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Resumo Estudos Fenomenologia Simulado com gabarito A1 docx

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL 
CURSO DE PSICOLOGIA 
CONHECIMENTO LIVRE UNIVERSITÁRIO (CLU) 
 
 
 
MATÉRIA: FENOMENOLOGIA 
CONTEÚDO: RESUMOS E SIMULADOS PARA REALIZAÇÃO 
DA PROVA A1 - 1.2025 
 
 
 
SÃO PAULO 
2025 
Estudos para Prova de Fenomenologia– A1 (Regimental) 
1. Fenomenologia Existencial: Simone de Beauvoir e Merleau-Ponty 
A Fenomenologia Existencial surge da confluência entre a filosofia fenomenológica 
(originada com Husserl) e a filosofia existencialista (marcada por autores como 
Kierkegaard e Sartre). Essa corrente enfatiza a experiência vivida, a liberdade humana, e 
os modos de ser no mundo, com forte influência no campo da psicologia e da 
psicoterapia. 
Simone de Beauvoir, filósofa existencialista e feminista, trouxe contribuições relevantes 
à psicologia ao destacar a forma como o sujeito se constrói no mundo por meio de sua 
liberdade, escolhas e da condição histórica e social. Ela evidenciou o modo como os 
papéis sociais e as opressões moldam a existência, especialmente no caso das mulheres. 
Em suas obras, como O Segundo Sexo, propõe uma análise fenomenológica da vivência 
feminina e da alteridade, trazendo à psicologia reflexões sobre identidade, subjetividade e 
gênero como construções existenciais. 
Maurice Merleau-Ponty, por sua vez, é um dos principais nomes da fenomenologia 
francesa. Em sua obra Fenomenologia da Percepção, ele reformula a compreensão do 
corpo e da percepção, considerando o corpo não apenas como objeto fisiológico, mas 
como centro da experiência do mundo. Para ele, o corpo é “sujeito encarnado”, ou seja, é 
por meio do corpo que nos colocamos no mundo e estabelecemos relações com os outros. 
Sua visão influenciou profundamente abordagens psicoterapêuticas que valorizam a 
experiência vivida, o sensível e a intersubjetividade como fundamentos da clínica. 
RESUMO 
A Fenomenologia Existencial, especialmente nas obras de Simone de Beauvoir e 
Merleau-Ponty, oferece à psicologia bases para compreender o sujeito em sua experiência 
concreta e situada no mundo. 
● Simone de Beauvoir: 
 
○ A existência é construída pelas escolhas e condicionada pelas relações 
sociais. 
 
○ Ênfase na liberdade, responsabilidade e construção histórica da 
subjetividade. 
 
○ A alteridade e o gênero são centrais na compreensão da experiência 
vivida. 
 
● Merleau-Ponty: 
 
○ O corpo é o meio primário de relação com o mundo – é sujeito e não 
apenas objeto. 
 
○ A percepção é um fenômeno situado, concreto, envolvendo sensações e 
intencionalidade. 
 
○ A intersubjetividade (relação com o outro) é fundamental para 
compreender a experiência humana. 
 
2. Psicoterapia Existencial 
A Psicoterapia Existencial é um modelo terapêutico que se fundamenta na filosofia 
fenomenológico-existencial. Seu foco principal é o sujeito em sua existência concreta, 
compreendendo-o como ser-no-mundo, ou seja, alguém que constrói sentido a partir das 
suas vivências, escolhas e relações. Essa abordagem se diferencia de modelos 
psicoterapêuticos tradicionais por não reduzir o sofrimento psíquico a sintomas ou 
estruturas mentais, mas por buscar compreender o modo como o indivíduo se relaciona 
com a vida e com os dilemas fundamentais da existência. 
Inspirada por pensadores como Kierkegaard, Heidegger, Sartre e Merleau-Ponty, essa 
psicoterapia entende que os conflitos humanos estão ligados a questões como a liberdade, 
o medo, a responsabilidade, o vazio existencial, a finitude (morte) e o sentido da vida. O 
terapeuta não atua como um especialista que interpreta ou corrige o paciente, mas como 
um acompanhante que, junto ao sujeito, busca compreender o seu modo singular de estar 
no mundo. 
Essa abordagem se expressa de forma prática em um setting terapêutico que valoriza a 
escuta aberta, a autenticidade da relação e o acolhimento das angústias existenciais. A 
terapia é, portanto, um espaço de encontro onde o cliente é convidado a refletir sobre suas 
escolhas, assumir sua liberdade e responsabilidade, e encontrar um sentido pessoal em 
meio às contradições da vida. 
RESUMO 
A Psicoterapia Existencial é um modelo clínico que emerge da filosofia existencial e 
fenomenológica, focando na experiência humana concreta. 
● Fundamentos: 
 
○ Influências filosóficas: Kierkegaard, Heidegger, Sartre, Merleau-Ponty. 
 
○ Ênfase na existência, liberdade, responsabilidade e sentido. 
 
○ O sofrimento é compreendido como expressão da condição humana, não 
como doença. 
 
● Relação terapêutica: 
 
○ Horizontalidade na relação entre terapeuta e cliente. 
 
○ Encontro genuíno e escuta fenomenológica. 
 
○ Foco no aqui-agora e na experiência vivida. 
 
● Aplicações clínicas: 
 
○ Ajuda na elaboração de dilemas existenciais. 
 
○ Auxilia o sujeito a lidar com o vazio, angústia, escolhas e finitude. 
 
○ É indicada para questões de identidade, crises existenciais e conflitos de 
sentido. 
 
3. Daseinsanálise 
A Daseinsanálise é uma abordagem psicoterapêutica desenvolvida por Medard Boss, 
fundamentada na filosofia existencial de Martin Heidegger. O termo "Dasein" significa 
literalmente "ser-aí", e se refere à condição humana de existir no mundo de forma 
consciente e relacional. A Daseinsanálise propõe uma psicologia que compreende o ser 
humano a partir de sua abertura ao mundo, suas possibilidades de ser e sua liberdade de 
escolha. 
Ao contrário de abordagens que medicalizam ou patologizam o sofrimento psíquico, a 
Daseinsanálise considera que os sintomas são modos de ser no mundo que expressam um 
distanciamento do próprio existir autêntico. Assim, não se busca "curar" um sintoma 
isolado, mas compreender como o sujeito se relaciona com seu próprio modo de viver, 
com o tempo, com os outros e com a morte. O terapeuta, nesse processo, atua como um 
facilitador da abertura existencial, promovendo um encontro em que o paciente possa se 
escutar e se responsabilizar por suas escolhas. 
A prática clínica da Daseinsanálise requer uma escuta cuidadosa, que evita explicações 
causais e diagnósticos classificatórios. Em vez disso, o foco está no modo como a 
existência se manifesta na linguagem, nos gestos e nos silêncios. Trata-se de um método 
profundamente ético, que respeita a singularidade e a liberdade de cada sujeito. 
RESUMO 
A Daseinsanálise é uma forma de psicoterapia de base fenomenológico-existencial 
inspirada na filosofia de Heidegger. 
● Fundamentos filosóficos: 
 
○ Origem no conceito de "Dasein" (ser-aí) da ontologia heideggeriana. 
 
○ Ênfase na existência como abertura ao mundo, liberdade e 
responsabilidade. 
 
○ Rejeita visões deterministas e patologizantes da psicologia tradicional. 
 
● Relação terapêutica: 
 
○ O terapeuta é um acompanhante existencial, não um técnico ou avaliador. 
 
○ Busca-se compreender o modo de ser do paciente, sem julgamentos ou 
rótulos. 
 
○ A escuta é fenomenológica e acolhedora das experiências mais singulares. 
 
● Aplicações clínicas: 
 
○ Indicação para sofrimentos ligados a crises de sentido, alienação e 
bloqueios existenciais. 
 
○ Não se foca em sintomas, mas nos modos de ser que precisam ser 
compreendidos e ressignificados. 
 
○ Envolve uma abordagem ética, humanista e libertadora. 
 
4. Gestalt-terapia 
A Gestalt-terapia é uma abordagem psicoterapêutica que surge no contexto da 
fenomenologia e do existencialismo, priorizando a experiência presente, a consciência e a 
autorresponsabilidade. Desenvolvida por Fritz Perls, Laura Perls e Paul Goodman, a 
Gestalt se baseia na ideia de que os indivíduos tendem naturalmente à autorregulação e à 
integração de suas experiências, desde que estejam conscientes de seus sentimentos, 
pensamentos e ações no "aqui e agora". 
Do ponto de vista epistemológico, a Gestalt-terapia considera o sujeito como um ser em 
constante relação com o ambiente. Essa interação é chamada de campo organismo/meio. 
Os problemas emocionais, segundo essa perspectiva,surgem quando há interrupções 
nesse campo, como a fuga de sentimentos, o bloqueio de impulsos ou o excesso de 
controle racional. A psicoterapia busca restaurar a fluidez dessa relação, ampliando a 
consciência e promovendo escolhas mais autênticas. 
Na prática clínica, o terapeuta trabalha com técnicas que favorecem o contato, como 
dramatizações, uso do corpo, da imaginação e do diálogo interno. O foco está no "como" 
e não no "porquê", ou seja, na forma como o paciente vive suas dificuldades no presente, 
e não em explicações causais do passado. Essa abordagem se alinha à fenomenologia por 
valorizar a experiência direta e por respeitar a singularidade do sujeito. 
RESUMO 
A Gestalt-terapia é uma abordagem existencial-fenomenológica centrada na experiência e 
no contato com o presente. 
● Bases filosóficas e teóricas: 
 
○ Influências da fenomenologia (valorização da experiência imediata) e do 
existencialismo (liberdade e responsabilidade). 
 
○ O ser humano é compreendido como um todo em interação constante com 
o ambiente. 
 
● Prática terapêutica: 
 
○ Ênfase no “aqui e agora” da experiência. 
 
○ Técnicas vivenciais: dramatizações, diálogo com partes internas, trabalho 
corporal. 
 
○ Busca-se aumentar a consciência e promover integração emocional. 
 
● Objetivos terapêuticos: 
 
○ Ampliar o contato do paciente consigo e com o mundo. 
 
○ Restaurar a capacidade de autorregulação do organismo. 
 
○ Favorecer escolhas mais autênticas e integrais. 
 
5. Psicopatologia Fenomenológica 
A psicopatologia fenomenológica tem como base o pensamento filosófico de Edmund 
Husserl e a tradição existencial, sendo posteriormente aprofundada por autores como Karl 
Jaspers, Ludwig Binswanger e Medard Boss. Essa vertente propõe compreender os 
transtornos psíquicos a partir da vivência subjetiva do indivíduo, ou seja, da forma como 
ele experiencia o mundo, o corpo, o tempo, o espaço e os outros. 
Diferente de modelos biomédicos que focam em sintomas objetivos e classificações 
nosográficas, a psicopatologia fenomenológica busca compreender o modo de ser do 
paciente. Karl Jaspers, considerado o fundador da psicopatologia fenomenológica, 
introduz o método compreensivo como via para acessar o sentido interno dos fenômenos 
psíquicos, respeitando a singularidade da experiência. Por exemplo, em vez de apenas 
rotular um paciente como “depressivo”, o clínico fenomenológico explora como esse 
sujeito vive a tristeza, o vazio e a perda de sentido. 
Essa abordagem é especialmente útil na compreensão de quadros complexos e 
comórbidos, pois considera o sofrimento psíquico em sua totalidade, evitando 
reducionismos. Ao compreender as alterações na percepção do tempo, do corpo, da 
intersubjetividade e da espacialidade, o terapeuta pode acolher de forma mais empática a 
angústia existencial do paciente e construir uma escuta terapêutica mais autêntica. 
RESUMO 
A psicopatologia fenomenológica é uma forma de compreender o sofrimento psíquico 
por meio da vivência subjetiva do indivíduo, priorizando o sentido existencial da 
experiência. 
● Fundamentos teóricos: 
 
○ Inspirada na fenomenologia de Husserl e no existencialismo. 
 
○ Karl Jaspers introduz o método compreensivo na psicopatologia. 
 
○ Foco na descrição e compreensão da vivência, e não na classificação. 
 
 
● Abordagem clínica: 
 
○ Busca-se entender como o paciente experiencia o mundo. 
 
○ Fenômenos como ansiedade, angústia e despersonalização são tratados 
como formas de ser-no-mundo alteradas. 
 
○ Valorização da escuta empática e da intersubjetividade. 
 
● Aplicações: 
 
○ Compreensão aprofundada de transtornos como esquizofrenia, depressão e 
transtornos de personalidade. 
 
○ Relevante na discussão sobre comorbidades e diagnósticos complexos. 
 
○ Proporciona uma clínica centrada no sujeito e não na doença. 
 
6. Casos Clínicos em Fenomenologia Existencial 
O estudo de casos clínicos sob a perspectiva fenomenológico-existencial tem como 
principal objetivo compreender o sofrimento psíquico a partir da experiência vivida do 
paciente, valorizando suas narrativas, significados e formas de estar-no-mundo. 
Diferentemente de modelos que classificam os sintomas de maneira objetiva e 
padronizada, essa abordagem busca escutar o sujeito em sua singularidade, investigando 
suas relações com o tempo, o corpo, o espaço e os outros. 
Por exemplo, em quadros de ansiedade e pânico, o enfoque fenomenológico procura 
entender como o tempo vivido pelo paciente é distorcido — o futuro torna-se uma 
ameaça constante e o presente se encolhe, gerando um colapso na sensação de 
continuidade existencial. Em casos de transtornos de personalidade borderline, a 
análise fenomenológica pode revelar uma instabilidade na constituição do self, na 
vivência dos vínculos afetivos e na construção do sentido de identidade, evidenciando 
rupturas na estrutura da intersubjetividade. 
Esses casos também abrem espaço para o estudo da psicopatologia do tempo vivido, 
como ocorre na esquizofrenia. Pacientes podem experienciar o tempo de maneira 
fragmentada ou distorcida, o que repercute em sua percepção do mundo e de si mesmos. 
A fenomenologia permite ao clínico acessar essas nuances subjetivas, não como 
bizarrices clínicas, mas como expressões legítimas de um modo alterado de 
ser-no-mundo, que requer escuta, compreensão e cuidado. 
RESUMO 
O estudo de casos clínicos na fenomenologia existencial visa uma escuta profunda e 
compreensiva da experiência vivida pelo paciente, colocando o foco em sua subjetividade 
e relação com o mundo. 
● Princípios: 
 
○ Escuta ativa da narrativa do paciente sem julgamento antecipado. 
 
○ Investigação da experiência vivida de sintomas como ansiedade, pânico, 
instabilidade afetiva, entre outros. 
 
○ Valorização do tempo vivido, da corporeidade e da intersubjetividade. 
 
● Casos exemplares: 
 
○ Ansiedade e pânico: colapso do tempo existencial e sensação de ameaça 
constante. 
 
○ Transtornos de personalidade borderline: falhas na constituição do self 
e na vivência dos vínculos. 
 
○ Esquizofrenia: alteração profunda da percepção de tempo, espaço e 
realidade. 
 
● Abordagem terapêutica: 
 
○ Atenção à singularidade do sofrimento. 
 
○ Evita reducionismos diagnósticos. 
 
○ Fundamenta intervenções empáticas e baseadas na escuta existencial. 
 
7. Fenomenologia Decolonial 
A fenomenologia decolonial é uma abordagem crítica que busca articular a tradição 
fenomenológica com os desafios e legados deixados pela colonialidade, especialmente no 
campo da psicologia. Essa vertente procura compreender como os modos de ser, existir e 
sofrer dos sujeitos colonizados foram historicamente silenciados, patologizados ou 
invisibilizados pelos discursos científicos dominantes. Trata-se, portanto, de uma 
ampliação epistemológica e ética da psicologia fenomenológica, abrindo-se para 
múltiplas formas de subjetividade e existência. 
Essa perspectiva parte da crítica ao eurocentrismo presente na produção de conhecimento 
psicológico, especialmente no que se refere aos conceitos universais de saúde mental, 
sofrimento e normalidade. A fenomenologia decolonial propõe uma escuta sensível às 
experiências de sujeitos racializados, indígenas, periféricos e migrantes, reconhecendo as 
marcas do racismo estrutural, da desigualdade e da opressão como elementos 
constituintes do sofrimento psíquico. 
Autores como Frantz Fanon e pensadores contemporâneos das Américas Latinas 
influenciam essa proposta, destacando a importância de um pensamento situado, que 
considere as vivências do corpo racializado, da pele colonial e das formas de resistência 
cultural como categorias fundamentais para compreender o existir. Na prática clínica, isso 
significa reconhecer que não existe neutralidade na escuta, e que o sofrimento é 
atravessado por múltiplas violências sociais e históricas. 
RESUMO 
A fenomenologia decolonialpropõe uma crítica à psicologia tradicional, ampliando os 
horizontes da fenomenologia para acolher a pluralidade de existências marcadas pela 
colonialidade. 
● Fundamentos: 
 
○ Superação do eurocentrismo na psicologia e na fenomenologia. 
 
○ Reconhecimento do sofrimento causado por opressões históricas e sociais. 
 
○ Integração do pensamento decolonial à prática clínica existencial. 
 
● Conceitos-chave: 
 
○ Pele Colonial: a experiência do corpo racializado como lugar de exclusão 
e resistência. 
 
○ Pensamento situado: a escuta clínica deve considerar o contexto social, 
histórico e cultural do sujeito. 
 
○ Descolonização da escuta: romper com pressupostos normativos da 
psicologia sobre sofrimento e identidade. 
 
● Aplicações clínicas: 
 
○ Acolher a subjetividade de sujeitos oprimidos de forma ética e implicada. 
 
○ Atentar para os efeitos do racismo, da exclusão e da marginalização nas 
experiências de sofrimento. 
 
○ Promover uma psicologia plural, ética e comprometida com a justiça 
social. 
9. Referências 
1. BEAUVOIR, Simone de. 
 Contribuições do pensamento de Simone de Beauvoir para a Psicologia. In: Psicologia 
Fenomenológica e Existencial. Capítulo 5. 
2. VERISSIMO, D. S. 
 Escritos sobre fenomenologia da percepção: espacialidade, corpo, intersubjetividade e 
cultura contemporânea. São Paulo: Editora UNESP, 2021. Cap. 3. ISBN 
978-65-5714-048-2. 
3. Psicologia Fenomenológica e Existencial. 
 Capítulo 8 – A Clínica Existencial. 
 Capítulo 7 – Pensamento Decolonial e Psicologia Existencial. 
4. MATRIZES DO PENSAMENTO IV: Fenomenologia Existencial e Humanista. 
 Capítulo 4 – Fenomenologia, Existencialismo e Humanismo. 
 Capítulo 13 – Bases Epistemológicas da Gestalt Terapia. 
 Capítulo 4 – Fundamentos da Psicologia Fenomenológica Existencial Heideggeriana. 
5. FUNDAMENTOS DE CLÍNICA FENOMENOLÓGICA. 
 Capítulo 22 – Daseinsanalyse Clínica e Medard Boss. 
 Capítulo 3 – Contribuições da Psicopatologia Fenomenológica para a Noção de 
Comorbidade e Duplo Diagnóstico em Psiquiatria. 
 Capítulo 14 – Transtornos de personalidade borderline na ótica fenomenológica. 
 Capítulo 16 – Ansiedade e Pânico. 
 Capítulo 17 – O Tempo Vivido na Ansiedade Entrelaçada à Esquizofrenia. 
6. HISTÓRIA DA PSICOLOGIA FENOMENOLÓGICA. 
 Capítulo 7 – Karl Jaspers e a Fundação da Psicopatologia. 
7. TÉCNICAS EM GESTALT. 
 Capítulo 9 – Experimentação. 
8. PSICOLOGIA, FENOMENOLOGIA E QUESTÕES COLONIAIS. 
 Capítulo 3 – Pele Colonial. 
 
📘 Simulado A1 – Fenomenologia (Psicologia) 
Curso: Psicologia 
 Matéria: Psicologia Fenomenológica e Existencial 
 Avaliação: Prova Regimental A1 
 Questões de múltipla escolha (1 alternativa correta) 
 
1. Segundo Simone de Beauvoir, o ser humano é: 
 a) Uma essência fixa e imutável. 
 b) Um sujeito racional, independente da história. 
 c) Um projeto em constante construção e liberdade. 
 d) Um conjunto de instintos naturais. 
 
2. Para Merleau-Ponty, o corpo é: 
 a) Apenas um objeto físico entre outros. 
 b) A interface entre o mundo interno e externo. 
 c) Inferior à mente racional. 
 d) Uma máquina comandada pela consciência. 
 
3. A fenomenologia existencial se distingue por: 
 a) Ser centrada apenas em comportamentos observáveis. 
 b) Buscar leis universais e previsíveis. 
 c) Considerar a experiência vivida do sujeito. 
 d) Priorizar dados estatísticos e objetivos. 
 
4. Qual autor introduziu o conceito de "ser-no-mundo" como central na compreensão da 
existência humana? 
 a) Sartre 
 b) Merleau-Ponty 
 c) Heidegger 
 d) Freud 
 
5. A Psicoterapia Existencial tem como foco: 
 a) Corrigir distorções cognitivas. 
 b) A adaptação do sujeito ao meio. 
 c) A escuta da experiência vivida e dos sentidos existenciais. 
 d) A análise do inconsciente reprimido. 
 
6. Um dos pilares da Daseinsanálise é: 
 a) Diagnóstico baseado em critérios biomédicos. 
 b) O uso de testes padronizados. 
 c) O encontro autêntico entre terapeuta e paciente. 
 d) A investigação do comportamento verbal. 
 
7. A Gestalt-terapia enfatiza: 
 a) O papel da linguagem racional. 
 b) A experiência presente e a consciência corporal. 
 c) O distanciamento emocional. 
 d) A repressão dos afetos. 
 
8. A psicopatologia fenomenológica considera que os transtornos mentais são: 
 a) Sempre causados por fatores genéticos. 
 b) Objetos naturais isolados. 
 c) Expressões do modo de ser-no-mundo do sujeito. 
 d) Totalmente explicáveis por exames neurológicos. 
 
9. Na clínica existencial, a escuta do paciente se orienta por: 
 a) Técnicas padronizadas e roteiros. 
 b) Julgamento e categorização de sintomas. 
 c) Abertura à singularidade da existência do outro. 
 d) A verificação de coerência cognitiva. 
 
10. Qual das alternativas a seguir representa uma crítica existencial à visão tradicional da 
ciência? 
 a) A ciência oferece respostas absolutas sobre a verdade. 
 b) O sujeito pode ser plenamente conhecido por variáveis mensuráveis. 
 c) O ser humano é reduzido a um objeto entre outros. 
 d) A razão objetiva é suficiente para compreender a subjetividade. 
 
11. Para a Daseinsanálise, o sofrimento psíquico é: 
 a) Uma disfunção neuroquímica. 
 b) Um desajuste social. 
 c) Um modo de ser que perdeu sua abertura ao mundo. 
 d) Uma falha no desenvolvimento infantil. 
 
12. Simone de Beauvoir contribuiu com a psicologia principalmente ao: 
 a) Definir categorias de temperamento. 
 b) Introduzir testes psicométricos. 
 c) Problematizar a construção existencial da mulher na sociedade. 
 d) Aplicar a psicanálise ao feminismo. 
 
13. A "intersubjetividade" em Merleau-Ponty refere-se à: 
 a) Submissão do sujeito ao coletivo. 
 b) Relação entre sujeitos corporificados no mundo. 
 c) Comunicação abstrata e racional. 
 d) Indiferença entre os sujeitos. 
 
14. A abordagem fenomenológica entende a ansiedade como: 
 a) Um distúrbio hormonal. 
 b) Um desvio patológico da normalidade. 
 c) Uma forma de revelar o sentido da existência. 
 d) Uma falha de aprendizagem. 
 
15. A fenomenologia decolonial busca: 
 a) A replicação de teorias europeias. 
 b) A valorização de saberes locais e vivências subalternizadas. 
 c) A neutralidade cultural. 
 d) A superação das diferenças culturais. 
 
16. A concepção de tempo na fenomenologia é: 
 a) Linear e cronológica. 
 b) Subjetiva e vivida. 
 c) Medida por relógio. 
 d) Igual para todos os sujeitos. 
 
17. A técnica da "experimentação" na Gestalt-terapia serve para: 
 a) Validar hipóteses clínicas. 
 b) Romper padrões automáticos e ampliar a consciência do aqui-agora. 
 c) Induzir respostas emocionais. 
 d) Avaliar funções cognitivas. 
 
18. Karl Jaspers contribuiu para a psicopatologia ao: 
 a) Criar o DSM. 
 b) Integrar a experiência subjetiva na análise dos transtornos mentais. 
 c) Negar a importância da consciência. 
 d) Fundar a psicanálise clínica. 
 
19. A fenomenologia aplicada à clínica enfatiza: 
 a) A neutralidade afetiva do terapeuta. 
 b) A escuta empática e a suspensão de julgamentos. 
 c) A prescrição de medicamentos. 
 d) A condução por um roteiro fixo. 
 
20. Um elemento central da psicoterapia fenomenológica-existencial é: 
 a) Diagnóstico estatístico e classificatório. 
 b) Tratamento rápido com foco em sintomas. 
 c) Compreensão do sentido existencial do sofrimento. 
 d) Intervenções comportamentais diretas 
 
 
 
Questão Gabarito Justificativa 
1 c Beauvoir entende o ser humano como um projeto inacabado, 
sempre em construção, livre e responsável por suas escolhas. 
2 b Merleau-Ponty compreende o corpo como base da percepção, 
sendo ao mesmo tempo sujeito e objeto da experiência. 
3 c A fenomenologia existencial valoriza a experiência subjetiva 
vivida, não a redução a dados objetivos. 
4 c Heidegger introduziu o conceito de "ser-no-mundo" como 
estrutura fundamental da existência humana. 
5 c A Psicoterapia Existencial escuta a vivência singular do 
sujeito, comfoco no sentido e liberdade. 
6 c A Daseinsanálise valoriza o encontro entre terapeuta e 
paciente como espaço de abertura e compreensão. 
7 b A Gestalt-terapia prioriza a vivência do aqui-agora e o 
contato com as sensações e emoções. 
8 c A psicopatologia fenomenológica vê os transtornos como 
modos de ser no mundo, não como falhas isoladas. 
9 c A clínica existencial-fenomenológica busca escutar a 
existência singular do paciente sem reduzi-lo a categorias. 
10 c A crítica existencial aponta a objetificação do ser humano nas 
ciências naturais. 
11 c Para a Daseinsanálise, o sofrimento é um modo de ser que 
perdeu sua abertura ao mundo e às possibilidades. 
12 c Simone de Beauvoir questionou as construções sociais da 
mulher e sua opressão, influenciando a psicologia crítica. 
13 b A intersubjetividade em Merleau-Ponty é a relação entre 
corpos vividos em um mundo compartilhado. 
14 c A ansiedade, para a fenomenologia, é uma vivência que 
revela a condição humana diante da liberdade e finitude. 
15 b A fenomenologia decolonial busca valorizar experiências e 
saberes marginalizados pelos modelos eurocêntricos. 
16 b O tempo fenomenológico é o tempo vivido, não apenas o 
cronológico. 
17 b A experimentação na Gestalt serve para interromper padrões 
e ampliar a consciência do momento presente. 
18 b Jaspers integrou a experiência subjetiva na compreensão dos 
transtornos mentais, marcando a psicopatologia 
fenomenológica. 
19 b A escuta fenomenológica exige suspensão de julgamentos e 
empatia com o mundo vivido do paciente. 
20 c A clínica fenomenológica busca compreender o sentido do 
sofrimento existencial, não apenas tratar sintomas. 
 
 
 
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com paixão e coragem. 
Este manifesto é nosso compromisso com: 
● A Liberdade de Acesso: Todo estudante tem o direito de aprender, sem barreiras 
financeiras ou institucionais. Nossos materiais serão sempre abertos, acessíveis e 
colaborativos. 
 
● A Colaboração Anônima: Não buscamos fama. Nosso nome é coletivo. Somos 
vozes que se somam para oferecer apoio àqueles que precisam. Se o 
conhecimento transforma, ele deve circular livremente. 
 
● A Responsabilidade Acadêmica: Todo conteúdo aqui reunido será construído 
com base em fontes confiáveis, diretrizes curriculares e responsabilidade ética. 
Não substituímos o estudo formal, mas o fortalecemos com clareza e 
solidariedade. 
 
● A Partilha como Atitude Revolucionária: Dividir é multiplicar. Quando 
compartilhamos nosso aprendizado, todos crescem. O Conhecimento Livre 
Universitário é um convite permanente à partilha. 
 
Que este manifesto seja o ponto de partida. Que cada estudante que o leia se sinta parte 
de algo maior. Que cada contribuição se torne semente de autonomia, apoio e 
transformação. 
Conhecimento é poder. E poder, quando compartilhado, liberta. 
Assinam este manifesto, todas as mentes inquietas, anônimas e generosas que 
acreditam que aprender juntos é sempre melhor do que aprender só. 
 
	UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL 
	CURSO DE PSICOLOGIA 
	CONHECIMENTO LIVRE UNIVERSITÁRIO (CLU) 
	 
	 
	 
	MATÉRIA: FENOMENOLOGIA 
	CONTEÚDO: RESUMOS E SIMULADOS PARA REALIZAÇÃO DA PROVA A1 - 1.2025 
	 
	 
	 
	SÃO PAULO 
	2025 
	Estudos para Prova de Fenomenologia– A1 (Regimental) 
	1. Fenomenologia Existencial: Simone de Beauvoir e Merleau-Ponty 
	2. Psicoterapia Existencial 
	3. Daseinsanálise 
	4. Gestalt-terapia 
	5. Psicopatologia Fenomenológica 
	6. Casos Clínicos em Fenomenologia Existencial 
	7. Fenomenologia Decolonial 
	9. Referências 
	📘 Simulado A1 – Fenomenologia (Psicologia) 
	 
	Manifesto do Conhecimento Livre Universitário

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