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Psicologia da Personalidade - Visão de Freud

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O Enfoque de Freud 
A teoria psicanalítica, proposta por Freud, exerceu e exerce grande influência na teoria da personalidade. O trabalho de Freud afetou de modo amplo e profundo a forma de pensar a personalidade na Psicologia e na Psiquiatria, como também causou enorme impacto em nossa maneira de encarar a natureza humana. Muitas teorias da personalidade são derivações da teoria psicanalítica. Outras se opõem a ela. 
Histórico
Freud nasceu em 1856, na Alemanha e viveu na Áustria a partir dos 4 anos. Tornou-se médico neurologista em Viena e começou a analisar a personalidade das pessoas que sofriam de distúrbios mentais. Freud propôs a hipótese segundo a qual os problemas emocionais teriam origem sexual. Isso se deu na chamada Era Vitoriana - 1837 e 1901, em que havia rígidos valores morais policiando a sociedade. Freud achava que os traumas sexuais nos primeiros anos de vida provocavam um comportamento neurótico na fase adulta. 
A construção da teoria de Freud
 A teoria de Freud foi construída com base nos relatos de seus pacientes, examinando experiências e lembranças de infância mediante estudos de caso e análise dos sonhos. O trabalho teórico de Freud ficou conhecido e ele formou um grupo de discípulos para aprender o seu novo sistema. Entre eles estavam Carl Jung e Alfred Adler, que posteriormente romperam com Freud e desenvolveram suas próprias teorias. 
As Forças Propulsoras da Personalidade 
Instintos ou Pulsões: 
 São os elementos básicos da personalidade, as forças motivadoras que impulsionam o comportamento e determinam o seu rumo.
 A fim de obter satisfação, a energia psíquica pode ser canalizada para diversas atividades (estritamente sexuais ou não).
Freud acreditava que a energia psíquica podia ser deslocada para objetos substitutos e esse deslocamento era de extrema importância para determinar a personalidade de uma pessoa.
Todos os interesses, preferências e atitudes que mostramos quando adultos eram deslocamentos de energia dos objetos originais que satisfaziam as necessidades instintivas. 
Tipos de Instintos:
 Instintos de Vida :
Têm o objetivo de assegurar a sobrevivência do indivíduo e da espécie, tentando satisfazer a necessidade de comida, água, ar e sexo;
São orientados para o crescimento e desenvolvimento;
Libido – energia psíquica manifestada pelo instinto de vida sexual, que pode ser investida na representação dos objetos (catexia). O sexo é o instinto de vida considerado mais importante por Freud. Sexo (sexualidade) refere-se não apenas ao erótico, mas também a quase todos os comportamentos e pensamentos prazerosos. 
As pessoas são seres que buscam predominantemente o prazer e grande parte da personalidade gira em torno de inibir ou reprimir nossos desejos sexuais.
Instintos de Morte:
Se opõem aos instintos de vida. As pessoas têm o desejo inconsciente de morrer. 
Um dos componentes do instinto de morte é o impulso agressivo, descrito como o desejo de morrer voltado para objetos que não são o self. Ele nos compele a destruir, subjulgar e matar.
Enquanto o instinto de vida busca o prazer, o instinto de morte é o impulso inconsciente na direção da degeneração, da destruição e da agressão.
Personalidade dividida em 3 níveis: 
Consciente (Cs): inclui todas as sensações e experiências das quais estamos cientes em todos os momentos. Constituem uma pequena parte da nossa personalidade, como a ponta de um iceberg. 
Inconsciente (Ics): parte mais importante, maior e invisível, abaixo da superfície. Contém a força propulsora por trás de todos os comportamentos. E é o depósito de forças que não conseguimos ver ou controlar. 
Pré-consciente: intermediários entre Cs e Ics. Depósito de lembranças, percepções e ideias das quais não estamos cientes no momento, mas que podemos facilmente trazer para o Cs. 
A Estrutura da Personalidade:
Além dos três níveis de personalidade, Freud postulou também três estruturas básicas na anatomia da personalidade: o Id (Isso), o Ego (Eu) e o Superego (Supereu).
Id/Isso: é o reservatório dos instintos e da libido, além de ser uma estrutura poderosa da personalidade, porque fornece toda a energia para o Ego/Eu e o Superego/Supereu.
O Id/Isso está diretamente relacionado à satisfação das necessidades corporais. Age de acordo com o princípio do prazer, por meio da sua preocupação com a redução da tensão, do aumento do prazer. Não tolera atrasos ou adiamantos da satisfação por nenhum motivo. Ele só conhece a gratificação estantânea, nos conduz ao que queremos quando queremos, sem levar em consideração o que os outros querem. É uma estrutura egoísta que busca prazer, é primitiva, amoral, insistente e impulsiva. 
Não tem consciência da realidade. Pode-se compará-lo a um bebê recém-nascido que chora e agita as mãos quando suas necessidades não são atendidas, mas que não sabe como buscar satisfação.
A criança com fome não consegue achar comida sozinha. As únicas maneiras pelas quais o Id tenta satisfazer suas necessidades são o ato reflexo e o desejo ou fantasia (processo primário).
O processo primário é o raciocínio infantil (primitivo) pelo qual o Id tenta satisfazer os impulsos instintivos. 
Ego/Eu: com a socialização a criança aprende que precisa adiar o prazer até poder satisfazê-lo, ou seja, não pode dar vazão indiscriminadamente aos desejos sexuais e agressivos. 
Aprende a lidar inteligentemente e racionalmente com o mundo exterior e desenvolver percepção, reconhecimento, julgamento e memória para satisfazer suas necessidades (processo secundário).
O processo secundário é o aspecto racional da personalidade responsável pela orientação e controle dos instintos , de acordo com o princípio da realidade.
O Ego tenta adiar ou redirecionar a satisfação do Id em função das exigências da realidade. Percebe e manipula o ambiente de forma prática e realística – opera de acordo com a realidade – princípio pelo qual o Ego opera para providenciar as limitações adequadas à expansão dos instintos do Id. 
Mediador entre Id e a realidade;
Responde às demandas do Id e extrai dele o seu poder e energia;
Mestre racional que controla e adia a satisfação para não ser dominado e subvertido pelo Id.
 É protegido por mecanismos de defesa inconscientes.
A personalidade está em constante luta: o Ego tentando reprimir o Id ao mesmo tempo em que o atende, percebendo e manipulando a realidade para aliviar as tensões dos impulsos dele.
A personalidade anda numa corda bamba entre as demandas do Id e as demandas da realidade, ambas requerendo vigilância constante. 
Superego/Supereu:
 Poderoso conjunto de ordens ou crenças que adquirimos na infância: o nosso conceito de certo e errado. É a moralidade interna, o lado moral da personalidade, geralmente adquirido por volta dos 5 ou 6 anos. No início é constituído das regras de conduta estipuladas pelos nossos pais.
Tem 2 partes:
Consciência: comportamentos considerados bons ou maus pelos pais, pelos quais a criança foi ou será punida.
Ideal do Ego: constituído de comportamentos bons ou corretos, pelos quais a criança foi elogiada (comportamentos ideais pelos quais a criança deve lutar). 
A criança aprende um conjunto de regras que são aceitas ou rejeitadas por seus pais. 
Com o tempo, introjetam esses ensinamentos e as recompensas ou castigos tornam-se autoadministrados. 
O controle dos pais é substituído pelo autocontrole. 
Passamos a nos comportar de acordo com as diretrizes morais agora em grande parte ics.
Como resultado dessa introjeção, experimentamos culpa ou vergonha sempre que agimos (ou pensamos em agir) em desacordo com o código moral. 
O Superego é implacável e até cruel como árbitro da moralidade, na sua busca pela perfeição moral.
Seu objetivo é inibir totalmente as demandas de busca de prazer do Id, em especial as relativas a sexo e agressão.
Busca a perfeição moral. Coloca a moralidade acima de tudo.
O Ego fica no meio, pressionado por essas forças insistentes e opostas, e tem agora um terceiro mestre: o Superego. 
O Ego é ameaçado por 3 perigos: Id, realidadee Superego. Como resultado inevitável desse confronto, quando o Ego é excessivamente pressionado, surge a ansiedade (angústia). 
Ansiedade: uma ameaça ao Ego
Ansiedade: um temor sem motivo aparente.
3 tipos de ansiedade:
Ansiedade frente ao real: envolve o medo frente ao medo de perigos tangíveis no mundo real. O medo diminui quando a ameaça não está presente; 
Ansiedade neurótica: conflito entre o Ego e o Id – medo do que pode acontecer como consequência de satisfazer certos impulsos do Id; 
Ansiedade moral: conflito entre o Id e o Superego. É o medo da nossa consciência que surge quando expressamos um impulso instintivo que não está de acordo com o seu código moral, o Superego se vinga fazendo com que sinta vergonha ou culpa. Quanto mais rigoroso é o Superego da pessoa, mais ansiedade moral ela sente. 
Mecanismos de Defesa
Frente ao sinal de alerta da ansiedade, o Ego busca reduzir a tensão. A ansiedade alerta o indivíduo de que o Ego está sendo ameaçado e, se não tomar uma atitude, este poderá ser subvertido.
Para se proteger, o Ego pode fugir da situação ameaçadora ou obedecer as ordens da consciêcia. Se nenhuma das técnicas racionais funcionar, a pessoa pode recorrer aos mecanismos de defesa.
Mecanismos de defesa: estratégias não racionais, ics, elaboradas para defender o Ego. 
Freud postulou vários mecanismos de defesa e observou que raramente utilizamos apenas um. Em geral nos defendemos contra a ansiedade utilizando vários deles ao mesmo tempo.
Todos os mecanismos de defesa compartilham duas características: 
São negações ou distorções da realidade
Operam inconscientemente (não temos consciência deles) 
Os mecanismos de defesa são:
REPRESSÃO: envolve a negação inconsciente da existência de algo que causa ansiedade;
NEGAÇÃO: envolve a negação da existência de uma ameaça externa ou evento traumático;
FORMAÇÃO REATIVA: envolve a expressão de um impulso do Id, que é oposto àquele que está realmente motivando a pessoa; 
PROJEÇÃO: envolve atribuir um impulso perturbador a outra pessoa;
REGRESSÃO: envolve voltar a um período anterior menos frustrante da vida e exibir as características de comportamentos normalmente infantis dessa época mais segura;
RACIONALIZAÇÃO: envolve a reinterpretação do nosso comportamento para torná-lo mais aceitável e menos ameaçador para nós;
DESLOCAMENTO: envolve deslocar impulsos do Id de um objeto ameaçador ou indisponível para um outro possível – Ex.: problema com o pai/ qualquer autoridade.
SUBLIMAÇÃO: envolve alteração ou deslocamento de impulsos do Id transformando energia instintiva com comportamentos socialmente aceitáveis. 
Estágios do Desenvolvimento da Personalidade 
As crianças passam por fases psicossexuais de desenvolvimento definidas pelas zonas erógenas do corpo (fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência e fase genital).
A fase oral engloba dois tipos de comportamento: oral incorporador e oral agressivo;
A fase anal envolve a primeira interferência na satisfação do impulso instintivo;
A fase fálica envolve o complexo de Édipo, os desejos sexuais inconscientes pelo pai ou pela mãe (sexo oposto) e os sentimentos de rivalidade e medo em relação ao pai ou à mãe (mesmo sexo). 
Os meninos desenvolvem a ansiedade de castração e as meninas, inveja do pênis.
Os meninos resolvem o seu complexo de Édipo identificando-se com o pai, adotando os mesmos padrões do superego do pai, e reprimindo o seu desejo sexual pela mãe.
As meninas são menos bem-sucedidas na resolução do se complexo, o que as deixa com superegos mais pobremente estruturados.
Durante o período de latência, o instinto sexual é sublimado nas atividades escolares, nos esportes e nas amizades com pessoas do mesmo sexo.
A fase genital, na puberdade, marca o início das relações heterossexuais.
A visão freudiana da natureza humana é pessimista. Segundo ela, estamos fadados à ansiedade, à frustração dos impulsos, à tensão e ao conflito. O objetivo da vida é reduzir a tensão.
Grande parte da natureza humana é herdada, mas parte dela é aprendida por meio de interações pais-filho.
	
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