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Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS I. Considerações • Definição: Conjunto de estruturas e dispositivos construídos ou montados junto a um manancial para a retirada de água destinada a um SAA. • Finalidade: - funcionamento ininterrupto – qualquer época do ano; - água: quantidade suficiente e qualidade de água adequada; - facilitar o acesso – operação e manutenção do sistema. • Captação - Superficial: - cursos de água; lagos e represas. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea II. Manancial Superficial � Definição: - fonte de suprimento de água; - rios, lagos e represas; - requisitos mínimos: quantidade e qualidade. � Fatores degradantes: - urbanização; erosão e assoreamento; - recreação e lazer; indústrias e mineração; - resíduos sólidos; córregos e águas pluviais; - resíduos agrícolas; esgotos domésticos. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea III. Medidas de controle dos mananciais � Caráter corretivo: • Implantação de ETE; • No manancial: - eliminação de patógenos; - remoção de algas; - combate a insetos, moluscos e crustáceos; - remoção de lodo do fundo; - aeração da água; - eliminação de vegetação aquática superior; • Instalação de ETA. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � Caráter preventivo: • Sistema de coleta de esgoto, industriais, etc.; • Planejamento do uso e ocupação do solo: - zoneamento; - definição de áreas especiais de proteção; - estabelecimento de faixas sanitárias de proteção; - controle da ocupação do solo. • Controle da erosão; escoamento superficial da água, e da vegetação; • Controle da qualidade da água da represa; • Avaliação prévia de impactos ambientais Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea IV. Qualidade da água � Água para consumo humano • Água potável x Padrões de potabilidade; • Portaria 518/MS: - microbiológico x turbidez; - substâncias químicas; - substâncias radioativas; • Após a desinfecção: - CRL mín. de 0,5 mg/L; obrigatório (mín.) 0,2 mg/L (RD); CL max. 5 mg/L - cloração: pH inferior a 8,0 e TC de 30 min.; Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea • Recomenda ainda: - sistema de distribuição: pH na faixa de 6,0 a 9,5; - teor máximo de Cl2 residual (2,0 mg/L) em qualquer ponto do sistema de distribuição. V. Seleção do manancial � Aspectos considerados: • Garantia de fornecimento de água (quantidade e qualidade); • Proximidade do consumo; • Locais favoráveis a construção da captação; • Transporte de sedimentos pelo curso de água; • Condições futuras; • Q considerada: dia de demanda máxima. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea VI. Captação em cursos de água • Dependente da variação do nível de água: - pequena variação; - grande variação. • Qretirada < Qmin. do manancial� captação a fio d’ água. • Qretirada > Qmin. do manancial� reservatório de regularização � Qmédia do rio > Qretirada; Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea • Local de captação Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea VII. Cuidados na escolha do ponto de captação • formação de bancos de areia; • margens instáveis; inundação • acesso; topografia e geotécnia; VIII. Partes constituintes de uma captação • Barragem, vertedor ou enrocamento; • Tomada de água; • Gradeamento; • Desarenador; • Dispositivos de controle; • Canais e tubulações. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea A. Barragem, vertedor ou enrocamento • Obras executadas em cursos de água; • Ocupa toda sua largura � elevar o nível de água; • Bom funcionamento da captação e das bombas � Barragem • Elemento estrutural; • Criação de reservatório de regularização; • Finalidades: abastecimento (cidades e industrias); hidrelétrica; irrigação; controle de enchentes, regularização de curso d’água, etc. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea • Qmédia > Qnecessária, porém Qmínimas < Qnecessária ; • Água armazenada durante o período chuvoso; • Reserva que cubra o déficit entre a demanda e as Qmínimas durante estiagem. � Barragem de nível • Objetivo: elevar o nível do manancial (cota pré-determinada); • Garantir a submergência � evitar vórtice na tomada de água; • Pequeno porte e altura; extravasor; executada em concreto. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Barragem de nível. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � Vertedor • Estruturas projetadas para elevar o nível da água: alvenaria, pedra, concreto. Vertedor para captação de água. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � Enrocamento • Barragem de nível construída de rocha. Barragem de enrocamento. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea B. Tomada de água • Conjunto dispositivos � conduzir água do manancial para outras partes da captação; • Velocidade nos condutos (livres ou forçados) – deve ser superior a 0,6 m/s. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Captação em curso de água com pequena variação de nível. � T. A. com barragem de nível, gradeamento, caixa de areia e estação elevatória Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � T. A. através de tubulação - Curso de água � transporte intenso de sólidos � tubulação (variação 1,5 m); - Tubulações � ancoradas e protegidas � ação das águas; - Tubulações dotadas de válvulas � interrupção do fluxo � fácil manobra. Tomada de água com caixa de areia, grade e estação elevatória. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Tomada de água com estação elevatória. Tomada de água em dois níveis. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � T. A. através de tubulação: grande variação de nível: - Captação flutuante: mobilidade do conjunto elevatório. Tomada de água flutuante , através de balsa - Sistema de torre de tomada: retirada de grandes vazões (lagos e represas); Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Tomada de água em corpos de água com grande variação denível. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � TA através de um canal - Canal � desvia parte da água do rio para a captação; - No mínimo um dispositivo de admissão (1,5 m do NA). Captação através de um canal. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � TA diretamente por bombas - Dispensável o desarenador; - Indispensável recalque: transferir água do manancial-desarenador; - População < 10.000 hab. Tomada de água por bomba com eixo vertical. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Tomada de água por tubulação horizontal com crivo. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea C. Gradeamento • Dispositivos utilizados nas captações de água superficiais (grades ou telas); • Grades (barras paralelas) � impedir passagem de material grosseiro; • Telas (fios que formam malhas) � reter materiais não retido nas grades. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Grade na captação de água. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea D. Desarenador • Dispositivos de retenção de areia; • Vel. reduzida � processo de sedimentação discreta; • Instalado próximo à tomada de água (mínimo dois). Retirada de areia através de bomba tipo draga. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea E. Dispositivos de controle • Controlar fluxo e permitir operação sistema: comportas/válvulas; • Comportas: interromper o fluxo de água (caixa de areia); Caixa de areia mecanizada. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea F. Canais e tubulações de interligações • Interligações entre as unidade: condutos livres ou forçados (eventualmente por canais abertos); • Solução imposta: topografia do terreno. IX. Captação em represas e lagos � Dependente: - Variação da qualidade da água em função da profundidade; - Aparecimento de algas: camadas superiores; - Camadas inferiores: excesso de MO em decomposição; - Tomada de água: profundidade conveniente � TT de água. - Estrutura fechada, contendo em sua parede diversas entradas de água (cotas diferenciadas). Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Tomada de água através de várias aberturas para a entrada de água. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Tomada de água com entrada de água na parte inferior. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Torre de tomada de água com várias aberturas. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS I. Principais vantagens das água subterrâneas: - Custos captação são baixos – dispensam: barragem, adutora e ETA; - Prazo de perfuração: substancialmente ↓ que as obras de captação; - Construção gradual (conforme a demanda); - Impactos ambientais praticamente ausentes; - Menos vulnerável à poluição; - Qualidade da água (na maioria) excelente; - Não sofre variação sazonal. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea II. Captação: - Lençol freático: poço freático, nascente; galeria de infiltração - Poço tubular (artesiano). � Poços freáticos: - Local; - Riscos de contaminação; - Nível mais alto em relação ao foco de poluição; - À salvo de inundação; - Medidas de proteção; - Retirada da água; - Melhoria: aprofundar o poço; leito filtrante. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Estrutura típica de um poço freático (raso). Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � Nascentes • Fontes naturais � sistema fechado; • Tipo encosta: - Captação em caixa de tomada. Caixa de tomada – fonte de encosta. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Caixa de Tomada da Fonte de Encosta Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea �Galeria de infiltração – fonte de fundo de vale • Aproveitamento: sistema de drenagem; • Sistema de dreno: termina em coletor central; • Sistema drenagem: singelo de linha única; espinha peixe; grelha. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Detalhe para construção de galeria filtrante. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea � Poço tubular profundo (artesiano) - Obra de engenharia (Norma ABNT NBR 12212/1992); - Aquífero artesiano ou confinado; - Poço jorrante; - Nível estático (NE) e nível dinâmico (ND); - Operando-se com máquinas perfuratrizes (sentido vertical); -Métodos de perfuração: percussão; rotativo; rotopneumático; - Totalmente ou parcialmente revestida (geologia); - Instalação da bomba: 10 m abaixo do ND. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Perfil construtivo de um poço tubular. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea 1 - P. Artesiano jorrante: NP está acima da ST a água jorra. 2 - Poço Freático: Captação somente da água do lençol freático. 3 - Poço Artesiano: Captação no interior da rocha. Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea Curso: Saneamento Ambiental – S IV Disciplina: Saneamento I – Prof. Mauricio Barreto AULA 2: Captação de Água Superficial e Subterrânea • Aquíferos Porosos - Os aquíferos onde a água circula através dos espaços vazios (poros) entre os grãos que compõem as rochas (ex. rochas detríticas). • Aquíferos Fraturados – Os aquíferos onde a água circula ao longo de fendas, fraturas, falhas ou outras descontinuidades, em rochas ígneas e metamórficas. • Aquíferos Cársicos – Os aquíferos onde a água circula em cavidades originadas por dissolução de calcários e dolomitos (e mais raramente de gesso e sal gema). A dissolução acontece por infiltração das águas pluviais ao longo de fendas ou outras aberturas, onde circulam, alargando-as constantemente, o que contribui para o aumento da circulação subterrânea e para a contínua intensificação deste processo.
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