectivo movimento, por exemplo, o movimento de flexão sempre vai ocorrer no plano sagital e eixo látero- lateral, independente da articulação envolvida. 28 Plano Sagital Eixo correspondente: Látero-lateral. Movimentos: Flexão, extensão, hiperextensão, dorsoflexão e flexão plantar. Plano Frontal ou Coronal Eixo correspondente: Ântero-posterior ou transverso Movimentos: Abdução, adução, elevação, depressão, inversão, eversão, desvio radial (abdução) e desvio ulnar (adução). Plano Transverso Eixo correspondente: Crânio-caudal ou céfalo-caudal ou ainda, longitudinal. Movimentos: Rotação lateral, rotação medial, pronação, supinação, adução horizontal e abdução horizontal. 29 1.6. CRANIO: DIVISÃO E PROEMINENCIAS ÓSSEAS O crânio é um complexo de ossos extremamente justapostos por interdigitações ósseas chamadas de suturas (pag. 07), essa estrutura forma a caixa craniana onde seencontra o cérebro, parte central e fundamental do sistema nervoso, existe ainda vários forames por onde passam diversas estruturas importantes, atenção especial para o forame magno, cavidade por onde passa tecidos como a medula espinhal e artéria vertebral. Côndilos occipitais onde se articulam as faces articulares superiores do Atlas C1 30 1.6.1. NEUROCRANIO E VISCEROCRANIO O Neurocranio é a parte superior da caixa craniana e é composto pelos seguintes ossos: Lâmina cribiforme do osso Etmóide, osso Frontal, osso Occipital, osso Parietal (02), osso Esfenóide, Parte petrosa e escamosa do osso Temporal (02), totalizando 8 ossos. O Viscerocranio é a parte inferior da caixa craniana e é composto pelos seguintes ossos: osso Zigomático (02), concha nasal inferior (02), osso Lacrimal (02), Vômer, Mandíbula, Maxila (02), osso Nasal (02), osso Palatino (02), totalizando 14 ossos. 1.6.2. ARTICULAÇÃO TEMPORO-MANDIBULAR (ATM) A ATM é uma articulação formada entre o côndilo da mandíbula, o tubérculo articular do osso temporal e a fossa mandibular do crânio, entre essas estruturas ósseas ainda existe um disco articular de fibrocartilagem além de ligamentos, tendões, cartilagem e cápsula articular, é considerada uma articulação diartrose (sinovial) com subclassificação morfológica, gínglimo modificada (bicondílea ou Articulação Têmporo- mandibular (ATM) A órbita ocular é formada por ossos do neurocrânio e do viscerocrânio, são eles o osso Frontal, Lacrimal, Esfenóide, Etmóide, Zigomático e Maxila, todos ligados por suturas. 31 bicondilar), por isso faz movimentos de elevação (fechamento da boca), depressão (abertura da boca), protrusão (para frente), retrusão (para trás) e lateralidade, os músculos da mastigação realizam esses movimentos (pag. 42) e o osso que se move é a mandíbula. Os movimentos da ATM propriamente dita são de rotação e translação onde temos o deslocamento do côndilo da mandíbula. 1.6.3. CORRELAÇÃO CLÍNICA: DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM) Geralmente os sintomas da DTM são dor na face, na ATM e nos músculos da mastigação, cefaleia e dor na orelha, zumbido, estalido, crepitação, fadiga muscular, espasmos, também pode haver falta de coordenação nos movimentos mandibulares. Causas: A origem é multifatorial e está relacionada a fatores anatômicos e neuromusculares, perdas dentárias, desgastes, próteses e cáries, fatores psicológicos (tensão muscular), bruxismo, uso de chupetas por tempo prolongado, traumas e lesões degenerativas. Diagnóstico: Infelizmente não foi desenvolvido um método de diagnostico cem por cento seguro, a anamnese é considerada importante para elaboração de uma hipótese de diagnóstico, o exame físico também é necessário, neste inclui-se a palpação dos músculos, das estruturas da ATM, medição dos movimentos da ATM e da mandíbula e análise cuidadosa dos ruídos articulares, exames de imagem devem ser verificados, porem nem sempre ocorre ligação direta entre esses exames e os sinais e sintomas da disfunção. Tratamento e complicações: São objetivos do tratamento para DTM, o controle da dor, reeducação do paciente quanto a cargas que são continuamente impostas nessa articulação e que proliferam as disfunções, reabilitação e recuperação da funcionalidade do aparelho mastigatório, para isso é altamente recomendado terapias não-invasivas como correções e treinamento postural, exercícios e terapias físicas, porem toda a equipe de saúde precisa ser considera tendo em vista que as causas são multifatoriais, desde psicólogos, otorrinolaringologistas e neurologistas. O trabalho em conjunto de fisioterapia especializada e tratamento ortodôntico e 32 ainda uso de placas oclusais apresentam bons resultados. A cirurgia é indicada e necessária em pouquíssimos casos como fraturas ou distúrbios congênitos. 1.7. COLUNA VERTEBRAL A coluna vertebral é dividida em quatro partes: cervical (07), torácica (12), lombar (05) e sacral (5 vértebras fundidas), ainda existe o cóccix (3 ou 4 vértebras rudimentares), cada coluna possui sua vértebra específica, vértebras são ossos irregulares que compõem toda a coluna e podem ser divididas em típicas e atípicas. A coluna é composta por quatro curvaturas: lordose cervical, cifose torácica, lordose lombar e cifose sacral, inicialmente, no primeiro ano de vida o bebe só possui uma curvatura, a curvatura cifótica (curvatura primária) e posteriormente surge as curvaturas secundárias (lordoses cervical e lombar). Quando o bebe começa a engatinhar se estabelece a lordose cervical e quando ele começa a andar é formada a lordose lombar. Curvaturas patológicas: Hiperlordose cervical, Hiperlordose lombar, Hipercifose torácica, Hipercifose sacral, coluna retificada (podem ser observadas no plano sagital) e Lordose (pode ser observada no plano frontal). 33 1.7.1. COLUNA CERVICAL Na coluna cervical estão localizadas as três vértebras atípicas, são chamadas de atípicas porque são diferentes de todas as outras e possuem proeminências ósseas únicas, são elas, o Atlas (C1), Axis (C2) e a sétima vértebra cervical (vértebra de transição da coluna cervical para a torácica), alguns autores condisseram como atípicas somente C1 e C2. Após o Atlas e o Axis se dispõem as vértebras de C3 a C6 e as vértebras de transição C7 e T1 onde se inicia a coluna torácica (pág. 35). Faces articulares superiores que se articulam com os côndilos do Occipital formando a articulação Atlantooccipital A artéria vertebral passa pelo forame transversário de todas as vértebras cervicais (C1-C7) Fóvea articular para o dente do Axis ou processo odontóide de C2, formando a articulação Atlantoaxial Vista superior Vista inferior Articulações facetárias sempre localizadas entre as faces articulares superiores da vértebra subjacente e faces articulares inferiores da vértebra suprajacente Axis Atlas Face articular do dente do Axis para se articular com a fóvea de C1 34 Estruturas ósseas comuns ou gerais de todas as vértebras típicas: Processo espinhoso, processo transverso, forame vertebral, lâminas, pedículos, corpo vertebral, processo articular superior e inferior, face articular superior e inferior, incisura vertebral superior e inferior. Estruturas ósseas específicas ou regionais da coluna cervical (região cervical): Processo espinhoso bifurcado ou bífido para passagem do ligamento nucal (C2-C6); Processo transverso bifurcado ou bífido para passagem dos nervos espinais; Forames transversários ou transversos (um de cada lado) para passagem da artéria vertebral ou cerebral (irriga o cérebro); Processos unciformes ou uncos do corpo, entre esses processos se encontra a placa epifisária, local de fixação do disco articular, os uncos vertebrais da vértebra de cima com os da vértebra de baixo formam a articulação uncovertebral, considerada uma articulação falsa, porem exerce a importante função de proteger a artéria vertebral e os nervos espinais de um possível pinçamento e compressão, pois formam uma espécie de parede lateral adjacente a essas estruturas, delimitando o espaço para o disco intervertebral e impedindo o vazamento do núcleo puposo no caso do rompimento das lamelas concêntricasnum quadro de hérnia discal. Em outras palavras, os processos unciformes dificultam a ocorrência de hérnia de disco na coluna cervical de C2 até C5, porém, não é impossível. Características: O processo espinhoso e as faces articulares da cervical geralmente são mais horizontais, o corpo vertebral é menor do que o corpo vertebral das outras e o forame vertebral tem formato mais triangular. C3 C7 Uncos do corpo 35 1.7.2. COLUNA TORÁCICA A coluna torácica possui 12 vértebras peculiares que se articulam com os 12 pares de costelas existentes no tórax, as costelas de unem as vertebras através de duas articulações: a costovertebral e costotransversária. Nessas junções ocorre o movimento de deslizamento que tem como consequência a elevação (inspiração) e a depressão (expiração) das costelas, vejamos as principais características dessas vértebras. Estruturas ósseas específicas ou regionais da região torácica: Fóveas articulares no processo transverso (uma de cada lado) para articulação costotransversária, com o tubérculo da costela. 12ª vértebra torácica já possui processo mamilar e processo acessório, pois é uma vértebra de transição. Alguns autores também classificam a TI, T12 e LI como atípicas. Fóvea articular no processo transverso para se articular com o tubérculo da costela. Fóvea articular no corpo vertebral para se articular com a cabeça da costela. 36 Semifóveas articulares no corpo vertebral (uma superior e uma inferior) para articulação costovertebral, com a cabeça da costela. Características: O processo espinhoso é verticalizado ou longitudinal, as faces articulares também são verticalizadas (“em pé”), o corpo vertebral tem forma de coração e o forama vertebral é mais arredondado. 1.7.3. COLUNA LOMBAR Estruturas ósseas específicas ou regionais da coluna lombar (região lombar): Processo mamilar para fixação dos músculos intrínsecos do dorso, os multífidos lombares, longuíssimo e rotadores. Processo acessório para fixação dos músculos intertransversários. Características: O processo espinhoso é mais curto e mais groso, o corpo vertebral é o maior dentre as regiões da coluna e o forame vertebral é diminuído, as faces articulares superiores é uma de frente para a outras e as inferiores é uma de costas para a outra. 1.7.4. CORRELAÇÃO CLÍNICA: HÉRNIA DE DISCO Ocorre pelo deslocamento do núcleo puposo atravessando o ânulo (anel) fibroso geralmente em direção póstero-lateral, pois anteriormente não ocorre hérnia 37 discal pela presença do ligamento longitunal anterior e posteriormente existe o ligamento longitudinal posterior, logo a única direção que sobra para o escapamento do núcleo puposo é póstero e lateral, essa correlação foi descrita pela primeira vez somente no início do século vinte, mas já existia muito antes disso. Dependendo da quantidade de material herniado pode ou não haver compressão da raíz nervosa que passa justamente póstero-lateralmente à vértebra, saindo da medula e seguindo para inervação periférica, essa patologia ocorre com maior frequência na coluna lombar pelo fato desta ter que suportar maior carga e dividir essa carga para os membros inferiores, uma vez que isso não ocorre de forma igual par os dois lados, para frente e para trás acontece a maior compressão do disco articular em um único ponto, se as lamelas concêntricas se rompem então o núcleo pode “vazar” em direção a inervação. A compressão de uma raiz nervosa causa dor em diferentes locais dependendo de seu respectivo dermátomo (região corporal inervada por uma raíz nervosa que tem origem na coluna), a imagem abaixo mostra os dermátomos do corpo humano. 38 A hérnia de disco pode evoluir para um quadro mais grave onde o material herniado acaba rompendo o ligamento longitudinal posterior e o risco de compressão medular torna-se eminente, quando as fibras desse ligamento são rompidas temos uma situação de hérnia de disco sequestrada, quando o ligamento não se rompe, porém deixa passar o material herniado entre suas fibras a situação é de hérnia de disco extrusa, o paciente sente dor intensa, formigamento (parestesia) e o tônus muscular da região é diminuído. 1.7.5. COLUNA SACRAL A coluna sacral é constituída pelo Sacro, osso irregular formada por cinco vértebras unidas e justapostas, sua base (promontório) se articula com a quinta vértebra lombar L5 e o ápice se articula com o cóccix (articulação sacrococcígea). Os processos espinhosos de S1-S4 unem-se em uma linha sacral mediana, os processos transversos de S1-S5 também se juntam para formar a crista sacral lateral, entre essas duas encontramos a linha sacral intermédia e entre a lateral e a intermédia existem os forames sacrais posteriores, por onde passam os nervos espinais. Os nervos sacrais passam através do canal sacral ou hiato sacral e adentram nos forames sacrais posteriores e anteriores. 39 1.8. MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL Os músculos da expressão facial são superficiais e se fixam principalmente na pele da face, por exemplo, o músculo nasal tem sua origem na região superior da Maxila e inserção nas cartilagens nasais, por isso chamado de músculo nasal, o músculo orbicular do olha tem sua origem na margem medial, osso Lacrimal e ligamento palpebral e se insere na pele ao redor da órbita e assim do mesmo jeito para os outros músculos. Os movimentos que esses músculos proporcionam vão sempre resultar em uma expressão facial, como sorrir, piscar os olhos elevar a sobrancelha e etc. A inervação sensitiva desses músculos é responsável pelo nervo Facial (VII par craniano), este de divide em três grandes ramos, o nervo aftálmico, nervo maxilar e nervo mandibular. MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL MÚSCULO AÇÃO Occiptofrontal ventre frontal Eleva o supercílio Prócero Traciona o ângulo medial dos supercílios p/ baixo Orbicular do olho Esfíncter da órbita, abre, fecha, pisca,.. Nasal Expande as narinas Levantador do lábio superior e da asa do nariz Eleva o lábio superior e dilata a narina Zigomático maior Traciona o ângulo da boca p/ cima e p/ o lado Zigomático menor Traciona o ângulo da boca p/ cima Levantador do lábio superior Eleva o lábio superior e o ângulo da boca Abaixador do lábio inferior Traciona o lábio inferior p/ baixo e lateralmente Levantador do ângulo da boca Eleva o ângulo da boca (sulco nasolabial) Abaixador do ângulo da boca Traciona o ângulo da boca p/ baixo e lateralmente Bucinador Age com a língua p/ manter o alimento dentro da cavidade da boca, soprar, assoviar ... Orbicular da boca Esfíncter oral, comprime e protrai os lábios Risório Retrai o ângulo da boca Mentual Eleva e protrai o lábio inferior Platisma Abaixa e enruga a pele da porção inferior da face e a boca, tensiona a pele do pescoço, abaixamento forçado da mandíbula 40 41 1.8.1. CORRELAÇÃO CLÍNICA: PARALISIA FACIAL A paralisia facial é uma patologia que afeta o nervo facial (nervo sensitivo e motor) ocasionando a parada da transmissão do impulso nervoso, como os músculos da expressão facial são inervados por esse nervo, esses músculos ficam inativos e impossibilitados de realizar os movimentos parcial ou completamente,logo as expressões ou mímicas faciais ficam bastante comprometidas, pode ocorrer ainda, disfunção na gustação, salivação, lacrimejamento e sensibilidade diminuída ou aumentada no ouvido externo. O nervo facial tem origem na ponte, passa pelo sulco bulbo-pontino e adentra através do osso temporal pelo meato acústico interno. Causas: Vários fatores podem acarretar a paralisia, trauma na face, diabetes mellitus, vírus da imunodeficiência humana (HIV), viroses em geral, otite média, eclampsia (convulsão durante a gravidez), hipertensão arterial, enfim, a origem da paralisia não é totalmente conhecida. Diagnóstico: A paralisia facial pode ser periférica (PFP) ou central (PFC) e existem vários níveis dependendo da quantidade de áreas atingidas, assimetrias e tônus muscular que devem ser observados, no caso da PFC a lesão ocorre nos neurônios motores presentes no córtex frontal, os movimentos voluntários são barrados, já os involuntários e emocionais podem estar intactos, no caso da PFP, o local da lesão é no núcleo motor do nervo facial, logo os movimentos voluntários e involuntários da hemiface do mesmo lado da lesão são comprometidos, quando ocorre paralisia completa é devido a lesão ser abaixo do núcleo motor (infranuclear). Deve-se realizar o exame físico bem como investigar a causa através de exames de sangue, exames de imagem, exames de audição, exames neurais, biópsia entre outros. Tratamento e possíveis complicações: A comunicação não-verbal através da mímica facial pode ficar comprometida, a questão da estética também afeta muito os pacientes, a recuperação de uma lesão neural depende do nível que foi atingido, da idade do paciente, da etiologia, do aspecto nutricional e muscular. O tratamento necessita de uma equipe multidisciplinar com o médico, fisioterapeuta e fonoaudiólogo, a fisioterapia é indispensável, pois tem como objetivo de reabilitar a função muscular através da cinesioterapia, eletroestimulação, exercícios de facilitação neural proprioceptivos e outros. 42 1.9. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO MÚSCULO PONTO DE FIXAÇÃO PONTOS DE FIXAÇÃO AÇÃO Masseter Arco zigomático P. superficial: 2/3 anterior Ângulo da Mandíbula ou tuberosidade massetérica Eleva, lateraliza e protrai a Mandíbula P. profunda: 1/3 posterior Temporal Fossa temporal (osso temporal) Pr. Coronóide da Mandíbula Eleva, lateraliza e retrai a Mandíbula Pterigóideo lateral P. superior: face lateral da lâmina lateral ATM (disco articular e côndilo da mandíbula) Protrai e lateraliza a Mandíbula P. inferior: face temporal da asa maior do Esfenóide Pterigóideo medial P. superficial: tuberosidade da Maxila Tuberosidade Pterigóidea (p. medial do ângulo da Mandíbula) Eleva e lateraliza a Mandíbula P. profunda: superfície med. da lâmina lat. do pr. pterigóide (fossa pterigoidea) INERVAÇÃO: Os mm. da mastigação são inervados pelo N. Trigêmeo que se divide em N. oftálmico, axilar e mandibular, a ramificação mandibular se divide e alcança os quatro mm. (masseter, temporal, pterigoide medial e lateral) 43 Local de inserção do M. Temporal Local de inserção de M. Pterigóide Lateral Local de inserção do M. Masseter Local de inserção do M. Pterigóide Medial 1. M. Temporal se fixa na fossa temporal e processo coronóide da mandíbula. 2. M. Masseter se fixa no arco zigomático e ângulo da mandíbula. 3. M. Pterigóide Lateral se fixa na fossa pterigoide e face medial da lâmina lateral do processo pterigoide que está situado no osso esfenoide e também na face interna do ângulo da mandíbula. 4. M. Pterigóide Medial se fixa na face lateral da lâmina lateral do processo pterigoide e na ATM (côndilo e mandíbula e disco articular). 3 4 44 1.10. MÚSCULOS DO PESCOÇO SUPERFICIAIS MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Esternocleidomastóideo P. esternal: manúbrio do Esterno Processo mastóideo do Temporal e linha nucal superior do Occipital Inclina a cabeça p/ o mesmo lado e roda p/ o lado oposto, estende e fixa a cabeça, ajuda na respiração P. clavicular: 1/3 medial da clavícula Trapézio P. descendente: Occipital; P. transversa e ascendente: Pr.esp. de C1-C7 1/3 lateral da Clavícula Eleva a Escápula obliquamente rodando a cavidade glenoidal MÚSCULOS ESCALENOS Escalenos anteriores C3-C6 (tubérculos ant. dos pr. trans.) 1 costela (tubéculo) Eleva a 1 e 2 costelas na inspiração; inclina a cervical p/ o mesmo lado e flete o pescoço Escalenos médios Pr.trans. de C1-C2 e C3-C7 (tubérculos pos. dos pr. trans.) 1 costela Escalenos posteriores C5-C7 (tubérculos pos. dos pr. trans.) 2 costela (face externa) MÚSCULO INERVAÇÃO Platisma R. cervical do N. Facial Esternocleidomastóideo Inervação motora: n. acessório; Dor e propriocepção: Plexo Cervical Trapézio Escalenos anteriores R. direitos do pl. Cervical e Braquial Escalenos médios Escalenos posteriores Quinta vértebra cervical Local de inserção dos músculos escalenos 45 Os músculos supra e infra-hióideos são os mais intrínsecos do pescoço, por isso foi dado mais prioridade a sua ação e inervação, são músculos antagonistas, basicamente os supra-hióides elevam o hióide e os infra-hióides abaixam o hióide, esse deslizamento do osso hióide é fundamental para que ocorra a passagem do bolo alimentar para a faringe, nesse momento a faringe é alongada e simultaneamente ocorre parada respiratória, processo que ocorre entre 0,6 e 1,2 segundos, as vias aéreas e as trompas de Eustáquio também são fechadas, dificultando a ocorrência de asfixia e protegendo o ouvido médio respectivamente, a ação desses músculos e outros que não foram citados nesse trabalho promove o complexo mecanismo da deglutição. O hióide não se articula com nenhum outro osso e está fixado em músculos e ligamentos, também possui participação importante na fala, mastigação e respiração, além de influenciar massivamente na postura da coluna cervical e consequentemente em toda a cadeia postural do corpo humano. Daí a importância de se estudar essa musculatura. 46 PROFUNDOS MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS MÚSCULO INERVAÇÃO AÇÃO Digástrico Parte ant.: N. milo-hió. Eleva o hióide na deglutição, ajuda a abaixar a Mandíbula Parte pos.: N. facial Estilo-hióideo Milo-hióideo N. milo-hió. Tensiona e eleva o assoalho da boca, age na deglutição, abaixa e lateraliza a Mandíbula Gênio-hióideo R. ant. de C1 Leva o hióde p/ frente na deglutição e ajuda a abaixar a Mandíbula MÚSCULOS INFRA-HIÓIDEOS Omo-hióideo Plexo Cervical Abaixa o hió., laringe p/ fonação Esterno-hióideo Esternotireóideo Tireo-hióideo N. hipoglosso Abaixa e fixa o hió., eleva a laringe na deglutição MÚSCULOS PRÉ-VERTEBRAIS Longo da cabeça R. D. do pl. Cervical Fl. das arts. Atlantoccipitais Longo do pescoço Inclina e roda a cervical p/ o mesmo lado, fl. da cervical Reto ant. da cabeça Ramo ant. do pl. Cervical Fl. lat. e ant. da art. Atlantoccipital Reto lat. da cabeça MÚSCULOS SUBOCCIPITAIS Reto pos. menor da cabeça R. pos. de C1 (N. Nuboccital) Roda a cabeça p/ o mesmo lado; estende a cabeça Reto pos. maior da cabeça Oblíquo inf. da cabeçaOblíquo sup. da cabeça Estende a caneca, Inclina p/ o mesmo lado e roda p/ o lado oposto 47 48 49 1.11. MÚSCULOS DO DORSO INTRÍNSECOS SUPERFICIAIS MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Serrátil posterior Serrátil pos. sup.: pr. esp. de C7-T3 2-4 costelas (margem superior) Eleva as costelas Serrátil pos. inf.: pr. esp. de T11-L2 8-12 costelas (margem inferior) Abaixa as costelas Esplênio Esplênio da cabeça: pr. esp. de C7-T3 Occipital (linha nucal súpero-lateral e pr. Mastóideo) Estende a cervical e a cabeça; flete e roda a cabeça p/ o mesmo lado Esplênio do pescoço: pr. esp. de T3-T6 Pr.trasn. de C1-C2 MÚSCULO INERVAÇÃO Serrátil posterior Serrátil póstero-superior: 2-5 nn. Intercostais Serrátil póstero-inferior: Nn. Espinais T9-T12 Esplênio Nn. Espinais C1-C6 INTRÍNSECOS INTERMEDIÁRIOS MÚSCULO AÇÃO INERVAÇÃO Iliocostal Estende a coluna; inclina p/ o mesmo lado Nn. Espinais (ramos posteriores e laterais) Longuíssimo Longuissimo da cabeça: estende a cabeça; flete e roda p/ o mesmo lado Longuíssimo do pescoço e do tórax: estende a coluna; inclina p/ o mesmo lado Espinal Estende a cervical e torácica; inclina p/ o mesmo lado Nn. Espinais posteriores 50 Serrátil póstero-superior Serrátil póstero-inferior Esplênio do pescoço 51 Iliocostal Longuíssimo Espinal 52 1.12. MUSCULATURA INTRÍNSECA DO DORSO 53 1.14. DINÂMICA DIAFRAGMÁTICA: O músculo diafragma divide o tórax e o abdome em porções distintas, porém essas áreas se comunicam através do diafragma por meio de três aberturas: uma abertura para o hiato aórtico (para a artéria aorta), uma para o hiato esofágico (para a passagem do esôfago) e o forame da veia cava inferior. Esse músculo age efetivamente na inspiração (pois a expiração é naturalmente passiva e só ocorre ajuda muscular em casos de esforço físico), seus movimentos são de depressão (na inspiração) e de elevação (na expiração). Essa dinâmica faz com que tenhamos, naturalmente, um movimento de elevação tanto no tórax (respiração apical) como no abdome (respiração abdominal). Durante a respiração o diafragma pode ser 1.13. MÚSCULOS DO TÓRAX PAREDE DO TÓRAX MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Intercostais externos P. inf. da costela acima para a p. sup. da costela abaixo Eleva as costelas (inspiração) Intercostais internos P. sup. da costela abaixo para a p. inf. da costela acima Abaixa as costelas (expiração) Intercostais íntimos Subcostal P. inf. das costelas inf. até a face int. das 2 ou 3 costelas abaixo (intercalado) Eleva as costelas (inspiração) Transverso do tórax Esterno e pr. Xifóide (face int.) 2-6 costelas (car. Costal e face int.) Ação no abaixamento das costelas (expiração) INERVAÇÃO MÚSCULO INERVAÇÃO Intercostal Nn. Intercostais Subcostal Transverso do tórax MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Diafragma P. Costal: 7-12 costelas (superfície int.) Centro tendíneo Principal m. da respiração diafragmática e torácica; ajuda a comprimir as vísceras abdominais (prensa abdominal) P. Lombar: corpos vertebrais e discos interv. de L1-L3 P. Esternal: pr. Xifóide (superfície pos.) Inervação N. Frênico 54 auxiliado por outros músculos como o peitoral maior, o esternocleidomastoideo, o serrátil entre outros, observa-se a participação de todos os músculos de que tem ponto de fixação nas costelas, mas esses músculos agem somente em situações de grande esforço respiratório, pois em condições normais o diafragma e os intercostais externos são os mais ativos na respiração. 55 56 1.15. MÚSCULOS DOS MMSS: BRAÇO MÚSCULO DELTÓIDE MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Deltóide Clavicular (anterior) 1/3 lateral da Clavícula Tuberosidade p/ o m. deltoide no Úmero Fl., rot.med. e ad. Deltóide Acromial (médio) Acrômio da Escápula Abd. Deltóide Espinal (posterior) Espinha da Escápula Ext., rot.lat. e ad. MANGUITO ROTADOR Supra-espinal Fossa supra-espinal da Escápula Tubérculo maior do Úmero Abd. Infra-espinal Fossa infra-espinal da Escápula Rot.lat. Redondo-menor Margem lat. da Escápula Rot.lat. e ad. Subescapular Fossa subescapular Tubérculo menor do Úmero Rot.med. PEITORAL MAIOR E CORACOBRAQUIAL Peitoral maior P. Clavicular: metade medial da Clavícula Crista do tubérculo maior do Úmero Fl., ad. (ad. ou fl. horizontal) e rot.med.; todo o m. auxilia na inspiração elevando as costelas P. Esternocostal: esterno e 1-6 car. costais P. Abdominal: bainha do reto do abdo. Coracobraquial Pr. Coracóide da Escápula Úmero (alinhado à crista do tub. menor) Fl., ad. e rot.med. MÚSCULO INERVAÇÃO Deltóide N. Axilar Redondo-menor Supra-espinal N. Supra-escapular Infra-espinal Subescapular N. Subescapular Peitoral maior Nn. Peitorais mediais e laterais Coracobraquial N. Músculo-cutâneo 57 58 59 SUBCLÁVIO, PEITORAL MENOR E SERRÁTIL ANTERIOR MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Suclávio 1 costela (margem superior) Clavícula (margem inferior) Eleva a primeira costela, deprime a clavícula e estabiliza a art. Esternoclavicular Peitoral menor 3-5 costela Pr. Coracóide da Escápula Protrusão da Escápula, roda a cavidade glenoidal inf. e auxilia na respiração Serrátil anterior 1-9 costelas Margem med. da Escápula Rot.lat. da Escápula TRAPÉZIO, LEVANTADOR DA ESCÁPULA E ROMBÓIDES MAIOR E MENOR Trapézio descendente (superior) Linha nucal superir do Occipital e pr.esp. de C1-C7 1/3 lateral da Clavícula Eleva obliquamente a Escápula e roda a cavidade glenoidal Trapézio Transverso (médio) Pr.esp. de T1-T4 Acrômio da Escápula Desloca a Escápula medialmente (abd. da Escápula)) Trapézio ascendente (inferior) Pr.esp. de T5-T12 Espinha da Escápula Abaixa a Escápula medialmente; Todo o m. estabiliza a Escápula Levantador da Escápula Pr.trans. de C1-C4 Ângulo superior da Escápula Levanta a Escápula medialmente e move o âng.inf. Rombóide menor Pr.esp. de C6-C7 Margem med. da Escápula (o menor acima e o maior abaixo da espinha da Escápula) Levanta a Escápula medialmente e estabiliza a Escápula Rombóide maior Pr.esp. de T1-T4 MÚSCULO INERVAÇÃO Subclávio N. p/ o m. subclávio Peitoral menor Nn. Peitorais mediais e laterais Serrátil anterior N. Torácico longoTrapézio N. Acessório e pl. cervical Levantador da Escápula N. Dorsal da Escápula Rombóide menor Rombóide maior 60 61 62 63 LATÍSSIMO DO DORSO (LD) E REDONDO MAIOR MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO LD vertebral Pr.esp. de T7-T12; ap.TL. Crista do tubérculo menor do Úmero Rot.med., ad., ext.; Atua na respiração (m. da tosse) e realiza movimento de escalada LD escapular Ângulo inf. da Escápula LD costal 9-12 costelas LD ilíaco 1/3 pos. da Crista ilíaca Redondo maior Ângulo inf. da Escápula Rot.med., ad. e ext. BÍCEPS BRAQUIAL E BRAQUIAL Bíceps longo Tub. Supraglenoidal da Escápula Tuberosidade do Rádio Fl. do cotovelo; abd. e rot.med. do braço; a porção longa também faz fl. do braço Bíceps curto Pr. Coracóide da Escápula Braquial ½ médio e anterior do Úmero Tuberosidade da Ulna Fl. do cotovelo TRÍCEPS BRAQUIAL E ANCÔNEO Tríceps longo Tubérculo Infraglenoidal da Escápula Olécrano da Ulna Ext. do cotovelo; T. longo: Ext. e ad. do ombro Tríceps medial P. pos. do Úmero, distal ao sulco do n. Radial Tríceps lateral P. pos. do Úmero, proximal ao sulco do n. Radial Ancôneo Epic.lat. do Úmero Estende o cotovelo (auxilia o tríceps braquial) MÚSCULO INERVAÇÃO LD N. Toracodorsal Redondo maior N. Subescapular inferior Bíceps N. Musculocutâneo Braquial N. Musculocutâneo e n. Radial Tríceps N. Radial Ancôneo 64 1.15.1. ARTICULAÇÃO DO OMBRO E CINTURA ESCAPULAR O ombro é a articulação de maior mobilidade do corpo humano e é composto por um emaranhado de junturas que se movimentam em sinergia e a soma desses movimentos acaba resultando nas inúmeras possibilidades de movimentos que essa articulação permite. A cintura escapular é formada pelas duas clavículas e as duas escápulas que junto com o úmero resultam em cinco articulações, cada qual com sua devida importância, são elas: Gleno-umeral, esterno-clavicular, acrômio- clavicular, córaco-clavicular e escápulo-torácica. A esterno-clavicular é uma articulação sinovial e selar, porem funcionalmente, permite movimentos nos três planos e eixos, são eles: anteriorização, posteriorização, elevação, depressão e rotação. A acrômio-clavicular também é sinovial e bastante móvel, seus movimentos completam os movimentos das outras articulações auxiliando na mobilidade total. A córaco-clavicular é uma articulação sindesmose e possui pouca mobilidade, mas une a escápula à clavícula em um ângulo diferente em relação a acrômio-clavicular. A gleno-umeral e escapulo-torácica se completam de modo a possibilitar a maior amplitude de movimento no ombro, a primeira, por ser uma sinovial e enartrose, faz movimentos nos três planos e eixos e ainda faz o movimento associado chamado circundunção (acontece na soma dos planos e eixos), já a escápulo-torácica é considerada uma falsa articulação porque não possui ligamentos e estruturas membranosas em sua constituição, internamente, na fossa subescapular se encontra o músculo subescapular e colado ao gradil costal se encontra o músculo serrátil anterior, a partir desses e outros músculos a escapula se movimenta em relação ao tórax e a coluna, sempre em sigergia com o úmero, logo essa articulação é capaz de realizar movimentos de abdução, adução, rotação lateral e interna, elevação, depressão, retração e protração. Observe as figuras abaixo: 65 A rotação lateral ocorre com o deslocamento do ângulo inferior da escápula lateralmente que pode ser junto ou não com uma abdução, já a rotação medial ocorre com o deslocamento do ângulo inferior para perto da coluna vertebral (medialmente) e pode ser junto ou não com uma adução, como podemos observar na ilustração ao lado. 66 1.16. MÚSCULOS DOS MMSS: ANTEBRAÇO PARTE ANTERIOR SUPERFICIAIS (epicôndilo medial do úmero) MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Pronador redondo Epic.med. do úmero e pr. Coracóide da Ulna P. lateral do Rádio Fl. do cotovelo e pronação Fl. Radial do carpo Epic.med. do Úmero Base do 2 metacarpo Fl., abd. (desvio radial) do punho Palmar longo Ap. palmar Fl. do cotovelo, tensiona a ap. palmar Fl. Ulnar do carpo Epic.med. e Olécrano da Ulna Pisiforme, hâmulo do osso Hamato e base do 5 metacarpo Fl., ad. (desvio ulnar) do punho INTERMEDIÁRIOS Fl. Superficial dos dedos Epi.med. e pr. Coronóide da Ulna Face lateral das falanges médias do 2-5 dds Fl. do cotovelo e das arts. MCF E IFP PROFUNDOS (membrana interóssea) Fl. Profundo dos dedos Ulna e membrana interóssea Falanges distais do 2-5 dds Fl. das arts. MCF, IFP e IFD do 2-5 dds Fl. Longo do polegar ou do index 1/3 med. do Rádio e membrana interóssea Falange distal do polegar Fl., abd. (desvio radial), fl. da art. Carpometacarpal, MCF e IF do polegar Pronador quadrado 1/4 distal da Ulna 1/4 distal do Rádio Pronação e estabiliza art. Radiulnar distal MÚSCULO INERVAÇÃO Pronador redondo N. Mediado Fl. Radial do carpo Fl. Longo do polegar ou do index Pronador quadrado Palmar longo Fl. Superficial dos dedos Fl. Profundo dos dedos N. Mediano e n. Ulnar Fl. Ulnar do carpo N. Ulnar 67 68 69 PAREDE POSTERIOR RADIAIS (acima do epicôndilo lateral do úmero) MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Braquiorradial P. distal e lat. do Úmero e septo intermuscular lateral Pr. Estilóide do Rádio Fl. do cotovelo; inicia a pronação Ext. radial longo do carpo Crista supracondilar lat. e distal do Úmero Base do 2 metacarpo Fl. do cotovelo, ext. e abd. do punho (desvio radial) Ext. Radial curto do carpo Epi. lat. do Úmero Base do 3 metacarpo SUPERFICIAIS Ext. dos dedos Cabeça comum: epic. lat. do Úmero Falange distal do 2-5 dedos Ext. do punho, das arts. MFC, IFP e IFD do 2-5 dds Ext. do dedo mínimo ou do 5 dd Falange distal do 5 dd Ext. das arts. MCF, IFP e IFD do 5 dd Ext. ulnar do carpo Cabeça comum: epic. lat. do Úmero e face dorsal da Ulna Base do 5 metacarpo Ext., ad. (desvio ulnar) do punho PROFUNDOS (membrana interóssea) Supinador Olécrano, epic. lat. do Úmero, lig. colateral e anular do Rádio Rádio proximal Supinação da art. Radiulnar Abdutor longo do polegar P. dorsal e membrana interóssea (entre o Rádio e a Ulna) Base do 1 metacarpo Abd. (desvio radial) das arts. Radiocarpal, Carpometacarpial Ext. curto do polegar Rádio e membrana interóssea Base da falange proximal do polegar Abd. (desvio radial) da art. Radiocarpal, ext. da art. Carpometacarpal e MCF do polegar Ext. longo do polegar ou do index Ulna e membrana interóssea Base da falange distal do polegar Ext., abd. (desvioradial) do punho, ad. da art. Carpomatecarpal do polegar e ext. das arts. MCF e IF do polegar Ext. do indicador Ulna e membrana interóssea Digital pos. do 2 dd. Ext. das arts. MCF, IFP e IFD do 2 dd 70 INERVAÇÃO MÚSCULO INERVAÇÃO Braquiorradial N. Radial Ext. radial longo do carpo Supinador Ext. Radial curto do carpo Ext. dos dedos Ext. do dedo mínimo ou do 5 dd Ext. ulnar do carpo Abdutor longo do polegar Ext. curto do polegar Ext. longo do polegar ou do index Ext. do indicador 71 72 73 1.16.1. ARTICULAÇÃO DO COTOVELO E DO PUNHO O complexo articular do cotovelo envolve o úmero, o rádio e a ulna, entre a fossa do olecrano do úmero e a incisura troclear da ulna existe a articulação úmero-ulnar, como principal articulação realiza os movimentos de flexão e extensão, com o cotovelo fletido é possível fazer os movimentos de rotação do antebraço chamados de pronação (palma da mão pra baixo) e supinação (palma da mão pra cima), esses movimentos de rotação acontecem na articulação formada entre o rádio e a ulna, rádio-ulnar proximal e distal. Alguns autores acreditam que a articulação úmero-radial também faz parte do cotovelo, outros acreditam que não. Os principais ligamentos são: ligamento colateral lateral ou radial e o ligamento colateral medial ou ulnar. A principal articulação do punho é formada entre o rádio e os ossos do carpo, a rádio-cárpica ou rádio-carpal, é classificada como sinovial e condilar, pois realiza movimentos de em dois planos e dois eixos, flexão e extensão (plano sagital e eixo látero-lateral), abdução ou desvio radial e adução ou desvio ulnar (plano frontal e eixo ântero-posterior). 74 1.17. MÚSCULOS DO ABDÔME PAREDE ANTERIOR MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Reto do abdôme Sínfise púbica Cartilagens da 5-7 costelas Flete o tronco, comprime o abdome, estabiliza a pelve Piramidal Púbis (anterior ao reto do abdome) Linha alba Tensiona a linha alba PAREDE ÂNTERO-LATERAL Oblíquo externo do abdôme 5-12 costelas (face externa) Linha alba, púbis e crista ilíaca Flete o tronco, inclina e roda o tronco p/ o lado oposto Oblíquo interno do abdôme Ap. TL., crista ilíaca, EIAS 10-12 costelas (p. inf.) e linha alba Flete o tronco e inclina e roda o tronco p/ o mesmo lado Transverso do abdôme 7-12 car. costais (face int.), ap. TL. Linha alba e crista púbica Comprime o abdome PAREDE POSTERIOR Psoas maior P. superficial: corpos vertebrais e discos interv. de T12-L4 (face lateral) Trocanter menor do Fêmur Fl. e rot.lat. do quadril; eleva o tronco a partir da posição decúbito dorsal P. profunda: pr. trans. de L1-L5 Ilíaco Fossa ilíaca Quadrado do lombo Crista ilíaca e lig. iliolombar 12ª costela e pr. trans. de L1-L4 Inclina o tronco p/ o mesmo lado; estabiliza a 12º costela 75 76 77 1.18. MÚSCULOS DO MMII: COXA PSOAS E ILÍACO MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Iliopsoas Psoas menor: T12-L1 e discos interv. (face lat.) Arco iliopectíneo Ajuda na retroversão da pelve Psoas maior: T12-L4 e discos interv. (face lat.) e pr.trans. de L1-L5 Tro.menor do Fêmur Fl., rot.lat. do q. e eleva o tronco a partir da posição de decúbito dorsal Ilíaco Fossa Ilíaca GLÚTEOS SUPERFICIAIS Glúteo máximo Face dorsal do Sacro, superfície glútea do ílio e lig. sacrotuberal Trato iliotibial e tuberosidade glútea do Fêmur Ext., rot.lat. abd. e ad. do q. Glúteo médio Superfície glútea do Ílio (abaixo da crista ilíaca) Tro.maior do Fêmur (face lat.) Fl., ext., rot.med, rot.lat. e abd. do q. Glúteo mínimo Superfície glútea do Ílio (abaixo do glúteo médio) Tro.maior do Fêmur (face ântero-lat.) Tensor da fáscia lata EIAS Trato iliotibial Fl., rot.med., abd. do q. e estabiliza a extensão do joelho GLÚTEOS PROFUNDOS Piriforme Face pélvica do Sacro Ápice do tro.maior do Fêmur Rot.lat., abd. e ext. do q Obturador interno Face int. da membrana obturadora Face med. do tro.maior do Fêmur Rot.lat., ad. e ext. do q. Gêmeos Gêmeo sup.: esp.isq.; Gêmeo inf.: tub.isq. Mesmo tendão do obt.int. Quadrado femoral P. lat. da tub.isq. Crista intertrocantérica do Fêmur Rot.lat. e ad. do q. MÚSCULO INERVAÇÃO Iliopsoas R. direitos do pl. Lombar Ilíaco N. Femoral Glúteo máximo N. Glúteo inferior Glúteo médio N. Glúteo superior Glúteo mínimo Tensor da fáscia lata Piriforme R. direitos do pl. sacral Obturador interno Gêmeos Quadrado femoral 78 Psoas Maior Psoas Menor Ilíaco 79 MÚSCULO INERVAÇÃO Pectíneo N. Femoral e Obturatório Adutor longo N. Obturatório Adutor curto Grácil Obturador externo Adutor mínimo Adutor magno P. profunda: N. Obturatório; P. superficial: N. Tibial MEDIAIS DA COXA: SUPERFICIAIS MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Pectíneo Linha pectínea do Púbis Linha pectínea do Fêmur Fl., rot.lat. e abd. do q. Adutor longo R. sup. do Púbis Linha áspera med. no 1/3 médio do Fêmur Fl., ext. e ad. do q. Adutor curto R. inf. do Púbis Grácil R. inf.do Púbis Margem med. da tub. da Tíbia (Pata de Ganso) Fl., e ad. do q.; Fl. e rot.med. do joelho MEDIAIS DA COXA: PROFUNDOS Obturador externo Face ext. da membrana obt. Fossa trocantérica do Fêmur Ad. e rot.lat. do q. Adutor mínimo R. inf. do Púbis Linha áspera med. do Fêmur Ad., ext. e fl. leve do q. Adutor magno R. inf. do Púbis e do Ísquio e tub.isq. Linha áspera med. e tubérculo do adutor do Fêmur Ad., ext. e fl. leve do q. (ativo na rot.med.) A região medial à tuberosidade da Tíbia é conhecida como Pata de Ganso, pois é ponto de inserção de três músculos (sartório, grácil e semitendíneo) e os tendões desses músculos unidos dão a impressão de parecer com a pata de um ancerino, razão do nome. 80 81 ANTERIORES DA COXA MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Sartório EIAS Margem med. da tub. da Tíbia (Pata de Ganso) Fl., abd. e rot.lat. do q.; Fl. e rot.med. do joelho Quadriceps femoral Reto femoral: EIAI, teto do Acetábulo Tub. da Tíbia (via lig. patelar) Fl. do q.; Ext. do joelho Vasto med.: Linha áspera med. e linha intertrocantérica Tub. da Tíbia (côndilos med. e lat.) Ext. do joelho Vasto lat.: Linha áspera lat. e tro.maior do Fêmur Vasto intermédio: Corpo do Fêmur Tub. da Tíbia(via lig. patelar) POSTERIORES DA COXA Bíceps femoral P. longa: Tub.isq. e lig. sacrotuberal Cabeça da Fíbula Fl. e rot.lat. do joelho; p. longa estende o q. P. curta: Linha áspera lat. Semimembranáceo Tub.isq. Côndilo med. da Tíbia e fáscia poplítea Ext., ad., rot.med. do q.; Fl. e rot.med. do joelho Semitendíneo Tub.isq. e lig. sacrotuberal Margem med. da tub. da Tíbia (Pata de Ganso) MÚSCULO INERVAÇÃO Sartório N. Femoral Quadriceps femoral Bíceps femoral P. longa: N. Tibial P. curta: N. Fibular comum Semimembranáceo N. Tibial Semitendíneo 82 1.18.1. ARTICULAÇÕES E MOVIMENTOS DA CINTURA PÉLVICA Existem três articulação na cintura pélvica, a sacrococcígea, a púbica e a sacroilíaca, as duas primeiras são consideradas sínfises, ou seja, não realizam movimentos significativos, inicialmente a sacrococcígea possui fibrocartilagem porem se ossifica com o passar dos anos, a sínfise púbica também possui um disco de fibrocartilagem e sua importância é maior na mulher grávida, pois na hora do parto se dilata para a passagem do bebê, a sacroilíaca é a principal articulação. Como sabemos o sacro se articula com o osso do quadril através das seguintes estruturas ósseas: face auricular do sacro e face auricular para o sacro (ou face sacropélvica presente no osso do quadril). Essa articulação é considerada sinovial com subclassificação plana, pois realiza movimentos de deslizamento e também suas superfícies articulares são quase planas. Ligamentos importantes são necessários para a estabilidade dessa juntura, como o ligamento sacroilíaco anterior, ligamento sacroilíaco interósseo, ligamento sacroilíaco posterior longo, ligamento sacrotuberal, ligamento sacroespinal, ligamento iliolombar e ligamento sacrotuberal. Os principais movimentos do osso do quadril são anteroversão e retroversão, a anteroversão acontece quando as espinhas ilíacas ântero- superiores se deslocam pra frente e para baixo e a retroversão é quando elas vão para trás e para cima. Os movimentos do sacro são nutação e contranutação, ambos ocorrem no plano sagital, o primeiro acontece quando o sacro se inclina anteriormente e o promontório vai pra frente e o segundo quando o sacro se inclina posteriormente e o promontório se move para trás e para cima, os movimentos do sacro não dependem de ação muscular, porém os movimentos do quadril ocorrem pelas ações musculares. Quando os flexores de tronco e os extensores de quadril agem, como consequência ocorre a retroversão do osso do quadril juntamente com o movimento de nutação do sacro, quando ocorre ação conjunta dos extensores da coluna e flexores do quadril, a pelve se anterioriza caracterizando o movimento de anteversão somado a contranutação do sacro. Ainda existem os movimentos de inclinação da pelve para direita e para a esquerda e rotação, o movimento de rotação é realizado com apoio do membro inferior de um lado e a pelve do lado oposto se move para frente (rotação anterior) e para trás (rotação posterior). 83 Músculos da Anteversão pélvica: Principais flexores do quadril: Iliopsoas, Tensor da Fáscia Lata, Reto femoral, Sartório e Pectíneo. Acessórios: Adutores longo, curto, mínimo, magno e Grácil. Principais extensores da coluna: Iliocostal, Longuíssimo e Espinal. Acessórios: Intertransversários, Interesepinais, Rotadores, Multífidos, Semiespinal Músculos da Retroversão pélvica: Principais extensores do quadril: Bíceps femoral, Semitendinoso, Semimembranoso, Glúteos máximo, médio e mínimo. Acessórios: Piriforme, Obturador interno e externo, Gêmeos superior e inferior, Quadrado femoral e Adutores longo, curto mínimo, magno e Grácil. Músculos da Inclinação para unilateral da pelve (para direita ou para esquerda): Quadrado lombar do lado que está elevado e ação reversa do glúteo máximo e extensores do quadril do lado oposto. Músculos da Rotação pélvica: Ação principal do Iliopsoas (psoas maior e ilíaco) 84 1.18.2. ARTICULAÇÃO DO QUADRIL A articulação do quadril é formada entre a cabeça do fêmur e o acetábulo do osso do quadril, é chamada de coxofemoral ou acetábulofemoral, tem sua classificação como sinovial e esferóide, logo, realiza movimentos nos três planos e eixos e ainda o movimento de circundução que ocorre através da associação dos seis movimentos puros (flexão, extensão, abdução, adução, rotação lateral e medial). Os principais ligamentos dessa articulação são: ligamento iliofemoral, isquiofemoral, pubofemoral, transverso do acetábulo e ligamento redondo (da cabeça do fêmur). Mm. que realizam flexão do quadril/coxa: Iliopsoas (Ilíaco e psoas maior), Glúteo médio e glúteo mínimo (porção anterior), Tensor da fáscia lata, Pectíneo, Adutores longo, curto, mínimo e magno, Grácil, Sartório e Reto femoral. Mm. que realizam extensão do quadril/coxa: Glúteo máximo, Glúteo médio e glúteo mínimo (porção posterior), Piriforme, Obturador interno, Gêmeo superior e inferior, Adutores longo, curto, mínimo e magno, Bíceps femoral (porção longa), Semitendíneo e Semimembranáceo. Mm. que realizam a abdução do quadril/coxa: 85 Glúteo máximo (porção superior), Glúteo médio e mínimo, Tensor da fáscia lata, Piriforme e Sartório. Mm. que realizam adução do quadril/coxa: Glúteo máximo (porção inferior), Obturador interno e externo, Gêmeo superior e inferior, Quadrado femoral, Pectíneo, Adutores, longo, curto, mínimo e magno e Grácil. Mm. que realizam a rotação externa (lateral) do quadril/coxa: Iliopsoas (Ilíaco e pasoas maior), Glúteo máximo, médio e mínimo, Piriforme, Obturador interno e externo, Gêmeo superior e inferior, Quadrado femoral, Pectíneo e Sartório. Mm. que realizam a rotação interna (medial) do quadril/coxa: Tensor da fáscia lata, Glúteo médio e mínimo. 86 1.19. MÚSCULOS DO MMII: PERNA LATERAIS MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Fibular longo Cabeça e 2/3 sup. lat. Tíbia e membrana interóssea Cuneiforme med. e base do 1 metatarso Fl.pt. e eversão (pronação) Fibular curto 1/2 distal lat. da Fíbula 5 metatarso ANTERIORES Tibial anterior 2/3 sup. lat. da Tíbia e membrana interóssea Cuneiforme med. e base do 1 metatarso Fl.d. e inversão (supinação) Ext. Longo do hálux 1/3 méd. da Fíbula e membrana interóssea Ap.d. e base das falanges distais do hálux Fl.d. e ext. da MTF e IF do hálux (ativo na eversão e inversão) Ext. Longo dos dedos Cabeça ant. da Fíbula e côndilo lat. da Tíbia Ap.d. e base da 2-5 falanges distais Fl.d., eversão e ext. da MTF e IF do 2-5 dds Fibular terceiro Fíbula distal ant. Base do 5 metatarso Fl.d. e eversão MÚSCULO INERVAÇÃO Fibular longo N. Fibular superficial Fibular curto Tibial anterior N. Fibular profundo Ext. Longo do hálux Ext. Longo dos dedos Fibular terceiro 87 88 POSTERIORES SUPERFICIAIS MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO AÇÃO Tríceps sural Gastrocnêmio: Epic. lat. e med. do Fêmur Tub. do Calcâneo via tendão do Calcâneo Fl.pt. e fl. do joelho Sóleo: Cabeça pos. da Fíbula e Tíbia Plantar Epic. lat. do Fêmur Evita a compressão da musculatura pos. durante a flexão do joelho POSTERIORES PROFUNDOS
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