Buscar

Aula 04 Introdução à Psicologia

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SDE0914 – Introdução à Psicologia
Aula 04
Introdução à Psicologia
AULA 04
Objetivos:
Apresentar a questão de saúde e doença através da história.
Introdução à Psicologia
AULA 04
A QUESTÃO DA NORMALIDADE
O que é ser normal? 
Autor: Dr. Walker R da Cunha
O que é normal? O que não é normal? 
Estas perguntas são bastante recorrentes no meu consultório. O paciente que chega ao consultório de psiquiatria vem, muitas vezes, preocupado: “Será que ele vai achar que eu não sou normal?”. 
Nos primeiros minutos de consulta é comum observarmos esse paciente tentando fingir ser o que não é. Camufla opiniões, suaviza, evita se expor demais antes de ter certeza de estar pisando em terra firme. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
O conceito do que é ou não normal é mais filosófico que médico. Estou certo disso. Entro nesse campo quando questiono: é normal se acostumar com a violência dos grandes centros, sem se sentir em todo o tempo nervoso e apreensivo? É normal não se sentir mal ao passar pelas ruas e ver tantos mendigos, indigentes, “crianças malabaristas” a cada sinal, sem se sentir realmente incomodado? 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Existem vários transtornos de comportamento que estão em evidência na mídia, sobre os quais algumas pessoas chegam a dizer que estão “virando moda”. Curiosamente, estes transtornos só têm crescido nas estatísticas porque muitas pessoas são “normais demais” e não suportam viver numa sociedade desigual, injusta, instável. Refiro-me ao Transtorno de Estresse Pós-traumático (TEPT), ao Transtorno do Pânico, às fobias, e a tantas outras formas de manifestar algum distúrbio de ansiedade. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Dessa forma o normal pode virar patológico e o patológico virar normal. Parece que ser insensível é a melhor forma de se mostrar seguro, equilibrado... Cabe uma reflexão mais profunda a respeito do que realmente é doença e o que é apenas transtorno. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Voltando a indagação filosófica do que é ou não normal, poderíamos simplificar a resposta de diversas maneiras. Uma que me agrada muito é dizer que tudo o que não causa prejuízo a si próprio e nem a outros pode ser normal. A partir daí, fica mais fácil entender o que deve e precisa ser tratado e o que não. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Existem pessoas ansiosas que são extremamente produtivas e que negam ter prejuízos com sua ansiedade. Outros têm prejuízos nos seus setores vitais e por isso devem ser tratados. 
Crianças hiperativas que não apresentam prejuízos escolares e que se adaptam bem a algum modelo pedagógico, psicoterapêutico, multidisciplinar, nem sempre necessitarão de remédios. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Porque continuar a julgar anormal a homossexualidade, se esta orientação sexual não causa nenhum prejuízo a si mesmo e nem a ninguém? 
O sociopata se sente muito bem dentro do seu egoísmo, mas causa sérios prejuízos aos que o cercam. Definitivamente isso não é normal e não tem tratamento. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
O anoréxico, não faz mal a ninguém, mas se destrói pela distorção que faz da sua própria auto-imagem. Deve ser tratado. 
É normal ser imperfeito. Basta olharmos a nossa volta. E não há mal nenhum em se procurar ajuda profissional quando lidar com essa imperfeição se mostra difícil. É normal. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
Temos que tomar cuidado patologizar o sofrimento ou a diferença baseando-se em nossos preconceitos e avaliações incorretas da realidade. 
Nem todo sofrimento e nem toda característica diferente da maioria significa uma patologia.
No mundo da estatística, a curva de distribuição normal( também conhecida como curva de Gauss) explica a probabilidade de distribuição de uma determinada característica em uma dada população.
Introdução à Psicologia
AULA 04
Abordar a questão da doença mental, sob o enfoque psicológico, significa considerá-la como produto da interação das condições de vida social com a trajetória específica do indivíduo (família, demais grupos e experiências significativas) e sua estrutura psíquica.
Neste contexto as condições externas (poluição sonora, violência urbana, perdas) devem ser entendidas como determinantes ou desencadeadoras da doença mental ou propiciadoras e promotoras da saúde mental, isto é, da possibilidade de realização pessoal do indivíduo em todos os aspectos de suas capacidades.
Introdução à Psicologia
AULA 04
HISTÓRIA DA LOUCURA
Os principais estudos sobre a história da loucura foram realizados pelo filósofo francês Michel Foucault, mostrando interessantes características.
Na idade média e no renascimento eram raros os casos de internação de loucos em hospitais e, quando isso ocorria, recebiam o mesmo tratamento dispensado aos demais doentes, com sangrias, purgações, ventosas e banhos.
Nos séculos 17 e 18 os critérios para definir a loucura referiam-se à transgressão da lei e da moralidade dominante.
Introdução à Psicologia
AULA 04
HISTÓRIA DA LOUCURA
Em 1656 foi criado, em Paris, os Hospital Geral que era uma instituição assistencial que retirava das ruas os “devassos”, os “feiticeiros”, os “libertinos” e os “loucos”. O critério de exclusão baseava-se na inadequação do louco à vida social.
No final do século 18 surgiu a primeira instituição destinada à reclusão dos “loucos”: o asilo.
Os métodos terapêuticos utilizados no asilo eram a religião, o medo, a culpa, o trabalho, a vigilância e o julgamento. A ação da psiquiatria era moral e social; iniciando a medicalização.
Introdução à Psicologia
AULA 04
A CONTRIBUIÇÃO DE SIGMUND FREUD
Para a psicanálise o que distingue o normal do anormal é uma questão de grau e não de natureza.
Nos indivíduos normais e anormais existiriam as mesmas estruturas de personalidade e de conteúdos. Estas seriam as estruturas neuróticas e psicóticas.
Introdução à Psicologia
AULA 04
NEUROSE
Os sintomas neuróticos seriam a expressão simbólica de um conflito psíquico que tem suas raízes na história infantil do indivíduo.
Neurose obsessiva – envolve comportamentos compulsivos.
Neurose fóbica ou histeria de angústia – a angústia é fixada, de modo mais ou menos estável, num objeto exterior, isto é, o sintoma central é a fobia, o medo.
Neurose histérica ou histeria de conversão – o conflito psíquico simboliza-se nos sintomas corporais de modo ocasional, isto é, como crises.
Introdução à Psicologia
AULA 04
Paranóia – caracteriza-se por um delírio mais ou menos sistematizado, articulado sobre um ou vários temas.
PSICOSE - Refere-se a uma perturbação intensa do indivíduo na relação com a realidade. Na psicose ocorre uma ruptura entre o ego e a realidade, ficando o ego sob domínio do id.
Esquizofrenia – caracteriza-se pelo afastamento da realidade, o indivíduo entra em um processo de centramento de si mesmo.
Mania e melancolia ou psicose maníaco depressiva – caracteriza-se pela oscilação entre o estado de extrema euforia e estados depressivos.
Introdução à Psicologia
AULA 04
Determinadas áreas do conhecimento científico estabelecem padrões de comportamento ou de funcionamento do organismo sadio ou da personalidade adaptada.
Esses padrões referem-se às médias estatísticas do que se deve esperar do organismo ou da personalidade.
Entretanto o conceito de normal e patológico é relativo, recebendo fortes influências sócio-culturais.
Por exemplo: existem registros de internações, na década de 50, em São Paulo, de mulheres que apresentavam um comportamento sexual avançado para a época (não preservar a virgindade até o casamento).
Da mesma forma é possível observar-se o uso dos rótulos de doença mental com fins políticos. 
Introdução à Psicologia
AULA 04
ANTIPSIQUIATRIA
Em oposição às abordagens tradicionais da doença mental surgem outras que questionam o conceito de normalidade e os tratamentos propostos. 
Surge assim a antipsiquiatria que afirma que a doença mental é uma construção da sociedade e não existe em si.
A antipsiquiatria e a psiquiatria social denunciaram
a manipulação do saber científico , a retirada da humanidade e a utilização de condições perversas de tratamento.
Introdução à Psicologia
AULA 04
PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL
A prevenção da doença mental significa criar estratégias para evitar o seu aparecimento, implicando na utilização de ações no meio social.
A promoção da saúde mental implica pensar o homem como totalidade, isto é, como ser biológico, psicológico e sociológico e, ao mesmo tempo, em todas as condições de vida que visam propiciar-lhe bem estar físico, mental e social.
Introdução à Psicologia
AULA 04
SER DIFERENTE É NORMAL
Autores : Adilson Xavier e Vinicius Castro
Todo mundo tem seu jeito singular
De ser feliz, de viver e de enxergar
Se os olhos são maiores ou são orientais
E daí, que diferença faz?
 
Todo mundo tem que ser especial
Em oportunidades, em direitos, coisa e tal
Seja branco, preto, verde, azul ou li
E daí, que diferença faz?
Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente: Ser diferente é normal.
Sha-na-na-na
Ser diferente é normal.
Todo mundo tem seu jeito singular
De crescer, aparecer e se manifestar
Se o peso na balança é de uns quilinhos a mais
E daí, que diferença faz?
 
Todo mundo tem que ser especial
Em seu sorriso, sua fé e no seu visual
Se curte tatuagens ou pinturas naturais
E daí, que diferença faz?
Introdução à Psicologia
AULA 04
AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
Introdução à Psicologia
AULA 04

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando