Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

PATOLOGIA E DIETOTERAPIA NO 
DIABETES MELLITUS
Pâncreas
Ilhotas de Langerhans
Células beta: produzem insulina
Células alfa: secretam glucagon 
(hormônio polipeptídico - poupa glicose)
Células delta: contém somatostatina
Células F: contém polipeptídio 
pancreático
Fisiologia normal da insulina
Homeostasia normal da glicose 
Produção de glicose no fígado 
Captação e utilização da glicose pelos tecidos 
periféricos (proteínas transportadoras – glut 4)
Secreção da insulina em resposta ao aumento 
da glicemia
Funções da Insulina
 Transporte de glicose e aminoácidos pelas 
membranas celulares
 Formação de glicogênio no fígado e músculo
 Conversão de glicose em triglicérides
 Síntese de ácidos nucléicos
 Síntese de proteínas (inibe catabolismo 
protéico)
Funções da Insulina
 Intensifica a conversão de glicose em glicogênio e seu 
armazenamento;
 Estimula a conversão da glicose em gordura;
 Inibe a degradação das gorduras e proteínas;
 Promove a síntese muscular;
 Influência a oxidação da glicose através da via 
glicolítica.
Funções do Glucagon
 Funciona como antagonista da insulina. 
 Degrada rapidamente o glicogênio hepático e os ácidos 
graxos, transformando-os em energia, aumentando os 
níveis de glicose sérica, protegendo o cérebro e outros 
órgãos;
 Auxilia na manutenção dos níveis de glicose normais, 
principalmente durante o jejum.
Funções da Somatostatina
 Também é sintetizada e excretada em outras 
regiões do organismo, (hipotálamo);
 Equilibra a ação da insulina, mantendo os 
níveis de glicose normais. 
Após ingestão alimentar ocorre absorção da glicose o 
que estimula a secreção de insulina pelo pâncreas. 
O objetivo da insulina é reduzir a glicemia, e ela 
consegue isto através principalmente de 2 ações:
1) Permite a captação de glicose por tecidos periféricos (tec
adiposo e muscular) e 
2)Faz com q o fígado pare de liberar glicose na circulação.
Homeostase da Glicose
Homeostase da Glicose
fígado
Glicose
Dieta
Intestino
MúsculoTecido
Adiposo
Insulina
Pâncreas
Esta doença foi descrita há anos. No primeiro século
depois de Cristo pelos gregos, que caracterizavam a
doença pela grande quantidade de urina eliminada
pelos indivíduos.
No século XVII que se relacionou esta doença com o
pâncreas, ou parte deste órgão, e no século XX foi
isolado a insulina.
EPIDEMIOLOGIA
 É importante problema de Saúde Pública uma vez que:
É de alta prevalência, 
Está associado a complicações que comprometem a 
produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, 
Além de envolver altos custos no seu tratamento e das suas 
complicações.
 Tal impacto pode ser avaliado através de dados obtidos de
fontes do Ministério da Saúde, levantamentos regionais e de
outras associações.
Diabéticos representam cerca de 30% dos 
pacientes que internam em unidades coronárias 
intensivas com dor precordial;
É a principal causa de amputações de membros 
inferiores;
É também, a principal causa de cegueira adquirida;
Cerca de 26% dos pacientes que ingressam em 
programas de diálise são diabéticos;
Diabetes mal controlado
4º principal causa básica de morte 
no Brasil
Principal causa de cegueira 
adquirida
Diabéticos têm 2 a 4 vezes mais 
chance de ter IAM ou AVC
Diabéticos têm 17 vezes mais
chance de desenvolver doença renal
(30% dos pacientes em diálise)
Diabéticos têm chance 40 vezes
maior de sofrer amputações de
membros inferiores.
Prevalência
 Aumentou de forma muito acelerada nos últimos anos,
alcançando proporções epidêmicas.
 Estima-se que afete 6% da população adulta mundial
(IDF – Federação Internacional de Diabetes).
 No Brasil estima-se prevalência de:
 5% nos indivíduos entre 35-64 anos
 8 – 10% em adultos de todas as faixas etárias.
Brasil:
 10% da população entre 30 e 69 anos;
 atinge entre 9 a 10 milhões de pessoas, 
sendo infelizmente em torno de 5 a 6 
milhões apenas que conhecem sua situação, 
portanto praticamente a metade está sem 
diagnóstico;
 20% de diabéticos (>70 anos).
Prevalência
 A prevalência de diabetes está aumentando
principalmente devido ao envelhecimento
populacional e ao aumento da prevalência de
obesidade e sedentarismo.
Epidemia Mundial
• 2003: 189 milhões de pessoas
• 2025: 324 milhões de pessoas 
• (aumento de 72% - Leste Europeu, 
África, América do Sul)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=jZkA2dvpdnwh1M&tbnid=VM4gNOPkt4YhmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www3.hermespardini.com.br/pagina/617/o-papel-da-hemoglobina-glicada-no-diagnostico-do-diabetes.aspx&ei=FuxaUZ70Koii8QTL4YGYAQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNH30Ib_594ZmDZ-j_8Z1hlXCKHf-Q&ust=1364999480873745
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=jZkA2dvpdnwh1M&tbnid=VM4gNOPkt4YhmM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www3.hermespardini.com.br/pagina/617/o-papel-da-hemoglobina-glicada-no-diagnostico-do-diabetes.aspx&ei=FuxaUZ70Koii8QTL4YGYAQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNH30Ib_594ZmDZ-j_8Z1hlXCKHf-Q&ust=1364999480873745
Mundo
Faixa etária (anos)
N
ú
m
e
ro
 e
s
ti
m
a
d
o
 d
e
 p
e
s
s
o
a
s
 
c
o
m
 d
ia
b
e
te
s
 (
m
il
h
õ
e
s
)
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
350.000
Mundo
135 
milhões 
300 
milhões 
King H et al. Diabetes Care, 1998;21:1414
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
Brasil
4,9 
milhões 
11,6 
milhões
1995 2025 1995 2025
50% dos indivíduos diabéticos não estão diagnosticados
Barrett-Connor E et al. Diabetes Care, 1998;21:1236
Diabetes Mellitus:
População acometida
Homens
Mulheres
Idade (anos)
Prevalência global de diabetes por idade e sexo em 2000
Definição
 O Diabetes Mellitus compreende um grupo heterogêneo de
desordens metabólicas caracterizadas pela hiperglicemia
crônica
 A hiperglicemia crônica:
 Resulta de defeitos na secreção e/ou ação de insulina.
 A longo prazo está associada com dano, disfunção e
falência de vários órgãos, especialmente os olhos, rins,
nervos, coração e vasos sanguíneos.
DIABETES MELLITUS
Grupo de distúrbios caracterizados por:
Altos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia)
Metabolismo anormal de lipídios e proteínas
Secreção e ação da insulina defeituosas e
insuficientes
Complicações metabólicas agudas: cetoacidose,
coma hiperosmolar não-cetótico
Complicações crônicas em longo prazo – lesões 
generalizadas em vasos sangüíneos e tecidos em 
todo o corpo
Complicações microvasculares: oculares, renais e 
neurológicas
Complicações macrovasculares (aterosclerose, IAM, 
AVC): cardiovasculares, cerebrovasculares e de 
vasos periféricos (insuficiência vascular, gangrena e 
amputação)
Complicações Renais
Mau controle glicêmico;
Anormalidades hemodinâmicas (aumento do fluxo renal, aumento 
da filtração glomerular e da pressão intraglomerular), que podem 
estar relacionadas ao aumento de sorbitol, aumento da reabsorção 
tubular de sódio;
Excesso de ingestão de proteínas (aumentam o fluxo renal);
Hipertensão arterial;
Fatores genéticos.
Segundo estudo de Kumamoto, quando os níveis de glicemia pós-
prandial aumentavam de 180mg/dl para 260mg/dl, apresentavam 
piora da nefropatia seis vezes maior.
FISIOPATOLOGIA
 Três hormônios pancreáticos são responsáveis
pelo controle da glicemia, estes são
produzidos na região endócrina deste órgão:
células beta: síntese da insulina;
células A: síntese do glucagon;
células D: síntese da somatostatina.
Retinopatia
Hiperglicemia: há um aumento do fluxo sangüíneo na 
retina que causa aceleração do desenvolvimento e 
progressão da patologia, provocando perda gradual da 
visão;
Fatores metabólicos: acúmulo intracelular do sorbitol;
Fatores isquêmicos: espessamento das paredes e 
oclusão dos vasos endoneurais;
Efeitos cumulativos (metabólico + isquêmico)causam 
diminuição na condução nervosa. 
EVOLUÇÃO DA FISIOPATOLOGIA
falta de insulina ou  Resistência Periférica a Insulina

ponderal é capaz de prevenir ou retardar o aparecimento
do DM2
Diabetes Mellitus tipo2
O tecido adiposo é considerado um órgão endócrino,
pois libera na circulação além de AGL uma série de substâncias
conhecidas como adipocitocinas.
Na obesidade ocorre um aumento na liberação dessas
substâncias o que pode interferir na homeostase metabólica.
Então na obesidade a grande quantidade de AGL circulantes
impede a ação adequada da insulina prejudicando a captação
de G pelos tecidos periféricos e estimulando a liberação de G
pelo fígado., levando a hiperglicemia
Cortisol
Interleucina-6
TNF - α
Ácidos Graxos Livres
Leptina
Adiponectina
Resistina
Estrógeno
AngiotensinogênioPAI-1
Representação do tecido adiposo como 
órgão endócrino
Ácidos Graxos Livres vs 
Homeostase Glicose
AGL
fígado
Captação 
Glicose
Músculo
Tecido
Adiposo
Insulina
Pâncreas
Gliconeogênese
Captação 
Glicose
Captação de Glicose pelas células alvo 
da Insulina
PTn 
transporta-
dora de GLI
GLUT1 e GLUT3 – sistema 
vascular cerebral
GLUT2 – células pancreáticas e 
hepáticas
GLUT4 – músculo esquelético e 
tecido adiposo
Sinal da 
Insulina
Fosforilação
FosforilaçãoConteúdo de Cromo 
- ok
Diabetes Mellitus tipo 2
 Raramente ocorre cetoacidose
 Geralmente permanece sem ser diagnosticado por
muitos anos
 Precedido por um período de intolerância à glicose
 Apresentam níveis de insulina normais ou elevados
 A resistência à insulina pode melhorar com perda
ponderal e tratamento farmacológico.
Diabetes Mellitus tipo 2
 O risco de desenvolver DM tipo 2 
com:
 Idade
 Obesidade
 Falta de atividade física
Diabetes Mellitus tipo 2
 Associado com forte predisposição genética
 A concordância de DM tipo 2 em gêmeos
idênticos é entre 70 – 90%
 Indivíduos com os 2 pais tendo DM2, têm risco
de ter DM 2 de  40%
 A suscetibilidade genética pode não se
manifestar a não ser que um evento ambiental
ou outro defeito genético (ex.:obesidade) se
sobreponha
Diabetes Mellitus tipo 2
Fisiopatologia
1) Resistência periférica à insulina
2) Secreção prejudicada de insulina
3) Produção hepática excessiva de glicose
Evidências sobre a fisiopatologia do diabetes mellitus tipo 2 
mostram que a resistência a insulina e o declínio progressivo da 
secreção pancreática de insulina não ocorrem isoladamente, 
mas que anormalidades na secreção e/ou ação desses outros 
hormônios glicorregulatórios, as incretinas, também são 
determinantes para o surgimento do diabetes tipo 2.
Diabetes Mellitus tipo 2
Nos Jovens
 É um fenômeno global que está em
crescimento
 Relacionado ao  prevalência de
obesidade em crianças e adolescentes
 A prevalência crescente pode ser
interrompida pelo aumento da atividade
física e modificação nos hábitos
alimentares
Diabetes Mellitus tipo 2
Nos Jovens
 Existem relatos em crianças com
apenas 8 anos de idade
 No Japão a prevalência de DM2 em
adolescentes dobrou nos últimos
anos e já ultrapassou a prevalência
de DM1.
Diabetes Mellitus tipo 2
Nos Jovens
 O início do DM2 é geralmente
relatado durante a puberdade e
acredita-se que coincida com o 
fisiológico da RI que ocorre na
puberdade, quando a sensibilidade
a insulina pode ser  em até 30%.
Quando procurar DM?
adultos acima de 45 anos
adultos abaixo de 45 anos se:
 sobrepeso/obeso (IMC >25)
 história familiar (1ºgrau)
 Filhos macrossômicos (>4 kg)
ou diabetes gestacional
 Hipertensos (> 14/09 mmHg)
 HDL 250mg/dl
 Anormalidade glicêmica pregressa
61
DIAGNÓSTICO E CONTROLE
• Quadro Clínico
• Glicemia
140 e 100 e 200> 126Diabetes
Glicemia causal
(mg/dL)
Glicemia de jejum 
(mg/dL)
Estágio
Curva Glicêmica ou teste de tolerância a glicose (TTG)
Avaliação da glicemia a cada 30 minutos após a oferta em jejum de 75g 
de glicose diluída em aproximadamente 300ml de água.
>200>140 200**>200* 45
HDL c mulheres > 60
Os diabéticos com manifestações clínicas de doenças
macrovasculares, deverão ser tratados rigorosamente e
com monitorização mais freqüente quando:
Triglicérides > 150mg/dl;
LDL-C > 100 mg/dl;
HDL-C 140mg/dl e 126mg/dl ou > 200mg/dl > 200mg/dl com 
sintomas 
clássicos***
Valores de glicose plasmática (mg/dl) para diagnóstico de diabetes melito e 
seus estágios pré-clínicos.
*Jejum é definido como a falta de ingestão calórica de no mínimo 8 horas;
** Glicemia plasmática casual é definida como aquela realizada a qualquer hora do 
dia, sem observar o intervalo da última refeição;
*** Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia e perda inexplicada de 
peso;
Hemoglobina
 É responsável pelo transporte de oxigênio, esta absorve
glicose na mesma proporção que ela se encontra na
corrente sangüínea.
 Como os glóbulos vermelhos se renovam a cada 2 ou 3
meses, esta medição permite verificar a quantidade de
glicose que se combinou com a hemoglobina de forma
irreversível.
 Com isso , este exame permite a avaliação da glicemia no
intervalo de 2 à 3 meses. De acordo com a AssociaçãoAmericana de Diabetes (ADA) o ideal é manter a A1c
inferior à 7%.
** Avaliação da Hemoglobina Glicada ou 
glicosilada (A1c)
Cliente
Realce
Não se recomenda rastreamento na população em geral, mas sim 
seletivo para:
 Indivíduos com 45 anos ou mais a cada três a cinco anos, através da
medida de glicose plasmática de jejum;
 Rastreamento mais freqüente a cada um a três anos ou então, mais
precoce antes dos 45 anos, ou realizar TTG com 75 gramas de glicose
quando:
• há evidência de dois ou mais componentes da síndrome metabólica;
• além da idade de risco há presença de dois ou mais fatores de risco
(quadro 3);
• DM gestacional prévio;
Diagnóstico precoce
Rastreamento anual ou mais freqüente nas 
seguintes condições:
glicemia de jejum alterada ou tolerância à 
glicose diminuída;
presença de complicações compatíveis com DM;
hipertensão arterial;
doença coronariana. 
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION
Teste oral de tolerância a glicoseGlicemia de jejum
Atualmente existe uma tendência para recomendação do 
uso da hemoglobina glicada como critério diagnóstico 
para DM. 
Esse exame já foi adotado como critério diagnóstico pela 
ADA desde 2010, depois do comitê internacional 
realizado em 2009 incluindo a ADA, o IDF e a 
Associação Européia de Estudos sobre Diabetes. 
Classifica-se como diabético, o indivíduo com 
hemoglobina glicada ≥ 6,5%. 
Hemoglobina A é a principal forma de hemoglobina circulante no sangue. A 
hemoglobina glicada é formada a partir de reações não enzimáticas e 
permanentes entre a HbA e açúcares redutores como a glicose, com 
formação de subtipos (1a, 1b e 1c). 
Na HbA1c um resíduo de glicose encontra-se ligado ao grupo amino 
terminal (resíduo de valina) por meio de uma ligação estável. 
A dosagem nos níveis plasmáticos de A1c é de grande utilidade para a 
avaliação do controle do diabetes, visto que as reações de glicação 
ocorrem em intensidade proporcional à glicemia.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://heartnews.wordpress.com/2010/01/25/diagnostico-dm-pela-hba1c/&ei=ge1aUZ_XHoX28wStkIHACg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://heartnews.wordpress.com/2010/01/25/diagnostico-dm-pela-hba1c/&ei=ge1aUZ_XHoX28wStkIHACg&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387
Cliente
Realce
Sabe-se que elevações de 1% na 
A1c corresponde a um aumento 
médio de 25-35 mg/ dL na 
glicemia. 
Este marcador reflete a glicemia 
média nos 2-4 meses anteriores 
à realização do exame, visto que 
a vida média de um eritrócito é 
de 120 dias.
Os valores se mantém estáveis 
após a coleta e apresentam 
menor variabilidade de um dia 
para o outro, sendo mais fácil 
medir (dispensa jejum). 
Níveis de 
hemoglobina 
glicada %
GLI média 
correspondente 
mg/ dL (ADA 
2011)
5 100
6 126
7 154
8 183
9 212
10 240
11 269
12 298
ADA 2010
GLI JJ alterada
Tolerância 
diminuída GLI
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=J4UY1b3zkr4RHM&tbnid=kSeu2UGsk0DsEM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid%3DS0004-27302012000500001%26script%3Dsci_arttext&ei=nexaUb2uNYWi9QSC_YH4Ag&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGHMXgmEwW_Glibb8wO6NgT9GztoQ&ust=1364999637100831
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=J4UY1b3zkr4RHM&tbnid=kSeu2UGsk0DsEM:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.scielo.br/scielo.php?pid%3DS0004-27302012000500001%26script%3Dsci_arttext&ei=nexaUb2uNYWi9QSC_YH4Ag&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNGHMXgmEwW_Glibb8wO6NgT9GztoQ&ust=1364999637100831
Valores de glicemia (mg/dl) para diagnóstico
de diabetes e intolerância à glicose
* O jejum é definido como a ausência de ingestão calórica
por no mínimo 8 horas.
** Glicemia casual é definida como aquela realizada a
qualquer hora do dia, sem se observar o intervalo
desde a última refeição.
*** Os sintomas clássicos de DM incluem poliúria, polidipsia
e perda de peso inexplicada.
Obs.: O diagnóstico de DM deve sempre ser confirmado pela
repetição do teste em outro dia, a menos que haja
hiperglicemia inequívoca com descompensação
metabólica aguda ou sintomas óbvios de DM.
ADA, 2010
OBJETIVOS PARA ADULTOS/ IDOSOS COM 
DM: Avaliação do controle da doença
Glicemia de jejum 240 mg/dL
Hemoglobina glicada ≤ 7%
OBS: A Frutosamina é o produto da interação não enzimática 
irreversível entre a glicose e a lisina, presente na molécula de 
albumina e de outras proteínas.
A meia-vida da frutosamina reflete a glicemia média nas 
últimas 2-3 semanas (glicemia de curto prazo).
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.estudiabetes.org/forum/topics/hemoglobina-glucosilada-que-es&ei=9u1aUZz6CoG89gSInIH4BQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=diagn%C3%B3stico+de+diabetes+ADA+2010+uso+da+hemoglobina+glicosilada&source=images&cd=&cad=rja&docid=TtjcTF03L-_hTM&tbnid=IUmpse1l-mqe9M:&ved=0CAUQjRw&url=http://www.estudiabetes.org/forum/topics/hemoglobina-glucosilada-que-es&ei=9u1aUZz6CoG89gSInIH4BQ&bvm=bv.44442042,d.eWU&psig=AFQjCNFLoKJuY4Ointw9Yy0gTnmqUDJt4g&ust=1364999887382387
Complicações agudas do DM
1) Cetoacidose Diabética (CAD)
 Ocorre principalmente no DM1
2) Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar
 Ocorre principalmente no DM2
Fisiopatologia da Cetoacidose
Diabética-CAD
 Resulta da deficiência relativa ou absoluta de
insulina, normalmente combinada com um excesso
de hormônios contra-reguladores
(glucagon, catecolaminas, cortisol e GH)
Fisiopatologia da Cetoacidose
DiabéticaCAD
 A  relação Insulina/Glucagon leva a formação
de corpos cetônicos:
  lipólise e liberação de ácidos graxos livres
  oferta de AGL para o fígado
  Produção de triglicerídeos e VLDL
 Formação de corpos cetônicos no fígado (devido a 
falta absoluta de insulina e aumento do glucagon)
Sinais e sintomas da CAD
 Poliúria e polidipsia
 Desidratação
 Náuseas, Vômitos
 Dor abdominal
 Hiperventilação
 Hálito cetônico
 Letargia e possivelmente coma
.
Fatores Precipitantes da CAD
 Administração inadequada de insulina
 Infecção (ex.: pneumonia, infecção urinária,
gastroenterite, etc)
 Infarto (ex.: miocárdico, cerebral, mesentérico, etc)
 Drogas (ex.: cocaína)
Anormalidades laboratoriais da CAD
 Hiperglicemia: 250 – 600 mg/dl
 Cetonemia: > 3mmol/l
 Cetonúria
 Acidose metabólica:
 (pH 7,3
 Hiperosmolaridade sanguínea: 330 – 380
Anormalidades laboratoriais na CADe EHH
Hipoglicemia
 Glicose Plasmática tempo ação
 Risco – 1,8% ao ano
Ganho de peso
 Ocorre geralmente nos primeiros 4 a 5 anos
  7% do PC inicial (UKPDS)
Retenção hídrica e hiponatremia
 Ocorrem exclusivamente com a clorpropamida
Biguanidas
Glifage® - Metformina
  sensibilidade à insulina nos tecidos, principalmente no
fígado
 A  glicemia se deve especialmente a  produção
hepática de glicose
 A magnitude da queda da GPJ e da HbA1c é semelhante
à das SFU
 Quando associada a SFU determina um efeito
hipoglicemiante aditivo
Metformina
Não  peso corporal, podendo inclusive,
determinar uma  2 a 3 Kg nos primeiros 6
meses de tratamento
 níveis de TG (10-15%) e do PAI-1.
No UKPDS foi o único medicamento que 
significativamente a incidência de complicações
cardiovasculares em pacientes obesos
Metformina
Efeitos adversos
Desconforto abdominal e diarréia, que são
geralmente leves e transitórios
Menos de 5% dos pacientes não toleram a
metformina
Incretinomiméticos em portadores de diabetes 
tipo 2, com ênfase no exenatide e liraglutide, da 
classe de agonistas do receptor do GLP-1.
Nos diabéticos tipo 2, o efeito incretina apresenta-se 
diminuído ou ausente, o que contribui para a deficiência 
de secreção de insulina característica da doença. 
Nesses pacientes, 
 GIP tem sua secreção normal, mas seu efeito 
insulinotrópico encontra-se marcadamente reduzido, 
 GLP-1 tem sua secreção reduzida mas a ação 
insulinotrópica preservada. 
OBS: GIP tem baixo potencial como terapia farmacológica. 
Incretinomiméticos 
Exenatide 
Análogo sintético do peptídeo exendin-4, que tem em 
comum os efeitos glicorregulatórios do GLP-1 e é resistente 
à ação da DPP4. 
Possui meia-vida de 2,5h e é detectado no plasma até 10h 
após administração, sendo utilizado de 12/12h. 
Estudos com seguimento entre 30 semanas e 2 anos, 
demonstraram que seu uso promoveu redução da HbA1c 
(1%) e do peso corporal (2-4,7 Kg), isoladamente ou em 
associação (sulfoniluréias, metformina ou glitazonas). 
Efeitos colaterais: náuseas (40%, dose-dependente) e 
hipoglicemias (menos freqüente, e quando associado a 
sulfoniluréias). 
Incretinomiméticos
Liraglutide (Ex: Victoza)
Análogo do receptor do GLP-1 resistente à DPP-4, ligado a 
um ácido graxo (16-C). 
Posologia: 1vez ao dia, por via subcutânea.
Promove efeito semelhante ao exenatide: redução da GJ e 
GPP, melhora da função da célula beta e aumento da massa 
de células beta (em animais). 
Ensaios clínicos mostraram eficácia (variável, dose-
dependente) e tolerabilidade semelhante ao exenatide. As 
doses variaram de 0,45-2mg/dia, com resultados melhores 
com doses maiores. 
Fórmula também age SNC (ativando saciedade) e interfere 
no SGI (reduzindo o esvaziamento gástrico).
Efeitos colaterais: saciedade, náuseas, vômitos, diarréia e 
cefaléia. 
Os efeitos a longo prazo não foram identificados e nem os 
riscos relacionados ao uso do medicamento por pessoas não 
diabéticas.
Insulina
INSULINA (DM TIPO 1)
•Aplicação subcutânea diária
•Espécie bovina, suína ou sintética (“humana”)
•Tipo de ação
18 h8 a 14 h3 a 5 hUltra lenta
(Longa duração)
8 a 18 h4 a 10 h2 a 4 hIntermediária
(Lenta ou NPH)
4 a 6 h2 a 3 h30 a 45 minRápida ou regular
2 a 3 h30 a 75 min5 a 15 minUltra rápida (LISPRO)DuraçãoPico da AçãoInício da AçãoTipo
•Aplicação convencional: 2x/dia (manhã 2/3 da dose e noite 1/3) de insulina
INTERMEDIÁRIA.
•Aplicação intensiva ou doses múltiplas: Insulina Ultra rápida, antes das principais
refeições e Intermediária ao deitar.
•DOSE INDIVIDUALIZADA: 0,2 a 0,6 UI Intermediária/ kg/dia ou 1UI de LISPRO ou
Regular/ 15g de CHO.
116
APLICAÇÃO DE INSULINA
Insulina
 Isolada em 1921
 Usada por mais de 70 anos
 Preparações de insulina são produzidas por tecnologia de DNA
recombinante e consiste na sequência de aminoácidos da insulina
humana ou variações
 Reposição fisiológica permanece um objetivo difícil de ser alcançado
Secreção de insulina em adultos não diabéticos:
 Jejum – 1U / h
 Pós-prandial – 5 a 10 U / h
 Total: 40 U / dia
Insulina de ação rápida
1) Regular
Início ação  30 minutos a 1 hora
Pico ação 2 a 3 horas
Tempo ação 3 a 6 horas
Insulina de ação intermediária
2) NPH (Neutral Protamine Hagedorn)
Insulina mais usada no mundo
Início ação entre 2 e 4 horas
Pico de ação entre 6 a 10 horas
Tempo de ação entre 10 – 16 horas
É usada habitualmente em associação com a
insulina regular no esquema “clássico” (2x/dia
– antes desjejum e jantar)
Análogos de Insulina 
Substâncias modificadas em laboratório que têm o
potencial de  glicemia, semelhantemente a insulina,
apresentando características específicas
1) Lispro (Humalog®) e Aspart (Novorapid®)
Ação ultra-rápida
Potência hipoglicemiante similar à da insulina regular
Início ação

Mais conteúdos dessa disciplina