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PATOLOGIA E DIETOTERAPIA NO DIABETES MELLITUS Pâncreas Ilhotas de Langerhans Células beta: produzem insulina Células alfa: secretam glucagon (hormônio polipeptídico - poupa glicose) Células delta: contém somatostatina Células F: contém polipeptídio pancreático Fisiologia normal da insulina Homeostasia normal da glicose Produção de glicose no fígado Captação e utilização da glicose pelos tecidos periféricos (proteínas transportadoras – glut 4) Secreção da insulina em resposta ao aumento da glicemia Funções da Insulina Transporte de glicose e aminoácidos pelas membranas celulares Formação de glicogênio no fígado e músculo Conversão de glicose em triglicérides Síntese de ácidos nucléicos Síntese de proteínas (inibe catabolismo protéico) Funções da Insulina Intensifica a conversão de glicose em glicogênio e seu armazenamento; Estimula a conversão da glicose em gordura; Inibe a degradação das gorduras e proteínas; Promove a síntese muscular; Influência a oxidação da glicose através da via glicolítica. Funções do Glucagon Funciona como antagonista da insulina. Degrada rapidamente o glicogênio hepático e os ácidos graxos, transformando-os em energia, aumentando os níveis de glicose sérica, protegendo o cérebro e outros órgãos; Auxilia na manutenção dos níveis de glicose normais, principalmente durante o jejum. Funções da Somatostatina Também é sintetizada e excretada em outras regiões do organismo, (hipotálamo); Equilibra a ação da insulina, mantendo os níveis de glicose normais. Após ingestão alimentar ocorre absorção da glicose o que estimula a secreção de insulina pelo pâncreas. O objetivo da insulina é reduzir a glicemia, e ela consegue isto através principalmente de 2 ações: 1) Permite a captação de glicose por tecidos periféricos (tec adiposo e muscular) e 2)Faz com q o fígado pare de liberar glicose na circulação. Homeostase da Glicose Homeostase da Glicose fígado Glicose Dieta Intestino MúsculoTecido Adiposo Insulina Pâncreas Esta doença foi descrita há anos. No primeiro século depois de Cristo pelos gregos, que caracterizavam a doença pela grande quantidade de urina eliminada pelos indivíduos. No século XVII que se relacionou esta doença com o pâncreas, ou parte deste órgão, e no século XX foi isolado a insulina. EPIDEMIOLOGIA É importante problema de Saúde Pública uma vez que: É de alta prevalência, Está associado a complicações que comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, Além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas complicações. Tal impacto pode ser avaliado através de dados obtidos de fontes do Ministério da Saúde, levantamentos regionais e de outras associações. Diabéticos representam cerca de 30% dos pacientes que internam em unidades coronárias intensivas com dor precordial; É a principal causa de amputações de membros inferiores; É também, a principal causa de cegueira adquirida; Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em programas de diálise são diabéticos; Diabetes mal controlado 4º principal causa básica de morte no Brasil Principal causa de cegueira adquirida Diabéticos têm 2 a 4 vezes mais chance de ter IAM ou AVC Diabéticos têm 17 vezes mais chance de desenvolver doença renal (30% dos pacientes em diálise) Diabéticos têm chance 40 vezes maior de sofrer amputações de membros inferiores. Prevalência Aumentou de forma muito acelerada nos últimos anos, alcançando proporções epidêmicas. Estima-se que afete 6% da população adulta mundial (IDF – Federação Internacional de Diabetes). No Brasil estima-se prevalência de: 5% nos indivíduos entre 35-64 anos 8 – 10% em adultos de todas as faixas etárias. Brasil: 10% da população entre 30 e 69 anos; atinge entre 9 a 10 milhões de pessoas, sendo infelizmente em torno de 5 a 6 milhões apenas que conhecem sua situação, portanto praticamente a metade está sem diagnóstico; 20% de diabéticos (>70 anos). Prevalência A prevalência de diabetes está aumentando principalmente devido ao envelhecimento populacional e ao aumento da prevalência de obesidade e sedentarismo. Epidemia Mundial • 2003: 189 milhões de pessoas • 2025: 324 milhões de pessoas • (aumento de 72% - Leste Europeu, África, América do Sul) http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=jZkA2dvpdnwh1M&tbnid=VM4gNOPkt4YhmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www3.hermespardini.com.br/pagina/617/o-papel-da-hemoglobina-glicada-no-diagnostico-do-diabetes.aspx&ei=FuxaUZ70Koii8QTL4YGYAQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNH30Ib_594ZmDZ-j_8Z1hlXCKHf-Q&ust=1364999480873745 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=jZkA2dvpdnwh1M&tbnid=VM4gNOPkt4YhmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www3.hermespardini.com.br/pagina/617/o-papel-da-hemoglobina-glicada-no-diagnostico-do-diabetes.aspx&ei=FuxaUZ70Koii8QTL4YGYAQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNH30Ib_594ZmDZ-j_8Z1hlXCKHf-Q&ust=1364999480873745 Mundo Faixa etária (anos) N ú m e ro e s ti m a d o d e p e s s o a s c o m d ia b e te s ( m il h õ e s ) 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 Mundo 135 milhões 300 milhões King H et al. Diabetes Care, 1998;21:1414 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 Brasil 4,9 milhões 11,6 milhões 1995 2025 1995 2025 50% dos indivíduos diabéticos não estão diagnosticados Barrett-Connor E et al. Diabetes Care, 1998;21:1236 Diabetes Mellitus: População acometida Homens Mulheres Idade (anos) Prevalência global de diabetes por idade e sexo em 2000 Definição O Diabetes Mellitus compreende um grupo heterogêneo de desordens metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia crônica A hiperglicemia crônica: Resulta de defeitos na secreção e/ou ação de insulina. A longo prazo está associada com dano, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente os olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos. DIABETES MELLITUS Grupo de distúrbios caracterizados por: Altos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia) Metabolismo anormal de lipídios e proteínas Secreção e ação da insulina defeituosas e insuficientes Complicações metabólicas agudas: cetoacidose, coma hiperosmolar não-cetótico Complicações crônicas em longo prazo – lesões generalizadas em vasos sangüíneos e tecidos em todo o corpo Complicações microvasculares: oculares, renais e neurológicas Complicações macrovasculares (aterosclerose, IAM, AVC): cardiovasculares, cerebrovasculares e de vasos periféricos (insuficiência vascular, gangrena e amputação) Complicações Renais Mau controle glicêmico; Anormalidades hemodinâmicas (aumento do fluxo renal, aumento da filtração glomerular e da pressão intraglomerular), que podem estar relacionadas ao aumento de sorbitol, aumento da reabsorção tubular de sódio; Excesso de ingestão de proteínas (aumentam o fluxo renal); Hipertensão arterial; Fatores genéticos. Segundo estudo de Kumamoto, quando os níveis de glicemia pós- prandial aumentavam de 180mg/dl para 260mg/dl, apresentavam piora da nefropatia seis vezes maior. FISIOPATOLOGIA Três hormônios pancreáticos são responsáveis pelo controle da glicemia, estes são produzidos na região endócrina deste órgão: células beta: síntese da insulina; células A: síntese do glucagon; células D: síntese da somatostatina. Retinopatia Hiperglicemia: há um aumento do fluxo sangüíneo na retina que causa aceleração do desenvolvimento e progressão da patologia, provocando perda gradual da visão; Fatores metabólicos: acúmulo intracelular do sorbitol; Fatores isquêmicos: espessamento das paredes e oclusão dos vasos endoneurais; Efeitos cumulativos (metabólico + isquêmico)causam diminuição na condução nervosa. EVOLUÇÃO DA FISIOPATOLOGIA falta de insulina ou Resistência Periférica a Insulina ponderal é capaz de prevenir ou retardar o aparecimento do DM2 Diabetes Mellitus tipo2 O tecido adiposo é considerado um órgão endócrino, pois libera na circulação além de AGL uma série de substâncias conhecidas como adipocitocinas. Na obesidade ocorre um aumento na liberação dessas substâncias o que pode interferir na homeostase metabólica. Então na obesidade a grande quantidade de AGL circulantes impede a ação adequada da insulina prejudicando a captação de G pelos tecidos periféricos e estimulando a liberação de G pelo fígado., levando a hiperglicemia Cortisol Interleucina-6 TNF - α Ácidos Graxos Livres Leptina Adiponectina Resistina Estrógeno AngiotensinogênioPAI-1 Representação do tecido adiposo como órgão endócrino Ácidos Graxos Livres vs Homeostase Glicose AGL fígado Captação Glicose Músculo Tecido Adiposo Insulina Pâncreas Gliconeogênese Captação Glicose Captação de Glicose pelas células alvo da Insulina PTn transporta- dora de GLI GLUT1 e GLUT3 – sistema vascular cerebral GLUT2 – células pancreáticas e hepáticas GLUT4 – músculo esquelético e tecido adiposo Sinal da Insulina Fosforilação FosforilaçãoConteúdo de Cromo - ok Diabetes Mellitus tipo 2 Raramente ocorre cetoacidose Geralmente permanece sem ser diagnosticado por muitos anos Precedido por um período de intolerância à glicose Apresentam níveis de insulina normais ou elevados A resistência à insulina pode melhorar com perda ponderal e tratamento farmacológico. Diabetes Mellitus tipo 2 O risco de desenvolver DM tipo 2 com: Idade Obesidade Falta de atividade física Diabetes Mellitus tipo 2 Associado com forte predisposição genética A concordância de DM tipo 2 em gêmeos idênticos é entre 70 – 90% Indivíduos com os 2 pais tendo DM2, têm risco de ter DM 2 de 40% A suscetibilidade genética pode não se manifestar a não ser que um evento ambiental ou outro defeito genético (ex.:obesidade) se sobreponha Diabetes Mellitus tipo 2 Fisiopatologia 1) Resistência periférica à insulina 2) Secreção prejudicada de insulina 3) Produção hepática excessiva de glicose Evidências sobre a fisiopatologia do diabetes mellitus tipo 2 mostram que a resistência a insulina e o declínio progressivo da secreção pancreática de insulina não ocorrem isoladamente, mas que anormalidades na secreção e/ou ação desses outros hormônios glicorregulatórios, as incretinas, também são determinantes para o surgimento do diabetes tipo 2. Diabetes Mellitus tipo 2 Nos Jovens É um fenômeno global que está em crescimento Relacionado ao prevalência de obesidade em crianças e adolescentes A prevalência crescente pode ser interrompida pelo aumento da atividade física e modificação nos hábitos alimentares Diabetes Mellitus tipo 2 Nos Jovens Existem relatos em crianças com apenas 8 anos de idade No Japão a prevalência de DM2 em adolescentes dobrou nos últimos anos e já ultrapassou a prevalência de DM1. Diabetes Mellitus tipo 2 Nos Jovens O início do DM2 é geralmente relatado durante a puberdade e acredita-se que coincida com o fisiológico da RI que ocorre na puberdade, quando a sensibilidade a insulina pode ser em até 30%. Quando procurar DM? adultos acima de 45 anos adultos abaixo de 45 anos se: sobrepeso/obeso (IMC >25) história familiar (1ºgrau) Filhos macrossômicos (>4 kg) ou diabetes gestacional Hipertensos (> 14/09 mmHg) HDL 250mg/dl Anormalidade glicêmica pregressa 61 DIAGNÓSTICO E CONTROLE • Quadro Clínico • Glicemia 140 e 100 e 200> 126Diabetes Glicemia causal (mg/dL) Glicemia de jejum (mg/dL) Estágio Curva Glicêmica ou teste de tolerância a glicose (TTG) Avaliação da glicemia a cada 30 minutos após a oferta em jejum de 75g de glicose diluída em aproximadamente 300ml de água. >200>140 200**>200* 45 HDL c mulheres > 60 Os diabéticos com manifestações clínicas de doenças macrovasculares, deverão ser tratados rigorosamente e com monitorização mais freqüente quando: Triglicérides > 150mg/dl; LDL-C > 100 mg/dl; HDL-C 140mg/dl e 126mg/dl ou > 200mg/dl > 200mg/dl com sintomas clássicos*** Valores de glicose plasmática (mg/dl) para diagnóstico de diabetes melito e seus estágios pré-clínicos. *Jejum é definido como a falta de ingestão calórica de no mínimo 8 horas; ** Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem observar o intervalo da última refeição; *** Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda inexplicada de peso; Hemoglobina É responsável pelo transporte de oxigênio, esta absorve glicose na mesma proporção que ela se encontra na corrente sangüínea. Como os glóbulos vermelhos se renovam a cada 2 ou 3 meses, esta medição permite verificar a quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina de forma irreversível. Com isso , este exame permite a avaliação da glicemia no intervalo de 2 à 3 meses. De acordo com a AssociaçãoAmericana de Diabetes (ADA) o ideal é manter a A1c inferior à 7%. ** Avaliação da Hemoglobina Glicada ou glicosilada (A1c) Cliente Realce Não se recomenda rastreamento na população em geral, mas sim seletivo para: Indivíduos com 45 anos ou mais a cada três a cinco anos, através da medida de glicose plasmática de jejum; Rastreamento mais freqüente a cada um a três anos ou então, mais precoce antes dos 45 anos, ou realizar TTG com 75 gramas de glicose quando: • há evidência de dois ou mais componentes da síndrome metabólica; • além da idade de risco há presença de dois ou mais fatores de risco (quadro 3); • DM gestacional prévio; Diagnóstico precoce Rastreamento anual ou mais freqüente nas seguintes condições: glicemia de jejum alterada ou tolerância à glicose diminuída; presença de complicações compatíveis com DM; hipertensão arterial; doença coronariana. AMERICAN DIABETES ASSOCIATION Teste oral de tolerância a glicoseGlicemia de jejum Atualmente existe uma tendência para recomendação do uso da hemoglobina glicada como critério diagnóstico para DM. Esse exame já foi adotado como critério diagnóstico pela ADA desde 2010, depois do comitê internacional realizado em 2009 incluindo a ADA, o IDF e a Associação Européia de Estudos sobre Diabetes. Classifica-se como diabético, o indivíduo com hemoglobina glicada ≥ 6,5%. Hemoglobina A é a principal forma de hemoglobina circulante no sangue. A hemoglobina glicada é formada a partir de reações não enzimáticas e permanentes entre a HbA e açúcares redutores como a glicose, com formação de subtipos (1a, 1b e 1c). Na HbA1c um resíduo de glicose encontra-se ligado ao grupo amino terminal (resíduo de valina) por meio de uma ligação estável. A dosagem nos níveis plasmáticos de A1c é de grande utilidade para a avaliação do controle do diabetes, visto que as reações de glicação ocorrem em intensidade proporcional à glicemia. http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://heartnews.wordpress.com/2010/01/25/diagnostico-dm-pela-hba1c/&ei=ge1aUZ_XHoX28wStkIHACg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://heartnews.wordpress.com/2010/01/25/diagnostico-dm-pela-hba1c/&ei=ge1aUZ_XHoX28wStkIHACg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387 Cliente Realce Sabe-se que elevações de 1% na A1c corresponde a um aumento médio de 25-35 mg/ dL na glicemia. Este marcador reflete a glicemia média nos 2-4 meses anteriores à realização do exame, visto que a vida média de um eritrócito é de 120 dias. Os valores se mantém estáveis após a coleta e apresentam menor variabilidade de um dia para o outro, sendo mais fácil medir (dispensa jejum). Níveis de hemoglobina glicada % GLI média correspondente mg/ dL (ADA 2011) 5 100 6 126 7 154 8 183 9 212 10 240 11 269 12 298 ADA 2010 GLI JJ alterada Tolerância diminuída GLI http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=J4UY1b3zkr4RHM&tbnid=kSeu2UGsk0DsEM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid%3DS0004-27302012000500001%26script%3Dsci_arttext&ei=nexaUb2uNYWi9QSC_YH4Ag&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGHMXgmEwW_Glibb8wO6NgT9GztoQ&ust=1364999637100831 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=J4UY1b3zkr4RHM&tbnid=kSeu2UGsk0DsEM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid%3DS0004-27302012000500001%26script%3Dsci_arttext&ei=nexaUb2uNYWi9QSC_YH4Ag&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGHMXgmEwW_Glibb8wO6NgT9GztoQ&ust=1364999637100831 Valores de glicemia (mg/dl) para diagnóstico de diabetes e intolerância à glicose * O jejum é definido como a ausência de ingestão calórica por no mínimo 8 horas. ** Glicemia casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo desde a última refeição. *** Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda de peso inexplicada. Obs.: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela repetição do teste em outro dia, a menos que haja hiperglicemia inequívoca com descompensação metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM. ADA, 2010 OBJETIVOS PARA ADULTOS/ IDOSOS COM DM: Avaliação do controle da doença Glicemia de jejum 240 mg/dL Hemoglobina glicada ≤ 7% OBS: A Frutosamina é o produto da interação não enzimática irreversível entre a glicose e a lisina, presente na molécula de albumina e de outras proteínas. A meia-vida da frutosamina reflete a glicemia média nas últimas 2-3 semanas (glicemia de curto prazo). http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.estudiabetes.org/forum/topics/hemoglobina-glucosilada-que-es&ei=9u1aUZz6CoG89gSInIH4BQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.estudiabetes.org/forum/topics/hemoglobina-glucosilada-que-es&ei=9u1aUZz6CoG89gSInIH4BQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387 Complicações agudas do DM 1) Cetoacidose Diabética (CAD) Ocorre principalmente no DM1 2) Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar Ocorre principalmente no DM2 Fisiopatologia da Cetoacidose Diabética-CAD Resulta da deficiência relativa ou absoluta de insulina, normalmente combinada com um excesso de hormônios contra-reguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e GH) Fisiopatologia da Cetoacidose DiabéticaCAD A relação Insulina/Glucagon leva a formação de corpos cetônicos: lipólise e liberação de ácidos graxos livres oferta de AGL para o fígado Produção de triglicerídeos e VLDL Formação de corpos cetônicos no fígado (devido a falta absoluta de insulina e aumento do glucagon) Sinais e sintomas da CAD Poliúria e polidipsia Desidratação Náuseas, Vômitos Dor abdominal Hiperventilação Hálito cetônico Letargia e possivelmente coma . Fatores Precipitantes da CAD Administração inadequada de insulina Infecção (ex.: pneumonia, infecção urinária, gastroenterite, etc) Infarto (ex.: miocárdico, cerebral, mesentérico, etc) Drogas (ex.: cocaína) Anormalidades laboratoriais da CAD Hiperglicemia: 250 – 600 mg/dl Cetonemia: > 3mmol/l Cetonúria Acidose metabólica: (pH 7,3 Hiperosmolaridade sanguínea: 330 – 380 Anormalidades laboratoriais na CADe EHH Hipoglicemia Glicose Plasmática tempo ação Risco – 1,8% ao ano Ganho de peso Ocorre geralmente nos primeiros 4 a 5 anos 7% do PC inicial (UKPDS) Retenção hídrica e hiponatremia Ocorrem exclusivamente com a clorpropamida Biguanidas Glifage® - Metformina sensibilidade à insulina nos tecidos, principalmente no fígado A glicemia se deve especialmente a produção hepática de glicose A magnitude da queda da GPJ e da HbA1c é semelhante à das SFU Quando associada a SFU determina um efeito hipoglicemiante aditivo Metformina Não peso corporal, podendo inclusive, determinar uma 2 a 3 Kg nos primeiros 6 meses de tratamento níveis de TG (10-15%) e do PAI-1. No UKPDS foi o único medicamento que significativamente a incidência de complicações cardiovasculares em pacientes obesos Metformina Efeitos adversos Desconforto abdominal e diarréia, que são geralmente leves e transitórios Menos de 5% dos pacientes não toleram a metformina Incretinomiméticos em portadores de diabetes tipo 2, com ênfase no exenatide e liraglutide, da classe de agonistas do receptor do GLP-1. Nos diabéticos tipo 2, o efeito incretina apresenta-se diminuído ou ausente, o que contribui para a deficiência de secreção de insulina característica da doença. Nesses pacientes, GIP tem sua secreção normal, mas seu efeito insulinotrópico encontra-se marcadamente reduzido, GLP-1 tem sua secreção reduzida mas a ação insulinotrópica preservada. OBS: GIP tem baixo potencial como terapia farmacológica. Incretinomiméticos Exenatide Análogo sintético do peptídeo exendin-4, que tem em comum os efeitos glicorregulatórios do GLP-1 e é resistente à ação da DPP4. Possui meia-vida de 2,5h e é detectado no plasma até 10h após administração, sendo utilizado de 12/12h. Estudos com seguimento entre 30 semanas e 2 anos, demonstraram que seu uso promoveu redução da HbA1c (1%) e do peso corporal (2-4,7 Kg), isoladamente ou em associação (sulfoniluréias, metformina ou glitazonas). Efeitos colaterais: náuseas (40%, dose-dependente) e hipoglicemias (menos freqüente, e quando associado a sulfoniluréias). Incretinomiméticos Liraglutide (Ex: Victoza) Análogo do receptor do GLP-1 resistente à DPP-4, ligado a um ácido graxo (16-C). Posologia: 1vez ao dia, por via subcutânea. Promove efeito semelhante ao exenatide: redução da GJ e GPP, melhora da função da célula beta e aumento da massa de células beta (em animais). Ensaios clínicos mostraram eficácia (variável, dose- dependente) e tolerabilidade semelhante ao exenatide. As doses variaram de 0,45-2mg/dia, com resultados melhores com doses maiores. Fórmula também age SNC (ativando saciedade) e interfere no SGI (reduzindo o esvaziamento gástrico). Efeitos colaterais: saciedade, náuseas, vômitos, diarréia e cefaléia. Os efeitos a longo prazo não foram identificados e nem os riscos relacionados ao uso do medicamento por pessoas não diabéticas. Insulina INSULINA (DM TIPO 1) •Aplicação subcutânea diária •Espécie bovina, suína ou sintética (“humana”) •Tipo de ação 18 h8 a 14 h3 a 5 hUltra lenta (Longa duração) 8 a 18 h4 a 10 h2 a 4 hIntermediária (Lenta ou NPH) 4 a 6 h2 a 3 h30 a 45 minRápida ou regular 2 a 3 h30 a 75 min5 a 15 minUltra rápida (LISPRO)DuraçãoPico da AçãoInício da AçãoTipo •Aplicação convencional: 2x/dia (manhã 2/3 da dose e noite 1/3) de insulina INTERMEDIÁRIA. •Aplicação intensiva ou doses múltiplas: Insulina Ultra rápida, antes das principais refeições e Intermediária ao deitar. •DOSE INDIVIDUALIZADA: 0,2 a 0,6 UI Intermediária/ kg/dia ou 1UI de LISPRO ou Regular/ 15g de CHO. 116 APLICAÇÃO DE INSULINA Insulina Isolada em 1921 Usada por mais de 70 anos Preparações de insulina são produzidas por tecnologia de DNA recombinante e consiste na sequência de aminoácidos da insulina humana ou variações Reposição fisiológica permanece um objetivo difícil de ser alcançado Secreção de insulina em adultos não diabéticos: Jejum – 1U / h Pós-prandial – 5 a 10 U / h Total: 40 U / dia Insulina de ação rápida 1) Regular Início ação 30 minutos a 1 hora Pico ação 2 a 3 horas Tempo ação 3 a 6 horas Insulina de ação intermediária 2) NPH (Neutral Protamine Hagedorn) Insulina mais usada no mundo Início ação entre 2 e 4 horas Pico de ação entre 6 a 10 horas Tempo de ação entre 10 – 16 horas É usada habitualmente em associação com a insulina regular no esquema “clássico” (2x/dia – antes desjejum e jantar) Análogos de Insulina Substâncias modificadas em laboratório que têm o potencial de glicemia, semelhantemente a insulina, apresentando características específicas 1) Lispro (Humalog®) e Aspart (Novorapid®) Ação ultra-rápida Potência hipoglicemiante similar à da insulina regular Início ação