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Revisão Contabilidade

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1 
 
 
 
 
2. REVISÃO DE CONTEÚDO DE CONTABILIDADE 
 
2.1 . Patrimônio 
O termo patrimônio significa o conjunto de bens e direitos pertencentes a uma 
pessoa ou empresa, incluindo, por outro lado, as obrigações a serem pagas por ela. 
 
PATRIMÔNIO DE UMA PESSOA OU DE 
UMA EMPRESA 
 
BENS E DIREITOS 
(a receber) 
 
 
OBRIGAÇÕES 
(a serem pagas) 
 
2.1.1 Bens 
 
Entende-se por bens as coisas úteis, capazes de satisfazer às necessidades 
das pessoas e das empresas. 
 
Os bens podem se apresentar forma física, ou seja, palpáveis, denominam-
se bens tangíveis: veículos, imóveis, estoques de mercadorias, dinheiro, móveis e 
utensílios (móveis de escritório), ferramentas, etc. 
 
Os bens incorpóreos, isto é, não palpáveis, não constituídos de matéria, 
denominam-se bens intangíveis. Normalmente, as marcas que constituem um bem 
significativo para as empresas, e as patentes de invenção são exemplos de bens 
intangíveis. 
 
Os bens, além de tangíveis e intangíveis, podem ser divididos em : 
• Bens Imóveis: são aqueles vinculados ao solo, que não podem ser 
retirados sem destruição ou danos: edifícios, construções, árvores, 
etc. 
• Bens Móveis: são aqueles que podem ser removidos por si próprios 
ou por outras pessoas: animais, máquinas, equipamentos, estoques 
de mercadorias, etc. 
 
2.1.2 Direitos 
Entende-se por Direito ou Direitos a Receber o poder de exigir alguma 
coisa. São valores a receber, títulos a receber, contas a receber. 
 
Em relação à empresa, o direito a receber mais comum decorre das vendas 
a prazo, ou seja, quando se vendem mercadorias a outras empresas, o pagamento não é 
 2 
efetuado no ato, mas no futuro; a empresa vendedora emite uma duplicata como 
documento comprobatório. Esse direito denomina-se duplicatas a receber. 
 
2.1.3 Obrigações 
As obrigações são dívidas com outras pessoas. Em contabilidade tais 
dívidas são denominadas obrigações exigíveis, isto é, compromissos que serão 
reclamados, exigidos: pagamento na data do vencimento. 
 
Em caso de empréstimo bancário, você fica devendo ao banco. Se a dívida 
não for liquidada na data do vencimento, o banco exigirá o pagamento. Uma obrigação 
exigível bem comum nas empresas é a compra de mercadorias a prazo: ao comprar a 
prazo, a empresa fica devendo ao fornecedor da mercadoria, por essa razão, essa dívida 
é conhecida como fornecedores, embora também possa ser denominada duplicatas a 
pagar. 
 
Outras obrigações exigíveis são: com os funcionários – salários a pagar; 
com o governo – impostos a pagar, com as financeiras – financiamentos, com a 
previdência social e FGTS – encargos sociais a pagar, com o locador do prédio – 
aluguéis a pagar, conta de luz, água, telefone, gás, etc. – contas a pagar. 
 
2.1.4 Patrimônio Líquido 
Para conhecer a riqueza líquida de uma pessoa ou empresa: somam-se os 
bens e direitos e, desse total, subtraem-se as obrigações; o resultado é a riqueza 
líquida, ou seja, a parte que sobra do patrimônio para a pessoa ou empresa. Ela é 
denominada patrimônio líquido ou situação líquida. 
 
Patrimônio Líquido = Bens + Direitos (-) Obrigações 
 
O Patrimônio Líquido, portanto, é a medida eficiente da verdadeira 
riqueza. 
 
2.2. Demonstrações Contábeis 
 Os dados coletados pela Contabilidade são apresentados periodicamente 
aos interessados de maneira resumida e ordenada, formando assim, os relatórios 
contábeis. Esses relatórios são elaborados de acordo com as necessidades dos usuários. 
Contudo, destacam-se aqueles que são obrigatórios de acordo com a legislação 
brasileira. Esses relatórios são conhecidos como demonstrações financeiras ou 
demonstrações contábeis. 
 
As 05 principais demonstrações contábeis obrigatórias por Lei são: 
• Balanço Patrimonial; BP; 
• Demonstração do Resultado do Exercício; DRE ou Demonstração de 
Resultado Abrangente – DRA; 
• Demonstração do Valor Adicionado; DVA; 
• Demonstração dos Fluxos de Caixa; DFC; 
• Demonstrações de Lucros e Prejuízos Acumulados DLPA, que pode ser 
substituída pela Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido; DMPL. 
 
 3 
Além das demonstrações relacionadas, há as notas explicativas, que não 
são demonstrações contábeis, mas sim um complemento àquelas demonstrações. São 
informações adicionais destacadas na parte inferior das demonstrações contábeis. 
 
2.2.1 Período de Apresentação das Demonstrações Financeiras 
A Lei das Sociedades por Ações estabelece que, ao fim de cada período de 
12 meses, a diretoria da empresa fará elaborar, com base na contabilidade, as 
demonstrações contábeis. Esse período é denominado exercício social ou período 
contábil. Não há necessidade de que o exercício social coincida com o ano civil, 
todavia, para fins fiscais, o Imposto de Renda sugere o encerramento em 31/12. 
A data do término do exercício social é definida pelos proprietários da 
empresa e não pode ser alterada, exceto em condições supervenientes. Isto é, se a 
empresa decidir que o exercício social terminará em 31/12, não deve mudar essa data 
sem um motivo muito forte. 
 
2.2.2 Requisitos para Publicação das Demonstrações Financeiras 
Alguns dados são fundamentais no momento da publicação. Entre eles 
destacam-se a denominação da empresa, o título da demonstração contábil e a data do 
exercício social. 
 
 As demonstrações financeiras de cada exercício social devem ser 
publicadas com a indicação dos valores correspondentes ao exercício social anterior. 
Dessa forma o usuário conhecerá os valores do exercício atual e do exercício anterior, 
para efeito de comparabilidade. As demonstrações, portanto, serão apresentadas em 
duas colunas: ano atual e ano anterior. 
 
As demonstrações contábeis podem ser apresentadas com a eliminação dos 
três últimos dígitos (três casas decimais), principalmente em números grandes. Deve-
se, nesse caso, colocar no cabeçalho das demonstrações contábeis a expressão “em $ 
mil”. A eliminação dos dígitos facilita bastante as publicações, principalmente pela 
necessidade de publicar as demonstrações em duas colunas. 
 
 
Exemplo: 
Vendas Ano X2 Ano X1 
$426.941.386.418 $ 185.590.912.180 
 
Ou 
Em $ mil 
Vendas Ano X2 Ano X1 
$426.941.386 $ 185.590.912 
Ou 
Em $ milhões 
Vendas Ano X2 Ano X1 
$426.941 $ 185.590 
 
 
 
 
 
 4 
3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
As definições da Lei 11.638-07 e da MP 449-08 devem ser observadas por todas 
as empresas obrigadas a obedecer à Lei das S/A, compreendendo não só as sociedades 
por ações, mas também as demais empresas, inclusive as constituídas sob a forma 
de limitadas, independentemente da sistemática de tributação por elas adotada. 
 
As empresas de grande porte, de acordo com a definição da Lei 11.638-07 
(parágrafo único do art. 3º), devem, adicionalmente, observar as regras da Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM). Considera-se de grande porte, para os fins exclusivos desta 
Lei, a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício 
social anterior, ativo total superior a R$ 240.000.000,00 ou receita bruta anual superior 
a R$ 300.000.000,00. 
 
Devem também ser observadas as determinações previstas nas Normas 
Brasileiras de Contabilidade (NBCs) emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade 
(CFC) e os Pronunciamentos Técnicos editados pelo Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC). As demais entidades, sem finalidades lucrativas, devem observar a 
legislação aplicável e as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) específicas. 
 
Aplicação da lei para as companhias abertas e para as sociedades de grande porte 
 
S.A ABERTA 
• normas contábeis da Lei e da CVM 
• auditoria 
• publicação 
 
S.A. fechada grande porte 
• normas contábeis da Lei e da CVM 
• auditoria 
• publicação 
 
S.A.fechada pequeno porte 
• normas contábeis da Lei ou da CVM 
• publicação 
 
Sociedade de grande porte (Ltda.) 
• normas contábeis da Lei 
• auditoria 
• não tem Publicação 
 
3.1 BALANÇO PATRIMONIAL. 
 
É a demonstração contábil destinada a evidenciar qualitativa e 
quantitativamente, numa determinada data a posição patrimonial e financeira da 
entidade. Constituída por Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. As legislações 
comerciais e tributárias obrigam a sua elaboração pelo menos uma vez por ano de 
atividade (exercício social). 
 
 5 
A nova classificação das contas de Ativo e Passivo, prevista na MP nº. 449-08, 
que alterou o art. 178 da Lei nº. 6.404-76, anteriormente alterado pela Lei nº. 11.638-07, 
deve ser observada quando da elaboração das demonstrações contábeis do exercício 
social findo em 31-12-08. 
 
1- ATIVO 2 - PASSIVO 
1.1– ATIVO CIRCULANTE 
1.1.1 – Caixa e Equivalentes de Caixa 
1.1.2 – Direitos Realizáveis 
1.1.3 – Estoques 
1.1.4 – Despesas dos Exercícios 
Seguintes 
2.1 – PASSIVO CIRCULANTE 
2.1.1 – Débitos por Compras 
2.1.2 – Débitos Fiscais 
2.1.3 – Débitos Trabalhistas 
2.1.4 – Provisões 
2.1.5 – Instituições Financeiras 
2.1.6 – Outros Débitos 
1.2 – ATIVO NÃO CIRCULANTE 
1.2.1 – Realizável à Longo prazo 
1.2.2 – Investimentos 
1.2.3 – Imobilizado 
1.2.4 – Intangível 
2.2 – PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
2.2.1 – Exigível à Longo Prazo 
 
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
2.3.1 – Capital Social 
2.3.2 – Reservas de Lucros 
2.3.3 – Reservas de capital 
2.3.4 – Ajustes de Variação Patrimonial 
2.3.5 – (-) Prejuízos acumulados 
 
A – ATIVO 
São os bens, valores e direitos classificados em ordem decrescente de grau de 
liquidez. (aplicações), podendo ser dividido desta forma: 
 
1.1 – ATIVO CIRCULANTE 
São contas que representam as disponibilidades, os direitos realizáveis até o final 
exercício social seguinte, dividem-se em Caixa, Direitos Realizáveis e Despesas Pagas 
Antecipadamente. 
 
1.1.1 – Caixa e Equivalentes de Caixa 
São recursos financeiros que se encontram à disposição imediata da empresa. 
EX.: dinheiro, depósitos bancários, títulos de liquidez imediata. 
 
1.1.2 – Direitos Realizáveis 
São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e outros direitos a 
receber até o final do exercício seguinte. Exemplos: 
- Clientes 
- Devedores Diversos 
- Cheques a receber 
- Cartão de Crédito a Receber 
- Adiantamentos a funcionários, fornecedores e para despesas 
- ICMS a Recuperar 
- Alugueis a Receber 
 
 6 
1.1.3 - Estoques 
São valores referentes à existência de: Mercadorias (comércio); produtos 
acabados, produtos em elaboração, matérias-primas, material de consumo (indústria) e 
Materiais (prestadores de Serviços) 
 
1.1.4 – Despesas do Exercício Seguinte 
São as aplicações em gastos que tenham localização no curso do período 
subsequente as datas do Balanço Patrimonial 
Exemplo: 
• Prêmio de seguro pago antecipadamente 
• Alugueis pagos antecipadamente. 
 
1.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE 
São as contas que representam os direitos realizáveis após o término do 
exercício social seguinte; e as contas que representam os bens e direitos não destinados 
à transformação direta em meios de pagamento e sua permanência na empresa 
ultrapasse um exercício. 
 
1.2.1 – Realizável à Longo Prazo 
 São as contas que representam os direitos realizáveis após o término do 
exercício social seguinte: e derivados da venda, adiantamentos, empréstimos a 
sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas, ou participantes no lucro da 
empresa. Ex.: duplicatas a receber à longo prazo, depósitos judiciais. 
 
1.2.2 - Investimentos 
 São bens de longa vida útil, que não se destinam à venda, mas não são 
aproveitados na execução da atividade operacional da empresa. Como por exemplo: 
- Participações permanentes em outras sociedades, 
- Os prédios alugados para terceiros, 
- Terrenos para futura expansão da empresa, 
- Ações 
 
1.2.3 – Imobilizado 
São bens e direitos destinados à manutenção da atividade principal, ou 
exercidos com essa finalidade. Como por exemplo: 
- Prédios, Terrenos 
- Móveis, Maquinas 
- Veículos 
- Computadores 
 
1.2.4 – Intangível 
Define intangíveis (adquiridos – art.183, inciso VII) como direitos que tenham 
por objeto bens incorpóreos. 
Um ativo intangível dever ser reconhecido na contabilidade se, e apenas se: 
a) For provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao 
ativo sejam gerados em favor da entidade; 
 7 
b) O custo do ativo puder ser mensurado com segurança; e 
c) For identificável e separável, ou seja, puder ser separado da entidade e 
vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, seja individualmente ou 
em conjunto com um contrato, ativo ou passivo relacionado. 
 
EXEMPLOS: Marcas, Patentes, Direitos Autorais, Licenças, Propriedade 
Intelectual, Nome Comercial, Carteira de Clientes, Franquia, Direitos de 
Comercialização, Direito de Uso de Software, Ponto Comercial, Direitos de Folha de 
Pagamento, Ágio por Expectativa de Rentabilidade Futura (goodwill) 
. 
B – PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
São as origens de recursos representados por obrigações, dispostos em ordem 
decrescente de exigibilidade. Representam as obrigações da empresa. (origens) e o 
Patrimônio Líquido são os recursos próprios da entidade (origens). 
 
2.1 - PASSIVO CIRCULANTE 
São as obrigações exigíveis que serão liquidadas até o final do exercício social 
seguinte. Ex. Fornecedores, Credores, Impostos a Recolher, Obrigações Sociais a Pagar. 
2.2– PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
São as obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior, com 
vencimento após o final do ano seguinte. 
 
2.3 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO: 
São todos os recursos dos proprietários aplicados na empresa, ou seja, o capital 
mais o seu rendimento. Divide-se em: 
2.31 – Capital 
 São os valores aportados pelos sócios para iniciar as atividades da empresa, e 
por dedução os valores ainda não integralizados. 
Exemplo: Capital Social (-) Capital a Integralizar 
2.3.2 – Reservas de lucros 
 São valores normalmente provenientes de Lucros que a empresa retém para o 
seu crescimento. Exemplo: Legal, estatutária e de Contingências. 
2.3.3 – Reservas de capital 
As reservas de capital devem refletir, essencialmente, as contribuições feitas 
pelos acionistas que estejam diretamente relacionadas à formação ou ao incremento do 
capital social. 
 
2.3.4 – Ajustes de Variação Patrimonial 
A Lei 11.638/2007 instituiu no Patrimônio Líquido a conta de “Ajustes de 
Avaliação Patrimonial”, englobando, enquanto não computadas no resultado do 
exercício, em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou 
diminuições de valor atribuído a elementos do Ativo e do Passivo, pela sua avaliação a 
valor justo. 
 8 
Estes ajustes poderão adquirir valores positivos ou negativos, o que nos leva à 
conclusão de que o saldo da conta Ajustes de Avaliação Patrimonial poderá apresentar 
saldo credor (aumentando o Patrimônio Líquido) ou devedor (reduzindo o Patrimônio 
Líquido). Os saldos Credores ou Devedores registrados na conta Ajustes de Avaliação 
Patrimonial serão transferidos para o Resultado do Exercício na época em que ocorrer a 
realização dos valores correspondentes. 
 
2.3.5 – (-) Prejuízos acumulados 
São os Resultados negativos da atividade econômica (Receitas menores que os 
custos e despesas), estes valores são retirados do Patrimônio Líquido mediante o Lucro 
em exercícios posteriores. 
 
3.2) DRE (DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO) 
A) Conceito 
Esta demonstração é destinada a evidenciar a composição do resultado em um 
determinado período da entidade, observando os princípios da competência, com o 
confrontoentre receitas, custos e despesas. 
 
B) Conteúdo do DRE. 
Na determinação do resultado do exercício serão computados: 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização 
em moeda; e 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas 
receitas e rendimentos. 
 
A definição segundo a Lei 6.404/76 Demonstração do Resultado do Exercício 
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os 
impostos; 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos 
e o lucro bruto; 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as 
despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; 
IV - o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; 
(Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o 
imposto; 
VI - as participações de debêntures, empregados, administradores e partes 
beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou 
fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como 
despesa; (Redação dada pela Medida Provisória nº 449, de 2008) 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital 
social. 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
C) Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício – DRE 
 
3- RECEITAS 
 
4 – CUSTOS E DESPESAS 
3.1 – RECEITAS OPERACIONAIS 
 
3.1.1 – Receita Operacional bruta 
 
3.1.2 – (-) Deduções de Vendas 
 
3.1.3 – Receitas Financeiras 
 
3.1.4 – Outras Receitas Operacionais 
 
3.1.5 – Outras Despesas 
 
4.1.- CUSTOS 
 
4.1.1 – Custo da Mercadoria Vendida 
 
4.2 – DESPESAS 
 
4.2.1 – Despesas Administrativas 
 
4.2.2 – Despesas Comerciais 
 
4.2.3 – Despesas Tributárias 
 
4.2.4 – Despesas Financeiras 
 
4.2.5 – Outras Despesas Operacionais 
 
4.2.6 – Outras Despesas 
 
Em conformidade com a MP nº. 449-08 as receitas e as despesas não devem ser 
mais segregadas como operacionais e não operacionais. 
As receitas e despesas que estavam sendo classificadas como não operacionais, 
em conformidade com a lei anterior, devem ser denominadas de Outras Receitas e 
Outras Despesas, observado o disposto nos itens 136 e 137 do Comunicado Técnico nº. 
03 (Resolução CFC nº.1.157-09). 
 
D) Modelo da Demonstração do Resultado do Exercício 
A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil 
apresentada na forma vertical e destinada a evidenciar a composição do lucro/prejuízo 
líquido do exercício formado num determinado período de operações da entidade. A 
demonstração do resultado do exercício, observado o princípio da competência, 
evidenciará a formação dos vários níveis de resultados, mediante confronto entre as 
receitas e os correspondentes custos e despesas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
 Estrutura do DRE: 
FATURAMENTO 
BRUTO DE 
VENDAS E 
SERVIÇOS 
A Lei nº 6.404-76, em seu art. 187, determina que a 
demonstração do resultado do exercício devera discriminar a receita 
bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos 
e os impostos, bem como a receita líquida das vendas e serviços. 
 As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, 
incluindo o valor dos impostos. Estes impostos, bem como as 
devoluções e os abatimentos, deverão ser contabilizados em contas 
individualizadas, que serão tratadas como contas redutoras das 
vendas. 
(-) IPI 
S/FATURAMENTO: 
 É o valor constante na Nota fiscal referente ao IPI (Imposto 
sobre Produtos Industrializados), que não estão embutidos no valor 
das Mercadorias. 
= RECEITA 
OPERACIONAL 
BRUTA 
Faturamento Bruto (-) IPI s/faturamento 
(-) DEDUÇÕES DE 
VENDAS 
 São representadas pelas contas de vendas canceladas, 
abatimentos e impostos incidentes sobre vendas, como segue: 
a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as 
devoluções de vendas. Correspondem à anulação de valores 
registrados como receitas brutas de vendas e serviços. 
b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aqueles 
concedidos incondicionalmente. 
c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita 
bruta de vendas. A receita bruta deve ser registrada pelos valores 
totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes, com exceção do 
IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). 
 
= RECEITA 
OPERACIONAL 
LIQUIDA 
Receita Operacional Bruta (-) Deduções de Vendas 
 
(-) C.M.V. 
 (CUSTO DA 
MERCADORIA 
VENDIDA) 
(-) C.P.V 
(CUSTO DO 
PRODUTO 
VENDIDO) 
(-) C.S.P. 
(CUSTOS DOS 
SERVIÇOS 
PRESTADOS) 
Conforme Iudícibus et al., “a apuração do custo dos 
produtos vendidos está diretamente relacionada aos estoques da 
empresa, pois representa a baixa efetuada nas contas dos estoques 
por vendas realizadas no período”. 
Para as empresas comerciais, explicam que “a fórmula é 
simples, pois as entradas são representadas somente pelas compras 
de mercadorias destinadas à revenda”. Já para as empresas 
industriais, “as entradas representam toda produção completada no 
período e para tais empresas é necessário um sistema de 
contabilidade de custos cuja complexidade vai depender da 
estrutura do sistema de produção, das necessidades internas para 
fins gerenciais, etc.”. 
Para os Serviços são apropriados como custos aqueles que 
se relacionam diretamente e são indispensáveis para a obtenção da 
receita oriunda dos serviços prestados. 
 
 
= LUCRO 
OPERACIONAL 
Receita Operacional Liquida (-) Custos Produtos Vendidos 
 11 
BRUTO 
(-) DESPESAS 
OPERACIONAIS 
Iudícibus et al. consignam que “as Despesas Operacionais 
constituem-se das despesas pagas ou incorridas para vender 
produtos e administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei nº 
6.404-76, abrangem também as despesas líquidas para financiar 
suas operações; os resultados líquidos das atividades acessórias da 
empresa são também considerados operacionais”. 
O art. 187 da Lei nº 6.404-76 estabelece que, para se chegar 
ao lucro operacional, serão deduzidas as “despesas com as vendas, 
as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e 
administrativas, e outras despesas operacionais”. 
= RESULTADO 
ANTES DO 
FINANCEIRO 
Lucro Operacional Bruto (-) Despesas/receitas operacionais 
 
+ (-) RESULTADO 
FINANCEIRO 
É o resultado entre as Receitas e Despesas Financeiras, sendo que 
este valor pode somar ou diminuir o Lucro da Empresa. 
= LUCRO ANTES 
DA TRIBUTAÇÃO 
Resultado Antes do Financeiro + (-) Resultado Financeiro 
(-) IRPJ (Imposto de 
Renda Pessoa 
Jurídica) e CSLL 
(Contribuição Social 
sobre o Lucro 
Líquido). 
O artigo 189 da Lei nº 6.404-76 estabelece que do resultado 
do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os 
prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda e 
Contribuição Social. 
= LUCRO 
LÍQUIDO 
EXERCÍCIO 
Lucro Antes dos Impostos (-) IRPJ/CSLL 
 O art. 191 da Lei nº 6.404-76 menciona que o lucro líquido 
do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de 
deduzidas as participações de que trata o art. 190. 
LUCRO POR 
AÇÃO DO 
CAPITAL SOCIAL 
O artigo 187 da Lei nº 6.404-76, inciso VII, determina a 
indicação do lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu 
montante por ação do capital social. 
O lucro por ação do capital social é determinado mediante a 
divisão do lucro líquido do exercício pelo número de ações em 
circulação do capital social. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
Na Demonstração do Resultado do Exercícionão transitam despesas e receitas 
de exercícios anteriores. Esses valores se integram ao patrimônio da empresa por meio 
da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.