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Curso: TECNOLOGIA EM SEGURANÇA PÚBLICA Disciplina: CONTROLE EXTERNO DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA: O PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO JUDICIÁRIO E DA SOCIEDADE. REVISÃO DOS CONTEÚDOS CONTROLE EXTERNO DOS ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA As atividades exercidas pelos Órgãos de Segurança Pública são essenciais na promoção da segurança pública, na preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio público. Ao mesmo tempo, quando tratamos do Estado de direito, ou seja, o Estado regulado por um conjunto de leis, em especial a Constituição Federal, compreendemos que os órgãos da Administração Pública estão sujeitos ao cumprimento daquilo que lei determina para o exercício de suas funções e em prol de toda a sociedade. TIPOS DE CONTROLE O controle interno é exercido pela própria instituição sobre seus membros; no âmbito da própria administração. O controle externo é realizado pela sociedade, por meio dos cidadãos através dos sistemas de Ouvidorias; pelas organizações não governamentais; conselhos comunitários, observatórios, imprensa, além dos Poderes Legislativo, Judiciário e Ministério Público. É desempenhado por órgão alheio à estrutura daquele que é controlado na busca por efetivar mecanismos que assegurem a plena eficácia das ações de gestão governamental. PRINCÍPIOS CONSTITUCI- ONAIS DA ADMINISTRA ÇÃO PÚBLICA Legalidade – todos os órgãos da Administração pública estão vinculados à lei e só agem de acordo com o que esta determina; Impessoalidade - as atividades do poder público devem ser dirigidas aos cidadãos em geral, sem discriminação de qualquer natureza ou margem de pessoalidade por parte dos administradores públicos. O princípio da impessoalidade reforça a ideia de que todos são iguais perante a lei. Moralidade - os atos da administração pública devem respeitar a moral comum, os bons costumes e os princípios consagrados pela massa, como honestidade, boa-fé e ética. Publicidade - reconhece a obrigatoriedade da transparência e corresponde ao direito que os cidadãos têm de conhecer os atos e ações do gestor público. Eficiência - O princípio da eficiência soma-se aos demais princípios constitucionais da Administração Pública para submetê-la ao controle de resultado, ao dever da boa administração, com presteza, perfeição e rendimento funcional. PRINCÍPIOS DO SUSP a) respeito ao ordenamento jurídico e aos direitos e garantias individuais e coletivos; b) proteção dos direitos humanos, respeito aos direitos fundamentais e promoção da cidadania e da dignidade da pessoa humana; c) eficiência na prevenção e repressão das infrações penais; d) participação e controle social; e) uso comedido e proporcional da força; f) publicidade das informações não sigilosas. FORMAS DO CONTROLE EXTERNO DA ATIVIDADE POLICIAL a) Poder Legislativo - competência para criar regras que disciplinam a execução das ações policiais ou estabelecer limites para a atuação dos órgãos policiais. As leis são importantes instrumentos de controle social, funcionam como normas gerais balizadoras das condutas em sociedade. A crítica a essa forma de controle reside na abstração demasiada da norma, com o uso de termos vagos ou incertos que podem dificultar a tomada de decisão pelo agente público e levar a interpretações divergentes sobre o sentido concreto da norma. b) Poder Judiciário – O controle externo pode ocorrer pela via indireta com a apreciação e julgamento de casos concretos levado ao seu conhecimento, seja na valoração de provas produzidas em investigações policiais, seja nas condutas de abuso de poder ou ilegalidades. Atua, ainda, no julgamento de ações que visam resguardar a observância dos princípios constitucionais e dos instrumentos legais no exercício das funções de segurança pública, em prol dos interesses coletivos e da preservação dos direitos fundamentais dos cidadãos. Mais recente, outra forma de controle externo, pela via direta, consiste na instituição do “Juiz de Garantias”, ou seja, a atuação de magistrado na fase das investigações policiais que será responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos fundamentais. c) Ministério Público - instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, com deveres de atuar pela defesa da ordem jurídica, do regime democrático e de interesses sociais e individuais indisponíveis. Dentre as funções institucionais que a Constituição Federal de 1988 conferiu aos membros do Ministério Público está a de exercer o controle externo da atividade policial. Pode ser exercido de forma difusa ou concentrada. O controle difuso é exercido por todos os membros do Ministério Público que atuam na área criminal, por meio do acompanhamento das investigações policiais para aferir o grau de resolutividade, a concretude das ações de investigação e eventuais negligências no impulsionamento dos inquéritos em andamento. E o controle concentrado exercido por membros do Ministério Público com atuação específica para o controle externo, por meio dos Grupos de Controle Externo da Atividade Policial – GCEAP, que devem realizar inspeções periódicas nas unidades policiais, para aferição da efetividade de suas atuações, investigação de casos de tortura etc.