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Antihelmínticos
Cestóide, nematóide e trematóide
ANTIHELMÍNTICO IDEAL
✔ Eficaz contra todos os estágios parasitários
✔ Isento de toxicidade para o hospedeiro
✔ Rapidamente metabolizado e excretado para animais de produção
✔ Ação longa para pequenos animais
✔ Facilmente administrado
✔ Baixo custo
❶ Uso de antihelmínticos - Terapêutico
Tratamento de animais acometidos
❷ Uso de antihelmínticos - Estratégico
Prevenção de surtos ou desequilíbrio da população parasitária
– É necessário o conhecimento sobre a epidemiologia sobre quando as populações
aumentam ou diminuem
❸ Uso de antihelmínticos - PROFILÁTICO
➔ Fármacos de curta duração não são utilizados como profilaxia
➔ Fármacos de longa duração são utilizados se tiver alta chance de infecção
USO DE ANTIHELMÍNTICOS
Cães e gatos🐶🐱
Administrar sempre que estiverem parasitados independente do grau de infecção
Animais de produção🐮🐷
Não busca-se a erradicação da população
Alguns parasitos são tolerados em alguma quantidade
– Esquemas de controle do equilíbrio da população parasitária para não prejudicar a
saúde dos animais
- Esquemas supressivos administrando anti helmínticos sempre, a fim de erradicar a
população parasitária: diminuem a imunidade adquirida e aumentam a seleção de
parasitos resistentes
⚠ Uso de antiparasitários e a resistência dos parasitos
↑ Número de vezes que é utilizado o antiparasitário
↑ Seleção genética de parasitos resistentes
↓ Eficácia do antiparasitário
💊VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
➔ Parenteral IM ou SC
➔ Intra ruminal ou bolus: Comprimidos protegidos por uma série de camadas que sob
a ação dos microrganismos ruminais vai liberando lentamente a droga – longa ação
➔ Oral: pode ser usada para ruminantes
- A dificuldade de aplicação, principalmente quando muitos animais devam ser
tratados, limita o emprego da via
➔ Cutânea: fármacos com ação por contato direto com o ectoparasito – uso tópico
➔ Transcutânea ou percutânea: utiliza formulações do tipo spot-on, pour-on ou
aspersão
- Estas preparações podem conter um veículo especial que permita a absorção da
droga pela pele
Benzimidazói� / Pr�-benzimidazói�
✦ Administração por via oral - exceto o ricobendazole
✦ Amplo espectro e boa margem de segurança
✦ Eficaz contra nematodes - conforme a dose pode ampliar para trematodes e
cestodes
✦ Resistência parasitária identificada desde o descobrimento - um único gene confere
resistência parasitária
✦ Pró-benzimidazóis são metabolizados depois de ingeridos e transformados nas
moléculas ativas
✦ Ideal para herbívoros por causa do trânsito intestinal mais lento
✦ Teratogênicos (pode causar má desenvolvimento dos fetos em fêmeas no início da
gestação): albendazol, mebendazol e oxfendazol
ALBENDAZOL – mais utilizado
➤ Nematóides gastrintestinais e pulmonares
➤ Cestóides
➤ Fase adulta da Fasciola hepatica
🐮Bovinos
10mg/kg, bem tolerado até 75mg
- EUA: 27 dias de carência no abate, não
utilizado em vacas em lactação e nos
primeiros 45 dias de gestação
- Brasil: 14 de carência no abate. O leite
pode ser consumido após 2 dias da
última aplicação
🐶Cães
Utilizado em associação
– Em doses repetidas tem ação contra
Giardia duodenalis (protozoário
FEMBENDAZOL
➤ Nematóides e cestóides em herbívoros
➤ Carnívoros somente nematóides
🐮Bovinos 7,5 mg/kg. Carência de 8 dias pro abate
🐴Equinos 5 mg/Kg ou 10 mg/kg para larvas S. vulgaris
🐷Suínos 9 mg/Kg por 3 a 12 dias
🐶Cães 50 mg/Kg por 3 dias
🐱Gatos 50 mg/Kg
FEBANTEL
➤ Muito utilizado em cães em associação com praziquantel e pirantel
➤ Utilizado em dose única quando combinado
➤ Não utilizar em cadelas gestantes e animais com menos de 3 semanas
Imidazotiazói�
✦ Eficaz contra nematóides
✦ Dose em dobro: possibilidade de sinais de intoxicação transitória
✦ Alta eficácia para vermes pulmonares
✦ Indicado para ruminantes e suínos🐮🐷
TETRAMISOL➤ desuso por ser uma mistura de 2 isômeros, sendo apenas o isômero
levamisol ativo
LEVAMISOL➤ Oral ou injetável
Pirimidina�
✦ Eficaz contra nematóides
✦ Administração oral
🐶 Cães
● Seguro
● Uso em gestantes e lactantes e lactentes
● Boa combinação com outros antiparasitários
PIRANTEL➤ Cães e equinos🐶🐴
MORANTEL E OXANTEL➤ Suínos e ruminantes🐷🐮
Piperazin�
✦ Eficaz contra ascarídeos
✦ Espectro de ação restrito
✦ Utilizado em suínos, aves, equinos, cães e gatos e ruminantes
✦ Seguro em todas as idades
✦ Fármaco antigo
Organof�sforad��
✦ Drogas commaior toxicidade: são poucos seguros
✦ Efeitos em alguns nematóides
✦ Diversos efeitos colaterais
✦ Pouco utilizados
DICLORVÓS, TRICLORFON, HALOXON E COUMAFÓS➤ uso interno
Isoquinolona�
✦ Eficaz contra cestóides
✦ Muito seguros
✦ Utilizados em cães e gatos
✦ Disponíveis também para ovinos, caprinos e aves
PRAZIQUANTEL E EPSIPRANTEL
Salicilanilida� / su�stitut�� fenólic��
✦ Uso em ruminantes🐮
✦ Contra formas adultas das fascíolas
✦ Eficazes contra Haemonchus contortus
✦ Cuidado especial com animais debilitados: utilizar um produto mais seguro antes
✦ Não utilizar closantel em animais no terço final da gestação
✦ Relatos de cegueira permanente em caprinos na utilização de closantel
NITROXINIL, DISOFENOL E CLOSANTEL
Lactona� Macrocíclica�
✦ Endectocidas
✦ Revolucionaram o controle parasitário na década de 80
✦Muito eficazes em doses muito baixas contra nematóides e artrópodes
✦ Ineficazes contra cestódeos e trematódeos
✦ Custo mais elevado
✦ Permanecem na corrente circulatória por mais tempo
DORAMECTINA➤ ruminantes e suínos
EPRINOMECTINA➤ bovinos, uso pour on, sem período de carência no leite
IVERMECTINA
➤ Uso em ruminantes, equinos, suínos para nematóides e artrópodes
➤ Em cães e gatos aprovado apenas para controle de D. immitis em doses muito baixas
● Pode produzir efeitos colaterais graves em cães e gatos, principalmente em
collies.
MILBEMICINA OXIMA➤ Cães e gatos – contra larvas de D. immitis e ácaros
causadores de sarnas
MOXIDECTINA
➤ Uso em herbívoros: Nematóides e artrópodes
➤ Cães: larvas de D. immitis, eficaz contra nematóides e ácaros – seguro em collies
SELAMECTINA➤ Nematóides de cães e gatos
NOVOS PRINCÍPIOS ATIVOS
Monepantel (zolvix): amplo espectro (nematóides de ovinos, via oral)
Ectoparasiticidas
DERIVADOS DE HIDROCARBONETOS
➔ Cresóis (creolina), fenóis, xilenóis
➔ Ectoparasiticidas, desinfetantes, fungicidas e bactericidas
✔ Indicados para limpeza de instalações
🐱Tóxicos para gatos
⚠ Irritantes e corrosivos para pele e mucosas
ORGANOFOSFORADOS
➔ Coumafós, clorfenvinfós, fentiona, diazinon, malation, triclorfon e diclorfós
➔ Ectoparasiticidas: carrapatos, bernes, ácaros, piolhos, moscas e pulgas
➔ Contra nematoides
⚠ Uso oral ou injetável = maior toxicidade
CARBAMATOS
➔ Carbaril, metilcarbamatos e propoxur
“chumbinho”
➔ Contra pulgas, piolhos, carrapatos, moscas, baratas e como repelentes
🐝Carbaril: extremamente tóxico para abelhas
FORMAMIDINAS
➔ Amitraz
➔ Eficaz contra carrapatos e ácaros da sarna
➔ Aprovado para uso em ruminantes, suínos e cães.
➔ Já testado em gatos com boa segurança
✖ Não tem boa eficácia contra insetos
⚠ NÃO pode ser usado em equinos🐴
LACTONAS MACROCÍCLICAS
Milbemicinas
➔ Oxima (oral) ou moxidectina (injetável)
➔ Seguro para collies
➔ Oxima = uso em cães🐶
➔Moxidectina = uso em animais de produção🐮
Ivermectina
➔ Ectoparasita seguro
🐶Cães: 6 microgramas/kg/mês - via oral para todas as raças para prevenção da
dirofilariose
➔ Doses de 200 a 400 microgramas/kg/dia SC apresentam bom resultado para
tratamento de sarna demodécica em cães – não aprovado
Espinosinas e Eprinomectinas
🐮Uso em bovinos e cães🐶
➔ Não requer período de carência para leite
➔ Eficaz contra carrapatos, bernes, pulgas e piolhos
NITROGUANIDINAS
➔ Imidacloprid: uso tópico
➔ Nitempiram: uso oral
🐶Pulicidas para cães e gatos🐱
➔ Nitempiram tem ação curta (1-2h no máximo) e também tem efeito contramiiases
FENILPIRAZÓIS
➔ Fipronil
➔ Inseticida e acaricida
➔ Ampla margem de segurança
⌛Longo poder residual
🐮Uso em bovinos e carnívoros
INIBIDORES DA SÍNTESE DE QUITINA
➔ Fluazuron
🐮Controle de carrapato em bovinos
➔ Lufenuron
🐶Em cães e gatos, interrompe o ciclo de vidada pulga, mas não mata os adultos
ANÁLOGOS DO HORMÔNIO JUVENIL
➔Metopreno e piriproxifen
➔ Interrompem desenvolvimento de ovo-larva-pupa
➔ Não é adulticida
⌛Longo poder residual
➔ Uso no ambiente e tópico nos animais
Resistência aos
antiparasitários
A chance de um parasito apresentar resistência individual natural a uma molécula é de 1
em mil
PRINCIPAIS RELATOS DE RESISTÊNCIA⚠
🐐Helmintos de pequenos ruminantes (principalmente Haemonchus)
🐴Helmintos de equinos (pequenos estrôngilos)
🐮Helmintos de bovinos (trichostrongylus, cooperia)
🐮Ectoparasitos de bovinos: carrapatos e mosca do chifre
🐷Protozoários de aves e suínos: Eimeria
RESISTÊNCIA:MOSCA DO CHIFRE
Resistência a inseticidas torna-se evidente após seleção por 20 a 30 gerações,
dependendo da classe inseticida
RESISTÊNCIA DOS PARASITOS
➤ É o aumento significativo de indivíduos de uma população parasitária, capazes de
tolerar níveis de droga que são comprovadamente letais para a maioria dos indivíduos
da mesma espécie
➤ A modificação genética que se traduz em mutações bioquímico-moleculares que
resultam na redução do efeito de um fármaco na célula/organismo
➔Modificação da captação da droga (chegada) ao sítio de ação
➔Modificação em seumetabolismo (inativação) ou efluxo
➔ Alteração nos receptores celulares: diminuição no seu número ou conformação
química, diminuindo a afinidade do fármaco
SURGIMENTO DA RESISTÊNCIA PARASITÁRIA
❶ Frequência gênica muito baixa dos alelos que conferem resistência
- Administração do vermífugo -
❷ Tratamentos sucessivos com a mesma droga ou grupo de açãomatam os
portadores de genótipos susceptíveis, sobrevivendo apenas os genótipos RR e RS
❸ Os poucos helmintos que sobrevivem à sucessão de tratamentos estão genética e
molecularmente capacitados para resistir ao efeito deste tipo de fármaco, e a se
reproduzir, contaminando o ambiente
❹ O seletivo desaparecimento dos genótipos suscetíveis leva ao surgimento de
gerações cuja a maioria dos indivíduos é resistente
Quanto menos alelos envolvidos na resistência, mais provável será de
ser a maioria dos parasitos resistentes
A velocidade da resistência parasitária depende:
➤ Tipo de herança: dominante, recessiva, monogênica, poligênica, ligada ao sexo
➤ Intervalo de gerações: tempo do ciclo evolutivo
➤ Pressão de seleção: administração do fármaco
➤ População em refúgio: porção da população total que não sofreu pressão de seleção
POPULAÇÃO REFÚGIA
Porção da população total que não sofreu pressão de seleção = não recebeu vermífugos
➔ Se possuir 20% em refúgio = 50% dos indivíduos se tornam resistentes após 20
gerações
➔ Se possuir 0% em refúgio = 50% dos indivíduos se tornam resistentes após 1 geração
TESTE DE REDUÇÃO DE OPG
- Mínimo de 10 animais por grupo
- Comparação do OPG do dia “zero” e do dia 10 ou 14 após o tratamento
- uso de grupo controle
- cultura de larvas para detectar a espécie resistente
⇒ Determinação do percentual de redução
x 100𝑅% = (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝𝑟é 𝑡𝑡𝑜) − (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝ó𝑠 𝑡𝑡𝑜)(𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑝𝑟é 𝑡𝑡𝑜)
⇒ Determinação do percentual de eficácia
x 100𝐸% = (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒) − (𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑝ó𝑠 𝑡𝑡𝑜)(𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑜𝑝𝑔 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑜𝑙𝑒)
TIPOS DE RESISTÊNCIA
➔ Resistência paralela: entre compostos com modo de ação similar (entre
benzimidazóis, entre piretróides)
➔ Resistência cruzada: resistência entre compostos com modos de ação diferentes
➔ Resistência múltipla: Resistência a dois ou mais grupos de antiparasitários
REVERSÃO
Depende da frequência dos parasitos resistentes na população
Nematóides = reversão muito lenta ou inexistente
- H. contortus resistente 5 anos sem ação de benzimidazóis = quando novamente
submetido = 90% resistente após 3ª dosificação
PROGRAMAS DE CONTROLE
➤ Tratamento terapêutico
Quando animais apresentam sinais clínicos
- Parasitos já provocaram os danos e contribuíram para contaminação ambiental
➤ Tratamento supressivo
Tratamentos que evitam que o parasito complete seu ciclo
Requer tratamentos com alta frequência
GRANDE pressão de seleção
➤ Tratamento estratégico
Tratamento quando estiverem em menor número no ambiente
Leva em conta epidemiologia do parasito na região
➤Mecanismos de liberação lenta
Bólus
- Liberação irregular do produto
- Incompatível com o peso do animal (ganho de peso)
Antiparasitários de longa ação
- Maior pressão de seleção
➤ Controle da resistência
CONTROLE DA EFICÁCIA - redução de OPG
- R = (opg pré tto) - (opg pós-tto) / (opg pré-tto)
Não utilizar produtos com menos de 90-95% de eficácia
Rotação anual de princípio ativo
Diminuição da pressão de seleção: utilizar vermífugos de forma estratégica
- divisão do rebanho em categorias: as mais sensíveis colocar em pastagens mais
seguras
Aumento da população do refúgio
- tratamento seletivo: somente o animal que precisa de desverminação
- dosificação individual: OPG, FAMACHA
Cuidados na administração da droga
- pesagem correta do animal
- doses internacionalmente recomendadas
- certificar que a dose total foi realmente administrada
- jejum prévio no caso de dosificação oral
Rotação anual do princípio ativo
“Controle integrado”
➤ Sistemas de controle integrado
Tratamentos combinados com manejo do rebanho e seleção de animais resistentes (IA)
↪ Rotação de pastagens
- Evitar sobrepastejo contínuo
- Normalmente a rotação é feita com intervalo curto, o que favorece o
desenvolvimento das larvas e permite que elas fiquem aptas para infectar o
hospedeiro.
- O ideal a ser feito é intercalar com outra espécie ou fazer um intervalo mais
longo (60-90 dias)
- Pode ser feito com bovinos adultos e bezerros também, já que os adultos
possuem mais resistência
↪ Sistema trata-move: Leva para o outro ambiente somente os parasitos resistentes, o
que antecipa o aparecimento da resistência já que não existe população refugia
naqueles animais, então apenas os parasitos resistentes vão se reproduzir
↪ Animais adquiridos: desverminação e quanterentena
↪ Confinamento de categoriais susceptíveis
↪ Seleção de animais resistentes: herdabilidade baixa, portanto é preciso de vários anos
de seleção para ter algum efeito
↪ Raças resistentes: alguns ovinos (deslanados) são mais resistentes ao haemonchus
↪ Controle biológico: fungo na ração porque o fungo é ovicida e larvicida. Ainda não
funciona bem, está sendo estudado
↪ Vacinas: ainda estão sendo pesquisadas
Gastroenterite parasitária
Verminose – Helmintos
Gravíssimo em regiões de:
- clima ameno
- precipitações constantes durante o ano
- criações intensivas em pastagens: altas lotações
Perdas econômicas
➤ mortes, animais doentes, perda de peso e de lã
➤ diminuição da fertilidade, do ganho de peso, da quantidade de lã produzida
➤ aumento da idade à primeira cobertura
HAEMONCHUS CONTORTUS
Parasitos hematófagos do abomaso
- larvas l4 e l5 também são hematófagas
- 1 fêmea adulta suga 0,05mL de sangue/dia
- 5000 fêmeas adultas sugam 250 ml de sangue/dia
Ovos estrongilidiformes
SINAIS CLÍNICOS
- Apatia
- Quando em infecções mistas
● Edema submandibular (papeira): porque diminui a pressão oncótica
● Diarreia
● Retardo no desenvolvimento
- Morte
- Baixa condição corporal em infecções crônicas
CICLO BIOLÓGICO – nematóides
DIAGNÓSTICO
- Sinais clínicos
- Necropsia
- Exame de fezes = OPG
- contagem de larvas na pastagem – não é feito
- Histórico da pastagem
FATORES QUE INTERFEREM NO GRAU DE VERMINOSE
CLIMA
- O desenvolvimento do ovo a L3 e o tempo de sobrevivência da larva L3 no meio
depende de: temperatura, umidade, oxigênio
● Silagem é uma estratégia de retirada de oxigênio da pastagem, podendo impedir
a sobrevivência da larva
● Fenação é o processo de tirar a água da pastagem e também diminui a
sobrevivência das larvas também
SUSCETIBILIDADE DO HOSPEDEIRO
- Idade (adultos são mais resistentes)
- Condição fisiológica
- Aumento pós puerperal em ovinos e caprinos: fêmeas hospedeiras sob ação do
hormônio prolactina (entrando em lactação ou produzindo leite) faz com que as fêmeas
parasitos fiquem mais férteis e coloquem mais ovos – usar um vermífugo pós parto podeser uma estratégia para evitar
- Nutrição: Animais bem nutridos sobrevivem melhor a qualquer parasitismo
- Sanidade: Rebanho com doença crônica é mais sensível a verminose
CATEGORIAS MAIS SENSÍVEIS
➤ cordeiros após o desmame
➤ ovelhas em lactação
➤ bezerros até 1 ano
MANEJO
- Alta lotação das pastagens: muitos animais na mesma pastagem desfavorece os mais
sensíveis
- Alta contaminação de pastagens
- Mescla de categorias com diferentes suscetibilidades na mesma pastagem: animais
mais jovens ou em lactação
FORMAS DE CONTROLE DA VERMINOSE
Não há possibilidade de eliminação completa do parasitismo dos rebanhos
- rebanhos devem conviver com o parasitismo em equilíbrio
- Planejamento detalhado para controle e vigilância constante
Nos animais: desverminação, seleção de animais resistentes a verminose (longo prazo,
herdabilidade baixa), suporte ao sistema imune (boa alimentação, boa sanidade, bem
estar)
No ambiente: manejo do rebanho, manejo das pastagens
IDEAL = controle integrado de parasitas
Visa o uso de práticas de controle pelas quais os anti helmínticos não são usados
isoladamente
➔ Ferramentas de manejo de rebanho
➔ ferramentas de manejo de pastagens
➔ seleção de animais resistentes
➔ Menor número possível de desverminação = manutenção da população refúgio
suscetível
EPIDEMIOLOGIA
- 70-85% estão no ambiente
- 15-30% no hospedeiro
- helmintos mais férteis: maior capacidade de sobrevivência e de postura
CONTAMINAÇÃO DO AMBIENTE
70-85% da população de nematódeos
sobrevivência média de 60 -180 dias na pastagem em condições favoráveis
Algumas espécies podem perdurar de um ano para outro
PRÁTICAS DE CONTROLE DE VERMINOSE NA PASTAGEM
- Plantar forrageiras que possam ser manejadas mais altas (acima de 15cm): as larvas não
conseguem subir em pastagens muito altas
- Formar vários piquetes (cerca elétrica para deixar mais barato): poder deixar pastagens
descansando mais tempo
- Permitir um intervalo de descanso entre pastejos o mais longo possível: para ocorrer
uma alta mortalidade das larvas
- Utilizar restevas da agricultura
- Utilizar pastejo alternado com bovinos e equinos adultos ou bovinos adultos com
pequenos ruminantes
- Utilizar pastagens anuais: precisa plantar todo ano
- Reservar para fenação ou silagem as forragens dos piquetes muito contaminados
- Reservar piquetes descontaminados para ovelhas e cabras em lactação
- Reservar outro piquete descontaminado para filhotes desmamados
- Eliminar a pastagem em áreas de solário ou aonde os animais ficam presos
- Nunca jogar o esterco sem tratamento diretamente na pastagem
CONTROLE DA VERMINOSE NOS ANIMAIS
- alimentar adequadamente cada categoria
- soltar em piquetes pré-determinados: piquetes menos contaminados para categorias
susceptíveis
- ter maior cuidado com a categoria mais sensível: dedicar especial atenção às fêmeas
em lactação e filhotes acima de 2 meses
- Manter os animais sempre bem alimentados = resistem mais à verminose
- Prevenir outras doenças = boa imunidade = melhor resistência
- Confinamento: Evita a ingestão de pastagens contaminadas, confinamento com
incidência de sol
DROGAS ANTI HELMÍNTICAS
GRUPO 1 – BENZIMIDAZÓIS
GRUPO 2 – IMIDAZOTIAZÓIS
GRUPO 3 - LACTONAS MACROCÍCLICAS
AVERMECTINAS MILBEMICINAS
GRUPO 4 - SALICILANÍDEOS e SUBSTITUTOS FENÓLICOS
Qual usar?
- Espectro de ação X parasitos existentes
- Via de administração
- Tempo de meia vida
- Relação custo : benefício
- Ocorrência de resistência:mais importante
Desverminação
- Utilize a dose de vermífugo conforme o peso do animal
- Nem sempre as doses recomendadas na bula são as doses corretas
- Somente utilize vermífugo eficaz (teste de vermífugo)
TESTE DE VERMÍFUGO – ovino, caprino e equino
Para saber quais vermífugos podem ser utilizados com eficácia no seu rebanho e
controlar a resistência
Para cada princípio ativo a ser testado:
- Mínimo de 10 animais identificados (tatuagens, brincos, tinta, pulseiras, etc)
- Desverminação com dose correta
- Colheita de fezes
- Avaliação OPG no momento da desverminação
- Avaliação do OPG 10 a 15 dias depois da desverminação
COPROCULTURA
Cultura de larvas Identificar espécies ou gêneros de parasitos cujos ovos são
semelhantes.
Ex: ovos estrongilidiformes em ruminantes e equinos
Avalia-se: 100 ou 200 larvas
- Resultado em % por espécie, por ex:
50% de larvas de Haemonchus sp.
25% de larvas de Trichostrongylus sp.
25% de larvas de Cooperia sp.
Utilizar vermífugo de amplo espectro nesse caso
Utilização responsável do anti-helmínticos
- Somente utilizar vermífugos que tenham sido testados e que apresentem % de
redução de opg superior a 90%
- Testar os vermífugos em cada propriedade
- Caso não haja vermífugo funcionando: testar associações de princípios ativos
- Teste de vermífugo anual
CONTROLE DA RESISTÊNCIA
- Diminuição da pressão de seleção: número de tratamentos químicos
➔ Estratégico
➔ Tático: Divisão do rebanho em categorias
- Aumento da população de refúgio:
Dosificação individual: sistemas de marcação OPG FAMACHA
➔ Se desverminar pela média do OPG do lote tem necessidade de realização do
exame
➔ Utilização de vermífugos em alguns indivíduos que não necessitam:
Aumento da pressão de seleção dos parasitas
Gastos com vermífugos
➔ Período de carência do consumo da carne e leite
Animais resilientes: capazes de suportar os efeitos dos parasitas (podem ter OPG alto)
Resistentes: não se contamina; parasita não chega a se desenvolver; é eliminado
Suscetíveis: contaminam-se e têm sinais clínicos
Quando desverminar:
MÉTODO FAMACHA
- Diminui a pressão de seleção sobre os parasitas
- Da chance de reconhecer os indivíduos (ovinos ou caprinos) dentro do rebanho
que sejam mais resistentes
- Norteia o momento da desverminação
Cestóides em ruminantes
Achatados com proglotes
Moniezia spp→ adultos no intestino dos ruminantes (HD)
Os outros cestóides os ruminantes são hospedeiros intermediários
Larvas em vários tecidos do ruminantes = são os HI
• Cysticercus bovis - T. saginata - Músculo
• Cysticercus ovis - T. ovis - Músculo
• Cysticercus tenuicollis - T. hydatigena - Peritônio
• Coenurus cerebralis - T. multiceps - SNC
• Cistos hidáticos - Echinococcus granulosus - Pulmão/fígado
COENURUS: vesícula que apresenta no seu interior vários escólex invaginantes - HI
ruminantes
➤ Taenia multiceps - cão
CISTO HIDÁTICO: cisto revestido por epitélio germinativo com vários escólices livres -
HI ruminantes. O humano pode ser intermediário se ingerir fezes do cão com os ovos
➤ Echinococcus granulosus - cão
CISTICERCO: vesícula translúcida que apresenta no seu interior um escólex, que está
invaginado e que pode apresentar rostelo com ganchos ou não
➤ Taenia hydatigena - HD cão, HI ruminantes
➤ Taenia ovis - HD cão, HI ovinos
Cestóides com ciclo em ruminantes e cães - PREVENÇÃO
- Evitar o abate clandestino
- Não fornecer vísceras cruas ou mal cozidas para cães
- Desverminação periódica em cães de áreas rurais com PRAZIQUANTEL
- Evitar promiscuidade entre cães e homem
- Educação sanitária
- Identificar áreas endêmicas e realizar campanhas de controle
- Diminuir a população de cães errantes
- Não funciona a desverminação dos ruminantes como HI
➤ Taenia saginata - HD humanos, HI bovinos
➤ Taenia solium - HD humanos, Cysticercus cellulosae HI suínos
- Humano com neurocisticercose: Precisa ser ingerido os ovos que estão nas fezes
do humano. Água/alimentos contaminados com fezes
Tratamento/prevenção - cisticercose e teníase
• não há tratamento efetivo contra os cisticercos em animais
• HD (homem): desverminação – praziquantel
Controle e prevenção
Cisticercose
• Saneamento básico
• Tratamento esgoto humano
• Lavagem cuidadosa dos alimentos
consumidos
• Tratamento das pessoas com teníase
(médico)
Teníase
• Saneamento básico
• Tratamento esgoto humano
• Impedir que fezes humanas cheguem
nas pastagens
• Tratamento das pessoas com teníase
(médico)
• Não consumir carne mal passada ou
crua
• Inspeção sanitária nos abatedouros
• Localização dos rebanhos com
problema para controle
MONIEZIA EXPANSA
Hospedeiro definitivo: ruminantes
Hospedeirointermediário: ácaros
Local: forma adulta no intestino delgado
Forma larvar: cisticercóide
→ Adultos: medem de 1 a 5 metros, escólex não possui rostelo, mas possui ventosas.
→ Assintomática
→ Altas infecções = obstruções intestinais
→ Presença de proglotes nas fezes
→ Diagnóstico: Ovos em técnicas de flutuação
TRATAMENTO E CONTROLE
- Vermífugos contendo: niclosamida, praziquantel, bunamidina, benzimidazóis
(albendazol 10 mg/Kg; fenbendazol 10 mg/Kg - oral)
- Controle dos ácaros nas pastagens
- Difícil
- Aragem e replantio
Método
FAMACHA
Controle de Haemonchus contortus
➤ Método seletivo de tratamento dos animais
➤ Baseado na coloração das mucosas: parasito hematófago
➤ Comparação com um cartão padrão
➤ Apenas uma minoria dos animais não é capaz de resistir aos efeitos do parasitismo
por Haemonchus
➤ Tanto a resistência quanto a resiliência são características herdáveis, passíveis de
serem transmitidas para a progênie, embora em um nível mediano
• Portanto, os animais podem ser selecionados ou descartados baseados nestas
características
➤ Existe uma relação das cores do cartão com o grau de hematócrito
QUEM AVALIAR?
➔ Todos os animais do rebanho devem ser avaliados
• Eventualmente, se não houver possibilidade de avaliar todos, dar preferência
sempre às categorias mais susceptíveis
➔ Se o rebanho for muito grande, uma amostragem pode ser avaliada
• Caso o número de animais classificados nas categorias 1 e 2 seja superior a 80% (ou,
preferencialmente, 90%) e se nenhum animal com grau 4 ou 5 for identificado, há
pouco risco de hemoncose severa
• No entanto, se houver algum animal com escores 4 ou 5, ou caso a porcentagem de
animais na categoria 3 exceder 10 a 20%, é necessário examinar TODOS os animais
QUEM DESVERMINAR?
1 e 2 – não precisam ser desverminados
4 e 5 – precisam ser desverminados
CLASSIFICADOS COMO 3
➔ Caprinos – devem ser desverminados
➔ Ovinos – se estiverem magros, se forem categorias muito susceptíveis, se a próxima
avaliação for demorar
Propriedades com vermífugos pouco eficazes
➔ Se uma grande proporção (>10%) do rebanho é considerada anêmica (categorias 4 e
5), em qualquer exame:
• É recomendável a desverminação de todos os animais e a remoção do lote (3-4 dias
depois) para outra pastagem
➔ Animais com papeira devem ser tratados mesmo que não apresentem anemia
➔ Os animais desverminados devem ser marcados
QUANDO AVALIAR?
➤ Em média, os animais devem ser examinados pelo menos a cada 2 a 3 semanas
➤ No verão,nas áreas de clima ameno e muito úmidos, chuvosos ou com irrigação,
pode ser necessário monitorar o rebanho mais freqüentemente
➤ Em alguns casos, pode ser necessário a avaliação semanal: situações de emergência
➤ Categorias mais susceptíveis devem ser avaliadas mais freqüentemente
➤ Propriedades com altas lotações também podem necessitar de avaliações mais
freqüentes
VANTAGENS
➔ Baixo custo
➔ Fácil leitura
➔ Qualquer pessoa devidamente treinada pode executar
➔ Reduz a quantidade e a freqüência do uso de vermífugos
➔ Aumenta a população de parasitos em refúgio
➔ Reduz o processo de resistência do parasito à droga
➔ Seleção dos animais que mais suportam o parasitismo (“resilientes”) e resistentes
➔ Descarte dos animais que necessitam de tratamentos frequentes
➔ Identificar animais que escaparam do tratamento ou foram dosificados de forma
incorreta
➔ Animais ficam mais calmos e facilmente manejáveis
➔ Integrar a inspeção dos olhos com outras atividades:
• Vacinação
• Pesagem
• Escore corporal
• Presença de ectoparasitos
Resilientes: capazes de suportar os efeitos dos parasitas – pode ter OPG alto
Resistentes: não se contamina; parasita não chega a se desenvolver; é eliminado
Suscetíveis: contaminam-se e têm sinais clínicos
CUIDADOS COM O MÉTODO
➔ Necessidade de treinamento do avaliador
➔ Apenas a infecção por Haemonchus pode ser avaliada
➔ Realizar exame de fezes de cultura de larvas a cada 6-8 semanas
➔ Caso outros parasitos sejam mais importantes, adotar outras formas de controle
➔ Deve-se observar outros sinais típicos de verminose
• Diarréia, apatia, emagrecimento, edema submandibular (papeira)
➔ Deve-se observar outras causas de anemia:
• Fasciola hepatica, Parasitas externos e sanguíneos, Carência nutricional
➔ Deve-se observar causas de hiperemia (vermelhidão) de mucosas:
• Corpo estranho (poeira); Conjuntivites; Toxemia; Falta de luz
➔ Categorias mais sensíveis devem ser examinadas mais frequentemente:
• Cordeiros com mais de 3 semanas de idade
• Ovelhas no final de gestação
• Ovelhas em lactação
• Durante o verão
FAMACHA© CONTRIBUI PARA UM PROGRAMA DE CONTROLE EFETIVO,
MAS NÃO SUBSTITUI
OUTRAS MEDIDAS DE CONTROLE DEVEM SER ADOTADAS,
SOB A ORIENTAÇÃO TÉCNICA
Protozoários dos ruminantes
Hemoparasito: Babesia sp.
Intestino delgado: Cryptosporidium sp. Eimeria sp. Giardia intestinalis
Aparelho reprodutor: Tritrichomonas foetus
Diversos tecidos: Sarcocystis sp. Toxoplasma gondii Neospora caninum
BABESIOSE
Bovino e bubalino: B. bigemina, B. bovis
Ovino: Babesia motasi, B. ovis
TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA TPB
Babesia + Anaplasma
Babesia bovis
Babesia bigemina
Anaplasma marginale
Anaplasma centrale
LOCALIZAÇÃO NO HOSPEDEIRO – BABESIA
Sangue Periférico (alta parasitemia) = anemia hemolítica (B. bigemina)
OU
Viscerotrópica (B. bovis) - mais rara, tem preferência por sangue que circula em
vísceras, podem causar doença sem alta parasitemia, os animais podem sofrer infecções
letais com formação de trombo cerebral sem apresentar anemia = sinais neurológicos
TRANSMISSÃO
I - Por carrapatos: Rhipicephalus (Boophilus) microplus
Machos dos carrapatos = longevidade e mobilidade tem importância epidemiológica
II - Iatrogênica: Transfusão sanguínea, cirurgias e vacinações
III – Transplacentária: fetos infectados pela fêmea infectada durante a gestação – não
acontece em todas as vezes
IV- Insetos Hematófagos: moscas hematófagas Tabanus, Stomoxys e mosquitos = Não
deve ser considerada como epidemiologicamente importante
SINAIS CLÍNICOS NO BOVINO
Babesia bigemina (anemia hemolítica)
• Febre próxima de 40º C
• Anemia
• Debilidade geral
• Prostração
• Desidratação
• Hemoglobinúria – fase mais avançada da doença (urina de cor de café)
• Às vezes pode ocorrer icterícia por causa da grande ruptura de hemácias
• Cerca de 75% dos eritrócitos podem ser destruídos num espaço de poucos dias. –
quando o rebanho tem anticorpos a doença tende a ser mais branda
• A anemia é o principal fator causador de fraqueza e perda da condição corporal.
Babesia bovis (neurológica)
• Febre próxima de 40º C
• Anemia
• Debilidade geral
• Desidratação
• Raramente produz hemoglobinúria
• Ação viscerotrópica com bloqueio dos capilares e congestão de órgãos, que podem ser
vistos à necropsia – Necropsia com cérebro de aspecto rosado
• No SNC, quadros neurológicos de incoordenação, movimentos de pedalagem,
salivação e opistótono (torções do pescoço) – quase indistinguíveis de raiva
ACHADOS DE NECROPSIA
• Toda a carcaça pode estar ictérica ou pálida. O sangue pouco viscoso (hematócrito
baixo) e o plasma pode estar avermelhado – com hemólise
• Edema pulmonar ou subcutâneo
DIAGNÓSTICO
• Presença de Babesia spp nos eritrócitos de esfregaços sanguíneos.
- Esfregaço sanguíneo corado – somente será positivo no pico febril, então não é um
diagnóstico prático
• PCR: caro, resultado demorado (5 dias) e o animal precisa ser tratado logo. É
interessante para diferenciar o agente que está causando a anemia
• Sorológicos: também não é muito viável, serve para fazer levantamento epidemiológico
geográfico – indica que o rebanho tem anticorpos
* ELISA
* Imunofluorescência indireta
TRATAMENTO DA BABESIOSE
1- BENZADIAMIDINAS (Ganaseg®; Babesin®)
• Normalmente bem toleradas, mas podem induzir tremor muscular, salivação,
taquisfigmia e hipotensão
• 3,5 mg/kg PV SC ou IM (bovinos)
2 – DIPROPIONATO DE IMIDOCARB (Imizol®)
• 1,2 mg/kg PV SC ou IM
TRATAMENTO ANAPLASMOSE – Antibióticos
3 – Oxitetraciclina de longa ação (Terramicina LA®, Terramicina®, Talcin®, Oxivet
LA®, Oxitac®, Oxiritard®, etc).
• 10 mg/kgpor 3 dias
TERAPIA DE SUPORTE
Antipirético
Transfusão sanguínea
Suplementação alimentar: ferro, vitaminas, proteínas
TRISTEZA PARASITÁRIA BOVINA – CONTROLE
- Zona endêmica: Controle do carrapato – o carrapato estimula o sistema imune a
produzir anticorpos
- Zona de instabilidade enzoótica: (quando não tem carrapatos, o sistema imune não é
estimulado) Controle do carrapato no pico de ocorrência; Vacinação/pré imunização se
necessário
- Zona indene (livre): Quarentena dos animais introduzidos (vigilância epidemiológica);
Pré Imunização de animais importados
VACINAÇÃO
• No Brasil, as vacinas são baseadas tanto em cepas intactas de Babesia e Anaplasma
como em frações imunogênicas desses agentes.
• Vacinas baseadas apenas em eritrócitos infectados (congelados) têm sido amplamente
usadas substituindo a "premunição convencional" - com sangue total.
• Método seguro de imunização, garantindo proteção e não disseminando doenças.
• A vacina trivalente (B. bovis, B. bigemina e A. centrale), desenvolvida pela
EMBRAPACNPGC.
• EMBRAVAC®-HEMOPAR (armazenada em nitrogênio líquido)
• Não é 100% eficaz
• Foi testada em bezerros recém nascidos de alta suscetibilidade = bons resultados.
COCCIDIOSES – Eimeria e Cryptosporidium
EIMERIA
Comum em animais jovens e confinados parte do dia/dia todo
Protozoário do intestino delgado que causa diarréia em animais jovens
• Bovinos: diarreia, às vezes com sangue, em bovinos de menos de um ano de idade
• Ovinos e caprinos: maior problema em filhotes de 4 a 7 semanas - diarreia
CRYPTOSPORIDIUM
Kryptos = escondido (4 – 8 μm)
Localização: intracelular extra citoplasmática (vacúolos parasitóforos)
• ZOONOSE: não são todas as espécies que são, somente o C. parvum
• Mecanismo de infecção: ingestão de oocistos esporulados, auto-infecção interna (se
rompem dentro do intestino)
• Estádio infectante: oocisto esporulado
EPIDEMIOLOGIA - Cryptosp.
• C. parvum - alta morbidade/ baixa mortalidade
• mais associado a infecções até os 21-28 d, depois dos quais os animais se tornam
resistentes
• adultos e bezerros podem ser portadores assintomáticos
• Se aparecer a doença em adultos, é por imunossupressão ou ausência de anticorpos
• Bovinos: responsável por diarreia e emagrecimento em adultos jovens
• Ovinos: importante causa de diarreia em cordeiros até um mês de idade
DIAGNÓSTICO – CRYPTOSPORIDIUM
Precisa informar para o laboratório que a suspeita é cryptosporidium
• Coproparasitológico – esfregaços corados
• Histopatologia
• Técnicas Imunológicas:
- ELISA
- Imunofluorescência
- Pesquisa de coproantígeno: procura nas fezes a parte imune do agente – animal
infectado naquele momento
• Técnicas de biologia molecular: PCR
DIAGNÓSTICO – EIMERIA
• A presença de oocistos nas fezes de animais com diarreia não é suficiente para se
estabelecer o diagnóstico de coccidiose – precisa sinal clínico
• Diagnóstico diferencial:
* enterobacterioses
* viroses
* criptosporidiose e verminose
TRATAMENTO DA COCCIDIOSE
1. Cryptosporidium Halofuginona: 100 µg/Kg uma vez ao dia via oral, durante 7 dias
2. Eimeria
• coccidicidas - Sulfaquinoxalina: porém, só matar as eimerias dentro dos animais não é
o suficiente, porque eles se infectam novamente
• coccidiostáticos (orais, uso contínuo na fase suscetível) - Decoquinato - Amprólio -
• Monensina: impedem a reprodução da eimeria, mas não a infecção. Então esses
medicamentos ajudam a desenvolver a imunidade. Manejo comum na suinocultura e
avicultura
TOXOPLASMOSE EM RUMINANTES
HD: felinos – oocistos nas fezes
HI: mamíferos e aves – cistos nos diversos tecidos
Parasito intracelular obrigatório em: células do sistema nervoso central, endotélios e
músculos cardíacos e esqueléticos
Parasito causador de abortos ou nascimento de filhotes inviáveis nos HI
Gato defeca→ oocisto sai no ambiente→ contamina pastagem/água→ HD ingere o
oocisto ou cistos presentes na carne de animais infectados→ cisto em tecidos→
transmissão transplacentária (se a infecção for na gestação)→ aborto ou nascimento de
feto com problemas neurologios e visuais graves
1. Rara em bovinos, mais importante em cabras e ovelhas
2. NÃO causa doença clínica no adulto = morte embrionária, fetal, aborto e nascimento
de cordeiros e cabritos fracos
3. Forma de infecção = ingestão oocistos fezes do gato contaminado, ingestão de
alimentos contaminados por restos dos abortamentos
PEQUENOS RUMINANTES
➤ Os efeitos nos embriões/fetos= depende do momento da infecção da mãe
➤ Fêmeas normalmente abortam uma única vez
➤ Tecidos do abortamento são infectivos para humanos
DIAGNÓSTICO
• Necropsia: necrose – focos de até 2 mm nos cotilédones
• Histopatológico: encefalomielite não supurativa no feto
• PCR e imunohistoquímica do cérebro fetal: melhor método para ter certeza que o
agente está nesse achado.
• Sorologia materna
Ausência de Acs = descarta diagnóstico +
Presença de Acs = não confirma diagnóstico da causa do aborto
CONTROLE
• Evitar contato do alimento com fezes de gatos
• Quimioprofilaxia: monensina ou decoquinato - Queda nº abortos – medicar fêmeas em
parição
• Tratamento:
• sulfadiazina com a pirimetamina 3 X
• 3 dias intervalo de 2 semanas cada tratamento
• Não consumir carne ovina/caprina crua
NEOSPORA
Principal causa de aborto em bovinos
● A via transplacentária é a principal via de transmissão de Neospora caninum em
bovinos
HI: bovinos, ovinos, caprinos, eqüinos, gatos, cervídeos e bubalinos. Reprodução
assexuada
HD: cão e o coiote. Reprodução assexuada e sexuada (parte sexuada no intestino)
Transmissão para ruminantes (HI)
1. Ingestão de oocistos das fezes do cão
2. Transplacentária – gestações subsequentes:
• Principal forma de disseminação de Neospora caninum em bovinos, mantendo a
infecção por várias gerações.
• Ocorre também em ovinos, caprinos, felinos, macacos e cães.
• Muito eficiente, mais de 90% dos bezerros que nascem de vacas infectadas
apresentam o parasito.
3. Cão – ingestão tecidos com cistos
Taquizoítos: Quando rompem as células e multiplicam de forma rápida, causando a
forma aguda e que formará os Bradizoítos (cistos)
Em rebanhos bovinos a neosporose ocorre de duas formas:
● Surtos epidêmicos: Alto percentual do rebanho aborta num curto espaço de tempo
(mais de 30%) - provavelmente, ingestão de alimento e/ou água contaminados com
oocistos de cães infectados.
● Após o surto: animais cronicamente infectados - aborto endêmico (quando as mães
transmitem para os filhos, com isso as taxas de abortos caem em relação a fase de surto
epidêmico).
● Forma endêmica: Conseqüência da transmissão vertical - taxas anuais de aborto
elevadas (superiores a 5%) que ocorrem em qualquer época do ano. Geralmente
ocorrem em rebanhos cronicamente infectados, pois há reativação da doença durante a
prenhez.
SINAIS CLÍNICOS
➤ Sinais em bezerros que nascem vivos: acometimento neurológico: ataxia, reflexos
diminuídos e exoftalmia ou aparência assimétrica dos olhos.
➤ Vacas: abortos a partir do 3° mês de gestação – 5 a 6 meses = + comum.
➤ Novilhas: abortam mais do que vacas adultas
DIAGNÓSTICO
• Imunohistoquímica - na placenta, cérebro e olho do feto afetado.
• IFI e ELISA - para descobrir anticorpos para saber se a mãe já teve contato com o
agente.
• Isolamento em cultivo celular - caro e raro, apenas para pesquisas científicas.
CONTROLE
• Medidas sobre o hospedeiro definitivos (Cães)
○ Evitar alimentar cães domésticos com carnes cruas.
○ Enterrar ou cremar os fetos abortados e natimortos.
• Medidas sobre os hospedeiros intermediários (Herbívoros).
○ Evitar ingestão de oocistos: proteger os alimentos.
○ Eliminação de matrizes infectadas.
○ Vacina: Bovilis Neoguard desenvolvida pela Intervet, contém taquizoítos inativados de
N. caninum - diminui o índice de abroto mas não totalmente
• Eficácia da vacina (diminui o índice de aborto, mas não é muito eficaz).
• Animais vacinados e infectados (sorologia)
Controle e tratamento do carrapato bovino
RHIPICEPHALUS (BOOPHILUS) microplus
• Espoliação
• Transmissão de agentes patogênicos – babesia e anaplasma
• Lesões no couro
• Perda de peso
• Custos commão de obra
• Custos com medicamentos
• Resistência aos carrapaticidas
A maior taxa de resistência é a cipermetrina, seguida pela deltametrina e alfametrina –
Piretróides são os que eles são mais resistentes: esses são todos de contato
5 passos para o controle estratégico do carrapato bovino
- conhecer a biologia e epidemiologia: ambiente, clima
- Realizar testes de diagnóstico da situação:
- construção e adequação de equipamento e infraestrutura
- treinamento de pessoal
- definição das medidas de controle
DESAFIOS NO CONTROLE
- reduzir as infestações a níveis toleráveis
- obter de resultados favoráveis no controle – melhorar a efetividade dos tratamentos
- conscientizar o produtor sobre a importância das medidas adequadas de controle, - -
- químicas e não químicas
- retardar o aparecimento da resistência
- evitar o aparecimento de surtos de TPB
- repassar conhecimento sobre métodos de controle- treinar mão de obra
- responsabilidade sobre os níveis de resíduo
Carrapaticidas disponíveis
• Organofosforados - não acha sozinho no mercado, acha associado ao piretróide
• Piretróides
• Formamidinas: amitraz
• Avermectinas (endectocidas): ivermectinas (pour-on e injetavel), abamectina,
doramectina
• Milbemicinas: moxidectin (injetável) , eprinomectina (injetável e pour-on)
• Fenilpirazol: fipronil (pour-on)
• Benzoilfeniluréia: Fluazuron (inibidor crescimento)
Manejo de Carrapaticida
● Utilizar o produto indicado no teste por, no máximo, doze meses;
● Repetir o teste anualmente;
● Bom senso e moderação.
Como é feito a via de aplicação:
● Aspersão ou imersão, são as mais utilizadas com os melhores resultados obtidos.
● A aplicação do banho tem que ser realizada por profissionais treinados, sabendo a
distância recomendada para realizar o banho e condições ideias de trabalho.
- Banhos individualizados, passando pelos dois lados do animal, tendo acesso ao
corpo todo.
- Equipamento ideal – bico com formato de leque
- Sequência operacional do banho
Quando iniciar os tratamentos
● O adequado programa de controle de carrapatos deve iniciar pelo ponto mais fraco
dos carrapatos, que é a época do ano, ou seja, a concentração dos banhos com
carrapaticidas deve ser nos períodos desfavoráveis ao desenvolvimento do carrapato
eliminando a geração mais vulnerável.
● Porque o controle se torna difícil:
○ A principal causa do insucesso do controle estratégico de carrapato é a interrupção
de sequência de tratamentos carrapaticidas.
Escolha do carrapaticida
● Princípio ativo eficaz - testado laboratório;
● Tempo de resíduo leite;
● Instalações e equipamentos disponíveis;
● Intervalo entre as aplicações (ideias de intervalos usados por medicamentos):
Alguns dos principais erros cometidos nas propriedades são:
● Preparação errada da calda: não homogeneização do produto e quantidade
insuficiente de calda por animal.
● Pressão baixa dos bicos de pulverização: utilização errônea do bico cônico.
● Não conter os animais na hora da aplicação;
● Aplicação da calda contra o vento, não banhando todas as partes do animal;
● Aplicação nas horas quentes do dia (não ser em dias de sol intenso ou de chuva) e não
uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) pelo produtor (escolher o produto
em relação ao meio ambiente).
● Garça Vaqueira (Controle biológico que auxilia na remoção dos carrapatos dos
animais):

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