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Autores: Prof. José Carlos Roncolato da Frota
 Prof. José Humberto Ataulo Nunes
Colaboradores: Profa. Solimar Garcia
 Prof. Maurício Felippe Manzalli
Canais de Distribuição 
e Estoque
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Professores conteudistas: José Carlos Roncolato da Frota / 
José Humberto Ataulo Nunes
José Carlos Roncolato da Frota
Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Paulista (UNIP) e pós‑graduação em Formação para 
Educação à Distância pela mesma instituição. Atua como coordenador dos cursos de Gestão na unidade Alphaville, na 
qual também é professor das disciplinas de Economia e Mercado, Teoria e Prática Cambial, Negócios Internacionais, 
Técnicas de Negociação e Mercado de Capitais. Atuou por aproximadamente 10 anos na iniciativa privada entre 
cargos na área financeira e na área de compras. Junto ao Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região desenvolveu 
atividades como assessor econômico. Além de atuar na UNIP, tanto presencial quanto à distância, leciona em outras 
instituições de ensino superior e também na Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão da 
PUC‑SP (Cogeae) nos cursos de Recrutamento e Seleção por Competência e no curso de Gestão da Diversidade das 
Organizações.
José Humberto Ataulo Nunes
Mestre e doutor em comércio internacional pela Universidade de São Paulo (Prolam/USP). Ex‑coordenador 
pedagógico do curso de Logística do Pronatec e professor titular da Universidade Paulista (UNIP) na área de economia 
e finanças nos cursos de Gestão Financeira, Administração de Empresas, Ciências Econômicas e Direito. Possui 
pós‑graduação em formação de professores (2011) e graduação em Ciências Econômicas na Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (2002). É pesquisador nas áreas de integração financeira e produtiva da América Latina, com 
estudos sobre os sistemas financeiros e internacionalização de empresas, e gestor empresarial por 22 anos em empresas 
multinacionais na área de administração, operações e logística.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
F941c Frota, José Carlos Roncolato da.
Canais de Distribuição e Estoque / José Carlos Roncolato da 
Frota, José Humberto Ataulo Nunes. ‑ São Paulo: Editora Sol, 2018.
192 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXIV, n. 2‑063/18, ISSN 1517‑9230.
1. Cadeias de abastecimento. 2. Distribuição.3. Armazenagem. I. 
Nunes, José Carlos Ataulo. II. Título.
CDU 658.7
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona‑Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Marcilia Brito
 Lucas Ricardi
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Sumário
Canais de Distribuição e Estoque
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 MARKETING E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................9
1.1 A integração entre marketing e logística ................................................................................... 12
1.1.1 Canais de distribuição para consumidores ................................................................................... 15
1.2 Canais de distribuição para empresas .......................................................................................... 17
1.3 Canais de distribuição de serviços ................................................................................................. 18
1.4 Sistema multicanal .............................................................................................................................. 18
1.5 Planejamento dos canais de distribuição ................................................................................... 19
1.5.1 Venda direta versus venda indireta ................................................................................................. 19
1.5.2 Seleção de intermediários para o canal......................................................................................... 19
1.5.3 Avaliação de canais e intermediários ............................................................................................. 20
1.6 Campanhas de incentivo para os canais de distribuição ..................................................... 22
1.7 Aspectos legais na gestão de canais de distribuição ............................................................. 22
2 CADEIAS DE ABASTECIMENTO ................................................................................................................... 23
2.1 Planejamento de suprimentos e distribuição ........................................................................... 28
2.1.1 Planejamento de suprimentos........................................................................................................... 29
2.1.2 Processo de distribuição ...................................................................................................................... 51
Unidade II
3 PROCESSOS DE CONTROLE DE RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM ............................................. 61
3.1 Recebimento de materiais ................................................................................................................ 61
3.2 Processo de armazenagem ............................................................................................................... 64
3.2.1 Classificação ABC .................................................................................................................................... 65
4 PROCESSO DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ................................................................................. 67
4.1 Manuseio de materiais ....................................................................................................................... 68
4.1.1 Sistema Dewey ......................................................................................................................................... 68
4.1.2 Federal Supply Classification (FSC) .................................................................................................. 69
4.1.3 Codificação de material .......................................................................................................................70
4.1.4 Equipamentos de espera ...................................................................................................................... 70
4.1.5 Relação símbolos e manuseio ............................................................................................................ 71
4.2 Processo de expedição ....................................................................................................................... 72
4.3 Estocagem ............................................................................................................................................... 73
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4.3.1 Gráfico dente de serra .......................................................................................................................... 74
4.3.2 Estoque mínimo ...................................................................................................................................... 75
4.3.3 Estoque médio ......................................................................................................................................... 75
4.3.4 Giro do estoque ....................................................................................................................................... 77
4.4 Inventário ................................................................................................................................................ 78
Unidade III
5 GESTÃO DE ESTOQUES E CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO ..................................................................... 84
5.1 A armazenagem e os modelos de distribuição ........................................................................ 85
5.1.1 Distribuição com carga consolidada ............................................................................................... 86
5.1.2 Modelo de distribuição transit point .............................................................................................. 86
5.2 Segmentos que se utilizam de centros de distribuição ........................................................ 87
5.3 Gestão de estoques ............................................................................................................................. 97
5.4 Decisões relacionadas aos CDs ....................................................................................................... 99
5.4.1 Local de instalação ................................................................................................................................. 99
5.4.2 Projeto .......................................................................................................................................................100
5.4.3 Análise do mix de produtos ..............................................................................................................100
5.4.4 Expansão ..................................................................................................................................................101
5.4.5 Layout ........................................................................................................................................................102
5.4.6 Dimensionamento ................................................................................................................................106
6 CD COMO VANTAGEM COMPETITIVA ....................................................................................................106
6.1 Benefícios econômicos .....................................................................................................................107
6.2 Benefícios do serviço ........................................................................................................................109
6.3 Classificação do CD: próprios, independentes, terceirizados............................................110
6.4 Distribuição em rede .........................................................................................................................110
6.5 Sistema de informações gerenciais e tecnologias aplicadas à logística ......................112
6.5.1 Sistemas integrados de gestão (ERP) ............................................................................................ 112
6.6 Gestão de custos e serviços aos clientes ..................................................................................123
6.6.1 Os trade‑offs entre transportes, estoques e serviços aos clientes ................................... 125
Unidade IV
7 DESAFIOS EM DISTRIBUIÇÃO E ARMAZENAGEM .............................................................................139
7.1 Pessoal em logística e distribuição ..............................................................................................146
7.2 O relacionamento com os canais de distribuição .................................................................148
8 FERRAMENTAS DA QUALIDADE ...............................................................................................................149
8.1 O que é qualidade? ............................................................................................................................151
8.2 Just‑in‑time (JIT) ................................................................................................................................157
8.3 Programa 5S .........................................................................................................................................159
8.4 Housekeeping.......................................................................................................................................160
8.5 ISO 9000:2000 .....................................................................................................................................161
8.6 Modelo de excelência da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) ................................164
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APRESENTAÇÃO
O atual contexto empresarial, caracterizado por ampla concorrência nos mercados, apresenta um 
desafio crescente para as organizações que buscam adquirir diferenciais competitivos e melhorias no 
atendimento aos clientes, e entre essas ações estratégicas destaca‑se a necessidade de implantação de 
canais de distribuição de produtos eficientes e voltados ao perfil dos clientes. 
Neste sentido, é necessário para a formação do gestor comercial conhecer os conceitos e as formas 
de operação desse importante componente da ação de vendas em função dos impactos que produzem 
em termos de definição de mix de produtos, política comercial e distribuição física com a formação de 
parcerias estratégicas de distribuição denominadas canais de distribuição para atendimento aos clientes 
e identificação de oportunidades de negócios.
O comportamento dos clientes vem apresentando uma grande mudança com a utilização de diversos 
canais de compra e de pesquisa que demonstram interesse em adquirir produtos e serviços através de 
várias empresas e de diversas formas e localidades interagindo em vários momentos de compra, e as 
empresas terão que ser velozes no que se refere à gestão das estratégias de distribuição e vendas.
A disciplina Canais de Distribuição e Estoques permite ao gestor comercial compreender o funcionamento 
das cadeias de abastecimento e distribuição em suas características estratégicas e operacionais, em que as 
empresas podem escolher entre manter parte ou a totalidade de seus estoques disponível em centros de 
distribuição (CD) próximos aos mercados com acesso rápido e entregas constantes.
Para compreender essas questões, estudaremos a organização e o funcionamento de um canal 
de distribuição e a estrutura de um centro de abastecimentodestacando aspectos logísticos, como 
transportes, estoques e serviços aos clientes. 
Inicialmente apresentaremos a integração entre as áreas de marketing e logística destacando os 
aspectos principais da gestão dos canais de distribuição de produtos e serviços com a utilização de 
modelos de negócios de venda ao consumidor, venda a empresas e venda de serviços com a utilização 
de intermediários na prestação de serviço logístico, como atacadistas, varejistas e distribuidores. Serão 
descritos os principais processos que compõem a cadeia de abastecimento das empresas dando ênfase na 
importância das informações recebidas da área comercial e marketing através da elaboração da previsão 
de vendas, que é a base de informações e dá suporte à gestão da distribuição física das empresas através 
de três processos logísticos: logística de suprimentos, logística de produção e logística de distribuição.
Destacaremos como acontece a gestão operacional dos processos de recebimento de mercadorias 
nas localidades industriais e nos centros de distribuição descrevendo de que forma são realizados os 
procedimentos de recebimento e descarga de mercadorias e o processo de armazenagem e localização 
dentro dos armazéns demonstrando como são realizados a expedição e o envio de mercadorias aos clientes.
Em seguida ressaltaremos a gestão de estoques e mostraremos como as organizações planejam, 
controlam e administram os estoques necessários à condução dos fluxos de compras, produção, distribuição 
e envio aos intermediários que participam dos canais de distribuição física e aos centros de distribuição.
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Por fim apresentaremos as principais tecnologias de informação e comunicação que dão suporte 
ao controle e às operações logísticas. Também serão descritos os principais requisitos de qualidade 
necessários à condução dos processos de compras, produção e vendas dando suporte à prestação de 
serviços aos clientes.
Como questão central de forte envolvimento com a gestão comercial a ser destacada, abordamos o 
tema da gestão da demanda do mercado e dos estoques regulares em que se verifica ampla integração 
com a área de logística conhecida como logística integrada.
INTRODUÇÃO
A gestão da distribuição física corresponde aos processos de administração de produtos com a 
finalidade de torná‑los disponíveis para as trocas comerciais conforme os padrões técnicos e comerciais 
estabelecidos nos processos de compra e venda (TELLES, 2006, p. 26).
A utilização de canais de distribuição envolve: a gestão das estruturas elaboradas para a operação 
das atividades executadas por todos os agentes que participam da cadeia de suprimentos e da cadeia 
de distribuição aos mercados em termos de atacado, varejo e distribuidores; e aspectos operacionais 
tradicionais, como gestão de estoques, transportes, serviços aos clientes, e estabelecer a conexão entre 
as operações de produção e venda.
Em função das características e do elevado número de agentes que envolve, a distribuição é fonte 
de custos e compõe parte substancial dos custos totais de vendas, porém, ao contrário das funções 
preços e promoção, que permitem uma resposta rápida às mudança nas condições de mercado, não são 
rapidamente mudadas em função dos elevados investimentos necessários e do envolvimento comercial 
contratual com os agentes envolvidos, como atacadistas, varejistas e distribuidores. Portanto, precisam 
de maior rigor em termos de planejamento e visão estratégica de longo prazo.
A partir dessas condições, nota‑se que o atendimento ao cliente no prazo e na qualidade não é apenas 
o cumprimento de contrato, mas uma condição para manter as relações comerciais futuras. A construção 
de canais de distribuição eficientes permitem o aproveitamento de novas oportunidades estratégicas 
especificas e únicas, constituindo‑se em fonte de criação de vantagens competitivas sustentáveis.
Neste sentido, a gestão dos canais de distribuição e dos estoques, que representam, em termos 
práticos, o fluxo de produtos e a estrutura que o sustenta, configura‑se em um processo administrativo 
que pode ser entendido como a efetiva gestão do contato com o mercado em termos de entrega real 
contida nos produtos. Ele define o padrão do serviço ao cliente e exige visão de longo prazo, pois 
influencia diretamente o resultado das organizações.
A adequada gestão dos canais e estoques é crucial para o sucesso das organizações, refletindo a 
eficiência da composição entre o atendimento das demandas dos clientes e o resultado dos negócios 
de produtores e intermediários 
Bons estudos!
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Unidade I
1 MARKETING E CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO
Canais de distribuição podem ser vistos como sistemas de fluxo e transporte que demandam 
uma estrutura física e comercial, exigindo uma área de armazenagem, a contratação de meios de 
transportes, a posse própria ou contratada de instalações de armazenagem e expedição, bem como 
a aquisição de materiais e formação de estoques que dão suporte para os processos de produção e 
venda (TELLES, 2006, p. 27).
A estrutura comercial se estabelece através de um conjunto de relacionamentos comerciais, fontes 
de financiamentos, parcerias comerciais e acordos ou contratos entre os agentes da cadeia distributiva 
que surgem entre produtores e consumidores.
Conforme a estrutura que existe em cada organização, configuram‑se diferentes possibilidades 
de gestão em função das características dos produtos, mercados e especificações que distinguem a 
estrutura de um canal.
Como exemplo, podemos destacar a distribuição internacional de barras de aço como um negócio 
que envolve um número limitado de produtores e consumidores compatível com um número limitado 
de intermediários.
A gestão empresarial atual busca a integração e a otimização dos recursos empresariais aliadas a um 
desempenho econômico e financeiro compatíveis com as expectativas dos investidores e como forma de 
ação e gestão direcionam esforços no sentido de integrar os vários processos organizacionais.
Dentre as questões abordadas neste livro‑texto, destaca‑se a integração entre a área comercial e o 
marketing, enquanto elementos centrais da gestão dos clientes e da área de logística, elo central das 
ações operacionais que tem como função primordial atender às expectativas dos clientes em termos de 
prazo e pontualidade.
O marketing empresarial está relacionado à noção de troca, ou seja, avalia que existem duas partes 
interessadas em uma transação e que possuem necessidades que precisam ser atendidas através dos 
negócios. Nesse sentido, a estratégia de marketing das empresas tem a função de agir para que os 
consumidores sejam atraídos pelas qualificações dos produtos e serviços ofertados e que podem ser 
descritos conforme o composto de marketing.
O composto (mix) de marketing visa a combinação das variáveis controladas pelas empresas, ou seja, 
os 4P, com o objetivo de criar valor para os clientes e atingir as necessidades da empresa através de uma 
conexão entre os mercados e as empresas ofertantes.
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Unidade I
Mix de 
marketing
Produto
Preço Promoção
Praça
Figura 1 
Com relação ao componente praça ou distribuição, identificamos um dos elementos centrais para o 
alcance das metas das empresas e da satisfação das necessidades dos clientes.
A função distribuição apresenta algumas definições similares na gestão empresarial, como canais de 
distribuição ou ainda canais de marketing.
Conforme Telles (2006), canal de distribuição é a estruturaformada por unidades internas de uma 
firma (filiais de vendas), por agentes e distribuidores externos (fabricantes, varejistas, atacadistas, 
representantes), através dos quais os produtos e serviços são comercializados.
Distribuição é o processo de disponibilização de um produto do fabricante para o cliente resultante 
de trocas entre estes e eventuais organizações de intermediação que asseguram a continuidade da 
produção e do consumo.
A disseminação da utilização de canais de distribuição é uma prática antiga nas atividades logísticas 
de distribuição física. Desse modo, a utilização de elos intermediários, ao contrário do senso comum de 
que apenas aumentam os custos das transações comerciais, permite elevar a produtividade e a eficiência 
dos processos logísticos e, portanto, reduz os custos totais e permite menores preços e aumento do 
mercado consumidor.
 Lembrete
Marketing é o conjunto de instituições e os processos que envolvem a 
criação, comunicação, entrega e a troca de ofertas que possuem valor para 
os clientes, parceiros e a sociedade em geral (KOTLER, 2013, p. 9).
Dentro da estratégia de marketing das empresas, destacamos a necessidade de elaboração de uma 
estratégica de distribuição que é composta de canais de distribuição ou marketing e da distribuição 
física através do gerenciamento logístico.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Conforme o setor de atuação, mercado para indústrias ou empresas e mercado para consumidores, 
as empresas constroem estratégias diferenciadas de distribuição com a utilização de intermediários, 
buscando aumento da eficiência dos processos logísticos de produção, das vendas e compras e do valor 
percebido pelos clientes em uma estratégia de criação de valor e diferenciação competitiva.
Os principais grupos que participam no ambiente de marketing são:
• Empresa: produção, finanças, comercial, recursos humanos, logística etc.
• Mercado: consumidores, intermediários, concorrentes, fornecedores.
• Ambiente: economia, legislação, tecnologia, cultura, política, governos.
Telles (2006, p. 25) nos mostra a importância da distribuição no mercado de refrigerantes:
O mercado de refrigerantes, principalmente pela característica de 
conveniência do produto, depende de forma decisiva da distribuição e um 
dos pilares de sustentação da liderança da Coca‑Cola é a sua competência 
na gestão dos canais de marketing.
Expressões populares lembradas, como “Coca‑Cola a menos de 100 m de todos os 
habitantes do planeta”, só fazem sentido se encontram nos objetivos, estratégias 
e gestão da organização, sólidos indicações de orientação para a distribuição.
Mudanças do ambiente competitivo ao longo do tempo implicam alterações 
de estratégia e uma destas alterações ocorreu com o desenvolvimento das 
embalagens plásticas PET.
A introdução desta tecnologia reduziu a principal barreira de entrada no 
mercado, ou seja, os custos de distribuição física, pois a tecnologia anterior, 
baseada nas embalagens de vidro, obrigava às empresas a utilização 
de canais reversos que condicionavam a venda à troca de embalagens 
que impunham um elevado custo operacional de retorno em localidades 
distantes e limitadas.
Neste sentido, ampliar o mercado físico, representava aumentar os custos 
da de produção com várias plantas de fábricas e maior logística reversa 
de vidros em ambientes altamente capilares com milhares de pontos de 
vendas e distribuição.
Nessa condição, a constituição de uma rede de distribuidores era um 
obstáculo aos novos concorrentes entrantes. Com a tecnologia PET, a variável 
distribuição foi derrubada por causa de um novo padrão de concorrência 
que favoreceu a entrada de outros produtos, como as conhecidas tubaínas, 
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Unidade I
produzidas por fabricantes locais de menor porte e com aspectos regionais 
de mercado especializado.
Na maioria dos mercados, alterações de base externa como tecnologias, 
cultura e regulamentação técnica tendem a provocar mudanças nos 
mercados com impactos diretos nos modelos de entrega física.
Neste sentido, destacamos a importância do P como uma das mais 
importantes fontes e origens de vantagens competitivas sustentáveis, seja 
pelo lado dos custos bem como pelo benefício percebido pelos clientes.
Ao contrário das variáveis preço e promoção, que permitem respostas rápidas em termos de mercado 
e competição por serem mais flexíveis, a variável distribuição não comporta alterações amplas no curto 
prazo. Por isso, ela deve estar entre as decisões de cunho estratégico de longo prazo devido aos volumes 
de recursos envolvidos na sua elaboração e na sua efetiva aplicação nos mercados.
1.1 A integração entre marketing e logística
A gestão de processos pode ser entendida como a construção de uma estrutura eficaz em seus 
objetivos e que permite a busca de padrões superiores de eficiência em termos de oferta de produtos 
com relação ao consumo de recursos materiais e patrimoniais (TELLES, 2006, p. 132).
A logística é um processo que pode ser definido como o fornecimento de serviços empresariais de entrega 
e fluxo, que evoluíram com as mudanças recentes nas condições estruturais dos mercados, caracterizadas 
pela globalização e pelo aumento da extensão geográfica dos mercados e pela necessidade de ter e enviar 
informações rapidamente, aliadas a mudanças no comportamento dos consumidores, cada vez mais exigentes 
em termos de necessidades e expectativas. Tudo isso traz desafios à gestão empresarial, que precisa unir as 
estratégias comerciais de marketing às especificações das atividades logísticas (WANKE, 2000).
Produto
Praça
Serviço ao 
cliente
Processamento 
de pedidos
Preço
Compras 
ou vendas
Estoques
Promoção
Transporte
Armazenagem
Marketing mix
Sistema logístico
Política de canais de distribuição
Padrões de serviço por canal – 
disponibilidade de produtos, prazos etc.
Missão da logística:
Cumprir os padrões de serviço dos canais 
de distribuição de forma eficiente
Figura 2 
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
A partir deste perfil de mercado e de consumidores, surge a necessidade de aquisição de novas 
competências através de uma nova ação logística mais direcionada para as expectativas dos clientes, 
buscando maior eficiência e agilidade nos processos de entregas, em bases de custos que sejam 
sustentáveis para as empresas.
A integração entre logística e marketing incorpora as necessidades de prestação de serviços eficientes 
como parte do planejamento estratégico de marketing. Como parte desta integração, a gestão dos 
canais de distribuição destaca‑se como elo entre as empresas e as demandas logísticas de entrega e 
disponibilização de produtos e serviços ao mercado.
Na figura apresentada, vemos que existe uma integração das atividades de logística com as de produção 
e marketing, que têm como ponto central a prestação de serviços aos clientes através das políticas de 
gestão dos canais de distribuição. Essas atividades envolvem três processos estratégicos das empresas:
• Cadeia de abastecimento (supply chain management).
• Administração de produção e operações.
• Gestão de vendas e marketing.
Nesse contexto, vamos estudar a atuação dos canais de distribuição e os clientes, em que se criam 
os fluxos de informações e materiais que permitem às empresas aumentar o nível de serviço prestado 
aos clientes com qualidade e rapidez.
 Lembrete
Quando estudamos as características da logística integrada e suas 
ações dentro dasempresas, devemos ter em mente dois paradigmas 
centrais de gestão eficiente, ou seja, tempo e lugar. Com a ampliação dos 
mercados e a introdução de novas tecnologias de gestão como a internet, 
os desafios que as empresas precisam vencer em relação a esses dois 
paradigmas são cada vez maiores, exigindo maior capacitação técnica e 
habilidades pessoais dos gestores.
Os canais de distribuição podem ser vistos como sistemas de fluxo e transporte que demandam 
grandes investimentos em estruturas físicas, compostas, em grande parte, por armazéns, meios de 
transportes, veículos, depósitos e equipamentos de movimentação que atuam no sentido de garantir os 
fluxos entre a produção e o consumo.
A estrutura transacional, ou seja, entre os participantes dessa cadeia e entre a produção e o consumo, 
é definida a partir das características dos produtos e dos mercados e envolve acordos comerciais e 
contratos de prestação de serviços em ampla gama de relações comerciais entre as empresas.
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Unidade I
Conforme Telles (2006, p. 28) as características dos canais de distribuição podem ser associadas a 
partir das funções que exercem dentro da operação logística como um todo, a saber:
• Funções transacionais: ações relacionadas a compra e venda que envolvem riscos na operação, 
propriedade, transporte, armazenagem e gestão.
• Funções logísticas: ações relacionadas com atividades de disponibilização de produtos para venda 
em certo local ou ponto de venda, gestão de estoques e distribuição física e gestão do fluxo de 
forma contínua.
• Funções de facilitação: ações relacionadas ao estímulo das vendas que envolvem aspectos 
financeiros e a troca de informações entre os players dos mercados e avaliação geral dos negócios.
As funções descritas podem ser desenvolvidas pelos canais de distribuição a partir da estrutura dos 
acordos e modelos estabelecidos conforme as características dos produtos e dos mercados. Elas são 
estabelecidas com base nos fluxos envolvidos nas operações comerciais:
• Fluxo físico: envolve o processo de transporte e deslocamento.
• Fluxo de propriedade: sequência de negócios que são realizados entre as organizações participantes 
do canal com os devidos encargos sobre perdas, roubos, extravios, roubos e encalhes e perdas.
• Fluxo de pagamento: apura as transferências de recursos financeiros que remuneram os agentes 
do canal.
• Fluxo de informações: estabelece a forma de troca de dados e informações das operações comuns.
• Fluxo de promoção: gastos com estímulos à venda para os consumidores que são divididos entre 
os agentes do canal.
A gestão dos fluxos descritos deve ser definida conforme a importância que tem na área de atuação, 
o processo de entrega e a forma de gerenciamento integrada, respeitando as características dos produtos 
e dos mercados.
A definição da estratégia de distribuição pode ser dividida a partir de três grupos principais de 
mercados: produtos industriais (empresarial), produtos ao consumidor (varejo) e serviços. As principais 
modalidades de negócios são:
• Canais de produtos ao consumidor.
• Canais de produtos para empresas.
• Canais de serviços.
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1.1.1 Canais de distribuição para consumidores
Os consumidores possuem opções para adquirir produtos e serviços, por exemplo, lojas virtuais na 
internet, lojas físicas de atacado e varejo, varejistas sem loja e grandes redes nacionais e internacionais.
O varejo é o setor que tem contato direito com os consumidores. Isso inclui as atividades relativas à 
venda de produtos e serviços diretamente ao consumidor para uso pessoal e não comercial.
O varejo pode posicionar‑se em quatro níveis: autosserviço, autoatendimento, serviço limitado ou 
serviço completo ou de redes.
Figura 3
Os produtos ao consumidor podem ser classificados em dois grupos de acordo com o valor 
atribuído e variam conforme o local ou região. São eles: produtos de primeira necessidade e produtos 
de consumo esporádico.
Em termos de estrutura empresarial, as organizações que atuam no varejo apresentam as seguintes 
modalidades físicas:
• Lojas de especialidades.
• Lojas de departamentos.
• Hipermercados e supermercados.
• Shoppings centers.
• Lojas de conveniência.
• Lojas de desconto.
• Lojas de fábrica.
• Lojas virtuais.
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Unidade I
As opções listadas permitem às empresas criar estratégias diferenciadas em termos de canal de 
distribuição, que precisam considerar a localidade e o perfil do cliente. Conforme o modelo utilizado 
para atingir os consumidores, a estratégia de canal precisa ser elaborada.
Local de instalação do varejo
No comércio internacional, a entrada das empresas de varejo costuma ocorrer de forma gradativa 
e evolui conforme os negócios, que dependem muito da estratégia de localização dos canais de 
distribuição e venda.
A instalação do ponto de venda ou de produção é fundamental, pois é cara e precisa ser conduzida 
de forma profissional com amplo planejamento de mercado, priorizando localidades centrais com 
potencial de venda.
Instalar apenas uma loja no exterior, via de regra, não é suficiente para aproveitar as oportunidades, 
por isso as organizações preferem contratar redes locais de varejo, para a distribuição dos produtos 
importados, que estejam bem localizados e perto dos consumidores.
Produtor Produtor Produtor Produtor
Consumidor Consumidor
Varejista Varejista
Atacadista
Varejista
Atacadista
Agente
Consumidor Consumidor
1 2 3 4
Figura 4 – Níveis de canais de distribuição
Torna‑se necessário contratar os canais de distribuição que estão localizados em determinados 
locais, como em áreas comerciais centrais, em shoppings centers, em galerias de bairros, em stand 
centers e em lojas independentes de rua.
 Lembrete
Canais de distribuição ou canais de marketing são as pontes entre os 
fabricantes e os consumidores e desempenham um papel importante para 
a eficácia operacional das empresas tanto nos mercados nacionais como 
internacionais e são representados por atacadistas, varejistas, distribuidores, 
representantes e agentes comerciais.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
1.2 Canais de distribuição para empresas
Produtos industriais, ou seja, que serão vendidos para empresas, necessitam de uma estratégia diferente, em razão 
do menor número de clientes. Logo, é necessário um plano de marketing diferenciado, visto que seus produtos são 
destinados a empresas que compram para utilizá‑los em um processo de produção para a criação de outros produtos.
Por esse motivo, possuem uma estrutura de mercado diferenciada, em termos de preferências de 
aquisição e escolha de fornecedor, que costuma ser mais técnica e profissional.
Logo, precisam ser bem gerenciadas por meio de uma coordenação maior entre compradores e 
vendedores em relação a especificações técnicas, novos desenvolvimentos, logística e confiança.
O mercado industrial, por sua vez, está condicionado ao ciclo de negócios do mercado ao consumidor 
e consiste de todas as organizações que compram produtos utilizados na produção de outros produtos 
que são vendidos para terceiros e possuem características singulares.
Quadro 1 – Características dos produtos industriais
Características Descrição
Menos compradores, porém maiores. Empresas compram volumes maiores do que consumidores.Compra profissional. Empresas possuem políticas de aquisição e gestão profissional.
Compra direta. Empresas compram dos fabricantes sem intermediários.
Concentração geográfica. Empresas concentram‑se nos grandes centros comerciais de mercado.
Negociação. Empresas exigem experts com qualificação técnica e comercial.
Fonte: Kotler (2013, p. 115).
Podemos classificar os produtos industriais em dois grupos:
• Matérias‑primas: insumos para a produção manufatureira e produtos naturais que serão 
processados na indústria alimentícia.
• Bens de capital: máquinas e equipamentos para instalações ou escritórios.
De forma geral, podemos afirmar que o processo B2B compreende a maior parte do padrão utilizado 
pelas organizações, com negócios no exterior em razão das melhores condições de atendimento aos 
consumidores e da distribuição com ampla utilização de importadores, atacadistas e representantes.
 Observação
Produtos para os consumidores (B2C) e produtos para empresas (B2B) 
precisam de abordagens diferenciadas em termos de canal de distribuição 
e logística, que precisam ser consideradas antes da seleção do melhor canal 
de envio dos produtos aos destinatários finais.
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Unidade I
1.3 Canais de distribuição de serviços
Os serviços constituem‑se, cada vez mais, parte integrante das estratégias de marketing das 
empresas. Notadamente, com o rápido desenvolvimento tecnológico, os produtos industriais mudam 
as características funcionais. Isso permite maior integração através da internet (internet das coisas) e 
assume aspectos de diferenciação, abrindo possibilidade para produtos personalizados com suporte de 
tecnologias avançadas.
A principal característica dos serviços é serem intangíveis, determinando que o consumo ocorra no 
mesmo momento da produção, embora a satisfação esteja vinculada ao efeito percebido nos clientes.
Considerando‑se estas diferenciações, o modelo de venda direta, sem intermediários, costuma ser 
o modelo de marketing mais usado, porém, a distribuição pode ser descentralizada como no caso de 
agências de viagens, consultorias de contratação e empregos e serviços terceirizados de prestação.
 Lembrete
Internet das coisas é uma rede de objetos físicos, veículos, prédios e 
outros que possuem tecnologia embarcada, sensores e conexão com rede 
capaz de coletar e transmitir dados. A internet das coisas é uma extensão 
da internet que proporciona aos objetos do dia a dia, com capacidade 
computacional e de comunicação, se conectarem a internet. A conexão 
com a rede mundial de computadores viabilizará, primeiro, controlar 
remotamente os objetos e permitir que os próprios objetos sejam acessados 
como provedores de serviços.
A distribuição de serviços tem como características a utilização de organizações intermediárias que 
atuam como agentes, corretores e varejistas de serviços, pois estocam e revendem em lotes menores e 
customizados de acordo às necessidades específicas dos consumidores.
1.4 Sistema multicanal
As estratégias de definição de canais de distribuição acima descritas podem ser combinadas entre si, 
conforme a localidade ou características dos consumidores, ou seja, as empresas podem elaborar uma 
estratégia que combine as opções acima, a qual denominamos multicanal.
Conforme Telles (2006, p. 36), as empresas frequentemente utilizam estratégias de distribuição com 
canais múltiplos para atingir vários mercados onde as empresas podem vender os produtos diretamente 
aos consumidores e também vendem para varejistas e distribuidores que, por sua vez, podem revender 
a outros comerciantes locais.
O segmento de automóveis é outro exemplo de sistema multicanal, visto que as montadoras vendem 
aos consumidores através dos varejistas e da venda direta realizada através da internet.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
1.5 Planejamento dos canais de distribuição
A gestão dos canais de distribuição, por sua característica estratégica, em termos de longo prazo, 
envolve maior alocação de recursos e investimentos e maiores custos de mudanças em função das 
alterações nas condições dos mercados, e algumas variáveis críticas assumem maior importância na 
definição da estratégia de entregas.
1.5.1 Venda direta versus venda indireta
A decisão pela utilização da venda direta ou através da venda indireta (uso de intermediários) envolve 
aspectos de caráter estratégico e informações de cunho operacional e técnico, e a primeira variável para 
avaliação é o tamanho do mercado em foco e o volume de negócios.
Neste modelo, quando as dimensões do mercado podem ser classificadas como grande, elas indicam 
uma preferência pelo modelo de venda indireta, enquanto para a distribuição em mercados pequenos 
existe a predileção para a venda direta.
A forma de mensuração dos mercados entre pequenos e grandes dependerá de variáveis específicas 
como quantidade de clientes atuais e potenciais e o valor do faturamento estimado.
As características dos produtos vendidos também devem ser consideradas no tocante à definição do 
modelo de distribuição a ser adotado, em função do nível tecnológico, ciclo de vida, tipo de produção 
e nível de estoques necessários a sua movimentação logística que podem, juntos, influenciar o nível de 
investimento total necessário para operação do negócio.
A soma de duas variáveis (disponibilidade de recursos e necessidade de controle sobre o canal) define 
a decisão de adoção da venda direta ou indireta.
1.5.2 Seleção de intermediários para o canal
A seleção das empresas que irão desenvolver o trabalho de intermediar a distribuição decorre de 
uma ampla investigação cuja profundidade e detalhamento dependerá da estratégia de distribuição, da 
sua relevância para o negócio e da disponibilidade de recursos financeiros.
Uma base para a avaliação e escolha dos intermediários deve prever:
• Prospecção e identificação dos intermediários qualificados.
• Seleção e avaliação comparativa dos intermediários selecionados.
• Efetivação e definição dos intermediários que serão membros do canal.
A avaliação dos intermediários selecionados deve ser precedida de uma análise técnica com atribuição 
de pesos específicos para cada qualificação ou competência avaliada.
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Unidade I
Vejamos a seguir alguns quesitos que devem compor o processo de avaliação de empresas para 
atuação como intermediários do processo de distribuição:
Quadro 2 – Quesitos para seleção de membros do canal de distribuição
1 O intermediário se interessa por nossa linha de produtos de fato?
2 O intermediário está bem estabelecido de fato?
3 O intermediário possui boa reputação junto aos seus clientes?
4 O intermediário trabalha com outras linhas similares?
5 O intermediário apresenta qual situação financeira?
6 O intermediário possui instalações de que porte?
Fonte: Telles (2006, p. 147).
A efetivação do intermediário selecionada deve ser confirmada através da assinatura de um contrato 
de prestação de serviços com todas as atribuições mútuas descritas, bem como prever as reavaliações e 
rescisões em que a busca de construção de uma parceria de longo prazo e de interesse sejam as bases. 
Esse contrato deve prever a construção de ações de desenvolvimento de mercados como a cooperação 
promocional e suporte técnico e administrativo.
1.5.3 Avaliação de canais e intermediários
A avaliação na gestão dos canais e dos intermediários deve estar focada na parte operacional 
das atividades que cada um deve realizar. No entanto, essa avaliação estásujeita a variações, como 
o nível de controle que um fabricante possui sobre os intermediários, o grau de independência 
na gestão dos trabalhos de rotina, a complexidade dos produtos (padrão ou específico) e a 
quantidade de empresas intermediárias envolvidas em toda a gestão até chegar ao consumidor 
ou empresa no final.
Nesse sentido, quanto maior for o grau de controle sobre os intermediários, maior será a qualidade 
do processo de acompanhamento e de avaliação e quanto menos complexos os produtos, em geral, 
menores serão as exigências de conhecimento e a necessidade de controle e monitoramento por parte 
do fabricante.
Para Telles (2006, p. 152), o processo de avaliação dos intermediários e dos canais deve ser 
realizado considerando‑se fatores que vão além do desempenho operacional e deve comportar 
aspectos de cunho estratégico, por exemplo, conhecer de forma mais aprofundada as condições 
estruturais operacionais dos negócios dos canais e dos intermediários com informações para 
análise estratégicas.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Quadro 3 – Indicadores de avaliação de canais de distribuição
Dimensão Métrica variável
Desempenho em vendas
Vendas (unidade/ano)
Faturamento (US$/ano)
Participação de mercado (%)
Gestão de estoque
Volume médio (unidades)
Giro (mensal) por dia
Capacidade de vendas Nº de vendedores
Fonte: Telles (2006, p. 153).
O processo de avaliação dos intermediários e dos canais deve ser conduzido de forma profissional 
e baseado em métricas de avaliação do desempenho. Podemos destacar alguns aspectos considerados 
essenciais, como:
• Volume e evolução das vendas (fluxos e variações).
• Condições de estocagem (manutenção e gestão).
• Capacidade de venda (potencial e efetiva).
• Comportamento (prioridade e atendimento).
• Concorrência (outros intermediários e produtores).
• Crescimento futuro (cobertura, estoques, vendas).
Os procedimentos regulares de avaliação do desempenho dos intermediários e dos canais devem 
ser formais e realizados regularmente, pelo menos anualmente, com apuração isenta, profissional e 
transparente, de forma a gerar ações de mudanças e elaboração de um plano de ação e melhoria do 
desempenho geral.
 Observação
Avaliar o desempenho dos canais de distribuição e os intermediários 
é um procedimento que deve ser transparente e formal, com todas as 
avaliações e medições realizadas a partir de documentação comprovada e 
informações elaboradas a partir do registro em sistemas. Deve ser de fácil 
acesso a todos os envolvidos.
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Unidade I
1.6 Campanhas de incentivo para os canais de distribuição
A gestão dos canais de distribuição pode envolver, conforme termos específicos em contratos de 
prestação de serviços, a alocação de recursos para o marketing dos produtos e serviços nos canais.
Entre as ações que podem ser desenvolvidas, podemos destacar:
• Campanhas motivacionais e de premiação: para os canais conforme as metas de vendas alcançadas 
que devem ser previstas na verba de marketing dentro do orçamento total ou um percentual das 
vendas para essa finalidade.
• Campanha de captação de revendedores: no caso de a meta de expansão da rede de revendedores 
constar no plano de marketing, a empresa deverá alocar recursos para essa finalidade.
• Materiais de apoio: nesse grupo, devem‑se prever as despesas com a confecção de materiais 
promocionais de apoio aos canais, como eventos, treinamentos, brindes e folhetos.
• Showroom: caso seja necessário, deve‑se estimar a necessidade de produtos para montagem 
de showroom nos canais de distribuição.
1.7 Aspectos legais na gestão de canais de distribuição
A operação dos canais de distribuição precisa ser estruturada através de vínculos contratuais onde 
devem estar discriminadas em detalhes as obrigações e direitos de cada parte integrante do canal.
Para Kotler (2013, p. 533), existe um conjunto de ações que devem ser claramente descritas nos contratos 
de prestação de serviços ou de compra e venda entre os agentes participantes dos canais de distribuição.
• Direitos e contratos de exclusividade: entre os intermediários que compõem o canal de distribuição 
devem ser assinados acordos formais que envolvem direitos de exclusividade de venda entre o 
produtor e o intermediário escolhido. Nesse caso, o produtor aloca a oferta de seus produtos e 
serviços para os intermediários de modo a evitar que eles distribuam os produtos dos concorrentes.
• Direitos e exclusividade de atuação territorial: ocorrem quando um produtor vende seus produtos com uma 
única empresa em determinada localidade e essa empresa se limita a vender apenas na região acordada.
• Contratos com vínculo condicionado: nesse grupo, são realizados os acordos de compra e venda 
subordinados à aquisição de outros produtos. Isso pode ser denominado imposição, obrigação ou 
coerção à compra de linha completa e pode ser considerado ilegal.
• Direitos de fornecimento dos revendedores: nesse grupo, ocorre a condição em que se dá a 
liberdade aos produtores de selecionar os intermediários para compor os canais de distribuição. 
Nesse caso, os intermediários escolhidos se comprometem a não descontinuar o fornecimento 
aos mercados sem uma razão justa e comprovável.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Após as qualificações iniciais sobre a estrutura básica dos canais de distribuição e marketing e a 
integração entre o marketing e a área de logística, vamos detalhar de forma técnica a gestão dos 
intermediários envolvidos nos processos de distribuição e na gestão de estoques.
 Saiba mais
Para você ter uma ideia melhor da origem militar da logística, 
recomendamos o filme inspirado em uma história real da Segunda Guerra 
Mundial que demonstra como as ações de movimentação de tropas se 
desenvolveram ao longo da história. Não deixe de assistir:
O RESGATE do soldado Ryan. Dir. Steven Spielberg. Estados Unidos: 
Paramount Pictures, 1998. 169 minutos.
2 CADEIAS DE ABASTECIMENTO
O homem vem evoluindo ao longo dos tempos, assim como o processo produtivo que o 
tem acompanhado. Basta observar como era feito o comércio nos períodos mais longínquos 
de nossa história.
Destaca‑se o período em que mercadorias eram trocadas por outras mercadorias, o chamado 
escambo. Nesse tipo de sociedade, o produtor de um determinado produto procurava o bem 
que desejava e oferecia a sua mercadoria em troca. O esquema a seguir apresenta esse sistema 
simples de troca.
Agricultor 1 Agricultor 2
Arroz
Maçã
Figura 5 – Esquema de trocas simples: escambo
Nesse sistema de trocas simples era necessário apenas que um produtor encontrasse o outro, ou seja, 
que houvesse a dupla coincidência de desejos.
No entanto, nem sempre se conseguia esse tipo de troca, pois o produtor de arroz deseja 
trocá‑lo por maçãs, mas o contrário não é verdadeiro, já que o agricultor que produz maçãs 
deseja trocá‑las por abóboras. Como resolver tal situação? A resposta é: por meio da inserção 
da moeda.
A figura seguinte apresenta o esquema com três produtos com objetivos diferentes.
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Unidade I
Agricultor 1
Necessita vender 
arroz e comprar maçã
Agricultor 2
Necessita vender 
maçã e comprar 
abóbora
Agricultor 3
Necessita vender 
abóbora e
comprar arroz
Maçã
AbóboraArroz
FM
FM
Fluxo monetário (FM)
Figura 6 – Esquema de trocas com inserçãoda moeda
É possível observar que em um sistema de trocas simples, os aspectos logísticos são deixados de lado. 
Nesse tipo de sociedade, sem complexidade, os produtores realizavam as trocas entre eles.
 Lembrete
É importante destacar que o escambo, ou seja, troca de bens por 
bens, existiu até a complexidade das trocas aumentar, após isso o sistema 
de trocas com algum ativo, fazendo papel de moeda, deu início ao que 
chamamos de capitalismo.
Em um sistema de trocas complexas, há uma mudança na importância da logística. É possível 
observar que existe a necessidade de organização para buscar os produtos que se quer vender e o que 
se deseja comercializar.
Mas nos enganamos se dissermos que todos os produtores se utilizaram de aspectos logísticos ao 
mesmo tempo.
O termo logística foi utilizando durante muito tempo para referir‑se às questões bélicas, ou seja, toda 
a estratégia militar. Porém, a evolução das necessidades humanas e das relações comerciais alteraram 
sua definição:
Logística [...] inclui os processos de planejar, implementar e controlar de 
maneira eficiente e eficaz o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como 
os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem 
até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do 
consumidor (GONÇALVES; MARINS, 2006, p. 398).
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Com tal definição é possível identificar, conforme destaca Novaes (2015), que a logística agrega 
diversos valores, tanto à produção quanto ao consumidor. São eles: valor de lugar, de tempo, de qualidade 
e de informação.
O conceito de valor de lugar está atrelado à mercadoria desde seu local de partida até o seu destino, 
ou seja, do fabricante ao consumidor final.
O valor tempo determina a velocidade na qual o produto é entregue, sendo necessário contabilizá‑lo, 
pois muitos produtos podem perder o seu valor se não são disponibilizados em prazos determinados.
A entrega de determinada mercadoria no prazo correto precisa, também, de um controle rígido. Saber 
se todas as especificações do produto foram devidamente respeitadas agrega ao bem o valor qualidade.
Dar condições ao cliente de monitorar em qual estágio de entrega encontra‑se sua mercadoria 
é outro ponto fundamental para as organizações. Neste caso, são utilizados sistemas de informação 
eficazes e precisos, tendo, desta forma, o valor informação.
Ao observar que a logística agrega valores aos produtos, é possível desenhar um esquema simples 
para descrever os arranjos existentes em tal processo.
Fornecedor Fábrica Cliente
Transporte Transporte
Figura 7 – Fluxo logístico convencional
Atualmente, a ação apenas de transportar mercadorias de um fornecedor para o fabricante e 
posteriormente para o cliente não resume os trabalhos logísticos. Assim, esse processo não se resume a 
levar os produtos até o local de destino, pois muitos outros fatores estão envolvidos. Logo, a gestão da 
cadeia de abastecimento surge no intuito de melhorar esses processos:
Ela pode ser definida como:
[...] todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, na realização do 
pedido de um cliente. Ela inclui não apenas o fabricante e os fornecedores, 
mas também transportadoras, armazéns, varejistas e até mesmo os próprios 
clientes. [...] inclui todas as funções envolvidas na recepção e na realização de 
uma solicitação do cliente. Essas funções incluem – mas não estão limitadas 
a – desenvolvimento de produto, marketing, operações, distribuição, 
finanças e serviço ao cliente (CHOPRA; MEINDL, 2011, p. 3).
Assim, é possível compreender que a cadeia de abastecimento não está restrita a produção e 
distribuição, mas vai muito além dessas definições. Pode‑se dizer que ela integra todas as áreas existentes 
dentro de uma organização.
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Unidade I
A figura a seguir busca compreender de que forma a chamada cadeia de abastecimento atua.
A cadeia de suprimentos (abastecimento) Fluxos da cadeia de 
suprimentos (abastecimento)O ambiente global
Coordenação intercorporações
(intercâmbio funcional, fornecedores terceirizados, gestão de 
relacionamentos, estruturas de cadeia de suprimentos)
< Produtos >
< Serviços >
< Informações >
< Recursos financeiros >
< Demanda >
< Previsões >
Coordenação interfuncional
(confiança, compromisso, risco, 
dependência, comportamentos)
Marketing
Vendas
Pesquisa e desenvolvimento
Previsão
Produção
Compras
Logística
Sistemas de informação
Finanças
Serviços ao cliente
 Fornecedor do fornecedor Fornecedor Firma focal
 Cliente do cliente Cliente
Satisfação do 
cliente / valor / 
lucratividade / 
vantagem 
competitiva
Figura 8 – Modelo de gerenciamento da cadeira de abastecimento
A figura a seguir apresenta como é possível compreender a chamada cadeia de abastecimento:
Empresa 6 Empresa 9
Empresa 5
Empresa 7
Empresa 8
Empresa 10 Consumidor final
Empresa 1
Empresa 2
Empresa 3
Empresa 4
Figura 9 – Cadeia de abastecimento
Para melhor entender a cadeia de abastecimento, podemos utilizar como exemplo a indústria 
aeroviária nacional, seguindo o esquema a seguir:
Fornecedor de 
combustível (atacado)
Companhia aérea Cliente (passageiro)
Fornecedor de 
alimentação (atacado)
Distribuidor de 
combustível (varejo)
Distribuidor de 
alimentos (varejo)
Figura 10 – Cadeia de abastecimento
A cadeia de abastecimento é ponto nerval de uma organização, pois atua diretamente no desempenho 
das empresas, na busca de melhorar suas relações com os clientes, impactando nos custos e processos 
produtivos das companhias.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
A definição de Pires (2005, p. 47) nos auxilia a compreender a relação existente em uma cadeia de 
abastecimento: “[...] [não é apenas] fluxo de produtos e informações no sentido fornecedor‑cliente, já 
que existe também um importante fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no 
sentido cliente‑fornecedor”.
É necessário observar duas leis que regem a cadeia de abastecimento como um todo, a saber:
• Efeito chicote de boi: determina que as empresas que estão no topo da cadeia estão mais sujeitas 
às volatilidades de demanda e de estoque.
Isso significa que para os fornecedores do topo da cadeia, as pequenas 
ocorrências na economia, podem refletir como efeitos mais pronunciados. 
Uma lição extraída desta constatação é a de que nenhuma empresa 
encontra‑se isolada, e sim, dependente uma das outras, em rede de 
suprimento e distribuição (CASTILHO JÚNIOR, 2002, p. 85).
• Ampliação da velocidade evolutiva: quanto mais baixa for a posição na cadeia de uma empresa, 
mais rápido será o ciclo de evolução do negócio.
Tomemos como exemplo, o ritmo de mudanças implementadas em uma 
indústria de fiação. Em seguida, uma indústria têxtil que produzirá tecidos 
com estes fios. Então, confecções que com os tecidos produzirão peças 
de vestuário. Finalmente, imagine a velocidade dos ciclos de negócios 
nas lojas que escolherão roupas de várias confecções, obedecerão às 
tendências da moda, que se modificam rápida e constantemente 
(CASTILHO JÚNIOR, 2002, p. 86).
 Saiba mais
Para compreender melhor o chamado efeito chicote de boi e a ampliação 
da velocidade evolutiva, leia o artigo:
COELHO, L. C.; FOLLMANN, N.; RODRIGUEZ, C. M. T. O impacto do 
compartilhamento de informações na redução do efeito chicote na cadeia 
de abastecimento.Gestão & Produção, São Carlos, v. 16, n. 4, p. 571‑583, 
out./dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/gp/v16n4/
a07v16n4>. Acesso em: 7 maio 2018.
Além das leis existentes para a cadeia de abastecimento, três outros aspectos devem ser observados, 
são eles: (i) os membros desta cadeia; (ii) as dimensões estruturais existentes nela; e (iii) os elos nos 
processos do negócio (LAMBERT; COOPER, 2000). Destacando cada um deles:
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Unidade I
• Membros da cadeia: são todas as empresas que contribuem de forma direta ou indireta com a 
cadeia. Podem ser divididas em membros primários (produzem para determinado cliente gerando 
valor) e membros de apoio (fornecem recursos e outros insumos, tangíveis e intangíveis).
• Dimensões estruturais: dois tipos de estruturas são observadas.
— Horizontais: a posição horizontal da companhia determina a sua importância nos processos 
dos negócios.
— Verticais: ligada ao número de empresas nas camadas, busca compreender a complexidade 
existente de cada companhia nas respectivas camadas.
• Elos nos processos do negócio: forma como as atividades da cadeia estão organizadas para atender 
clientes ou mercados específicos.
Assim, a cadeia de abastecimento deve ser observada em uma companhia, pois sem o devido planejamento, 
essa organização pode ser prejudicada. Vamos, a partir de agora, pensar na questão planejamento.
2.1 Planejamento de suprimentos e distribuição
A definição de planejamento pode ser descrita da seguinte forma:
[...] é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto 
de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar 
realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões 
antecipadamente. Essas ações devem ser identificadas de modo a permitir 
que elas sejam executadas de forma adequada e considerando aspectos como 
o prazo, custos, qualidade, segurança, desempenho e outras condicionantes. 
Um planejamento bem realizado oferece inúmeras vantagens à equipe de 
projetos (SAMPAIO, 2008).
Logo, uma organização que não realiza planejamento de suas atividades, nas mais diversas esferas 
do organograma, terá problemas para remendar os problemas que vierem a surgir.
Pode‑se dividir o planejamento em três níveis de decisões, a saber:
• Estratégicas: são consideradas decisões de longo prazo.
• Táticas: são as decisões que estão ligadas a períodos menores que um ano.
• Operacionais: envolvem decisões semanais ou diárias.
Com o planejamento é possível identificar quais são os gargalos existentes e, se necessário, propor 
soluções e alterações para todos os componentes da empresa.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
O planejamento estratégico em canais de distribuição deve considerar todos os elos da cadeia 
logística adotada em que exista liberdade das ações regionais em relação ao planejamento global, sem 
perda de oportunidades de negócios, porém alinhadas com a estratégia global.
Entre os principais aspectos que devem ser considerados na elaboração do planejamento estratégico 
de canais de distribuição podemos destacar:
• Objetivo do planejamento estratégico.
• Visão e missão empresarial.
• Cenários de negócios em longo prazo.
• Dados históricos de vendas e operações.
• Visão geral do mercado e da concorrência.
• Desafios atuais e futuros.
• Resultados previstos.
• Plano de ação tático.
• Orçamento previsto.
 Lembrete
O planejamento operacional deve conter todas as atividades 
relacionadas à gestão dos canais de distribuição e envolver todos os 
intermediários que participam dos processos, como: vendas, marketing, 
produção, supply chain, compras, expedição, armazenagem e os centros de 
distribuição de forma que todas as ações operacionais fiquem integradas 
em um plano único.
2.1.1 Planejamento de suprimentos
O planejamento de suprimentos deve levar em consideração, de antemão, as questões acerca da demanda.
 Lembrete
A demanda é definida pela quantidade que os consumidores desejam 
adquirir de determinada mercadoria e não a efetivação da compra em si.
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Unidade I
A previsão da demanda é importante para qualquer gestor iniciar o seu planejamento de suprimentos. 
Mesmo com a previsão, problemas podem ocorrer, mas com uma boa previsão, eles poderão ser minimizados.
Conforme destacado por Chopra e Meindl (2011) e por Novaes (2015), ao se realizar a projeção da 
demanda é necessário levar em consideração alguns pontos:
Projeções
Determinar o valor 
esperado e possíveis erros.
Projeções de longo prazo 
estão sujeitas a erros
Dados agregados apresentam 
resultados mais precisos.
Figura 11 – Projeção de demanda e seus pontos importantes
Cada um desses elementos deve ser analisado com cuidado:
• Determinar o valor esperado e os possíveis erros: levantar o valor médio estimado da demanda e 
prever possíveis erros (desvio‑padrão) que possam acontecer.
• Projeções de longo prazo estão sujeitas a erros: devido às influências do ambiente externo, o longo 
prazo é menos preciso que o curto prazo. As situações econômicas, as condições climáticas entre outros 
elementos, podem prejudicar a projeção da demanda em um prazo mais extenso. Destaca‑se aqui a frase 
do economista John Maynard Keynes: “A longo prazo todos estaremos mortos” (KEYNES, 1923, p. 65).
• Quanto maior for a agregação dos dados, maior será a exatidão da previsão de demanda.
 Observação
Desvio padrão pode ser definido como o grau de variação de um conjunto 
de elementos e serve para dizer o quanto os valores dos quais se extraiu a 
média são próximos ou distantes da própria média (WOLFFENBÜTTEL, 2006).
Para que uma empresa realize a sua previsão de demanda de forma correta ela deve utilizar fatores 
quantitativos e fatores subjetivos, conjuntamente.
Pode‑se entender que, observando o estoque de determinado produto ele esteja em baixa, porém, 
sabe‑se que uma onda de calor se aproxima, logo, não é necessário esse ou aquele produto, mas ampliar 
a quantidade de mercadorias que serão consumidas devido ao aumento da temperatura.
Assim, não só fatores quantitativos devem ser levados em consideração, mas, também, os que 
dependem da análise do gestor.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
É possível incluir, como fatores para a tomada de decisão em relação à demanda, os seguintes 
elementos (CHOPRA; MEINDL, 2011):
• Observações passadas.
• Velocidade na reposição de mercadorias.
• Marketing.
• Economia.
• Políticas de desconto.
• Concorrentes.
Esses elementos serão auxiliares no processo de ressuprimento da demanda de uma mercadoria.
É importante destacar, ainda, que os níveis de demanda são outro ponto crucial para as organizações, 
ainda pensando em uma cadeia de abastecimento. Esses níveis estão compreendidos em (BALLOU, 2006):
• Demanda espacial e demanda temporal: a demanda possui tempo e espaço. O gestor da área 
deve estar preparado para compreender como a procura por determinada mercadoria ocorre em 
diferentes regiões e em diferentes períodos.
• Demanda irregular e demanda regular: a demanda regular está pautada em produtos que possuem 
certa linearidade em seu padrão. Já a demanda irregular é definida por bens que possuem baixa 
rotação, por existirem, normalmente, poucos clientes que os consomem.
• Demanda dependente e demanda independente: a demanda independente está diretamenterelacionada a um número grande de compradores que adquirem mercadorias em um montante menor, 
pois todas elas buscam adquirir produtos, não estando atrelada à produção específica. A demanda 
dependente sugere programas definidos de produção, determinando que a compra de uma 
mercadoria poderá ser utilizada em um bem específico.
Conforme apresenta Novaes (2015), existem seis requisitos básicos para realizar uma previsão de 
demanda satisfatória, a saber:
• Horizonte: é necessário que os gestores da organização definam quais são os objetivos estratégico, 
tático e operacional, deixando claro qual linha seguir em cada um deles, para que não se façam 
projeções incorretas com prazos errôneos.
• Detalhe dos dados: como as informações para a tomada de decisões estão sendo entregues aos 
gestores. É possível mensurar o tamanho da demanda de forma incorreta caso os dados estejam 
super ou subestimados.
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Unidade I
• Amostra: o gestor deve ter em mãos todas as referências da amostra na qual irá basear as 
suas projeções. É importante saber que nem sempre um excesso de dados irá auxiliar na 
tomada de decisões, da mesma forma que a ausência de elementos amostrais pode prejudicar 
o momento de definir a demanda.
• Controle das previsões: para possibilitar a correção de erros, haja vista que as previsões 
estão em ambientes de médio e longo prazo, é necessário avaliar e corrigir eventuais 
problemas constantemente.
• Grau de estabilidade: a análise de cada produto que irá ser adquirido pelo gestor deve possuir os 
fatores diretamente ligados a ele. No caso de alimentos, a demanda tende a ser estável, podendo 
alterar para os chamados bens substitutos. Em relação aos chamados bens de luxo, a demanda por 
eles é extremamente instável, pois dependerá de uma série de fatores conjunturais.
• Organização: as empresas devem manter arquivos de suas séries históricas de demanda, 
possibilitando a escolha de um método de previsão específico e não promover alterações, sem 
justificativas, em suas escolhas.
 Saiba mais
Os bens, segundo os economistas, podem ser divididos em bens tangíveis 
e intangíveis, intermediários e finais, de capital e de consumo, duráveis e 
não duráveis. Para compreender melhor cada um deles, leia:
MONTELLA, M. Economia passo a passo. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
Após definir os requisitos, chega o momento de conhecer os métodos existentes para a previsão da demanda.
A definição do método para a realização de tal previsão não é algo simples. Além de analisar os 
requisitos descritos anteriormente, a empresa deverá buscar a metodologia que melhor se encaixa 
em seus planos.
Conforme destaca Lemos (2006), as organizações se deparam com muitos métodos de previsão, 
porém existem muitos fatores a serem considerados, mas pouco detalhamento se esse ou aquele será 
efetivo para as decisões da empresa.
Quando vários critérios são relevantes no processo de previsão e vários 
métodos estão disponíveis para uso, uma metodologia de escolha 
estruturada pode ajudar na seleção do melhor método. Uma metodologia 
estruturada lista os critérios importantes para o processo de previsão 
e direciona a escolha dos métodos que melhor satisfazem os critérios 
explicativos (LEMOS, 2006, p. 77).
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Podemos utilizar, dessa forma, os seguintes métodos de previsão de demanda:
• Modelos qualitativos.
• Modelos quantitativos:
— Modelos de decomposição de séries temporais.
Analisaremos cada um deles.
Os modelos qualitativos são utilizados quando não se possui a série histórica da demanda, deixando 
a cargo do gestor as decisões.
“Os métodos qualitativos envolvem processos mentais de julgamento sobre possíveis 
desdobramentos de ações internas e externas, visando fornecer cenários futuros para a tomada de 
decisões” (NOVAES, 2015, p. 203).
Esses modelos contam, normalmente, com o julgamento do gestor, utilizando técnicas de comparação 
com o objetivo de compreender os comportamentos futuros.
Ballou (2006) apresenta um quadro referente aos métodos de projeção histórica, contendo os 
principais modelos de forma resumida:
Quadro 4
Método Descrição
Delphi
São distribuídos questionários em sequência, buscando a opinião de cada membro da 
equipe. Esses questionários serão repassados diversas vezes, com as novas tabulações, 
visando incentivar a convergência nas respostas do grupo.
Pesquisa de mercado Buscam‑se informações sobre o mercado e os produtos nele inseridos ou a serem inseridos.
Painel de consenso
Diversos especialistas sobre determinado assunto se reúnem buscando compreender 
melhor as previsões. Parte‑se do princípio que um grupo pode chegar a soluções melhor 
que um indivíduo.
Previsão visionária Método não científico, baseado em possíveis previsões do que poderá acontecer.
Estimativas da equipe de vendas Devido à proximidade com os clientes, os vendedores são excelentes termômetros para compreender a tendência da demanda.
Analogia histórica Vinculado às análises de surgimento de novos produtos em relação às mercadorias produzidas.
Box‑jenkins Modelos matemáticos que buscam relações entre séries temporais para subsidiar previsões futuras.
Projeções de tendência Utiliza as equações matemáticas para compreender as tendências futuras.
Análise do ciclo de vida Busca compreender o crescimento do produto, baseado em análise de curvas do produto.
Redes neurais Utiliza a terminologia biológica dos neurônios para compreender o processo de aprendizagem e tomada de decisão.
Adaptado de: Ballou (2006).
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Unidade I
• Modelos quantitativos: nesse método são utilizadas séries históricas, podendo ser endógenas (da 
própria empresa) ou exógenas (dados do mercado). Esses modelos assumem diferentes formas, de 
acordo com a necessidade e escolha do gestor.
Modelos de decomposição de séries temporais: são utilizados no estudo da demanda 
passada para prever a demanda futura. É possível dizer que o que ocorreu no passado tenda 
a ocorrer novamente. Destaca‑se ainda que é importante que os produtos que estejam 
visualizados nesta série já possuam maturidade no mercado. Para não haver problemas ao 
longo do processo esse método é utilizado, normalmente, em períodos de um ano, pois assim 
a sazonalidade pode ser percebida.
 Observação
Alguns cálculos realizados nos modelos de decomposição de séries 
temporais serão realizados com a ajuda de planilhas eletrônicas.
O modelo de séries temporais apresenta três ramificações dele: (a) o modelo da média móvel 
simples, (b) o modelo da média móvel ponderada e o (c) modelo da regressão linear. Trataremos 
de cada um deles:
Modelo da média móvel simples
Este modelo é baseado em uma média aritmética simples, como o próprio nome sugere, não percebe 
em seu cálculo a questão da sazonalidade.
A fórmula da média aritmética simples, conforme Hoffmann (2001, p. 29), é:
x
Xi
N
i
N
� �� 1
Para compreender, utilizaremos a tabela a seguir, que descreve a quantidade de um determinado 
produto vendido pela empresa:
Tabela 1
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X
Produto 250 260 248 231 249 264 269 270 275 279 280 294 264
No caso da média móvel simples, é comum utilizar apenas três períodos para comparação, pois 
a sazonalidade não está incluída.
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O gráfico a seguir mostra o comportamento dasvendas em determinado período, observando 
que são considerados os 12 períodos de um ano.
0
1 2 3 4 5 6
Período
Pr
od
ut
o 
X
7 8 9 10 11 12
50
100
150
200
250
300
350
Figura 12 – Vendas em determinado período, hipotético, de um produto
Porém, pode haver erros escondidos nessa média que, por não abrangê‑los, pode levar o gestor a 
decisões incorretas. Na tentativa de minimizar esses problemas, pode‑se calcular o desvio‑padrão para 
a demanda desse produto.
É possível entender o desvio‑padrão como uma medida de dispersão, demonstrando a regularidade 
de determinado conjunto de dados em função da média aritmética.
“O desvio padrão é uma das medidas mais comumente usadas para distribuições, e desempenha 
papel relevante em toda a estatística” (STEVENSON, 2001, p. 30).
Assim, a fórmula do desvio padrão é:
S
X X
N
i
n
�
�
�
� ( )2
1
Para compreender a tal terminologia, utilizemos a tabela anterior.
Tabela 2
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X S
Produto 250 260 248 231 249 264 269 270 275 279 280 294 264 17
O cálculo, tanto da média aritmética quanto do desvio padrão, pode ser realizado via planilha 
eletrônica, conforme segue:
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Média aritmética
Figura 13
Figura 14 
Média aritmética = 264
Figura 15 
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Desvio padrão
Figura 16 
Figura 17
Desvio padrão = 17
Figura 18 
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Unidade I
Além das planilhas eletrônicas, a calculadora HP12C, utilizada para cálculos financeiros, permite a 
realização da média e do desvio padrão, utilizando a sequência:
Média Desvio 
padrão
Média: (250) (Σ+) (260) (Σ+) (248) (Σ+) (231) (Σ+) (249) (Σ+) (264) (Σ+) (269) (Σ+) (270) 
(Σ+) (275) (Σ+) (279) (Σ+) (280) (Σ+) (294) (Σ+) (g) (0) (g) (.)
Figura 19
Com este desvio padrão, é possível observar as possíveis variações existentes ao longo da série 
temporal apresentada. Assim, o desvio padrão auxiliará nas decisões de previsão de demanda.
Para melhorar o entendimento, vamos incluir outro produto na análise.
Tabela 3
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 X S
Produto X 250 260 248 231 249 264 269 270 275 279 280 294 264 17
Produto Y 201 312 217 253 264 258 288 293 286 242 264 291 264 33
A tabela apresentou dois produtos com o mesmo valor de média, porém com desvio padrão 
diferenciado. Assim, o gestor pode decidir que, com esses dados, o estoque mínimo do produto X 
pode ser menor que o do produto Y, pois a variação no desvio padrão determina que as variações 
são menores em X do que em Y.
A média móvel simples deve agregar os possíveis erros existentes na previsão da demanda. Os 
erros estão divididos em: (i) erro simples: diferença entre a demanda real e a demanda prevista; (ii) 
erro absoluto: é o módulo de erro simples, desconsiderando o sinal.
É preciso calcular, também, o valor da tendência de viés, que determinará se a previsão da 
demanda está apresentando um viés altista (de crescimento) ou baixista (de queda) na demanda.
É possível, mais uma vez, realizar esses cálculos através de planilhas eletrônicas.
Figura 20 
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Entenda, agora, como chegar aos valores de cada um dos itens:
• Previsão: =MÉDIA(B3:B5) na célula C6, arrastando para as demais.
• Erro simples: =B6‑C6 na célula D6, arrastando para as demais.
• Erro absoluto: =ABS(D6) na célula E6, arrastando para as demais.
• Desvio médio absoluto: =MÉDIA($E$6:E6) na célula F6, arrastando para as demais.
• Desvio padrão dos erros: =DESVPAD(D6:D14) na célula C17.
• Tendência de viés: =SOMA($D$6:F6)/F6 na célula G6, arrastando para as demais.
A mesma sequência deve ser utilizada para calcular o produto Y.
Com gráfico dos dois produtos é possível obter algumas informações importantes.
0
1 2 3 4 5 6
Período
7 8 9 10 11 12
50
100
150
200
250
300
350
Produto X Produto Y
Figura 21 – Vendas dois produtos em determinado período hipotético
Com esse gráfico é possível verificar que o produto X assume uma forma mais linear que o produto 
Y. A conclusão é que um produto sofre menos que outro com as possíveis oscilações do mercado.
O produto X pode ter a sua demanda prevista através do modelo de média móvel simples, enquanto 
o produto Y, por sofrer influencias diversas, não apresenta respostas conclusivas nesse modelo.
É possível, a partir de outro modelo, buscar a compreensão do que está ocorrendo com a demanda 
de cada um dos bens, ou seja, o modelo de média móvel ponderada.
Modelo da média móvel ponderada
Considerado uma derivação do modelo de média simples, o modelo de média móvel ponderada 
apresenta pesos diferenciados para os períodos em análise. Assim, conforme os valores se aproximam 
dos últimos períodos, receberão pesos maiores. O objetivo é dar maior importância aos períodos finais 
em relação aos períodos iniciais.
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O cálculo pode ser realizado conforme a equação a seguir:
Pj= (D1 x PE1) + (D2 x PE2) + (D3 x PE3) + ..... + (Dn x PEn), sendo que:
PE1 + PE2 + PE3 + ..... + PEn = 1.
Em que:
Pj = previsão para um determinado período j
PE = peso atribuído ao período
D = demanda do período
 Observação
A soma dos pesos é igual a um para que não seja necessário dividir os 
resultados pela soma dos pesos.
Se considerarmos pesos da seguinte proporção 0,2, 0,3 e 0,5 para os três últimos períodos para os 
produtos X e Y acima, teremos as seguintes respostas:
Produto X
P = 279 x 0,2 + 280 x 0,3 + 294 x 0,5 = 287
Produto Y
P = 242 x 0,2 + 264 x 0,3 + 291 x 0,5 = 273
Assim, a demanda previsão da demanda para o próximo período do produto X será de 287 e do 
produto Y de 273.
É importante destacar que sempre que utilizarmos pesos maiores para os últimos períodos estamos 
afirmando que eles terão maior influência nas previsões de demanda.
Pode‑se utilizar, também, a planilha eletrônica para demonstrar esses cálculos. Assim:
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Figura 22 
Para alcançar os valores na planilha eletrônica, é preciso indicar os fatores de ponderação (D20, 21 e 
22 e M20, 21 e 22), inserindo a seguinte fórmula na célula C6: =$D$22*B3+$D$21*B4+$D$20*B5 para 
o produto X. Já para o produto Y, é preciso inserir na célula L6: $M$22*K3+$M$21*K4+$M$20+K5. Nos 
dois casos deve‑se arrastar para as demais células, ou seja, C7:C15 e L7:L15.
Para compreender a definição de média móvel, observe o exemplo a seguir:
Exemplo 1
Uma adega teve sua demanda mensal por cervejas de 55, 68, 59 e 63 engradados durante os quatro 
últimos meses. Faça a previsão da demanda para o quinto mês usando a média móvel de quatro meses. 
Qual é o erro de previsão se a demanda no quinto mês for de 65 engradados?
P = (55 + 68 + 59 + 63) / 4 = 61,25 engradados
A previsão da demanda é de 65 engradados, logo o erro é encontrado:
E = 65 – 61,25 = 3,75
Como temos uma previsão, nesse caso o mês 5, é necessário revisá‑la; assim, a demanda revisada é:
Resolução
P = (65 + 63 + 59 + 68) / 4 = 63,75 ou 64 engradados de cerveja.
Modelo de média móvel com suavização exponencial
O modelode média móvel com suavização exponencial deriva do modelo de média ponderada e deve 
ser utilizado para demandas que não apresentam sazonalidade e nem tendências (CHOPRA; MEINDL, 2011).
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Utilizam‑se pesos de ponderação que deverão elevar exponencialmente quanto mais recente for o período.
Assim, a fórmula para o cálculo é:
Pj = α x D + (1 – α) x D j‑1
Em que:
Pj = previsão para o período j
D = demanda média dos últimos n períodos
α = constante de suavização (0 ≤ α ≤ 1)
D j‑1 = demanda real ocorrida no período anterior ao período j
O valor da constante de suavização (a) varia entre zero e um. Quanto 
maior o valor de α, menor será a influência da demanda real do último 
período na previsão de demanda. (1‑ α) é a taxa exponencial com 
que vai cair a influência dos dados históricos de demanda, ou seja, 
(1‑ α) para o último mês; (1 – α)2 para o penúltimo mês; (1 – α)3 
para o antepenúltimo mês e assim por diante. Convém ressaltar que 
a atribuição do valor um para o coeficiente α vai gerar os mesmos 
resultados obtidos no modelo da média móvel simples (PEINADO; 
GRAEML, 2007, p. 349).
Considerando um fator de produção α = 0,2, hipotético, o cálculo de previsão de demanda para os 
produtos X e Y para um novo período será:
Produto X
P x x, ,�
� ��
�
�
�
�
� � �� � �0 2
279 280 294
3
1 0 2 294 292
Produto Y
P x x, ,�
� ��
�
�
�
�
� � �� � �0 2
242 264 291
3
1 0 2 291 286
É possível, com as tabelas anteriores, realizar o cálculo em planilhas eletrônicas, conforme segue:
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Figura 23 
A inserção dos dados na planilha deve seguir a sequência:
Na célula C6, digitar =$M$20*MÉDIA(B3:B5)+(1‑$D$20)*B5, arrastando para todas as células até a 
B13, para o produto X.
Em relação ao produto Y, na célula L6, inserir =$M$20*MÉDIA(K3:K5)+(1‑$M$20)*K5, e arrastar para 
todas as células, até a L13.
Os modelos de média móvel estudados são muito utilizados por empresas, apesar de terem 
aplicação para sazonalidades ou tendências, apresentando de forma generalista as informações sobre o 
comportamento da demanda de determinado produto.
Modelo dos mínimos quadrados ou regressão linear
O modelo de regressão linear ou mínimos quadrados é utilizado para previsão de demandas que 
apresentam tendências. Essas tendências são representadas por movimentos de alta ou de queda do 
produto, dentro de seu ciclo de vida.
Pode‑se dizer que existe tendência quando a demanda por determinado produto mudar 
sistematicamente ao longo do tempo (NOVAES, 2015).
O método utiliza a teoria dos mínimos quadrados para promover 
uma regressão linear que determina a equação da reta que melhor 
representa os valores da demanda passada. A partir desta equação, são 
extrapoladas as projeções para o futuro. A reta obtida pelo método dos 
mínimos quadrados é a reta que minimiza a somatória das distâncias 
entre cada valor de demanda ocorrido e a própria reta (PEINADO; 
GRAEML, 2007, p. 353).
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Unidade I
Logo, a equação utilizada para o modelo é:
Di = a + b x Pi
Em que:
Di = demanda no período i
a = coeficiente do nível da demanda
b = coeficiente de tendência de demanda
Pi = período i
Vamos utilizar o exemplo a seguir para a demanda de um determinado produto z.
Tabela 4 
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Demanda (z) 343 380 353 360 362 386 390 394 398 402
Para encontrar o valor da demanda utiliza‑se a equação apresentada anteriormente, porém 
é necessário calcular antes o valor dos coeficientes de nível de demanda (a) e de tendência de 
demanda (b). Assim:
a D b P� � x
b
n x x
�
� � �
� � � � �
�
�
�
�
i
n
i
n
i
DixPi D P
P nx P
1
1
2 2
Em que:
D = demanda média dos n períodos
Di = demanda no período i
Pi = período i
n = número de períodos considerados
P = média dos períodos considerados
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Com base na tabela de demanda para o bem z, vamos calcular a previsão de demanda para os 
períodos 11 e 12, e para facilitar chamaremos de mês, do determinado ano.
Tabela 5
Mês Demanda D Período P D x P P2
Janeiro 343 1 343 1
Fevereiro 380 2 760 4
Março 353 3 1059 9
Abril 360 4 1440 16
Maio 362 5 1810 25
Junho 386 6 2316 36
Julho 390 7 2730 49
Agosto 394 8 3152 64
Setembro 398 9 3582 81
Outubro 402 10 4020 100
Somatório 3768 55 21212 385
É preciso, agora, calcular a demanda e o período médio da tabela:
D = 
3768
10
 = 376,8 = 
55
10
 = 5,5
Para calcular a previsão de demanda, conforme dito anteriormente, é necessário encontrar os valores 
de A e B em primeiro lugar, assim:
b �
� �
� � � �
�
�
i
n
i
n
i
DixPi nxD x P
P nx P
1
1
2 2
�
�
‑
‑
b
x x
�
� � �
� � �
21212 10 376 8 5 5
385 10 5 52
, ,
,x
b = =
488
82 5
5 915
,
,
a = D – b x P
a = 376,8 – (5,915 x 5,5)
a = 344,27
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Unidade I
Com esses números é possível realizar a previsão da demanda para os meses de novembro e dezembro, assim:
Para novembro:
Di = a + b x Pi
D11 = 344,27 + 5,915 x 11 = 409
Para dezembro
D12 = 344,27 + 5,915 x 12 = 415
Assim, a demanda para os meses de novembro e de dezembro serão 409 e 415 unidades respectivamente.
Porém, o modelo dos mínimos quadrados, utiliza apenas as tendências e não a sazonalidade, assim, 
é preciso buscar outro modelo que visualize essas variações.
Modelos de ajustamento sazonal
Normalmente as empresas se deparam com diversas mudanças em seus planos de vendas. Muitas 
das mudanças são provenientes da sazonalidade. Uma padaria, por exemplo, venderá menos sorvete no 
inverno e mais chocolate quente. Já no verão ocorrerá o contrário, mais sorvete menos chocolate quente.
A sazonalidade é inerente a praticamente todos os negócios, assim, prever a demanda com esses 
elemento se torna algo importante para qualquer organização.
Para realizar a previsão da demanda, com a sazonalidade, é utilizada a seguinte equação:
Di = (a + b x Pi) x Si
Em que
Di = demanda no período i
a = coeficiente de nível de demanda
b = coeficiente de tendência de demanda
Pi = período i
Si = fator de sazonalidade do período i
Em um primeiro momento, é utilizado um modelo de ajustamento sem a sazonalidade, ou seja, 
‘dessazonalizado’. A partir desse elemento é possível, utilizando a regressão linear, encontrar o índice 
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
de sazonalidade. Ou seja, “o quociente percentual entre a demanda real ocorrida e a demanda 
dessazonalizada fornece o índice de sazonalidade de cada período” (PEINADO; GRAEML, 2007, p. 358).
Para encontrar os valores da demanda com sazonalidade é necessário, em primeiro lugar, calcular os 
valores dessazonalizados, pois como os valores não são lineares, os resultados poderão apresentar erros.
O método mais utilizado é o de média móvel centrada, que é o valor aplicado sobre a média ou a tendência 
que possui variação dos valores médios, podendo ser expresso em quantidade ou percentual (TUBINO, 2009).
Tabela 6Índice de sazonalidade
Período Demanda real Média móvel centrada Índice de sazonalidade
1 415
2 412
3 403
4 383
5 370 396 0,93
6 375 394 0,95
7 386 391 0,99
8 394 387 1,02
9 425 383 1,11
10 400 375 1,07
11 386 367 1,05
12 364 362 1,00
13 350 360 0,97
14 298 359 0,83
15 304 360 0,84
16 341 362 0,94
17 380 364 1,04
18 406 367 1,11
19 414 374 1,11
20 404 384 1,05
21 381
22 371
23 365
24 398
Demanda média 374
Para chegar ao valor da média móvel centrada, é necessário somar os períodos de 1 a 9 e dividir 
por 9. No próximo período, de 2 a 10, e dividir, novamente, por 9 e assim por diante.
A demanda média será obtida pela soma da média móvel centrada dividida pelo seu número de 
períodos, ou seja, 16.
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Unidade I
Para calcular o índice de sazonalidade, divide‑se a demanda real pela média móvel centrada.
No exemplo são encontrados dois índices de sazonalidade, devido ao ciclo do produto, ou seja, 
1,07 e 1,11, logo, é necessário calcular a média entre eles, assim:
IS �
�
�
1 07 111
2
1 09
, ,
,
A tabela a seguir apresenta todos os demais índices de sazonalidade:
Tabela 7
Índice de sazonalidade média
IS1 1,09
IS2 1,05
IS3 1,00
IS4 0,97
IS5 0,83
IS6 0,84
IS7 0,94
IS8 1,04
IS9 1,11
A partir dos índices de sazonalidade, é possível realizar a previsão da demanda, criando uma 
nova tabela, utilizando a seguinte equação:
Tabela 8 – Demanda prevista = Demanda média + Demanda média (IS‑1)
Período Demanda média IS Demanda prevista Demanda real Erro
1 374 1,09 408 415 7
2 374 1,05 393 412 19
3 374 1,00 374 403 29
4 374 0,97 363 383 20
5 374 0,83 310 370 60
6 374 0,84 314 375 61
7 374 0,94 352 386 34
8 374 1,04 389 394 5
9 374 1,11 415 425 10
10 374 1,09 408 400 ‑8
11 374 1,05 393 386 ‑7
12 374 1,00 374 364 ‑10
13 374 0,97 363 350 ‑13
14 374 0,83 310 298 ‑12
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
15 374 0,84 314 304 ‑10
16 374 0,94 352 341 ‑11
17 374 1,04 389 380 ‑9
18 374 1,11 415 406 ‑9
19 374 1,09 408 414 6
20 374 1,05 393 404 11
21 374 1,00 374 381 7
22 374 0,97 363 371 8
23 374 0,83 310 365 55
24 374 0,84 314 398 84
Erro acumulado 14
Existem outros modelos de previsão de demanda, porém, num primeiro momento, os modelos 
apresentados podem ser suficientes para a análise e tomada de decisão por parte dos gestores.
Exemplo 2
Um vendedor de refrigerantes apresentou na última semana a seguinte demanda pelo seu produto:
Tabela 9
Dia Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo
Quant. 78 82 94 102 119 138 151
Calcular a previsão de demanda de quinta, sábado e domingo da próxima semana, utilizando o 
método dos mínimos quadrados.
Resolução
Construir a tabela a seguir:
Tabela 10
Dia Demanda D Período P D x P P2
Segunda 75 1 75 1
Terça 82 2 164 4
Quarta 94 3 282 9
Quinta 102 4 408 16
Sexta 119 5 595 25
Sábado 138 6 828 36
Domingo 151 7 1057 49
Somatório 761 28 3409 138
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Unidade I
Calcular a demanda média e o período médio:
D = =
761
7
108 71, P = =
28
7
4
Agora é preciso fazer o cálculo do coeficiente de tendência da demanda:
b �
� � �
� � � � �
�
�
�
�
i
n
i
n
i
DixPi nxD x P
P nx P
1
1
2 2
b
x x
�
� � �
� � �
3409 7 108 71 4
138 7 42
,
x
b =
365 12
26
,
b = 14,04
Agora, calcular coeficiente de nível da demanda:
a = D – b x P
a = 100,14 – 14,04 x 4
a = 100,14 – 56,17
a = 43,98
Após esses cálculos, é possível calcular a previsão de demanda para cada período.
Di = a + b x Pi
Dquinta = 43,98 + 23,27 x 11
Dquinta = 43,98 + 255,97
Dquinta = 255,97 = 256
Dsábado = 43,98 + 23,27 x 13
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Dsábado = 43,98 + 302,51
Dsábado = 346,49 ou 347
Ddomingo = 43,98 + 23,27 x 14
Ddomingo = 43,98 + 325,78
Ddomingo = 369,76 ou 370
A previsão de demanda para refrigerantes será: quinta = 256 unidades, sábado = 347 unidades e 
domingo = 370 unidades.
2.1.2 Processo de distribuição
A distribuição em uma empresa é algo imprescindível, pois um processo bem organizado 
poderá gerar economia e melhora nos lucros, mas a desorganização neste sistema trará inúmeros 
problemas à organização.
Podemos entender que a distribuição está sendo utilizada por duas vertentes, a saber: (i) a entrada 
de materiais na empresa, para que assim possa produzir os bens necessários; e (ii) o envio da mercadoria 
até o cliente final, garantindo a entrega no prazo acordado entre as partes.
Dessa forma, torna‑se importante determinar qual é o melhor canal de distribuição, assim como 
canais de comunicação, para que não existam ruídos e nem erros na definição de preços e prazos 
determinados. Assim, destacam‑se dois pontos fundamentais: (i) cumprimento das necessidades dos 
clientes; e (ii) custos desses atendimentos (CHOPRA; MEINDL, 2011).
Outro ponto a destacar quando tratamos de distribuição é a forma como ela é classificada, de acordo 
com os profissionais que trabalharão com o sistema. No caso logístico, é chamado de distribuição física, 
neste caso os produtos serão transportados de um determinado ponto até outro. Já os profissionais de 
marketing denominam essa operação de canais de distribuição, originados no processo de produção, 
objetivando a entrega ao consumidor final (NOVAES, 2015).
Podemos definir, assim, os canais de distribuição como: “deve[m] ser visto[s] como uma rede de 
empresas independentes que agem em sintonia de forma a criar valor para o usuário final através da 
distribuição de produtos” (ALCÂNTARA, 1997, p. 33).
Com base na ilustração disponível em Novaes (2015, p. 163), torna‑se fácil compreender as relações 
entre canais de distribuição e distribuição física.
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Unidade I
Transporte
Fabricante
Atacadista
Varejista
Transporte
Depósito da fábrica
Consumidor final
Depósito 
(centro de 
distribuição)
Depósito 
varejista
Distribuição física Canal de distribuição
Figura 24 – Paralelismo entre canais de distribuição e distribuição física
Um questionamento surge ao analisarmos a estrutura de um canal de distribuição, ou seja, não seria 
melhor o varejista produzir seu próprio bem, eliminando os elementos que intermediam o processo. Na 
realidade a resposta está relacionada aos custos de produção.
Uma determinada empresa que busca ser o produtor dos bens que comercializa estaria fugindo 
do seu core competence, elevando os seus custos. Porém, mesmo com a estratégia de somente atuar 
no que é de seu interesse, diversas empresas solicitam a produção de peças com seus nomes a outros 
fabricantes. Como exemplo, podemos citar as redes de supermercados que possuem sua marca própria.
 Observação
O termo core competence refere‑se à atividade principal de uma 
empresa. Por exemplo, uma empresa que se dedica à distribuição de 
mercadorias, tem como atividade principal a distribuição.
As organizações que buscam alterar o seu core competence poderão incorrer em erros graves, tais 
como perda de mercado e elevação de seu custo total.
Logo, um canal de distribuição auxiliará essas empresas a manter o seu foco, pois permitirão queos 
varejistas mantenham o foco em seu negócio, deixando a cargo de empresas especializadas realizarem 
as funções de cada etapa do processo.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Os canais de distribuição podem ser definidos de acordo com alguns tipos específicos e comuns, a saber:
Varejista abastecido pelo fabricante:
Fabricante Varejista
Figura 25 
Os varejistas são abastecidos por centros de distribuição, do próprio fabricante:
Fabricante
Varejista I
Varejista II
Centro de 
distribuição 
fabricante
Figura 26 
O atacadista encaminha as mercadorias para o centro de distribuição do varejista, que abastece suas lojas:
Fabricante
Varejista I
Varejista II
Centro de 
distribuição 
varejista
Figura 27 
As mercadorias são encaminhadas a um operador logístico, pelos fabricantes que realiza as entregas às lojas:
Varejista I
Varejista II
Fabricante X
Fabricante Y
Operador logístico
Figura 28 
É possível identificar que os canais de distribuição possuem objetivos específicos, não generalizados, 
mas que facilitam a sua montagem e manutenção, de acordo com cada empresa, assim:
• Velocidade de disponibilidade do produto: colocar a mercadoria no prazo e locais desejados e esperados.
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Unidade I
• Apresentar o produto de forma mais atraente, buscando parcerias para que a mercadoria seja 
visualizada e comercializada.
• Realizar a integração e cooperação entre os componentes da cadeia, objetivando velocidade e 
organização nos pedidos realizados.
• Realizar um bom serviço ao cliente, conforme definido no escopo de fornecimento.
• Integração de toda a cadeia, buscando a redução de custos em todas as suas etapas.
Conforme Rocha e Sousa (2017), um canal de distribuição poderá assumir tipificações diferentes, de 
acordo com o número de intermediários presentes nele.
Se o número de intermediários for grande esse canal receberá o nome de canal longo.
Canais longos podem ser constituídos por dois ou mais atacadistas: um na 
origem, que acumula produtos de vários produtores; outro numa posição 
intermediária, que garante a disseminação dos produtos por determinada 
região; e ainda um mais próximo a cada mercado, que coordena a distribuição 
do produto aos varejistas (ROCHA; SOUSA, 2017, p. 28).
Outro tipo de canal é o curto que aproxima o produtor dos varejistas, facilitando o acesso aos 
produtos deste. “[...] utilizado pelos distribuidores de bens de consumo sem recursos a atacadistas, isto é, 
diretamente do produtor aos varejistas. Por exemplo, distribuidores de eletrodomésticos e de automóveis 
utilizam canais curtos” (ROCHA; SOUSA, 2017, p. 29).
O canal direto é aquele no qual a relação acontece entre produtor e o consumidor final, normalmente 
devido a características específicas do mercado.
Os canais diretos têm a vantagem de ser completamente controlados 
pelos produtos e de proporcionarem à empresa produtora um melhor 
conhecimento de mercado, uma vez que ele receberá as informações a 
respeito instantaneamente (ROCHA; SOUSA, 2017, p. 31).
Novaes (2015) destaca que um canal de distribuição deve possuir quatro funções, sendo:
• Indução da demanda: apresentar o produto de forma a atrair o consumidor, via campanhas 
publicitárias, facilidades de pagamentos, entre outros serviços.
• Satisfação da demanda: gerar o comércio deste produto, garantindo um produto ou serviço de 
qualidade ao cliente.
• Serviço pós‑venda: atendimento ao cliente em qualquer situação de dúvida ou de necessidade em 
relação ao produto, como recall, coleta de resíduos, troca do produto.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
• Troca de informações: apresentar dados referentes aos clientes e a demanda do produto.
Além das funções destacadas, a organização deverá optar por um sistema de distribuição para o seu 
canal, são eles:
• Extensiva: a empresa utilizará canais longos para sua distribuição. Neste caso, a organização 
tem como grande objetivo atingir mais pontos de venda. Porém, pode haver um prejuízo nesse 
sistema: a perda do controle do canal, o que impactará em custos mais elevados.
• Exclusiva: nesse sistema a empresa entrega a concessão de seu produto a um determinado 
intermediário, sendo ele o responsável pela penetração no mercado e manutenção da quantidade 
de vendas. É possível observar tal sistema em franquias.
• Seletiva: são escolhidos postos de venda específicos para o produto em questão, não aceitando 
que a mercadoria seja exposta ou vendida em qualquer local, garantindo “certa exclusividade”.
• Intensiva: tipo de distribuição baseada na colocação de produtos no maior número de lugares 
possível, buscando atingir públicos cada vez maiores.
A figura a seguir, desenvolvida por Rocha e Sousa (2017), nos ajuda a entender em quais tipos de 
negócios poderão ser utilizados cada sistema.
Extensiva Exclusivas Seletiva Intensiva
Produtos da 
cesta básica
Lojas 
franqueadas
Lojas de artigos 
esportivos Jornais diários
Figura 29 – Sistemas de distribuição
Em cenário cada vez mais competitivo, os canais de distribuição ou 
canais de marketing assumem importante papel dentro do contexto 
mercadológico. Isso se dá pelo fato de as empresas não conseguirem 
estar em todos os locais ao mesmo tempo atendendo à demanda de 
seus clientes. Assim, motivados pela dificuldade de competição, pelo 
crescente poder que os distribuidores têm, por busca incessante das 
organizações, em redução de custos em suas operações, na corrida 
alucinante pelo crescimento, que gera conflitos e stress, e pelo domínio 
da tecnologia, as indústrias se veem obrigadas a dividir o trabalho da 
distribuição de seus produtos com outras empresas, as quais acabam 
sendo mais especialistas nessa operação do que a própria fabricante. 
(MEJIDO; SZULCSEWSKI apud BALLOU, 2007, p. 57).
Para realizar a implantação de um canal de distribuição eficiente, é necessário avaliar as seguintes 
variáveis (ROSENBLOOM, 1999):
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Unidade I
• Mercado: o conhecimento dessa variável é de suma importância a qualquer empresa, pois a partir 
dela é possível mensurar o tamanho da demanda, elementos culturais, tamanho e localização, 
com o objetivo de explorar o canal de distribuição em sua plenitude.
• Produto: o canal deve possuir o conhecimento em sua amplitude do produto que será vendida, 
criando condições de satisfazer os clientes em qualquer questionamento. Além disso, com tais 
informações em sua forma mais ampla, as próprias revendas terão condições de armazenamento 
adequado de cada mercadoria.
• Empresa: analisar o tamanho e o poder que a empresa possui, podendo, assim, determinar o sua 
força de negociação nas diferentes esferas.
• Variáveis intermediárias: verificar se o canal possui condições de tratar e cuidar do produto a 
ele confiado. Nesse caso, é importante que o produtor tenha consciência da necessidade de 
apresentar informações organizadas de seus produtos, realizando, se necessário, treinamentos.
• Ambiente e comportamento: conhecer o cenário no qual a empresa está situada, sabendo 
reconhecer o comportamento dos consumidores que está diretamente ligado a fatores sociais, 
políticos, econômicos, tecnológicos e tantos outros.
Após serem definidas as variáveis que poderão impactar o canal de distribuição, é possível definir os 
canais de distribuição.
Utilizando o esquema proposto por Novaes (2015),teremos:
Etapa 1
• Identificação de clientes: agrupar clientes com necessidades idênticas, ou seja, os clientes, 
normalmente consumidores finais, que utilizarão um mesmo produto, tendo foco no cliente. Um 
bom exemplo são as refinarias de petróleo, que após transformarem o material bruto em 
combustível, encaminham a uma distribuidora que utilizará, possivelmente, dois canais de 
distribuição: os caminhões e os oleodutos. E, de acordo com cada cliente, será realizada a 
entrega.
Etapa 2
• Identificação e a prioridade das funções logísticas: é necessário, após projetar os canais, definir 
quais serão as funções de cada um deles e, em seguida, detalhar quais as funções logísticas. Dessa 
forma, as funções podem ser divididas em:
— Informações sobre o produto: com clientes finais cada vez mais exigentes, a quantidade e a 
qualidade das informações devem estar mais disponíveis.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
— Customização do produto: de acordo com as necessidades do mercado consumidor, os produtos 
deverão passar por reavaliações técnicas.
— Afirmação da qualidade do produto: apresentação de garantias extras às já existentes no 
produto, devido a uma necessidade específica do cliente.
— Tamanho do lote: transporte e armazenamento dos produtos de acordo com as necessidades 
individuais de cada cliente.
— Variedade: diferentes especificações técnicas dos produtos forçam o vendedor a possuí‑los em 
seus estoques, estando relacionados à especificidade do consumidor.
— Disponibilidade: adequar a disponibilidade do produto ou serviço às necessidades de cada cliente.
— Serviço pós‑venda: oferecer aos clientes serviços diversos após a compra do produto, como 
instalação e manutenções constantes.
“A definição das funções, para cada canal, deve ser feita preferencialmente com base em informações 
diretamente colhidas junto aos clientes” (NOVAES, 2015, p. 180).
Etapa 3
• Benchmarking: com os requisitos do canal definidos, é necessário verificar, no mercado, se as 
práticas propostas estarão de acordo com as necessidades e satisfação dos clientes.
Etapa 4
• Revisão do projeto: com as informações obtidas no benchmarking, é possível revisar e realinhar o 
projeto proposto, mantendo a ideia de satisfação do cliente.
Etapa 5
• Custos e benefícios: medir os custos e os benefícios associados a cada alternativa do canal de 
distribuição, estimando os investimentos e os mercados atendidos por cada canal. Com isso, 
busca‑se definir a estrutura do canal de distribuição que atenda os interesses da empresa, com o 
mínimo de custo e a máxima satisfação do cliente.
Etapa 6
• Integração com as atividades da empresa: integrar à estrutura atual da empresa a nova realidade 
obtida para a comercialização do produto.
Após realizar todas as etapas do processo, é necessário verificar se esse canal de distribuição (ou 
canais) está atingindo o objetivo proposto. Essa avaliação pode estar diretamente ligada à questão dos 
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Unidade I
custos‑benefícios deste. Assim, podem‑se utilizar os seguintes indicadores, porém é possível criar uma 
gama infinita deles (MEJIDO; SZULCSEWSKI, 2007, p. 62).
• Volume vendido e a vender em determinado período.
• Participação de mercado.
• Margem do canal.
• Participação no espaço das lojas.
• Estrutura de vendas do canal.
• Qualidade dos serviços prestados aos consumidores.
Exemplo 1
Entender a forma como os canais de distribuição funcionam nos ajuda a elaborar a melhor estratégia 
para uma determinada empresa.
Um exemplo clássico é de uma determinada fabricante de chocolates, uma das maiores do mundo, 
que tinha como um dos seus principais produtos um chocolate, denominado naquele momento de C&C. 
Esse chocolate foi introduzido no Brasil, porém sem grande sucesso.
Após alguns anos, e com o aumento do uso das redes sociais, muitos brasileiros, que viajavam para 
o exterior, conheceram o chocolate C&C e questionaram a produtora sobre o motivo de não haver o 
mesmo chocolate em terras brasileiras.
Após grande estudo, o chocolate foi relançado no Brasil e a estratégia da empresa foi simples: utilizar 
canais diretos, ou seja, a produtora entregava diretamente aos lojistas (mercados, supermercados, lojas 
de conveniências) e usando o sistema de distribuição intensiva (o chocolate foi colocado no maior 
número possível de locais de venda).
Assim, a empresa garantiu o sucesso do relançamento e atingiu o público ansioso pelo chocolate 
C&C.
 Resumo
As empresas estão cada vez investindo mais em conhecimento. Esse 
conhecimento não é limitado apenas a sistemas informatizados, é feito 
em várias áreas para ter condições de saber quem é seu cliente e o que 
ele deseja.
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CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO E ESTOQUE
Estar atento às constantes mudanças no mundo e, consequentemente, 
no padrão de consumo existente gera ganhos incalculáveis às organizações.
A previsão do consumo se torna uma arma fundamental para aqueles 
que tomam decisões, pois apresentam as possíveis tendências existentes 
para os próximos períodos.
É nesse contexto que as sazonalidades aparecem e fazem a diferença. 
Uma fábrica de cobertores deverá reduzir a sua produção no momento em 
que o verão se aproxima, se preparando e reorganizando os seus projetos 
para a estação mais fria, assim como a indústria de sorvetes retrai sua 
produção em períodos mais frios do ano.
A atual estrutura das organizações não permite erros e muito menos 
ficar com mercadorias paradas ou deixar um importante cliente esperando 
para receber as mercadorias. Se preparar para atender o cliente de forma 
rápida e eficiente é um diferencial competitivo ao qual todas as empresas 
devem se atentar.
Mesmo empresas que possuem diversos clientes devem saber o 
momento de atendimento de cada um deles, como exemplo, as grandes 
redes de supermercados. Porém, não se deve perder a essência de sua 
missão, deixando que os diversos agentes de uma cadeia de abastecimento 
tenham a capacidade de produzir e efetivar a sua missão nessa estrutura.
 Exercícios
Questão 1. (IFRN, 2012) O planejamento logístico busca sempre responder a perguntas tais como: 
o que, como e quando visualizando a construção mais adequada desse planejamento. Assim, envolve 
três níveis organizacionais: operacional, tático e estratégico. Uma das principais diferenças entre eles 
é o horizonte temporal do planejamento. Sobre o assunto, analise as afirmativas que seguem. 
I – Localização de estoques e seleção de modal são decisões de nível estratégico. 
II – Níveis dos estoques de segurança e regras de priorização de pedidos são decisões de nível tático. 
III – Separação de pedidos e despacho são decisões de nível operacional. 
Assinale a opção que contempla somente afirmativas corretas.
A) I e II.
B) I e III.
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Unidade I
C) I, II e III.
D) II e III.
E) II.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: faz parte da elaboração do planejamento estratégico logístico a escolha da correta 
localização do estoque bem como a seleção do modal de transporte a ser utilizado.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: a manutenção de material em estoques para utilizar em momentos críticos, o chamado 
estoque de segurança, bem como a boa administração de pedidos no momento certo, representa ações 
do nível tático.III – Afirmativa correta.
Justificativa: no nível operacional, após as decisões do nível tático, estão as ações de separação de 
pedidos bem como expedição.
Questão 2. (TCE‑GO, 2009) O gerenciamento de suprimentos por meio da abordagem do Supply 
Chain Management tem como objetivo estratégico:
A) Promover a integração logística de toda a cadeia interna de suprimentos da organização.
B) Fazer a distinção entre a cadeia de suprimentos da organização, incluindo os fluxos de materiais 
e de informações, da cadeia externa de fornecedores e do cliente final.
C) Garantir a gestão da cadeia interna, incluindo fluxos de materiais e informações, visando, 
principalmente, a redução de custos e racionalização do fluxo de suprimentos da empresa.
D) Realizar ações colaborativas que promovam a união de forças de empresas – cliente e fornecedora, 
cliente e cliente, ou fornecedora e fornecedora – visando explorar as atividades logísticas em 
busca de vantagens mútuas.
E) Agregar valor aos produtos, reduzindo prazos, melhorando o atendimento de emergências, por 
meio da melhor coordenação intersetorial. 
Resolução desta questão na plataforma.

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