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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE LINGUAGENS DEPARTAMENTO DE LETRAS CURSO DE LETRAS/ESPANHOL PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE LÍNGUA PORTUGUESA VI- ATIVIDADE II- 2ª SEMANA PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR-PCC HETEROGENEIDADE CONSTITUTIVA E FORMAÇÕES IDEOLÓGICAS BARRA DO BUGRES – MT 2016 PAULO MARCOS FERREIRA ANDRADE[1: - Paulo Marcos Ferreira Andrade Graduando do curso Licenciatura Letras Português/Espanhol, UFMT/UAB, Pólo de Barra do Bugres. Licenciado em Pedagogia- UNEMAT-Cáceres. Especialista em “Coordenação Pedagógica” e em “Gestão Escolar” pela UFMT- Cuiabá. e-mail: prof.paulomarcos@hotmail.com.] LÍNGUA PORTUGUESA VI- ATIVIDADE II- 2ª SEMANA PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR-PCC HETEROGENEIDADE CONSTITUTIVA E FORMAÇÕES IDEOLÓGICAS Atividade apresentada ao curso de letras Espanhol da Universidade Aberta do Brasil, Universidade Federal de Mato Grosso, Instituto de Linguagem, como parcial para avaliação de língua portuguesa VI a pedido das professoras: Profª Drª. Cláudia Lúcia Landgraf-Valério ,Profª. Drª. Luisa A. Carvalho Patatas. BARRA DO BUGRES – MT 2016 HETEROGENEIDADE CONSTITUTIVA E FORMAÇÕES IDEOLÓGICAS Introdução O presente trabalho tem como objetivo principal dialogar sobre heterogeneidade constitutiva e formações Ideológicas. Desta forma o diálogo apresenta uma reflexão sobre o conceito de heterogeneidade constitutiva e formações ideológicas do sujeito e seu discurso, na visão de Authier-Revuz (1990, 1998), articulado com o pensamento de autores como BAKHTIN (2007),BRANDÃO (1998),MESQUITA e ROSA, (2010) e KADER (2012). Uma breve reflexão Para início deste diálogo faz-se necessário a definição de Heterogeneidade Constitutiva na análise do discurso. Neste sentido Authier-Revuz (1990, p. 26) assevera que heterogeneidade constitutiva pode ser considerada como “formas linguísticas de representação de diferentes modos de negociação do sujeito falante com a heterogeneidade constitutiva do seu discurso”. Deste modo deve-se levar em consideração também o interdiscurso que por vez é resultado de um complexo ideológico. Sempre, sob nossas palavras, “outras palavras” são ditas: é a estrutura material da língua que permite que, na linearidade de uma cadeia, se faça escutar a polifonia não intencional de todo discurso, através da qual a análise pode tentar recuperar os indícios da “pontuação do inconsciente”. (Authier-Revuz, 1990) O autor assim considera a heterogeneidade como uma via de mão dupla cujos enunciados podem trazer marcas explícitas, e aqueles cujas marcas não são evidentes tão facilmente. Nesta mesma direção Bakhtin (2007), através de seu conceito dialógico postula que o discurso é históricamente e não de outra forma constituido pela interação verbal. E pela inesgotável variedade de gêneros. Logo é possivel afirmar que a heterogeneidade cosntitutiva diz respeito aos elementos que constitui o discurso do sujeito mediande a formação ideológica. Este último diz respeito “as formações discursivas que, em uma formação ideológica específica e, levando em conta uma relação de classe, determinam o que pode e deve ser dito a partir de uma posição dada em uma conjuntura dada” (BRANDÃO, 1998, apud de JOSETI 2010.p.01 ). Assim a hetrogeneidade constituiva é pois a presença inevitável do outro em um determinado discurso de um determinado sujeito ou coletivo. Isto não está evidente, ou seja, mostra pois constituir ideológicamente e de forma inconciente, ao passo que se constroi históricamente no discurso do sujeito. Mediante este contexto Authier-Revuz (1982), argumenta que não existe discurso que não seja perpassado pela heterogeneidade constitutiva e pela formação ideológica, logo, o discurso sempre será constituído de outros tantos discursos. “Isso faz-nos pensar que o sujeito não é o dono de seu dizer, não escolhe as palavras, apesar de ter a ilusão de que o faz” (MESQUITA e ROSA, 2010 apud de KADER 2012.p.02). Desta forma implica nos dizer que o discurso é sempre constituído por retomadas de discursos anteriores. Num discurso outras vozes são ouvidas, vozes do outro, muitas vezes, esquecidas no inconsciente e retomadas por uma outravoz que as faz ter sentido em função da escolha adequada ao contexto de uso. Assim, constatamos que a heterogeneidade constitutiva é aquela não localizável, na qual a presença do outro não é delimitada, sendo constitutiva tanto do discurso quanto do sujeito, pois não há discurso homogêneo, uma vez que ele também pertence ao outro. (KADER 2012.p.02). Assim na contitituição heterogenia de um discurso o sujeito pode até esquecer-se do outro todavia, a idelogia deste se materializa pela retomada de sentido ou de voz na constituição discursiva. Logo as palvras que integram o discurso do falante são pois o interdiscurso diluido cujos autores desaparecem para dar forma ou espaço ao novo discurso o que resulta em heterogeneidade dircursiva e formação idelógica. Conclusão Mediante o exposto conclui-se que heterogeneidade constitutiva é aquela não localizável, e que a presença do outro se dá por meio do interdiscurso ideológico e de forma não limitada. Desta forma pode-se afirmar que não existe discurso homogêneo uma vez que também pertence ao outro devido às constantes retomadas exercidas pelo sujeito falante. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AUTHIER-Revuz,J.mostrado heterogeneidade e heterogeneidade constitutiva: elementos para uma abordagem para o outro no discurso.In:DRLAV-Reviewde Linguística, 26, 1982, p.91-151. _____. Heterogeneidade enunciativa. Cadernos de estudos lingüísticos, 19. Campinas: IEL, 1990. _____. Palavras incertas – As não-coincidências do dizer. Campinas: Editora da UNICAMP, 1998. Bakhtin. In: MEURER et alii (orgs.). 2 ed. Gêneros: teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola, 2007. JOSETI. Fabio. Formação ideológica e formação discursiva. (2010)Entrecruzando discursos. Disponível em http://entrecruzandodiscursos.blogspot.com.br/2010/12/formacao-ideologica-e-formacao.html acessado em 21/10/2016 KADER.CárlaCallegaroCorrêa.A Heterogeneidade Enunciativa: Um Entrelugar(2012)Disponível em http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/626/485 acessado em 21/10/2016
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