CONTABILIDADE APLICADA 2015 INDIVIDUAL

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 SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO.....................................................................................�-5-6-7
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................8
4 BIBLIOGRAFIA........................................................................................................9
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INTRODUÇÃO
 
 A degradação do ambiente natural vem sendo pauta em inúmeras discussões em várias partes do mundo. Este problema se agrava principalmente pelo desgaste gerado pelo excesso de exploração e extração dos recursos naturais como fonte de matéria prima nos processos industriais que aquecem a economia e garantem o desenvolvimento e a sobrevivência humana. Toda a forma encontrada para amenizar esse impacto e até mesmo tentar reverter essa realidade deve ser levada em consideração, visto que é um assunto de utilidade pública. Ao longo dos anos, milhões são arrecadados aos cofres públicos com o objetivo de serem investidos no bem comum, mas o modo como estes são distribuídos talvez não atenda direta e objetivamente a área ambiental.
 Hoje muitas organizações já desenvolvem projetos ambientais pensando em uma maneira de amenizar a degradação, e também como forma de associar a marca com a consciência ecológica, sem receber incentivos fiscais. Criando incentivos esse número tenderia a aumentar e provavelmente haveria ganhos para ambos os lados.É o que mostraremos a seguir.
 
DESENVOLVIMENTO
 
Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades de todos os seres vivos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Também está relacionada ao desenvolvimento econômico, porém sem agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente para que eles se mantenham no futuro. Reflete-se nas organizações empresariais, e também no setor público.
Disseminar a ideia do consumo com sustentabilidade no setor público é um grande desafio, mas que já tem se tornado realidade no Brasil. Um acordo feito entre 21 órgãos públicos federais estipulou a meta de redução de 10% dos gastos e se todas as entidades do executivo aderissem à proposta seriam economizados cerca de dois bilhões de reais em um ano.
 O objetivo geral da ação é melhorar a qualidade do gasto público por intermédio da eliminação do desperdício e da melhoria contínua da gestão dos processos, com a finalidade de aperfeiçoar a prestação de bens e serviços aos cidadãos. Um exemplo de como os gastos com materiais vão além do necessário e podem ser reduzidos. O desperdício anual com papéis no setor público é de em média quatro mil folhas por servidor o que equivale a quase 20 mil árvores, na área dos produtos plásticos, por exemplo, são cerca de 500 copos desperdiçados por cada servidor no período de um ano, isso representa a despesa de um milhão de reais, outro ponto que merece destaque são as compras públicas estima-se que elas movimentam cerca de 10% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. O objetivo específico da sustentabilidade no setor público é:
Promover o uso eficiente dos recursos públicos.
Estimular a troca de boas práticas.
Conscientizar os servidores públicos.
Incentivar o desenvolvimento de estudos para aprimorar a qualidade do gasto.
Uma eficiente ferramenta da sustentabilidade no setor são as compras publicas, que também podem ser entendidas como forma de sustentabilidade, é possível planejar estrategicamente essas compras para que elas se tornem políticas públicas voltadas para objetivos sociais e também ambientais, um exemplo desse tipo de compra é o PAA (programa de aquisição de alimentos) que tem por objetivo garantir o acesso aos alimentos em quantidade, qualidade e regularidade necessárias às populações em situação de carência alimentar e nutricional e promover a inclusão social no campo por meio do fortalecimento da agricultura familiar. O programa adquire os produtos com isenção de licitação, incentivando os agricultores ao cultivo de produtos sem agrotóxicos. Outro bom exemplo é o papel reciclado, em 2007 quando recém lançado esse tipo de material custava muito mais caro que o papel branco e hoje já é possível encontrar pelo mesmo valor. O setor público é um grande comprador, e se ele opta por produtos sustentáveis, estará incentivando a toda a sociedade consumidora e também a empresa sustentável, os produtos sustentáveis ainda são caros, mas a questão “valor” é relativa quando o que está em questão é o meio ambiente, a qualidade da água, do ar e sol então isso é muito questionável, nesse contexto entra a questão do melhor gasto, que nem sempre é o menor, mas o que atende ao interesse tanto da administração quanto da sociedade. O maior desafio para o setor público é mudar a cultura externa do local, mudar a mentalidade do servidor, isso pode ser feito de diversas formas procurando sensibilizar o servidor, apresentando-lhes as responsabilidades de cada um junto ao meio ambiente, e o setor impor metas de economia, colocar cartazes educativos para a sociedade tomar consciência que todos têm responsabilidade dentro dessa política de preservação, desde quem produz quem importa quem fabrica quem consome até quem descarta.
 A sustentabilidade no setor público traz também oportunidades de melhorias para diversos seguimentos, na agropecuária para os cultivadores de verduras orgânicas, as empresas de descarte, de reciclagem, e de preservação ao meio ambiente.
 No Terceiro Setor é preciso que as entidades entendam seu papel, atuem com ações conjuntas e busquem sempre o aperfeiçoamento por meio da capacitação continuada. Sustentabilidade é a corrente que movimenta o motor do planeta, onde cada peça é importante, mas que não funciona de forma isolada. Pensando nisso os governos oferecem incentivos fiscais as empresas que aderem à sustentabilidade. No IV seminário de ciências sociais aplicadas em maio de 2014, o tema discutido foi sobre os incentivos fiscais concedidos a empresas que visam a proteção do meio ambiente, esse estudo tratou da utilização dos benefícios fiscais ambientais como instrumento de preservação ambiental. Começando pela Constituição Federal de 1988 Art.255 que defende o direito e a obrigação pelo meio ambiente.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder público a à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. (BRASIL, 1988).
 Assim se cria os incentivos fiscais, que é uma ferramenta que o Estado usa na economia para impulsionar um determinado setor econômico. É caracterizada pela renuncia parcial ou total de algum tributo de acordo com Melo (2003, p. 233-234) estão classificados por vantagens fiscais, financeiras, creditícias e operacionais:
a) Fiscais: isenção de imposto para novas empresas, sem produção similar no Estado, válida por determinado período de tempo; isenção ou redução do imposto para situações e produções especiais; postergação dos prazos de pagamento; adiamento do pagamento do imposto por longo prazo; isenção ou redução do imposto sobre produtos específicos destinados ao exterior.
b) Financeiros: aquisição de ativos fiscais; formação de recomposição de capital de trabalho;
 do pagamento do imposto; participação acionária, financiamento do pagamento para o desenvolvimento tecnológico; financiamento para empresas de turismo.
c) Estímulo para infraestrutura: venda de lotes e galpões por preços reduzidos; permuta de terrenos para localizaçãode empresas; doação de áreas de lotes industriais; implementação de áreas e distritos industriais.
d) Outros estímulos: simplificação do processo de registro de empresas; simplificação de processos de licitações para pequenas empresas; assistência técnica na elaboração do projeto; apoio á formação de capacitação pessoal.
 Para conseguir que o Estado conceda algum destes tratamentos existentes, é necessário que a empresa desenvolva projetos de responsabilidade social. O projeto precisa ser aprovado e acompanhado pelos ministérios aos quais competem o fazer. Assim, os interessados podem usufruir dos benefícios oferecidos, seja em forma de redução, postergação e abatimento de recolhimento de um determinado imposto, destinando essa quantia a alguma atividade beneficente de caráter coletivo regulamentado.
 Falando-se agora da gestão empresarial que adere a sustentabilidade destacam-se três fatores importantes:
Ambiental: Toda empresa utiliza de maneira direta ou indireta os recursos naturais, a partir do momento que uma organização adota uma postura sustentável, ela passa utilizar estes recursos de maneira mais racional. Algumas atitudes, por mais que pareçam pequenas podem ajudar a diminuir diversos impactos ambientais.
Social: Uma empresa exerce grande influência social e a partir do momento que se compromete a oferecer produtos, prestar serviços e adotar atitudes diferenciadas, deixa claro qual é a sua postura dentro da sociedade. A empresa serve de exemplo aos seus funcionários e aos seus stockholders de forma geral, que são motivados a mudar os seus atos e serem mais conscientes quanto ao meio ambiente.
Econômico: Do ponto de vista financeiro, ser uma empresa sustentável pode ser também bastante lucrativo. A começar pelos recursos naturais, se você utilizá-los da melhor maneira, pode ter menos gastos, reaproveitando os materiais evita desperdícios. Sem contar que hoje o governo já oferece para as empresas sustentáveis diversos incentivos fiscais, como a facilidade de créditos e a isenção de determinados impostos.
 Nesse contexto a empresa Faber Castell é referência mundial em sustentabilidade, e isso de deve ao seu comprometimento em obter os melhores resultados, aliando suas estratégias econômicas com a preocupação ambiental. A matéria prima utilizada na fabricação de lápis provém de madeira de áreas de reflorestamento, e a produção diária no Brasil chega a atingir seis milhões, a qual abastece o mercado interno e ainda é exportada para cerca de 70 países. No processo do Eco lápis toda a madeira é reaproveitada para evitar desperdícios, os galhos, folhas e casca são devolvidas ao solo para decomposição natural, a serragem gera energia e produz chapas e as cinzas vão para a indústria de cimento.
 Todo esse processo ambientalmente correto também é economicamente viável. No âmbito econômico a empresa vem apresentando taxas significativas de crescimento. Os resultados positivos alcançados devem-se aos investimentos para produzir e atender com a melhor qualidade possível, além de melhorias no relacionamento com os clientes, fornecedores, colaboradores e respeito à legislação. A crescente busca por inovação e a qualidade superior de seus produtos faz da empresa a maior do setor e consequentemente com resultados financeiros positivos. A Faber Castell sempre procurou atuar como uma empresa proativa foi a pioneira na implantação de algumas ações sociais e ambientais, como seu projeto de plantio de árvores para autossuficiência na produção de lápis que surgiu em 1989, sendo referência para todo o mundo. Hoje o Eco lápis é a marca oficial da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, e toda a madeira utilizada no processo possui certificação de que é manejada de forma ecologicamente correta e economicamente viável.
Conclusão
 Todo o dia vemos exemplos ou novas atitudes sendo tomadas em prol da sustentabilidade, da preservação do meio ambiente, etc. São atitudes louváveis que apresentamos aqui, e que devem ser levadas como inspiração para que cada um de nós enquanto empreendedor, gestor, contador ou cidadão possa fazer a sua parte.
 Devemos todos nós, fazer algo novo para contribuir com a melhoria de nossa própria qualidade de vida. Abandonar velhos hábitos e cultivar novos, a fim de mudarmos o nosso relacionamento com a natureza.
 Dessa forma podemos abrir caminho para que outras pessoas sejam incentivadas da mesma forma mudarem seus hábitos. A conscientização de que existe um problema e que podemos trabalhar para resolvê-lo, é uma longa jornada, mas acreditamos que seja algo possível. Muitas empresas têm trabalhado seguindo novos conceitos de produção e reutilização de recursos, ainda que seja pela vantagem financeira, todos nós somos beneficiados pela redução de danos ao planeta.
 O tempo de mudar é hoje. Precisamos aprender a viver em harmonia, respeitando o que o nosso planeta tem a nos oferecer.
4-BIBLIOGRAFIA
NIEHUES, Mondardo Evandria; SORATO, Kátia; YAMAGUCHI, Cristina; Incentivos Fiscais Concedidos Empresas que Visam a Proteção do Meio Ambiente, UNESC, 2014.
NASCIMENTO, M.Carlos; NASCIMENTO, M.Regiane; CAETANO, Rogério; Sustentabilidade como estratégia para o sucesso empresarial: Um caso aplicado pela Faber Castell, 2010.
GUERRA, Hélio, LARANJEIRA, Lilian; COUTINHO Octacília; VIDAL, Rosimeire; ANDRADE, Sandra; Eco Sustentabilidade, 2010.
STHEPENS, Moore; As vantagens de ser uma empresa sustentável, 2010.
 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
ciências contábeis
MORGANA SCHRARSTZHAUPT
CONTABILIDADE APLICADA
CAXIAS DO SUL
2015
MORGANA SCHRARSTZHAUPT
 CONTABILIDADE APLICADA
Trabalho de Conclusão 6º Semestre Individual apresentado, UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Contabilidade do Setor Público, Métodos Quantitativos e Contabilidade Social Ambiental.
Orientador: Prof.ª Carla Ramos, Valdeci da Silva Araújo e Regiane Brignoli Moraes.
Caxias do Sul
2015