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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE As tramas da politica


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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: HISTORIA DO BRASIL I
Francisco de Sousa Silva Júnior
Cajazeiras
2015
Em suas analises a historiadora Maria Fernanda Bicalho no texto “As tramas da política: conselhos, secretários e juntas na administração da monarquia portuguesa e de seus domínios ultramarinos” ela vai abordar as questões políticas relacionados a questão do “paradigma corporativo” e da concepção “individualista”. Vou aqui mostrar um pouco de como ela apresentou esses dois momentos de representação da sociedade e do poder em Portugal.
	Em Portugal naquela época vivia o governo corporativista, estrutura sinodal ou polissinodal em sociedades em que se dava a centralidade do rei que tinha como papel exercer a justiça. Mas nesse modo o rei não tinha a centralização absoluta do poder, mas era a cabeça do corpo, a cabeça do reino.
	No caso estamos se tratando dos séculos XVI, XVII, inicio de XVIII, em que a coroa partilhava o governo com outros corpos sociais, por isso que foi citado acima que o rei não tinha a centralidade total e que sendo o rei a cabeça do corpo então significa ter as outras partes que seriam entre eles os conselhos e tribunais. De modo que o rei deveria respeitar os corpos que constituíam naturalmente a sociedade. Isso mesmo naturalmente, pois a ordem social com sua hierarquia dada de séculos a séculos atrás e conformado pelo direito, era dado como natural essa hierarquia.
	O governo do reino era formado de um emaranhado de conselhos, tribunais, secretarias, secretários, entre outros cargos. O conselho de Estado assumiu uma posição de destaque, mas surgiram também uma serie de outros conselhos e tribunais cada qual com suas especialidades, um deles o Conselho da Fazenda. A casa da suplicação, o Conselho de guerra.
	Devido as guerras de restauração foi se criado, instituído em 1640 o Conselho da guerra, na mesma época foi formado o Conselho Ultramarino por d. João IV. Tinha junto aos conselhos as secretarias e seus secretários, e ainda diversas juntas. As juntas tinha como objetivo de aumentar a eficácia fiscal da coroa.
	Acontecido tudo isso, após a Restauração passou a haver um único secretario de estado. 
	Assim era a política portuguesa, de tradição católica baseando-se no paradigma corporativo em que a coroa compartilhava parcelas do poder com outros corpos da sociedade.
	Mudança de Paradigma
	Na pag. 353 a historiadora vai falar dessa mudança política. Homens que se destacaram no reinado, tinham uma outra ideia de paradigma político. As guerras provocaram um novo estilo de governação, implicou uma nova evolução, a emergência de uma cultura política que provocou maior concentração decisória e uma restrição do grupo dirigente.
	Mais resumidamente ainda, posso dizer que o império Português do século XVI, tinha as praticas comerciais na Índia, com um vasto império Ultramarino.
	Como já dito, um modelo corporativista onde o governo era tido como um corpo humano, o rei era a cabeça, as existia também o corpo militar, o corpo religioso, os nobres eram os braços e o clero o coração, e os camponeses responsáveis pela sustentação deste corpo, dado como naturalismo.
	Existiam os conselhos. O conselho da fazenda, conselho da casa da suplicação. O rei tinha seus ministros e oficiais. As secretarias – as juntas.
	Conselhos esses que viviam em artrito, com conflitos de jurisdição entre o conselho Ultramarino e os demais tribunais do reino.
	Assim do modelo corporativista para o paradigma individialista.