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MAFALDA CORRÊA FIGUEIRA
1º semestre 2025-2026
ANATOMIA
E FISIOLOGIA 
HUMANA
AULA 7
SISTEMA NERVOSO
ANATOMIA E HISTOLOGIA
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
INFORMAÇÃO IMPORTANTE
HORÁRIO: 4as e 6as das 08h30 às 10h30
LOCAL: Sala E117 (salvo possíveis exceções a combinar – visita de estudo) 
CARGA LETIVA: 15 semanas de aulas = 30 aulas
TEÓRICO-PRÁTICA
CRÉDITOS: 6 (igual a todas as outras disciplinas neste primeiro ano de LTB)
AVALIAÇÃO: dois momentos de avaliação contínua – testes (Escolha múltipla, verdadeiro/falso, resposta curta)
Nota final: média arimética de ambos os testes
Datas provisórias:
Aula 13 – 05.11.25 – 1º teste
Aula 27 – 07.01.2026 – 2º teste
01
02
03
TECIDO NEURONAL
S.N. CENTRAL
S.N. PERIFÉRICO
OBJETIVOS: 
•Conhecer o tecido neuronal e a sua constituição
•Anatomia básica do sistema nervoso central
•Anatomia básica do sistema nervoso periférico
SNC – SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Encéfalo e Medula Espinhal
SNP – SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Nervos – 43 pares
12 pares Cranianos
31 pares Raquidianos
Gânglios
Aglomerações de corpos celulares 
neuronais localizados no exterior do SNC
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
SNC – SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Encéfalo e Medula Espinhal
SNP – SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Nervos – 43 pares
12 pares Cranianos
31 pares Raquidianos
Gânglios
Aglomerações de corpos celulares 
neuronais localizados no exterior do SNC
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
SNC – SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Consiste no encéfalo e medula espinhal.
É o mais importante local de processamento da informação,
integração dos processos mentais e iniciação da resposta.
É o análogo a um computador, com capacidade de receber
estímulos complexos, processar e armazenar a informação
contida e gerar respostas.
Pode produzir ideias, emoções e outros processos mentais
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ENCÉFALO
É a parte do SNC contida dentro da caixa craniana.
É dividido nas seguintes regiões:
Cérebro
Diencéfalo
Telencéfalo
Tronco encefálico
Mesencéfalo 
Protuberância
Bulbo raquidiano 
Cerebelo
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ENCÉFALO 
Diencéfalo
Telencéfalo
Compreende os hemisférios cerebrais, Telencéfalo, e as estruturas 
diencefálicas mais inferiores e profundamente relacionadas, 
Diencéfalo.
É a região mais desenvolvida e recente do SNC.
Relaciona-se com as funções cognitivas superiores, 
comportamento, emoções e controlo voluntário dos movimentos
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
MESENCÉFALO
Situa-se acima da Ponte e abaixo do Diencéfalo.
Divide-se em:
Teto (colículos superiores → visão; colículos inferiores → audição)
Tegmento, onde se encontram núcleos motores e vias reflexas.
Inclui os pedúnculos cerebrais, que conduzem fibras nervosas entre 
o cérebro e o restante SNC.
Relaciona-se com reflexos visuais e auditivos, controlo motor e 
respostas emocionais.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
PROTUBERÂNCIA
Situa-se acima do Bulbo e abaixo do Mesencéfalo.
Atua como zona de passagem de fibras nervosas entre o cérebro, o 
cerebelo e a medula.
Participa no controlo do sono e vigília, coordenação motora e 
funções viscerais.
Forma o chão do quarto ventrículo e é atravessada por nervos 
cranianos.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
BULBO RAQUIDIANO
É a continuação direta da medula espinhal, após o foramen
magno.
Contém núcleos de nervos cranianos e centros vitais de controlo 
respiratório e cardíaco.
Lesões nesta região são geralmente graves e fatais.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
CEREBELO
Responsável pelo controlo motor fino, equilíbrio e coordenação 
postural.
Composto por dois hemisférios e um verme central.
Liga-se ao Tronco Encefálico por três pares de pedúnculos 
cerebelares (superior, médio e inferior)
Divide-se funcionalmente em:
Vestibulocerebelo → equilíbrio
Espinocerebelo → postura e marcha
Cerebrocerebelo → movimentos finos e precisos
VENTRÍCULOS
O SNC é formado internamente por um tubo, revestido por uma camada de células, as células ependimárias,
apresentando por vezes este tubo expandido, formando os ventrículos.
Cada hemisfério cerebral contém uma cavidade grande, o ventrículo lateral.
O 3º ventrículo é uma cavidade mediana mais pequena, localizada no centro do diencéfalo, entre os 2 tálamos.
O 4º ventrículo está localizado na parte inferior da protuberância e parte superior do bulbo.
Cerca de 80 a 90% do LCR é produzido pelas células ependimárias dos ventrículos laterais; o restante é
produzido por células ependimárias nos 3º e 4º ventrículos.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
MEDULA ESPINHAL
Constitui o elo de ligação entre o encéfalo e o Sistema Nervoso Periférico
Integra a informação que recebe e pode produzir respostas através de
mecanismos reflexos, os reflexos medulares.
A medula espinhal estende-se desde o buraco occipital até ao nível da L2.
Tal como a coluna vertebral, divide-se nas seguintes porções: Cervical,
Dorsal, Lombar e Sagrada.
SNP – SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Nervos – 43 pares – feixes de axónios que se 
estendem desde o SNC até às estruturas periféricas 
(músculos, glândulas, etc) ou de recetores 
sensoriais para o SNC
12 pares Cranianos |31 pares Raquidianos
Gânglios
Aglomerações de corpos celulares neuronais 
localizados no exterior do SNC
Funciona para detetar os estímulos e transmitir
informação sob a forma de potenciais de ação para o
SNC.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA 
NERVOSO
SNP – SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
1. Divisão aferente ou sensorial
Transmite os potenciais de ação dos órgãos 
sensoriais ao SNC.
Os corpos celulares destes neurónios localizam-se 
nos gânglios junto da medula espinhal.
As suas terminações encontram-se principalmente 
ao nível dos orgãos dos sentidos.
2. Divisão eferente ou motora
Transmite os potenciais do SNC aos órgãos efetores
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO
Sistema Nervoso Somático
Transmite os potenciais de ação do SNC aos músculos esqueléticos.
Os corpos neuronais estão localizados no SNC e os axónios estendem-se através dos nervos até às junções 
sinápticas neuromusculares (um único neurónio para vários feixes musculares).
Sistema Nervoso Autónomo (SNA): Simpático e Parassimpático
Involuntário ou vegetativo, transmite os potenciais de ação do SNC ao músculo liso, músculo cardíaco e certas 
glândulas. 
Dois conjuntos de neurónios. 
Os corpos celulares do primeiro neurónio estão no SNC e enviam os seus axónios para gânglios autónomos, e são 
os axónios dos segundos neurónios que se estendem até aos órgãos efetores
VIAS AFERENTES
VIAS EFERENTES
RAIZ DORSAL
RAIZ VENTRAL
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA 
NERVOSO
DERMATOMOS
Área Radicular Sensitiva
A área radicular sensitiva é a região do corpo a partir da qual 
a informação sensitiva é conduzida por uma única raiz dorsal 
de um nervo espinhal (ou por um único nervo craniano).
Essa área inclui:
O dermátomo — a zona da pele inervada pela mesma raiz 
dorsal;
As áreas correspondentes dos músculos e dos órgãos 
internos que recebem fibras sensitivas da mesma raiz.
RECEPTORES
Os recetores sensoriais são estruturas especializadas que 
transformam diferentes tipos de estímulos em sinais nervosos 
(impulsos elétricos).
Existem cinco tipos principais:
1.Mecanorrecetores → detetam compressão ou estiramento 
mecânico dos tecidos (ex.: recetores do tato, pressão, audição e 
equilíbrio).
2.Termorrecetores → respondem a variações de temperatura, 
distinguindo frio e calor.
3.Nocirrecetores → recetores da dor, ativados por lesão física ou 
química dos tecidos.
4.Eletromagnéticos → detetam luz na retina (visão).
5.Quimiorrecetores → detetam alterações químicas: sabor, odor, 
oxigénio e dióxido de carbono no sangue, osmolaridade dos 
fluidos corporais, etc.
RECEPTORES
NOTAS PARA ESTUDO:
Sensibilidade Diferencial dos Recetores
Cada recetor é altamente sensível a um tipo específico de estímulo (para o qual foi concebido)e quase 
insensível aos restantes.
Exemplos:
Fotorrecetores da retina respondem apenas à luz.
Osmorrecetores do hipotálamo detetam pequenas variações na osmolaridade do sangue.
Nocirrecetores ativam-se apenas quando os estímulos táteis se tornam intensos o suficiente para causar dano
tecidular.
Modalidade da Sensação e o Princípio da “Linha Marcada”
Cada tipo de sensação (dor, toque, visão, som, temperatura, etc.) é designado modalidade sensorial.
Apesar de todos os nervos transmitirem impulsos elétricos idênticos, a sensação percebida depende do local 
de terminação da fibra nervosa no sistema nervoso central.
Exemplo:
Se uma fibra da dor for estimulada (por calor, eletricidade ou pressão), o cérebro interpreta sempre como dor.
Se uma fibra tátil for estimulada, a sensação será sempre de toque, independentemente da origem da 
estimulação.
Este conceito é conhecido como o “princípio da linha marcada” (labeled line principle) — cada via nervosa está 
“etiquetada” com uma modalidade sensorial específica.
NOTAS PARA ESTUDO:
Todos os recetores, quando estimulados, produzem uma alteração do potencial elétrico da membrana, 
chamada potencial recetor.
Este é o primeiro passo na geração de um impulso nervoso.
Mecanismos que geram o potencial recetor:
Deformação mecânica da membrana → abre canais iónicos.
Ação de substâncias químicas → abre canais iónicos específicos.
Variação de temperatura → altera a permeabilidade da membrana.
Radiação eletromagnética (luz) → altera propriedades da membrana em recetores visuais.
Em todos os casos, o resultado é uma mudança na permeabilidade iónica, modificando o potencial 
transmembranar do recetor.
MENINGES
O crânio e a coluna vertebral protegem o sistema nervoso central (SNC), mas entre o 
tecido nervoso e o osso existem três membranas conjuntivas chamadas meninges.
Estas membranas são, de fora para dentro:
Dura-máter
Aracnoide
Pia-máter
DURA MATER
DURA MATER
É a camada mais externa e espessa, composta por tecido 
conjuntivo.
No encéfalo, é formada por duas camadas:
Uma camada periosteal externa, contínua com o 
periósteo do crânio.
Uma camada meníngea interna
Estão normalmente unidas, mas separam-se em certos locais
para formar os seios venosos da dura-máter, canais cheios de 
sangue que drenam o sangue venoso do cérebro
Na medula espinhal, a dura-máter está separada do 
periósteo das vértebras por um espaço epidural, que contém 
tecido conjuntivo frouxo e plexos venosos
ARACNOIDE
Situa-se entre a dura e a pia-máter e é composta por:
Uma camada conjuntiva justaposta à dura-máter.
Um sistema de trabéculas (fibras de colagénio e fibroblastos) que se estendem até à pia-máter.
Entre estas trabéculas encontra-se o espaço 
subaracnoide, cheio de líquido 
cefalorraquidiano (LCR).
Este espaço atua como amortecedor que 
protege o SNC contra pequenos traumatismos.
No encéfalo, a aracnoide forma vilosidades 
aracnoides (ou granulações aracnoides) —
pequenas protrusões que atravessam a dura-
máter e penetram nos seios venosos durais, 
permitindo a reabsorção do LCR para o sangue 
venoso.
PIA MATER
É a camada mais interna das meninges.
É formada por células planas derivadas do mesênquima, que 
estão intimamente aderidas à superfície do tecido nervoso.
A pia-máter não toca diretamente os neurónios, sendo 
separada por uma fina camada de prolongamentos dos 
astrócitos.
A pia-máter e esta camada de astrócitos formam uma barreira 
física entre o tecido do SNC e o LCR do espaço subaracnoide.
Os vasos sanguíneos que penetram no SNC estão cobertos por 
pia-máter e, ao ramificarem-se, perdem esta camada, mas 
permanecem revestidos pelos prolongamentos 
perivasculares dos astrócitos.
PLEXO COROIDEU
O plexo coroide é formado por tecido altamente vascularizado, revestido por células ependimárias:
No teto do terceiro e quarto ventrículos
E em partes das paredes laterais dos ventrículos laterais.
Cada vilosidade coroide contém uma camada fina de pia-máter vascularizada, coberta por células ependimárias.
PLEXO COROIDEU
Produz o LCR a partir do ultrafiltrado do sangue, removendo água e iões.
O LCR é transparente, contém Na⁺, K⁺ e Cl⁻, glicose e muito pouca proteína
É produzido continuamente e preenche:
Os ventrículos cerebrais
O canal central da medula espinhal
O espaço subaracnoideu
E os espaços perivasculares
Funções fisiológicas do LCR:
Protege mecanicamente o SNC (efeito amortecedor).
Transporta nutrientes e iões necessários à atividade neuronal.
Remove produtos metabólicos do tecido nervoso.
É reabsorvido principalmente pelas vilosidades aracnoides para o sangue venoso.
O SNC tem muito poucos vasos linfáticos, sendo o LCR o principal meio de drenagem.
VENTRÍCULOS E CSF
DERIVAÇÃO
VENTRICULO-PERITONEAL
O NEURÓNIO
Recebe estímulos e conduz potenciais de ação
• CORPO CELULAR
• DENTRITES
• Ramificações do corpo
• Conduzem potencial de ação ao corpo
• AXÓNIO
• Pode variar de poucos mm a mais de 1 m de comprimento
• A ramificação terminal dos axónios forma a telodendria, na qual estão 
os terminais pré-sinápticos.
TIPOS DE NEURÓNIOS ( função)
• Aferentes ou sensoriais
• Eferentes ou motores
• Associação ou interneurónios
TIPOS DE NEURÓNIOS ( morfologia)
• Multipolares
• Unipolares
• Bipolares
MIELINA
Os axónios rodeados por uma 
camada múltipla de lípidos e 
proteínas, chamada bainha de 
mielina, são designados como 
mielinizados.
Esta bainha isola eletricamente o 
axónio e aumenta 
significativamente a velocidade de 
condução do impulso nervoso.
Axónios sem essa bainha são 
denominados não mielinizados.
MIELINA
CONDUÇÃO SALTATÓRIA
A condução saltatória (do latim saltare, “saltar”) é o modo especial 
de propagação do potencial de ação que ocorre ao longo dos axónios 
mielinizados.
Isto acontece devido à distribuição desigual dos canais iónicos 
dependentes de voltagem:
Existem poucos canais dependentes de voltagem nas regiões em 
que a bainha de mielina cobre o axolema.
Em contraste, nos nódulos de Ranvier (onde não existe mielina), a 
membrana axonal apresenta alta densidade de canais iónicos, 
permitindo que o impulso “salte” de nódulo em nódulo.
Tipo / Subtipo de 
Fibra Mielina Diâmetro (µm) Velocidade de 
Condução (m/s) Função Principal Exemplos / 
Observações
Aα Espessa 13 – 20 80 – 120 Motora somática e 
proprioceção
Fibras motoras 
para músculos 
esqueléticos e 
fusos musculares
Aβ Espessa 6 – 12 35 – 90 Tato, pressão e 
vibração
Sensibilidade tátil 
fina
Aγ Espessa 5 – 8 10 – 45 Inervação das 
fibras intrafusais
Regula o tónus 
muscular
Aδ Espessa (fina) 2 – 5 5 – 40 Dor aguda e 
temperatura fria
Dor rápida, 
localizada
B Fina 1 – 3 3 – 15 Fibras autonómicas 
pré-ganglionares
Parte do sistema 
nervoso simpático 
e parassimpático
C Sem mielina 0,4 – 1,2 0,4 – 2
Dor lenta, calor e 
fibras autonómicas 
pós-ganglionares
Dor difusa e 
sensação térmica 
lenta
CÉLULAS GLIA
Constituem as células de suporte do SNC.
• Participam na formação da Barreira Hemato-
encefálica.
• Fagocitam substâncias estranhas
• Produzem o Líquido Cefalorraquidiano
• Formam bainhas de mielina em torno dos 
Axónios
• Astrócitos
• Células ependimárias
• Microglia
• Oligodendrócitos
• Células de Schwann
• Células satélite
CÉLULAS GLIA
• Astrócitos
• Células ependimárias
• Microglia
• Oligodendrócitos
• Células de Schwann
• Células satélite
CÉLULAS GLIA
OLIGODENDRÓCITOS
CÉLULAS DE SCHWANN
CÉLULAS GLIA
OLIGODENDRÓCITOS
CÉLULAS DE SCHWANN
Sistema Célula Glial Responsável Estrutura e Função da Bainha Capacidade de Regeneração
SNP Célula de Schwann
Cada célula envolve cerca de 1 mm de 
um axónio, enrolando-se repetidamente 
à sua volta. O núcleo e o citoplasma
formam a camada externa chamada 
neurolema (ou bainha de Schwann).
Elevada — o neurolema forma um tubo de 
regeneração que orienta o crescimento do 
novo axónio após lesão.
SNC Oligodendrócito
Cada oligodendrócito emite cerca de 15 
prolongamentos que envolvem vários 
axónios. Não possuineurolema, pois o 
corpo celular não rodeia o axónio.
Muito limitada — devido à ausência de 
neurolema e à ação inibitória dos 
oligodendrócitos sobre a regeneração axonal.
NOTAS PARA ESTUDO:
As células de Schwann envolvem os axónios do Sistema Nervoso Periférico (SNP).
Tal como os oligodendrócitos do SNC, formam a bainha de mielina em torno dos axónios.
No entanto, há uma diferença importante:
Um oligodendrócito pode mielinizar vários axónios simultaneamente,
Enquanto cada célula de Schwann mieliniza apenas um segmento de um único axónio.
Uma única célula de Schwann também pode envolver até 20 ou mais axónios não mielinizados — isto é, axónios que não possuem 
bainha de mielina.
As células de Schwann participam na regeneração axonal, um processo que ocorre com mais facilidade no SNP do que no SNC.
Células Satélite
As células satélite são planas e rodeiam os corpos celulares dos neurónios localizados nos gânglios do SNP.
Desempenham duas funções principais:
Fornecem suporte estrutural aos neurónios,
E regulam as trocas de substâncias entre o corpo celular neuronal e o líquido intersticial envolvente.
Mielinização
Os axónios rodeados por uma camada múltipla de lípidos e proteínas, chamada bainha de mielina, são designados como mielinizados.
Esta bainha isola eletricamente o axónio e aumenta significativamente a velocidade de condução do impulso nervoso.
Axónios sem essa bainha são denominados não mielinizados.
CÉLULAS GLIA
ATRÓCITOS
São uma matriz de suporte não rígida.
Formam a barreira hemato-encefálica, em
íntima conexão com as células endoteliais
dos vasos sanguíneos, permitindo que
apenas algumas substâncias passem do
sangue para o tecido nervoso do SNC.
CÉLULAS GLIA
EPÊMDIMA
CÉLULAS GLIA
MICROGLIA
São pequenas células móveis, fagocitárias.
Fagocitam microrganismos, tecido
necrosado e substâncias estranhas que
invadam o SNC.
Neuroglia (ou células da glia)
As neuroglias (do grego glia, que significa “cola”) — também designadas simplesmente glia — constituem cerca de metade do volume 
total do sistema nervoso central (SNC).
O nome tem origem na ideia dos primeiros histologistas de que estas células funcionavam como a “cola” que mantinha o tecido 
nervoso unido.
Hoje sabe-se que as neuroglias não são elementos passivos, mas participam ativamente nas funções e manutenção do tecido 
nervoso.
Características gerais
•As neuroglias são menores do que os neurónios.
•São 5 a 25 vezes mais numerosas do que os neurónios.
•Não geram nem propagam potenciais de ação, ao contrário dos neurónios.
•Mantêm a capacidade de se multiplicar e dividir mesmo no sistema nervoso maduro.
•Em casos de lesão ou doença, as neuroglias proliferam para preencher os espaços anteriormente ocupados por neurónios destruídos.
Importância clínica
Os tumores cerebrais que se originam das células da glia são chamados gliomas.
Têm tendência a ser altamente malignos e de crescimento rápido.
Localização Tipo de Neuroglia Função Principal Características Histológicas / Notas
SNC Astrócitos
- Sustentam física e metabolicamente os 
neurónios. - Regulam a composição química 
do fluido extracelular. - Participam na 
formação da barreira hematoencefálica.
Células estreladas com numerosos 
prolongamentos. São as maiores e mais 
abundantes neuroglias do SNC.
SNC Oligodendrócitos
- Formam a bainha de mielina em torno dos 
axónios no SNC. - Aceleram a condução dos 
impulsos nervosos.
Cada oligodendrócito mieliniza vários 
axónios simultaneamente.
SNC Microglia
- Atuam como macrófagos do SNC, 
removendo células mortas e detritos. -
Participam na resposta imunitária do tecido 
nervoso.
Células pequenas, com poucos 
prolongamentos. Derivam de monócitos.
SNC Células ependimárias
- Revestem os ventrículos cerebrais e o 
canal central da medula espinhal. -
Produzem, circulam e monitorizam o 
líquido cefalorraquidiano (LCR).
Células epiteliais cilíndricas ou cúbicas, 
frequentemente ciliadas.
SNP Células de Schwann
- Formam a bainha de mielina em torno dos 
axónios no SNP. - Ajudam na regeneração 
de axónios lesionados.
Cada célula de Schwann mieliniza apenas 
um segmento de um axónio.
SNP Células satélite
- Envolvem os corpos celulares dos 
neurónios nos gânglios do SNP. - Regulam o 
microambiente (nutrientes e iões) em redor 
dos neurónios.
Células pequenas e achatadas que rodeiam 
os neurónios ganglionares.
CÉLULAS GLIA - CONSULTA
SINAPSE
Os potenciais de ação de uma célula nervosa podem resultar em 
potenciais de ação produzidos noutra célula.
A transmissão do potencial de ação ocorre na junção entre elas, a sinapse.
Constituintes da sinapse:
Terminal pré-sináptico
Fenda sináptica
Membrana pós-sináptica
Os potenciais de ação não passam diretamente de célula para célula, 
através de substâncias libertadas na fenda sináptica, os 
neurotransmissores.
https://www.youtube.com/watch?v=p38nzOGJZtI
https://www.youtube.com/watch?v=p38nzOGJZtI
https://www.youtube.com/watch?v=OvVl8rOEncE
https://www.youtube.com/watch?v=OvVl8rOEncE
NOTAS PARA ESTUDO:
Os terminais pré-sinápticos são especializados em produzir e libertar neurotransmissores.
Os neurotransmissores estão contidos em vesículas sinápticas existentes no terminal pré-sináptico.
Quando o potencial de ação atinge o terminal pré-sinatico promove a entrada do Ca.
É a entrada do Ca que leva as vesículas sinápticas a libertarem o neurotransmissor, por exocitose, na fenda 
sináptica.
Na fenda sináptica, os neurotransmissores difundem-se e ligam-se a recetores específicos existentes na 
membrana pós-sináptica.
A ligação neurotransmissor-recetor provoca como resposta a produção de um potencial de ação.
Os neurotransmissores têm efeito a curto prazo nas membranas pós-sinápticas porque são destruídos ou 
removidos da fenda sináptica.
Ex: Acetilcolinesterase- decomposição da acetilcolina
NOTAS PARA ESTUDO:
Principais neurotransmissores:
ACETILCOLINA
NORADRENALINA
SEROTONINA
DOPAMINA
ACIDO GAMA-AMINO-BUTÍRICO (GABA)
Outros neurotransmissores / neuromoduladores:
Histamina
Glicina
Glutamato
Aspartato 
As terminações nervosas do SNA segregam um de 2 
tipos de neurotransmissores:
Acetilcolina – neurónio colinérgico
Noradrenalina - neurónio adrenérgico
Todos os neurónios pré-ganglionares do SNS e do 
SNP assim como os neurónios pós-ganglionares do 
SNP são Colinérgicos.
Os neurónios pós-ganglionares do SNS são 
adrenérgicos, com exceção daqueles que inervam 
as glândulas sudorípara que são colinérgicos.
A ligação dos neuromoduladores ao recetor provoca hipopolarização ou hiperpolarização da membrana pós-sináptica.
Despolarização / Hipopolarização
resposta excitatória: potencial excitatório pós-sináptico (PEPS)
Os neurónios que libertam neurotransmissores que causam PEPS são neurónios excitatórios.
Ocorre aumento da permeabilidade da membrana ao Na.
“Facilita” a ação de um estímulo de forma a que este mais facilmente atinja o valor limiar
Facilitação présináptica
Há aumento do neurotransmissor libertado no terminal pré-sináptico.
Ex: glutamato
Hiperpolarização 
Resposta inibitória: potencial inibitório pós-sináptico (PIPS)
Os neurónios que libertam neurotransmissores que causam PIPS são neurónios inibitórios.
Ocorre um aumento da permeabilidade da membrana aos iões K e Cl.
Diminuem a probabilidade de um estímulo produzir um potencial de ação. 
Inibição pré-sináptica
Há diminuição da libertação de neurotransmissor libertado no terminal pré-sináptico.
Ex: endorfinas e encefalinas na transmissão da sensação de dor.
EFEITO NEUROMODULADOR PEPS E PIPS
Somação dos potenciais pós-sinápticos na zona de disparo 
de um neurónio pós-sináptico.
Os neurónios pré-sinápticos 1, 3 e 5 libertam 
neurotransmissores excitatórios (pontos vermelhos), que 
geram potenciais pós-sinápticos excitatórios (PPSEs) (setas 
vermelhas) na membrana do neurónio pós-sináptico.
Por outro lado, os neurónios pré-sinápticos 2 e 4 libertam 
neurotransmissores inibitórios (pontos roxos), que geram 
potenciaispós-sinápticos inibitórios (PPSIs) (setas roxas) 
na membrana do neurónio pós-sináptico.
A somação total destes PPSEs e PPSIs determina se será ou 
não gerado um potencial de ação na zona de disparo do 
neurónio pós-sináptico.
EFEITO NEUROMODULADOR PEPS E PIPS
NEURÓNIO – Unidade estrutural básica do S.N.
REFLEXO – Resposta automática a um estímulo que ocorre sem pensamento consciente.
ARCO REFLEXO – Unidade funcional básica do S.N.
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
Componentes do arco reflexo:
1. Recetor
2. Neurónio aferente
3. Neurónio de associação
4. Neurónio eferente
5. Órgão efetor
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
1. VIAS CONVERGENTES
2. VIAS DIVERGENTES
3. CIRCUITOS OSCILANTES
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
Muitos neurónios que convergem e sinapsam com um
número mais pequeno de neurónios.
A atividade do neurónio pós-sináptico é influenciado pela
somação espacial.
Ex. via convergentes: sensibilidade da pele
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
Um número mais pequeno de neurónios sinapsa com um número 
maior de neurónios pós-sinápticos.
A informação transmitida numa via neuronal vai divergir em 2 ou 
mais vias.
Ex: reação à dor
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
Têm os neurónios dispostos de maneira circular.
Permite a entrada dos potenciais de ação no circuito de modo 
a permitir que um neurónio produza um potencial de ação 
mais de uma vez.
Esta resposta designa-se por pós-descarga.
O seu efeito consiste em prolongar a resposta a um estímulo.
Ex: controlo da respiração; ciclo do sono e vigília.
VIAS E CIRCUITOS NEURONAIS
VIAS NERVOSAS
As vias são habitualmente designadas por um nome composto por 2 ou mais palavras.
A primeira palavra designa a origem e a segunda palavra designa a terminação do feixe. 
Por exemplo, um feixe espino-talâmico inicia-se na espinal medula e termina no tálamo.
VIAS NERVOSAS
As vias espinhais são habitualmente 
divididas em:
1. VIAS ASCENDENTES ou SENSORIAIS 
(posteriores)
2. VIAS DESCENDENTES ou MOTORAS 
(anteriores)
VIAS NERVOSAS SENSITIVAS
VIAS NERVOSAS MOTORAS
É assim designado porque os seus feixes passam pelas pirâmides
bulbares.
A principal função do sistema piramidal é acrescentar rapidez e
agilidade aos movimentos conscientes, sobretudo das mãos, e
proporcionar um elevado controle motor dos movimentos finos, como
os movimentos de cada um dos dedos.
CONSTITUÍDO POR 2 FEIXES:
1. FEIXE CORTICO-BULBAR
→ Pares Raquidianos
2. FEIXE CORTICO-ESPINHAL
→ Pares Raquidianos
SISTEMA PIRAMIDAL
VIAS NERVOSAS MOTORAS
Inclui todas as fibras que não passam pelas pirâmides.
Os feixes principais são:
1. FEIXE RUBRO-ESPINHAL
2. FEIXES VESTIBULO-ESPINHAIS
3. FEIXE RETICULO-ESPINHAL
Não interferem com a motricidade global do corpo 
mas contribui para a sua coordenação.
A sua lesão provoca alterações do equilíbrio, postura e 
tremor fino, como sucede nos doentes com 
doença de Parkinson
SISTEMA EXTRA-PIRAMIDAL
https://www.youtube.com/watch?v=OcJOQQvieR8
https://www.youtube.com/watch?v=OcJOQQvieR8
https://www.youtube.com/watch?v=BtqWxBUd94I
https://www.youtube.com/watch?v=BtqWxBUd94I
https://www.youtube.com/watch?v=y4RFNz8tXl0
https://www.youtube.com/watch?v=y4RFNz8tXl0
NOTAS PARA ESTUDO:
O sistema nervoso humano, de longe o sistema mais complexo do corpo, é constituído por uma rede de 
milhares de milhões de células nervosas (neurónios), apoiadas por um número ainda maior de células gliais.
Cada neurónio estabelece centenas de ligações com outros neurónios, formando um sistema extremamente 
intricado destinado ao processamento de informação e à geração de respostas.
Os neurónios e os seus prolongamentos distribuem-se por todo o corpo, constituindo uma rede integrada de 
comunicação.
Do ponto de vista anatómico, a organização geral do sistema nervoso apresenta duas divisões principais:
Sistema Nervoso Central (SNC) – constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal.
Sistema Nervoso Periférico (SNP) – formado pelos nervos cranianos, espinhais e periféricos, que conduzem 
impulsos para e a partir do SNC (nervos sensoriais e motores, respetivamente), e pelos gânglios, que são 
pequenos agrupamentos de células nervosas situados fora do SNC.
Organização funcional do sistema nervoso
Funcionalmente, o sistema nervoso divide-se em duas grandes componentes:
1. Divisão sensorial (aferente)
Responsável por receber e conduzir estímulos até ao sistema nervoso central.
Somática – entrada sensorial percebida conscientemente (por exemplo, proveniente dos olhos, ouvidos, pele e 
estruturas músculo-esqueléticas).
Visceral – entrada sensorial não conscientemente percebida (proveniente de órgãos internos e estruturas 
cardiovasculares).
2. Divisão motora (eferente)
Responsável por transmitir comandos do SNC aos órgãos efetores.
Somática – saída motora controlada conscientemente ou voluntariamente (por exemplo, através dos músculos 
esqueléticos).
Autonómica – saída motora não controlada conscientemente (por exemplo, atuando sobre o coração ou 
glândulas).
Sistema Nervoso Autónomo (SNA)
Os nervos motores autonómicos, que constituem o Sistema Nervoso Autónomo (SNA), seguem vias 
compostas por dois neurónios:
Um neurónio pré-ganglionar, com o corpo celular localizado no SNC.
Um neurónio pós-ganglionar, com o corpo celular num gânglio situado fora do SNC.
O SNA subdivide-se em duas partes principais:
Divisão parassimpática – com gânglios localizados junto dos órgãos efetores ou no seu interior, responsável 
por manter a homeostase corporal em condições normais.
Divisão simpática – com gânglios situados próximos do SNC, encarregada de controlar as respostas corporais 
em situações de emergência, stress ou excitação.
Certos componentes autonómicos localizados na parede do trato digestivo são designados por sistema 
nervoso entérico, considerado por alguns autores uma subdivisão funcional do SNA.
Neurónios e Células Gliais
Tanto no tecido nervoso central como no tecido nervoso periférico, os neurónios apresentam, geralmente, 
numerosos prolongamentos longos que permitem a comunicação intercelular.
As células gliais (do grego glia, que significa “cola”) possuem prolongamentos mais curtos e variáveis, estando 
envolvidas em múltiplas funções, incluindo atividades neuronais, manutenção estrutural e metabólica do 
tecido nervoso e defesa.
Excitabilidade e Potenciais de Ação
Os neurónios respondem a alterações do meio envolvente (estímulos) através da modificação do gradiente 
iónico existente nas suas membranas plasmáticas.
Todas as células mantêm um gradiente deste tipo — também designado por potencial elétrico — mas as células 
capazes de alterar rapidamente este potencial em resposta a estímulos (como neurónios, células musculares e 
algumas células glandulares) são designadas como excitáveis ou irritáveis.
Quando um neurónio é estimulado, ocorre uma inversão do gradiente iónico (ou despolarização da 
membrana), que normalmente se propaga a partir do ponto de origem e espalha-se por toda a membrana 
plasmática do neurónio.
Essa propagação, denominada potencial de ação, onda de despolarização ou impulso nervoso, pode percorrer 
grandes distâncias ao longo dos prolongamentos neuronais, transmitindo o sinal a outros neurónios, músculos
ou glândulas. 
Função Integradora do Sistema Nervoso
Ao recolher, analisar e integrar as informações provenientes destes sinais, o sistema nervoso atua 
continuamente para estabilizar as condições internas do organismo — como a pressão arterial, os níveis de O₂ 
e CO₂, o pH, a glicemia e as concentrações hormonais — dentro de limites fisiológicos normais.
Além disso, é responsável pela manutenção dos comportamentos fundamentais, tais como a alimentação, a 
reprodução, a defesa e a interação social com outros seres vivos.
MAFALDA CORRÊA FIGUEIRA
1º semestre 2025-2026
ANATOMIA
E FISIOLOGIA 
HUMANA
AULA 8
ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA 
NERVOSO CENTRAL E PERIFÉRICO
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
com o
:
exepco , modulaespianal
-
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
CÉREBRO
Dividido em 2 hemisférios (direito e esquerdo) pela fenda
inter-hemisférica.
Na superfície dos hemisférios destacam-se as circunvoluções,
separadas entre si por sulcos.
Cada hemisfério está dividido em lobos, designados de 
acordo com os ossos do crânio que está por cima de cada 
lobo.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Frontal
função motora voluntária, motivação, sentido do olfato e
humor.
Parietal
principal centro de receção e integração da estimulação
sensorial, exceto olfato, visão e audição.
Occipital
receção e integração da estimulação visual.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Temporal
olfato e audição; papel importante na memória.
Ínsula
em relação com o lobo temporal.
Lobo do corpo caloso ou cíngulo 
funções na vida afetiva e controle autonómico.
HEMISFÉRIOS
MAPEAMENTO POR RM E 
ESTIMULAÇÃO SENSORIAL
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Os corpos celulares neuronais e os seus 
dendritos dispõem-se em grupos. Córtex 
Cerebral; Zona central da Medula ; Núcleos
Funções integrativas
SUBSTÂNCIA BRANCA
Os axónios organizam-se de modo a 
formarem feixes paralelos com as suas 
bainhas de Mielina .
Propagar o Potencial de ação
SABER :
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
Os corpos celulares neuronais e os seus 
dendritos dispõem-se em grupos. Córtex 
Cerebral; Zona central da Medula ; Núcleos
Funções integrativas
SUBSTÂNCIA BRANCA
Os axónios organizam-se de modo a 
formarem feixes paralelos com as suas 
bainhas de Mielina .
Propagar o Potencial de ação
Fibras de associação – põem em comunicação áreas dentro
do mesmo hemisfério
Fibras comissurais – fazem a comunicação entre os 2
hemisférios.
Fibras de projeção – entre o cérebro e a medula espinhal.
FIBRAS DA SUBSTÂNCIA 
BRANCA
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Principal centro de interface sensorial.
É um conjunto de núcleos pares e
simétricos ligados no centro por um
pequeno istmo.
Influencia o humor e o movimento.
A maior parte dos estímulos sensoriais
atingem o tálamo onde os neurónios
aferentes fazem sinapse com neurónios
talâmicos cujos axónios se dirigem para
os centros corticais.
É a parte do SNC entre o cérebro e o tronco cerebral: Tálamo e Hipotálamo
DIENCÉFALOandrea para
?
-importante:
Hipo--CiMA
Principal centro de interface sensorial.
É um conjunto de núcleos pares e
simétricos ligados no centro por um
pequeno istmo.
Influencia o humor e o movimento.
A maior parte dos estímulos sensoriais
atingem o tálamo onde os neurónios
aferentes fazem sinapse com neurónios
talâmicos cujos axónios se dirigem para
os centros corticais.
É a parte do SNC entre o cérebro e o tronco cerebral: Tálamo e Hipotálamo
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
DIENCÉFALO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
DIENCÉFALO
É a porção mais inferior do diencéfalo.
Contém núcleos, dos quais os mais importantes são os corpos
mamilares, envolvidos nos reflexos olfativos e nas respostas
aos odores.
Sensações como o prazer sexual, sentir-se relaxado, o prazer
após uma refeição, a raiva e o medo estão relacionados com o
funcionamento do hipotálamo.
Uma porção do hipotálamo projeta-se formando o
infundíbulo e a neurohipófise.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
CEREBELO
Comunica com outras regiões do SNC através dos pedúnculos
cerebelosos.
Contém córtex cinzento e núcleos, separados por substância
branca.
Doenças do cerebelo
Ataxia (incapacidade de executar movimento)
Decomposição do movimento
Dismetria
Tremor
Disartria
Nistagmo
https://www.youtube.com/?v=aSgq3fvPzlcwatch
https://www.youtube.com/?v=aSgq3fvPzlcwatch
🔗
ATAXIA
https://app.goodnotes.com/documents/?anchor=cGFnZS03RTJCM0Q5Ny1DRDMyLTU5NjYtQTU5OC0yMDcxMDkzOTVBRDI%3D#QTA4RjU3QjgtRTYyQy00MjgyLUIxNTEtODQxMTVDRTVDRTND
https://www.youtube.com/watch?v=-dFMisBl1aM
https://www.youtube.com/watch?v=vka_GwXd1os
https://www.youtube.com/watch?v=yRFi01fIeeM
TRONCO CEREBRAL
Constituintes do Tronco Cerebral:
1. MESENCÉFALO
2. PROTUBERÂNCIA
3. BULBO RAQUIDIANO
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Contém feixes nervosos ascendentes e descendentes.
Dispersa pelo tronco cerebral encontra-se uma estrutura,
a substância reticular que está envolvida no ritmo
sono/vigília; lesão das suas células origina coma.
TRONCO CEREBRAL
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
se discar de funcionar
cimpnit Entro em coma
-
• É a parte mais pequena do tronco cerebral.
• Faz a interface entre o cérebro e o cerebelo. 
• Contém núcleos de alguns nervos cranianos, 
como o n. motor ocular comum (III par) n. 
patético (IV par) e n. trigémeo (V par).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
TRONCO CEREBRAL
MESENCÉFALO Em
PROTUBERÂNCIA
Está localizada logo acima do bulbo, contém feixes 
ascendentes e descendentes e diversos núcleos. 
Contém os núcleos de alguns nervos cranianos como o V par 
(trigémeo), VII par (facial), VIII par (auditivo) e IX par 
(glossofaríngeo) . 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
TRONCO CEREBRAL
Não vai perguntan
onde está cada Coisa
wa
Ou para identifican
BULBO RAQUIDIANO
No interior do bulbo encontram-se núcleos, como 
são exemplo os núcleos de alguns nervos cranianos:
IX par ou glossofaríngeo
X par ou pneumogástrico ou vago
XI par ou espinhal
XII par ou grande hipoglosso
Tem cerca de 3 cm e é a parte mais inferior do 
tronco cerebral. 
Contínuo inferiormente com a medula espinhal. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
TRONCO CEREBRAL
BULBO RAQUIDIANO
Alguns núcleos bulbares estão envolvidos como
centros de vários reflexos:
Regulação do ritmo cardíaco e do diâmetro dos
vasos sanguíneos (centro vaso-motor)
Regulação da respiração (centro inspiratório e
centro expiratório)
Regulação da deglutição, vómito, tosse e espirro.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
TRONCO CEREBRAL
1 - O diagnóstico de morte cerebral implica a ausência na
totalidade dos seguintes reflexos do tronco cerebral:
a) Reflexos fotomotores com pupilas de diâmetro fixo;
b) Reflexos oculocefálicos;
c) Reflexos oculovestibulares;
d) Reflexos corneopalpebrais;
e) Reflexo faríngeo.
2 - A realização da prova de apneia confirma a ausência de
respiração espontânea.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
https://www.youtube.com/watch?v=R4e7vcvDgHw
1. Realização de, no mínimo, dois conjuntos de provas com intervalo adequado à situação clínica e à idade;
2. Realização de exames complementares de diagnóstico para exclusão de causas reversíveis;
3. A execução das provas de morte cerebral por dois médicos especialistas (em neurologia, neurocirurgia ou
com experiência de cuidados intensivos);
4. Nenhum dos médicos que executa as provas poderá pertencer a equipas envolvidas no transplante de órgãos
ou tecidos.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
MEDULA ESPINHAL
Constitui o elo de ligação entre o encéfalo e o Sistema Nervoso Periférico
Integra a informação que recebe e pode produzir respostas através de
mecanismos reflexos, os reflexos medulares.
A medula espinhal estende-se desde o buraco occipital até ao nível da L2.
Tal como a coluna vertebral, divide-se nas seguintes porções: Cervical,
Dorsal, Lombar e Sagrada.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
A medula apresenta 2 dilatações, a dilatação cervical e a dilatação
lombar.
Abaixo da dilatação lombar, a medula afunila e forma o cone medular, do
qual se destaca o filo terminal, que se estende até ao cóccix, servindo
como ligamento de fixação da medula.
O cone medular e os nervosos nervos que se estendem para baixo dele
assemelham-se à cauda de um cavalo, pelo que se designam cauda
equina.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
Porção cinzenta central
Organizada em cornos.
Cada metade da substância cinzenta apresenta:
Corno anterior
Corno médio ou lateral
Corno posterior
Porção branca periférica
Organizada em 3 cordões
Anterior
Médio ou lateral
Posterior
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O SNP recolhe informação de numerosas fontes dentro e fora do corpo e transmite-as ao SNC através de fibras
aferentes.
As fibras eferentes do SNP transmitem a informação do SNC para as várias partes do corpo, primariamente para
os músculos e glândulas, regulando a atividadedestas estruturas.
Sem o SNP, o SNC não receberia informações e seria incapaz de produzir respostas observáveis.
O SNP pode ser dividido em 2 partes:
Parte craniana – constituída por 12 pares de nervos cranianos
Parte espinhal – constituída por 31 pares de nervos raquidianos.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PARES CRANIANOS
As funções dos nervos cranianos são:
Sensoriais – ex: visão, olfato,
audição, tato, dor
Motoras – controle dos músculos
esqueléticos
Parassimpáticas – regulação de
glândulas, músculo liso visceral e
coração.
Designados em numeração romana de I a XII, do mais anterior para o mais posterior.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PARES CRANIANOS
As funções dos nervos cranianos são:
Sensoriais – ex: visão, olfato,
audição, tato, dor
Motoras – controle dos músculos
esqueléticos
Parassimpáticas – regulação de
glândulas, músculo liso visceral e
coração.
Designados em numeração romana de I a XII, do mais anterior para o mais posterior.
Um nervo craniano pode ter uma ou
mais destas 3 funções.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Os seus ramos provenientes da região mais superior da cavidade nasal, designada por recesso olfativo, onde
se encontra o epitélio olfativo, atravessam a lâmina cribiforme do etmóide e dirigem-se para os bulbos
olfativos.
Envolvido no olfato (nervo sensitivo).
I - OLFATIVO
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
II - OPTICO
Formado pelos axónios da retina que convergem para a papila.
Estende-se desde o globo ocular, saindo da órbita pelo e entrando na caixa craniana.
Envolvido na visão (nervo sensitivo).
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
III – MOTOR OCULAR COMUM
Sai da caixa craniana através da fenda esfenoidal.
Enerva os músculos que movem o globo ocular
Fibras parassimpáticas deste nervo enervam os músculos lisos do olho e regulam o diâmetro da pupila.
É um nervo motor e parassimpático.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
IV – PATÉTICO OU TROCLEAR
Sai da caixa craniana através da fenda esfenoidal.
Inerva o músculo externo do olho, oblíquo superior.
É um nervo motor.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
V – TRIGÉMIO
Tem funções motoras e sensitivas.
Inerva os músculos da mastigação,
um dos músculos do ouvido médio e
músculos da garganta e palato.
Formado por 3 ramos:
1. RAMO OFTÁLMICO
2. RAMO MAXILAR
3. RAMO MANDIBULAR
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
VI – MOTOR OCULAR EXTERNO
Sai pela fenda esfenoidal.
Enerva um dos 6 músculos oculares, o reto externo.
Tem função motora
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
É um nervo motor, sensitivo e parassimpático.
Sai da caixa craniana pelo buraco auditivo interno e pelo buraco estilomastoideu.
Controla os músculos da expressão facial, um dos músculos do ouvido médio e músculos da garganta.
É sensitivo para o sentido do paladar nos 2/3 anteriores da língua.
Fornece a enervação parassimpática às glândulas salivares submaxilares e sublinguais e às glândulas
lacrimais.
VII – FACIAL
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
VII – FACIAL
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
VIII – AUDITIVO
Também designado vestibulococlear.
Sai da caixa craniana pelo buraco auditivo interno.
É um nervo sensitivo, estando relacionado com os sentidos da audição e do equilíbrio.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
IX – GLOSSOFARÍNGEO
É um nervo motor, sensitivo e parassimpático.
Tem função sensorial, garantindo o sentido do
paladar no 1/3 posterior da língua e a
sensibilidade táctil para a faringe, amígdalas e
parte posterior da língua; transmite a
informação sensorial dos recetores do seio
carotídeo e corpo carotídeo.
Responsável pela mobilidade da língua e
músculos da faringe.
Dá a enervação parassimpática às glândulas
parótidas.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
X – VAGO ou PNEUMOGÁSTRICO 
Função sensitiva, motora e parassimpática.
Fornece informação sensorial dos órgãos
torácicos e abdominais bem como o paladar
na raiz da língua
Tem função motora, enervando os músculos
do palato, da faringe e músculos intrínsecos
da laringe.
A porção parassimpática do vago é muito
importante na regulação dos órgãos torácicos
e abdominais (coração, pulmões, órgãos
digestivos, baço e rins).
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
O paladar é transportado para o cérebro pelos seguintes nervos:
– Facial (VII par) 
• transporta as sensações dos 2/3 anteriores da língua.
– Glosso-faríngeo (IX par) 
• transporta as sensações do 1/3 posterior da língua, papilas circunvaladas no V da língua e faringe 
superior.
– Vago (X par)
• contém algumas fibras que transportam as sensações do gosto originadas na epiglote.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
XI – ESPINHAL 
É um nervo motor dividido em 2 componentes:
A componente craniana junta-se ao vago e participa na sua
função.
A componente raquidiana fornece a enervação para os
músculos esternocleidomastoideu e trapézio.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PARES RAQUIDIANOS
Todos os 31 pares de nervos raquidianos, à exceção do 1º par e os pares do sacro, saem da coluna vertebral
através de um buraco intervertebral, localizado entre 2 vértebras adjacentes.
O 1º par de nervos raquidianos saem entre a caixa craniana e o atlas.
Os nervos do sacro saem do sacro através dos buracos sagrados.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Cada um dos nervos raquidianos é designado por uma
letra e por um número.
A letra designa a região (C cervical, T torácica, L lombar e S
sagrada).
O número indica a localização em cada região da coluna
vertebral que cada nervo emerge da coluna vertebral.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXOS
Plexos
Os axónios dos ramos anteriores dos nervos espinhais, exceto os dos nervos torácicos T2 a T12, não seguem 
diretamente para as estruturas corporais que inervam. Em vez disso, formam redes tanto no lado esquerdo 
como no lado direito do corpo, unindo-se a diferentes números de axónios provenientes dos ramos anteriores 
de nervos adjacentes.
Tal rede de axónios é denominada plexo (do latim plexus, “entrançado” ou “rede”).
Os principais plexos são: o plexo cervical, o plexo braquial, o plexo lombar e o plexo sagrado.
Dos plexos emergem nervos com nomes frequentemente descritivos das regiões que inervam ou do trajeto 
que percorrem. Cada um desses nervos pode, por sua vez, ter vários ramos, nomeados de acordo com as 
estruturas específicas que inervam.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXO CERVICAL
É um plexo pequeno, formado pelos nervos
raquidianos de C1 a C4.
Os ramos deste plexo enervam estruturas
superficiais do pescoço, entre os quais os
músculos hioideus.
A inervação sensitiva do pescoço e da porção
posterior da cabeça é dependente deste
plexo.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXO CERVICAL
Um nervo importante deste plexo é o nervo
frénico, responsável pela enervação do
diafragma.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXO BRAQUIAL
Tem origem nos nervos
raquidianos de C5 a T1.
Assegura a enervação dos
membros superiores.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXO LOMBAR
O plexo lombar tem origem nos ramos ventrais
dos nervos raquidianos de L1 a L4 e o plexo
sagrado de L4 a S4.
Devido à sua proximidade e sobreposição,
habitualmente designa-se por plexo
lombosagrado.
Assegura a enervação dos membros inferiores.
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
PLEXO SAGRADO E COCCÍGEO
É um plexo muito pequeno, formado pelos
ramos ventrais de S4, S5 e o nervo coccígeo.
Faz a inervação motora dos músculos do
pavimento pélvico e a inervação sensitiva da
pele que recobre o cóccix.
ARCO REFLEXO
O arco reflexo é a unidade funcional básica do Sistema Nervoso.
É a porção mais pequena e mais simples do SN capaz de receber um estímulo e produzir uma resposta.
ARCO REFLEXO
Os potenciais de ação iniciados no recetores sensoriais, propagam-se nos neurónios aferentes. 
No SNC, estes neurónios sinapsam com neurónios de associação que, por sua vez, se sinapsam com 
neurónios eferentes que enviam axónios para o SN Periférico. 
ARCO REFLEXO
Os axónios dos neurónios eferentes atingem os órgãos efetores (músculos ou glândulas), desencadeando a 
resposta.
A resposta produzida por um arco reflexo designa-se porreflexo. 
É uma resposta automática a um estímulo que ocorre sem pensamento consciente.
São exemplos de reflexos:
Remover o corpos de estímulos dolorosos.
Manutenção do equilíbrio quando são aplicadas forças 
externas.
Manutenção da pressão arterial.
Manutenção do pH, pCO2, etc.
REFLEXOS MEDULARES
Os principais reflexos medulares são:
1. reflexo de extensão
2. reflexo dos órgãos tendinosos de Golgi
3. reflexo de retirada 
https://www.youtube.com/shorts/PIJuBsLUBM0
Grande parte da regulação das estruturas do nosso organismo é feito
pelo Sistema Nervoso Autónomo (SNA), também designado como SN
Vegetativo.
A estimulação proveniente do cérebro, hipotálamo e outras áreas do
encéfalo permite que pensamentos, emoções e outras atividades do
SNC influenciem as funções autonómicas.
O SNA tem ação fundamental na regulação de muitas atividades,
regulação essa efetuada de forma independente da vontade:
– atividade cardíaca
– pressão arterial
– secreção das glândulas salivares
– atividade contráctil e secretória dos órgãos do aparelho digestivo
– contração e dilatação da íris
– etc.
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
O 1º neurónio designa-se por neurónio pré-
ganglionar
tem o corpo celular no tronco cerebral ou na medula 
espinal 
o seu axónio estende-se até aos gânglios autonómicos 
localizados no exterior do SNC
O 2º neurónio designa-se por neurónio pós-
ganglionar. 
sinapsam com o axónio do neurónio pré-ganglionar no 
gânglio autonómico 
o seu axónio estende-se até aos órgãos efetores
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
Tal como o sistema nervoso somático, o sistema nervoso autónomo (SNA) funciona através de arcos reflexos.
(A origem etimológica é auto- = “próprio” e -nomic = “lei”.)
Estruturalmente, o SNA inclui:
Neurónios sensoriais autónomos
Centros de integração no sistema nervoso central (SNC)
Neurónios motores autónomos
Divisão entérica ou sistema nervoso entérico (SNE).
Há um fluxo contínuo de impulsos nervosos:
Os neurónios sensoriais autónomos, localizados em órgãos viscerais e vasos sanguíneos, transmitem 
informação para centros de integração no SNC, que por sua vez enviam impulsos através de neurónios motores 
autónomos até vários tecidos efetores — regulando assim a atividade do músculo liso, do músculo cardíaco e 
das glândulas.
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
A divisão entérica constitui uma parte especializada 
do SNA, composta por uma rede de nervos e 
gânglios que forma um sistema nervoso 
independente nas paredes do trato gastrointestinal 
(GI).
O SNA funciona geralmente de forma involuntária, 
sem controlo consciente.
No entanto, centros localizados no hipotálamo e no 
tronco encefálico regulam muitos reflexos 
autónomos.
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
NOTAS PARA ESTUDO:
Via motora somática e via motora autónoma
Recordando o Capítulo 10, o axónio de um único neurónio motor somático mielinizado estende-se desde o sistema nervoso central (SNC) até 
às fibras musculares esqueléticas da sua unidade motora (Figura 15.1a).
Em contraste, a maioria das vias motoras autónomas é constituída por dois neurónios motores em série, ou seja, um a seguir ao outro (Figura 
15.1b):
O primeiro neurónio é o neurónio pré-ganglionar, cujo corpo celular se encontra no SNC. O seu axónio mielinizado estende-se do SNC até a 
um gânglio autónomo.
(Recorde-se que um gânglio é uma coleção de corpos celulares neuronais no sistema nervoso periférico – SNP).
O segundo neurónio, o neurónio pós-ganglionar, tem o seu corpo celular nesse mesmo gânglio autónomo.
O seu axónio não mielinizado estende-se diretamente do gânglio até ao efetor — músculo liso, músculo cardíaco ou glândula.
Em algumas vias autónomas, o primeiro neurónio motor estende-se até células especializadas denominadas células cromafins, localizadas na 
medula suprarrenal (a porção interna das glândulas suprarrenais), em vez de um gânglio autónomo.
As células cromafins libertam os neurotransmissores adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (NE). Todos os neurónios motores somáticos
libertam apenas acetilcolina (ACh) como neurotransmissor,
enquanto os neurónios motores autónomos libertam ACh ou noradrenalina (NE).
Divisões do sistema nervoso autónomo (SNA)
Ao contrário da via motora somática, o SNA tem duas divisões principais: a divisão simpática e a divisão parassimpática.
A maioria dos órgãos recebe inervação dupla, isto é, impulsos provenientes de ambas as divisões.
Em muitos casos:
um tipo de impulso aumenta a atividade do órgão (excitação),
enquanto o outro a diminui (inibição).
Por exemplo:
o aumento da atividade simpática eleva a frequência cardíaca,
e o aumento da atividade parassimpática reduz essa mesma frequência.
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
DIVISÃO SIMPÁTICA (“LUTA OU FUGA”)
A divisão simpática é frequentemente designada por divisão da “luta ou fuga” (fight-or-flight division).
As suas atividades provocam um estado de alerta aumentado e maior atividade metabólica, preparando o corpo para situações de 
emergência.
As respostas típicas incluem:
aumento da frequência cardíaca; respiração mais rápida; dilatação das pupilas; boca seca; dilatação dos vasos sanguíneos que irrigam o 
coração e os músculos esqueléticos; constrição dos vasos sanguíneos de órgãos menos envolvidos na resposta ao stress (como o trato 
gastrointestinal e os rins);
DIVISÃO PARASSIMPÁTICA (“REPOUSO E DIGESTÃO”)
A divisão parassimpática é conhecida como a divisão do repouso e digestão (rest-and-digest division).
As suas funções poupam e restauram a energia corporal durante períodos de repouso ou digestão.
A maior parte da sua atividade destina-se ao músculo liso e ao tecido glandular dos tratos gastrointestinal e respiratório.
Esta divisão atua promovendo a poupança de energia e a reposição das reservas nutritivas.
Embora tanto a divisão simpática como a parassimpática estejam envolvidas na manutenção da homeostasia,
fazem-no de formas funcionalmente opostas e complementares.
Característica SIMPÁTICA (TORACOLUMBAR) PARASSIMPÁTICA (CRANIOSACRAL)
Distribuição
Regiões amplas do corpo: pele, glândulas sudoríparas, 
músculos eretores dos pelos, tecido adiposo, músculo 
liso dos vasos sanguíneos.
Limitada principalmente à cabeça e às vísceras do tórax, 
abdómen e pélvis; alguns vasos sanguíneos.
Localização dos corpos celulares dos neurónios pré-
ganglionares e local de saída
Cornos cinzentos laterais dos segmentos T1 a L2 da 
medula espinhal. Os axónios dos neurónios pré-
ganglionares formam o fluxo toracolombar.
Núcleos dos nervos cranianos III, VII, IX e X e substância 
cinzenta lateral dos segmentos S2 a S4 da medula 
espinhal. Os axónios dos neurónios pré-ganglionares
formam o fluxo craniossacral.
Gânglios associados Gânglios do tronco simpático e gânglios pré-vertebrais. Gânglios terminais.
Localização dos gânglios Próximos do SNC e distantes dos efetores viscerais. Normalmente junto ou dentro da parede dos órgãos 
efetores viscerais.
Comprimento e divergência dos axónios
Neurónios pré-ganglionares curtos fazem sinapse com 
muitos neurónios pós-ganglionares longos, que se 
distribuem por vários efetores viscerais.
Neurónios pré-ganglionares longos fazem sinapse com 
quatro a cinco neurónios pós-ganglionares curtos, que 
se dirigem a um único efetor visceral.
Ramos comunicantes brancos e cinzentos
Ambos presentes: - Ramos brancos contêm axónios pré-
ganglionares mielinizados. - Ramos cinzentos contêm 
axónios pós-ganglionares não mielinizados.
Ausentes.
Neurotransmissores
- Neurónios pré-ganglionares: libertam acetilcolina 
(ACh), que é excitadora e estimula os neurónios pós-
ganglionares. - Neurónios pós-ganglionares: libertam 
maioritariamente noradrenalina (NE); os que inervam 
glândulas sudoríparas e alguns vasos sanguíneos
libertam ACh.
- Neurónios pré-ganglionares: libertam ACh, que é 
excitadora e estimula os neurónios pós-ganglionares. -
Neurónios pós-ganglionares: libertam ACh.
Efeitos fisiológicos
Respostas de“luta ou fuga” (fight-or-flight): aumento da 
frequência cardíaca, da pressão arterial, da libertação de 
glicose e da vigilância.
Respostas de “repouso e digestão” (rest-and-digest): 
conservação de energia, digestão, redução da frequência 
cardíaca e da tensão arterial.
Característica Sistema Nervoso Somático (SNS) Sistema Nervoso Autónomo (SNA)
Entrada sensorial Proveniente dos sentidos somáticos e dos sentidos 
especiais.
Principalmente dos interoceptores; alguns dos 
sentidos somáticos e especiais.
Controlo da resposta motora
Controlo voluntário a partir do córtex cerebral, com 
contributos dos gânglios da base, cerebelo, tronco 
encefálico e medula espinhal.
Controlo involuntário a partir do hipotálamo, 
sistema límbico, tronco encefálico e medula 
espinhal; controlo limitado pelo córtex cerebral.
Via do neurónio motor
Via de um só neurónio: os neurónios motores 
somáticos estendem-se a partir do SNC e fazem 
sinapse diretamente com o efetor.
Via de dois neurónios: os neurónios pré-
ganglionares estendem-se do SNC e fazem sinapse 
com neurónios pós-ganglionares num gânglio 
autónomo. Os neurónios pós-ganglionares
estendem-se do gânglio até ao efetor visceral. 
Alternativamente, os neurónios pré-ganglionares 
podem estender-se do SNC e fazer sinapse com as 
células cromafins da medula suprarrenal.
Neurotransmissores e hormonas Todos os neurónios motores somáticos libertam 
apenas acetilcolina (ACh).
Todos os neurónios pré-ganglionares simpáticos e 
parassimpáticos libertam ACh. A maioria dos 
neurónios pós-ganglionares simpáticos libertam 
noradrenalina (NE); aqueles que inervam glândulas 
sudoríparas libertam ACh. Todos os neurónios pós-
ganglionares parassimpáticos libertam ACh. As 
células cromafins da medula suprarrenal libertam 
adrenalina e noradrenalina (NE).
Efetores Músculo esquelético. Músculo liso, músculo cardíaco e glândulas.
Respostas Contração do músculo esquelético.
Contração ou relaxamento do músculo liso; 
aumento ou diminuição da frequência e força de 
contração do músculo cardíaco; aumento ou 
diminuição da secreção glandular.
SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO
As terminações nervosas do SNA segregam um de 2 tipos de 
neurotransmissores:
Acetilcolina – neurónio colinérgico
Noradrenalina - neurónio adrenérgico
Todos os neurónios pré-ganglionares do SNS e do SNP assim 
como os neurónios pós-ganglionares do SNP são Colinérgicos.
Os neurónios pós-ganglionares do SNS são adrenérgicos, com 
exceção daqueles que inervam as glândulas sudorípara que 
são colinérgicos.
Nas membranas celulares de algumas células existem 
recetores que podem combinar-se com a acetilcolina 
ou com a noradrenalina.
A combinação do neurotransmissor com o recetor 
funciona como a transmissão de um sinal para as 
células, levando-as a responder.
Consoante o tipo de célula, a resposta pode ser 
excitatória ou inibitória.
– no estômago tem ação excitatória, aumentando a 
secreção gástrica
– no coração tem ação inibitória, reduzindo o ritmo 
cardíaco
SISTEMA NERVOSO 
AUTÓNOMO
TIPO DE RECETOR LOCALIZAÇÕES PRINCIPAIS EFEITOS DA ATIVAÇÃO DO RECETOR
COLINÉRGICOS
Proteínas integrais nas membranas 
plasmáticas pós-sinápticas; ativadas 
pelo neurotransmissor acetilcolina 
(ACh).
Nicotínicos
- Membrana plasmática de neurónios 
pós-ganglionares simpáticos e 
parassimpáticos. - Células cromafins da 
medula suprarrenal. - Sarcolema de 
fibras musculares esqueléticas (placa 
motora terminal).
- Excitação → geração de impulsos nos 
neurónios pós-ganglionares. - Secreção 
de adrenalina e noradrenalina. -
Excitação → contração.
Muscarínicos
- Efetores inervados por neurónios pós-
ganglionares parassimpáticos. -
Glândulas sudoríparas inervadas por 
neurónios simpáticos colinérgicos. -
Vasos sanguíneos do músculo 
esquelético inervados por neurónios 
simpáticos colinérgicos.
- Em alguns recetores: excitação; 
noutros: inibição. - Aumento da 
sudorese. - Inibição → relaxamento → 
vasodilatação.
TIPO DE RECETOR PRINCIPAIS LOCALIZAÇÕES EFEITOS DA ATIVAÇÃO DO RECETOR
ADRENÉRGICOS
Proteínas integrais nas membranas plasmáticas pós-sinápticas; 
ativadas pelo neurotransmissor noradrenalina e pelas 
hormonas noradrenalina e adrenalina.
—
α₁ (alfa-1)
Fibras musculares lisas nos vasos sanguíneos que irrigam as 
glândulas salivares, pele, mucosas, rins e vísceras abdominais; 
músculo radial da íris; músculos esfíncteres do estômago e da 
bexiga urinária.
Excitação → contração, provocando vasoconstrição, dilatação 
da pupila e fecho dos esfíncteres.
Células das glândulas salivares. Secreção de K⁺ e água.
Glândulas sudoríparas das palmas das mãos e plantas dos pés. Aumento da sudorese.
α₂ (alfa-2)
Fibras musculares lisas em alguns vasos sanguíneos. Inibição → relaxamento → vasodilatação.
Células dos ilhéus pancreáticos que segregam a hormona 
insulina (células beta). Diminuição da secreção de insulina.
Células acinares do pâncreas. Inibição da secreção de enzimas digestivas.
Plaquetas no sangue. Agregação plaquetária para formar o tampão plaquetário.
β₁ (beta-1)
Fibras musculares cardíacas. Excitação → aumento da força e da frequência de contração 
cardíaca.
Células justaglomerulares dos rins. Secreção de renina.
Neuro-hipófise (pituitária posterior). Secreção da hormona antidiurética (ADH).
Células adiposas. Degradação de triglicéridos → libertação de ácidos gordos no 
sangue.
β₂ (beta-2)
Músculo liso das paredes das vias respiratórias; vasos 
sanguíneos que irrigam o coração, músculos esqueléticos, 
tecido adiposo e fígado; e nas paredes de órgãos viscerais, 
como a bexiga urinária.
Inibição → relaxamento, provocando dilatação das vias 
respiratórias, vasodilatação e relaxamento das paredes dos 
órgãos.
Músculo ciliar do olho. Inibição → relaxamento.
Hepatócitos do fígado. Glicogenólise (degradação do glicogénio em glicose).
β₃ (beta-3) Tecido adiposo castanho. Termogénese (produção de calor).

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