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MANEJO SANITÁRIO Profa Luciene Lomas Santiago Definições: • Profilaxia: controle de doenças por meios variados, através de tratamento preventivo, antes de qualquer sinal clínico surgir. • Metafilaxia: tratamento de uma determinada doença logo após o surgimento dos primeiros sinais clínicos da mesma. É utilizada para controlar a trasnmissão de uma doença a animais que estejam em risco de infecção. O objetivo é reduzir a morbidade pela doença. Profilaxia: • Físicos • Biológicos • Químicos Físicos • Quarentena • Rodolúvio e/ou restrição de movimentação de pessoas e veículos • Separação de animais doentes • Limpeza Limpeza do ambiente • Retirada de restos de alimentos • Limpeza das baias, de cocho e bebedouro diariamente • Escovação da pelagem – ectoparasitas • Construção de esterqueiras Medidas que auxiliam no combate a parasitas, insetos e organismos patogênicos Biológicos • Rotação de pastagens • Separar animais por categorias • Animais mais jovens em áreas mais elevadas • Consórcio de espécies – equinos e ovinos • Principalmente para os animais de lida Químico • Uso de vermífugos, vacinas, medicamentos para prevenção ou retenção de doenças. • Mais usado devido ao trânsito intenso de animais em eventos e esporte Controle de endo/ectoparasitos • Usar vermífugos mediante OPG ou identificação do parasita: evitar resistência pela base farmacológica, conforme a necessidade da propriedade: anti-helmínticos. • Os ectoparasitas – carrapatos: tratamento, controle e prevenção vão depender do parasito em questão, devendo ser avaliada a situação de cada animal e seu ambiente de criação. Controle de Endoparasitas • Integração de vários métodos de controle: reduzir a quantidade de larvas infectantes nas pastagens e reduzindo reinfecções. • Controle de vetores e/ou hospedeiros intermediários - Tratar equinos acima de 2 anos de idade com anti- helmíntico de amplo espectro (benzimidazóis ou lactonas macrocíclicas) - Tratar novos animais antes de serem introduzidos ao rebanho - Utilizar sistema de rotação de pastagens, com o objetivo de reduzir a ingestão de larvas infetantes. Principais Anti-helmínticos • benzimidazóis (fembendazol) • lactonas macrocíclicas • avermectina (ivermectina) • milbemicina (moxidectina) CUIDADO COM USO PREVENTIVO DE ANTI- HELMÍNTICOS • “A principal forma de controle de helmintos em equinos ocorre através da aplicação de anti-helmínticos, realizado de forma preventiva. Porém, este método de manejo sanitário levou ao surgimento de populações parasitárias resistentes, tanto no Brasil como em outros países”. • Controle ESTRATÉGICO do parasitismo, adoção medidas eficazes: redução de gastos com produtos com baixa eficiência, menores perdas causadas por parasitas e redução no desenvolvimento de resistência aos anti-helmínticos. Métodos de Controle de Endoparasitas • Redução na resistência múltipla dos medicamentos usados: - Os vermífugos devem ser utilizados com maior intervalo de tempo - A troca dos grupos farmacológicos devem ocorrer a cada ano. • Rotação de Piquetes • Consórcio com ruminantes • Tratamentos alternativos: - redução de larva infectante nas pastagens -besouros coprófagos, fungos nematófagos - HOMEOPATIA MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS Ectoparasitas • Carrapato: controle de carrapatos no equino, nas pastagens e ambiente • Miíase: limpeza de feridas e uso de larvicidas; controle de moscas • Berne: limpeza de feridas e uso de larvicidas; controle de moscas • Habronema ou ferida de verão: controle de moscas; eliminar o verme adulto do estômago – uso de moxidectina, ivermectina ou abamectina Controle de Habronemose: controle da Musca domestica • Manter a limpeza de baias e áreas externas • Eliminar estercos (esterqueira) e lixos • Aparar grama com frequência • Quarentena para animais recém-chegados • Vermifugar os animais Vacinação – material descartável sem reaproveitamento • Conforme o calendário (?) • Veterinário: estabelecer um protocolo de vacinas mais personalizado de acordo com cada animal e local que o cavalo está. • As principais vacinas são: raiva, tétano, encefalomielite, influenza, rinopneumonite, leptospirose e, em alguns casos, contra garrotilho (adenite equina). • Algumas são obrigatórias RAIVA • 1ª dose com 4 meses de idade; • 2ª dose 30 dias depois da 1ª dose; • Reforço anual; semestral em regiões endêmicas • Subcutânea ou intramuscular Isolamento do animal Perda de apetite Salivação intensa Dificuldade de se levantar Tremores musculares Dificuldade em deglutir Desorientação nos movimentos Dor ou dificuldade de urinar Andar cambaleante Espuma na boca Tétano • Não é obrigatória, mas é extremamente indicada pois a doença é comum e fatal. ** Uso de perfuro-cortante contaminado • 1° dose a partir dos 3 meses de idade, • 2° e 3° dose com intervalos de 30 dias; • Reforço anual; • Intramuscular. Posição de cavalete Protrusão de 3ª pálpebra Cauda embandeirada Trismo mandibular Narinas dilatadas Hiperexcitabilidade Fotofobia Sudorese Disfagia Hipertermia Dispnéia Morte por parada respiratória Encefalomielite • É obrigatória para transporte e em alguns estabelecimentos equestres; • 1ª dose a partir dos 3 meses de idade, • 2ª e 3ª dose com intervalos de 30 dias; • Reforço anual; • Intramuscular. Rigidez de nuca Incoordenação motora Pressionar a cabeça contra objetos Febre (38,5 -41oC) Secreção nasal e ocular Andar em círculos Letargia Cegueira Andar desorientado Fraqueza Problemas respiratórios Ranger de dentes Perda de apetite Dificuldade para caminhar Falta de energia Influenza • 1ª dose a partir dos 3 meses de idade; • 2ª e 3ª dose com intervalos de 30 dias; • Reforço semestral ou anual (consulte o Médico Veterinário); • Intramuscular. Tosse Secreção nasal serosa a purulenta Febre Lacrimejamento Apatia Inflamação da garganta Emagrecimento Redução de apetite Rinopneumonite • Em alguns estabelecimentos é obrigatória, porém de grande importância devido a alta disseminação do Herpesvírus Equino (tipo 1 e 4) • 1ª dose na desmama • 2ª dose: 3 a 4 semanas depois. • 3ª dose 6 meses após a segunda; • Fêmeas gestantes no 5°, 7° e 9° mês; • Reforço semestral ou anual (consulte o Médico Veterinário). • Formas: Neurológica, respiratória, abortiva Leptospirose • 1ª dose a partir de 4 meses; • Reforço 30 dias depois; • Semestral; • Intramuscular. Anemia Icterícia Diarreia Uveíte (perda da visão) Distúrbios respiratórios Abortos e natimortos Placentite EFEITO BUMERANGUE Garrotilho ou Adenite equina • Em potros a partir de 4 meses; • Semestral • Intramuscular ou subcutânea Inflamação mucopurulenta das vias aéreas superiores Linfadenite abscedativa Febre Falta de apetite Retardo no crescimento Doenças que não possuem vacina NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA (PNSE) • Mormo: Corrimento nasal, nódulos subcutâneos, pneumonia, úlceras na pele dos membros e mucosa nasal • Animais testados negativamente • Prevenção: Identificação e eutanásia de animais infectados Doenças que não possuem vacina NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA (PNSE) • Anemia Infecciosa Equina: forma aguda e crônica - Aguda: febre de 40 a 41,1° C; hemorrragias; anemia; inchaço no abdômen; redução ou perda de apetite; depressão; edema nos membros; Fraqueza; Morte em 2-3 dias - Crônica: febre recorrente; fraqueza; falta de apetite; baixo rendimento esportivo • Prevenção: Identificação e eutanásia de animais infectados • Animais testados negativamente Exercício • Faça uma dupla • Busque por textos na Internet que ajudem a responder e fazer a correlação correta.