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Antihelmínticos Cestóide, nematóide e trematóide ANTIHELMÍNTICO IDEAL ✔ Eficaz contra todos os estágios parasitários ✔ Isento de toxicidade para o hospedeiro ✔ Rapidamente metabolizado e excretado para animais de produção ✔ Ação longa para pequenos animais ✔ Facilmente administrado ✔ Baixo custo ❶ Uso de antihelmínticos - Terapêutico Tratamento de animais acometidos ❷ Uso de antihelmínticos - Estratégico Prevenção de surtos ou desequilíbrio da população parasitária – É necessário o conhecimento sobre a epidemiologia sobre quando as populações aumentam ou diminuem ❸ Uso de antihelmínticos - PROFILÁTICO ➔ Fármacos de curta duração não são utilizados como profilaxia ➔ Fármacos de longa duração são utilizados se tiver alta chance de infecção USO DE ANTIHELMÍNTICOS Cães e gatos🐶🐱 Administrar sempre que estiverem parasitados independente do grau de infecção Animais de produção🐮🐷 Não busca-se a erradicação da população Alguns parasitos são tolerados em alguma quantidade – Esquemas de controle do equilíbrio da população parasitária para não prejudicar a saúde dos animais - Esquemas supressivos administrando anti helmínticos sempre, a fim de erradicar a população parasitária: diminuem a imunidade adquirida e aumentam a seleção de parasitos resistentes ⚠ Uso de antiparasitários e a resistência dos parasitos ↑ Número de vezes que é utilizado o antiparasitário ↑ Seleção genética de parasitos resistentes ↓ Eficácia do antiparasitário 💊VIAS DE ADMINISTRAÇÃO ➔ Parenteral IM ou SC ➔ Intra ruminal ou bolus: Comprimidos protegidos por uma série de camadas que sob a ação dos microrganismos ruminais vai liberando lentamente a droga – longa ação ➔ Oral: pode ser usada para ruminantes - A dificuldade de aplicação, principalmente quando muitos animais devam ser tratados, limita o emprego da via ➔ Cutânea: fármacos com ação por contato direto com o ectoparasito – uso tópico ➔ Transcutânea ou percutânea: utiliza formulações do tipo spot-on, pour-on ou aspersão - Estas preparações podem conter um veículo especial que permita a absorção da droga pela pele Benzimidazói� / Pr�-benzimidazói� ✦ Administração por via oral - exceto o ricobendazole ✦ Amplo espectro e boa margem de segurança ✦ Eficaz contra nematodes - conforme a dose pode ampliar para trematodes e cestodes ✦ Resistência parasitária identificada desde o descobrimento - um único gene confere resistência parasitária ✦ Pró-benzimidazóis são metabolizados depois de ingeridos e transformados nas moléculas ativas ✦ Ideal para herbívoros por causa do trânsito intestinal mais lento ✦ Teratogênicos (pode causar má desenvolvimento dos fetos em fêmeas no início da gestação): albendazol, mebendazol e oxfendazol ALBENDAZOL – mais utilizado ➤ Nematóides gastrintestinais e pulmonares ➤ Cestóides ➤ Fase adulta da Fasciola hepatica 🐮Bovinos 10mg/kg, bem tolerado até 75mg - EUA: 27 dias de carência no abate, não utilizado em vacas em lactação e nos primeiros 45 dias de gestação - Brasil: 14 de carência no abate. O leite pode ser consumido após 2 dias da última aplicação 🐶Cães Utilizado em associação – Em doses repetidas tem ação contra Giardia duodenalis (protozoário FEMBENDAZOL ➤ Nematóides e cestóides em herbívoros ➤ Carnívoros somente nematóides 🐮Bovinos 7,5 mg/kg. Carência de 8 dias pro abate 🐴Equinos 5 mg/Kg ou 10 mg/kg para larvas S. vulgaris 🐷Suínos 9 mg/Kg por 3 a 12 dias 🐶Cães 50 mg/Kg por 3 dias 🐱Gatos 50 mg/Kg FEBANTEL ➤ Muito utilizado em cães em associação com praziquantel e pirantel ➤ Utilizado em dose única quando combinado ➤ Não utilizar em cadelas gestantes e animais com menos de 3 semanas Imidazotiazói� ✦ Eficaz contra nematóides ✦ Dose em dobro: possibilidade de sinais de intoxicação transitória ✦ Alta eficácia para vermes pulmonares ✦ Indicado para ruminantes e suínos🐮🐷 TETRAMISOL➤ desuso por ser uma mistura de 2 isômeros, sendo apenas o isômero levamisol ativo LEVAMISOL➤ Oral ou injetável Pirimidina� ✦ Eficaz contra nematóides ✦ Administração oral 🐶 Cães ● Seguro ● Uso em gestantes e lactantes e lactentes ● Boa combinação com outros antiparasitários PIRANTEL➤ Cães e equinos🐶🐴 MORANTEL E OXANTEL➤ Suínos e ruminantes🐷🐮 Piperazin� ✦ Eficaz contra ascarídeos ✦ Espectro de ação restrito ✦ Utilizado em suínos, aves, equinos, cães e gatos e ruminantes ✦ Seguro em todas as idades ✦ Fármaco antigo Organof�sforad�� ✦ Drogas commaior toxicidade: são poucos seguros ✦ Efeitos em alguns nematóides ✦ Diversos efeitos colaterais ✦ Pouco utilizados DICLORVÓS, TRICLORFON, HALOXON E COUMAFÓS➤ uso interno Isoquinolona� ✦ Eficaz contra cestóides ✦ Muito seguros ✦ Utilizados em cães e gatos ✦ Disponíveis também para ovinos, caprinos e aves PRAZIQUANTEL E EPSIPRANTEL Salicilanilida� / su�stitut�� fenólic�� ✦ Uso em ruminantes🐮 ✦ Contra formas adultas das fascíolas ✦ Eficazes contra Haemonchus contortus ✦ Cuidado especial com animais debilitados: utilizar um produto mais seguro antes ✦ Não utilizar closantel em animais no terço final da gestação ✦ Relatos de cegueira permanente em caprinos na utilização de closantel NITROXINIL, DISOFENOL E CLOSANTEL Lactona� Macrocíclica� ✦ Endectocidas ✦ Revolucionaram o controle parasitário na década de 80 ✦Muito eficazes em doses muito baixas contra nematóides e artrópodes ✦ Ineficazes contra cestódeos e trematódeos ✦ Custo mais elevado ✦ Permanecem na corrente circulatória por mais tempo DORAMECTINA➤ ruminantes e suínos EPRINOMECTINA➤ bovinos, uso pour on, sem período de carência no leite IVERMECTINA ➤ Uso em ruminantes, equinos, suínos para nematóides e artrópodes ➤ Em cães e gatos aprovado apenas para controle de D. immitis em doses muito baixas ● Pode produzir efeitos colaterais graves em cães e gatos, principalmente em collies. MILBEMICINA OXIMA➤ Cães e gatos – contra larvas de D. immitis e ácaros causadores de sarnas MOXIDECTINA ➤ Uso em herbívoros: Nematóides e artrópodes ➤ Cães: larvas de D. immitis, eficaz contra nematóides e ácaros – seguro em collies SELAMECTINA➤ Nematóides de cães e gatos NOVOS PRINCÍPIOS ATIVOS Monepantel (zolvix): amplo espectro (nematóides de ovinos, via oral) Ectoparasiticidas DERIVADOS DE HIDROCARBONETOS ➔ Cresóis (creolina), fenóis, xilenóis ➔ Ectoparasiticidas, desinfetantes, fungicidas e bactericidas ✔ Indicados para limpeza de instalações 🐱Tóxicos para gatos ⚠ Irritantes e corrosivos para pele e mucosas ORGANOFOSFORADOS ➔ Coumafós, clorfenvinfós, fentiona, diazinon, malation, triclorfon e diclorfós ➔ Ectoparasiticidas: carrapatos, bernes, ácaros, piolhos, moscas e pulgas ➔ Contra nematoides ⚠ Uso oral ou injetável = maior toxicidade CARBAMATOS ➔ Carbaril, metilcarbamatos e propoxur “chumbinho” ➔ Contra pulgas, piolhos, carrapatos, moscas, baratas e como repelentes 🐝Carbaril: extremamente tóxico para abelhas FORMAMIDINAS ➔ Amitraz ➔ Eficaz contra carrapatos e ácaros da sarna ➔ Aprovado para uso em ruminantes, suínos e cães. ➔ Já testado em gatos com boa segurança ✖ Não tem boa eficácia contra insetos ⚠ NÃO pode ser usado em equinos🐴 LACTONAS MACROCÍCLICAS Milbemicinas ➔ Oxima (oral) ou moxidectina (injetável) ➔ Seguro para collies ➔ Oxima = uso em cães🐶 ➔Moxidectina = uso em animais de produção🐮 Ivermectina ➔ Ectoparasita seguro 🐶Cães: 6 microgramas/kg/mês - via oral para todas as raças para prevenção da dirofilariose ➔ Doses de 200 a 400 microgramas/kg/dia SC apresentam bom resultado para tratamento de sarna demodécica em cães – não aprovado Espinosinas e Eprinomectinas 🐮Uso em bovinos e cães🐶 ➔ Não requer período de carência para leite ➔ Eficaz contra carrapatos, bernes, pulgas e piolhos NITROGUANIDINAS ➔ Imidacloprid: uso tópico ➔ Nitempiram: uso oral 🐶Pulicidas para cães e gatos🐱 ➔ Nitempiram tem ação curta (1-2h no máximo) e também tem efeito contramiiases FENILPIRAZÓIS ➔ Fipronil ➔ Inseticida e acaricida ➔ Ampla margem de segurança ⌛Longo poder residual 🐮Uso em bovinos e carnívoros INIBIDORES DA SÍNTESE DE QUITINA ➔ Fluazuron 🐮Controle de carrapato em bovinos ➔ Lufenuron 🐶Em cães e gatos, interrompe o ciclo de vidada pulga, mas não mata os adultos ANÁLOGOS DO HORMÔNIO JUVENIL ➔Metopreno e piriproxifen ➔ Interrompem desenvolvimento de ovo-larva-pupa ➔ Não é adulticida ⌛Longo poder residual ➔ Uso no ambiente e tópico nos animais Resistência aos antiparasitários A chance de um parasito apresentar resistência individual natural a uma molécula é de 1 em mil PRINCIPAIS RELATOS DE RESISTÊNCIA⚠ 🐐Helmintos de pequenos ruminantes (principalmente Haemonchus) 🐴Helmintos de equinos (pequenos estrôngilos) 🐮Helmintos de bovinos (trichostrongylus, cooperia) 🐮Ectoparasitos de bovinos: carrapatos e mosca do chifre 🐷Protozoários de aves e suínos: Eimeria RESISTÊNCIA:MOSCA DO CHIFRE Resistência a inseticidas torna-se evidente após seleção por 20 a 30 gerações, dependendo da classe inseticida RESISTÊNCIA DOS PARASITOS ➤ É o aumento significativo de indivíduos de uma população parasitária, capazes de tolerar níveis de droga que são comprovadamente letais para a maioria dos indivíduos da mesma espécie ➤ A modificação genética que se traduz em mutações bioquímico-moleculares que resultam na redução do efeito de um fármaco na célula/organismo ➔Modificação da captação da droga (chegada) ao sítio de ação ➔Modificação em seumetabolismo (inativação) ou efluxo ➔ Alteração nos receptores celulares: diminuição no seu número ou conformação química, diminuindo a afinidade do fármaco SURGIMENTO DA RESISTÊNCIA PARASITÁRIA ❶ Frequência gênica muito baixa dos alelos que conferem resistência - Administração do vermífugo - ❷ Tratamentos sucessivos com a mesma droga ou grupo de açãomatam os portadores de genótipos susceptíveis, sobrevivendo apenas os genótipos RR e RS ❸ Os poucos helmintos que sobrevivem à sucessão de tratamentos estão genética e molecularmente capacitados para resistir ao efeito deste tipo de fármaco, e a se reproduzir, contaminando o ambiente ❹ O seletivo desaparecimento dos genótipos suscetíveis leva ao surgimento de gerações cuja a maioria dos indivíduos é resistente Quanto menos alelos envolvidos na resistência, mais provável será de ser a maioria dos parasitos resistentes A velocidade da resistência parasitária depende: ➤ Tipo de herança: dominante, recessiva, monogênica, poligênica, ligada ao sexo ➤ Intervalo de gerações: tempo do ciclo evolutivo ➤ Pressão de seleção: administração do fármaco ➤ População em refúgio: porção da população total que não sofreu pressão de seleção POPULAÇÃO REFÚGIA Porção da população total que não sofreu pressão de seleção = não recebeu vermífugos ➔ Se possuir 20% em refúgio = 50% dos indivíduos se tornam resistentes após 20 gerações ➔ Se possuir 0% em refúgio = 50% dos indivíduos se tornam resistentes após 1 geração TESTE DE REDUÇÃO DE OPG - Mínimo de 10 animais por grupo - Comparação do OPG do dia “zero” e do dia 10 ou 14 após o tratamento - uso de grupo controle - cultura de larvas para detectar a espécie resistente ⇒ Determinação do percentual de redução x 100𝑅% = (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝𝑟é 𝑡𝑡𝑜) − (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝ó𝑠 𝑡𝑡𝑜)(𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑝𝑟é 𝑡𝑡𝑜) ⇒ Determinação do percentual de eficácia x 100𝐸% = (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒) − (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝ó𝑠 𝑡𝑡𝑜)(𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒) TIPOS DE RESISTÊNCIA ➔ Resistência paralela: entre compostos com modo de ação similar (entre benzimidazóis, entre piretróides) ➔ Resistência cruzada: resistência entre compostos com modos de ação diferentes ➔ Resistência múltipla: Resistência a dois ou mais grupos de antiparasitários REVERSÃO Depende da frequência dos parasitos resistentes na população Nematóides = reversão muito lenta ou inexistente - H. contortus resistente 5 anos sem ação de benzimidazóis = quando novamente submetido = 90% resistente após 3ª dosificação PROGRAMAS DE CONTROLE ➤ Tratamento terapêutico Quando animais apresentam sinais clínicos - Parasitos já provocaram os danos e contribuíram para contaminação ambiental ➤ Tratamento supressivo Tratamentos que evitam que o parasito complete seu ciclo Requer tratamentos com alta frequência GRANDE pressão de seleção ➤ Tratamento estratégico Tratamento quando estiverem em menor número no ambiente Leva em conta epidemiologia do parasito na região ➤Mecanismos de liberação lenta Bólus - Liberação irregular do produto - Incompatível com o peso do animal (ganho de peso) Antiparasitários de longa ação - Maior pressão de seleção ➤ Controle da resistência CONTROLE DA EFICÁCIA - redução de OPG - R = (opg pré tto) - (opg pós-tto) / (opg pré-tto) Não utilizar produtos com menos de 90-95% de eficácia Rotação anual de princípio ativo Diminuição da pressão de seleção: utilizar vermífugos de forma estratégica - divisão do rebanho em categorias: as mais sensíveis colocar em pastagens mais seguras Aumento da população do refúgio - tratamento seletivo: somente o animal que precisa de desverminação - dosificação individual: OPG, FAMACHA Cuidados na administração da droga - pesagem correta do animal - doses internacionalmente recomendadas - certificar que a dose total foi realmente administrada - jejum prévio no caso de dosificação oral Rotação anual do princípio ativo “Controle integrado” ➤ Sistemas de controle integrado Tratamentos combinados com manejo do rebanho e seleção de animais resistentes (IA) ↪ Rotação de pastagens - Evitar sobrepastejo contínuo - Normalmente a rotação é feita com intervalo curto, o que favorece o desenvolvimento das larvas e permite que elas fiquem aptas para infectar o hospedeiro. - O ideal a ser feito é intercalar com outra espécie ou fazer um intervalo mais longo (60-90 dias) - Pode ser feito com bovinos adultos e bezerros também, já que os adultos possuem mais resistência ↪ Sistema trata-move: Leva para o outro ambiente somente os parasitos resistentes, o que antecipa o aparecimento da resistência já que não existe população refugia naqueles animais, então apenas os parasitos resistentes vão se reproduzir ↪ Animais adquiridos: desverminação e quanterentena ↪ Confinamento de categoriais susceptíveis ↪ Seleção de animais resistentes: herdabilidade baixa, portanto é preciso de vários anos de seleção para ter algum efeito ↪ Raças resistentes: alguns ovinos (deslanados) são mais resistentes ao haemonchus ↪ Controle biológico: fungo na ração porque o fungo é ovicida e larvicida. Ainda não funciona bem, está sendo estudado ↪ Vacinas: ainda estão sendo pesquisadas Gastroenterite parasitária Verminose – Helmintos Gravíssimo em regiões de: - clima ameno - precipitações constantes durante o ano - criações intensivas em pastagens: altas lotações Perdas econômicas ➤ mortes, animais doentes, perda de peso e de lã ➤ diminuição da fertilidade, do ganho de peso, da quantidade de lã produzida ➤ aumento da idade à primeira cobertura HAEMONCHUS CONTORTUS Parasitos hematófagos do abomaso - larvas l4 e l5 também são hematófagas - 1 fêmea adulta suga 0,05mL de sangue/dia - 5000 fêmeas adultas sugam 250 ml de sangue/dia Ovos estrongilidiformes SINAIS CLÍNICOS - Apatia - Quando em infecções mistas ● Edema submandibular (papeira): porque diminui a pressão oncótica ● Diarreia ● Retardo no desenvolvimento - Morte - Baixa condição corporal em infecções crônicas CICLO BIOLÓGICO – nematóides DIAGNÓSTICO - Sinais clínicos - Necropsia - Exame de fezes = OPG - contagem de larvas na pastagem – não é feito - Histórico da pastagem FATORES QUE INTERFEREM NO GRAU DE VERMINOSE CLIMA - O desenvolvimento do ovo a L3 e o tempo de sobrevivência da larva L3 no meio depende de: temperatura, umidade, oxigênio ● Silagem é uma estratégia de retirada de oxigênio da pastagem, podendo impedir a sobrevivência da larva ● Fenação é o processo de tirar a água da pastagem e também diminui a sobrevivência das larvas também SUSCETIBILIDADE DO HOSPEDEIRO - Idade (adultos são mais resistentes) - Condição fisiológica - Aumento pós puerperal em ovinos e caprinos: fêmeas hospedeiras sob ação do hormônio prolactina (entrando em lactação ou produzindo leite) faz com que as fêmeas parasitos fiquem mais férteis e coloquem mais ovos – usar um vermífugo pós parto podeser uma estratégia para evitar - Nutrição: Animais bem nutridos sobrevivem melhor a qualquer parasitismo - Sanidade: Rebanho com doença crônica é mais sensível a verminose CATEGORIAS MAIS SENSÍVEIS ➤ cordeiros após o desmame ➤ ovelhas em lactação ➤ bezerros até 1 ano MANEJO - Alta lotação das pastagens: muitos animais na mesma pastagem desfavorece os mais sensíveis - Alta contaminação de pastagens - Mescla de categorias com diferentes suscetibilidades na mesma pastagem: animais mais jovens ou em lactação FORMAS DE CONTROLE DA VERMINOSE Não há possibilidade de eliminação completa do parasitismo dos rebanhos - rebanhos devem conviver com o parasitismo em equilíbrio - Planejamento detalhado para controle e vigilância constante Nos animais: desverminação, seleção de animais resistentes a verminose (longo prazo, herdabilidade baixa), suporte ao sistema imune (boa alimentação, boa sanidade, bem estar) No ambiente: manejo do rebanho, manejo das pastagens IDEAL = controle integrado de parasitas Visa o uso de práticas de controle pelas quais os anti helmínticos não são usados isoladamente ➔ Ferramentas de manejo de rebanho ➔ ferramentas de manejo de pastagens ➔ seleção de animais resistentes ➔ Menor número possível de desverminação = manutenção da população refúgio suscetível EPIDEMIOLOGIA - 70-85% estão no ambiente - 15-30% no hospedeiro - helmintos mais férteis: maior capacidade de sobrevivência e de postura CONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE 70-85% da população de nematódeos sobrevivência média de 60 -180 dias na pastagem em condições favoráveis Algumas espécies podem perdurar de um ano para outro PRÁTICAS DE CONTROLE DE VERMINOSE NA PASTAGEM - Plantar forrageiras que possam ser manejadas mais altas (acima de 15cm): as larvas não conseguem subir em pastagens muito altas - Formar vários piquetes (cerca elétrica para deixar mais barato): poder deixar pastagens descansando mais tempo - Permitir um intervalo de descanso entre pastejos o mais longo possível: para ocorrer uma alta mortalidade das larvas - Utilizar restevas da agricultura - Utilizar pastejo alternado com bovinos e equinos adultos ou bovinos adultos com pequenos ruminantes - Utilizar pastagens anuais: precisa plantar todo ano - Reservar para fenação ou silagem as forragens dos piquetes muito contaminados - Reservar piquetes descontaminados para ovelhas e cabras em lactação - Reservar outro piquete descontaminado para filhotes desmamados - Eliminar a pastagem em áreas de solário ou aonde os animais ficam presos - Nunca jogar o esterco sem tratamento diretamente na pastagem CONTROLE DA VERMINOSE NOS ANIMAIS - alimentar adequadamente cada categoria - soltar em piquetes pré-determinados: piquetes menos contaminados para categorias susceptíveis - ter maior cuidado com a categoria mais sensível: dedicar especial atenção às fêmeas em lactação e filhotes acima de 2 meses - Manter os animais sempre bem alimentados = resistem mais à verminose - Prevenir outras doenças = boa imunidade = melhor resistência - Confinamento: Evita a ingestão de pastagens contaminadas, confinamento com incidência de sol DROGAS ANTI HELMÍNTICAS GRUPO 1 – BENZIMIDAZÓIS GRUPO 2 – IMIDAZOTIAZÓIS GRUPO 3 - LACTONAS MACROCÍCLICAS AVERMECTINAS MILBEMICINAS GRUPO 4 - SALICILANÍDEOS e SUBSTITUTOS FENÓLICOS Qual usar? - Espectro de ação X parasitos existentes - Via de administração - Tempo de meia vida - Relação custo : benefício - Ocorrência de resistência:mais importante Desverminação - Utilize a dose de vermífugo conforme o peso do animal - Nem sempre as doses recomendadas na bula são as doses corretas - Somente utilize vermífugo eficaz (teste de vermífugo) TESTE DE VERMÍFUGO – ovino, caprino e equino Para saber quais vermífugos podem ser utilizados com eficácia no seu rebanho e controlar a resistência Para cada princípio ativo a ser testado: - Mínimo de 10 animais identificados (tatuagens, brincos, tinta, pulseiras, etc) - Desverminação com dose correta - Colheita de fezes - Avaliação OPG no momento da desverminação - Avaliação do OPG 10 a 15 dias depois da desverminação COPROCULTURA Cultura de larvas Identificar espécies ou gêneros de parasitos cujos ovos são semelhantes. Ex: ovos estrongilidiformes em ruminantes e equinos Avalia-se: 100 ou 200 larvas - Resultado em % por espécie, por ex: 50% de larvas de Haemonchus sp. 25% de larvas de Trichostrongylus sp. 25% de larvas de Cooperia sp. Utilizar vermífugo de amplo espectro nesse caso Utilização responsável do anti-helmínticos - Somente utilizar vermífugos que tenham sido testados e que apresentem % de redução de opg superior a 90% - Testar os vermífugos em cada propriedade - Caso não haja vermífugo funcionando: testar associações de princípios ativos - Teste de vermífugo anual CONTROLE DA RESISTÊNCIA - Diminuição da pressão de seleção: número de tratamentos químicos ➔ Estratégico ➔ Tático: Divisão do rebanho em categorias - Aumento da população de refúgio: Dosificação individual: sistemas de marcação OPG FAMACHA ➔ Se desverminar pela média do OPG do lote tem necessidade de realização do exame ➔ Utilização de vermífugos em alguns indivíduos que não necessitam: Aumento da pressão de seleção dos parasitas Gastos com vermífugos ➔ Período de carência do consumo da carne e leite Animais resilientes: capazes de suportar os efeitos dos parasitas (podem ter OPG alto) Resistentes: não se contamina; parasita não chega a se desenvolver; é eliminado Suscetíveis: contaminam-se e têm sinais clínicos Quando desverminar: MÉTODO FAMACHA - Diminui a pressão de seleção sobre os parasitas - Da chance de reconhecer os indivíduos (ovinos ou caprinos) dentro do rebanho que sejam mais resistentes - Norteia o momento da desverminação Cestóides em ruminantes Achatados com proglotes Moniezia spp→ adultos no intestino dos ruminantes (HD) Os outros cestóides os ruminantes são hospedeiros intermediários Larvas em vários tecidos do ruminantes = são os HI • Cysticercus bovis - T. saginata - Músculo • Cysticercus ovis - T. ovis - Músculo • Cysticercus tenuicollis - T. hydatigena - Peritônio • Coenurus cerebralis - T. multiceps - SNC • Cistos hidáticos - Echinococcus granulosus - Pulmão/fígado COENURUS: vesícula que apresenta no seu interior vários escólex invaginantes - HI ruminantes ➤ Taenia multiceps - cão CISTO HIDÁTICO: cisto revestido por epitélio germinativo com vários escólices livres - HI ruminantes. O humano pode ser intermediário se ingerir fezes do cão com os ovos ➤ Echinococcus granulosus - cão CISTICERCO: vesícula translúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está invaginado e que pode apresentar rostelo com ganchos ou não ➤ Taenia hydatigena - HD cão, HI ruminantes ➤ Taenia ovis - HD cão, HI ovinos Cestóides com ciclo em ruminantes e cães - PREVENÇÃO - Evitar o abate clandestino - Não fornecer vísceras cruas ou mal cozidas para cães - Desverminação periódica em cães de áreas rurais com PRAZIQUANTEL - Evitar promiscuidade entre cães e homem - Educação sanitária - Identificar áreas endêmicas e realizar campanhas de controle - Diminuir a população de cães errantes - Não funciona a desverminação dos ruminantes como HI ➤ Taenia saginata - HD humanos, HI bovinos ➤ Taenia solium - HD humanos, Cysticercus cellulosae HI suínos - Humano com neurocisticercose: Precisa ser ingerido os ovos que estão nas fezes do humano. Água/alimentos contaminados com fezes Tratamento/prevenção - cisticercose e teníase • não há tratamento efetivo contra os cisticercos em animais • HD (homem): desverminação – praziquantel Controle e prevenção Cisticercose • Saneamento básico • Tratamento esgoto humano • Lavagem cuidadosa dos alimentos consumidos • Tratamento das pessoas com teníase (médico) Teníase • Saneamento básico • Tratamento esgoto humano • Impedir que fezes humanas cheguem nas pastagens • Tratamento das pessoas com teníase (médico) • Não consumir carne mal passada ou crua • Inspeção sanitária nos abatedouros • Localização dos rebanhos com problema para controle MONIEZIA EXPANSA Hospedeiro definitivo: ruminantes Hospedeirointermediário: ácaros Local: forma adulta no intestino delgado Forma larvar: cisticercóide → Adultos: medem de 1 a 5 metros, escólex não possui rostelo, mas possui ventosas. → Assintomática → Altas infecções = obstruções intestinais → Presença de proglotes nas fezes → Diagnóstico: Ovos em técnicas de flutuação TRATAMENTO E CONTROLE - Vermífugos contendo: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis (albendazol 10 mg/Kg; fenbendazol 10 mg/Kg - oral) - Controle dos ácaros nas pastagens - Difícil - Aragem e replantio Método FAMACHA Controle de Haemonchus contortus ➤ Método seletivo de tratamento dos animais ➤ Baseado na coloração das mucosas: parasito hematófago ➤ Comparação com um cartão padrão ➤ Apenas uma minoria dos animais não é capaz de resistir aos efeitos do parasitismo por Haemonchus ➤ Tanto a resistência quanto a resiliência são características herdáveis, passíveis de serem transmitidas para a progênie, embora em um nível mediano • Portanto, os animais podem ser selecionados ou descartados baseados nestas características ➤ Existe uma relação das cores do cartão com o grau de hematócrito QUEM AVALIAR? ➔ Todos os animais do rebanho devem ser avaliados • Eventualmente, se não houver possibilidade de avaliar todos, dar preferência sempre às categorias mais susceptíveis ➔ Se o rebanho for muito grande, uma amostragem pode ser avaliada • Caso o número de animais classificados nas categorias 1 e 2 seja superior a 80% (ou, preferencialmente, 90%) e se nenhum animal com grau 4 ou 5 for identificado, há pouco risco de hemoncose severa • No entanto, se houver algum animal com escores 4 ou 5, ou caso a porcentagem de animais na categoria 3 exceder 10 a 20%, é necessário examinar TODOS os animais QUEM DESVERMINAR? 1 e 2 – não precisam ser desverminados 4 e 5 – precisam ser desverminados CLASSIFICADOS COMO 3 ➔ Caprinos – devem ser desverminados ➔ Ovinos – se estiverem magros, se forem categorias muito susceptíveis, se a próxima avaliação for demorar Propriedades com vermífugos pouco eficazes ➔ Se uma grande proporção (>10%) do rebanho é considerada anêmica (categorias 4 e 5), em qualquer exame: • É recomendável a desverminação de todos os animais e a remoção do lote (3-4 dias depois) para outra pastagem ➔ Animais com papeira devem ser tratados mesmo que não apresentem anemia ➔ Os animais desverminados devem ser marcados QUANDO AVALIAR? ➤ Em média, os animais devem ser examinados pelo menos a cada 2 a 3 semanas ➤ No verão,nas áreas de clima ameno e muito úmidos, chuvosos ou com irrigação, pode ser necessário monitorar o rebanho mais freqüentemente ➤ Em alguns casos, pode ser necessário a avaliação semanal: situações de emergência ➤ Categorias mais susceptíveis devem ser avaliadas mais freqüentemente ➤ Propriedades com altas lotações também podem necessitar de avaliações mais freqüentes VANTAGENS ➔ Baixo custo ➔ Fácil leitura ➔ Qualquer pessoa devidamente treinada pode executar ➔ Reduz a quantidade e a freqüência do uso de vermífugos ➔ Aumenta a população de parasitos em refúgio ➔ Reduz o processo de resistência do parasito à droga ➔ Seleção dos animais que mais suportam o parasitismo (“resilientes”) e resistentes ➔ Descarte dos animais que necessitam de tratamentos frequentes ➔ Identificar animais que escaparam do tratamento ou foram dosificados de forma incorreta ➔ Animais ficam mais calmos e facilmente manejáveis ➔ Integrar a inspeção dos olhos com outras atividades: • Vacinação • Pesagem • Escore corporal • Presença de ectoparasitos Resilientes: capazes de suportar os efeitos dos parasitas – pode ter OPG alto Resistentes: não se contamina; parasita não chega a se desenvolver; é eliminado Suscetíveis: contaminam-se e têm sinais clínicos CUIDADOS COM O MÉTODO ➔ Necessidade de treinamento do avaliador ➔ Apenas a infecção por Haemonchus pode ser avaliada ➔ Realizar exame de fezes de cultura de larvas a cada 6-8 semanas ➔ Caso outros parasitos sejam mais importantes, adotar outras formas de controle ➔ Deve-se observar outros sinais típicos de verminose • Diarréia, apatia, emagrecimento, edema submandibular (papeira) ➔ Deve-se observar outras causas de anemia: • Fasciola hepatica, Parasitas externos e sanguíneos, Carência nutricional ➔ Deve-se observar causas de hiperemia (vermelhidão) de mucosas: • Corpo estranho (poeira); Conjuntivites; Toxemia; Falta de luz ➔ Categorias mais sensíveis devem ser examinadas mais frequentemente: • Cordeiros com mais de 3 semanas de idade • Ovelhas no final de gestação • Ovelhas em lactação • Durante o verão FAMACHA© CONTRIBUI PARA UM PROGRAMA DE CONTROLE EFETIVO, MAS NÃO SUBSTITUI OUTRAS MEDIDAS DE CONTROLE DEVEM SER ADOTADAS, SOB A ORIENTAÇÃO TÉCNICA Protozoários dos ruminantes Hemoparasito: Babesia sp. Intestino delgado: Cryptosporidium sp. Eimeria sp. Giardia intestinalis Aparelho reprodutor: Tritrichomonas foetus Diversos tecidos: Sarcocystis sp. Toxoplasma gondii Neospora caninum BABESIOSE Bovino e bubalino: B. bigemina, B. bovis Ovino: Babesia motasi, B. ovis TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA TPB Babesia + Anaplasma Babesia bovis Babesia bigemina Anaplasma marginale Anaplasma centrale LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO – BABESIA Sangue Periférico (alta parasitemia) = anemia hemolítica (B. bigemina) OU Viscerotrópica (B. bovis) - mais rara, tem preferência por sangue que circula em vísceras, podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer infecções letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia = sinais neurológicos TRANSMISSÃO I - Por carrapatos: Rhipicephalus (Boophilus) microplus Machos dos carrapatos = longevidade e mobilidade tem importância epidemiológica II - Iatrogênica: Transfusão sanguínea, cirurgias e vacinações III – Transplacentária: fetos infectados pela fêmea infectada durante a gestação – não acontece em todas as vezes IV- Insetos Hematófagos: moscas hematófagas Tabanus, Stomoxys e mosquitos = Não deve ser considerada como epidemiologicamente importante SINAIS CLÍNICOS NO BOVINO Babesia bigemina (anemia hemolítica) • Febre próxima de 40º C • Anemia • Debilidade geral • Prostração • Desidratação • Hemoglobinúria – fase mais avançada da doença (urina de cor de café) • Às vezes pode ocorrer icterícia por causa da grande ruptura de hemácias • Cerca de 75% dos eritrócitos podem ser destruídos num espaço de poucos dias. – quando o rebanho tem anticorpos a doença tende a ser mais branda • A anemia é o principal fator causador de fraqueza e perda da condição corporal. Babesia bovis (neurológica) • Febre próxima de 40º C • Anemia • Debilidade geral • Desidratação • Raramente produz hemoglobinúria • Ação viscerotrópica com bloqueio dos capilares e congestão de órgãos, que podem ser vistos à necropsia – Necropsia com cérebro de aspecto rosado • No SNC, quadros neurológicos de incoordenação, movimentos de pedalagem, salivação e opistótono (torções do pescoço) – quase indistinguíveis de raiva ACHADOS DE NECROPSIA • Toda a carcaça pode estar ictérica ou pálida. O sangue pouco viscoso (hematócrito baixo) e o plasma pode estar avermelhado – com hemólise • Edema pulmonar ou subcutâneo DIAGNÓSTICO • Presença de Babesia spp nos eritrócitos de esfregaços sanguíneos. - Esfregaço sanguíneo corado – somente será positivo no pico febril, então não é um diagnóstico prático • PCR: caro, resultado demorado (5 dias) e o animal precisa ser tratado logo. É interessante para diferenciar o agente que está causando a anemia • Sorológicos: também não é muito viável, serve para fazer levantamento epidemiológico geográfico – indica que o rebanho tem anticorpos * ELISA * Imunofluorescência indireta TRATAMENTO DA BABESIOSE 1- BENZADIAMIDINAS (Ganaseg®; Babesin®) • Normalmente bem toleradas, mas podem induzir tremor muscular, salivação, taquisfigmia e hipotensão • 3,5 mg/kg PV SC ou IM (bovinos) 2 – DIPROPIONATO DE IMIDOCARB (Imizol®) • 1,2 mg/kg PV SC ou IM TRATAMENTO ANAPLASMOSE – Antibióticos 3 – Oxitetraciclina de longa ação (Terramicina LA®, Terramicina®, Talcin®, Oxivet LA®, Oxitac®, Oxiritard®, etc). • 10 mg/kgpor 3 dias TERAPIA DE SUPORTE Antipirético Transfusão sanguínea Suplementação alimentar: ferro, vitaminas, proteínas TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA – CONTROLE - Zona endêmica: Controle do carrapato – o carrapato estimula o sistema imune a produzir anticorpos - Zona de instabilidade enzoótica: (quando não tem carrapatos, o sistema imune não é estimulado) Controle do carrapato no pico de ocorrência; Vacinação/pré imunização se necessário - Zona indene (livre): Quarentena dos animais introduzidos (vigilância epidemiológica); Pré Imunização de animais importados VACINAÇÃO • No Brasil, as vacinas são baseadas tanto em cepas intactas de Babesia e Anaplasma como em frações imunogênicas desses agentes. • Vacinas baseadas apenas em eritrócitos infectados (congelados) têm sido amplamente usadas substituindo a "premunição convencional" - com sangue total. • Método seguro de imunização, garantindo proteção e não disseminando doenças. • A vacina trivalente (B. bovis, B. bigemina e A. centrale), desenvolvida pela EMBRAPACNPGC. • EMBRAVAC®-HEMOPAR (armazenada em nitrogênio líquido) • Não é 100% eficaz • Foi testada em bezerros recém nascidos de alta suscetibilidade = bons resultados. COCCIDIOSES – Eimeria e Cryptosporidium EIMERIA Comum em animais jovens e confinados parte do dia/dia todo Protozoário do intestino delgado que causa diarréia em animais jovens • Bovinos: diarreia, às vezes com sangue, em bovinos de menos de um ano de idade • Ovinos e caprinos: maior problema em filhotes de 4 a 7 semanas - diarreia CRYPTOSPORIDIUM Kryptos = escondido (4 – 8 μm) Localização: intracelular extra citoplasmática (vacúolos parasitóforos) • ZOONOSE: não são todas as espécies que são, somente o C. parvum • Mecanismo de infecção: ingestão de oocistos esporulados, auto-infecção interna (se rompem dentro do intestino) • Estádio infectante: oocisto esporulado EPIDEMIOLOGIA - Cryptosp. • C. parvum - alta morbidade/ baixa mortalidade • mais associado a infecções até os 21-28 d, depois dos quais os animais se tornam resistentes • adultos e bezerros podem ser portadores assintomáticos • Se aparecer a doença em adultos, é por imunossupressão ou ausência de anticorpos • Bovinos: responsável por diarreia e emagrecimento em adultos jovens • Ovinos: importante causa de diarreia em cordeiros até um mês de idade DIAGNÓSTICO – CRYPTOSPORIDIUM Precisa informar para o laboratório que a suspeita é cryptosporidium • Coproparasitológico – esfregaços corados • Histopatologia • Técnicas Imunológicas: - ELISA - Imunofluorescência - Pesquisa de coproantígeno: procura nas fezes a parte imune do agente – animal infectado naquele momento • Técnicas de biologia molecular: PCR DIAGNÓSTICO – EIMERIA • A presença de oocistos nas fezes de animais com diarreia não é suficiente para se estabelecer o diagnóstico de coccidiose – precisa sinal clínico • Diagnóstico diferencial: * enterobacterioses * viroses * criptosporidiose e verminose TRATAMENTO DA COCCIDIOSE 1. Cryptosporidium Halofuginona: 100 µg/Kg uma vez ao dia via oral, durante 7 dias 2. Eimeria • coccidicidas - Sulfaquinoxalina: porém, só matar as eimerias dentro dos animais não é o suficiente, porque eles se infectam novamente • coccidiostáticos (orais, uso contínuo na fase suscetível) - Decoquinato - Amprólio - • Monensina: impedem a reprodução da eimeria, mas não a infecção. Então esses medicamentos ajudam a desenvolver a imunidade. Manejo comum na suinocultura e avicultura TOXOPLASMOSE EM RUMINANTES HD: felinos – oocistos nas fezes HI: mamíferos e aves – cistos nos diversos tecidos Parasito intracelular obrigatório em: células do sistema nervoso central, endotélios e músculos cardíacos e esqueléticos Parasito causador de abortos ou nascimento de filhotes inviáveis nos HI Gato defeca→ oocisto sai no ambiente→ contamina pastagem/água→ HD ingere o oocisto ou cistos presentes na carne de animais infectados→ cisto em tecidos→ transmissão transplacentária (se a infecção for na gestação)→ aborto ou nascimento de feto com problemas neurologios e visuais graves 1. Rara em bovinos, mais importante em cabras e ovelhas 2. NÃO causa doença clínica no adulto = morte embrionária, fetal, aborto e nascimento de cordeiros e cabritos fracos 3. Forma de infecção = ingestão oocistos fezes do gato contaminado, ingestão de alimentos contaminados por restos dos abortamentos PEQUENOS RUMINANTES ➤ Os efeitos nos embriões/fetos= depende do momento da infecção da mãe ➤ Fêmeas normalmente abortam uma única vez ➤ Tecidos do abortamento são infectivos para humanos DIAGNÓSTICO • Necropsia: necrose – focos de até 2 mm nos cotilédones • Histopatológico: encefalomielite não supurativa no feto • PCR e imunohistoquímica do cérebro fetal: melhor método para ter certeza que o agente está nesse achado. • Sorologia materna Ausência de Acs = descarta diagnóstico + Presença de Acs = não confirma diagnóstico da causa do aborto CONTROLE • Evitar contato do alimento com fezes de gatos • Quimioprofilaxia: monensina ou decoquinato - Queda nº abortos – medicar fêmeas em parição • Tratamento: • sulfadiazina com a pirimetamina 3 X • 3 dias intervalo de 2 semanas cada tratamento • Não consumir carne ovina/caprina crua NEOSPORA Principal causa de aborto em bovinos ● A via transplacentária é a principal via de transmissão de Neospora caninum em bovinos HI: bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, gatos, cervídeos e bubalinos. Reprodução assexuada HD: cão e o coiote. Reprodução assexuada e sexuada (parte sexuada no intestino) Transmissão para ruminantes (HI) 1. Ingestão de oocistos das fezes do cão 2. Transplacentária – gestações subsequentes: • Principal forma de disseminação de Neospora caninum em bovinos, mantendo a infecção por várias gerações. • Ocorre também em ovinos, caprinos, felinos, macacos e cães. • Muito eficiente, mais de 90% dos bezerros que nascem de vacas infectadas apresentam o parasito. 3. Cão – ingestão tecidos com cistos Taquizoítos: Quando rompem as células e multiplicam de forma rápida, causando a forma aguda e que formará os Bradizoítos (cistos) Em rebanhos bovinos a neosporose ocorre de duas formas: ● Surtos epidêmicos: Alto percentual do rebanho aborta num curto espaço de tempo (mais de 30%) - provavelmente, ingestão de alimento e/ou água contaminados com oocistos de cães infectados. ● Após o surto: animais cronicamente infectados - aborto endêmico (quando as mães transmitem para os filhos, com isso as taxas de abortos caem em relação a fase de surto epidêmico). ● Forma endêmica: Conseqüência da transmissão vertical - taxas anuais de aborto elevadas (superiores a 5%) que ocorrem em qualquer época do ano. Geralmente ocorrem em rebanhos cronicamente infectados, pois há reativação da doença durante a prenhez. SINAIS CLÍNICOS ➤ Sinais em bezerros que nascem vivos: acometimento neurológico: ataxia, reflexos diminuídos e exoftalmia ou aparência assimétrica dos olhos. ➤ Vacas: abortos a partir do 3° mês de gestação – 5 a 6 meses = + comum. ➤ Novilhas: abortam mais do que vacas adultas DIAGNÓSTICO • Imunohistoquímica - na placenta, cérebro e olho do feto afetado. • IFI e ELISA - para descobrir anticorpos para saber se a mãe já teve contato com o agente. • Isolamento em cultivo celular - caro e raro, apenas para pesquisas científicas. CONTROLE • Medidas sobre o hospedeiro definitivos (Cães) ○ Evitar alimentar cães domésticos com carnes cruas. ○ Enterrar ou cremar os fetos abortados e natimortos. • Medidas sobre os hospedeiros intermediários (Herbívoros). ○ Evitar ingestão de oocistos: proteger os alimentos. ○ Eliminação de matrizes infectadas. ○ Vacina: Bovilis Neoguard desenvolvida pela Intervet, contém taquizoítos inativados de N. caninum - diminui o índice de abroto mas não totalmente • Eficácia da vacina (diminui o índice de aborto, mas não é muito eficaz). • Animais vacinados e infectados (sorologia) Controle e tratamento do carrapato bovino RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) microplus • Espoliação • Transmissão de agentes patogênicos – babesia e anaplasma • Lesões no couro • Perda de peso • Custos commão de obra • Custos com medicamentos • Resistência aos carrapaticidas A maior taxa de resistência é a cipermetrina, seguida pela deltametrina e alfametrina – Piretróides são os que eles são mais resistentes: esses são todos de contato 5 passos para o controle estratégico do carrapato bovino - conhecer a biologia e epidemiologia: ambiente, clima - Realizar testes de diagnóstico da situação: - construção e adequação de equipamento e infraestrutura - treinamento de pessoal - definição das medidas de controle DESAFIOS NO CONTROLE - reduzir as infestações a níveis toleráveis - obter de resultados favoráveis no controle – melhorar a efetividade dos tratamentos - conscientizar o produtor sobre a importância das medidas adequadas de controle, - - - químicas e não químicas - retardar o aparecimento da resistência - evitar o aparecimento de surtos de TPB - repassar conhecimento sobre métodos de controle- treinar mão de obra - responsabilidade sobre os níveis de resíduo Carrapaticidas disponíveis • Organofosforados - não acha sozinho no mercado, acha associado ao piretróide • Piretróides • Formamidinas: amitraz • Avermectinas (endectocidas): ivermectinas (pour-on e injetavel), abamectina, doramectina • Milbemicinas: moxidectin (injetável) , eprinomectina (injetável e pour-on) • Fenilpirazol: fipronil (pour-on) • Benzoilfeniluréia: Fluazuron (inibidor crescimento) Manejo de Carrapaticida ● Utilizar o produto indicado no teste por, no máximo, doze meses; ● Repetir o teste anualmente; ● Bom senso e moderação. Como é feito a via de aplicação: ● Aspersão ou imersão, são as mais utilizadas com os melhores resultados obtidos. ● A aplicação do banho tem que ser realizada por profissionais treinados, sabendo a distância recomendada para realizar o banho e condições ideias de trabalho. - Banhos individualizados, passando pelos dois lados do animal, tendo acesso ao corpo todo. - Equipamento ideal – bico com formato de leque - Sequência operacional do banho Quando iniciar os tratamentos ● O adequado programa de controle de carrapatos deve iniciar pelo ponto mais fraco dos carrapatos, que é a época do ano, ou seja, a concentração dos banhos com carrapaticidas deve ser nos períodos desfavoráveis ao desenvolvimento do carrapato eliminando a geração mais vulnerável. ● Porque o controle se torna difícil: ○ A principal causa do insucesso do controle estratégico de carrapato é a interrupção de sequência de tratamentos carrapaticidas. Escolha do carrapaticida ● Princípio ativo eficaz - testado laboratório; ● Tempo de resíduo leite; ● Instalações e equipamentos disponíveis; ● Intervalo entre as aplicações (ideias de intervalos usados por medicamentos): Alguns dos principais erros cometidos nas propriedades são: ● Preparação errada da calda: não homogeneização do produto e quantidade insuficiente de calda por animal. ● Pressão baixa dos bicos de pulverização: utilização errônea do bico cônico. ● Não conter os animais na hora da aplicação; ● Aplicação da calda contra o vento, não banhando todas as partes do animal; ● Aplicação nas horas quentes do dia (não ser em dias de sol intenso ou de chuva) e não uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) pelo produtor (escolher o produto em relação ao meio ambiente). ● Garça Vaqueira (Controle biológico que auxilia na remoção dos carrapatos dos animais):