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Direito Penal Resumo Parte do direito que descreve as condutas criminosas, cominando a tais condutas penas de medidas de segurança. O direito penal faz se necessário a partir do momento em que a sociedade humana possui conflitos, antes era usado a auto-defesa, mas com a introdução do um Estado soberano criam-se as leis e daí então o direito penal. Evolução histórica: Direito Penal do Inimigo (penas cruéis) Fase da vingança privada – força física vigorava, Cod. De Hamurabi. Fase da vingança Divina – Ordalias de Deus (tribunais supostamente criados por Deus). Fase da vingança publica – criação do Estado Garantismo Penal Período Humanitário – “dos delitos e das penas” Garantias a advogados e etc. Tendência contemporânea – Absolutismo penal – encerrar com as penas de prisão Fontes do direito penal: Espécies: IMEDIATA – LEI MEDIATA – Costume, analogia (LEMBRANDO QUE É SEMPRE USADA EM FAVOR DO REU, princípios gerais do Direito, jurisprudência e doutrina. Os Princípios gerais do direito norma positivada ou não, que auxilia o julgador são eles: Intervenção mínima: O princípio da intervenção mínima consiste que o Estado de direito utiliza a lei penal como seu último recurso (ultima ratio) para as resoluções quando são afetados os bens jurídicos mais importantes em questão. É uma forma de disciplinar a conduta do indivíduo, no direito brasileiro, se pune a conduta e não o indivíduo. Lesividade: não trata o crime como algo comum, mas sim reprovado pela sociedade. Insignificância ou bagatela: valor inferior a um salário mínimo, o direito penal não deve se ocupar com coisas que não afetem expressivamente o bem jurídico. Individualização da pena: mesmo crime pode ter penalidades diferenciadas. (Sistema Trifásico de Nelson Hungria) Proporcionalidade: Responsabilidade pessoal: Instrancendencia da pena, a pena não pode passar da pessoa do condenado atingindo terceiros. Três tipos de pena: privativa de liberdade, restritivas de direito (cesta básica por exemplo) e multa (Estado – PENAL) Obs: Indenização é reparação civil) Principio da limitação das penas: Art 5° Rege que algumas penas não podem ser aplicadas no Brasil. EX: Penas de morte (salvo caso de guerra), penas cruéis, trabalho forcado, pena de banimento, pena de caráter perpetuo. Da culpabilidade: Só pode ser punido por dolo ou culpa. Dolo direto: sujeito tem a intenção de praticar crime, Dolo eventual: assume o risco do resultado. (FODA-SE PARA A VITIMA) Culpa: não tem a intenção, imprudência, negligencia ou imperícia. Imperícia Qualificada é quando o autor tem conhecimento mas não o usa. EX: cirurgião que esquece um objeto no corpo do paciente. Da extra-atividade da lei penal: Uma lei revogada pode ainda surtir seus efeitos, mas desde que seja mais benéfica para o réu. In dúbio pro reo: Na duvida o juiz julga em favor do réu. A dúvida leva o juiz a solicitar júri popular. Ne bis in idem: Uma pessoa não pode ser condenada duas vezes pelo mesmo crime. Legalidade: Não há crime, sem lei anterior que o defina. Art 1° CP e 5° CF Reserva legal; apenas a Lei pode definir conduta criminosa. Igualdade: art 5° CF OBS: leis penais em branco: são normas incompletas, que necessitam de complementação para serem aplicadas, elas podem ser: HOMOGENEAS: tem a sua complementação no mesmo nível hierárquico. HETEROGENEAS: tem a sua complementação em legislação de nível hierárquico diferente. OBS 2: SISTEMA TRIFASICO DE NELSON HUNGRIA 1° FASE: antecedentes criminais, conduta do réu, personalidade, comportamento da vitima. 2° FASE: agravantes (+) e atenuantes (-) art 61 ao 66 CP Obs.: o juiz que predetermina quanto aumenta ou diminui. 3° FASE: analise de causas de aumento e causas diminuição de pena. A diferença é que estas não estão elencadas entre os artigos citados acima. Tem valor definido. INFRAÇÕES PENAIS: Gênero no qual são espécies: CRIMES E DELITOS: Que são encontrados ao longo da consituição, códigos e etc. Crimes maiores, penas maiores. Se pune a tentativa. CONTRAVENCOES PENAIS: Lei 3688/41 CP. Conhecidas como crime anão, pena menor. Não se pude a tentativa. Classificação dos crimes e delitos: Unisubjetivo: único sujeito praticando o crime Plurisubjetivo: vários sujeitos . Eventual quando não se tem a necessidade de ser plurissubjetivo. Quando se tem a obrigação de mais de uma pessoa praticando o crime chama-se plurissubjetivo necessário, ex: formação de quadrilha 288CP determinação do legislador. Comum: Pode ser praticado/afetado por qualquer pessoa. Próprio: O legislador especifica quem pratica/sofre. Ex: infanticídio, peculado.. Mão própria: O legislador especifica, porem não se pode reunir com outra pessoa para praticar o crime. EX: falso testemunho. Simples: quando o agente pratica o crime na forma mais simples. Qualificado: quando há circunstâncias que aumentam a pena do agente. Privilegiado: quando há circunstancias que diminuem a pena do agente. Ex: cometer homicídio por alguém ter estuprado sua Irma. Instantâneo: a consumação ocorre quase que imediatamente após a conduta. Ex: roubo Permanente: espaço maior entre a conduta e consumação. Ex: seqüestro. Instantâneo de efeito permanente: O efeito do crime é permanente, ex: matar. Habitual: curandeirismo art 284, manter casa de prostituição art 229. É aquele que necessita ser praticado varias vezes, ser rotineiro, senão não configura crime. Unisubsistente: praticado por apenas uma conduta. Um único disparo, por exemplo. Plurissubsistente: mais de uma conduta Ação única: O legislador descreve usando apenas um verbo, o que acontece com a maior partes da legislação brasileira. Ação Múltipla: O legislador descreve usando mais de um verbo. Ex: 122 CP induzir, instigar ou auxiliar suicídio. Crime principal: não depende da pratica de outro crime para ocorrer. Crime acessório: só existe se for praticado um crime antes dele. Crime de dolo: legislador exige ocorrência de lesão. (SEJA FISICA OU NÃO. EX: ROUBO É LESÃO AO BEM JURIDICO). Crime de perigo: basta a ameaça de lesão. Ex: rachas. Material: O legislador descreve conduta e resultado, e exige a ocorrência do resultado. Formal: descreve conduta, resultado, mas não exige que o resultado ocorra. EX: seqüestrar alguém com o fim de receber resgate. Mera conduta: Basta que se pratique a conduta. Só descreve conduta. Ex: violação de domicilio. Comissivo: o que é praticado por uma ação do agente. Omissivo: quando o agente deixa de fazer algo. Omissivo podendo ser: Omissivo próprio ou puro; quando pode ser praticado por qualquer pessoa. Não responde pelo resultado. Impróprio ou comissivo por omissão: só pode ser praticado pelos garantidores (policiais, pais, bombeiros, pessoa que pega sobrinho para passear, pessoa que atravessa cego na rua, etc.) Os garantidores legais e aqueles que assumem a responsabilidade. Responde pelo resultado! Denuncia e queixa: denuncia é a petição penal publica, já queixa é a petição particular (vitima) através de advogado. AÇÃO PENAL Publica: (MP) Incondicionada: não necessita de autorização. Condicionada: representação da vitima, ou requisição do ministério da justiça. Necessita de autorização. Privada: (PARTICULAR) Exclusivamente privada, ou privativa do ofendido: somente a vitima pode fazer, caso ela não possa (ascendentes, descendentes, cônjuge..) Personalíssima: Só a vitima pode, mesmo que ela morra, não poderá ser representada. Subsidiaria da publica: em substituição a publica que deveria ter acontecido. Interpretação da lei penal Quanto ao sujeito: Autentica: quando a própria lei se interpreta. Ex: no art 150 do CP fala de violação ao domilicio, e no parágrafo 4° é explicado o que entende-se por ‘casa’. Doutrinaria: Feita pelos doutrinadores. Jurisprudencial: Feita pelos juízes, outribunais. Quanto ao modo de interpretação: Gramatical: leva e m conta o significado das palavras. Teleológica: leva em consideração a finalidade daquela lei. Histórica: leva em consideração o momento histórico em que foi criada a lei. Sistemática: aquela que não analisa a lei penal de forma isolada, mas também outras legislações. (dentro de um sitema.)
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