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Esportes Individuais
Prof. Me Jefferson Sousa
Fatores de Desempenho 
O que é Fator de Desempenho?
elemento que pode influenciar a capacidade de um atleta de executar bem em sua modalidade esportiva. 
incluem fatores físicos, técnicos, táticos, psicológicos e ambientais.
Os fatores físicos incluem características como a força, resistência, flexibilidade, velocidade, potência e coordenação. 
Fatores de Desempenho 
Os fatores técnicos referem-se às habilidades específicas requeridas para realizar a modalidade esportiva, como a técnica de arremesso em basquete ou a técnica de natação em natação.
Os fatores táticos incluem a compreensão da estratégia de jogo, a capacidade de tomar decisões rápidas e precisas, e a capacidade de ler e reagir às situações em jogo. 
Fatores de Desempenho 
 Os fatores psicológicos incluem a motivação, a confiança, o foco, a resiliência e a capacidade de lidar com a pressão.
Por fim, os fatores ambientais referem-se às condições externas que podem afetar o desempenho de um atleta, como as condições climáticas, a qualidade do equipamento e a qualidade da alimentação e hidratação. 
Todos esses fatores podem interagir e influenciar o desempenho em esportes individuais e em equipe.
Fatores de Desempenho 
Influências no desempenho em modalidades esportivas individuais são complexas e específicas para cada modalidade.
As variáveis envolvidas em cada modalidade são fundamentais para definir e sistematizar o treinamento.
Algumas modalidades são combinadas, ou seja, envolvem mais de um tipo de habilidade ou movimento.
Algumas modalidades apresentam mais de um tipo de combinação.
Fatores de Desempenho 
Nesse sentido as combinações podem ser dadas:
Pelo espaço de prática – espaços diversos de prática na mesma competição. Exemplo: pista, rua, meio líquido (mar ou piscina);
Nível de previsibilidade – atividades previsíveis e imprevisíveis. Exemplo pentatlo moderno: atividades cíclicas (corrida), hipismo e esgrima;
Fatores de Desempenho 
Tipo de tarefa – atividades cíclicas, acíclicas, habilidades discreta, seriada e contínuas;
Tipo de qualidade física – exemplo, o pentatlo moderno, que contém o tiro, além da esgrima, da corrida e do hipismo;
Tipo de atividade – decatlo, triatlo, pentatlo etc.
Tipo de qualidade física requerida – força, velocidade, resistência etc.
Fatores de Desempenho 
A pergunta que fica é a seguinte: Como realizar o processo de treinamento dessas modalidades?
A especificidade é uma variável importante no desempenho esportivo
As modalidades com combinações complexas tornam a preparação física mais difícil de organizar e manter
As principais competições dessas modalidades são geralmente em número reduzido
Isso permite que os atletas tenham um tempo maior de preparação do que tempo de competição.
Fatores de Desempenho 
O tempo de preparação maior em modalidades com competições reduzidas permite um planejamento focado em diversas qualidades físicas e associado à realidade da competição
O período de preparação para os condicionantes gerais é maior do que para os condicionantes específicos nessas modalidades
As vias metabólicas e o corpo do atleta são altamente exigidos nessas competições devido às complexas combinações requeridas.
Fatores de Desempenho 
A modalidade requer dos atletas um processo de preparação geral diferenciado
A modalidade não tem especialidades, o que exige que os atletas tenham bem desenvolvidas todas as qualidades físicas
Isso demanda um processo de preparação física complexo
Os atletas precisam desenvolver força, resistência, flexibilidade, velocidade, potência, coordenação e outras qualidades físicas para se saírem bem na modalidade.
Treinamento a longo Prazo
Baseado nas capacidades adaptativas do atleta a ser treinado.
O treinamento é uma ferramenta direta para a adaptação do atleta.
Modalidades individuais: adequar estímulos propostos, utilizá-los em ações motoras eficientes, econômicas e produtivas na competição.
Para isso, o técnico deve entender que adaptação é o processo de afinar o corpo às condições que afetam sua zona de conforto, ou seja, o equilíbrio.
Treinamento a longo Prazo
Profissionais de Educação Física devem estar atentos às exigências de cada modalidade esportiva e suas demandas e adequar as competências e as capacidades do aprendiz.
A imprevisibilidade de desportos de combate é tão grande que é impossível prever resultados apenas com base na preparação do atleta, diferente das modalidades mais previsíveis, fechadas e estáveis, como natação, ciclismo e corrida. Neles, é possível manter por muito tempo o estereótipo do movimento e as respostas adaptativas seguem uma orientação que raramente muda. 
Treinamento a longo Prazo
De acordo com Courneya e Carron (1991; 1992), existem cinco importantes variáveis relacionadas que devem ser assistidas no processo de preparação e, se possível, previstas com a maior precisão possível:
a definição do local de realização da competição; 
o comportamento dos torcedores; 
as instalações e os equipamentos;
as condições geográficas e climáticas; 
o caráter da arbitragem.
O processo de adaptação ao treinamento em esportes individuais
O ato de se adaptar a algo está relacionado a um estímulo estressante ou a um estímulo que quebra a homeostase (equilíbrio). 
O estímulo extremamente forte ou sua ação for prolongada ocorrerá no estágio final da síndrome do estresse – a exaustão. 
Se o estímulo não está além das reservas adaptativas do organismo ocorrem a mobilização e a distribuição de energia e reservas da estrutura do organismo. 
Síndrome da adaptação geral (GOMES, 2009)
Fase de alarme: ocorrerão a intensificação do metabolismo para o aumento da produção de energia, o crescimento na velocidade de síntese hormonal e a aceleração dos processos de síntese de substratos energéticos. 
Fase de resistência: nessa fase, ocorrerá a substituição dos mecanismos imediatos de adaptação por conta de mudanças funcionais e estruturais de longo prazo, além de mobilização de recursos energéticos e estruturais do objetivo principal do treinamento esportivo. 
Síndrome da adaptação geral (GOMES, 2009)
Fase de esgotamento: momento em que a velocidade de síntese dos sistemas anteriores não acompanha a continuidade do estímulo estressor. As estruturas celulares perdem a capacidade de funcionar em regime normal, dando início ao estado patológico.
Treinamento físico
O treinamento físico é baseado em estímulos controlados com auxílio de métodos, técnicas e ferramentas para atingir um objetivo específico, seja estético, de saúde e/ou desempenho.
Não é possível prescrever treinamentos sem saber o que precisa ser aprimorado. Portanto, nenhum treinamento deve ser prescrito sem o monitoramento dos indicadores e das variáveis necessários.
Para atingir um objetivo definido ou delegar treinamento sem planejamento, exercícios que não contenham esses fatores relevantes não podem ser caracterizados como treinamento. 
Adaptações a longo prazo
Ao planejar uma grande estrutura de treinamento, não se deve focar exclusivamente nas partidas do calendário, mas em todas as outras partidas futuras. A pergunta a ser feita aqui é a seguinte: como o programa anual de treinamento interfere nas condições de preparação para a continuidade da prática do atleta? 
Segundo Gomes (2009), os ciclos de treinamento plurianuais variam de oito a doze anos, abrangendo de dois a três ciclos olímpicos, ou seja, seguindo um processo de treinamento simulado desde a qualificação até o alto rendimento. 
Variáveis que determinam a adaptação a longo prazo
Segundo Matveev (2001), o tempo de implementação das metas de preparação de longo prazo depende de três variáveis:
grau de dificuldade relacionado à implementação das metas;
as regularidades do treino em função da idade de maturação e posterior desenvolvimento do indivíduo e as especificidades individuais do seu desenvolvimento (especificidades em particular da dinâmica dos períodos sensíveis e do desenvolvimento das suas qualidades físicas); 
Variáveis que determinama adaptação a longo prazo
experiência esportiva, qualificação do sistema de treinamento esportivo para participação em partidas e um conjunto de condições sociais que afetam fundamentalmente as atividades esportivas. 
Processo de treinamento esportivo
O processo de treinamento esportivo é determinado pelo processo de treinamento prévio, ou seja, para alcançar melhores resultados, é necessário promover uma preparação gradual, de longo prazo, que respeite o indivíduo em todas as suas fases e em todas as áreas de seu desenvolvimento físico e psicológico. 
Na realidade brasileira, os professores de Educação Física, principalmente nas escolas, querem trabalhar com modalidades não cíclicas e complexas sem antes desenvolver as aptidões físicas básicas dos alunos. 
Processo de treinamento esportivo
Em muitos clubes, o treinamento esportivo para iniciantes envolve modalidades específicas sem uma base de preparação física geral. 
O ambiente de desenvolvimento do talento esportivo nas modalidades
esportivas individuais
As competições são importantes para o desenvolvimento das modalidades esportivas
Formação de cidadãos. 
Valores e regras. 
Respeito ao adversário. 
Saúde
Tipos de competições de esportes individuais
Diferentes modelos de eventos esportivos exigem preparações específicas determinadas por fatores como:
calendário esportivo;
organização segundo o regulamento da competição oficial;
regras oficiais asseguradas pela arbitragem.
Tipos de competições de esportes individuais
De acordo com Platonov (2008), os critérios aplicados para rotular as partidas levam em consideração: metas, objetivos, estilo organizacional e características dos atletas: 
significado (preparatórias, seletivas, principais etc.);
proporções (municipais, regionais, continentais, olímpicas);
tipo de tarefa (de controle, clássicas, seletivas etc.);
caráter organizacional (abertas, fechadas, tradicionais);
idade dos participantes (infantis, juvenis, adultos, veteranos);
gênero dos participantes (feminino ou masculino);
orientação profissional (estudantis, profissionais, amadoras)
Tipos de competições de esportes individuais
No Brasil existem diferentes formatos de competição, tanto em esportes de participação quanto de alto rendimento ou educacional. Cada formato de competição é composto por diferentes conceitos e objetivos específicos. 
Os tipos de partidas esportivas podem variar dependendo do número de participantes, da localização e de sua importância. Nesse sentido, Platonov (2008) considera três formas principais de competição:
Tipos de competições de esportes individuais
1. Forma seletivo-circular – equipes separadas em grupos predeterminados enfrentam os integrantes de seu grupo. Os melhores resultados passam ao torneio seguinte. 
2. Forma mista – todos os atletas participam antecipadamente de três fases. Os vencedores da etapa preliminar se enfrentam em encontros determinados por sorteio e realizados como eliminação direta. 
3. Forma de eliminação direta – o atleta que perde um torneio é automaticamente eliminado. Uma variação consiste na adoção de um maior número de derrotas para eliminação, por exemplo.
Competições em esportes individuais
As competições podem ser individuais, mistas ou em equipes. Em geral, no atletismo, natação e outros esportes individuais são duas etapas: a fase classificatória e a final. Na primeira rodada, serão selecionados os atletas com melhores resultados, que eventualmente participarão da fase final. 
O sistema de competição pode ser usado para delinear uma orientação racional visando otimizar o desempenho. Assim, existem cinco formas de competição que precisam ser consideradas ao definir orientação: 
Competições em esportes individuais
1. Competição preparatória – refere-se às partidas de aperfeiçoamento técnico e tático para adaptação das funções corporais. 
2. Competição de controle – visa avaliar o nível de treinamento de um atleta. Além disso, em uma situação competitiva, permite avaliar as áreas física, motora, emocional e psicológica; destacando seus pontos fortes e fracos. 
3. Competição de ligação – tem o objetivo de aprontar os atletas para o evento principal dentro do quadro macroestrutural de um determinado ano de treinamento. Geralmente é classificada em calendários regulares. 
Competições em esportes individuais
4. Competição seletiva – é muito importante para determinados formatos, pois tende a selecionar atletas para competir em níveis nacional e internacional. No entanto, o nível de treinamento do atleta deve ser alto. 
5. Principais competições – referem-se às principais partidas elaboradas em conjunto com o treinador e a comissão especializada, para as quais o atleta deve atingir sua forma esportiva ideal.
Resultados competitivos
Obtidos por sistemas métricos: condições variáveis (vela) e fixas (atletismo).
Medidos por pontos ganhos (GA). 
Definidos pelo resultado de pontos ou gols no final da disputa (futebol). 
Conclusão de uma ação, independente do tempo de disputa (boxe).
Determinados pelo resultado, independente do tempo (tênis de campo).
Resultados competitivos
Os resultados de modalidades complexas representam a possibilidade de uma interação compensatória benéfica dos resultados alcançados em disciplinas individuais, que são então classificados em um valor geral (biatlo, decatlo, heptatlo)
Calendário e local das competições
São componentes importantes para o planejamento das competições e devem ser divulgados antecipadamente, pois estão diretamente relacionados à preparação dos atletas. 
Devem favorecer todas as equipes participantes. 
O local de realização pode favorecer a equipe da casa, por ter as características mais propícias a seus atletas, além de agregar o fator torcida para melhora do desempenho dos atletas. 
Espaços físicos adequados.
Características físicas e motoras predominantes nas distintas modalidades
esportivas individuais
Para o planejamento de um treinamento é necessário que o profissional de Educação Física conheça as especificidades físicas de cada modalidade. Elementos determinantes físicos se vinculam aos determinantes motrizes, caracterizando o que chamamos de gesto técnico ou técnica esportiva. 
Conhecer o fato de que cada modalidade esportiva conta com uma estrutura de habilidades específicas com seus elementos técnicos.
Características físicas e motoras predominantes nas distintas modalidades
esportivas individuais
É importante reconhecer as diferentes demandas que cada modalidade requer, podendo ser fisiológicas, motoras, cognitivas ou volitivas. Cada modalidade e competição requerem um conjunto de questões a serem levadas em consideração. 
Classificação unidimensional de habilidades
Habilidades motoras grossas/globais: em geral, são habilidades que exigem menor precisão. Segundo Magill (2008), as habilidades motoras fundamentais (arremessar, caminhar, correr, saltar) inserem-se nessa categoria.
Habilidades motoras finas: requerem maior controle de musculatura menor, como aquelas envolvidas na coordenação mãos-olhos e que demandam alto grau de precisão (costurar, desenhar, pintar). 
Em várias modalidades esportivas em que há o conjunto de grandes grupamentos musculares associados com a precisão, essa classificação pode ter limitações na elaboração do treinamento. 
Diferenciação do movimento ou do tipo de tarefa
Habilidades motoras discretas: movimentos têm início e fim bem definidos, como ligar e desligar um interruptor, acionar o pedal de uma embreagem etc.
Habilidades motoras seriais ou seriadas: consistem em uma sequência de habilidades discretas. O ato de dar partida em um automóvel configura-se como uma habilidade serial/seriada, uma vez que exige uma quantidade de movimentos simples, como ligar o carro, pisar na embreagem, engatar a marcha etc. 
Habilidades motoras contínuas: movimentos repetitivos como correr, nadar etc.
Características motoras: aquisição do comportamento motor ideal de acordo
com o tipo de modalidade
Para a aquisição dos elementos motores dos gestos desportivos, há três níveisda preparação técnica:
1) presença de representações motoras dos procedimentos e das ações e tentativas de concretizá-las; 
2) surgimento da perícia motora; 
3) formação da habilidade motora.
Características motoras: aquisição do comportamento motor ideal de acordo
com o tipo de modalidade
Nesse sentido, a perícia motora, bem como os resultados da técnica, sua eficácia, sua estabilidade e sua variabilidade são indicadores precisos da preparação técnica (PLATONOV, 2008). 
Características físicas: qualidades de base e especiais 
Nos esportes individuais, as características físicas estão relacionadas à capacidade física máxima que um indivíduo pode fornecer como prática. Na competição, o atleta está contra seu adversário, contra a natureza ou contra si mesmo. 
Capacidades físicas são natas e podem ser otimizadas ao longo do ciclo vital: 
1. Força + resistência – resistência muscular (capacidade para executar muitas repetições contra determinada resistência por um período prolongado). 
2. Força máxima + velocidade – potência (capacidade para realizar um movimento explosivo no menor tempo possível). 
Características físicas: qualidades de base e especiais 
3. Resistência + velocidade – resistência de velocidade (capacidade de se manter em alta velocidade de movimento)
4. Velocidade + coordenação + flexibilidade + força – agilidade de mudar o próprio corpo de posição no menor tempo possível sem perder equilíbrio e coordenação. 
5. Agilidade + flexibilidade – mobilidade (capacidade para cobrir uma área rapidamente, com um bom senso de oportunidade e coordenação)
Características físicas: qualidades de base e especiais 
As qualidades físicas podem ser divididas em:
de forma física – desenvolvidas seguindo os critérios científicos da preparação física;
de habilidades motoras – concernentes às repetições dos gestos motores intervenientes ao desporto.
O treinamento dessas qualidades não deve se limitar a direcionamento baseado na especificidade das qualidades vivenciadas na competição. Nesse sentido, Gomes (2009, p. 92) cita dois níveis de objetivos para a preparação física, quais sejam:
Características físicas: qualidades de base e especiais 
1) A tarefa do primeiro nível é promover o desenvolvimento multilateral geral das capacidades físicas, que se baseia na ideia do desenvolvimento harmonioso do ser humano e cria a base para o aprimoramento da modalidade esportiva em que é praticado; 
2) A tarefa do segundo nível se relaciona às maiores demandas para o desenvolvimento da capacidade física, destacando assim a especificidade de gênero da modalidade esportiva. Nesse caso, são utilizadas preparações físicas especiais.
Conceito de transferência 
O processo de preparação física obriga o atleta a priorizar o aprimoramento das qualidades físicas básicas e depois transferi-las para as qualidades físicas específicas da sua modalidade.
Para maximizar a eficácia da preparação física e desportiva, os exercícios devem aproximar-se o mais possível, nos níveis físico e motor, da modalidade desportiva. 
Chandler e Brown (2009, p. 284) associam o conceito de transferência, definido como o “grau em que um exercício de treinamento promove adaptação no desempenho. Para maximizar o potencial do 'efeito de transferência do treinamento', um exercício de treinamento deve utilizar níveis aceitáveis de especificidade e sobrecarga relacionados ao padrão de movimento”. 
Conceito de transferência 
Exemplo: atletas que, em seu processo de preparação anual, no início de sua estrutura de treinamento, utilizam exercícios que em nada se aproximam do trabalho motor de sua prática. Nadadores e lutadores, por exemplo, usam treinamento de força e resistência para melhorar essas qualidades e a coordenação geral. 
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