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DOENÇAS DO TRABALHO
Professor Esp. Thiago Alberto Cavazzani
 REITOR Prof. Ms. Gilmar de Oliveira
 DIRETOR DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Ms. Daniel de Lima
 DIRETORA DE ENSINO EAD Prof. Dra. Geani Andrea Linde Colauto 
 DIRETOR FINANCEIRO EAD Prof. Eduardo Luiz Campano Santini
 DIRETOR ADMINISTRATIVO Guilherme Esquivel 
 SECRETÁRIO ACADÊMICO Tiago Pereira da Silva
 COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Prof. Dr. Hudson Sérgio de Souza
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Prof. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Prof. Ms. Luciana Moraes
 COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Ms. Jeferson de Souza Sá
 COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE GESTÃO E CIÊNCIAS SOCIAIS Prof. Dra. Ariane Maria Machado de Oliveira
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE T.I E ENGENHARIAS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
 COORDENAÇÃO DOS CURSOS - ÁREAS DE SAÚDE E LICENCIATURAS Prof. Dra. Katiúscia Kelli Montanari Coelho 
 COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS Luiz Fernando Freitas
 REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Caroline da Silva Marques
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Kauê Berto
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
 PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO André Dudatt
 Vitor Amaral Poltronieri
 ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
 DE VÍDEO Carlos Eduardo da Silva
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos 
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 
 
 FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
C377d Cavazzani, Thiago Alberto
 Doenças do trabalho / Thiago Alberto Cavazzani. Paranavaí:
 EduFatecie, 2023.
 62 p. 
 
1. Medicina do trabalho. 2. Doenças do trabalho - Prevenção. 3.
 Ergonomia. 4. Higiene do trabalho. I. Centro Universitário
 UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título. 
 CDD: 23. ed. 616.9803
 
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9 /1577
As imagens utilizadas neste material didático 
são oriundas dos bancos de imagens 
Shutterstock .
2023 by Editora Edufatecie. Copyright do Texto C 2023. Os autores. Copyright C Edição 2023 Editora Edufatecie.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva
dos autores e não representam necessariamente a posição oficial da Editora Edufatecie. Permitido o download da 
obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la 
de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais.
https://www.shutterstock.com/pt/
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AUTOR
Professor. Thiago Alberto Cavazzani
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Paranaense (Unipar);
Especialista: Medicina e Sono (Unifesp – USP) Instituto do Sono;
Residência em Fisioterapia Hospitalar;
Especialização em Reabilitação Cardio-Hospitalar;
Membro da Sociedade Brasileira de Sono;
Membro Titular da SBPT – Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia;
Professor do Estado do Paraná 2015 – 2023;
Coordenador de Curso da Unifatecie.
INFORMAÇÕES RELEVANTES:
Prof. Titular da Pós-Graduação de Fisioterapia Hospitalar, Reabilitação 
Cardiopulmonar, Fisioterapia Terapia-Intensiva da Instituição de Ensino (Inspirar) 
 2005 – 2023.
CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/2752832405322384
http://lattes.cnpq.br/2752832405322384 
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Seja muito bem-vindo (a)!
Prezado (a) aluno (a), este é o início de uma grande jornada, visto que você se 
interessou pelo assunto desta disciplina. Venho propor junto com você construir nosso 
conhecimento sobre conceitos fundamentais de DOENÇAS DO TRABALHO na sua área 
específica de formação. Além destes fundamentos, exploremos as mais diversas aplicações 
especificas na área Laboral/Ocupacional. 
Durante o desenvolvimento deste material de apoio da disciplina estaremos abor-
dando os princípios e conceitos básicos da introdução das Doenças que estão intimamente 
relacionados ao Trabalho. Sem dúvida o processo Laborativo, acaba expondo o trabalha-
dor em diversas situações de risco, dentre elas, estão: sobrecarga, movimentos errados, 
movimentos repetitivos, estresse (emocional e estrutural) levando o colaborador a uma 
vulnerabilidade, acarretando Doenças Osteomusculares Relacionado ao Trabalho (DORT), 
diante disto, será de extrema importância que acompanhem todas as Unidades de Ensino 
e Aprendizagem que estará sendo destacada abaixo. Use-o de forma sistemática, especial-
mente como um instrumento para seu sucesso na carreira escolhida.
É exatamente por isso que ela se torna importante para você, visto que, terá conhe-
cimentos diversos da área das doenças ocupacionais.
Busca-se, através deste material, promover uma perspectiva crítica e elevada so-
bre os conhecimentos, permitindo uso destes em diversas áreas, setores, organizações ou 
ações de você profissional especializado. 
Na Unidade I deste material de apoio, iremos iniciar compreensão, estratégias ge-
rais e abordagens de educação em saúde do trabalhador e ergonomia. Durante essa 
etapa do processo de formação será desenvolvido os princípios introdutórios da elaboração 
de conhecimentos básicos necessários para compreensão da disciplina. Logo após, vamos 
dar continuidade nos estudos, no entanto, de maneira pormenorizada, aprofundando os 
processos ergonômicos.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
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Logo após, na Unidade II, Condições ambientais e Estação de trabalho e 
teletrabalho. Durante o desenvolvimento dessa unidade, estará sendo abordado as 
estruturas que estão relacionados ao teletrabalho (home office) a legislação brasileira, 
avaliação da estrutura do trabalho e avaliação dos riscos do trabalho. 
Já na Unidade III iremos dar continuidade ao estudo das DOENÇAS DO TRA-
BALHO, no entanto, dissecaremos alguns temas para elucidarmos e ficar melhor a com-
preensão, fazendo uma ponte com a unidade I e unidade II, Profissional da saúde na 
promoção e prevenção da saúde — individual e coletiva. Durante o desenvolvimento 
dessa unidade de ensino estará sendo abordado as sobrecargas que poderá ocorrer 
em diversos profissionais, fizemos uma analogia ao profissional da área da saúde, no 
entanto, podemos fazer uma correlação em diversas áreas, também trazemos um tema 
muito importante e relevante na parte ocupacional que é a ginástica labora, onde tem uma 
aplicabilidade diversa nas empresas. 
E por último, na Unidade IV iremos dar continuidade com a abordagem de mais 
técnicas de avaliação do fisioterapeuta, A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17).: 
Durante o desenvolvimento desta etapa da disciplina estaremos discutindo de maneira 
aprofundada as NR (Normas Regulamentadoras) dentre elas, a NR 17 que tem uma espe-
cificidade na área ergonômica
Desta forma, como já dito, esperamos que este material sirva como base na apli-
cação destes conceitos na sua vida profissional diária. Convido você a entrar nesta jornada 
cheia de conhecimento comigo, de temas fundamentais para você.
Muito obrigado e bom estudo !
SUMÁRIO
Estratégias Gerais e Abordagens de Educação 
em Saúde do Trabalhador e Ergonomia
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. . . . . . . .do tempo, relações interpessoais e a participação social.
 A forma como o trabalho é organizado pode gerar ou facilitar o aparecimento de 
várias enfermidades relacionadas ao trabalho, desta forma se faz muito importante a parti-
cipação do trabalhador no processo de disposição do trabalho. Dentre as causas de afasta-
mento do trabalho, a mais prevalente são os acidentes de trabalho, que podem ser evitados 
com treinamento dos funcionários e também com a utilização correta dos equipamentos de 
proteção individual (EPIs). Podemos observar que a segunda maior causa de afastamento 
do trabalho está relacionada a dor lombar, sendo esta uma doença multifatorial, com causa 
biopsicossocial. O modelo biopsicossocial permite uma abordagem ampla ao indivíduo, 
abordando não só as consequências estruturais do indivíduo, mas também fatores psicoló-
gicos e os fatores pertinentes à inserção destes indivíduos na sociedade.
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 2 A NORMA 
 REGULAMENTADORA
 17 (NR 17)
TÓPICO
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
As Normas Regulamentadoras ou NRs têm toda uma contextualização própria e 
individual, foi passado por um processo de aprovação pelo Ministério do Trabalho em 1978, e 
deram obrigatoriedade ao seguimento de orientações e procedimentos de saúde do trabalha-
dor. A NR 17, diante disto, ficou sendo conhecida/denominada como “norma da ergonomia” 
foi aprovada na Portaria MTb n.º 3.214/1978, onde toda a sua redação foi dada pela Portaria 
MTPS n.º 3.751, somente em 23 de novembro de 1990. As NRs, ou “Normas Regulamenta-
doras” são regras que têm como objetivo evitar acidentes, doenças e qualquer fator prejudicial 
à saúde. A NR 17 é uma regulamentação específica das condições de trabalho. 
O contexto desta regulamentação aborda peculiaridades de prevenção de doenças 
visando garantir a qualidade de vida do trabalhador, assim como sua saúde, bem-estar, e 
segurança. No contexto da NRs, a maioria delas é aplicável a todas as atividades laborais. 
Apesar de existirem regulamentações específicas para trabalhos mais arriscados, como: 
atividades associado a parte rural, portos marítimos, o setor da construção civil, indústrias, 
e outras. A NR 17 aborda a ergonomia que esta intimamente relacionado aos riscos à 
saúde de ambientes e campos de trabalhos inadequados. 
“Esta Norma Regulamentadora tem uma visão a estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação inerente as condições de trabalho, com isto, estas características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, acabará proporcionando um máximo de conforto, se-
gurança e desempenho eficiente”. 
49UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
A Ergonomia pode ser entendida como, um estudo da relação entre o homem e 
seu trabalho, assim como sua interação com o meio, visando a garantia do bem-estar e do 
desempenho do trabalhador. Diante disto, houve uma inclusão nas regulamentações da 
prática das atividades laboral brasileira. Foi observado que o desempenho em condições 
inadequadas, improprias para o trabalho, pode gerar uma série de doenças, podemos 
elencando várias, dentre elas estão as doenças lombares, posturais, lombalgias, hérnias 
discais – Doenças Osteomusculares Relacionado ao Trabalho na estrutura da coluna. A NR 
17 deve implementar regras que garantam a saúde do trabalhador, a redução da incidência 
de doenças que está relacionado ao trabalho, e consequentemente a qualidade de vida 
e o desempenho do trabalhador. A ergonomia tem uma visão mais ampla, não trabalha 
apenas com aspectos estruturais (corpo) inerentes ao trabalhador, mas também aspectos 
psicossociais seguindo a tríade: conforto, segurança e eficiência.
 
Podemos observar que os aspectos gerais da NR 17 são: 
1) Levantamento e transporte individuais de carga/materiais; 
2) Mobílias e equipamentos dos postos de trabalho; 
3) Condições ambientais de trabalho (iluminação, ruídos, etc); 
4) Organização do trabalho; 
5) Trabalho dos operadores de checkout ; 
6) Trabalho em teleatendimento/telemarketing.
 
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 3 A APLICAÇÃO DA
 NR 17 POR PROFISSIONAIS
 DA SAÚDE
TÓPICO
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
Observamos que algumas das regras da NR 17 são altamente específicas em 
termos técnicos, outras fazem abordagens mais gerais. 
1 – Levantamento e transporte individuais de carga / materiais
Inicialmente a primeira regra estabelecida pela NR 17 discorre de questões muito 
importantes, como podemos observar as condições de cada indivíduo para o levantamento 
e transporte individual de carga.
Exemplificando essa questão, vamos hipotetizar uma empresa, que em sua estrutura 
tenha um almoxarifado: provavelmente o departamento possui funcionários que irão ser res-
ponsável por executarem o transporte de cargas. De outro lado, até mesmo um trabalhador 
responsável que irá manusear pacotes de materiais impressos como contratos, etc. 
Há uma certa predefinição que as empresas irão ter a responsabilidade por estar 
observando e tratando das questões ergonômicas, com isto, devendo compreender o 
profissional que irá executar essa atividade, que obrigatoriamente as empresas deverão 
fornecer equipamentos de transporte para diminuir os impactos na saúde do colaborador.
Também devemos ter todo um cuidado, uma preocupação maior com jovens de 14 
a 18 anos (jovem aprendiz), e mulheres.
51UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
“17.2.1.2 Transporte manual regular de cargas 
designa toda atividade realizada de maneira contínua 
ou que inclua, mesmo de forma descontínua, o 
transporte manual de cargas. 
17.2.1.3 Trabalhador jovem designa todo trabalhador 
com idade inferior a dezoito anos e maior de quatorze 
anos. 
17.2.2 Não deverá ser exigido nem admitido o 
transporte manual de cargas, por um trabalhador 
cujo peso seja suscetível de comprometer sua 
saúde ou sua segurança. 
17.2.3 Todo trabalhador designado para o transporte 
manual regular de cargas, que não as leves, deve 
receber treinamento ou instruções satisfatórias 
quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, 
com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir 
acidentes. 
17.2.4 Com vistas a limitar ou facilitar o transporte 
manual de cargas deverão ser usados meios 
técnicos apropriados. 
17.2.5 Quando mulheres e trabalhadores jovens 
forem designados para o transporte manual de 
cargas, o peso máximo destas cargas deverá 
ser nitidamente inferior àquele admitido para os 
homens, para não comprometer a sua saúde ou a 
sua segurança.”
 
Fonte: Brasil NR17 Ergonomia, 
https://www.areaseg.com/nrindex/nr17.html 
2 – Mobílias e equipamentos dos postos de trabalho
Dando continuidade, essa segundanorma trata das mobílias adequadas para que 
o trabalhador opssa então usufruir de um ambiente de trabalho que garantirá a sua integri-
dade física, prevenindo-o de lesões e minimizando sobrecargas.
De forma especial para os que trabalham em escritório, como assistentes ou 
trabalham com atendimento telefônico, é necessário observar ser observado todos esses 
elementos próprios, pois, existem algumas regras a serem seguidas. 
Como foi demonstrado no dispositivo 17.3.1 que trata de uma maneira específica 
a necessidade do planejamento que consequentemente haverá uma adaptação do posto 
de trabalho para profissionais que executam suas atividades, principalmente aqueles que 
adotam a posição sentada, há uma normatização que estabelece que as bancadas, mesas 
ou escrivaninhas devem proporcionar:
https://www.areaseg.com/nrindex/nr17.html 
52UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
“Condições elencadas para postura;
Visualização adequada, boa visualização;
Regulação da altura e características compatíveis com a sua atividade;
Alguns elementos têm que ser observado como a distância mínima entre a visão e 
o foco da atividade que será desempenhado pelo trabalhador, sempre procurando 
preservar a visão, o pescoço e a coluna, e a altura do assento deve ser adequado; 
Área de trabalho organizado e com fácil alcance para o colaborador;
Móveis de preferência planejados em dimensões adequadas que possibilitem 
movimentação; 
Caso seja necessário pedais ou suporte para os pés a fim de manter o colaborador 
com uma boa postura e angulação adequados em função da postura e região lombar;
Assento da cadeira com altura ajustável, bordas arredondadas que não comprima a 
região posterior dos membros inferiores e encosto adaptável a região lombar.”
Então, devemos salientar a importância do profissional de saúde presente no con-
texto da saúde do trabalhador, não só no contexto de tratamento de doenças relacionadas 
ao trabalho, mas também na prevenção destas doenças, visto que em termos econômicos 
ainda é mais oneroso ao empregador ter um trabalhador afastado do que prevenir lesões 
no ambiente de trabalho.
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 4 A IMPORTÂNCIA
 DA NR-17
TÓPICO
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
Observamos que para as empresas, a NR 17 é uma norma regulamentadora que 
tem uma ótica de regular os procedimentos necessários para manutenção da saúde e 
segurança de seus funcionários.
As Normas Regulamentadoras têm como requisito uma análise dos riscos e das 
possibilidades para prevenção de doenças ocupacionais em seus funcionários. Porém, se 
faz necessária a investigação das condições de trabalho e se adéquam às normas definidas.
Um fator de suma importância na Ergonomia, é o que trata da fiscalização. Temos 
observado que está ocorrendo com maior frequência em empresas que apresentam maior 
risco à saúde, segurança e vida, no entanto, está presente também em diversos outros 
ambientes laborais.
As empresas precisam observar bem as normas regulamentadoras para evitar 
problemas com os trabalhadores. Para isso, é fundamental estar atento às mudanças das 
Normas Regulamentadoras, em geral. As atualizações mais recentes foram as NRs 1, 7, 9 
e 18 que tiveram novos textos publicados no início de 2020. Entretanto, todas as normas 
foram atualizadas entre outubro e novembro de 2020. 
Foi feito todo um processo de atualização, podemos visualizar que a primeira atua-
lização está no campo das disposições gerais, a NR 1, que agora aborda os riscos físicos, 
químicos, biológicos, acidentes, que agora acaba abrangendo os elementos ergonômicos, 
podendo ser eles ambientais ou ocupacionais. Complementando, além das normas de todo 
território nacional, a NR 1 tem uma previsão de adequação às normas internacionais como 
o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional (ISO 45001).
54UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
Agora deverá ser necessário apresentar dois documentos de saúde ocupacional 
que irão tratar sobre o inventário dos riscos à saúde (GRO), podendo estar relacionando 
com um plano de ação (PGR). O (PGR) irá apresentar exceção aos Microempreendedores 
Individuais e pequenas empresas, desde que a atividade laboral não ofereça exposição ao 
risco de agentes químicos, biológicos ou físicos.
Não obstante, mesmo não havendo uma obrigatoriedade para os documentos para 
empresas que se caracterizam com risco baixo, a empresa, poderá adotar um inventário de 
riscos ergonômicos. Diante disto, vale ressaltar que, também, vale criar um planejamento 
que irá buscar e evitar possíveis problemas de saúde de seus colaboradores. 
4.1 Quais os benefícios da NR 17?
Você já aprendeu qual o foco da NR 17 ao evitar o risco de doenças e acidentes no 
ambiente de trabalho. Agora, veja como essa norma pode trazer benefícios ao empregador 
e ao funcionário.
Evidenciamos que a redução do afastamento por doença de trabalho esta intima-
mente relacionado ao impacto mais sentido pelas empresas. Contudo, no ano de 2020 
foi um ano desafiador para a humanidade, sendo feito um levantamento de dados que 
acabou revelando a necessidade do cuidado tanto físico, como mental e emocional de 
seus trabalhadores.
Foi muito evidenciado que a pandemia de covid-19 teve uma influenciarão de forma 
negativa no trabalho. Podemos observar que um dos principais motivos é que as empresas 
falharam em diversos quesitos, uma delas sendo nos cuidados à saúde, bem-estar e se-
gurança de seus colaboradores durante este período pandêmico e consequentemente no 
processo de reestruturação do trabalho em home office. 
Não obstante, os impactos sanitários que acabou sendo gerados pela pandemia 
causaram problemas catastróficos mundiais, podemos elencar devido à quanto à falta de 
convívio social e que consequentemente, o aumento de notificação de casos de doenças 
psiquiátricas e psicológicas uma coisa está relacionado a outra.
No ano de 2020, o Seguro Social (Previdência Social) acabou registrando um au-
mento significativo de 26% com isto, gerou uma concessão do auxílio-doença e aposentado-
rias maioria por invalidez tendo um elemento caracterizador (CID – Código Internacional de 
Doenças) que estão relacionados a transtornos mentais e comportamentais, considerando 
o período anual de 2019 teve um registrados 576,6 mil afastamentos.
55UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
Foi destacado que somente depressão e ansiedade houve um registro 285,2 
mil em 2020, e consequentemente houve um aumento de 33,7%. Neste diapasão outro 
dado importante de se observar, é em relação à Lesões por Esforços Repetitivo (LER) 
que estão intimamente relacionadas aos Distúrbios Osteomusculares Relacionados 
ao Trabalho (DORT). 
Diante de todos essas dados e levantamentos da Secretaria Especial de 
Previdência e Trabalho, aproximadamente 40 mil trabalhadores precisaram ser afastados 
das suas atividades laborativas, podendo estar associado devido à perda de funcionalidade 
e dificuldade de movimentos, em 2019.
Foi observado que as empresas, indústrias e empregadores devem oferecer fer-
ramentas adequadas para o trabalho, tanto na empresa, como também no home office. 
Neste período pandêmico, as pessoas tiveram que se adaptar, no entanto, acabaram 
usando a sua estrutura própria residencial, cadeiras, mesas,computadores, etc. O apa-
rato à saúde não se tornou dispensável, e o ambiente de trabalho, mesmo que seja na 
casa da pessoa, ainda é de responsabilidade da empresa criar ações e estratégias para 
evitar doenças futuras.
Os primeiros estudos sobre segurança do trabalho começaram na era a.C. por Aristóteles e Hipócrates. 
Porém, pouco se avançou nesses estudos até 1713, na Itália, onde o primeiro tratado sobre medicina ocu-
pacional foi escrito por Bernardino Ramazzini. 
“Todos são peças importantes no trabalho em equipe, cada um representa uma pequena parcela do resul-
tado final, quando uma falha, todos devem se unir, para sua reconstrução.” 
Salvador Faria
56
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
Caro aluno, nesta unidade estudamos sobre o processo de adoecimento do traba-
lhador, quando este tem como risco seu ambiente laboral, estudamos também sobre a nor-
ma regulamentadora 17 e sua importância para o profissional de saúde atuar no ambiente 
laboral, agora somos capazes de entender como a NR-17 apoia o profissional de saúde no 
ambiente laboral auxiliando na prevenção e no tratamento das disfunções e doenças que 
podem acometer os trabalhadores.
 
 
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ERGONOMIA NO HOME OFFICE: IMPORTÂNCIA, DESAFIOS, E AÇÕES A SE ADOTAR 
Ergonomia é um conceito que abrange teorias, métodos e procedimentos presentes 
na norma regulamentadora nº17, do Ministério do Trabalho, e nas Leis do Trabalho – CLT, 
em conformidade à Segurança e Medicina do Trabalho. 
Seu estudo se dá a partir da relação entre pessoa e ambiente profissional. Já o 
seu objetivo é garantir uma boa condição para que os funcionários possam exercer suas 
funções com bem-estar, pensando no desempenho geral da empresa. 
A ergonomia é pensada para adaptar o ambiente de trabalho e contribuir para a 
saúde do funcionário, promovendo a sua produtividade e evitando que acidentes aconte-
çam e que possíveis problemas de saúde se desenvolvam. 
Além disso, caso a ergonomia não seja aplicada, a empresa pode sofrer multas e 
até indenizações, se algum funcionário desenvolver algum problema de saúde devido às 
más condições oferecidas pelo empregador. 
 
Fonte: ERGONOMIA no home office: importância, desafios, e ações a se adotar. 
Conexa Saúde, 2022. Disponível em: https://www.conexasaude.com.br/blog/ergonomia-
-no-home-office-entenda-a-importancia/ . Acesso em: 10 jan. 2023.
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
https://www.conexasaude.com.br/blog/ergonomia-no-home-office-entenda-a-importancia/
https://www.conexasaude.com.br/blog/ergonomia-no-home-office-entenda-a-importancia/
58
LIVRO 
Título: Ergonomia-Interpretando a NR-17: Manual Técnico e 
Prático para a Interpretação da Norma Regulamentadora 17
Autor: Alexandre Pinto da Silva.
Editora: LTr, 3ª EDIÇÃO - 2019.
Sinopse: Este livro aborda de forma atualizada, clara e objetiva, 
todos os dizeres da Norma Regulamentadora n. 17 – Ergonomia, 
interpretando as questões técnicas que devem ser observadas 
para a manutenção das condições de conforto em um ambiente 
de trabalho.
FILME / VÍDEO
Título: Nova Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17) - Principais 
Itens conforme Portaria nº 423 de 04/10/21
Ano: 2021.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=1vNrT_s83yM
LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
https://www.youtube.com/watch?v=1vNrT_s83yM 
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APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
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http://novo.heufpel.com.br/wp-content/uploads/sites/5/2019/03/Manual-de-Ergonomia-HE-UFPel_ok-1.pdf
http://novo.heufpel.com.br/wp-content/uploads/sites/5/2019/03/Manual-de-Ergonomia-HE-UFPel_ok-1.pdf
https://doi.org/10.1590/S1809-29502009000300009
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TITTIRANONDA,. . . . . . . . . . . . . .
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Plano de Estudos
• Definições e conceitos de saúde do
 trabalhador e ergonomia;
• Domínios da ergonomia;
• LER/DORT.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a ergonomia de acordo 
 com diretrizes atualizadas;
• Compreender os tipos de ergonomia;
• Estabelecer a importância da saúde do trabalhador 
 e ergonomia na fisioterapia.
1UNIDADEUNIDADE
ESTRATÉGIAS GERAISESTRATÉGIAS GERAIS
E ABORDAGENS DEE ABORDAGENS DE
EDUCAÇÃO EM SAÚDEEDUCAÇÃO EM SAÚDE
DO TRABALHADOR DO TRABALHADOR 
E ERGONOMIAE ERGONOMIA
Professor Esp. Thiago Alberto Cavazzani
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Olá, estudante! 
Nesta unidade abordaremos as definições e conceitos de saúde do trabalhador 
e ergonomia, destacando o papel do profissional da saúde na saúde do trabalhador, na 
prevenção e promoção da saúde, bem como os tipos de disfunções musculoesqueléticas 
relacionados ao trabalho e a importância da ergonomia de modo a proporcionar o máximo 
de conforto, segurança e desempenho eficiente no ambiente de trabalho.
 A ergonomia é a disciplina científica preocupada com a compreensão das interações 
entre humanos e outros elementos de um sistema e, aqui, abordaremos os tipos de ergo-
nomia que incluem aspectos físicos, cognitivos e organizacionais. Além disso, discutiremos 
as lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacionados ao 
trabalho (DORT), que são um conjunto de doenças que afetam músculos, tendões, nervos 
e que tem relação direta com as exigências das tarefas e com a organização do trabalho.
INTRODUÇÃO
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
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 1 DEFINIÇÕES E CONCEITOS
 DE SAÚDE DO TRABALHADOR
 E ERGONOMIA 
TÓPICO
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
O termo Saúde do Trabalhador refere-se a um campo do saber que visa compreen-
der as relações entre o trabalho e o processo saúde/doença. A saúde do trabalhador con-
figura-se como um campo de práticas e de conhecimentos estratégicos interdisciplinares e 
multiprofissionais, voltados para avaliar e intervir nas relações de trabalho que provocam 
doenças e agravos.
Os Distúrbios Musculoesqueléticos (DMEs) relacionados ao trabalho são os distúr-
bios ocupacionais mais comuns em todo o mundo e são reconhecidos como um problema 
desde o século XVII (RAMAZZINI, 1964). Outros termos gerais para esses distúrbios in-
cluem lesões por esforço repetitivo, síndrome de uso excessivo ocupacional e distúrbios 
cumulativos de trauma (YASSI, 1997). 
Os DMEs podem ser divididos em condições específicas com critérios diagnós-
ticos claros e achados patológicos, que incluem distúrbios relacionados ao tendões (por 
exemplo, tendinite), aprisionamento nervoso periférico (por exemplo, síndrome do túnel do 
carpo) e distúrbios articulares/cápsulas articulares (por exemplo, osteoartrite) ou condições 
inespecíficas em que a queixa principal é dor ou sensibilidade, ou ambas, com achados 
patológicos limitados ou nulos (BUCKLE 1997; SU et al, 2013; YASSI 1997). 
Com base no estudo Global Burden of Disease 2010, a prevalência global de dor 
no pescoço foi estimada em 4,9%, e foi classificada em quarto lugar em termos de incapa-
cidade, medida por anos vividos com incapacidade e 21º em termos de sobrecarga geral 
(HOY et al, 2014). 
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA 10
Há que se considerar os diversos riscos ambientais e organizacionais aos quais 
estão expostos os trabalhadores, em função de sua inserção nos processos de trabalho. 
Dessa forma, a assistência deve ser ampliada olhando-os como sujeitos a um adoecimento 
específico que exige estratégias de promoção, proteção e recuperação da saúde.
As Normas Regulamentadoras (NR) foram aprovadas pelo Ministério do Trabalho 
em 1978, e tornaram obrigatório que as empresas seguissem orientações e procedimen-
tos da Medicina do Trabalho. Porém, a NR 17, conhecida como “norma da ergonomia” foi 
aprovada pela Portaria MTb n.º 3.214/1978, com redação dada pela Portaria MTPS n.º 
3.751, somente em 23 de novembro de 1990. As NRs, ou “Normas Regulamentadoras” 
são regras para evitar acidentes, doenças e qualquer fator prejudicial à saúde. A NR 17 é 
uma regulamentação específica das condições de trabalho.
O Ministério do Trabalho propõe a NR – Norma Regulamentadora (NR-17), visando 
estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às caracterís-
ticas psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, 
segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relaciona-
dos ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos 
e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
A ergonomia, conforme definida pela Associação Internacional de Ergonomia (AIE), 
é a disciplina científica preocupada com a compreensão das interações entre humanos e 
outros elementos de um sistema. A ergonomia no local de trabalho refere-se às interações 
entre os trabalhadores e outros elementos do ambiente de trabalho. Trata-se essencial-
mente de adequar o trabalho ao trabalhador. A ergonomia, geralmente, é classificada em 
três domínios específicos: ergonomia física, organizacional e cognitiva.
Trata-se de uma disciplina orientada para uma abordagem sistêmica de todos os 
aspectos da atividade humana. 
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 2 DOMÍNIOS DA
 ERGONOMIA
TÓPICO
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
A ergonomia física está relacionada às características da anatomia humana, an-
tropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação com a atividade física. Os tópicos 
relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos 
repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, projeto de posto de 
trabalho, segurança e saúde. Este domínio consiste em ambiente e equipamentos de tra-
balho, por exemplo, teclado, mouse, ferramentas manuais, estações de trabalho, unidades 
de exibição visual e iluminação que são instaladas aos trabalhadores.Intervenções ergonômicas físicas incluem fornecer espaço de trabalho e equi-
pamentos com base em princípios ergonômicos e antropometria dos trabalhadores. 
Isso reduzirá a tensão física no sistema musculoesquelético, reduzindo assim o risco 
de lesões. Um exemplo é o uso de um teclado dividido que foi encontrado para reduzir 
a intensidade da dor em usuários de computador com distúrbios musculoesqueléticos 
(TITTIRANONDA et al, 1999).
A ergonomia cognitiva refere-se aos processos mentais, tais como percepção, me-
mória, raciocínio e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e 
outros elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental 
de trabalho, tomada de decisão, desempenho especializado, interação homem-computa-
dor, estresse e treinamento conforme esses se relacionem a projetos envolvendo seres 
humanos e sistemas. 
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA 12
A intervenção em ergonomia cognitiva consiste em melhorar os processos men-
tais, como percepção, memória, raciocínio e resposta motora, modificando o processo de 
trabalho e o treinamento. Isso reduzirá a carga de trabalho mental, aumentará a confiabi-
lidade e reduzirá o erro, isso pode ter um efeito indireto na redução da tensão no sistema 
musculoesquelético.
O domínio organizacional diz respeito à otimização de sistemas sócio técnicos, in-
cluindo as estruturas, políticas e processos organizacionais; por exemplo, ritmo de trabalho, 
ciclo de descanso do trabalho e participação do trabalhador na tomada de decisões. Os 
tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações, pro-
jeto de trabalho, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, 
novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura organizacional, organizações 
em rede, teletrabalho e gestão da qualidade. 
As intervenções ergonômicas organizacionais consistem em permitir o ritmo ideal 
de trabalho e o tempo de descanso para que o sistema musculoesquelético se recupere 
da fadiga, reduzindo assim o risco de lesões a longo prazo. Um exemplo é permitir pausas 
suplementares para trabalhadores de entrada de dados (GALINSKY et al, 2000). Também 
pode incluir intervenções participativas, em que os trabalhadores participam da tomada de 
decisões sobre melhoria e mudanças feitas no local de trabalho (BOHR, 2000), e treina-
mento em princípios e práticas ergonômicas (BAYDUR et al, 2016).
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 3 LER /
 DORT
TÓPICO
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
Segundo Pastore et al (2001), a cada R$2,00 investido em segurança e saúde do 
trabalhador, economiza-se R$8,00 com gastos em acidentes e doenças ocupacionais.
Um posto de trabalho mal planejado e desconsiderando os aspectos ergonômicos 
recomendados pode causar aos trabalhadores doenças como as Lesões por Esforços 
Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Em 
determinadas circunstâncias, as LER/DORT podem levar o trabalhador ao afastamento 
médico e a restrições permanentes de suas atividades.
As lesões por esforços repetitivos (LER) ou distúrbios osteomusculares relacio-
nados ao trabalho (DORT), são um conjunto de doenças que afetam músculos, tendões, 
nervos e vasos do corpo, e que tem relação direta com as exigências das tarefas e com a 
organização do trabalho.
Não há uma causa única para a ocorrência de LER/DORT. Há fatores psicológicos, 
biológicos e sociológicos envolvidos na gênese desses distúrbios. No diagnostico, pre-
venção e tratamento das LER/DORT pelas equipes de profissionais do sistema de saúde, 
tem-se adotado recentemente a perspectiva da multideterminação desses distúrbios, ou 
seja, de que são afecções multifatoriais cuja abordagem exige investigação das dimensões 
biomecânicas, cognitivas, sensoriais e afetivas da atividade de trabalho. Seu maior sintoma 
é a própria dor do indivíduo, que pode apresentar ainda, queixas de parestesias, edema, 
perda da força muscular e/ou diminuição dos controles dos movimentos.
Você sabia que já existem aplicativos educativos sobre a segurança do trabalho?
O aplicativo SST-Fácil da Fundação Jorge Duprat e Figueiredo (FUNDACENTRO) aborda diversos conteúdos 
da área de Segurança e Saúde no Trabalho propiciando ao usuário o aprendizado de conhecimentos da 
área, por meio de perguntas e respostas em consonância com os princípios do ensino dirigido. As lições são 
baseadas em perguntas e respostas, e respaldadas por uma biblioteca de materiais educativos formulados 
pela própria fundação e ótimas para fixar os assuntos abordados acerca do assunto.
Fonte: O autor (2022).
“Nenhum trabalho será tão urgente ou importante que não possa ser planejado e executado com segurança.”
Esta frase, cujo autor é desconhecido, evidencia, de forma direta, que a saúde do trabalhador deve ser levada 
em consideração tanto no planejamento quanto na execução das atividades. É importante destacar o papel 
das equipes de saúde agindo de forma multi e interdisciplinar, a fim de prevenir lesões nestes trabalhadores.
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA 14
Na evolução do quadro clínico, em relação ao estabelecimento da sintomatologia, 
com base no desenvolvimento da dor e da capacidade funcional do indivíduo, pode-se 
estabelecer graus que variam do I ao IV. O nível I corresponderia a uma sensação de peso 
e desconforto do membro afetado, com caráter ocasional, enquanto o nível IV correspon-
deria a uma dor forte e um sofrimento intenso, com manifestação de edema persistente e 
aparente deformidade.
O tratamento ideal é considerado como resultante da colaboração de profissionais 
de diversas áreas, que devem orientar e informar acerca da condição do paciente e do 
contexto, visando uma participação ativa deste no processo de recuperação. Esta equipe 
multidisciplinar deve propiciar a autonomia do indivíduo em relação ao tratamento adequa-
do a sua sintomatologia; discutir as repercussões das LER/DORT no seu cotidiano familiar 
e social; esclarecer seus determinantes e suas consequências, diminuindo a ansiedade, 
angústia e depressão do cotidiano; e aumentar gradativamente a capacidade laboral possi-
bilitando seu retorno ao trabalho.
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Nesta unidade aprendemos sobre estratégias gerais e abordagens de educação 
em saúde do trabalhador e ergonomia, vimos que a ergonomia é a disciplina científica 
preocupada com a compreensão das interações entre humanos e outros elementos de um 
sistema abordando aspectos físicos, cognitivos e organizacionais. Destacou-se, também, a 
importância dos aspectos ergonômicos adequados como fator facilitador para melhoria de 
desempenho no trabalho e, principalmente, na qualidade de vida. 
Pudemos observar a importância das mais atuais definições e conceitos acerca da 
saúde do trabalhador e ergonomia para a atuação do profissional responsável na preven-
ção e promoção da saúde. Notamos como é imprescindível saber identificar os tipos de 
disfunções musculoesqueléticas e como proporcionar o máximo de conforto, segurança e 
desempenho eficiente no ambiente de trabalho. 
Aprendemos sobre as Lesões por Esforços Repetitivos(LER) ou Distúrbios Os-
teomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), que são um conjunto de doenças que 
afetam músculos, tendões, nervos e que tem relação direta com as exigências das tarefas 
e com a organização do trabalho, abordando a evolução do quadro clínico, sintomas, como 
identificar os graus que variam do I ao IV e o raciocínio para intervenção fisioterapêutica.
Até a próxima !
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
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LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
 
ARTIGO 1: O que é ergonomia? 
Quer conhecer mais sobre a saúde do trabalhador e ergonomia? A reportagem 
aborda aspectos que explicam de maneira didática e divertida como funcional a er-
gonomia atual e como ela vai ainda mais longe e não fica só no desenho de objetos, 
explicando, entre outros fatores, que por causa da variedade de aplicações, o trabalho 
em ergonomia é feito por vários profissionais, como engenheiros, arquitetos, médicos, 
fisioterapeutas e psicólogos. 
Fonte: Redação Mundo Estranho. O que é ergonomia? Rev. Super Interessante, 
São Paulo, 2018. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergo-
nomia/. Acesso em: 20 nov.2021.
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergonomia/
https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergonomia/
17UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
ARTIGO 2: País gasta R$ 71 bilhões ao ano com acidente de trabalho 
Neste outro artigo, é abordado que o custo dos acidentes e doenças do trabalho 
para o Brasil chega a R$ 71 bilhões por ano, o equivalente a quase 9% da folha salarial 
do País, da ordem de R$ 800 bilhões. O cálculo é do sociólogo José Pastore, professor de 
Relações do Trabalho da Universidade de São Paulo (USP). “Trata-se de uma cifra colossal 
que se refere a muito sofrimento e perda de vidas humanas.”
Fonte: País gasta R$ 71 bilhões ao ano com acidente de trabalho. Jornal da Tribuna, 
São Paulo, 21 de jan. de 2012. Disponível em: https://tribunapr.uol.com.br/noticias/economia/
pais-gasta-r-71-bilhoes-ao-ano-com-acidente-de-trabalho/. Acesso em: 20 nov. 2021.
https://tribunapr.uol.com.br/noticias/economia/pais-gasta-r-71-bilhoes-ao-ano-com-acidente-de-trabalho/.
https://tribunapr.uol.com.br/noticias/economia/pais-gasta-r-71-bilhoes-ao-ano-com-acidente-de-trabalho/.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 1 ESTRATÉGIAS GERAIS E ABORDAGENS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DO TRABALHADOR E ERGONOMIA
LIVRO 
Título: Ergonomia: Projeto e Produção
Autores: Itiro Iida, Lia Buarque de Macedo Guimarães.
Ano: 2016.
Editora: Blucher.
Sinopse: Esta terceira edição traz muitas novidades. Os autores 
fizeram uma grande atualização, introduzindo principalmente 
as mudanças provocadas pela aplicação da informática e dos 
novos meios de comunicação nas interações do sistema hu-
mano-máquina-ambiente de trabalho. Além disso, nas últimas 
décadas, alargou-se a abrangência da ergonomia, com a visão 
macroergonômica e com maior respeito a certas minorias 
populacionais, como as pessoas idosas, obesas e portadoras 
de deficiências. Foram colocados casos de aplicação ao final 
dos capítulos. Sempre que possível, basearam-se em pesqui-
sas brasileiras ou aquelas com possíveis aproveitamentos em 
nossas situações de trabalho. A aplicação dos conhecimentos 
deste livro contribuirá para melhorar o desempenho humano 
no trabalho, reduzindo erros, acidentes, estresses e doenças 
ocupacionais. Ao mesmo tempo, contribuirá para aumentar o 
conforto e a eficiência dos trabalhadores, com evidentes resul-
tados custo/benefício favoráveis.
FILME / VÍDEO 
Título: Fisioterapia na Saúde do Trabalhador | Dra Áurea Maria 
de Ponte
Ano: 2019.
Sinopse: No dia 13 de outubro de 2019, foram realizadas as 
programações científicas do I Congresso e II Conflito, em co-
memoração aos 50 anos de reconhecimento da Fisioterapia e 
da Terapia Ocupacional no Brasil. A Dra Áurea Maria de Ponte 
abordou os assuntos supracitados nesta unidade.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=cRb6ExSj7o0
 
https://www.youtube.com/watch?v=cRb6ExSj7o0 
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Plano de Estudos
• Regulamentações vigentes, definição e história 
• do teletrabalho, flexibilização do tempo e espaço, 
 vantagens e desvantagens do teletrabalho;
• Requisitos ergonômicos para um bom posto de trabalho;
• Avaliação de riscos no ambiente de trabalho.
Objetivos da Aprendizagem
• Abordar a avaliação de riscos ergonômicos;
• Apresentar e contextualizar a ergonomia no trabalho e 
 teletrabalho, bem como suas vantagens e desvantagens;
• Compreender do que precisa um bom posto de trabalho.
2UNIDADEUNIDADE
SAÚDE E SAÚDE E 
SEGURANÇASEGURANÇA
NO TRABALHO NO TRABALHO 
E TELETRABALHOE TELETRABALHO
 Professor Esp. Thiago Alberto Cavazzani
2020
INTRODUÇÃO
Estudante, seja bem-vindo (a) à unidade de Saúde e Segurança no Trabalho e 
Teletrabalho, em que estudaremos sobre as recomendações ergonômicas, tanto no que 
concerne à organização do trabalho quanto ao mobiliário da sua estação de trabalho em 
casa, estando aptos para proteção e promoção da saúde, segurança e qualidade de vida.
Veremos, nesta unidade, que trabalhar sentado ou em um trabalho administrativo 
gera fadiga e estresse quando mantemos posturas prolongadas. Para evitar consequên-
cias negativas do estresse psicológico e físico, recomenda-se o design ergonômico do 
local de trabalho. 
Abordaremos o contexto da pandemia de Covid-19, explicando o teletrabalho como 
ferramenta global e explicando que este é o trabalho efetuado distante da sede ou local 
físico da empresa A avaliação dos trabalhadores e ambientes de trabalho andam, no Brasil, 
de mãos dadas com a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17). É de extrema importância 
avaliar os resultados dessas análises, pois estes devem ser usados para definir um progra-
ma de intervenção específico e eficiente para a melhora dos pacientes.
INTRODUÇÃO
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
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UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
 REGULAMENTAÇÕES VIGENTES,
 DEFINIÇÃO E HISTÓRIA DO TELETRABALHO,
 FLEXIBILIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO, 
 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO 
 TELETRABALHO
TÓPICO 1
21
A sociedade atual apresenta um crescimento enorme no número de pessoas 
que trabalham sentadas. O que muitos não sabem é que trabalhar sentado ou em um 
trabalho administrativo também gera fadiga, estresse em posturas prolongadas.Algumas 
recomendações devem ser levadas em conta para evitar possíveis desconfortos e lesões 
relacionadas à postura. 
De acordo com Mojtahedzadeh et. al (2021), as estações de trabalho no home offi-
ce são baseadas nas mesmas diretrizes que para estações de trabalho de escritório. Para 
evitar consequências negativas do estresse psicológico e físico, recomenda-se o design 
ergonômico do local de trabalho. Além disso, a organização do horário de trabalho (estrutu-
rar a jornada de trabalho, manter pausas e momentos de descanso e evitar interrupções) é 
de grande importância para uma maneira de promover a saúde ao trabalhar em casa.
O teletrabalho é o trabalho efetuado distante da sede ou local físico da empresa. 
Os teletrabalhadores executam seu trabalho fora dos domínios da empresa; porém, se 
mantêm conectados com seus supervisores e demais colegas por meio das tecnologias de 
informação e comunicação, em tempo real ou não. No Brasil, a Lei nº 12.551/11, conhecida 
como a Lei do Teletrabalho, promoveu o reconhecimento dessa modalidade de trabalho a 
distância na Consolidação das Leis do Trabalho. 
Para a manutenção da saúde, é de extrema importância manter a organização da 
mesa ou posto de trabalho para melhorar a produtividade e também reduzir os esforços 
repetitivos, além de realizar pausas entre uma tarefa e outra, aliviam as tensões do corpo 
e melhoram a atenção.
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO 22
O teletrabalho é um dos indicadores de melhor qualidade de vida e satisfação pro-
fissional na Europa. Consequência disso, é a presença de uma melhor qualidade de vida no 
trabalho, assim como um aumento da eficácia e eficiência. Porém, alguns pesquisadores 
ressaltam desvantagens e desafios da realização e gestão do teletrabalho (GOULART, 
2009; VIEIRA, 2007), sendo: 
 ● Questões familiares (maior convívio x conflitos, confusão entre o espaço privado 
e o espaço profissional);
 ● Limites físicos (espaço familiar x espaço de trabalho);
 ● Distanciamento do convívio e troca de conhecimentos/experiência com a equipe 
de trabalho;
 ● Distanciamento da dinâmica organizacional (redução do vínculo e identidade 
com empresa podendo impactar desempenho e comprometimento);
 ● Necessidade de autogerenciamento; estabelecimento de rotinas; redução dos 
níveis de feedback de desempenho;
 ● Possibilidade de queda de produção em virtude da adaptação;
 ● Gestão do tempo (o efeito negativo sobre horas excessivas de trabalho);
 ● Saúde do teletrabalhador (fadiga ocular, dores e tensões musculares devido à 
má posição de corpo e movimentos repetitivos);
 ● Mudança na cultura de gestão (o controle se desloca para os resultados, possível 
crise da hierarquia tradicional);
 ● Segurança da Informação;
 ● Agravamento de doenças mentais ou compulsões/adições.
Segundo Sigahi et al (2021), no contexto de mudanças drásticas, como a pandemia 
de Covid-19, considerar os trabalhadores e sua subjetividade pode ser decisivo para as or-
ganizações. Trabalhadores de todos os níveis organizacionais podem contribuir com seus 
conhecimentos, habilidades e criatividade para ajudar as organizações a se reestruturarem 
e se adaptarem às novas realidades. Além disso, ao entender como o trabalho está sendo 
afetado pela pandemia, os líderes podem ajudar suas organizações a responder de forma 
mais eficaz a curto prazo e estar melhor preparados a longo prazo.
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 2 REQUISITOS ERGONÔMICOS
 PARA UM BOM POSTO DE
 TRABALHO
TÓPICO
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), o conjunto do mobiliário 
do posto de trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de seus elementos que 
permitam adaptá-lo às características antropométricas que atendam ao conjunto dos traba-
lhadores envolvidos e à natureza do trabalho a ser desenvolvido.
Sempre que o trabalho puder ser executado alternando a posição de pé com a 
posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para favorecer a 
alternância das posições.
Para trabalho manual, os planos de trabalho devem proporcionar ao trabalhador 
condições de boa postura, visualização e operação, e devem atender aos seguintes requi-
sitos mínimos:
a) características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação 
dos segmentos corporais de forma a não comprometer a saúde e não ocasionar amplitudes 
articulares excessivas ou posturas nocivas de trabalho;
b) altura e características da superfície de trabalho compatíveis com o tipo de ativi-
dade, com a distância requerida dos olhos ao campo de trabalho e com a altura do assento;
c) área de trabalho dentro da zona de alcance manual e de fácil visualização pelo 
trabalhador;
d) para o trabalho sentado, espaço suficiente para pernas e pés na base do plano de 
trabalho, para permitir que o trabalhador se aproxime o máximo possível do ponto de operação 
e possa posicionar completamente a região plantar, podendo utilizar apoio para os pés.
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO 24
e) para o trabalho em pé, espaço suficiente para os pés na base do plano de traba-
lho, para permitir que o trabalhador se aproxime o máximo possível do ponto de operação 
e possa posicionar completamente a região plantar.
A área de trabalho dentro da zona de alcance máximo pode ser utilizada para ações 
que não prejudiquem a segurança e a saúde do trabalhador, sejam elas eventuais ou tam-
bém, conforme Análise Ergonômica do Trabalho (AET), as não eventuais.
Para adaptação do mobiliário às dimensões antropométricas do trabalhador, pode 
ser utilizado apoio para os pés sempre que o trabalhador não puder manter a planta dos 
pés completamente apoiada no piso. Os pedais e demais comandos para acionamento 
pelos pés devem ter posicionamento e dimensões que possibilitem fácil alcance, além de 
atender aos requisitos estabelecidos.
Os assentos utilizados nos postos de trabalho devem atender aos seguintes requi-
sitos mínimos:
a) altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
b) sistemas de ajustes e manuseio acessíveis;
c) características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
d) borda frontal arredondada;
e) encosto com forma adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
Antes de mudar os móveis de lugar, seguem algumas dicas sobre a escolha do 
ambiente, sugerindo-se considerar a possibilidade de atendimento da maior parte dos itens 
quanto possível:
 ● Ter espaços suficientes (tanto em relação ao ambiente, quanto em relação ao 
mobiliário em si) que possibilitem o posicionamento e movimentação dos bra-
ços, pernas, tronco e cabeça, de forma que possa facilmente mudar de posição, 
entrar e sair da estação de trabalho, se esticar quando necessário;
 ● A incidência e intensidade dos barulhos internos e externos no local escolhido;
 ● A possibilidade de luz direta ou indireta, artificial ou natural, evitando os possí-
veis reflexos que podem incidir no local, provenientes de espelhos, vidraças, 
objetos brilhantes, a superfície de trabalho ou demais superfícies reflexivas;
 ● O conforto térmico do local considerando a ventilação natural ou por ventilador 
para troca de ar, ou o posicionamento do ar condicionado;
 ● Se há vento no local,observar se atrapalhará a dinâmica e interação (exemplo: 
se papéis e demais objetos leves podem ser movimentados pelo vento);
 ● Se o local está próximo de fontes de odores incômodos.
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO 25
Em relação ao posto de trabalho:
 ● O aspecto mais importante é que seus equipamentos e demais elementos este-
jam de acordo com as dimensões do ocupante. Ajustes podem ser necessários, 
então o mobiliário, especialmente a cadeira, tem que estar preparado para 
pequenas adaptações conforme as características de cada pessoa.
 ● A boa organização da estação de trabalho, com espaços livres para 
movimentação dos braços e operação do mouse e com bom posicionamento 
dos equipamentos é essencial não só para a prevenção de doenças 
ocupacionais, como também para a motivação e satisfação do profissional 
com o seu ambiente de trabalho.
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 3 AVALIAÇÃO DE 
 RISCOS NO AMBIENTE
 DE TRABALHO
TÓPICO
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
O corpo é nossa principal ferramenta para realizar as atividades cotidianas. Contudo, 
ele necessita de alguns cuidados importantes para ser utilizado com maior eficiência, menor 
esforço e menor desgaste durante nossas atividades diárias, principalmente aquelas de 
trabalho repetitivo ou quando permanecemos por longos períodos em uma mesma posição.
Diante disso, desenvolver as capacidades corporais é de extrema importância como 
forma de prevenir futuras lesões e doenças ocupacionais. O desenvolvimento de força e 
resistência muscular ajuda a reduzir o esforço em determinadas musculaturas ou estrutura 
corporal. Já a flexibilidade amplia a capacidade de mobilidade e amplitude dos movimentos, 
reduzindo possíveis dores e desconfortos. Além da parte física sabemos da importância 
de nos mantermos mentalmente saudáveis e isso também, de certa forma, passa pelas 
atividades desenvolvidas diariamente.
A postura envolve uma relação dinâmica na qual as partes do corpo, principalmen-
te os músculos esqueléticos, se adaptam em resposta a estímulos recebidos. Segundo 
Andersson (1999), o modelo biomecânico da coluna do homem não foi construído para 
permanecer por longos períodos na posição sentada, manter posturas estáticas ou realizar 
movimentos repetitivos. 
É sabido há décadas que a manutenção prolongada da postura sentada pode oca-
sionar problemas biomecânicos por sobrecarga da musculatura de estabilização na coluna 
vertebral, aumentar a tensão e rigidez muscular, influencia na redução do retorno venoso dos 
membros inferiores e compressão de vísceras e diafragma. Então como prevenir lesões ?
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO 27
A prevenção e a reabilitação dos DORT envolvem a análise das caracterís-
ticas do funcionário, da demanda física do trabalho e da forma como este é 
apresentado e percebido pelo empregado. Os resultados dessas análises 
devem ser usados para definir um programa de intervenção específico e efi-
ciente (FERREIRA et al, 2009, pág. 49-54).
 A escolha dos métodos para a análise ergonômica depende da natureza e do 
propósito da investigação. A análise pode ser feita por autorrelato, técnicas de observação 
simples e avançada e avaliação direta. As técnicas de observação simples são realizadas 
por um observador e avaliam, em geral, a postura e posição dos segmentos corporais, 
estabelecendo pontuações para o nível de risco ergonômico. 
O autorrelato é obtido por entrevistas e questionários de fácil aplicação e baixo cus-
to, como por exemplo o Short-Form 36 (SF-36), que avalia a capacidade funcional, estado 
geral de saúde, aspectos sociais, entre outros, há também a Rapid Upper Limb Assessment 
(RULA) que avalia a sobrecarga nos braços e pescoço. A Análise Ergonômica Focada na 
Atividade (AEFA), que avalia as condições do ambiente de trabalho e o Checklist de Couto, 
que é utilizado para identificar, entre outros fatores, a sobrecarga física, força com as mãos 
e repetitividade. (Autor, 2023)
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO 28
As medidas de distanciamento social adotadas para conter a disseminação do vírus levam à necessidade 
da avaliação de quantos trabalhos podem ser realizados remotamente, em casa. Mas será que todos os 
empregos podem ser exercidos na modalidade de teletrabalho? Esta nota técnica aborda de uma forma 
interessante o assunto. 
Fonte: GÓES, G.S; MARTINS, F.S; NASCIMENTO, J.A.S. Potencial de teletrabalho na pandemia: um retrato 
no Brasil e no mundo. Carta Conjunt.(Inst. Pesqui. Econ. Apl.), p. 1-10, 2020.
“Precisamos adotar uma abordagem mais flexível em relação ao local de trabalho e ao trabalho que faze-
mos; uma que nos forneça o espaço físico e cognitivo para aproveitar o incrível poder, insights e experiên-
cia que oferecemos, porém, focado não nos processos individuais, mas nos resultados gerais que nossas 
organizações estão buscando alcançar”. Nesta afirmação de David Coplin, autor e antigo executivo da Mi-
crosoft, podemos destacar a importância dos ajustes ergonômicos para um melhor rendimento no trabalho 
e no teletrabalho sempre levando em consideração os aspectos abordados nesta unidade.
Fonte: MARQUES, N. A Eficácia do Home Office em Tempos de Pandemia. Rev. Natalia Marques Antunes. 
Disponível em: https://www.nataliamantunes.com.br/blog/mostrar/170. Acesso em: 20 de nov. de 2021.
https://www.nataliamantunes.com.br/blog/mostrar/170
29
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
Nesta unidade pudemos aprender sobre as políticas que envolvem o trabalho e 
teletrabalho focadas na saúde do trabalhador, analisando vantagens e desvantagens das 
ferramentas apresentadas e destacando a importância dos requisitos ergonômicos para um 
bom posto de trabalho, seja em casa ou na empresa. 
Destacamos pontos importantes no que diz respeito à avaliação de riscos no ambien-
te de trabalho e os recursos que podemos utilizar, a fim de evitar consequências negativas 
do estresse psicológico e físico, levando em consideração o design ergonômico do local de 
trabalho. Vimos também a importância da organização do horário de trabalho (estruturar a 
jornada de trabalho, manter pausas e unidades de regeneração e evitar interrupções) é de 
grande importância para uma maneira promotora da saúde de trabalhar em casa.
Aprendemos que, no Brasil, a Lei nº 12.551/11, conhecida como a Lei do Teletra-
balho, promoveu o reconhecimento dessa modalidade de trabalho a distância na Consoli-
dação das Leis do Trabalho e anda junto com a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), o 
conjunto do mobiliário do posto de trabalho deve apresentar regulagens em um ou mais de 
seus elementos que permitam adaptá-lo para melhor execução do trabalho.
Inserimos na nossa avaliação o autorrelato obtido por entrevistas e questionários 
de fácil aplicação e baixo custo, como por exemplo o Short-Form 36 (SF-36), o Rapid Upper 
Limb Assessment (RULA), a Análise Ergonômica Focada na Atividade (AEFA), que são 
ferramentas utilizadas para identificar fatores importantes relacionados ao trabalho. 
Bons estudos !
 
 
30UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
LEITURA COMPLEMENTAR
Quer saber mais sobre a atenção à ergonomia no home office? Leia as reportagens 
a seguir:MATÉRIA 1: O sonho do ‘home office’ vira pesadelo na pandemia
Esta reportagem aborda a romantização que costumava ocorrer acerca do “home 
office” e como a Covid-19 obrigou empresas e funcionários a trabalhar remotamente sem que 
estivessem preparados, abordando as dificuldades físicas e psicológicas dos trabalhadores.
Fonte: ALFAGEME, A. O sonho do ‘home office’ vira pesadelo na pandemia. Rev. 
El País, São Paulo, 09 de agosto de 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/socieda-
de/2020-08-09/o-teletrabalho-nao-era-isto.html . Acesso em: 20 nov. 2021.
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-08-09/o-teletrabalho-nao-era-isto.html
https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-08-09/o-teletrabalho-nao-era-isto.html
31UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
MATÉRIA 2: Atenção à ergonomia no home office
A matéria abaixo dá dicas de cuidados no escritório de casa são essenciais para 
o bem-estar e a produtividade no trabalho abordando aspectos relacionados ao ambiente, 
mesa, cadeira, iluminação e pausas necessárias.
Fonte: Casa Paranaense. Atenção à ergonomia no home office. Estúdio C, Paraná, 
12 de novembro de 2011. Disponível em: https://gshow.globo.com/RPC/Estudio-C/casa-para-
naense/noticia/atencao-a-ergonomia-no-home-office.ghtml. Acesso em: 20 nov. 2021.
https://gshow.globo.com/RPC/Estudio-C/casa-paranaense/noticia/atencao-a-ergonomia-no-home-office.ghtml
https://gshow.globo.com/RPC/Estudio-C/casa-paranaense/noticia/atencao-a-ergonomia-no-home-office.ghtml
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MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 2 SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO E TELETRABALHO
LIVRO
Título: Ergonomia-Interpretando a NR-17: Manual Técnico e 
Prático para a Interpretação da Norma Regulamentadora 17
Autores: Alexandre Pinto da Silva
Ano: 2013.
Editora: LTr; 1ª edição
Sinopse: Este livro aborda de forma atualizada, clara e objetiva 
todos os dizeres da Norma Regulamentadora 17 – Ergonomia, 
interpretando as questões técnicas que devem ser observadas 
para a manutenção das condições de conforto em um ambien-
te de trabalho.
FILME / VÍDEO
Título: Nova Norma Regulamentadora nº 17 (NR 17) - Principais 
Itens conforme Portaria nº 423 de 04/10/21 - 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=1vNrT_s83yM
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Plano de Estudos
• Ginástica laboral e exercício físico;
• A importância da ergonomia para o terapeuta.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a aplicabilidade da 
 ginástica laboral e do exercício físico na 
 promoção e prevenção de distúrbios musculo-
 esqueléticos;
• Entender como a ergonomia pode influenciar 
 positivamente na saúde do profissional da área 
 da saúde.
3UNIDADEUNIDADE
PROFISSIONAL DAPROFISSIONAL DA
SAÚDE NA PROMOÇÃOSAÚDE NA PROMOÇÃO
E PREVENÇÃO DAE PREVENÇÃO DA
SAÚDE - INDIVIDUAL SAÚDE - INDIVIDUAL 
E COLETIVAE COLETIVA
 Professor Esp. Thiago Alberto Cavazzani
34
INTRODUÇÃO
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
Estudante, aqui nesta unidade, estudaremos sobre os conceitos e aplicabilida-
des da ginástica laboral e exercício físico como recursos na prevenção e tratamento de 
distúrbios musculoesqueléticos na saúde do trabalhador. Veremos que, em nível global, 
a incapacidade causada pela dor lombar aumentou mais de 50% desde 1990. Será 
possível observar o impacto positivo da prática regular de exercício físico na qualidade 
de vida dos indivíduos, redução de risco de doenças cardiovasculares e diabetes, dimi-
nuição dos níveis elevados de colesterol e regulação da pressão arterial.
Além disso, abordaremos a importância do fato de ter um profissional da área da 
saúde próximo a empresas para acompanhamento e orientações que mais sofrem carga 
física durante suas atividades de trabalho, portanto o preparo da equipe de saúde, do 
ambiente e aspectos ergonômicos importantes associados aos exercícios e execução do 
trabalho realizado pelos profissionais serão pontuados nesta unidade.
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 1 GINÁSTICA LABORAL
 E EXERCÍCIO FÍSICO
TÓPICO
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
Como vimos nas unidades anteriores, Distúrbios Musculoesqueléticos (DMEs) 
são frequentemente associados a fatores de risco ergonômicos, e há uma associação 
entre as posições socioeconômicas dos trabalhadores e a dor musculoesquelética em 
vários locais anatômicos da dor. Leclerc et al (2016) aponta que evidências sugerem 
características de risco ergonômico, incluindo estresse de contato, postura embaraço-
sa (posições do corpo que se desviam significativamente da posição neutra durante a 
realização de atividades de trabalho) e repetição são a principal causa de muitos DMEs 
associados a questões ergonômicas.
Dados do estudo Working Environment and Health (2018), representando a popu-
lação ativa em geral na Dinamarca, mostram que a proporção de dor musculoesquelética 
várias vezes por semana aumentou de 31% em 2012 para 33% em 2018. Especificamente, 
a dor lombar e cervical é altamente prevalente entre os trabalhadores e as principais causas 
de incapacidade em países de alta renda. Em nível global, a incapacidade causada pela dor 
lombar aumentou mais de 50% desde 1990.
Van Eerd et al (2016) apontou, que em comparação com locais de trabalho seden-
tários (ou seja, trabalho de escritório), também pode ser mais desafiador implementar com 
sucesso soluções eficazes em locais de trabalho com trabalho fisicamente exigente devido 
às diferenças óbvias tanto na natureza do trabalho, design da estação de trabalho quanto 
na organização do trabalho. 
36UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
A prática regular de exercício físico contribui com a qualidade de vida dos indivíduos, 
reduzindo o risco de doenças cardiovasculares e diabetes, diminuindo os níveis elevados 
de colesterol e regulando a pressão arterial. Além disso, a prática de exercício físico regular 
favorece a redução do estresse diário e reduz os riscos para depressão e ansiedade. Da 
mesma forma, um programa adequado de exercícios tem, também, papel importante na 
prevenção de lesão e no controle da dor muscular, uma vez que a musculatura fortalecida 
tem fator de proteção para as articulações e que o alongamento proporciona irrigação dos 
tecidos e relaxamento muscular, aliviando dores residuais do esforço físico.
O Comitê deErgonomia da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EB-
SERH (2019) juntamente com a Universidade Federal de Pelotas, apontam em seu manual 
que, preocupadas com a saúde do colaborador as empresas de modo geral, destaca-se a 
importância da Ginástica Laboral, que é um conjunto de práticas físicas elaboradas, durante 
o expediente, a partir da atividade profissional exercida, visando preparar ou relaxar as es-
truturas mais utilizadas no trabalho, compensar musculaturas com sobrecarga ou esforços 
repetitivos ou ainda ativar as que não são muito requeridas durante o expediente diário. 
As práticas físicas no local de trabalho visam prevenir a fadiga muscular, corrigir 
vícios posturais, prevenir as doenças por traumas cumulativos e diminuir o índice de aci-
dentes do trabalho; além de valorizar e incentivar a prática de exercícios como instrumento 
de promoção da saúde e do desempenho profissional.
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 2 A IMPORTÂNCIA DA
 ERGONOMIA PARA
 O PROFISSIONAL DE SAÚDE
TÓPICO
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
Segundo Peres (2002), podemos estar fazendo uma comparação com as ativida-
des laborativas “braçais”, fazendo uma analogia aos profissionais da área da saúde que 
mais sofrem carga física durante suas atividades de trabalho, pelas posturas adotadas 
durante os atendimentos aos seus pacientes. A dor em membros superiores e coluna 
vertebral por movimentos repetitivos e posturas prolongadas ou inadequadas durante as 
atividades de trabalho, também pode afetar a saúde dos desses profissionais, assim não 
especificando a sua atividades no entanto, faz se necessário observar e orientar esses 
profissionais a prevenir fatores que poderiam levar a lesões ou desgastes osteomuscula-
res relacionado ao trabalho.
Adequar a postura do colaborador durante a movimentação do paciente evita riscos 
e o desenvolvimento de lesões musculares com consequente afastamento. Neste momento 
analisaremos a adequação postural dos profissionais da área da saúde para os reposicio-
namentos do paciente no leito, as mudanças de decúbitos e as transferências.
Para adequar a postura dos terapeutas, levando em consideração aspectos er-
gonômicos, é necessário diferenciar os tipos de movimentações a serem realizadas com 
o paciente, pois cada tipo exige um esforço físico diferente do trabalhador. Esse manual 
diferenciará as movimentações com paciente em três sub-tópicos: mudança de decúbito, 
reposicionamento no leito e transferência de paciente. Algumas movimentações exigem 
o uso de dispositivos auxiliares, neste manual falaremos sobre o uso do guincho e do 
passante para transferência do paciente.
38UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
2.2 Orientações Para Preparo Do Ambiente 
Antes de realizar a movimentação do paciente preparar o ambiente e os equipa-
mentos, removendo obstáculos e observando a disposição do mobiliário; Obter condições 
seguras com relação ao piso; Colocar o suporte de soro ao lado da cama, quando necessá-
rio; Travar as rodas da cama, maca e cadeira de rodas ou solicitar auxílio adicional; Adaptar 
a altura da cama ao trabalhador e ao tipo de procedimento que será realizado.
2.3 Orientações Para Preparo Da Equipe 
Deixar os pés afastados e totalmente apoiados no chão; Manter as costas eretas; 
Usar o peso corporal como um contrapeso ao do paciente; Flexionar os joelhos ao invés 
de curvar a coluna; Utilizar movimentos sincrônicos; Trabalhar o mais próximo possível do 
corpo do paciente; Usar uniforme que permita liberdade de movimentos e sapatos apropria-
dos; Realizar a manipulação de pacientes com a ajuda de, pelo menos, mais uma pessoa.
2.4 Dicas Ergonômicas
Conheça o seu ambiente de trabalho e estratégias para tornar sua função menos 
cansativa; planeje pausas de 5 a 10 minutos a cada hora de trabalho, aproveite para alon-
gar-se, relaxar os músculos e a mente.
Use roupas confortáveis e jalecos que permitam a livre movimentação do corpo, a 
mobilidade é essencial para prevenir lesões; se você trabalha em pé, intercale com períodos 
sentado e se você trabalha sentado, aproveite as pausas para levantar e caminhar um pouco. 
Na assistência, use a cama hospitalar a seu favor. As camas do hospital possuem 
ajustes de altura e posicionamento que são de simples manuseio. Por meio destes é pos-
sível elevar toda a cama, elevar a cabeceira ou os pés, transformar a cama em poltrona ou 
inclinar a cabeceira para baixo. Usando os ajustes da cama, pode-se evitar a sobrecarga 
de peso e a curvatura excessiva da coluna. 
Para utilizar a cama nas transferências de pacientes, ajuste a altura da mesma 
entre a sua cicatriz umbilical e as cristas ilíacas favorecendo o correto posicionamento da 
coluna ao transferir o paciente. Se necessário, afaste os membros inferiores alargando a 
sua base ao invés de fletir a coluna. 
Nota-se, portanto, que o terapeuta não deve se preocupar apenas com a pre-
venção de dor e lesões de seus pacientes, mas com a sua saúde também, por isso 
recomendam-se medidas preventivas já abordadas em nossas unidades, destacando a 
prática de atividades físicas. 
39UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
Quase metade dos brasileiros não praticam atividades físicas regulares. A informação vem de um estudo 
feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou dados dos últimos 15 anos e concluiu que 
47% das pessoas não têm o hábito de se exercitar com frequência. O sedentarismo é um dos principais 
fatores associados ao agravamento de doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto, com impactos 
na qualidade de vida e na produtividade. Quer saber mais sobre a ginástica laboral e o exercício físico? Leia 
a reportagem a seguir:
Fonte: GINÁSTICA laboral on-line reduz o sedentarismo em home office. G1. Disponível em: https://g1.
globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2021/11/10/ginastica-laboral-on-
-line-reduz-o-sedentarismo-em-home-office.ghtml. Acesso em: 10 fev.2022.
https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2021/11/10/ginastica-laboral-on-line-reduz-o-sedentarismo-em-home-office.ghtml
https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2021/11/10/ginastica-laboral-on-line-reduz-o-sedentarismo-em-home-office.ghtml
https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/fiep/sistema-fiep/noticia/2021/11/10/ginastica-laboral-on-line-reduz-o-sedentarismo-em-home-office.ghtml
40UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
“O bom design acontece quando o designer se torna o usuário”. Esta frase, de autor desconhecido, nos 
leva a uma reflexão importante da relação dos terapeutas/profissionais da área da saúde com sua própria 
saúde. Afinal, quem cuida desses profissionais? É necessário respeitar, também, os aspectos ergonômicos 
exigidos durante o exercício da nossa profissão.
Fonte: O autor (2022).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
Observamos, nesta unidade, o quanto a prática regular de exercício físico é capaz 
de contribuir com a qualidade de vida dosindivíduos (incluindo fisioterapeutas), reduzindo o 
risco de doenças cardiovasculares e diabetes, diminuindo os níveis elevados de colesterol 
e regulando a pressão arterial. 
Nota-se a importância que os programas adequados de exercícios têm no que diz 
respeito à prevenção de lesão e no controle da dor muscular, práticas físicas no local de 
trabalho visam prevenir a fadiga muscular, corrigir vícios posturais, prevenir as doenças por 
traumas cumulativos e diminuir o índice de lesões no trabalho. 
A unidade apresentou dicas práticas para o preparo do ambiente, orientações para 
o preparo de toda a equipe e dicas ergonômicas para o próprio fisioterapeuta. Tais dicas 
são extremamente valiosas para o contexto da atuação do fisioterapeuta, principalmente 
em ambientes hospitalares. Deve-se lembrar, além disso, das pausas ativas abordadas em 
outras unidades e da prática de exercícios físicos como manutenção da qualidade de vida.
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LEITURA COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
ARTIGO 1: Covid-19 e dores na coluna foram principais motivos de afastamento 
do trabalho em 2021
Esta reportagem traz informações preciosas em relação a dores na coluna e Co-
vid-19 foram os principais motivos que afastaram pessoas dos seus postos de trabalho em 
2021. Destaca-se, nela, a importância da ginástica laboral para o trabalhador e como ele se 
sente melhor ao realizar os exercícios, não só fisicamente como mentalmente. 
Fonte: Redação Diário do Nordeste. Covid-19 e dores na coluna foram principais 
motivos de afastamento do trabalho em 2021. Rev. Diário do Nordeste, 23 dez.2021. Dis-
ponível em: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/educalab/covid-19-e-dores-na-
-coluna-foram-principais-motivos-de-afastamento-do-trabalho-em-2021-1.3173834. Acesso 
em: 23 dez.2021.
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/educalab/covid-19-e-dores-na-coluna-foram-principais-motivos-de-afastamento-do-trabalho-em-2021-1.3173834
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/educalab/covid-19-e-dores-na-coluna-foram-principais-motivos-de-afastamento-do-trabalho-em-2021-1.3173834
43UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
ARTIGO 2: Ginástica laboral transforma rotina de colaboradores no Verso
Nesta outra, destacam a capacidade que os exercícios têm para promover o bem-
-estar dos funcionários da unidade do Governo de Goiás em Santa Helena, impactando 
positivamente a assistência aos pacientes.
Fonte: ALVES, M. Ginástica laboral transforma a rotina de colaboradores no Herso. 
Secretaria De Estado Da Saúde De Goiás, Goiás, 29 de outubro de 2020. Disponível em: 
https://www.saude.go.gov.br/noticias/14009-ginastica-laboral-transforma-rotina-de-cola-
boradores-no-herso. Acesso em: 20 nov. 2021.
https://www.saude.go.gov.br/noticias/14009-ginastica-laboral-transforma-rotina-de-colaboradores-no-herso
https://www.saude.go.gov.br/noticias/14009-ginastica-laboral-transforma-rotina-de-colaboradores-no-herso
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MATERIAL COMPLEMENTAR
UNIDADE 3 PROFISSIONAL DA SAÚDE NA PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA SAÚDE - INDIVIDUAL E COLETIVA
LIVRO
Título: Ginástica Laboral. Estratégia Para a Promoção da Quali-
dade de Vida do Trabalhado
Autor: Josenei Braga dos Santos.
Editora: Editora Phorte; 1ª edição (7 março 2014).
Sinopse: Com o presente livro, pretende-se estabelecer a relação 
da GL com a Ergonomia, a qual se mostra como uma estratégia 
efetiva para viabilizar a melhora do ambiente de trabalho e da 
qualidade de vida do trabalhador. Dessa forma, o autor enfatiza 
a sua preocupação com o profissional da área de Educação Físi-
ca, que necessita dos conhecimentos da Ergonomia para poder 
desenvolver melhor suas ações com os programas de atividade 
física na empresa, e que tais conhecimentos sejam incluídos 
nos cursos de bacharelado em Educação Física no Brasil.
FILME / VÍDEO 
Título: Palestra - A importância da Ginástica Laboral
Ano: 2011.
Sinopse: Palestra “A importância da Ginástica Laboral” da Pro-
fª. Raquele Tiana Kolher -- UCDB/SESI, durante a “Semana do 
Profissional de Educação Física” realizado pelo CREF11/MS-MT 
(Conselho Regional de Educação Física da 11ª Região MS-MT), 
entre os dias 1 e 3 de setembro de 2011.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=4I-g7UcCI4E
https://www.youtube.com/watch?v=4I-g7UcCI4E 
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Plano de Estudos
• Conceitos e Definições acerca da NR 17;
• Campos de estudo da NR 17;
• Breve histórico da NR 17;
• Tipos de aplicações para a NR 17.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar a NR 17;
• Compreender os tipos de aplicações da NR 17;
• Estabelecer a importância da NR 17 no ambiente 
 de trabalho.
4UNIDADEUNIDADE
 Professor Esp. Thiago Alberto Cavazzani
A NORMA A NORMA 
REGULAMENTADORA REGULAMENTADORA 
17 (NR-17)17 (NR-17)
46
INTRODUÇÃO
Olá, estudante! 
 Nesta unidade, iremos estudar a Norma regulamentadora 17 (NR 17). Aqui apren-
deremos sobre a aplicação da NR 17 no contexto do pro issional de saúde e como estes 
pro issionais podem se embasar na NR 17. Além disso, vamos aprender também como a 
NR 17 ajuda os pro issionais de diversas áreas a prevenir e tratar doenças que podem estar 
relacionadas ao ambiente laboral.
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
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47
 1 O ADOECIMENTO
 NO AMBIENTE DE
 TRABALHO
TÓPICO
UNIDADE 4 A NORMA REGULAMENTADORA 17 (NR-17)
As questões que envolvem a influência do contexto laboral na saúde dos indivíduos 
vem atraindo cada vez mais a atenção de pesquisadores pelo mundo. Isto se deve ao 
aumento do absenteísmo em geral. O afastamento do trabalho gera inúmeros ônus ao em-
pregado e ao empregador, atraindo assim a atenção dos empregadores para a manutenção 
da qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Os trabalhadores permanecem focados na realização de suas atividades 
laborais durante a jornada, assumindo diferentes posturas e posições, sendo algumas 
prejudiciais, como exemplo o manuseio de cargas e sobrecargas. As diferentes posturas 
adotadas no trabalho são indicadores que permitem o entendimento da relação entre a 
tarefa e a atividade, pois são resultados de como os postos de trabalho, das máquinas 
e equipamentos utilizados, ritmo de trabalho, exigências cognitivas, são dispostas. A 
organização do trabalho contempla o estudo da divisão das tarefas, as competências, 
os turnos, controleP et al. Effect of four computer keyboards in computer users with 
upper extremity musculoskeletal disorders. American journal of industrial medicine, v. 
35, n. 6, p. 647-661, 1999.
VAN EERD, D. et al. Effectiveness of workplace interventions in the prevention of 
upper extremity musculoskeletal disorders and symptoms: an update of the evidence. 
Occupational and Environmental Medicine, v. 73, n. 1, p. 62-70, 2016.
VIEIRA, M.C.A. Comunicação empresarial: etiqueta e ética nos negócios. Senac, 2007.
YASSI, A. Repetitive strain injuries. The Lancet, v. 349, n. 9056, p. 943-947, 1997.
62
A Disciplina Doenças do Trabalho faz parte das disciplinas complementares em diver-
sas Graduação devido a sua importância na formação de diversos profissionais, pois, vemos 
a necessidade de informar e trazer conhecimentos intimamente relacionado a área Laboral/
Ocupacional, a disciplina esta pautada na compreensão das Doenças Osteomusculares 
Relacionada ao Trabalho (DORT) que acaba acometendo os colaboradores/trabalhadores. 
Toda e qualquer disfunção apresentada no ambiente laboral temos que ter uma ótica de que 
a prevenção, informação, orientação ira auxiliar na melhor qualidade de trabalho, produção e 
consequentemente melhora na qualidade de vida do trabalhado, com isto, mantendo um bom 
relacionamento empregado-empregador e uma vida mais produtiva na empresa.
 As ações propostas para a empresas também são pautadas em bons movimentos, 
exercícios terapêuticos, que seguem princípios da área da saúde, no entanto, far-se-á 
necessário uma analise correta, aprendidos aqui.
A avaliação ergonômica está intimamente relacionada a avaliação das atividades 
desempenhadas no âmbito laboral, indo além, sempre acompanhando o índice de mani-
festação que poderá ser gerado em um determinado ambiente, neste diapasão, é muito 
importante identificarmos o fator causal para que com isto, consigamos traçar meios e mé-
todos preventivos e ou instrumentos para minimizar auxiliar a atividade ali desempenhada.
 Por isso, é muito importante conhecer o ambiente de trabalho, os movimentos ali 
desempenhados, conhecer toda a parte de biomecânica e avaliar todos os mecanismos 
que poderão sobrecarregar as estruturas musculoesquelética.
Alguns recursos de avaliação, orientação e prevenção também foram abordados 
nesta disciplina, como a parte geral, introdução, todo o passo-a-passo, algumas disfunções 
gerais e disfunções especificas, sendo avaliadas de maneira pormenorizada. Criar uma óti-
ca diferente de como visualizar o colaborador, não ficar cego apenas nos sinais e sintomas 
e sim ir além, descobrir o fator causal, e assim realizar a intervenção correta.
Podemos observar que Empresa (empregador) tem que ir de encontro com o 
empregado, pois um ira ajudar o outro, se a empresa fornece condições de trabalho de 
maneira ideal, o trabalho será desempenhado com mais eficiência que consequentemente 
acarretara em aumento da produtividade.
Considere que estes conhecimentos formam base para a compreensão de outras 
disciplinas, tanto aquelas com características especifica quanto de maneira geral. Por isso, 
esperamos que você tenha compreendido a importância do conteúdo, algumas ações que 
deveremos adotar como rotina e poderemos estar corrigindo alguns vícios, e ainda mais, 
siga na direção do seu objetivo final: o de ser um profissional amplamente qualificado.
 
Até uma próxima oportunidade. Muito obrigado!
CONCLUSÃO GERAL
ENDEREÇO MEGAPOLO SEDE
 Praça Brasil , 250 - Centro
 CEP 87702 - 320
 Paranavaí - PR - Brasil 
TELEFONE (44) 3045 - 9898
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	Botão 9: 
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	Unidade 04:

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