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Recuperação de Areas Degradadas por atividades minierais

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Estudando: Gestão Ambiental
Estudo de caso: A recuperação de áreas degradadas por atividades minerárias
Introdução
A atividade de mineração no Brasil, e em todo o mundo, é responsável atualmente pelo acúmulo ao longo dos 
anos, de inúmeras paisagens alteradas em virtude da extração mineral. Isso se deve, principalmente, ao grande 
volume de minérios explorados, que além de modificar a paisagem, produz efluentes, estéreis e rejeitos que podem 
comprometer a estética e a qualidade do ambiente local, principalmente quando a lavra é a céu aberto. Esses 
locais, quando abandonados, dão origem a extensas áreas degradadas, com a possibilidade de originar sérios 
problemas ambientais e à saúde humana (BARTH, 1989).
Para a realização da prática de mineração, ocorre inicialmente a retirada da cobertura vegetal com o revolvimento 
do solo e do subsolo, causando distúrbios na camada superficial (“topsoil”) responsável pela maior atividade 
biológica devido à presença da matéria orgânica e, também, onde estão localizados o maior número de sementes e 
propágulos. Dessa forma, a revegetação espontânea fica extremamente prejudicada, como também a 
recolonização da micro e mesofauna do solo (RUIVO, 1998).
Mediante essa situação com sérias implicações sócio-econômicas e em face de uma emergente consciência 
ambiental, além das exigências legais impostas pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, 
existe a pressão da sociedade para que sejam recuperadas áreas degradadas pela exploração de recursos 
minerais, visando a sua reabilitação ao processo produtivo. Dessa forma, impõe-se medida de proteção ambiental 
nas fases de concepção, implantação e operação dos empreendimentos, tais como: a) recomposição da área 
minerada considerando os seus aspectos físicos e bióticos; b) a eliminação de poluição atmosférica pelo 
carreamento de poeiras no transporte de minérios; c) as barragens de decantação para armazenamento dos 
rejeitos de beneficiamento; d) a substituição de ustulação por processos mais modernos e limpos; e e) o controle 
da qualidade das águas superficiais e subterrâneas que deverão ter, no mínimo, a qualidade anterior ao processo 
de mineração (IBAMA, 1990).
É necessário que durante a elaboração do Plano de Fechamento da mina, que contempla o PRAD, seja feita a 
previsão do uso futuro da área. Os procedimentos de recuperação irão variar de acordo com a finalidade 
pretendida (NASCIMENTO, 2001). Há que se considerar, entretanto, as exigências legais.
A regulamentação do setor minerário
Até recentemente, a estrutura regulamentar básica para recuperação de áreas mineradas, era estabelecida por 
dois atos legislativos: a) o Código de Mineração, de 1967; e b) a Lei de Controle Nacional do Meio Ambiente, de 
1975. A partir de 1981, os fundamentos legais da obrigação de reabilitar áreas degradadas encontram-se no inciso 
VIII do artigo 2° da Lei n. 6.938/81, nos parágrafos 2° e 3° do artigo 225 da Constituição Federal e no Decreto n. 
97.632, de 10 de abril de 1989 (IBAMA, 1990).
Ø Os dispositivos legais (BRASIL, Constituição Federal)
“Art. 225 – todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e 
preservá-lo para a presente e futuras gerações”.
§ 2° - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de 
acordo com a solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
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§ 3° - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou 
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.
Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente.
“Art. 2· - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da 
qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, 
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes 
princípios”:
VIII - Recuperação de áreas degradadas
Decreto n. 97.632, de 10 de abril de 1989 - Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 2°, Inciso VIII, da Lei n. 
6.938, de 31 de agosto de 1981.
Art. 1° - Os empreendimentos que se destinam à exploração de recursos minerais deverão, quando da 
apresentação do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, submeter à 
aprovação do órgão ambiental competente o plano de recuperação de área degradada.
Parágrafo único - Para os empreendimentos já existentes, deverá ser apresentado ao órgão ambiental competente, 
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da data de publicação deste Decreto, um plano de 
recuperação de áreas degradadas”.
Art. 2° - Para efeito deste Decreto são considerados como degradação processos resultantes dos danos ao meio 
ambiente, pelos quais se perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como a qualidade ou 
capacidade produtiva dos recursos ambientais.
Art. 3°. - A recuperação deverá ter por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo 
com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente”.
Existem várias críticas com relação à legislação. Uma delas, é aquela de que deveria ser introduzida no formato da 
apresentação do PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas, a exigência dos aspectos sócio-
econômicos para o “fechamento da mina” e a demonstração dos recursos com que a reabilitação será realizada 
(MEYER e RENARD, 1991). Para DIAS (2003b), o PRAD ou Plano de Fechamento deveriam funcionar como 
documentos norteadores, com a exigência pelos órgãos fiscalizadores de sua atualização periódica, posto a 
velocidade do desenvolvimento de novas metodologias e, também, visando atender os recentes apelos sociais.
O fato é que as leis existem e, apesar de serem abrangentes, pouco sistematizadas e dispersas entre os vários 
órgãos ambientais, caso houvesse um maior rigor da fiscalização para o seu efetivo cumprimento, os impactos 
decorrentes desta atividade poderiam ser minimizados. É necessário aumento do corpo técnico desse setor para 
que os resultados sejam mais efetivos, particularmente aumentando as exigências durante a fase de licenciamento 
ambiental do projeto, posto se tratar de uma exigência da legislação.
A recuperação de áreas mineradas
O sucesso do processo de recuperação, para que além de atender aos aspectos ambientais e legais, também 
proporcionem vantagens sócio-econômicas, dependerá da realização de diversos procedimentos. Inicialmente, 
deve ser feita uma avaliação do RIMA e do Plano de Fechamento da mina, que contempla o PRAD, para que 
possam ser revistos os objetivos iniciais. Verifica-se a necessidade de alterações resultantes das atividades de 
explotação e da própria evolução da pesquisa durante o período de exploração. Devem ser respeitados as 
exigências legais e orientar-se pelas mudanças propostas necessárias identificadas por esses dois documentos, 
nessa fase que pode ser considerada de pré-planejamento, posto ser nela que serão preparados os planos de 
recuperação. Nele, deve conter uma orientação, passo a passo, para os procedimentos que serão empregados 
para recuperar as áreas degradadas pela mineração e atividades correlatas, devendo obedecer as seguintes e 
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principais etapas, que deverão ser realizadas de forma cronológica (IBAMA, 1990;HARRIS et al., 1996; TOY e 
DANIELS, 1998):
a) Caracterização do local - as propriedades físicas e químicas da área do distúrbio, dentro de um particular 
cenário ambiental, influencia significativamente o planejamento e a prática de recuperação. Inclui análises das 
condições climáticas, das condições geológicas, da topografia, dos solos, da vegetação e da hidrologia. É 
necessária uma abordagem segmentada de cada um dos principais fatores envolvidos, analisando as áreas de 
influência direta e indiretamente afetadas;
b) Planejamento da recuperação - para que os objetivos sejam atingidos com sucesso, a condição ideal exige 
que as estratégias de recuperação sejam finalizadas antes da perturbação do solo, considerando-se, 
principalmente: 1) as prováveis e possíveis conseqüências da perturbação; 2) o projeto de gerenciamento de 
regras que facilitem a recuperação; e 3) a avaliação de alternativas de práticas de recuperação, para suprir 
eventualidades; ou seja, devem ser traçadas as conseqüências, as metas de recuperação (inclusive a definição do 
uso futuro) e conhecidos os requisitos legais;
c) Administração do material - todos os custos de exploração, escavação, transporte e colocação de estéreis em 
áreas de empréstimo e a sua futura recolocação nas áreas já mineradas, devem ser analisados com a devida 
antecedência, visando a economia de recursos e riscos ambientais provenientes da interrupção dos procedimentos 
de recuperação;
d) Retirada do “topsoil” ou provisão de um apropriado que o substitua - quanto melhor for a qualidade do “topsoil”, 
mais rápido será o crescimento da vegetação utilizada no processo de revegetação, evitando inclusive, a origem de 
processos erosivos e diminuindo os impactos ambientais. Durante esse procedimento, deve-se minimizar a área 
decapeada, removendo apenas o necessário;
e) Recomposição topográfica e paisagística - refere-se ao preparo do relevo para receber a vegetação, 
objetivando uma forma estável e adequada para o futuro uso do solo;
f) Manipulação do solo de superfície - é realizada após a reconstrução topográfica e a recolocação do “topsoil”, 
processo denominado preenchimento, que resulta na inversão de horizontes;
g) Correção do solo - podem ser usadas várias combinações de calcário, gesso, fertilizantes inorgânicos e 
materiais orgânicos;
h) Revegetação - é a meta principal da recuperação, resultando em benefícios secundários desejáveis, estéticos 
e na qualidade da água. As metas de revegetação variam do simples controle de erosão, até a complexa 
restauração de comunidades nativas;
i) Irrigação (caso necessário) - em locais que apresentam condições climáticas irregulares, deve ser incluído o 
procedimento de irrigação durante o estabelecimento das mudas;
j) Monitoramento e manutenção - o gerenciamento do solo depois da recuperação, inclui monitoramento local e 
manutenção, quando serão avaliados os recém construídos sistemas ambientais e sua integração com a 
circunvizinhança.
Embora a maior parte das pesquisas e resultados seja baseada em experiências com solos de mineração de 
superfície, os princípios são aplicados para outros tipos de perturbações de solos, tais como pedreiras, lavra de 
rochas ornamentais, mineração de metal, estrada, industrial e construção urbana/residencial. Áreas agropecuárias 
e florestais degradadas pelo uso intensivo de agroquímicos, também podem adotar procedimentos semelhantes.
Observações complementares
As exigências atuais do estudo de impactos ambientais (EIA) e o respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), 
bem como o plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD) ou Plano de Controle Ambiental (PCA), 
necessários para a obtenção da licença de exploração, não são garantias exclusivas para o sucesso da 
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recuperação, não significando necessariamente, que todos os problemas ambientais da área estarão solucionados. 
Os procedimentos de recuperação, para que sejam efetivos, poderão ser medidos por concepções e metas de 
longo prazo, inclusive considerando: a) a cobertura e diversidade vegetativa (deve-se optar por um grande número 
de espécies, evitando um grande número de indivíduos da mesma espécie); b) o tempo de resposta hidrológica; c) 
e o retorno do local para uso produtivo. Então, os especialistas em recuperação, devem ser versáteis e adotar 
novas e mais efetivas abordagens, para atingir suas metas de recuperação em longo prazo, como a adoção de 
sistemas de gestão ambiental (TOY e DANIELS, 1998; TOY e GRIFFITH, 2003).
Possibilidades de uso resultante do processo de recuperação
Na verdade, as possibilidades de uso são as mais diversas. A sua escolha dependerá (TOY e DANIELS, 1998; 
DIAS e GRIFFITH, 1998; DIAS, 2003a): a) Desejo do empreendedor; b) Desejo do proprietário da terra; c) Desejo 
da sociedade; d) Exigências da legislação local, estadual e federal; e) Riscos e necessidades ambientais; f) Custos; 
e g) Questões circunstanciais, respeitadas as exigências legais. Porém, a questão da sustentabilidade do novo 
empreendimento e a sua inserção na paisagem local, deve ser observada. Investimentos devem ser coerentes com 
as necessidades e gostos das comunidades locais. A não observância desses aspectos pode comprometer o futuro 
do empreendimento. A Figura 3 identifica algumas possibilidades de uso, no caso de minas desativadas.
Considerações
Recentemente, em todo o mundo, surgiram planos, idéias, recursos e técnicas inovadoras e consistentes acerca da 
possibilidade da geração de alternativas para a recuperação ambiental. Garantem a possibilidade de superação 
dessa crise, evitando o surgimento de novas áreas degradadas e recuperando aquelas que se encontram nessa 
condição, promovendo o desenvolvimento sustentável. As transformações dessas alternativas que se encontram à 
nossa disposição em realidade, deixou de ser um problema conceitual ou técnico, sendo mais uma questão de 
iniciativa política. É preciso que sejam implementados modelos de desenvolvimento baseados nessas novas idéias.
Os procedimentos de recuperação ambiental devem ter por objetivo auxiliar o desenvolvimento sustentável. Para 
atingi-lo, a busca deve ser no sentido de propostas alternativas sistêmicas e sinergéticas, tendo como modelo os 
próprios ecossistemas naturais e com o envolvimento de toda a sociedade. Infelizmente, existem gargalos que têm 
dificultado os procedimentos de recuperação ambiental, tais como: a) a indefinição de políticas públicas; e b) a falta 
de ações concretas por parte 1) das organizações de pesquisa e ensino, exigindo novas diretrizes com profundas 
transformações estruturais; e 2) dos órgãos legisladores, regulamentadores, certificadores e fiscalizadores, 
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exigindo do setor produtivo o cumprimento da legislação. Este último, demonstrando excessiva cautela em 
situações onde a punição deveria ser mais imediata e rigorosa.
A pesquisa evoluiu significativamente em todo o mundo. Porém, no Brasil, faltam recursos, parcerias com a 
indústria e um maior intercâmbio entre as diversas instituições de pesquisa. Essa tomada de decisão reduziria os 
custos e aceleraria os resultados dos procedimentos de recuperação ambiental, criando situações de maior 
dinamismo e cooperação, posto o caráter multidisciplinar que essa ciência possui e exige. No Brasil, a qualidade do 
ensino básico, fundamental e superior, bem como os cursos de especialização não são satisfatórios, 
particularmente por não adotarem uma abordagem sistêmica necessária à realidade atual e, principalmente por: a) 
não visualizarem a História holisticamente ; b) não conduzirem os alunos à uma educaçãopolítica baseada na 
ética; e c) não possuírem em sua grade de disciplinas, particularmente nos cursos da área ambiental, disciplinas 
como Sociologia e Antropologia.
Nos procedimentos de recuperação propriamente ditos, observados todos os requisitos ambientais, sociais, legais 
e técnicos, o planejamento cuidadoso, a manipulação dos materiais, a reconstrução topográfica e a seleção das 
espécies para a revegetação, representam a chave para o sucesso. As estratégias de recuperação devem ser 
financeiramente viáveis e claramente comunicadas aos proprietários da área e ao órgão responsável pelo controle 
e fiscalização.
Finalmente, o local recuperado deverá fundir-se amplamente com a paisagem da qual será uma parte funcional. A 
paisagem circundante provê áreas de referência para pesquisa comparativa. Freqüentemente, é possível utilizar o 
processo de recuperação para produzir pedopaisagens mais produtivas àquelas originalmente ocupadas no local. 
Isto é nitidamente possível, quando o pré-distúrbio da paisagem foi previamente degradada por erosão de solo, 
movimentos de massa ou antigo local de mineração.
Posteriormente, para que o sucesso e o equilíbrio da área recuperada seja alcançado e conservado, dependerá, 
em grande parte, da maneira como o solo será utilizado e manejado. Práticas conservacionistas e manejo terão 
grande influência sobre processos erosivos que influenciarão na produtividade dessas áreas. Por esse motivo, para 
uma exploração racional, a área recuperada deverá ser utilizada de acordo com a sua capacidade de uso. Na 
ocorrência de excessos, que ultrapassem o limite de sua capacidade de suporte, haverá riscos de deterioração.
Observando-se a História, particularmente a mais recente, aprende-se que apesar de ter havido crescimento 
econômico e um considerável avanço da ciência, em função das diversas condições de desequilíbrio que 
interferiram significativamente sobre as condições ambientais, na maioria das vezes situações criadas pelo próprio 
progresso, não houve uma melhoria eqüitativa na qualidade de vida que o justifique. Ao mesmo tempo, diante do 
contínuo crescimento populacional, exigindo um aumento proporcional na demanda por alimentos e na geração de 
empregos e renda, é necessário que sejam tomadas medidas imediatas para alteração dos modelos de produção e 
de desenvolvimento.
É sabido que a pobreza e a miséria impostas a milhões de habitantes de nosso planeta, que os conduzem a um 
nível de vida incompatível com a dignidade humana, gera degradação. Mesmo tendo havido significativos avanços 
em recuperação ambiental, é necessário poupar os recursos naturais imprescindíveis ao desenvolvimento sócio-
econômico, visando uma concreta melhoria na qualidade de vida atual e que crie condições de sustentabilidade 
para as futuras gerações. Esse é o grande desafio para que ocorra uma nova ordem ambiental, em todo o mundo: 
mais justa, saudável e equilibrada.
São fundamentais a adoção de sistemas de gestão ambiental pelas empresas e a educação ambiental da 
população. Deverão ocorrer com a incorporação de novos valores onde a ética e a moral sejam componentes 
integrantes desse novo modelo. Dessa forma, poder-se-ão evitar novos casos de degradação e mantidas as áreas 
recuperadas. Para isso, faz-se necessário o acesso à informação e a criação de uma visão compartilhada com a 
sociedade. Somente dessa forma, dentro de uma nova consciência ambiental e sustentado por condições que 
permitam uma maior eqüidade social, os procedimentos de recuperação ambiental serão efetivamente duradouros, 
tornando-se possível o desenvolvimento sustentável.
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