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Esta disciplina tem por objetivo apresentar os conhecimentos na área da clínica médica e as patologias clinicas 
mais prevalecentes, além da vivência prática, em situações clinicas ambulatoriais, emergenciais e de pacientes 
internados em enfermarias em hospital geral. Abordaremos o funcionamento dos diversos sistemas que compõem o 
organismo e as alterações patológicas em cada um deles. 
 
 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
A enfermagem vem trabalhando intensamente para alcançar seu reconhecimento como ciência, enfatizando que 
o cuidado é a essência de sua prática, sendo uma ação central. É essencial que a enfermagem conheça os sinais e 
sintomas, sendo o cuidado o atributo de maior valor dentro da enfermagem. Importante que a enfermagem conheça e 
saiba trabalhar com todos os níveis de prevenção (primária, secundária e terciária), cuidado e atendimentos aos 
pacientes. As intervenções da enfermagem ao indivíduo doente passarão a ser o objeto de estudo e prática, ressaltando 
o mesmo como um ser completo e complexo, respeitando toda a sua experiência de vida e não somente a patologia 
apresentada por ele. 
 
 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 
Refere-se a uma descrição da progressão ininterrupta de uma doença em um indivíduo desde o momento da 
exposição aos agentes causadores até a recuperação ou a morte do indivíduo. 
Teve desenvolvimento em dois períodos sequenciados: 
* Epidemiológico ou pré-patogênico: é definido pela evolução das inter-relações que envolve, condicionantes sociais, 
fatores sócios econômicos, sócios políticos, sócios culturais, fatores psicossociais, fatores ambientais e fatores 
genéticos. 
* Patogênico ou patogênese: definido com as primeiras ações de um agente patogênico, com perturbações 
bioquímicas em nível celular, continuando em perturbações na forma e na função, evoluindo para um efeito permanente, 
cronicidade, morte ou cura. 
* Padrões de progressão das doenças: qualquer patologia tem apenas cinco caminhos descritos abaixo. 
* Evolução aguda: em contato diariamente com infinitos agentes patológicos, o mesmo pode se instalar no organismo 
e evoluir sem alcançar o limiar clinico e rapidamente pode evoluir a óbito. 
* Evolução crônica: a doença progride para letal após um logo período. 
* Fase inicial ou de suscetibilidade: existem condições que favorecem o aparecimento da doença. 
* Patológica pré-clínica: doença em estágio de ausência de sintomatologia, se apresentar as alterações patológicas 
no organismo, deve-se iniciar o processo patológico até o aparecimento de sintomas ou da doença. Necessita da 
identificação precoce para obter o êxito no tratamento. 
* Fase clínica: ao manifestar-se clinicamente, seu estágio já se encontra adiantado, podendo ter variações como leve, 
mediana, grave, evolução aguda ou crônica. 
* Incapacidade residual: a doença não progrediu até a morte ou não houve a cura completa, as alterações anatômicas 
e funcionais se estabilizaram e não deixaram sequelas para o indivíduo. 
Existem três formas de prevenção: 
Primária: as ações são para manutenção da saúde, prevenção da ocorrência da fase patológica. Exemplo: educação 
para a saúde e saneamento ambiental. 
Secundária: ações voltadas para o período patológico, progressão da doença, clinicamente aparente. Prevenção da 
evolução com finalidade de levar regressão da patologia. 
Terciária: ações da fase final, visando o desenvolvimento da capacidade residual do indivíduo, o potencial funcional 
pode ter sido reduzido pela doença. 
No período pré- patológico estão interagindo todos os fatores da doença, existirão dois níveis de prevenção 
primária: 
* Promoção da saúde: visa manter o bem-estar dos indivíduos englobando ações sem se preocupar com uma doença 
em particular, promove um estado nutricional adequado, dentre outras finalidades. 
* Promoção especifica: tem como objetivo impedir o aparecimento, o desenvolvimento de uma doença especifica. 
Exemplo: pela vacinação procuramos aumentar a resistência do organismo contra uma doença específica. 
 ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA E FUNCIONALIDADE DE UMA UNIDADE CLÍNICA 
 
O hospital é a parte de uma organização médica e social com funções básicas de proporcionar à população uma 
assistência médica sanitária completa, de caráter curativo ou preventivo, de qualquer regime de atendimento, inclusive 
no âmbito domiciliar do paciente e de família, estendendo-se também no centro de educação, capacitação de recursos 
humanos e pesquisas em saúde. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS HOSPITAIS 
▪ QUANTO A EDIFICAÇÃO: 
* Pavilhonar: os serviços são distribuídos por edificações isoladas de pequeno porte ou não são interligados. 
* Multibloco: os serviços são distribuídos por edificações isoladas de médio e grande porte, podendo ou não estar 
interligadas. 
* Misto: bloco com pavilhões anexos. 
▪ QUANTO A DISPOSIÇÃO DA CONSTRUÇÃO EM BLOCOS: 
* Vertical: predomina sua dimensão vertical sobre a horizontal. 
* Horizontal: predomina sua dimensão horizontal sobre a vertical. 
 
▪ QUANTO AO TAMANHO EM RELAÇÃO AO NÚMERO DE LEITOS: 
* Pequeno porte: entre 25 e 49 leitos; 
* Médio porte: entre 50 e 149 leitos; 
* Grande porte: entre 150 e 500 leitos; 
* Extra: mais de 500 leitos. 
 
▪ QUANTO A FUNÇÃO: 
* Restaurativa: Diagnóstico, tratamento, reabilitação e emergência. 
* Preventiva: crescimento e desenvolvimento normal da criança e do adolescente, controle das doenças 
transmissíveis, prevenção das doenças de longa duração, dentre outras. 
* Ensino educação e pesquisa: ensino prático das profissões da área da saúde. 
 
▪ QUANTO AO ATENDIMENTO: 
* Hospital Especializado: Recebe paciente com determinado tipo de doença. 
* Hospital Geral: Recebe todas ou várias espécies de doentes e doenças. 
 
▪ QUANTO A PROPRIEDADE MANUTENÇÃO E CONTROLE: 
* Oficiais do governo: Federais, estaduais, municipais; 
* Não oficiais ou particulares: Filantrópica, de finalidade lucrativa e não lucrativa. 
 
▪ QUANTO AO CORPO CLÍNICO 
* Aberta: Possui ou não corpo médico efetivo, que se ocupa da assistência clínica geral, permitindo aos médicos o 
exercício da profissão e tratamento de seus doentes particulares. 
* Fechada: Possui um corpo clínico que executa todo o serviço médico ou de especialidade dos doentes contribuintes 
ou de caridade, não se permitindo um médico estranho exercer assim sua profissão. 
 
PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 
Essa expressão é usada fazendo referência a todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo 
ou população, considerando que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores. 
Seu início ocorre coma exposição a um agente infeccioso; a doença é a apresentação dos sinais e sintomas, 
período de reação do organismo; o termino, acaba com a recuperação deficiência ou óbito do indivíduo. 
A OMS (Organização Mundial da Saúde) define como: 
Saúde: o completo estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a mera ausência de enfermidades. 
Doença: a ausência de saúde, um estado que ao atingir um indivíduo, provoca distúrbios das funções físicas e mentais. 
Pode ser causada por fatores exógenos (externos, do ambiente) ou endógenos (internos, do próprio organismo). 
Homeostasia: propriedade de determinados seres vivos de manterem em equilíbrio todas as suas funções e a própria 
constituição química de seus tecidos, apesar das variações do meio ambiente. 
O grande desafio da enfermagem está em reconhecer as diferenças individuais de cada paciente, podendo assim, 
fornece-lo um atendimento especializado. É necessário que o profissional conheça as necessidades de cada indivíduo 
e ter a sensibilidade de atende-lo de forma respeitosa e ética. 
Passando a considerar saúde e doença como estados de um mesmo processo, composto por fatores biológicos, 
econômicos, culturais e sociais. 
 BIOSSEGURANÇA 
É o conjunto de práticas que reduzem os riscos típicos de determinada atividade, dessa forma, engloba a 
sociedade como um todo, com medidas que garantem a proteção de todos inclusos na sociedade.a partir do início da reidratação, o paciente deve ser pesado para avaliação da 
hidratação oral, que deve ser feita a cada hora. É preciso observar se há desaparecimento dos sinais de hidratação, 
https://www.eumedicoresidente.com.br/post/itu-no-publico-pediatrico-quando-pedir-exame-de-imagem
se há elevação do peso e presença de diurese. Se houver melhora do quadro clínico, voltar ao plano A., Entretanto, 
não havendo melhora, a gastróclise (introdução da sonda nasogástrica) é indicada. 
Plano C - Indicado para pacientes com desidratação grave ou quando a via oral é inviabilizada. Nesse caso, 
quando a criança apresenta alteração do estado de consciência, íleo paralítico, convulsão e abdome agudo. Para quem 
faz parte deste plano, o soro precisa ser administrado por via parenteral. Indicado para pacientes com desidratação 
grave ou quando a via oral é inviabilizada. Nesse caso, quando a criança apresenta alteração do estado de consciência, 
íleo paralítico, convulsão e abdome agudo. Para quem faz parte deste plano, o soro precisa ser administrado por via 
parenteral. Por fim, é recomendado pelo Ministério da Saúde, que o tratamento realizado no plano seja dividido em 
duas fases: expansão rápida, e de manutenção e reposição. 
Diante disso, é possível perceber que entender como identificar e tratar o paciente pediátrico com desidratação 
faz toda a diferença no seu prognóstico. Isso porque, apesar da introdução da hidratação oral e a vacinação contra o 
rotavírus, ela ainda pode levar ao óbito. 
 
CÂNCER GÁSTRICO – também conhecido como câncer de estômago, é uma doença em que as células malignas 
são encontradas nos tecidos do estômago. Os tumores do câncer de estômago se apresentam, predominantemente, 
sob a forma de três tipos histológicos: o adenocarcinoma, responsável por 95% dos tumores gástricos, o linfoma, 
diagnosticado em 3% dos casos e o leiomiossarcoma. Não há sintomas específicos do câncer de estômago. Porém, 
alguns sinais, como perda de peso e de apetite, fadiga, sensação de estômago cheio, vômitos, náuseas e desconforto 
abdominal persistente podem indicar tanto uma doença benigna (úlcera, gastrite, etc.) como um tumor de estômago. 
Durante o exame físico, o paciente com câncer pode sentir dor no momento em que o estômago é palpado. 
Sangramentos gástricos são incomuns no câncer de estômago, entretanto, o vômito com sangue ocorre em cerca de 
10% a 15% dos casos. Podem surgir sangue nas fezes, fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte (indicativo 
de sangue digerido). Massa palpável na parte superior do abdômen, aumento do tamanho do fígado e presença de 
íngua na área inferior esquerda do pescoço e nódulos ao redor do umbigo indicam estágio avançado da doença. 
 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
É o sistema do corpo humano responsável pela captação de oxigênio atmosférico e a liberação do gás carbônico 
para fora do nosso corpo. Esse sistema é constituído pela porção condutora e pela porção respiratória. A porção 
condutora é constituída por: 
Cavidades Nasais: são dois condutos paralelos revestidos de mucosa e separados por um septo cartilaginoso, 
que começam nas narinas e terminam na faringe. No interior, existem pelos que atuam como filtro de ar, retendo 
impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões. A membrana que reveste as cavidades nasais 
contém células produtoras de muco que umidificam o ar. Ela é rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra 
no nariz. 
Faringe: é um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do 
sistema respiratório e do sistema digestório. Sua extremidade superior se comunica com as cavidades nasais e com a 
boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de 
mucosa. 
Laringe: é o órgão que liga a faringe à traqueia. Na parte superior da laringe está a epiglote, a válvula que se 
fecha durante a deglutição. Sendo o principal órgão da fala. Nela estão localizadas as cordas vocais. 
Traqueia: é um tubo situado abaixo da laringe e formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos que a mantêm 
aberta. Este órgão é revestido por uma membrana mucosa, e nela o ar é aquecido, umidificado e filtrado. 
Brônquios: são duas ramificações da traqueia formados também por anéis cartilaginosos. Cada brônquio penetra 
em um dos pulmões e divide-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão formando os 
bronquíolos. Os brônquios se ramificam e subdividem-se várias vezes, formando a árvore brônquica. 
Pulmões – O sistema respiratório é composto por dois pulmões, órgãos esponjosos situados na caixa torácica. 
Eles são responsáveis pela troca do oxigênio em gás carbônico, através da respiração. Cada pulmão é envolvido por 
uma membrana dupla, chamada pleura. Internamente, cada pulmão apresenta cerca de 200 milhões de estruturas 
muito pequenas, em forma de cacho de uva e que se enche de ar, chamados de alvéolos pulmonares. 
Cada alvéolo recebe ramificações de um bronquíolo. Nos alvéolos, realizam-se as trocas gasosas entre o 
ambiente, denominada hematose. Tudo isso acontece graças às membranas muito finas que os revestem e abrigam 
inúmeros vasos sanguíneos bem finos, os capilares. 
Cada um dos órgãos do Sistema Respiratório ajuda a manter o equilíbrio do organismo. Conheça as funções 
desenvolvidas pelo Sistema Respiratório. 
Troca gasosa: Quando inspiramos o ar atmosférico, que contém oxigênio e outros elementos químicos, ele passa 
pelas vias respiratórias e chega aos pulmões, acontecendo a troca do dióxido de carbono pelo oxigênio. E, graças aos 
músculos respiratórios que este órgão cria forças para o ar fluir. Tudo isso a partir de estímulos e comandos emitidos 
pelo Sistema Nervoso Central. 
Equilíbrio ácido-base: corresponde à remoção do excesso de CO2 do organismo. Nesta função, novamente 
temos a atuação do Sistema Nervoso, que é responsável por enviar informações para os controladores da respiração. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/corpo-humano.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/oxigenio.htm
Produção de sons: A produção e emissão de sons é realizada pela ação conjunta do Sistema Nervoso e dos 
músculos que trabalham na respiração. São eles que permitem o fluxo do ar das cordas vocais e da boca. 
Defesa pulmonar: Ao respirar, é praticamente impossível eliminar as impurezas contidas no ambiente 
atmosférico. A inspiração de microrganismos se torna inevitável. Para evitar problemas de saúde, o Sistema 
Respiratório apresenta mecanismos de defesa, que por sua vez, são realizados a partir da atuação dos diferentes 
órgãos. 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
As doenças respiratórias são condições que acometem desde as vias aéreas superiores até as inferiores. O quadro 
pode ser agudo ou crônico, mas, independentemente da duração, essas doenças causam grande incômodo ao 
paciente, visto que a respiração é uma função vital para a sobrevivência. 
Asma: é uma doença crônica que atinge todas as faixas etárias, embora tenha maior acometimento em crianças. 
Quando se fala que alguém teve uma crise asmática, quer dizer que houve inflamação dos brônquios, ou seja, 
estruturas por onde passa o ar. Dessa forma, as secreções geradas pela inflamação impedem a passagem de ar de 
forma adequada, prejudicando o fluxo. A presença dos produtos inflamatórios aumenta, ainda, a tosse do paciente, 
além de provocar o característico chiado no peito. A doença, em si, não tem cura, mas é de suma importância a 
detecção dos fatores que desencadeiam a crise, para que, assim, eles possam ser evitados. Uma vez que a doença 
se manifesta de forma aguda, o tratamento requer medicamentos que provoquem uma broncodilatação, facilitando a 
passagem aérea. 
Bronquite crônica: é possível observar a confusão feita entre asma e bronquite. Como o próprio nome sugere, a 
bronquite também é uma inflamação dos brônquios, os quais ficam preenchidos por secreções e causam sintomas 
muito comuns,quando comparados à asma. No entanto, existe um fator que diferencia as duas doenças: o tempo de 
manifestação. Conforme foi dito, a asma está muito associada às crises, ou seja, condições agudas que vêm e passam. 
Por outro lado, a bronquite se manifesta por um período mais prolongado: pelo menos, três meses, por dois anos 
consecutivos. É importante dizer que a bronquite crônica está relacionada com o tabagismo, principalmente, em 
indivíduos que já fumam há mais de 30 anos. Portanto, interromper o uso do cigarro é uma medida fundamental para 
evitar a piora do quadro. 
Pneumonia: é uma doença infecciosa, provocada por um vírus, bactéria, fungo ou reações alérgicas. Embora não 
seja uma inflamação, a presença de secreções nos brônquios facilita a contaminação diante do agente infeccioso. Os 
sintomas da doença se diferem daqueles que foram mencionados. A tosse produtiva, de fato, também é observada. 
Porém, na pneumonia há, ainda, a presença de febre alta, dor torácica, alterações na pressão e mal-estar associado à 
prostração. O tratamento da condição deve ser prescrito por um profissional da saúde, visto que, geralmente, requer o 
uso de antibióticos. Além disso, deve ser avaliada a necessidade de internação e, caso seja, deve ser providenciada 
rapidamente. 
Rinite alérgica: quando se pensa nas vias aéreas superiores, principalmente, na região nasal, devemos 
considerar que representam uma porta de entrada para agentes invasores. Assim sendo, o organismo apresenta 
mecanismos de defesa contra esses agentes, fazendo a limpeza, o aquecimento e a umidificação do ar que entra. 
Entretanto, as pessoas com rinite alérgica apresentam manifestações mais intensas, como obstrução nasal, espirros, 
coriza, dentre outros. Diante do clima seco, partículas de poeira dispersas no ar, agentes infecciosos e substâncias 
como o pólen, todos os sintomas são intensificados. O tratamento busca, então, combater a hipersensibilidade 
desencadeada. Para casos mais graves, são utilizados medicamentos e vacinas antialérgicas. 
Sinusite: existem algumas relações entre as duas doenças, embora sejam condições distintas. A rinite alérgica é 
uma reação do corpo diante de partículas que podem ser nocivas. Já a sinusite é a inflamação dos seios paranasais. 
Os seios da face são cavidades ósseas que se localizam nos arredores do nariz, que atuam diminuindo o peso do 
crânio. A mucosa está repleta de glândulas produtoras de muco, o qual retém partículas estranhas e as elimina após 
condução feita por cílios. Caso a drenagem do muco não seja feita, ele se mantém no local repleto de microrganismos 
prontos para desencadear uma infecção. A dor provocada pelo processo é um dos sintomas mais comuns da sinusite, 
principalmente, aquela localizada na região frontal entre os olhos. 
Com os produtos decorrentes da infecção, pode haver a obstrução das vias respiratórias por secreções 
esverdeadas, amareladas e, até mesmo, sanguinolentas e, tudo isso dificulta a respiração. O tratamento deve ser 
prescrito pelo médico, visto que podem ser necessários medicamentos para combater a infecção ou os sintomas. Em 
alguns casos, a lavagem com soro pode auxiliar muito na desobstrução nasal. 
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): é uma das condições pulmonares mais sérias. Quando se fala 
de uma obstrução pulmonar crônica, refere-se a duas patologias: enfisema e bronquite (já especificada a cima), o 
enfisema pulmonar retrata o enfraquecimento da parede dos sacos alveolares, estruturas nas quais o ar inspirado fi ca 
retido nos pulmões. Em condições normais, uma pessoa elimina o ar repleto de gás carbônico após terem sido feitas 
as trocas gasosas. No enfisema, o ar não consegue ser expelido e requer grande esforço respiratório do paciente. Vale 
ressaltar que a DPOC está intimamente relacionada com o tabagismo. 
 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
É constituído pelo coração e pelos vasos sanguíneos. Esse sistema tem como papel principal operar a circulação 
do sangue no organismo, garantindo, dessa forma, que oxigênio e nutrientes sejam levados até as células e que os 
resíduos metabólicos sejam transportados até seu local de eliminação. Além disso, também permite, indiretamente, 
que nosso corpo seja capaz de proteger-se contra infecções, uma vez que é no sangue que encontramos células 
e proteínas de defesa. 
 
COMPONENTES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue; é capaz de contrair e também de relaxar, 
sendo chamada a contração de sístole e o relaxamento de diástole. Quando ele contrai, bombeia sangue e quando 
relaxa, enche-se de sangue. Nos seres humanos, os batimentos cardíacos originam-se no próprio coração. A região 
que origina o batimento cardíaco é chamada de nó sinoatrial e ele é caracterizado por ser um aglomerado de células 
que produzem impulsos elétricos. 
Vasos sanguíneos: são um grande sistema de tubos fechados por onde o sangue circula. Os três principais vasos 
sanguíneos encontrados no corpo são as artérias, veias e os capilares. 
Artérias: são vasos que levam o sangue, a partir do coração, para os órgãos e tecidos do corpo. Nesses vasos, 
o sangue corre em alta pressão. As artérias ramificam-se em arteríolas. 
Capilares: São vasos sanguíneos muito delgados que garantem a troca de substâncias entre o sangue e os 
tecidos do corpo. Os capilares sanguíneos convergem para as chamadas vênulas, as quais convergem para as veias. 
Veias: As veias são os vasos que garantem que o sangue retorne ao coração, corre em baixa pressão e para 
evitar o refluxo do sangue as veias são dotadas de valvas. 
O sangue chega ao coração pelo átrio direito por meio das veias cavas. Esse sangue é rico em gás carbônico e 
pobre em oxigênio. Esse sangue desoxigenado segue, então, para o ventrículo direito. Do ventrículo direito, é 
bombeado para os pulmões via artérias pulmonares. Nos pulmões, ocorre o processo de hematose, o sangue até então 
rico em gás carbônico, recebe oxigênio proveniente da respiração pulmonar. O sangue rico em oxigênio volta ao 
coração via veias pulmonares, chegando a esse órgão pelo átrio esquerdo. Do átrio, ele segue para o ventrículo 
esquerdo. Do ventrículo esquerdo, o sangue segue para o corpo, saindo do coração pela artéria aorta. O sangue então 
segue para os vários órgãos e tecidos do corpo. Nos capilares, ocorrem as trocas gasosas. O oxigênio presente no 
sangue passa para os tecidos e o gás carbônico produzido na respiração celular passa para o sangue. Os capilares 
reúnem-se formando vênulas, que formam as veias, as quais seguem levando o sangue pobre em oxigênio para o 
coração. As veias cavas superior e inferior garantem que o sangue rico em gás carbônico seja levado até o átrio direito. 
 
 
 
 
 
CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E PULMONAR: A circulação nos seres humanos é denominada de circulação dupla, 
uma vez que se observa a presença de dois circuitos, sendo eles: 
Circulação sistêmica ou grande circulação: Diz respeito ao circuito que o sangue faz partindo do coração em 
direção aos vários tecidos do corpo e depois retornando a esse órgão. Ao chegar do pulmão, o sangue é impulsionado 
para o corpo. Nos capilares, são feitas as trocas gasosas, e o sangue, agora rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, 
retorna ao coração. 
Circulação pulmonar ou pequena circulação: Diz respeito ao circuito realizado pelo sangue do coração aos 
pulmões e seu retorno ao coração. Nesse circuito, o sangue sai pobre em oxigênio do coração, segue para o pulmão, 
onde é oxigenado, e retorna ao coração. 
 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
As doenças cardiovasculares se caracterizam por um conjunto de disfunções que atingem o coração e os vasos 
sanguíneos. Elas representam uma das maiores causas de mortes em todo o mundo, por geralmente comprometerem 
seriamente o sistema cardíaco e vascular. De forma usual, as cardiopatias ocorrem mais em pessoas a partir dos 50 
anos, embora as patologias possam acometer indivíduos de todas as idades. Elas estãomais presentes em pacientes 
do sexo masculino do que em mulheres. Na maioria das vezes a doença cardiovascular se dá em razão de uma vida 
de excessos e hábitos pouco saudáveis – tabagismo, obesidade, estresse, má alimentação e falta de exercícios físicos 
estão associados ao surgimento das principais doenças cardiovasculares. 
Pressão alta (hipertensão) - A hipertensão é dividida em três tipos distintos, determinados pelos níveis da pressão 
arterial. Para melhor compreensão da doença, é preciso entender o valor mínimo para que ocorra o aumento da 
pressão. Se o resultado do exame for igual ou superior a 140/90 mmHg (ou 14 por 9), é constatado um elevado nível 
de pressão arterial. Esse valor faz com que haja esforço excessivo do coração. Se o sistema cardíaco for 
sobrecarregado pelo problema, o risco de o paciente sofrer um acidente vascular cerebral, infarto, ou aneurisma 
aumenta. Apesar de ser uma doença crônica, ou seja, sem cura, a hipertensão pode ser controlada. Somente o 
cardiologista responsável poderá indicar o melhor tipo de medicamento, baseado no nível do problema. Dentre os 
medicamentos administrados para essa cardiopatia destacam-se o inibidor de enzima de conversão da angiotensina 
(ECA) para o relaxamento dos vasos sanguíneos e anti-hipertensivo para redução da pressão arterial. Atividades físicas 
e controle do estresse contribuem para abrandar os sintomas da hipertensão. 
Insuficiência cardíaca - Conhecida também como insuficiência cardíaca congestiva, essa talvez seja uma das 
principais doenças cardiovasculares. Consiste na incapacidade do coração em bombear sangue de forma satisfatória 
para as demais partes do corpo. Ela pode ocorrer de duas formas. Quando há insuficiência cardíaca sistólica, o coração 
não consegue expelir o sangue adequadamente. A insuficiência diastólica, se refere à falta de sangue nos músculos 
do coração, em detrimento de sua rigidez. A doença cardiovascular em questão é crônica. Ou seja, ela geralmente se 
desenvolve de forma gradual, salvo raras exceções. E mesmo comprometendo só um lado, todo coração é afetado 
pela disfunção. Com a insuficiência do bombeamento cardíaco constatado, o paciente tende a sofrer com acúmulo de 
sangue nas mais variadas regiões como pulmões, fígado, braços, pernas, etc. Em detrimento disso, o local afetado 
pode vir a sofrer com falta de oxigênio e nutrientes. O tratamento, recomenda-se a restrição de alimentos com excesso 
de sal e gordura. Dentre os tratamentos indicados destaca-se, a administração de anti-hipertensivos, diuréticos e 
fármacos que diminuam a carga de adrenalina. 
Ataque cardíaco (infarto) - Caracteriza pelo bloqueio do fluxo sanguíneo. Dor no peito, desconforto irradiado para 
braços e costas, formigamento nos membros superiores, falta de ar, sudorese, palidez e tontura podem ser indícios de 
um ataque cardíaco, os sintomas devem ser levados em consideração o quanto antes. O tratamento emergencial 
consiste no restabelecimento do fluxo sanguíneo. A princípio indica-se a administração de AAS ou aspirina, levando 
em consideração possíveis fatores de alergias quanto aos medicamentos. Medicamentos para abrandar a dor também 
são fundamentais, sobretudo, para a dilatação dos vasos coronarianos. Em alguns casos, o paciente é submetido a um 
cateterismo cardíaco para acabar com a obstrução do vaso. Em situações mais extremas, indica-se a angioplastia para 
que a placa de gordura que impede o fluxo seja expelida. Se houver muitos vasos comprometendo a passagem do 
sangue, o paciente deve passar por uma cirurgia de revascularização. 
Arritmia cardíaca - É quando há uma alteração no batimento cardíaco. Seja de forma descompassada, acelerada 
ou lenta. Normalmente a frequência do batimento cardíaco em uma pessoa saudável é de 60 a 100 bpm (batimentos 
por minuto). Pode ser classificada como benigna ou maligna. No primeiro caso, a alteração do ritmo cardíaco não altera 
o desempenho cardíaco. Sendo controlada com a administração de medicamentos e com exercícios físicos. Já a 
maligna concentra o maior número de mortes, pois o desgaste físico contribui para o comprometimento do coração. 
Com eletrocardiograma ou teste ergométrico é possível diagnosticar essa disfunção, que está entre as principais 
doenças cardiovasculares. O tratamento mais indicado pelo médico, é o uso de marcapasso, principalmente para 
pacientes que sofrem com arritmias de baixa frequência. 
Aneurisma da aorta abdominal - Ocorre quando há uma dilatação da artéria aorta, maior do corpo humano, na 
altura do abdômen. Ela é responsável por levar sangue para todas as partes do corpo. Apesar da alta mortalidade, o 
problema pode ser abrandado se houver diagnóstico precoce. Essa dilatação é decorrente pela presença de placas de 
gordura concentradas na artéria. A cardiopatia está sendo associada à alteração na estrutura da parede da aorta. Se 
isso não for remediado em curto prazo, a tendência é que as paredes fiquem mais frágeis, podendo até se romper. 
Esse, por sua vez, é o principal desencadeador de morte. O tratamento se dá por meio clínico (o cardiologista 
responsável faz o acompanhamento necessário para diminuir qualquer risco de evolução) e cirúrgico (tratamento 
cirúrgico é indicado para pessoas com dilatações em que o diâmetro da aorta é comprovadamente um risco à vida do 
paciente). 
Cardiopatia congênita – É uma condição cardíaca que ocorre antes do paciente nascer. Caracteriza-se por 
qualquer alteração do coração e dos vasos, que já podem ser constatados no nascimento do bebê, sendo que mais da 
metade precisará se submeter a uma cirurgia cardíaca nos primeiros meses de vida. Além do tratamento mais invasivo, 
a recuperação poderá se dar sozinha ou com o uso de alguns medicamentos nos primeiros anos da criança. 
Angina - É um desconforto no peito, causado por redução do fluxo sanguíneo. A patologia pode ser tratada como 
uma doença específica e até como um sintoma de cardiopatia. Geralmente acomete pessoas a partir dos 40 anos. O 
paciente poderá manifestar dores no pescoço, axilas e membros superiores, além de fadiga e falta de ar. O tratamento 
pode ser feito com base de medicamentos betabloqueadores, anti-hipertensivos, entre outros remédios cardíacos. Em 
alguns casos a cirurgia é requisitada, sendo a ponte de safena e a revascularização coronariana híbrida as mais 
comuns. 
Miocardite - Caracteriza pela inflamação do coração, decorrente de alguma infecção do organismo. Os sintomas 
mais comuns incluem a dor no peito, falta de ar e tonturas. De forma geral ela é oriunda de alguma gripe ou catapora 
mal curada. O vírus dessas doenças pode causar uma infecção no músculo cardíaco. O mesmo pode acontecer com 
bactérias e fungos, embora sejam mais raros. Felizmente a miocardite é altamente tratável e tem cura. O problema 
tende a sumir quando as funções do organismo são restabelecidas. Se o coração estiver gravemente comprometido 
pela inflamação, o paciente deve ser internado com urgência. Normalmente a recuperação exige repouso absoluto, 
feito na própria casa do paciente. No entanto, o tratamento para erradicar a infecção se faz necessário com a 
administração de antibióticos, antivirais, ou qualquer remédio contra o causador da miocardite. 
 SISTEMA NERVOSO 
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo. É formado por um conjunto de órgãos 
do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá- 
los". Ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações, está 
dividido em duas partes fundamentais: Sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL - constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e 
protegidos por três membranas denominadas meninges. O encéfalo pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado 
na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro (órgão mais importante do sistema nervoso. 
Considerado o órgão maisvolumoso, pois ocupa a maior parte do encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes 
simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. A camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, 
chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento, visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc. Ademais, 
são responsáveis pelos atos conscientes e inconscientes, da memória, do raciocínio, da inteligência e da imaginação, 
e controla ainda, os movimentos voluntários do corpo); cerebelo (situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o 
cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio, também regula o tônus muscular, ou 
seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso); Tronco Encefálico (situado na parte inferior do encéfalo, 
o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa, produz os estímulos 
nervosos que controlam as atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os reflexos, 
como a tosse, o espirro e a deglutição. A medula Espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna 
vertebral. Sua parte superior está conectada ao tronco encefálico, tem a função de conduzir os impulsos nervosos do 
restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos). 
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO - formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Tem 
a função de conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Ressaltando que, existem dois tipos de nervos: 
Cranianos - distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo e sua função é transmitir mensagens sensoriais ou 
motoras, especialmente para as áreas da cabeça e do pescoço. Raquidianos - são 31 pares de nervos que saem da 
medula espinhal, formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente; e neurônios motores que 
levam impulsos do sistema nervoso central para os músculos ou para as glândulas. O sistema nervoso periférico 
pode ser dividido em sistema nervoso somático (que regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da 
nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo) e o sistema nervoso autônomo (regular 
as funções orgânicas, para que as condições internas do organismo se mantenham constantes e atua de modo 
integrado com o sistema nervoso central e apresenta duas subdivisões: o sistema nervoso simpático estimula o 
funcionamento dos órgãos, ou seja, dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca e o sistema nervoso parassimpático 
que inibe o seu funcionamento, sendo que contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos). 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA NERVOSO 
 
Mal de Parkinson - é uma doença neurológica que afeta os movimentos da pessoa. Causa tremores, lentidão de 
movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio, além de alterações na fala e na escrita, ocorre por causa da degeneração 
das células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem a substância 
dopamina, que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) ao corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta 
os movimentos provocando os sintomas acima descritos. Diagnóstico: é feito com base na história clínica do paciente 
e no exame neurológico. Não há nenhum teste específico para o seu diagnóstico ou para a sua prevenção. Sintomas: a 
história de quem é acometido pela doença de Parkinson consiste num aumento gradual dos tremores, maior lentidão 
de movimentos, caminhar arrastando os pés, postura inclinada para frente. O tremor afeta os dedos ou as mãos, mas 
pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés. Pode ocorrer num lado do corpo ou nos dois, e pode ser mais 
intenso num lado que no outro. O tremor ocorre quando nenhum movimento está sendo executado, e por isso é 
chamado de tremor de repouso. Por razões que ainda são desconhecidas, o tremor pode variar durante o dia. Torna- 
se mais intenso quando a pessoa fica nervosa, mas pode desaparecer quando está completamente descontraída. O 
tremor é mais notado quando a pessoa segura com as mãos um objeto leve como um jornal. Os tremores desaparecem 
durante o sono. A lentidão de movimentos é, talvez, o maior problema para o parkinsoniano, embora esse sintoma não 
seja notado por outras pessoas. Uma das primeiras coisas percebidas pelos familiares é que o doente demora mais 
tempo para fazer o que antes fazia com mais desenvoltura como, banhar-se, vestir-se, cozinhar, escrever (ocorre 
diminuição do tamanho da letra). Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular; 
redução da quantidade de movimentos, distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e 
distúrbios do sono, respiratórios, urinários. Tratamento: não existe cura para a doença, porém, ela pode e deve ser 
tratada, não apenas combatendo os sintomas, como também retardando o seu progresso. A grande barreira para se 
curar a doença está na própria genética humana, pois, no cérebro, ao contrário do restante do organismo, as células 
não se renovam. Por isso, nada pode ser feito diante da morte das células produtoras da dopamina na substância 
negra. A grande arma da medicina para combater o Parkinson são os medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, 
além da fisioterapia e a terapia ocupacional. Todas elas combatem apenas os sintomas. A fonoaudiologia também é 
muito importante para os que têm problemas com a fala e com a voz. 
Mal de Alzheimer - é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade. A causa é 
desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A doença instala-se quando o processamento de 
certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgindo fragmentos de proteínas mal cortadas, 
tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles. Como consequência dessa toxicidade, ocorre 
perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex 
cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento 
abstrato. Sintomas: falta de memória para acontecimentos recentes; repetição da mesma pergunta várias vezes; 
dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para 
resolver problemas; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos e etc. A doença costuma evoluir 
de forma lenta. A partir do diagnóstico, a sobrevida média oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico costuma ser 
dividido em quatro estágios: Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais 
e espaciais; Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. 
Agitação e insônia; Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. 
Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva; Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor ao engolir. 
Infecções intercorrentes. Tratamento: A doença é incurável. O objetivo do tratamento é retardar a evolução e preservar 
por mais tempo possível as funções intelectuais. Os melhores resultados são obtidos quando o tratamento é iniciado 
nas fases mais precoces. É progressiva nem sempre é fácil avaliar resultados. Por essa razão, é fundamental que os 
familiares utilizem um diário para anotar a evolução dos sintomas. A memória está melhor? Os afazeres diários são 
cumpridos com mais facilidade? O quadro está estável? O declínio ocorre de forma mais lenta do que antes da 
medicação? Sem essas anotações fica impossível avaliar a eficácia do tratamento. Uma vez iniciado, o tratamento 
precisa ser reavaliado pelo médico ao completar um mês, mas deve ser mantido obrigatoriamente por um período 
mínimo de 3 a 6 meses, para que se possa ter idéia da eficácia. Enquanto a resposta for favorável, o medicamento não 
deve ser suspenso, sendo fundamentala tomada diária nas doses e observar os intervalos prescritos. A administração 
irregular compromete o resultado. 
Depressão - considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o "Mal do Século". No sentido patológico, 
há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. 
A depressão provoca ainda ausência de prazer em coisas que antes faziam bem e grande oscilação de humor e 
pensamentos, que podem culminar em comportamentos e atos suicidas. O tratamento é feito com auxílio médico 
profissional, por meio de medicamentos, e acompanhamento terapêutico conforme cada caso. O apoio da família é 
fundamental. Pessoas acometidas por depressão podem sentir além da sensação de infelicidade crônica e prostração, 
apresenta baixas no sistema de imunidade e maiores episódios de problemas inflamatórios e infecciosos. Dependendo 
da gravidade, pode desencadear, também, doenças cardiovasculares, como enfarto, AVC e hipertensão. Alguns fatores 
de risco que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão são: Histórico familiar; Transtornos psiquiátricos 
correlatos; Estresse crônico; Ansiedade crônica; Disfunções hormonais; Excesso de peso; Sedentarismo e dieta 
desregrada; Vícios (cigarro, álcool e drogas ilícitas); Uso excessivo de internet e redes sociais; Traumas físicos ou 
psicológicos; Pancadas na cabeça; Problemas cardíacos; Separação conjugal; Enxaqueca crônica. O diagnóstico da 
depressão é clínico e somente pode ser dado por um médico especialista, no caso o psiquiatra, que é responsável por 
tratar pessoas com transtornos mentais. A depressão também pode estar associada a outros transtornos psiquiátricos 
e tem níveis de intensidade. Pode ser leve, moderada ou grave. Cada caso é avaliado individualmente e cada paciente 
recebe um diagnóstico e é encaminhado para tratamento específico. O tratamento é essencialmente medicamentoso. 
Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa eufórica e provocam 
vício. 
Esclerose múltipla - é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou 
ambientais, na esclerose múltipla, o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (capa que envolve todos 
os axônios) que recobre os neurônios e isso compromete a função do sistema nervoso. A característica mais importante 
da esclerose múltipla é a imprevisibilidade dos surtos. Em geral, a doença acomete pessoas jovens, entre 20 e 30 anos, 
e provoca dificuldades motoras e sensitivas. Não se conhecem ainda as causas da doença. Porém, a evolução difere 
de uma pessoa para outra e que é mais comum nas mulheres e nos indivíduos de pele branca que vivem em zonas 
temperadas. O diagnóstico é basicamente clínico, complementado por exames de imagem, por exemplo, a 
ressonância magnética. Os sintomas, na fase inicial da esclerose múltipla é bastante sutil. Os sintomas são transitórios, 
podem ocorrer a qualquer momento e duram aproximadamente uma semana. Tais características fazem com que o 
paciente não dê importância às primeiras manifestações da doença que é remitente-recorrente, ou seja, os sintomas 
vão e voltam independentemente do tratamento. A pessoa pode passar dois ou três anos apresentando leves sintomas 
sensitivos, pequenas turvações da visão ou pequenas alterações no controle da urina sem dar importância a esses 
sinais, porque, depois de alguns dias eles desaparecem. Com a evolução do quadro, aparecem sintomas sensitivos, 
motores e cerebelares de maior magnitude representados por fraqueza, entorpecimento ou formigamento nas pernas 
ou de um lado do corpo, diplopia (visão dupla) ou perda visual prolongada, desequilíbrio, tremor e descontrole dos 
esfíncteres. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento tem dois objetivos principais abreviar a fase aguda e tentar 
aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a 
intensidade dos surtos. No segundo, imunossupressores e imunomoduladores ajudam a espaçar os episódios de 
recorrência e o impacto negativo que provocam na vida dos portadores de esclerose múltipla, já que é quase impossível 
eliminá-los com os tratamentos atuais. 
Distonia - é um distúrbio neurológico dos movimentos. Como se trata de uma doença principalmente hereditária, 
a distonia pode causar contrações musculares involuntárias graves, que podem interferir na sua vida cotidiana, distúrbio 
neurológico dos movimentos caracterizado por contrações involuntárias dos músculos. Estas contrações compelem 
certas partes do corpo a executar movimentos repetitivos de torção ou a permanecerem em posições dolorosas. 
Embora as causas da distonia não sejam claras, a distonia primária é principalmente hereditária. A distonia generalizada 
é considerada a forma da doença com mais alto grau de dificuldade para a convivência e tratamento. Existem dois tipos 
de distonia: 
Distonia primária: uma doença da qual a distonia é o único sintoma (nenhuma outra patologia); Distonia secundária: 
o efeito de um outro problema de saúde, como acidente vascular cerebral ou infecção. Ela também pode resultar de 
uma lesão, como um traumatismo craniano. Além disso, existem várias classificações de distonia, caracterizadas pela 
parte afetada do corpo. Distonia focal: incluindo a cervical e afeta uma área do corpo; Distonia segmentar: afeta 
duas ou mais áreas próximas do corpo; Distonia generalizada: afeta todo o organismo. 
Enxaqueca - é uma doença neurológica, genética e crônica cuja principal característica é a dor de cabeça 
latejante, em um ou nos dois lados da cabeça. Os sintomas incluem: sensibilidade à luz, a cheiros, ao barulho; 
náuseas, vômitos; sintomas visuais, como pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague que antecedem ou 
acompanham as crises de dor; formigamento e dormências no corpo (as auras da enxaqueca); tonturas, sensibilidade 
a movimentos ou passar mal em viagens de carro, ônibus, barco. Atualmente sabe se que é uma doença de todo o 
cérebro, onde a tendência genética e o ambiente (gatilhos) interagem o tempo todo. As causas podem ser diversas, 
incluindo: preocupações excessivas, ansiedade, tensão, estresse; ficar sem comer; causas genéticas. Deve-se 
reconhecer rapidamente a enxaqueca na infância, adolescência, início da vida adulta em filhos de pessoas que sofrem 
com a enxaqueca, para que ela possa ser tratada adequadamente, preventivamente, evitando que as crises apareçam 
e que a enxaqueca se desenvolva até um estágio crônico. O Tratamento se dá pelas intervenções comportamentais, 
ioga ou técnicas de relaxamento; medicamentos para interromper uma enxaqueca assim que ela começar ou impedir 
que ela avance; medicamentos para controlar a dor e a náusea; medicamentos para prevenir a enxaqueca ; 
enxaquecas não podem ser curadas, mas podem ser controladas. 
Aneurisma - é a dilatação anormal de uma artéria. Um aneurisma pode se romper e causar uma hemorragia ou 
permanecer sem estourar durante toda a vida, podem ocorrer em qualquer artéria do corpo, como as do cérebro, do 
coração, do rim ou do abdômen. Os do tipo cerebral e da aorta torácica e abdominal apresentam altas taxas de 
mortalidade. Causas: o aneurisma surge pelo enfraquecimento ou defeito da parede arterial. A pessoa pode nascer 
com o problema ou adquiri-lo, a partir de fatores como hipertensão (não controlada com medicamentos), tabagismo ou 
traumatismo (golpes ou ferimentos penetrantes). Sintomas: os pequenos costumam ser assintomáticos. Quando 
crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada. 
A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento. Os mais 
comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser 
fatais. O tratamento é através de cirurgia convencional, na qual o neurocirurgião abre o crânio (craniotomia) e faz a 
clipagem do colo doaneurisma com técnicas microcirúrgicas. O grande avanço dos equipamentos, técnicas e materiais 
médicos, o tratamento pode ser feito de maneira minimamente invasiva (via endovascular), sem a abertura cirúrgica 
do crânio. E é a melhor escolha de acordo com as características do paciente e aneurisma e pode ser realizado na 
grande maioria dos casos. No entanto, em alguns casos específicos, a cirurgia convencional ou a observação clínica 
são preferíveis. 
Acidente Vascular Cerebral (AVC) - acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se 
rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete 
mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Existem dois 
tipos: AVC Isquêmico: ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é reduzido devido a um coágulo que migra até 
ele, o que faz com que as células comecem a morrer, causando danos cerebrais devido à falta de sangue rico em 
oxigênio e nutrientes. O AVC-I é mais associado com batimentos cardíacos irregulares devido à Fibrilação Atrial. AVC 
Hemorrágico: ocorre quando um vaso sanguíneo no seu cérebro se rompe, causando inchaço, pressão e danos às 
células cerebrais devido ao derramamento de sangue sobre elas. Um AVC-H está principalmente associado ao uso de 
anticoagulantes orais. Os sintomas são: Confusão; Problema falando ou entendendo a fala; Problema de visão em um 
ou ambos olhos; Dor de cabeça severa sem causa conhecida; Dormência, fraqueza ou paralisia do rosto, braço ou 
perna; Dificuldade em andar, tontura, perda de equilíbrio ou falta de coordenação. As causas: ocorrem quando uma 
parte do cérebro é danificada devido a um bloqueio de um vaso sanguíneo ou à ruptura de um vaso sanguíneo no 
cérebro. Existem sinais de alerta de um possível AVC nas quais você deve prestar atenção para cuidar da sua saúde. 
Algumas delas são: dormência ou fraqueza repentina no rosto, braço ou perna; confusão súbita, dificuldade em falar 
ou entender quando falam com você; dificuldade súbita de ver com um ou ambos os olhos; súbita dificuldade para 
caminhar; tontura, perda de equilíbrio ou falta de coordenação; dor de cabeça intensa e repentina sem causa conhecida. 
O tratamento engloba, anticoagulação oral que ajuda a prevenir acidentes vasculares cerebrais (AVC) em pacientes 
com Fibrilação Atrial (F.A.), mas para alguns pacientes o risco de tomá-la é maior do que o benefício destes 
medicamentos. 
 SISTEMA URINÁRIO 
É a presença de microrganismo em alguma parte do trato urinário. O sistema urinário é o responsável por formar 
e garantir a eliminação da urina para fora do corpo. Composto por dois rins (responsável pela produção da urina); dois 
ureteres (garante que a urina seja conduzida até a bexiga); uma bexiga (responsável pelo armazenamento da urina até 
sua eliminação) e uma uretra (garante a eliminação da urina para fora do corpo). 
RINS - são encontrados em número de dois no nosso corpo, sendo eles os órgãos responsáveis pela produção 
da urina. Estão localizados junto à parede posterior do abdômen, abaixo do diafragma. Possuem cerca de 10 cm de 
comprimento, peso aproximado de 120 a 280 g e formato que lembra um feijão, apresentando uma borda convexa e 
uma borda côncava. Na parte côncava, é possível observar uma região denominada de hilo, local onde entram e saem 
vasos sanguíneos, entram nervos e saem os ureteres. Quando observamos internamente, vemos que os rins possuem 
duas regiões bem distintas: um córtex (está localizado mais externamente) e uma medula (localizada mais internamente 
e é visualizada como uma região mais escuras). A porção superior e expandida do ureter é denominada de pelve renal 
e comunica-se com a medula renal. A pelve ramifica-se em direção à medula em cálices maiores, que se ramificam em 
cálices menores. As unidades funcionais dos rins são os chamados néfrons, os quais são constituídos pelo corpúsculo 
renal e pelos túbulos renais. O corpúsculo renal, também chamado de corpúsculo de Malpighi, é formado por um 
glomérulo (enovelado de capilares) envolvido por uma cápsula (cápsula de Bowman). Os túbulos renais partem da 
cápsula e apresentam-se como uma sequência de túbulos: túbulo proximal, alça de Henle e túbulo distal. Esse último 
abre-se no ducto coletor. Os néfrons são classificados em corticais e justamedulares. Os néfrons corticais são aqueles 
que apenas uma porção adentra a medula renal, enquanto os néfrons justamedulares estendem-se mais 
profundamente na medula. 
 
 
URETERES - são ductos que levam a urina do rim para a bexiga. São encontrados em nosso corpo dois ureteres, 
cada um partindo de um dos rins. Em média, os ureteres apresentam de 25 a 30 cm de comprimento e 4 a 5 mm de 
diâmetro. 
BEXIGA URINÁRIA - é um órgão muscular oco que serve de reservatório para a urina e gradativamente distende- 
se conforme esse produto acumula-se. Há músculos próximos ao local de junção entre a uretra e a bexiga, que atuam 
regulando a micção. 
URETRA - é um órgão que garante a eliminação da urina para o meio externo. No homem, a uretra apresenta um 
comprimento médio de 20 cm e pode ser dividida em três porções: prostática, membranosa e cavernosa ou peniana. A 
prostática passa próxima à bexiga e no interior da próstata, a membranosa possui apenas um centímetro de extensão 
e conecta-se com a cavernosa, que se localiza no interior do corpo cavernoso do pênis. A uretra da mulher apresenta 
cerca de 4 cm de comprimento. 
 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O TRATO URINÁRIO 
 
Infecção urinária - corresponde à proliferação de um microrganismo, bactéria ou fungo, em qualquer parte do 
sistema urinário, causando sintomas como dor, desconforto e sensação de queimação ao urinar, por exemplo. Na 
maioria das vezes, os sintomas de infecção surgem devido a uma irregularidade na microbiota da região genital, devido 
ao estresse ou à falta de higiene, por exemplo. Pode receber uma classificação específica de acordo com a estrutura 
do sistema urinário acometida: Cistite (infecção urinária mais frequente e acontece quando microrganismo atinge a 
bexiga, causando urina turva, dor abdominal, sensação de peso no fundo da barriga, febre baixa e persistente e 
sensação de queimação ao urinar); Uretrite (acontece quando a bactéria ou o fungo atinge a uretra, causando 
inflamação e levando ao aparecimento de sintomas como vontade frequente para urinar, dor ou ardor para urinar e 
corrimento amarelo) e Nefrite (infecção mais grave, que acontece quando o agente infeccioso chega aos rins e causa 
inflamação, levando ao aparecimento de sintomas como vontade urgente para urinar, mas em pequena quantidade, 
urina turva e com cheiro forte, presença de sangue na urina, dor abdominal e febre). Tratamento: deve ser 
recomendado pelo urologista de acordo com os sinais e sintomas apresentados pela pessoa, bem como de acordo com 
o resultado dos exames de urina solicitados, sendo normalmente indicado o uso do antibiótico Ciprofloxacina. Nos 
casos em que não são observados sintomas, normalmente não é recomendado o uso de antibióticos, apenas 
acompanhamento da pessoa com o objetivo de verificar se houve aumento da quantidade de bactérias. 
Insuficiência renal - é caracterizada pela dificuldade do rim de filtrar o sangue corretamente e promover a 
eliminação de substâncias nocivas para o organismo, ficando acumuladas no sangue e podendo resultar em doenças, 
como aumento da pressão arterial e acidose sanguínea, que leva ao aparecimento de alguns sinais e sintomas 
característicos, como falta de ar, palpitações e desorientação, por exemplo. Tratamento: quando identificada logo que 
aparecem os primeiros sintomas, é possível revertê-la através do uso de medicamentos indicados pelo urologista ou 
nefrologista e por meio de mudança nos hábitos alimentares com o objetivo de evitar a sobrecarga renal. Em alguns 
casos pode ser recomendada a realização de hemodiálise para que o sangue seja filtrado e as substâncias acumuladas 
sejamremovidas. 
Doença renal crônica - também chamada de DRC ou insuficiência renal crônica, é a perda progressiva da função 
do rim que não leva ao aparecimento de sinais ou sintomas que indiquem a perda de função, sendo apenas percebida 
quando o rim já se encontra quase sem função. Os sintomas de DRC são mais frequentes em pessoas com idade mais 
avançada, hipertensas, diabéticas ou com histórico na família de DRC e surgem quando a doença está em fase mais 
avançada, podendo a pessoa apresentar inchaço nos pés, fraqueza, urina com espuma, coceira no corpo, cãibras e 
perda do apetite sem causa aparente. Tratamento: nos casos mais graves, é feito, através da hemodiálise para 
remover as substâncias que se encontram em excesso no sangue e que não foram devidamente removidas pelos rins. 
Além disso, pode ser recomendado pelo médico o uso de alguns medicamentos e a mudança na dieta para evitar a 
sobrecarga renal. 
Cálculos renais - são popularmente chamados de pedra nos rins e surgem de forma repentina, podendo ser 
eliminados através da urina ou ficar preso na uretra, causando bastante dor, principalmente na região lombar e que 
pode causar dificuldade para se movimentar, e presença de sangue na urina. As pedras nos rins podem ter diversas 
composições e sua formação está muito relacionada aos hábitos de vida, como falta de prática de atividade física, 
alimentação incorreta e pouco consumo de água durante o dia, mas também pode estar diretamente ligada a fatores 
genéticos. Tratamento: O tratamento para os cálculos renais pode variar de acordo com intensidade dos sintomas e 
do tamanho e da localização das pedras, que é verificado por meio de exame de imagem. Em alguns casos, o médico 
pode recomendar o uso de medicamentos para aliviar as dores e facilitar a eliminação da pedra. No entanto, quando a 
pedra é grande ou está obstruindo a uretra ou o ureter, por exemplo, pode ser recomendada a realização de uma 
pequena cirurgia para que a pedra seja removida. 
Incontinência urinária - caracterizada pela perda involuntária da urina e que pode acontecer tanto em homens 
quanto em mulheres, independentemente da idade. Pode ocorrer devido ao aumento da pressão na bexiga, que é mais 
frequente na gravidez, ou devido a alterações nas estruturas musculares que sustentam o assoalho pélvico. 
Tratamento: Recomenda-se que sejam feitos exercícios para fortalecer a musculatura pélvica e evitar a perda 
involuntária da urina. Também, pode ser indicado o uso de remédios ou cirurgia, nos casos mais graves. 
Câncer - Alguns tipos de câncer podem afetar o sistema urinário, como é o que acontece no câncer de bexiga e 
dos rins, que podem acontecer quando células malignas se desenvolvem nesses órgãos ou por metástases. De forma 
geral, o câncer de bexiga e de rim causa sintomas como dor e queimação ao urinar, aumento da vontade para urinar, 
cansaço excessivo, perda de apetite, presença de sangue na urina, aparecimento de massa na região abdominal e 
perda de peso sem causa aparente. Tratamento: deve ser indicado após identificação do tipo e grau do câncer, 
podendo ser indicado pelo nefrologista ou oncologista a realização de cirurgia, para remoção do tumor, seguida de 
quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia. Em alguns casos pode também ser necessária a realização de transplante 
renal quando é verificado que o rim está muito prejudicado. 
 SISTEMA ENDÓCRINO 
É composto por um grupo de glândulas e órgãos que regulam e controlam várias funções do organismo por meio 
da produção e secreção de hormônios. Os hormônios são substâncias químicas que afetam a atividade de outra parte 
do corpo, atuando como mensageiros que controlam e coordenam as atividades em todo o corpo. As 
glândulas endócrinas liberam os hormônios diretamente na corrente sanguínea e glândulas exócrinas liberam 
hormônios ou outras substâncias para dentro de um duto. Os órgãos individuais que formam o sistema endócrino têm 
funções diferentes e, frequentemente, não relacionadas. 
As principais glândulas do sistema endócrino que individualmente fabricam um ou mais hormônios específicos, 
são: 
Hipotálamo - coordena grande parte das funções endócrinas, exercendo ação direta sobre a hipófise e indireta 
sobre outras glândulas como adrenais, gônadas sexuais, tireoide e mamárias. Também age sobre a regulação da 
temperatura, apetite, sede, ciclo do sono e sistema nervoso autônomo. Divide-se anatômica e fisiologicamente em três 
partes: anterior, médio e posterior. 
Hipófise – é chamada de glândula mestra, pois ela secreta os hormônios que controlam as funções de muitas 
outras glândulas endócrinas, também conhecida como glândula pituitária, é uma glândula endócrina de cerca de 1 cm 
de diâmetro e 1 g de peso, localizada na base do cérebro, em uma área chamada sela túrcica, está ligada ao 
hipotálamo, pela haste hipofisária. 
Tireoide - é uma glândula em forma de borboleta situada na parte frontal do pescoço, localizada na parte médio 
inferior do pescoço, ao longo da parte frontal da traqueia, tem dois lobos laterais, conectados por uma ponte no meio, 
responsável por inúmeras funções no nosso corpo. Tem como função produzir, armazenar e liberar hormônios 
da circulação sanguínea. Os principais hormônios produzidos pela tireoide são os triiodotironina T3 (formado por três 
átomos de iodo e também é fundamental na regulação do metabolismo. É cerca de quatro vezes mais ativo que o T4, 
porém seu período de ação é mais curto); tiroxina T4 (é formado por 4 átomos de iodo e é fundamental na regulação 
do metabolismo. Ele é produzido em quantidades muito maiores do que o T3 e seu período de ação também é maior) 
e a calcitonina (contribui para a regulação dos níveis de cálcio no sangue, apresentando efeito contrário ao do 
paratormônio, ou seja, promovendo a transferência de cálcio do sangue para os ossos). Esses hormônios controlam o 
metabolismo e equilíbrio entre todos os sistemas do corpo (homeostase). Para que a tireoide seja capaz de realizar a 
síntese de hormônios, três elementos precisam estar presentes: iodo (pode ser adquirido pela 
alimentação); tireoglobulina e a tireoperoxidase são enzimas produzidas pela tireoide. Uma vez que esses três 
elementos estão presentes, se inicia o processo de síntese e liberação de hormônios, que ocorre em quatro etapas: 
Captação do iodo: a etapa da captação do iodo é a etapa em que a tireoide recolhe o iodo do organismo; Conversão 
do iodeto em iodo orgânico: após a captação, ocorre a conversão dos iodetos em iodo orgânico; 
Acoplamento: ocorre o acoplamento de monoiodotirosina (MIT) e diiodotirosina (DIT) para originar o T3. E 
acoplamento de duas moléculas de DIT para formar T4, graças à ação da tireoperoxidase; Secreção dos hormônios 
da tireoide: nessa etapa os hormônios produzidos na tireoide são liberados no sangue. Quem regula essa liberação é 
o hormônio TSH produzido pela hipófise. Os principais distúrbios da tireoide são o hipotireoidismo (problema na tireoide, 
glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, que se caracteriza 
pela queda na produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). É mais comum em mulheres, mas pode 
acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, até mesmo recém-nascidos, o chamado hipotireoidismo 
congênito) e o hipertireoidismo (é caracterizado por uma disparada na produção dos hormônios da tireoide, a 
triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse aumento acelera o metabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as 
batidas do coração e o funcionamento do sistema nervoso). 
Glândulas paratireoides - também conhecidas como paratiroides, são glândulas que pertencem ao sistema 
endócrino, atuam no organismo de modo a auxiliar na regulação de nutrientes, como o cálcio e fosfatos. Estão 
localizadas na região do pescoço, atrás da tireoide, a localização das paratireoides ainda pode se dar no tórax, mais 
especificamente no mediastino, que é o espaço central entre os pulmões,porém são casos mais raros. Existem casos 
de pessoas que apresentam três ou apenas um par da paratireoide, resultando assim na necessidade de 
acompanhamento médico afim de manter o organismo com os níveis de cálcio e fosfatos regulados. São formadas por 
um conjunto de quatro pequenas glândulas do corpo humano que medem aproximadamente 6 mm por 4 mm por 2 mm. 
Com coloração amarelada, seu peso é de cerca de 40 mg. Cada paratireoide é revestido por uma espécie de cápsula 
de tecido conjuntivo, que trazem como função sustentar os grupos de células secretoras. Considerada como parte do 
sistema endócrino, a função exercida pela paratireoides é controlar a quantidade de cálcio no organismo. Para isso, 
ela conta com os hormônios das glândulas paratireoides, também conhecidos como paratormônio (PTH), tem como 
função manter os níveis de cálcio necessários para o bom funcionamento do organismo. Manter o controle do 
paratormônio no corpo humano é de extrema importância para a regulação do cálcio no sangue, pois ela evita que as 
células musculares esqueléticas sofram contrações. 
Células ilhotas do pâncreas – é um conjunto de células que produzem os hormônios responsáveis pelo controle 
glicêmico e representa no máximo 2% do volume do pâncreas, o restante desse órgão é composto por células 
denominadas acinares produtoras de enzimas digestivas e que não são afetadas pelo diabetes. São compostas por 
duas células principais: célula beta produtora do hormônio insulina e célula alfa produtora do hormônio glucagon. Ambos 
os hormônios são importantes para regulação do açúcar no sangue e com a evolução do diabetes há um 
comprometimento importante dessas células em produzir e secretar seus respectivos hormônios. 
Pâncreas - é uma glândula tanto endócrina como exócrina. Regiões especializadas no pâncreas produzem 
a insulina e outros hormônios que são liberados na corrente sanguínea para regular o nível de glicose no sangue, e 
outras regiões produzem os líquidos digestivos que atravessam o duto pancreático e acabam chegando ao intestino 
delgado para ajudar com a digestão dos alimentos. 
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/glandula-adrenal-suprarrenal/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/tireoide/
https://querobolsa.com.br/enem/quimica/atomo
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/metabolismo
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/sangue
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/sistema-de-sustentacao
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-digestivos/biologia-do-sistema-digestivo/p%C3%A2ncreas
Glândulas adrenais – também conhecida como suprarrenais são duas glândulas endócrinas situadas crânio- 
medialmente aos rins. Elas respondem ao stress por meio da síntese e liberação de corticosteroides, como o cortisol e 
de catecolaminas, como a adrenalina, a noradrenalina e a dopamina. Esses hormônios produzidos nas adrenais 
desempenham importante papel na regulação da resposta adaptativa do organismo ao estresse, na manutenção do 
equilíbrio da água corporal, do sódio e do potássio, bem como no controle da pressão arterial. São duas glândulas 
pequenas, localizadas acima dos rins (esquerdo e direito) que medem apenas 5 cm cada uma delas, constituídas pelo 
córtex, originadas do tecido mesodérmico, e medula, originada de uma subpopulação de células da crista neural. Os 
suprimentos sanguíneos para essas glândulas provem das artérias suprarrenais superior, média e inferior. A medula 
da adrenal pode ser considerada um gânglio do sistema nervoso simpático, que, em resposta à estimulação dos 
neurônios simpáticos pré-ganglionares e à liberação de acetilcolina, estimula a produção e a liberação de 
catecolaminas. 
Testículos - são órgãos do sistema reprodutor masculino, mais precisamente glândulas sexuais (gônadas) 
responsáveis pela produção de espermatozoides e hormônios. Estão localizados atrás do pênis e envolvidos pela bolsa 
escrotal, possuem forma oval e cerca de 4 centímetros de diâmetro e 5 centímetros de comprimento. Atuam em dupla 
função: a função endócrina, na síntese de testosterona que é o principal hormônio do organismo masculino, (consiste 
na produção da testosterona. É esse hormônio que determina o surgimento de características como barba e 
engrossamento da voz. Atua também na regulação da libido e dos impulsos sexuais, havendo baixa produção de 
testosterona, o indivíduo pode apresentar características comuns da falta do hormônio no seu organismo como 
crescimento das mamas, dificuldade de ereção e baixa produção de espermatozoides. Essa produção é determinada 
por hormônios gonadotróficos, hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo, produzidos pela hipófise e é controlada 
por hormônios produzidos pela hipófise e pelo hipotálamo, localizados no encéfalo) e na função reprodutora, com a 
produção de espermatozoides (consiste na espermatogênese que é a produção de espermatozoides. Por dia cada 
testículo consegue produzir de 50 a 150 milhões de espermatozoides em seus túbulos seminíferos, túbulos onde estão 
as células de Sertoli, células responsáveis pela nutrição e pela sustentação dos espermatozoides). O LH produzido 
pela hipófise, que no homem atua no crescimento das gônadas, faz com que elas produzam testosterona e libere esse 
hormônio na rede sanguínea pelos vasos linfáticos, localizados nos lóbulos. A produção dos espermatozoides se inicia 
na puberdade quando os hormônios gonadotróficos (LH e FSH) estimulam a produção nas gônadas masculinas 
(testículos). É nos túbulos seminíferos que as células chamadas de espermatogônias se multiplicam por mitose e se 
transformam em espermatócitos I, que por sua vez dará origem ao espermatócito II e a espermátide através da meiose. 
Em seguida a espermátide passará pelo processo de espermiação, tornando-se um espermatozoide. Esses 
espermatozoides são conduzidos até o epidídimo para serem armazenados e nutridos. Todo esse processo dura cerca 
de 74 dias e produz cerca de 100 milhões de espermatozoides por dia. 
Ovários – têm como função a produção dos hormônios sexuais femininos e a produção e armazenamento dos 
óvulos, fazem parte do sistema reprodutor feminino, juntamente com o útero, tubas uterinas (antes conhecidas como 
trompas de Falópio) vagina e vulva. Têm duas funções: Produção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e 
estrogênio; Produção e armazenamento dos óvulos, que são liberados um a cada mês e recolhidos pelas tubas 
uterinas, enquanto durar a vida reprodutiva da mulher. São duas glândulas situadas na cavidade pélvica, de ambos os 
lados do útero, logo abaixo das tubas uterinas. Sua forma se assemelha a uma amêndoa. Em geral, medem 3 cm de 
comprimento, 1,5 cm de largura e 1 cm de espessura. A hipófise, glândula localizada na base do cérebro, produz dois 
hormônios, o LH e o FSH, que estimulam o crescimento e a liberação de um ovócito (célula germinativa feminina) do 
ovário. O folículo contendo o ovócito amadurece em cerca de 12 a 14 dias, quando se rompe e libera o ovócito, 
caracterizando a ovulação, que acontece próximo às franjas da tuba uterina. O folículo maduro que restou é chamado 
de corpo lúteo e produz hormônio no ovário durante 14 dias, até começar a se degenerar, se não ocorrer a gravidez. 
Caso ela ocorra, o corpo lúteo será fundamental para produzir hormônios responsáveis pela manutenção do endométrio 
propício à gestação. Durante a gravidez, a placenta também assume a função de uma glândula endócrina ao produzir 
hormônios que ajudam com a gravidez além de cumprir com suas próprias funções. 
Timo - é um órgão linfático situado na parte anterior e superior da cavidade torácica, próximo ao coração. Tem 
como limites anatómicos superiormente a traqueia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum, lateralmente pelos 
pulmões. Sua cor é variável, vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida, se tornando amarelada 
mais tarde. Desenvolvido e de formato piramidal, encapsulado e formado por dois lóbulos. Constituído por três partes 
principais:medula: a parte mais interna do timo; córtex: envolve a medula e a cápsula: é o revestimento externo, é uma 
parte importante do sistema imunológico do corpo, durante o crescimento fetal e na infância, está envolvido na produção 
e maturação dos linfócitos T, um tipo de glóbulos brancos do sangue. Os linfócitos T se desenvolvem no timo e, em 
seguida, migram para os gânglios linfáticos do corpo. Ajudam o sistema imunológico a proteger o organismo contra 
vírus, fungos e outros tipos de infecções. Diminui de tamanho ao longo da vida, até que na idade adulta é gradualmente 
substituído por tecido adiposo, o que provoca a diminuição da produção de linfócitos T. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-hormonais-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-da-gl%C3%A2ndula-adrenal/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-as-gl%C3%A2ndulas-adrenais
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/sistema-reprodutor-masculino
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/sistema-endocrino
https://querobolsa.com.br/enem/biologia/hipofise
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/utero/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/tuba-uterina/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/vagina/
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/vulva/
https://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/hipotireoidismohipertireoidismo/
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/gesta%C3%A7%C3%A3o-normal/fases-do-desenvolvimento-do-feto#v809219_pt
 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA ENDÓCRINO 
 
Diabetes - caracteriza-se pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue (glicose), causado por uma deficiência 
do organismo na produção de insulina, que é produzida pelo pâncreas, órgão fundamental para captar a glicose liberada 
na corrente sanguínea, que facilita a entrada da glicose no organismo, que a transforma em energia. Essas anomalias 
no pâncreas ocorrem por causa da dificuldade que o órgão encontra em promover corretamente a degradação do 
açúcar no organismo. Os principais sintomas a observar são: Excesso de sede e fome; aumento na vontade de urinar; 
perda de peso; fraqueza; fadiga; mudanças de humor; náusea e vômito. Os mais comuns tipos de diabetes são: 
Diabetes tipo 1 (DM1): é geralmente diagnosticada em crianças e jovens adultos; Diabetes tipo 2 (DM2): é a forma mais 
comum de diabetes; e a Diabetes gestacional. O tratamento mais convencional consiste no uso diário de insulina ou 
qualquer outro medicamento prescrito pelo médico que ajude a equilibrar os níveis de glicose no sangue. Os motivos 
que causam a diabetes tipo 1 ainda são desconhecidos, e a melhor forma de prevenção é ter práticas saudáveis, que 
incluem alimentação adequada, atividades físicas, evitar o uso de álcool, cigarro e outras drogas. 
Obesidade - é considerada uma doença, e por conta dos inúmeros problemas inerentes a ela, a obesidade já é 
considerada uma epidemia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Quem está acometido pela 
obesidade fica mais suscetível a doenças como: diabetes; hipertensão; apneia do sono; riscos cardiovasculares e 
muitos outras. A obesidade ocorre, devido ao acúmulo excessivo e anormal de gordura no corpo, que acaba afetando 
a saúde do indivíduo. Isso porque, quando a quantidade de calorias ingerida é superior à quantidade gasta pelo corpo, 
que acaba por armazenar esse excesso na forma de massa gorda. Para uma pessoa ser considerada obesa, o seu 
Índice de Massa Corporal (IMC) deve ser superior a 35 kg/m2. 
Disfunções da tireoide - Hipotireoidismo, hipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto e nódulos são algumas 
doenças causadas por disfunções no sistema endócrino relacionadas à tireoide. São doenças relacionadas a uma 
anomalia no funcionamento da tireoide, uma glândula regulada por outras hormonas produzidas na hipófise e no 
hipotálamo. Por segregar hormônios tireoidianos, essa glândula torna-se responsável por controlar a velocidade 
metabólica do organismo, o que lhe confere um papel essencial no bom funcionamento dele. Assim, fica claro que a 
tireoide tem grande importância no organismo. Qualquer alteração em suas funções pode causar alterações de humor, 
na frequência cardíaca, no controle do apetite, no sono, na libido, entre outros. O tratamento para problemas de 
inflamação ou alteração na tireoide incluem o uso de remédios receitados por médicos. Esses medicamentos ajudam 
a regular a função da tireoide. Caso o tratamento com remédios não surta o efeito esperado, o médico pode recomendar 
a realização de cirurgia para a retirada da glândula, o que resulta em necessidade de terapia para reposição hormonal 
pelo resto da vida. 
Dislipidemia – mais conhecido por “colesterol alto”, a dislipidemia é mais uma doença endócrina das mais comuns. 
Essa doença se caracteriza pela alta presença de gordura no sangue, e apresenta um elevado risco cardiovascular, 
uma vez que a gordura se acumula nas paredes das artérias. Esse acúmulo de gordura causa rigidez e espessamento 
das artérias, obstruindo a circulação do sangue. Porém, o maior perigo do colesterol alto é o fato de ser uma doença 
silenciosa, a qual, se não for devidamente identificada e tratada, poderá desencadear inúmeros problemas de saúde, 
como infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais e angina de peito. O tratamento para a dislipidemia é 
basicamente uma mudança no estilo de vida, que inclui parar de fumar (pois o fumo é altamente prejudicial à 
elasticidade das artérias), evitar bebidas alcoólicas, equilibrar o peso, manter uma dieta balanceada, praticar atividades 
físicas regularmente etc. 
 
Ovários policísticos - doença comum nas funções endócrinas afeta as gônadas, que são as glândulas sexuais 
que produzem as hormonas, como é o caso do testículo e do ovário. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) chega 
a afetar 6% da população feminina e é mais comum nos casos de mulheres que apresentam altas taxas de hormonas 
masculinas. Os sintomas mais característicos dessa doença são: fluxos menstruais irregulares, acne, obesidade, queda 
de cabelo, entre outros. Apesar de ser uma doença que não tem cura, existe uma grande taxa de sucesso nos 
tratamentos de controle dos ovários policísticos associados a atividades físicas regulares, evitar o excesso de peso etc. 
Síndrome de Cushing - também conhecida como hipercortisolismo, é uma alteração hormonal causada pelo 
aumento dos níveis do hormônio cortisol no sangue. Alguns sintomas característicos da doença são: aumento rápido 
de peso, porém braços e pernas finas; aparecimento de estrias largas e vermelhas na barriga; aparecimento de pelos 
no rosto, principalmente no caso das mulheres; aumento da pressão; diabetes; diminuição da libido e da fertilidade; 
ciclo menstrual irregular; fraqueza muscular; pele mais oleosa e com tendência à acne; dificuldade para cicatrizar 
feridas; surgimento de manchas roxas. Os sintomas surgem ao mesmo tempo e são mais comuns em pessoas que já 
sofrem de doenças como artrite, asma, lúpus ou após transplante de órgãos, situação na qual os pacientes passam 
meses fazendo uso de corticoides. No caso do surgimento da doença em crianças, percebe-se um crescimento mais 
lento, que resulta em baixa estatura, aumento dos pelos faciais, corporais e calvície. O tratamento para a síndrome de 
Cushing deve ser orientado por um endocrinologista e varia conforme a causa da síndrome. Quando a doença é 
causada por uso prolongado de corticoides, é indicada a diminuição ou a suspensão do medicamento, de acordo com 
a orientação do médico responsável. 
Feocromocitoma - Trata-se de tumores, geralmente benignos, que são formados por células que produzem 
substâncias adrenérgicas, como a adrenalina. É comum que esses tumores sejam encontrados nas glândulas 
suprarrenais ou adrenais, contudo, podem aparecer em outras glândulas. Esse tipo de tumor, embora benigno, 
necessita de cirurgia, pois raramente responde ao tratamento de quimioterapia ou radioterapia. 
 DOENÇAS REUMÁTICAS 
 
As doenças reumáticas não são exclusividadesde uma determinada faixa etária e abrangem um número grande 
de afecções com causas distintas. O termo reumatismo não trata de uma doença particular, mas de um grande número 
delas, atuantes no sistema musculoesquelético, responsável pela sustentação (ossos) e mobilidade (músculos) ao 
nosso corpo, de estrutura muito complexa, composto por mais de 230 ossos e cerca de 639 músculos, desempenhando 
funções variadas, como proteger órgãos vitais (crânio e costelas), sustentar-nos na posição ereta e permitir atos como 
andar, pegar, pular, entre outros. Ao movimentar-se os ossos e os músculos usam as articulações que, ao mesmo 
tempo em que os prendem na posição correta, permitem que executem os movimentos mais variados. Cada articulação 
do nosso corpo, além de ossos e músculos, tem outros componentes de importância, como as cartilagens (funcionam 
como amortecedores, não deixando que os ossos se atritem e desgastem); os tendões (que ligam os músculos aos 
ossos); os ligamentos (que mantêm o conjunto no lugar); as bainhas musculares (que cobrem tendões e músculos e 
evitam o atrito ao se movimentarem) e as bursas (bolsas de líquido que ajudam na proteção e estabilidade de algumas 
articulações). Cada um desses elementos desempenham uma função e o bom funcionamento do conjunto depende de 
todos. O nosso sistema de sustentação e movimento e um mecanismo perfeito para as atividades e necessidades 
humanas, realizando seu trabalho com gastos mínimo de energia. 
As doenças reumáticas são inflamações (crônicas ou não) em um ou mais componentes de uma articulação, 
gerando dores e incapacidade temporária ou permanente para sua movimentação adequada. 
A inflamação é uma reação benéfica ao organismo, esta busca se proteger de uma agressão, seja de bactéria, 
vírus ou traumatismo: que (em média) em sete dias recupera as funções normais. Esta reação benéfica se torna um 
problema quando não há possibilidade de controle do agente inflamatório ou quando há um desequilíbrio no sistema 
imunológico, tornando-a impossível de ser controlada pelos medicamentos atuais. As causas do reumatismo estão 
relacionadas a fatores genéticos. Alguns fatores de risco também estão relacionados ao reumatismo, como o fato de 
haver parentes que apresentam a mesma doença, o hábito de fumar (ativo ou passivo), exposição a poluentes tipo 
sílica, além do gênero feminino, já que a doença afeta três vezes mais mulheres do que homens. 
 
 
DOENÇAS REUMÁTICA ACOMETIDAS 
 
Reumatismo é termo geralmente utilizado para caracterizar um grupo de doenças cujas manifestações principais 
são a inflamação ou a degenerescência do tecido conjuntivo das articulações, dos músculos e de órgãos. Existem 
numerosas doenças pertencentes ao grupo de reumatismo como a febre reumática, a artrite reumatoide, a artrite 
comum, a artrose, a gota e outras. Ainda não se tem uma classificação bem definida sobre a questão do reumatismo 
sendo que os médicos atuais preferem observar isoladamente cada um dos diversos tipos de moléstias reumáticas. 
Podem afetar somente as articulações, sendo o mais comum, ou simultaneamente o tecido conjuntivo de outros órgãos 
ou tecido nervoso, seja de forma aguda ou crônica, em ciclos ou episódios isolados. Sintomas: dor local; inflamação; 
incapacitação física temporária ou progressiva. Tratamento: é apenas sintomático, sendo incapaz de atingir o processo 
mórbido causados da doença. Não se sabe a real causa do reumatismo, mas sabe-se que é uma doença degenerativa 
que ocorre numa situação de predisposição herdada. Sendo alguns tipos de reumatismo desencadeados pelo 
constante contato com a friagem, característicos nas profissões como as de lavadeiras, dos carregadores de gelo e 
produtos congelados e outras em contato constante com água, câmaras frias, ambiente úmido, etc. 
Artrite – termo genérico para designar um grupo de doenças clinicas caracterizadas pelo comprometimento do 
sistema musculoesquelético, especificamente, as articulações do corpo (onde se juntam dois ou mais ossos). Existem 
alguns tipos de artrite: osteoartrite (doença degenerativa em que a cartilagem que cobre a extremidade óssea da 
articulação se deteriora, causando dor e perda de movimento) e artrite reumatoide (doença inflamatória autoimune 
em que o revestimento da articulação se inflama a medida que parte do sistema imunológico natural do organismo se 
desequilibra, o que a torna uma das mais graves e comprometedoras formas de artrite). Outra forma também muito 
comum é a gota aguda (tipo de artrite conhecida a mais tempo, que geralmente, está relacionada com uma 
anormalidade resultante da produção em excesso de ácido úrico ou incapacidade de excretá-lo na urina. Sintomas: 
dor crônica; perda de movimento; limitação das atividades diárias. Possui alguns fatores de risco como: idade – a 
maioria dos tipos de artrite aumenta com a idade; gênero – a grande maioria são mulheres; genética – genes específicos 
são associados com maior de desenvolvimento para alguns tipos de artrite; obesidade – excesso de peso decorrente 
de uma dieta inadequada ou falta de exercício físico; ocupação – por movimentos repetitivos que sobrecarregam ou 
estressam as articulações; lesão e infecção – lesões das articulações, causada pela prática de esportes. Tratamentos: 
aliviar a dor e a inflamação; preservar ou melhorar a função das articulações; impedir ou retardar a cirurgia; 
medicamentos que aliviam a dois e a inflamação, como: anti-inflamatório não esteroides, inibidores seletivos de COX- 
2 ou analgésicos; prescritos pelo médico. 
Fibromialgia - é uma síndrome caracterizada principalmente por dor crônica e generalizada no corpo que dura 
pelo menos três meses. Esses desconfortos podem surgir sem motivo aparente, ou serem uma reação exagerada a 
algum acontecimento. Sintomas: fadiga, sono não restaurador e distúrbios cognitivos como esquecimento, falta de 
atenção e dificuldade de concentração. Ainda não foi encontrada uma razão específica para o desenvolvimento da 
fibromialgia. O que existe até o momento são hipóteses, como ser genética e costuma aparecer em quem sofre 
de estresse crônico ou passou por situações graves de trauma físico, ou psicológico. Apesar de não haver uma resposta 
exata sobre a causa da fibromialgia, sabe-se que ela não é uma doença autoimune nem inflamatória. O mecanismo de 
desenvolvimento da dor é diferente. É mais frequente em mulheres, na faixa etária dos 30 a 50 anos. O diagnóstico dá- 
se, essencialmente clínico, feito pelo reumatologista, a partir do relato e do histórico do paciente. Não existem exames 
para detectar a fibromialgia e não há cura apenas tratamento para controlar os sintomas. 
Lúpus eritematoso – é uma doença inflamatória crônica multissistêmica de causa desconhecida e de natureza 
autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto anticorpos. Evolui com manisfestações clinicas polimórficas, 
com períodos de exacerbações e remissões. Sua etiologia ainda não é esclarecida e o desenvolvimento é ligado à 
predisposição genética e aos fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. É uma doença rara 
mais frequente em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva, numa proporção de nove a dez mulheres para cada 
homem. Seus diagnostico é dado pelo médico através de exames solicitados. O tratamento é medicamentoso deve 
ser individualizado para cada paciente e dependerá dos órgãos ou sistemas acometidos e da gravidade dede 
acometidos. Os glicocorticoides são as drogas mais utilizadas no tratamento e sua dose varia conforme a gravidade de 
cada caso. 
Osteoporose - doença que se caracteriza pela perda progressiva de massa óssea, tornando os ossos 
enfraquecidos e predispostos a fraturas que acometem mais as mulheres após os 45 anos. À medida que vai 
progredindo com o avançar da idade, a doença aumenta o risco de fraturas, especialmente do quadril, da costela e colo 
do fêmur. Ganha-se massa óssea até os 20 anos de idade e perde-se com maior velocidade depois dos 40. Existem 
dois tipos de célulasAs normas de biossegurança estão presentes na legislação brasileira com o intuito de preservar a vida e promover 
mais segurança em qualquer atividade que envolva agentes biológicos, dispostas na Lei de Biossegurança 11.105 de 
24 de Março de 2015. 
A biossegurança está diretamente relacionada às práticas hospitalares, os profissionais e os pacientes estão 
expostos a riscos de origens biológica, química e física, dentre outros, os quais podem transpassar o interior 
desses estabelecimentos, atingindo toda uma comunidade. Alguns exemplos importantes de biossegurança na 
enfermagem que os hospitais precisam seguir se quiserem proteger a saúde dos seus funcionários, dos pacientes e 
da sociedade em geral. 
▪ MANIPULAÇÃO CORRETA DOS MATERIAIS 
Todo cuidado é pouco ao realizar procedimentos que envolvam o uso de agulhas e itens cortantes ou a 
manipulação de sangue, por exemplo. Ao deixar de seguir as orientações, o profissional está sujeito a sofrer acidentes 
e a doenças infecciosas. 
 
▪ USO CORRETO DE EPI’S 
Os equipamentos de proteção individual (EPI’s), são obrigatórios na realização de diversos tipos 
de procedimentos. Eles englobam as luvas, as máscaras, os aventais, as toucas, os óculos de proteção e até mesmo 
os sapatos hospitalares, entre outros. O uso precisa ser feito de acordo com as orientações. 
As luvas, por exemplo, impedem o contato com materiais contaminantes, como sangue e secreções. Já as 
máscaras evitam a contaminação por respingos ou gotículas e partículas sólidas presentes no ar (aerossóis). Utilizados 
por profissionais de enfermagem e saúde, tais equipamentos devem ser descartados ao fim de cada procedimento. 
 
▪ DESCARTE ADEQUADO DE EPI’S E DEMAIS RESÍDUOS HOSPITALARES 
Após o uso, os EPI’s são considerados resíduos hospitalares. Logo, esses e os demais materiais contaminantes 
precisam ser corretamente descartados a fim de evitar infecções. Há regras para o descarte. Cada item é dividido em 
um grupo específico, de acordo com o tipo e o grau de risco. Sendo assim, é preciso lançá-los em lixos apropriados e 
devidamente identificados. 
 
▪ IMUNIZAÇÃO POR MEIO DE VACINAS 
As doenças infecciosas como a gripe podem ser prevenidas com vacina. Todas as pessoas devem imunizar-se, 
especialmente os profissionais de saúde, os quais têm contato regular com agentes patogênicos e cujo risco de contrair 
e disseminar tais enfermidades é grande. Portanto, manter a caderneta de vacinação em dia é de 
fundamental importância. 
 
▪ HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
As mãos necessitam ser lavadas adequadamente antes de qualquer procedimento hospitalar. Afinal, elas são um 
dos principais canais de transmissão de doenças virais e bacterianas. Dedos, unhas, palmas e “costas”, bem 
como punhos e antebraços, devem ser higienizados para impedir a contaminação. Para tanto, há um procedimento 
específico que todo profissional precisa observar. 
Existem alguns tipos de precauções que minimizam ou até mesmo evitem, a propagação de algumas dessas 
doenças. Sendo elas: PADRÃO; CONTATO; GOTÍCULAS, AEROSSÓIS. 
 
PRECAUÇÃO PADRÃO - Aplicado no atendimento de todos os pacientes, independente do seu estado de saúde. 
Deve-se adotar o uso dos seguintes EPI´s: luvas descartáveis, avental, máscara, e óculos de segurança ao realizar 
todo e qualquer procedimento que tenha risco potencial de contaminação com fluídos corporais (secreção, excreção, 
sangue). Sem esquecer de atentar-se também ao uso de máscara, pois há o risco de infecções através de tosse e/ou 
espirros. 
* MÁCARA – recomendados para proteção individual, durante procedimentos que envolvam riscos de respingos 
com sangue ou fluidos corporais. 
* AVENTAL - Recomenda-se o uso sempre que houver risco de contato da pele ou da roupa do profissional com 
sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções, exceto o suor. 
* LUVAS – usar luvas quando houver possibilidade de contato com sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, 
superfícies e materiais contaminados. 
* ÓCULOS - recomendados para proteção individual, durante procedimentos que envolvam riscos de respingo com 
sangue ou fluidos corporais. Óculos pessoais e lentes de contato não são considerados proteção ocular adequada. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm
https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/riscos-de-seguranca-hospitalar/
https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/epi-para-odontologia/
https://blogsaude.volkdobrasil.com.br/luva-de-procedimento-e-luva-esteril/
PRECAUÇÃO POR CONTATO - Visam prevenir a transmissão de micro-organismos, epidemiologicamente 
importantes, a partir de pacientes infectados ou colonizados, para outros pacientes, profissionais, visitantes, 
acompanhantes, por meio de contato direto (tocando o paciente e estabelecendo a transmissão pessoa por pessoas) 
ou indireto (ao tocar superfícies contaminadas próximas ao paciente ou por meio de artigo e equipamentos). 
* MÁCARA - Em todas as situações indicadas devido às precauções padrões. 
* AVENTAL - Uso de avental individual para cada paciente; não é necessário avental descartável. 
* LUVAS – Descartáveis; devem ser colocadas antes de entrar no quarto; são retiradas dentro do quarto no final do 
atendimento. 
* ÓCULOS - Em todas as situações indicadas devido às precauções padrões. 
* QUARTO - Privativo, se possível; se compartilhado em coorte com um metro de distância entre os leitos; manter 
a porta sempre fechada; é necessário banheiro exclusivo; evitar transportar o paciente para outras áreas do hospital. 
 
PRECAUÇÃO POR GOTÍCULA - Visam prevenir a transmissão de micro-organismos por via respiratória por 
partículas maiores (>) que 5 micras de pacientes com doença transmissível, geradas pela tosse, espirro, e durante a 
fala. Essas gotículas (> 5 micras) podem se depositar à curta distância (1 a 1,5 metros). 
* MÁCARA - Máscara cirúrgica durante atendimento direto ao paciente (nos ossos (os osteoclastos e os osteoblastos, que estão envolvidos no ciclo de renovação dos 
ossos. Os osteoclastos promovem a absorção de minerais, eliminando áreas de tecido ósseo e criando umas 
cavidades. Os osteoblastos, por sua vez, são encarregados de preencher essas cavidades, produzindo ossos novos, 
usando o cálcio absorvido com a ajuda da vitamina D. Assim, a cada três meses 10% do esqueleto se renova). A 
primeira etapa da degeneração óssea, chamada osteopenia, tem início com o desequilíbrio entre as células de absorção 
e de regeneração, os osteoclastos passam a agir mais rapidamente, degradando osso com maior velocidade do que 
os osteoblastos são capazes de repor. Há ainda a osteoporose secundária, é quando a perda de massa óssea tem a 
ver com outras doenças. Exemplos: problemas renais ou endócrinos, ou com o uso de certos medicamentos. O 
tabagismo é outra ameaça, porque o cigarro destrói as células que formam osso. Agora, a verdade é que os principais 
desencadeadores do problema são carência de cálcio e vitamina D, sedentarismo e predisposição genética. Os sinais 
da osteoporose são silenciosos e não apresenta sintomas. Em geral, o problema só é detectado em estado avançado, 
com a deformação de ossos que provoca dor crônica ou quando aparece uma fratura. O tratamento consiste em conter 
a perda de massa óssea e é feito com o ajuste da dieta para que haja ingestão adequada de cálcio e vitamina D. Se 
os alimentos não forem suficientes, indicam-se os suplementos tanto do mineral quanto da vitamina. Os remédios 
podem melhorar a resistência do osso ao impedir a degeneração e incentivar a reconstrução. 
 SISTEMA HEMATOLÓGICO 
A circulação das substâncias e moléculas por todas as partes do corpo garante a nutrição, a hidratação e o 
funcionamento dos sistemas, de maneira homeostática. Para entender a função do sangue no equilíbrio corporal, 
a hematologia se dedica ao estudo desse fluido, de seus elementos e a interação deles com a fisiologia. O sangue é 
um fluido que percorre os vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares) com a função principal de transportar gases, 
nutrientes, toxinas, hormônios, agentes de defesa do sistema imunitário, entre outros elementos, composto por células, 
fragmentos celulares funcionais e uma porção fluida. Dessa forma, o sangue pode ser dividido em porções sólidas e 
porções líquidas. Veja como ocorre essa classificação e qual a função de cada uma delas. 
Hematologia: elementos sólidos do sangue 
Hemácias - também chamadas de eritrócitos ou glóbulos vermelhos, as hemácias são o tipo celular responsável 
pelo transporte de gases no corpo humano. Essa função ocorre pela presença da proteína hemoglobina, que se liga 
ao oxigênio nos pulmões e consegue liberar esse gás nos tecidos do corpo. Os glóbulos vermelhos possuem 
formato bicôncavo e são anucleadas, isso favorece uma maior superfície de contato com o sangue e permite maior 
eficiência na oxigenação dos tecidos. Eles têm uma sobrevida curta, com cerca de 120 dias, e são degradados após o 
envelhecimento. Para a eliminação e reciclagem dessas células, os principais órgãos envolvidos são o baço e o fígado. 
Na estrutura da hemoglobina, a proteína respiratória humana, é necessária a presença do íon ferro como parte da 
molécula oxigenada. Assim, para que as hemácias realizem suas funções adequadamente, é de suma importância que 
os níveis férricos estejam equilibrados. 
Leucócitos – é a parte particulada do sangue, as células de defesa do corpo humano. Esses elementos são 
componentes do sistema imunitário e são necessários para a identificação, neutralização e destruição de antígenos. 
Eles podem ser divididos em dois grupos principais: Granulócitos: aqueles que possuem grânulos em seu citoplasma, 
como os eosinófilos, os basófilos e os monócitos; Agranulócitos: leucócitos que não possuem grânulos 
citoplasmáticos consideráveis. São representados pelo monócitos e linfócitos. Essas células trabalham unidas pela 
resposta imunológica e defesa do corpo contra algum tipo de agressor, como vírus, bactérias, fungos, protozoários ou 
outros parasitas. 
Plaquetas ou trombócitos - Na hematologia, as plaquetas são fragmentos celulares que possuem a função de 
coagular e atuar na cicatrização de ferimentos. Elas são originadas de células gigantes que surgem na medula óssea e 
que, posteriormente, são fragmentadas. Quando a homeostase (equilíbrio corporal) é perturbada devido 
a lacerações teciduais, as plaquetas são as principais responsáveis pela manutenção corporal. Quando um vaso 
sanguíneo se rompe, os trombócitos se aderem à parede vascular e liberam uma sequência de substâncias que 
resultam na formação da fibrina, por exemplo. 
Fibrina - é a proteína designada para a formação de uma rede que “tampa” o ferimento e impede o extravasamento 
de fluidos. Essa rede pode ser chamada de coágulo ou trombo. Também é importante saber que a baixa quantidade 
de trombócitos no sangue pode diminuir a capacidade de coagulação do corpo e favorecer o aparecimento de 
hemorragias e sangramentos espontâneos. 
Hematologia: elementos líquidos do sangue 
Os elementos líquidos do sangue compõem o plasma sanguíneo, fluido por meio do qual as hemácias, leucócitos 
e plaquetas conseguem se deslocar no corpo. O plasma é composto por água, sais minerais, proteínas, açúcares, 
toxinas, anticorpos, entre outras substâncias. 
 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O SISTEMA HEMATOLÓGICO 
 
Anemia – Anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual o conteúdo de 
hemoglobina no sangue está abaixo do normal como resultado da carência de um ou mais nutrientes essenciais. As 
anemias podem ser causadas por deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, vitamina B12 e proteínas. Porém, 
a anemia causada por deficiência de ferro, denominada anemia ferropriva, é muito mais comum que as demais (estima- 
se que 90% das anemias sejam causadas por carência de ferro). O ferro é um nutriente essencial para a vida e atua 
principalmente na fabricação das células vermelhas do sangue e no transporte do oxigênio para todas as células do 
corpo. Os sinais e sintomas da carência de ferro são inespecíficos, necessitando-se de exames laboratoriais de sangue 
para que seja confirmado o diagnóstico de anemia ferropriva. Os principais sinais e sintomas são: cansaço 
generalizado, falta de apetite, palidez de pele e mucosas (parte interna do olho, gengivas), menor disposição para o 
trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia (crianças muito “paradas”). 
Anemia ferropriva – o ferro é elemento essencial para a síntese de hemoglobina. Sua deficiência acaba por 
prejudicar a eritropoiese. Quando há deficiência de ferro, inicialmente observa-se depleção dos estoques e, 
posteriormente há redução do ferro disponível para a síntese de hemoglobina. Se a deficiência não for corrigida, 
desenvolve-se a anemia. Suas causas podem estar ligadas a diminuição da absorção de Ferro (déficit de alimentação 
e descontrole na absorção intestinal); hemorragias (perda de sangue considerável). 
 
Anemia megaloblástica - é um tipo de anemia que acontece devido à diminuição da quantidade de vitamina B2 
circulante, o que pode fazer com que exista uma diminuição da quantidade de hemácias e aumento do seu tamanho, 
sendo observada no exame microscópico a presença de hemácias gigantes, além de também haver diminuição do 
tamanho dos glóbulos brancos e das plaquetas. Como nesse tipo de anemia há diminuição dos níveis de vitamina B12, 
é comum que surjam alguns sintomas como dor na barriga, queda de cabelo e alterações do funcionamento intestinal, 
podendo haver períodos de prisão de ventre e de diarreia. É importante que a anemia megaloblástica seja identificada 
e tratada de acordo com a orientação do clínico geral ou hematologista, que pode indicar mudança nos hábitos 
alimentares ou realização de suplementação de B12, seja por via oral ou diretamente na veia, de acordo com o tipo de 
anemia megaloblástica.Os sintomas estão associados principalmente com a deficiência de B12 no organismo 
e diminuição da quantidade de hemácias produzidas e circulantes. Isso porque a vitamina B12 faz parte do processo 
de produção das hemácias e, na sua deficiência, há menor quantidade de hemácias sendo produzidas. Assim, como 
consequência, ocorre redução da hemoglobina no sangue, dificultando o transporte de oxigênio para as células, o que 
leva ao aparecimento dos sintomas, sendo os principais: Cansaço excessivo; Fraqueza; Dor muscular; Queda de 
cabelo; Perda de apetite com perda de peso; Alterações do trânsito intestinal, com diarreia ou prisão de ventre; Dor 
abdominal ou náuseas; Formigamento nas mãos ou pés; Palidez; Quando surgem estes sintomas é recomendado 
consultar um clínico geral ou um hematologista para que seja feita a avaliação dos sintomas e possam ser indicados 
exames que ajudam a confirmar a anemia megaloblástica, como o hemograma e dosagem de vitamina B12 no sangue. 
Principais causas estão relacionadas com a diminuição dos níveis de vitamina B12, o que pode ser devido à alteração 
no processo de absorção dessa vitamina no organismo ou ingestão deficiente. Assim, a anemia megaloblástica pode 
ser classificada em dois tipos principais: Anemia perniciosa, que acontece em pessoas que consomem quantidades 
adequadas de vitamina B12, mas que não possuem uma proteína, chamada fator intrínseco, que se liga à essa vitamina 
para que possa ser absorvida no organismo. Anemia por deficiência de B12, que acontece quando a pessoa não 
consome alimentos ricos nessa vitamina e é mais comum em pessoas vegetarianas e veganas, resultando no 
desenvolvimento desse tipo de anemia. O tratamento deve ser feito de acordo com a orientação do médico e com a 
causa da anemia. Assim, no caso a anemia perniciosa o médico pode recomendar a injeção de vitamina B12 
diariamente ou suplementação dessa vitamina por via oral, até equilibrar os níveis dessa vitamina no organismo e os 
níveis de hemoglobina no sangue estarem normalizados. É importante identificar o tipo de anemia para que o 
tratamento mais adequado seja indicado, pois no caso da anemia perniciosa o aumento do consumo de alimentos ricos 
em vitamina B12, como peixes, frutos do mar, ovos, queijo e leite, pode não interferir no desenvolvimento da anemia. 
No caso da anemia megaloblástica por deficiência de B12, o tratamento normalmente consiste na melhora dos hábitos 
alimentares, em que a pessoa deve dar preferência aos alimentos fontes dessa vitamina, como peixes, queijo, leite e 
levedura de cerveja, por exemplo. Além disso, o nutricionista ou o médico podem também indicar a realização de 
suplementação dessa vitamina. 
 
Anemia falciforme - doença hereditária que causa alteração no formato dos glóbulos vermelhos, que, em vez de 
terem a forma de um disco, ficam com uma forma semelhante a uma foice ou meia lua. Devido a essa alteração, os 
glóbulos vermelhos se tornam menos capazes de transportar oxigênio pelo corpo, o que causa os sintomas típicos de 
anemia como cansaço excessivo e palidez. Além disso, a forma alterada dos glóbulos vermelhos aumenta ainda mais 
o risco de obstrução dos vasos sanguíneos, o que pode levar a outros sintomas da anemia falciforme como dor 
generalizada, fraqueza e apatia. A anemia falciforme pode ser tratada com o uso de remédios que devem ser tomados 
durante toda a vida para diminuir o risco de complicações, no entanto a cura só acontece por meio do transplante de 
células tronco hematopoiéticas. Principais sintomas são as causas semelhantes a qualquer outro tipo de anemia, como 
cansaço, palidez e sono, podendo também, apresentar outros sintomas característicos como: Dor nos ossos e 
articulações porque o oxigênio chega em menor quantidade, principalmente nas extremidades, como mãos e pés; 
Crises de dor no abdome, tórax e região lombar, devido a morte das células da medula óssea, e pode ter associação 
com febre, vômitos e urina escura ou com sangue; Infecções frequentes porque os glóbulos vermelhos podem danificar 
o baço, que é um órgão importante no combate a infecções; Atraso no crescimento e da puberdade, pois os glóbulos 
vermelhos da anemia falciforme fornecem menos oxigênio e nutrientes para o corpo crescer e se desenvolver; Olhos e 
pele amarelados devido ao fato dos glóbulos vermelhos "morrerem" mais rapidamente e, por isso, o pigmento bilirrubina 
se acumular no organismo causando a cor amarelada na pele e olhos. Estes sintomas aparecem, geralmente, após os 
4 meses de idade, mas o diagnóstico geralmente é feito nos primeiros dias de vida, desde que o recém-nascido faça o 
teste do pezinho. O diagnóstico geralmente é feito através do teste do pezinho nos primeiros dias de vida do bebê, que 
analisa uma amostra de sangue retirada do calcanhar. Além disso, também pode ser feito por meio da dosagem de 
bilirrubina no exame de sangue, em pessoas que não realizaram o teste do pezinho ao nascer. Nesses casos é 
observada a presença de hemácias em forma de foice, presença de reticulócitos, pontilhado basófilo e valor da 
hemoglobina abaixo do valor normal de referência, normalmente entre 6 e 9,5 g/dL. É uma doença genética e 
hereditária, o que significa que, em alguns casos, é passada dos pais para os filhos. Sempre que uma pessoa é 
diagnosticada com a doença, significa que possui o gene SS (ou hemoglobina SS). Embora os pais possam não ter 
anemia falciforme, se ambos possuírem o gene AS (ou hemoglobina AS), é indicativo de que são portadores da doença, 
o que faz com que existam chances de o filho ter a doença (25% de chance) ou ser portador (50% de chance) da 
doença. O tratamento é feito com o uso de medicamentos e em alguns casos pode ser necessária a transfusão 
sanguínea. Os medicamentos utilizados são principalmente Penicilina nas crianças desde os 2 meses até aos 5 anos 
de idade, para evitar o aparecimento de complicações como a pneumonia, por exemplo. Além disso, podem também 
ser utilizados remédios analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor durante uma crise e inclusive usar máscara 
de oxigênio para aumentar a quantidade de oxigênio no sangue e facilitar a respiração. Deve ser realizado por toda a 
vida porque estes pacientes podem apresentar infecções frequentes. A febre pode indicar infeção e por isso se a pessoa 
com anemia falciforme apresentar febre deve ir imediatamente ao médico porque pode desenvolver septicemia em 
apenas 24 horas, podendo ser fatal. Remédios para baixar a febre não devem ser usados sem conhecimento médico. 
Além disso, o transplante de medula óssea também é uma forma de tratamento, indicada para alguns casos graves e 
selecionados pelo médico, podendo vir a curar a doença, entretanto apresenta alguns riscos, como uso de 
medicamentos que reduzem a imunidade. 
 
Leucemia - é um tipo de câncer que afeta as células brancas do sangue, também conhecidas como leucócitos, 
que são as células de defesa do organismo. Essa doença começa na medula óssea, que a parte mais interna dos 
ossos, popularmente conhecida como 'tutano do osso' e se espalha pelo corpo através do sangue, impedindo ou 
atrapalhando a produção de glóbulos vermelhos, plaquetas e glóbulos brancos, e por causa disso surge a anemia, 
infecções e hemorragias. Doença grave que precisa de tratamento, que pode ser feito com quimioterapia, radioterapia 
ou transplante de medula óssea, por exemplo. A escolha do tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia que a 
pessoa possui e a sua gravidade, o que também determina se a pessoa pode ficar completamente curada ou não. 
Tipos de Leucemia: Existem 2 principais tipos de leucemia, linfoide e mieloide, que podem ser classificados como 
sendo Aguda ou Crônica, mas ainda existem outros 4 subtipos, conforme abaixo. 
Leucemia Mieloide Aguda: Desenvolve-se rapidamente e pode afetar igualmente adultos ou crianças. O 
tratamento pode ser feito através de quimioterapia e/ou transplante de medula óssea e tem 80% de chance de cura. 
Leucemia Mieloide Crônica: Desenvolve-selentamente sendo mais frequente nos adultos. O tratamento pode 
ser feito com o uso de medicamentos específicos por toda vida. 
Leucemia Linfoide Aguda: Avança rapidamente e pode ocorrer em crianças ou adultos. O tratamento pode ser 
feito com radioterapia e quimioterapia, mas o transplante de medula óssea também é uma opção quando os tratamentos 
anteriores não conseguem curar a doença. 
Leucemia Linfoide Crônica: Desenvolve-se lentamente e afeta mais frequentemente os idosos. Nem sempre o 
tratamento é necessário. 
Leucemia linfocítica granular T ou NK: Este tipo de leucemia é de crescimento lento, mas um pequeno número 
pode ser mais agressivo e difícil de tratar. 
Leucemia Agressiva de células NK: Pode ser causada pelo vírus Epstein-Barr, afeta adolescentes e jovens 
adultos, sendo agressiva. O tratamento é feito com quimioterapia. 
Leucemia de células T do adulto: É causada pelo vírus (HTLV-1), um retrovírus semelhante ao HIV, sendo muito 
grave. O tratamento é pouco eficaz, mas é feito com quimioterapia e transplante de medula óssea. 
Leucemia de células pilosas: É um tipo de leucemia linfocítica crônica, que afeta as células que parecem ter 
pelos, afeta mais os homens, não sendo encontrada em crianças. 
O tipo de leucemia que a pessoa possui é determinado através de exames específicos, sendo fundamental para 
saber qual o tratamento mais indicado. Os primeiros sintomas da leucemia são a febre alta seguida de calafrios, suor 
noturno e emagrecimento sem causa aparente, depois podem surgir outros sintomas como: ínguas inflamadas no 
pescoço, axilas e logo atrás do osso do cotovelo, tecnicamente chamado fossa do cotovelo, que é uma das 
características da doença; aumento do baço que causa dor na região superior esquerda do abdômen; anemia que gera 
sintomas como cansaço, palidez e sonolência; baixa concentração de plaquetas no sangue; infecções, como candidíase 
oral, e no estomago (sapinho) ou pneumonia atípica; dor nos ossos e articulações; suor noturno; manchas roxas na 
pele; dor nos ossos e nas articulações; sangramento fácil do nariz, gengiva ou menstruação abundante sem causa 
aparente; dor de cabeça, náusea, vômito, visão dupla e desorientação ocorrem quando o sistema nervoso central é 
afetado. Estes sintomas são mais comuns na leucemia aguda, pois como a leucemia crônica evolui lentamente, ela 
pode ser assintomática sendo descoberta num exame de rotina como um hemograma completo, por exemplo. O 
diagnóstico é feito pelo médico hematologista ou oncologista após observar alguns sinais e sintomas e com os 
resultados de exames como hemograma, mielograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética e mais 
especificamente, a biópsia da medula óssea. Em alguns casos pode ser preciso fazer o exame do líquor, chamado 
punção lombar, para avaliar o líquido que reveste o sistema nervoso central. A leucemia pode ser tratada com as 
seguintes opções: quimioterapia, imunoterapia, radioterapia, transplante de medula óssea ou a associação de 
diferentes tratamentos, dependendo do tipo de leucemia que a pessoa possui, e da fase em que a doença se encontra. 
No caso da leucemia aguda o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para combater os sintomas e evitar que 
a doença se agrave. Muitos casos podem ser completamente curados, com os tratamentos indicados pelo médico. No 
caso da leucemia crônica, a doença pode não apresentar sintomas, mas dificilmente pode ser curada, embora a pessoa 
possa fazer um tratamento de 'manutenção' para evitar a manifestação de sintomas ao longo da vida e para manter 
esse tipo de câncer controlado. 
 
Linfoma de Hodgkin – é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos 
(linfonodos ou gânglios) e tecidos que reproduzem as células responsáveis pela imunidade e vasos que conduzem 
essas células através do corpo. Tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos 
para outro grupo, por meio de vasos linfáticos. A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais 
frequentemente um do tipo B, se transforma em célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e 
disseminar-se. A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, copias idênticas, também chamadas de clones. 
Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem 
atingir outras partes do corpo. A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax, 
denominada mediastino. 
 
 
 
Linfoma não Hodgkin – o linfoma tem a característica de se espalhar de forma não ordena, de um grupo de 
linfonodos para outro, por meio dos vasos linfáticos. Os sinais e sintomas são: inchaço indolor dos gânglios linfáticos 
da virilha, axilas e pescoço; suores noturnos intensos, com ou sem febre; febre; erupção cutânea avermelhada, 
disseminada pelo corpo; náusea e vômitos; perda de peso inexplicável; cansaço; coceira; tosse ou dificuldade para 
respirar; dor de cabeça e dificuldade de concentração; dor no pescoço, nos braços ou no abdômen; fraqueza nos braços 
e/ou nas pernas; confusão mental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO!!! 
 
Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de reprodução, distribuição ou 
comercialização do conteúdo. A violação de direitos sobre este documento é crime (art. 184 do código penal 
brasileiro, com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa).ISOLAMENTO REVERSO - É usado para impedir que o paciente seja infectado por outros. O isolamento reverso 
é necessário quando o sistema imunológico do paciente não está funcionando bem, como depois de um transplante 
de medula óssea ou após ter recebido quimioterapia. 
* MÁCARA – Colocá-la antes de entrar no quarto, respirador de alta eficiência (n95; pff2 ou equivalente); garantir o 
correto ajuste da máscara ao rosto. 
* AVENTAL – Uso de avental individual para cada paciente; não é necessário avental descartável. 
* LUVAS – Descartáveis, para serem usadas em caso de risco de respingos ou contato com secreções. 
* QUARTO - é colocada em um quarto sozinha; o ar na sala pode ser filtrado; os visitantes são geralmente limitados 
aos membros mais próximos da família; crianças pequenas e pessoas com um sistema imunológico debilitado não 
devem visitar alguém com uma infecção contagiosa; pessoas com uma infecção contagiosa (mesmo se for um resfriado 
comum) não devem visitar pessoas no hospital, especialmente alguém em isolamento reverso; qualquer pessoa que 
entrar no quarto deve utilizar o equipamento de proteção descrito acima. 
 
 SINAIS VITAIS 
São medidas corporais básicas, essenciais para que nosso corpo funcione bem. Essas medidas devem ser 
aferidas e acompanhadas por profissionais. É comum que se meça esses sinais sempre que o indivíduo 
fizer consultas e desejar saber como vai a saúde, ou quando procura algum serviço de emergência por não estar se 
sentindo bem. 
Os sinais vitais compreendem a temperatura, a frequência respiratória, a frequência cardíaca e a pressão arterial. 
Os profissionais adequados para examiná-lo são os profissionais da área da saúde e na falta deles, é possível tentar 
medir em casa, mas em casos de qualquer dúvida ou alteração, busque auxílio médico imediatamente. 
 
TEMPERATURA - Medida por meio de um termômetro, a temperatura demonstra o resultado entre ganho e perda 
de calor do corpo para o ambiente. O valor de referência é de 36,5ºC (graus Celsius), para qualquer idade. No entanto, 
existe uma variação aceitável, que fica entre 36,1ºC e 37,2ºC. Valores abaixo de 35,1ºC caracterizam a hipotermia, 
enquanto aqueles acima de 37,8ºC correspondem à febre. 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA - A taxa de frequência respiratória (FR) revela a quantidade de respirações 
completas em um minuto. Ela fica entre 12 e 20 mrm (movimentos respiratórios por minuto) num adulto saudável e com 
menos de 40 anos. Da mesma forma que a frequência cardíaca, a respiratória tende a sofrer variações conforme a 
idade. 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA - Também conhecida como pulsação, a frequência cardíaca descreve o número de 
batimentos por minuto realizados pelo coração. Como bomba natural, o músculo cardíaco precisa bater num ritmo 
regular e suficiente para impulsionar o sangue pelas artérias. Depois, o líquido leva oxigênio e nutrientes para todas as 
células do organismo. Num adulto jovem, o pulso ideal fica entre 50 e 100 bpm (batidas por minuto). Atletas e idosos 
costumam ter a pulsação mais baixa, chegando a 40 bpm sem que haja comprometimento ao bem-estar. Antes de um 
ano, os bebês registram até 160 bpm, sem qualquer problema para a saúde. 
 
PRESSÃO ARTERIAL - Quando o coração bombeia o sangue pelas artérias, o líquido faz força contra as paredes 
desses vasos sanguíneos. Esse é o conceito por trás da pressão arterial, medida sempre em duas partes: sistólica e 
diastólica. O valor sistólico corresponde à tensão no momento em que o órgão se contrai e, portanto, é superior ao 
diastólico. O valor diastólico, é mais baixo, pois se refere ao instante de relaxamento do músculo cardíaco. Idealmente, 
os valores de pressão num paciente adulto ficam entre 120/80 mmHg (o famoso 12 por 8). 
 
DOR - A finalidade de mensurar e registrar a dor, ao mesmo tempo, em que outros sinais vitais como, pressão 
arterial, pulso, respiração e temperatura, estão sendo medidos e registrados. 
 
SATURAÇÃO - é considerada um sinal vital, assim como a pressão arterial, pulso e temperatura. Nas doenças 
respiratórias, a redução da saturação de oxigênio é um sinal de gravidade. A oximetria é uma medida não invasiva 
da oxigenação. O oxímetro de pulso é um aparelho que mede indiretamente a quantidade de oxigênio no sangue. 
 
https://www.centraldeconsultas.med.br/consultas-medicas/
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 DIABETES MELITTUS 
 
É uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio que regula a glicose no 
sangue e garante energia para o organismo. O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem 
levar a complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes 
pode levar à morte. 
 
TIPOS MAIS COMUNS DE DIABETES 
DIABETES TIPO 1 – aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos 
também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para 
acompanhar a glicose no sangue. 
* SINTOMAS 
 
❖ Fome frequente; 
❖ Sede constante; 
❖ Vontade de urinar diversas vezes ao dia; 
❖ Perda de peso; 
❖ Fraqueza; 
❖ Fadiga; 
❖ Mudanças de humor; 
❖ Náusea e vômito. 
O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose no 
sangue. A causa ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com práticas de vida saudáveis 
(alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e outras drogas). 
 
DIABETES TIPO 2 – ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. 
* SINTOMAS 
❖ Fome frequente; 
❖ Sede constante; 
❖ Formigamento nos pés e mãos; 
❖ Vontade de urinar diversas vezes; 
❖ Visão embaçada. 
❖ Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e 
infecções de pele; 
❖ Feridas que demoram para cicatrizar; 
O tratamento atual visa manter o controle glicêmico adequado, seja com dieta hipocalórica, aumento da prática de 
exercícios físicos ou uso de medicações. A causa está diretamente relacionada 
ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Dessa forma, é 
essencial manter acompanhamento médico para tratamento, dessa e outras doenças, que podem aparecer junto com 
o diabetes. 
 
DIABETES GESTACIONAL – É uma doença metabólica caracterizada pela intolerância à glicose que se inicia durante 
a gestação E deve-se ao aumento da resistência insulínica causada pelos hormônios gestacionais. Essa 
resistência pode gerar hiperglicemia, aumento do açúcar no sangue, as necessidades nutricionais e metabólicas do 
feto são supridas pela placenta. As alterações no metabolismo materno que impactem nas necessidades do 
feto precisam ser diagnosticadas o quanto antes para evitar riscos para a mãe e para o bebê. Alguns hormônios 
produzidos pela placenta diminuem a efetividade da insulina em reduzir a glicose do sangue, visando aumentar a oferta 
de nutrientes para o feto. Por isso as gestantes precisam produzir mais insulina que o habitual para controlar seus 
níveis de açúcar no sangue. Algumas mulheres, por fatores individuais, podem não conseguir atingir o equilíbrio entre 
a necessidade de insulina e seus níveis de glicemia, podendo se tornar diabéticas durante a gestação. 
Existem alguns fatores de risco que predispõem o desenvolvimento de diabetes gestacional. Os principais são: 
• Sobrepeso/obesidade antes da gestação; 
• Elevação do peso durante a gestação além do considerado normal; 
• Síndrome dos ovários policísticos (SOP); 
• Uso de medicamentos hiperglicemiantes; 
• Hipertensão arterial sistêmica; 
• Hipertrigliceridemia; 
• Acidentes obstétricos, como perdas gestacionais prévias, história de Diabetesgestacional prévio, recém- 
nascido anterior com peso ≥ 4.000 g. 
* SINTOMAS 
Quando há sintomas, os mais comuns são: 
❖ Cansaço excessivo; 
❖ Ganho excessivo de peso na gestante ou 
no bebê; 
❖ Aumento do apetite; 
❖ Vontade frequente de urinar; 
❖ Boca seca; 
❖ Visão turva; 
❖ Muita sede; 
❖ Náuseas. 
 
Para a mãe, os riscos incluem chance aumentada para pré-eclâmpsia, parto prematuro, diabetes no futuro e risco 
de aborto. Para o bebê, devido à exposição dos níveis elevados de glicemia e insulina, pode ocorrer de ganhar peso 
excessivamente e também leva ao crescimento desproporcional de alguns órgãos. 
O tratamento é feito principalmente com dieta balanceada, atividade física regular e medicamentos, como o uso 
de insulina subcutânea. As principais formas de prevenção a diabetes gestacional é mantendo uma alimentação rica 
em variedades e nutrientes, fazer exercícios físicos regularmente e controlar o ganho de peso durante a gravidez. 
https://salomaozoppi.com.br/ninar/mitos_e_verdades/gestacao_e_maternidade
DIABETES LATENTE AUTOIMUNE DO ADULTO (LADA) - atinge basicamente os adultos e representa um 
agravamento do diabetes tipo 2. Caracteriza-se, basicamente, no desenvolvimento de um processo autoimune do 
organismo, que começa a atacar as células do pâncreas. 
PRÉ-DIABETES - é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não 
estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes Tipo 1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que 
normalmente aparece em obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios. Esse alerta do corpo é 
importante por ser a única etapa do diabetes que ainda pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o 
aparecimento de complicações, incluindo o infarto. No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré- 
diabetes, mesmo com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença. A mudança de hábito alimentar e a 
prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle. 
PREVENÇÃO - A melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de hábitos saudáveis 
• Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas. 
• Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras. 
• Parar de fumar. 
• Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os dias). 
• Manter o peso controlado. 
 
INSULINA - É um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas de glicose (açúcar) transformando-a em 
energia para manutenção das células do nosso organismo. É produzida pelo pâncreas e funciona como uma “chave”, 
abrindo a células do corpo para que a glicose, proveniente do açúcar, entre e seja usada para gerar energia, também 
controla os níveis de glicose no sangue, que em excesso pode ser prejudicial, e está envolvida no armazenamento de 
gordura. Existem diversos tipos de insulina, que variam de acordo com o tempo de ação no organismo. Para escolher 
a mais adequada, o médico irá analisar como o pâncreas da pessoa controla a glicose. A escolhida será aquela que 
tem ação mais parecida com a do órgão. 
 
PRINCIPAIS TIPOS DE INSULINA 
* Insulina de ação ultrarrápida - O efeito acontece poucos minutos após a aplicação. O pico ocorre 30 a 60 
minutos depois e sua ação dura de três a cinco horas. Deve ser injetada imediatamente antes das refeições ou logo 
após, dependendo do tipo do medicamento. Este tipo de insulina tem a aparência límpida e, como sua duração é mais 
curta, deixa a corrente sanguínea rapidamente, minimizando o risco de hipoglicemia (baixa concentração de glicose no 
sangue) nos períodos de jejum, entre as refeições. 
* Insulina de ação rápida - A ação tem início por volta de 30 minutos após a aplicação, enquanto o pico ocorre 
de duas a três horas depois. Sua duração é de três a seis horas. Deve ser injetada de 30 a 45 minutos após as refeições 
e, assim como a insulina de ação ultrarrápida, tem aparência límpida. 
* Insulina de ação intermediária - A insulina de ação intermediária leva de duas a quatro horas para começar a 
agir. O pico ocorre de quatro a 12 horas depois da aplicação e o tempo de duração é 12 a 18 horas. Geralmente, deve 
ser aplicada uma vez ao dia, antes de dormir. Tem aspecto turvo. 
* Insulina de ação lenta - O início da ação começa uma hora após a aplicação, mas o pico ocorre apenas de seis 
a 12 horas depois. Geralmente, a ação se prolonga o dia todo. Costuma ser aplicada uma vez ao dia, também antes 
de dormir, e tem aparência límpida. 
COMO TOMAR INSULINA - Deve ser aplicada diariamente pelos diabéticos, é preciso aprender a fazer isso por 
conta própria. Dependendo das características específicas da doença e do funcionamento do pâncreas, o médico irá 
recomendar o tipo de insulina, quando e como aplicá-la. A insulina não pode ser consumida por via oral, em pílulas ou 
cápsulas, pois os sucos digestivos presentes no estômago interferem na sua eficácia. Assim, há duas formas de utilizá- 
las: em frascos e canetas. 
Frascos - Deve ser aplicada no corpo com uma seringa ou agulha, geralmente na barriga. Se não for possível 
aplicar na região do abdômen, deve-se usar os braços, coxas ou nádegas. 
Canetas - Funcionam de forma similar. Basta inseri-las no corpo e girar um botão para aplicar a quantidade 
adequada, que é exibida no visor. 
Existem, também, as bombas de insulina, aparelhos eletrônicos ligados ao corpo por um cateter na região do 
abdômen, braço ou coxa. Ela deve ser substituída a cada dois ou três dias. 
 SISTEMA DIGESTÓRIO 
Apresenta órgãos especializados na quebra dos alimentos em partículas menores e no aproveitamento dos 
nutrientes neles presentes. Esse sistema é também responsável por eliminar o material que não foi digerido. É formado 
por uma espécie de canal alimentar, o qual se comunica com várias glândulas acessórias que liberam dentro dele 
substâncias essenciais para o processo de digestão. 
O sistema digestório humano é formado pelo trato gastrointestinal, que é composto pela 
* Boca - O processo de digestão inicia-se na boca. Nessa cavidade o alimento sofrerá a ação dos dentes, que 
atuam garantindo que os alimentos sejam cortados, triturados e amassados. Essa etapa da digestão é chamada 
de digestão mecânica, por não envolver substâncias químicas que atuam no alimento, dessa forma o alimento só se 
tornará menor, garantindo uma melhor ação das enzimas e também auxiliando na deglutição. 
Na boca também atuam as glândulas salivares, que são uma das glândulas acessórias desse importante 
sistema. Essas glândulas são responsáveis pela secreção da saliva, a qual atua na digestão química. 
Na saliva é encontrada a amilase salivar ou ptialina, uma enzima que atua quebrando carboidratos. O alimento, 
triturado e misturado à saliva, forma um aglomerado chamado bolo alimentar. 
A língua também é uma estrutura importante presente na boca, sendo ela a responsável por ajudar o alimento a 
misturar-se com a saliva e também a mover o bolo alimentar para o fundo da cavidade oral para que seja deglutido. 
Após sair da cavidade oral, o alimento segue para a faringe. 
* Faringe - é uma estrutura comum entre os sistemas digestório e respiratório, sendo uma área de transição. Esse 
órgão abre-se na traqueia e também no esôfago por onde o alimento segue seu percurso. 
* Esôfago - é um órgão muscular que garante que o bolo alimentar seja levado, por meio de contrações da 
musculatura lisa, até o estômago. O esôfago apresenta cerca de 25 centímetros de comprimento, e o bolo alimentar 
leva cerca de 5 a 10 segundos para passar por todo o órgão até chegar ao estômago. 
* Estômago - é um órgão que se caracteriza por ser uma porção dilatada do trato digestivo e está localizado 
inferiormente ao diagrama. Pode ser dividido em: cárdia (localizada na transição entre esôfago e estômago); fundo (é 
a porção superior em forma de cúpula); corpo (é a porção central que ocupa maior parte do estômago) e porção pilórica 
(é uma área estreitada na região terminal). Observa-sea liberação de uma substância denominada suco gástrico que 
apresenta dois componentes principais: o ácido clorídrico (ajuda a desdobrar as proteínas do alimento, facilitando a 
ação das enzimas) e a pepsina (atua quebrando as proteínas em polipeptídios menores. Vale salientar que a pepsina 
funciona melhor em ambientes ácidos, diferentemente da maioria das enzimas. 
O bolo alimentar misturado ao suco gástrico passa a ser chamado de quimo. No estômago o alimento permanece 
por cerca de 2 a 6 horas. 
* Intestino delgado - é um compartimento longo que pode apresentar mais de seis metros de comprimento. É nele 
que a maior parte do processo de digestão acontece, é dividido em três porções: duodeno (primeira porção do intestino 
delgado, apresenta cerca de 25 cm e é onde ocorre a junção do quimo às secreções provenientes do pâncreas, fígado 
e do próprio intestino delgado), jejuno e íleo. 
Essas secreções são: Suco pancreático: O pâncreas é uma glândula anexa e é responsável pela produção de uma 
solução alcalina rica em bicarbonato e também em enzimas, tais como a tripsina e a quimiotripsina, que atuam nas 
proteínas; as nucleases pancreáticas, que atuam nos ácidos nucleicos; e a lipase pancreática, que atua nos lipídios; 
Bile: A bile é uma secreção produzida pelo fígado e, diferentemente das outras secreções que são liberadas no sistema 
digestório, caracteriza-se por não apresentar enzimas. Essa secreção apresenta sais que atuam como emulsificantes, 
ou seja, funcionam como detergentes. A bile, apesar de produzida no fígado, é armazenada na vesícula biliar; Suco 
intestinal ou entérico: O revestimento do intestino delgado também é responsável por secretar substâncias. Dentre 
as enzimas encontradas no suco intestinal ou entérico, destacam-se a maltase, que atua na maltose, a sacarase, que 
atua na sacarose, e a lactase, que atua na lactose. 
No duodeno ocorre a maior parte da digestão, estando as outras partes do intestino delgado relacionadas, 
principalmente, com a absorção de nutrientes, após esse processo o bolo alimentar segue para o jejuno, que apresenta 
cerca de 2,5 metros de comprimento e segue para o íleo, que possui cerca de 3,5 metros. 
* Intestino grosso - é a porção final do sistema digestório, formado pelo ceco, cólon ascendente, cólon transverso, 
cólon descendente, cólon sigmoide e reto. Esse intestino, quando comparado ao intestino delgado, apresenta-se muito 
menor possuindo apenas cerca de 1,5 metro. 
O intestino grosso apresenta importantes funções no processo digestivo, sendo responsável pela formação da 
massa fecal e reabsorção de água, processo esse que se iniciou no intestino delgado, sendo, portanto, o local onde as 
fezes são formadas. O reto termina em um estreito canal anal, que se abre no ânus. É pelo ânus que as fezes são 
eliminadas para o meio externo. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/dentes.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/saliva.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/faringe.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/esofago.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/intestino-delgado.htm
DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Diarreia: É o aumento do número de evacuações por dia e perda da consistência das fezes, tornando-se líquidas. 
Normalmente decorre de infecções virais como a gastroenterite ou vírus intestinal. Também pode ser resultado de uma 
reação adversa ao uso de determinados medicamentos, intolerância à determinados alimentos ou até mesmo 
intoxicação alimentar. Quando não controlada, pode levar o paciente a um quadro de desnutrição. 
Prisão de Ventre: Ao contrário da diarreia, a prisão de ventre é caracterizada pela presença de fezes endurecidas, 
dificuldade de evacuação e um período mais prolongado de constipação. Alguns hábitos alimentares são determinantes 
na causa desse distúrbio: baixo consumo de fibras e líquidos por exemplo, podem causar episódios de prisão do ventre. 
Situações como estresse, sedentarismo, fumo, e abuso do álcool também podem ocasionar esse desconforto. 
Especialmente em mulheres, picos hormonais e gravidez podem agravar o problema. Dor ao evacuar, inchaço do 
abdômen e alterações no humor são as principais consequências da prisão de ventre. 
Infecções Intestinais: Normalmente ocorrem quando o indivíduo ingere alimentos estragados, mal higienizados 
ou contaminados por bactérias como a Salmonela ou a E. Coli. As alterações no trato intestinal causadas por esse tipo 
de infecção resultam em dor abdominal, febre, desidratação, diarreia e mal-estar. A gravidade do quadro depende de 
diversos fatores, embora em alguns casos uma simples hidratação seja suficiente, é sempre necessário procurar um 
médico, pois infecções intestinais podem causar a morte em casos extremos. 
Faringite: A infecção por vírus ou bactérias na faringe pode causar várias alterações nessa região – garganta 
seca, dificuldade para engolir, rouquidão e incômodo nos músculos da região do pescoço. 
Gastrite: é a inflamação da mucosa gástrica. Pode ser classificada em aguda (processo que varia por horas ou 
alguns dias. Está relacionada com imprudência dietética, alimentos extremamente temperados, ingestão de alimentos 
contaminados com microrganismos, uso excessivo de AINES “agente antiinflamatórios não esteroide”, aumento de 
ingestão alcoólica, refluxo, entre outros. Suas causas: estresse, erro alimentar, fumo, drogas, álcool, medicamentos. 
Sinais e sintomas: náuseas, vômitos, anorexia, pirose, eructação, desconforto abdominal, cefaleia, mucosa gástrica 
hiperemiada. O tratamento: correção de hábitos alimentares, dieta fracionada, medicamentos, medidas de diminuição 
do estresse) ou crônica (inflamação prolongada do estômago que pode estar relacionada com a Helicobacter pylori 
(H. pylori). Resulta de exposições repetidas a agentes irritantes ou episódios repetidos de gastrites agudas, ulceras 
benignas ou malignas. Suas causas: uremia; úlceras; cirrose hepática; presença de microrganismo H. pylori. Sinais e 
sintomas: anorexia; pirose; náuseas; vômitos matinais. O tratamento: controle de acidez estomacal; redução de 
estresse; orientação nutricional; medicamento). 
Apendicite: A inflamação do apêndice ocorre quando existe o inchaço do órgão ocasionado por fezes, tumores 
ou infecções virais. O seu rompimento causa dores extremas e pode levar a morte caso o órgão não seja removido 
rapidamente. Náuseas, calafrios, febre, dor na parte inferior direita do abdômen e vômitos são alguns sinais de 
inflamação do apêndice. A perda do apetite e constipação também são de alerta para essa doença. 
Pancreatite: A inflação do pâncreas, pode causar perda de peso, náuseas, sudorese, pele amarelada, fria e 
úmida. A dor abdominal e fezes gordurosas podem ser observadas, indicando o mau funcionamento dessa glândula. A 
inflamação pode variar entre aguda, crônica, pela presença de um pseudocisto pancreático (acúmulo de líquidos que 
se assemelha a um cisto) ou um abscesso pancreático. 
Câncer: Uma das maiores causas de morte, especialmente entre os homens, o câncer de estomago e câncer de 
cólon se caracterizam pela formação de tumores que acometem o sistema gastrointestinal. Apesar de estarem entre 
os cânceres com mais incidência no mundo, o diagnóstico precoce e tratamento adequado elevam as chances de cura. 
O grande perigo dessa doença é que seu estágio inicial é assintomático, podendo ser facilmente confundido com outras 
doenças do trato digestivo. Sintomas comuns a outras enfermidades como diarreia ou constipações, sangramentos, 
fezes escuras e pastosas, região anal dolorida, cólicas, gases, fraqueza e fadiga são sintomas conhecidos. Essa é a 
razão pela qual nenhum dos sintomas relacionados às doenças gastrointestinais devem ser ignoradas, ainda mais 
quando são frequentes. 
Úlceras - É um defeito escavado da mucosa gastrointestinal que se entende através da mucosa do estômago 
decorrente da ação de secreção ácido-péptica. Há três tipos de úlcera: a gástrica (gástrica ocorre dentro do estômago), 
a esofágica (dentrodo esôfago) e a duodenal (na parte superior do intestino delgado). Todas elas podem causar 
sensação de inchaço após a ingestão de líquidos, fome e sensação de vazio no estômago, náusea ou vômito, além 
das dores no estômago, outros sintomas que podem aparecer, tais como fezes escuras ou com sangue, fadiga, dor no 
peito e perda de peso. 
Gastroenterocolite aguda - É uma inflamação no estômago e nos intestinos, que pode causar vômitos, diarreia, 
febre e cólicas abdominais. Ela é causada por vírus ou bactéria e, em geral, é mais grave em bebês e crianças 
pequenas, porque faz com que eles percam muito líquido, causando desidratação. Diarreia: aumento da frequência 
ou diminuição da consistência das fezes (>3 evacuações aquosas em 24 horas). Aguda =14 
dias, crônica >3 semanas. Disenteria: Diarreia associada com dor, presença de muco ou leucócitos nas fezes. 
Dentre as causas infecciosas os vírus são responsáveis por 60% dos casos, seguidos por bactérias que produzem 
toxinas como E. Coli enterotoxigênica, Bacillus cereus. Caracteriza-se por dores abdominais periumbilicais e 
evacuações decorre do grau de desidratação. Geralmente são autolimitadas; as complicações decocorrem do grau 
de desidratação. No caso de diarreias invasivas ocorre a lesão direta do microrganismo à mucosa intestinal, 
provocando exsudação de sangue muco, perda de proteínas. Os agentes m’ais frequentes são: Shigella sp., 
Salmonella spp., Campylobacter spp., Yersínia spp., E. colienteroinvasora. O tratamento dá-se através de hidratação 
via oral/parenteral; adequação alimentar; antibiótico, dependendo do agente causador; antidiarreico: não devem ser 
utilizados; inibidores do peristaltismo: não utilizar na presença de febre ou diarreias com sangue. 
 SISTEMA PORTA HEPÁTICO 
A designação de sistema porta hepático é atribuída à veia porta e suas tributárias. É o maior sistema porta do 
corpo e transporta o sangue dos órgãos abdominais para o fígado. 
O retorno venoso do intestino é feito por duas veias, a veia mesentérica superior que drena o intestino delgado, 
estômago e parte do cólon, e a mesentérica inferior que drena o intestino grosso. A mesentérica inferior reúne-se com 
a veia esplénica (veia que vem do baço) antes desta se anastomosar com a veia mesentérica superior para formar a 
veia porta. Esta veia, por sua vez, recebe a veia gástrica e a pré-pilórica pouco antes de atingir o hilo hepático. 
VEIA PRINCIPAL - A veia porta hepática é a veia porta no corpo humano que drena sangue do sistema 
digestivo e de suas glândulas associadas. É um dos principais componentes do sistema venoso porta hepático e é 
formada pela união da: veia esplênica com a veia mesentérica superior. Antes da veia mesentérica superior sofrer 
uma anastomose e formar a veia porta, a veia esplênica se junta à veia mesentérica inferior. Ao chegar perto do hilo 
hepático, a veia porta ainda recebe a veia gástrica esquerda e a veia pré pilórica, antes de entrar no fígado, a veia porta 
se bifurca em ramos direito e esquerdo. 
É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena sangue para o fígado, e não do fígado. O sangue que entra 
no fígado vindo da veia porta, depois de ser “limpo” pelo fígado, vai até a veia cava inferior através das veias hepáticas. 
A veia mesentérica superior geralmente não se liga diretamente à veia porta hepática, vindo a drenar na veia esplênica. 
A veia porta se ramifica em diversas veias que se abrem nos sinusoides hepáticos. O sangue é posteriormente 
reabsorvido para a veia hepática e entra na veia cava inferior. As tributárias da veia porta hepática incluem: 
• Veia gástrica esquerda e veia gástrica direita; 
• Veia mesentérica superior; 
• Veia esplênica; 
• Veias paraumbilicais. 
Recolhendo o retorno venoso de todo o baço, este sistema venoso permite que todas as substâncias absorvidas 
no trato digestivo passem primeiro pelo fígado onde são transformadas, antes de passarem à circulação sistémica pela 
veia hepática. Quase todo sangue vindo do sistema digestivo drena em uma circulação venosa especial 
chamada circulação porta, porque contém todos os nutrientes e toxinas que são absorvidos ao longo do trato digestivo 
da comida ingerida. Antes de essas substâncias irem para a circulação sistêmica (a principal circulação sanguínea do 
corpo), elas devem ser filtradas primeiro para remover ou desintoxicá-las antes. Essa filtragem e desintoxicação é uma 
das funções do fígado. 
 
 
 
FÍGADO - É um anexo do sistema digestório e é considerado um dos maiores órgãos do corpo humano. Esse 
órgão está localizado na região superior da cavidade abdominal, abaixo do diafragma e do lado direito, apresenta 
coloração marrom avermelhada e pesa, em média, 1,5 kg. Além disso, possui superfície lisa e quatro lobos: direto, 
esquerdo, caudado e quadrado. Cada lobo é formado por várias células conhecidas como hepatócitos. 
Está relacionado com funções importantes do nosso corpo, tais como a regulação do metabolismo de vários 
nutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios), síntese de proteínas e outras moléculas, degradação de hormônios, 
armazenamento de substâncias, como o glicogênio, e excreção de substâncias tóxicas. Além disso, está relacionado 
com a produção de hemácias no embrião, destrói essas células quando estão velhas, além de sintetizar alguns fatores 
de coagulação. 
Apesar das diversas funções do fígado, uma das principais e mais conhecidas é a formação e secreção da bile - 
uma substância formada principalmente por ácidos biliares, fosfolipídios, colesterol, sais inorgânicos e bilirrubina. Esta, 
por sua vez, é responsável por dar cor à bile e é resultado da destruição de hemácias. Por dia, o fígado produz cerca 
de 500 a 1000 ml de bile, que são armazenados na vesícula biliar. A produção dessa substância ocorre constantemente, 
entretanto, logo após as refeições, a secreção é aumentada. A bile apresenta basicamente duas funções primordiais: 
excreção de algumas substâncias e a emulsão das gorduras, que ajuda na digestão e absorção dos lipídios. Na bile 
são eliminadas, principalmente, toxinas, substâncias presentes em drogas e a bilirrubina. Esse processo é conhecido 
como detoxificação hepática. 
 
 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O FÍGADO 
 
HEPATITES – significa “inflamação” do fígado e é doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática 
(até formas fulminantes). As hepatites sintomáticas são caracterizadas por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, 
astenia, fadiga, artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito, aversão a alguns alimentos e cigarro. 
HEPATITE A - causada por um vírus RNA de fita simples positiva, que pertence à família Picornaviridae, 
denominado vírus da hepatite A (HAV), que se replica no fígado, é excretado na bile e eliminado nas fezes, resultando 
na transmissão pela via fecal-oral. O HAV interfere na função hepática, desencadeando uma resposta imune que leva 
à inflamação no fígado. O Tratamento dá-se pela vacina preventiva. 
HEPATITE B - uma doença infecciosa causada pelo vírus (HBV), também conhecido como vírus B da hepatite, 
que provoca alterações no fígado. Quando entra no organismo ataca as células do fígado e passa a se multiplicar, 
inflamando assim o órgão. Este tipo de vírus, geralmente, é encontrado no sangue e nas secreções. E a forma de 
transmissão mais comum é pelo ato sexual, o que coloca a doença na classificação de doenças sexualmente 
transmissíveis. O tratamento normalmente, é indicado muito repouso, dieta, hidratação e corte de bebidas alcoólicas. 
Em alguns casos, são receitados medicamentos para aliviar sintomas como febre, dor de cabeça, enjoo e vômito. 
HEPATITE C - é uma doença de saúde pública. Considerada uma epidemia mundial, estima-se que 180 milhões 
de pessoas no mundo têm o vírus, que é chamado de HCV. A doença é silenciosa e acontece dentro de um processo 
infeccioso e inflamatório no fígado, é um tipo de RNA vírus, e pode se manifestar de forma aguda ou crônica. Nas 
formas transmissõesestão associadas às seguintes situações: contato sexual (sem o uso de preservativos); perinatal 
(mãe para o filho, durante a gestação e parto); falta ou falha de esterilização de equipamentos de manicure e pedicure 
(por exemplo, o alicate); falha na esterilização de equipamentos médicos e odontológicos; procedimentos invasivos 
sem as devidas precauções com esterilização e a segurança do paciente (por exemplo, hemodiálise, cirurgias, 
transfusão); relações sexuais sem o uso de preservativos (embora seja menos comum). O tratamento é com repouso, 
dieta pobre em gordura e rica em carboidratos e de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais agradável para 
o paciente anorético. 
HEPATITE D - causada pelo vírus D da hepatite, o HDV. A hepatite D tem relação com o vírus B da hepatite (HBV) 
e causa infecção e inflamação das células do fígado. A contaminação pelo HDV é dada de duas formas: pela infecção 
simultânea ao HBV e pela infecção de alguém com hepatite B crônica. A hepatite D pode ser crônica e esta é a forma 
mais grave da hepatite viral, porque progride rapidamente para a cirrose, aumentando os riscos de carcinoma 
hepatocelular (câncer que começa nas células hepáticas e é o câncer hepático primário mais comum) e morte. 
As causas estão relacionadas a um vírus de RNA defeituoso (agente delta), mas este vírus só tem a capacidade de se 
replicar na presença do vírus HBV. O sintoma é a progressão para a cirrose, mas pode apresentar uma grave 
coinfecção com o HBV e uma agudização dos portadores crônicos do HBV, além de dores abdominais, náuseas e 
fadiga. Não tem cura, mas o tratamento é pensado para diminuir o dano hepático. 
HEPATITE E - é uma infecção causada pelo vírus E da hepatite (HEV), causa hepatite aguda de curta duração e 
autolimitada. Na maioria dos casos, é uma doença de caráter benigno. Porém, a hepatite E pode ser grave na gestante 
e, raramente, causar infecções crônicas em pessoas que tenham algum tipo de imunodeficiência. A transmissão fecal - 
oral favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento, nos quais a contaminação dos reservatórios 
de água mantém a cadeia de transmissão da doença principalmente, pela via fecal-oral e pelo consumo de água 
contaminada, em locais com infraestrutura sanitária deficiente. Outras formas de transmissão incluem: ingestão de 
carne malcozida ou produtos derivados de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos 
sanguíneos infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida para seu bebê. Os sinais e sintomas, quando 
presentes, incluem inicialmente fadiga, mal-estar, febre e dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser 
seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos 
amarelados (icterícia). A hepatite E fulminante, ocorre com mais frequência durante a gravidez. As mulheres grávidas 
com hepatite E, particularmente aquelas no segundo ou terceiro trimestre de gestação, apresentam maior risco de 
insuficiência hepática aguda, perda fetal e mortalidade. Até 20% a 25% das mulheres grávidas podem morrer se tiverem 
hepatite E no terceiro trimestre. O tratamento é solucionado pelo próprio organismo, sendo necessário apenas repouso, 
boa alimentação e hidratação. 
ICTERÍCIA – geralmente inicia-se quando a febre desaparece e pode ser precedida por colúria e hipocolia fecal. 
A Hepatomegalia (acontece quando o fígado aumenta de tamanho e fica maior do que o normal) ou 
Hepatoesplenomegalia (como aumento do fígado e baço além de seu tamanho normal), também podem estar 
presentes. 
CIRROSE HEPÁTICA - é a inflamação crônica do fígado caracterizada pela formação de nódulos e tecido 
fibrótico, que dificultam o trabalho do fígado. É considerada uma fase avançada de outros problemas no fígado, como 
hepatite ou esteatose, já que é necessário que existam lesões frequentes para o aparecimento da cirrose. A cirrose 
hepática não tem cura e, por isso, o tratamento normalmente é feito com alterações na dieta, assim como o uso de 
medicamentos para controlar alguns dos sintomas. Nos casos mais graves, pode ser necessária cirurgia para 
transplante de fígado. Principais sintomas - na fase inicial, a cirrose normalmente não causa sintomas, no entanto, 
conforme as lesões no fígado vão aumentando podem surgir sintomas como: 
• Fraqueza e cansaço excessivo; 
• Mal-estar geral; 
• Náuseas frequentes; 
• Perda do apetite; 
• Manchas vermelhas na pele, com pequenos 
vasinhos; 
• Perda de peso. 
 
Em casos mais avançados de cirrose, é comum observar sinais como: 
• Pele e olhos amarelados; 
• Barriga inchada; 
• Urina muito escura; 
• Fezes esbranquiçadas; 
• Coceira por todo o corpo. 
 
Ao identificar algum sintoma que possa ser indicativo de um problema no fígado é muito importante consultar 
um hepatologista ou um clínico geral, pois quanto mais cedo for feito o diagnóstico, mais fácil será o tratamento. 
 
VESICULA BILIAR - A vesícula biliar é um órgão em forma de saco, parecida com uma pera, localizada abaixo 
do lobo direito do fígado. Sua função é armazenar a bile, líquido produzido pelo fígado que atua na digestão de gorduras 
no intestino. A bile é formada pela mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, responsável pela imensa 
maioria da formação de cálculos (pedras), que podem impedir o fluxo da bile para o intestino e causar uma inflamação 
chamada colecistite. Alguns casos de pedra na vesícula podem não ter sintomas, mas outros provocam dor intensa do 
lado direito superior do abdômen que se irradia para a parte de cima da caixa torácica ou para as costelas. A dor 
normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e diminui depois. Pode vir ou não 
acompanhada de febre, náuseas e vômitos. O tratamento, tanto para quem apresenta sintomas quanto para quem não 
apresenta, é a remoção cirúrgica da vesícula biliar (Colecistectomia). O sintoma mais característico de colecistite é a 
dor abdominal, no entanto, outros sintomas podem variar de acordo com o tipo de colecistite que inclui: 
Colecistite aguda - Na maior parte dos casos, os sintomas da colecistite aguda incluem: 
• Dor tipo cólica na parte superior direita do abdome, que dura mais de 6 horas. Esta dor pode também começar 
acima do umbigo e só depois se deslocar para a parte superior direita; 
• Dor abdominal que irradia para o ombro direito ou para as costas; 
• Sensibilidade no abdômen durante a palpação no exame médico; 
• Náuseas e vômitos; 
• Perda do apetite; 
• Febre, abaixo de 39ºC; 
• Mal-estar generalizado; 
• Palpitações cardíacas; 
• Pele e olhos amarelados, em alguns casos. 
Esses sintomas costumam surgir cerca de 1 hora ou um pouco mais após a ingestão de alimentos gordurosos, já 
que a bile é utilizada pelo corpo para ajudar a digerir as gorduras e absorver nutrientes. Em pacientes acima dos 60 
anos ou mais debilitados, os sintomas podem ser diferentes, tais como confusão mental, febre e a pele mais fria e 
azulada. Nestes casos, deve-se ir rapidamente ao hospital. 
Colecistite crônica - É uma inflamação arrastada, de longa duração. É provocada por um processo semelhante 
ao da colecistite aguda, podendo também estar ou não associada à presença de pedra. 
Os sintomas normalmente aparecem após a ingestão de alimentos ricos em gorduras e ao final do dia, sendo 
semelhantes aos da colecistite aguda, mas mais leves: 
• Dor na parte superior direita do abdome, que irradia para o ombro direito ou para as costas; 
• Crises de dor mais intensa, que melhoram passadas algumas horas, cólica biliar; 
• Sensibilidade no abdômen durante a palpação no exame médico; 
• Náuseas, vômitos, perda de apetite, sensação de inchaço e aumento de gases; 
• Sensação de desconforto; 
• Pele e olhos amarelados, em alguns casos. 
Parece ser causada por pequenos episódios de inflamação da vesícula biliar, que acontecem várias vezes, ao 
longo do tempo. Como consequência dessas crises repetidas, a vesículapode sofrer alterações, se tornando menor e 
com paredes mais espessas. Além disso, podem surgir algumas complicações, como a calcificação das suas paredes, 
chamada de vesícula de porcelana, a formação de fístulas, uma pancreatite ou, até, o desenvolvimento de câncer. 
Colecistite litiásica ou calculosa - é a principal causa de colecistite e é mais frequente em mulheres de meia 
idade. Acontece quando uma pedra, também chamada de cálculo, causa a obstrução do ducto que faz o esvaziamento 
da bile. Assim, a bile se acumula na vesícula e a torna distendida e inflamada. 
Colecistite alitiásica - é mais rara e causa inflamação da vesícula sem presença de cálculos. Os sintomas são 
semelhantes aos da colecistite litiásica, mas o tratamento é mais difícil e com piores chances de cura, já que 
normalmente acontece em pessoas gravemente doentes. 
Esses tipos de colecistite podem produzir sintomas agudos ou crônicos, sendo mais frequentes na colecistite 
litiásica. 
A colecistite deve ser tratada o mais rápido possível, não se devendo esperar muito além de 6 horas após o 
aparecimento dos sintomas, para evitar complicações mais graves como rompimento da vesícula ou infecção 
generalizada. 
PÂNCREAS - é uma glândula localizada atrás do estômago, responsável pela produção de insulina e pela 
absorção de enzimas da digestão. 
O pâncreas é uma glândula de 15 a 25 cm de extensão localizada no abdômen, atrás do estômago e entre o duodeno e 
o baço, que integra os sistemas digestivo e endócrino. Anatomicamente, é dividido em três regiões: cabeça, corpo e 
cauda. 
Possui duas funções distintas: a função endócrina, responsável pela produção de insulina (hormônio que controla 
o nível de glicemia no sangue) e a função exócrina, responsável pela produção de enzimas envolvidas na digestão e 
absorção dos alimentos. 
Quando o pâncreas apresenta algum problema e há deficiência na produção de insulina, por exemplo, a glicose 
que deveria ser aproveitada pelo organismo é eliminada pelos rins, ocasionando diabetes. 
Algumas doenças que podem afetar o pâncreas são: fibrose cística, diabetes, pancreatite e câncer. 
DOENÇAS QUE ACOMETEM O PÂNCREAS 
 
FIBROSE CÍSTICA - é uma doença genética crônica que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o sistema 
digestivo. Os sintomas da fibrose cística e sua gravidade são diferentes para cada pessoa. Os sintomas estão baseados 
no tipo de defeito genético ou mutação que o gene tem. Há mais de mil tipos diferentes de mutação para esse gene. 
Via de regra, os sintomas estão ligados ao que a secreção mais espessa causa no organismo. Exemplo: quando a 
secreção fica acumulada nos pulmões, pode gerar tosse crônica, pneumonias de repetição, infecções, inflamações e, 
quando expectorada, nota-se um aspecto de “chiclete”, muito mais espessa que o normal. Os sintomas mais comuns 
são: pele/suor de sabor muito salgado; tosse persistente, muitas vezes com catarro; infecções pulmonares frequentes, 
como pneumonia e bronquite; chiados no peito ou falta de fôlego; baixo crescimento ou pouco ganho de peso, apesar 
de bom apetite; diarreia; surgimento de pólipos nasais; alongamento e arredondamento na ponta dos dedos. O 
tratamento deverá ter acompanhamento médico e especializado e varia de acordo com a gravidade da doença e com 
a forma como ela se manifesta. Porém, a maioria dos tratamentos é projetada para tratar problemas digestivos e para 
limpeza dos pulmões. É composto por: ingestão de enzimas digestivas para a alimentação; suporte nutricional; 
medicamentos broncodilatadores, antibióticos, anti-inflamatórios; fisioterapia respiratória; atividade física; 
acompanhamento multidisciplinar frequente. 
PANCREATITE – é uma inflamação no pâncreas, podendo ser aguda ou crônica. É um órgão que apresenta várias 
funções, entre elas, produção de insulina e substâncias necessárias para a digestão de alimentos. 
Pancreatite aguda - pode ser causada pela formação de pequenos cálculos biliares que obstruem a porção 
terminal do colédoco, duto que transporta a bile, interrompendo o fluxo das secreções pancreáticas. Essa obstrução 
provoca processo inflamatório intenso e aumento da glândula por causa do edema, ou seja, do acúmulo de líquido em 
https://drauziovarella.com.br/corpo-humano/rim/
http://drauziovarella.uol.com.br/letras/f/fibrose-cistica/
http://drauziovarella.uol.com.br/crianca-2/diabetes-2/
http://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/pancreatites-entrevista/
http://drauziovarella.uol.com.br/cancer/cancer-de-pancreas/
http://drauziovarella.uol.com.br/letras/f/fibrose-cistica/
http://drauziovarella.uol.com.br/entrevistas-2/pancreatites-entrevista/
seu interior. O álcool é causa frequente de pancreatites agudas. Os sintomas são: Dor abdominal intensa, quase sempre 
de início abrupto, na região superior do abdômen, que se irradia em faixa para as costas; Náuseas; Vômitos; Icterícia 
(amarelamento dos olhos e da pele). O tratamento é clínico, mas requer internação hospitalar, porque o doente deve 
ficar em jejum e receber hidratação por soro na veia. 
Pancreatite crônica - o álcool ingerido em grandes quantidades e por tempo prolongado determina alterações no 
parênquima pancreático, caracterizadas por fibrose e endurecimento, com consequente atrofia do pâncreas. O principal 
duto pancreático (canal de Wirsung), que mede menos de meio centímetro de diâmetro, fica muito dilatado por causa 
do depósito de cálculos formados principalmente por cálcio. Doentes com pancreatite crônica podem ter surtos de 
pancreatite aguda. Os sintomas são: Dor que aparece nas fases de agudização da doença e tem as mesmas 
características da pancreatite aguda; Diarreia; Diabetes, porque o pâncreas vai perdendo suas funções exócrinas e 
endócrinas. O tratamento também é clínico. Além do controle da dor, é preciso deixar o pâncreas em repouso, evitar 
alimentos gordurosos e adotar uma dieta à base de hidratos de carbono (como cereais, raízes, tubérculos e 
leguminosas). Analgésicos devem ser prescritos com cuidado. Sempre que possível, deve-se fugir do uso crônico de 
opioide, para afastar a possibilidade de eventual dependência da droga. Pacientes com diarreia que apresentam 
insuficiência exócrina (falha na produção de enzimas, o que impacta na qualidade da digestão e absorção de nutrientes) 
devem receber, por via oral, as enzimas pancreáticas (amilase, lípase etc.) que não produzem. Para quem tem diabetes, 
é fundamental o controle do metabolismo da glicose com dieta e, frequentemente, com a administração de 
medicamentos. 
CÂNCER DE PÂNCREAS - Os tumores de pâncreas mais comuns são do tipo adenocarcinoma (que se origina 
no tecido glandular), correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do 
órgão (a cabeça). As outras partes do pâncreas são corpo (centro) e cauda (lado esquerdo). Pelo fato de ser de difícil 
detecção, o câncer de pâncreas apresenta alta taxa de mortalidade, por conta do diagnóstico tardio e de seu 
comportamento agressivo. Os sintomas dependem da região onde está localizado o tumor. Os mais perceptíveis são 
perda de apetite e de peso, fraqueza, diarreia e tontura. O tumor que atinge a cabeça do pâncreas provoca icterícia, 
doença que deixa a pele e os olhos amarelados (causada pela obstrução biliar). Quando o tumor avança, um alerta 
comum é a dor na região das costas, no início, de baixa intensidade, podendo ficar mais forte. Outro sintoma é o 
aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, causado pela deficiência na produção de insulina, principal função do 
pâncreas. O Tratamento do câncer de pâncreas tem chances de cura se for descoberto na fase inicial. Nos casos onde 
a cirurgia é uma opção, o mais indicado é a ressecção (retirada do tumor). Há, ainda, os procedimentos de radioterapia 
e quimioterapia, associados ou não, que podem ser utilizados para redução do tamanho do tumor e alívio dos 
sintomas. Para pacientes com metástases (disseminação do câncer para outras partes do corpo) a alternativa, como 
paliativo (apenas paraalívio dos sintomas), é a colocação de endoprótese. Para prevenir o câncer de pâncreas, 
recomenda-se, não fumar, evitar a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, além de adotar dieta balanceada, rica em 
frutas e vegetais. 
CONSTIPAÇÃO – É o ressecamento das fezes no intestino grosso associada a movimentos lentos, erro alimentar 
e/ou pouca hidratação. As causas mais comuns são: efeito colateral de alguns medicamentos; alimentação inadequada; 
sedentarismo e inatividade; sintoma de outras doenças, como diabetes, Parkinson, hipotireoidismo, depressão, entre 
outras; outras doenças do aparelho digestivo, por exemplo, alterações nos músculos da pelve. Os sintomas são 
alteração na coloração das fezes; alteração na consistência das fezes; dificuldade de evacuar; dor em região abdominal 
baixa; dor em região anal. O tratamento é feito através da correção de hábitos regulares; horários regulares para dieta; 
exercício físico; hidratação adequada; medicamentos; apoio psicológico. Também pode ser utilizado óleo vegetal e 
dietas laxativas. 
ESCALA DE BRISTOL - é uma classificação das fezes humanas em sete categorias. O método de avaliação foi 
desenvolvido pelo Dr. Ken Heaton na Universidade de Bristol em 1997. Desde então, tem sido usado no mundo todo 
por profissionais da Saúde como indicativo da saúde intestinal. Considera-se sete tipos de fezes com base no formato 
e consistência. Sendo eles: 
Tipo 1 - Aparência: as fezes apresentam formato de bolinhas que costumam boiar no vaso sanitário. Indicação: sinal 
de constipação severa. 
Tipo 2 - Aparência: as fezes aparentam uma linguiça encaroçada com pequenas bolinhas aglomeradas. 
Indicação: sinal de constipação leve e de trânsito digestivo lento. 
Tipo 3 - Aparência: assim como no tipo 2, as fezes também apresentam formato de linguiça, mas com fissuras na 
superfície. Indicação: evacuação normal, sinal de ótimo trânsito intestinal. 
Tipo 4 - Aparência: mais uma vez, no tipo 4, as fezes se apresentam no formato de linguiça, mas com uma diferença: 
são suaves e macias. Indicação: evacuação normal, sinal de ótimo trânsito intestinal. 
Tipo 5 - Aparência: as fezes saem em pedaços, com bolhas suaves e bordas bem definidas. Indicação: tendência à 
diarreia. 
Tipo 6 - Aparência: as peças das fezes são fofas e as bordas se apresentam de forma irregular. Indicação: diarreia, 
sinal de trânsito intestinal desregulado. 
Tipo 7 - Aparência: as fezes são inteiramente aquosas, ou seja, não há partes sólidas. Indicação: diarreia, sinal de 
trânsito intestinal desregulado. 
O ser humano deve evacuar todos os dias, mas nem sempre é assim que acontece. Se a frequência for mais 
espaçada, a cada dois ou três dias, e as fezes estiverem dentro dos parâmetros da normalidade, está tudo bem. Mas 
no caso de o aspecto das fezes não representar os tipos 3 ou 4 da Escala de Bristol ou o número de evacuações na 
semana for menor, é preciso acender o sinal de alerta. 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diarreia/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/
http://drauziovarella.uol.com.br/cancer/cancer-de-pancreas/
 
DIARREIA - é um desarranjo do intestino com aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas. 
Causadas pelos germes causadores da diarreia, costumam chegar ao ser humano através da boca, podendo estar na 
água ou alimentos contaminados. A maioria das diarreias são causadas por vírus, bactérias ou parasitas. Os parasitas 
são comuns em locais com condições precárias de higiene sanitária. Complicações da diarreia: desidratação; diarreias 
de repetição, desnutrição crônica, retardo do desenvolvimento do peso e estatura; retardo do desenvolvimento 
intelectual e morte. O tratamento inicia-se na ingestão do soro caseiro, o mais breve possível; aumento da ingestão de 
líquidos como sopas, sucos; ingerir de 50 a 100 ml de líquido após cada evacuação diarreica; manter a alimentação 
habitual, principalmente o leite materno, corrigindo erros alimentares e seguindo as orientações médicas; observar os 
sinais de desidratação. O tratamento dá-se a adequação alimentar, hidratação e medicamentos se necessários. 
Existem variados tipos de diarreias, sendo eles: 
Diarreia comum - caracterizada por provocar apenas fezes soltas, comum em crianças. Podem estar associadas 
a uma combinação de estresse, remédios e alimentos. Por exemplo, excesso de gorduras, de cafeína, mudança do 
tipo de água ingerida ou mesmo ansiedade. 
Diarreia infecciosa – comum em crianças, provoca além dos sintomas da diarreia comum, febre, perda de energia 
e de apetite. Causada por virose e bactérias. Se não tratada da maneira correta, pode demorar até uma semana para 
os sintomas desaparecem. 
Amebíase – podem ocasionar desde leve dor de estômago e flatulência até febre, prisão de ventre, debilidade 
física e fezes com manchas de sangue. Causada por um protozoário que invade o sistema gastrointestinal transportado 
por água contaminada. 
Intolerância a lactose – algumas pessoas não conseguem digerir lactose, açúcar encontrado no leite e seus 
derivados por não produzir uma enzima chamada lactase. Entre seus sintomas, destacam-se tanto diarreia quanto 
prisão de ventre, desarranjos estomacais e gases. 
Giardíase – causada pela giárdia, um protozoário, cujos sintomas variam da simples dor estomacal a diarreia 
persistente ou à presença de fezes pastosas. Outros sintomas também podem aparecer como o desconforto abdominal, 
eructação (arroto), dor de cabeça e fadiga. A giárdia espalha-se no aparelho digestivo através da ingestão de água e 
alimentos contaminados. Também pode ser transmitida por relações sexuais ou por excrementos. 
OBSERVAÇÃO: CRIANÇAS E IDOSOS DESITRATAM MUITO DEPRESSA!!! 
PLANOS DE DESITRATAÇÃO NA PEDIATRIA - Para classificar a desidratação, considera-se a intensidade da 
perda de líquidos e eletrólitos. Essa pode ser leve (até 5% de perdas líquidas), moderada (até 10% de perdas de fluidos) 
ou grave (superior a 10% do peso corporal). 
Desidratação leve: A sintomatologia é leve ou ausente. O enchimento capilar é inferior a 3 segundos, há sede e 
redução da diurese com urina concentrada. 
Desidratação moderada: A sede é intensa, as mucosas estão secas e há presença de taquicardia. O enchimento 
capilar varia entre 3 e 5 segundos. 
Desidratação grave: A sede é intensa. As alterações hemodinâmicas são ainda mais acentuadas, e muitas vezes 
são associadas à diminuição da perfusão tecidual. O enchimento capilar é superior a 5 segundos e as extremidades 
são frias, com pulsos rápidos e finos. 
A hipotensão é um sinal tardio, e podem estar presentes sinais neurológicos como o torpor, a irritabilidade e 
coma. É através desses sinais que é possível diagnosticar o paciente desidratado, e iniciar o tratamento mais adequado. 
Para realizar o tratamento, oferecem-se líquidos e eletrólitos à criança. É dividido em plano A, B e C, de acordo com a 
gravidade da desidratação da criança. 
A depender do caso, é oferecido soro com solução com 90 mol/L de sódio, e as soluções caseiras, apesar de 
amplamente difundidas, apenas devem ser oferecidas quando houver ausência desse soro. 
Plano A - É feito em domicílio, em crianças sem sinais clínicos de desidratação. Consiste em aumentar a oferta 
de líquidos e oferecer o soro de reidratação oral (SRO) de acordo com a aceitação do paciente, após cada evacuação 
ou vômito. Caso o paciente apresente sinais de alarme, que devem ser explicados aos pais, deve voltar para unidade 
de saúde. Sendo eles, a diminuição da diurese, recusa alimentar ou piora da diarreia. Ou ainda, sede 
excessiva, vômitos repetidos e sangue nas fezes. 
Plano B ou fase de reparação - Tratamento realizado em crianças com desidratação leve a moderada. O paciente 
deve estar sob observação intra-hospitalar, para receber 50 a 100 mL/Kg de SRO durante 4 a 6 horas. Durante esse 
período, a dieta da criança deve ser suspensa, entretanto, o aleitamento materno deve ser mantido. Não é necessário 
saber o peso anterior dela. Todavia,

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