Buscar

Trabalho de Educação e diversidade

Prévia do material em texto

*
*
 
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
KAREN LETÍCIA FRISKE – RA 406830
LAÍS REGINA SCHERER – RA 406831
NATÁLIA DA SILVEIRA CAVALHEIRO – RA 406832
VANESSA TAÍSA DE OLIVEIRA – RA 406836
DIVERSIDADE PRESENTE NO COTIDIANO ESCOLAR
Professora Tutora à Distância: Marcelo Ramon de Villa
Professora Tutora Presencial: Graziela Ortaça
Santo Ângelo 
2013
*
*
SÍNTESE	
 
	A diversidade cultural, ou seja, as diferenças culturais existentes entre o ser humano podem ser expressas das mais variadas formas, tais como: linguagem, dança, vestuário, religião e outras tradições como a organização da sociedade, que devem ser respeitadas por todos nós. 
	Nos dias atuais a escola está se adaptando quanto ao respeito a outras culturas, tais como a cultura indígena e a consciência negra, consideramos esta uma prática de imenso valor, pois todos os alunos acabam conhecendo as mais variadas culturas, ocorrendo ai uma mistura entre as já conhecidas por eles e as que estão sendo descobertas. Pois hoje em dia já pode se dizer que uma prática pedagógica sem multiculturalismo é uma prática sem sentido. O brasileiro é afetuoso e aberto, vive em grupos sociais e possui características herdadas dos índios e dos negros, não é única e por isso não podemos aceitar uma cultura padronizada.
	O conceito de igualdade originou-se na Antiguidade Clássica, em conjunto com a democracia. Na sociedade grega, todos os cidadãos eram iguais, participavam ativamente da vida política na polis, foi lá que surgiu a ideia de igualdade entre homens, sendo assim um lema (Rodrigues, 2005).
		
*
*
	
	
	Hoje em dia contamos com várias leis e direitos que defendem a igualdade entre povos. Um exemplo, é Declaração Universal dos Direitos Humanos, que assegura direitos iguais a todos os povos e Nações, desde arte e cultura até saúde e bem-estar para todos.
	No Brasil existem também órgãos de proteção dos direitos humanos, que funcionam para assegurarem os direitos expostos nesta declaração, mas que nem sempre funcionam de forma articulada. Muitas vezes, o cidadão comum tem dificuldade de localizar um órgão competente para encaminhar a sua denúncia. Isso também se aplica as pessoas vítimas de racismo e discriminação. 
	Conforme a Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial há necessidade de eliminar rapidamente a discriminação racial em todo o mundo, em todas as suas formas e manifestações, e de assegurar a compreensão e o respeito à dignidade da pessoa humana. 
	O Brasil é multicultural, nós somos um país único, mas é o berço de várias culturas que devem ser respeitadas.
	
*
*
A INVENÇÃO DA INFÂNCIA
*
*
“DEUS NOS FEZ TODOS IGUAIS PERANTE A ELE, PORÉM A VAIDADE MODIFICOU-NOS FAZENDO COM QUE OLHEMOS DIFERENTE AO NOSSO SEMELHANTE.”
*
*
NARRATIVAS 	
	Quando adolescente, no ensino fundamental, vivenciava situações em que no momento da leitura, com textos em voz alta na sala de aula por usar uma linguagem característica alemã, sofria preconceito por parte de meus colegas.
	Quando lia “errado”, eles riam fazendo com que me envergonhasse não conseguindo completar a leitura.
	Desde então, tenho dificuldades em realizar uma leitura fluente em voz alta, por parecer sempre estar vivenciando aquela situação.
	A professora, na época, pediu para que os colegas parassem de rir, mas como isso não ocorreu, anulou o trabalho que estava sendo apresentado, e aplicou uma prova com peso maior
	Atualmente é dado mais atenção para que não ocorra situações desse tipo em sala de aula.
	 A professora poderia ter conversado com os alunos, chamando a atenção para que isso não fugisse do controle.
	Ás vezes um diálogo é mais importante do que uma severa punição (prova).
 
KAREN LETICIA FRISKE
 
*
*
	 Já vi muitas situações de preconceito racial ou cultural no cotidiano escolar.
 Por exemplo, uma menina que por ser negra sempre foi excluída dos grupos de amizades da turma.
	 E outro menino sempre sofria com brincadeiras de mau gosto, mas nunca falava nada para a direção da escola, pois queria fazer parte daquele grupo de amizades, portanto sofria com o preconceito para fazer amizades.
	 A escola nunca tomou iniciativas além de levar os alunos para a direção, para assinar ocorrências, assim sempre voltavam a praticar o preconceito contra os colegas.
 	A direção da escola poderia ter tomado iniciativas mais rigorosas, pois se tratava de preconceito, o que nunca deveria acontecer no cotidiano escolar.
	Nos dias atuais ainda ocorre esse tipo de preconceito no cotidiano escolar , porém ainda há crianças que tem vergonha de relatar aos seus professores o preconceito que está sofrendo , podendo afetar seu desempenho escolar e futuramente seu desempenho profissional.
LAÍS REGINA SCHERER
*
*
	Quando estava na 7ª série do ensino Fundamental, conheci uma garota que era da 5ª série, ela sofria preconceito pelo fato dela ser “gordinha”, ninguém se aproximava dela por que tinham medo de serem vistos conversando ou brincando com ela.
	Ela ficava sempre sozinha, na hora da merenda se ela ia no refeitório todos ficavam olhando pra ela, ficavam rindo dela comer e falando que ia engordar ainda mais. Ela ficava constrangida com aquilo e começava a chorar, as vezes entrava no banheiro e via ela chorando escondida.
	Então ela contou para sua mãe que estava sofrendo bullying ela veio até a escola e falou com a diretora e com a professora da menina.
	Passou um tempo e nada mudou, então ela falou que ia se mudar de escola, mas como esta escola era no interior não teria como ela estudar na escola da cidade pois não dava certo os horários dos ônibus.
	Então seus pais conseguiram um emprego na cidade vizinha e resolveram se mudar pra lá para dar melhores oportunidades a sua filha, pois falaram com direção e professores e nada foi resolvido.
	Infelizmente isso ainda ocorre hoje em dia. A escola não toma as devidas providências e o preconceito continua, afetando o desempenho escolar das crianças.
NATÁLIA DA SAILVEIRA CAVALHEIRO.
*
*
	Ano passado quando trabalhava como estagiária em uma escola de educação infantil presenciei um fato de bullying.
	Uma aluna da pré-escola era pobre e andava sempre malvestida, em relação á suas outras colegas. Comecei á notar que no intervalo e em outras ocasiões de recreação suas colegas brincavam juntas e ela sozinha.
	Até que um dia resolvi, perguntá-la por que não brincava com as outras meninas, então me disse, que pedia para entrar nas brincadeiras, mas elas não deixavam ,porque ela não estava vestida como as outras.
	Então fui até elas e expliquei que todos somos iguais e devemos nos respeitar independentemente da forma como nos vestimos ou da condição financeira que temos .
	A partir de então, começaram a brincar todas juntas. E a menina que sofria bullying começou aumentar seu rendimento escolar, pois antes estava sempre distante nas aulas e não participava pois riam dela. 
VANESSA TAISA OLIVEIRA
*
*
REFLEXÃO DAS NARRATIVAS	
	A partir das narrativas concluímos que dentro do cotidiano escolar existem várias diferenças culturais e raciais. Tratadas de diferentes formas, tanto por professores, quanto pela família.,
	As narrativas enfatizam o preconceito racial que ocorre nas escolas brasileiras, já que este problema é contraditório, pois o ambiente escolar deve promover a igualdade e a tolerância e não ser espaço para conceitos pré-concebidos e discriminação.
	Nas narrativas podemos observar que os casos de preconceito foram tratados de diferentes maneiras pela escola. As vezes não são tomadas as devidas providências e os casos acabam não sendo resolvidos e afetam a integridade da criança, podendo afetar ainda seu desempenho escolar e profissional futuramente.
	Todas estas reflexões levam-nos a perguntar:
	“Como discutiro preconceito racial num país onde ninguém se reconhece como preconceituoso, mas ao mesmo tempo todos concordam que existe preconceito no país?”
*
*
RELAÇÕES
 DE GÊNERO 
Reportagem revista Nova Escola maio/2002
*
*
	
	
	 
TEXTO ARGUMENTATIVO
	Nascemos apenas com sexo biológico e no convívio social nos tornamos homens e mulheres, a sociedade ainda insiste em dizer: -Isso é coisa de mulher, ou então: -Este trabalho é para homem. 
	Quando um casal espera um filho e descobre qual o sexo dele vai logo comprar todo o enxoval e decorar o quarto das cores que a sociedade “padronizou” como sendo para cada sexo. Muito mais que definir cores para cada gênero, define-se papéis sociais e reforçam-se estereótipos masculinos e femininos. Mas isso já está em constante mudança. 
	Então consideramos muito importante o que a autora Daniela Auad defende em seu artigo: a igualdade com respeito às diferenças e mostra como isso pode ocorrer na prática escolar.
 	A autora propõe a discução entre igualdade e desigualdade entre meninas e meninos, homens e mulheres no espaço escolar, chamando a atenção para a função privilegiada que a escola possui relacionado a aprendizagem de papéis sociais e sexuais por parte dos alunos.
	Devemos estimular brincadeiras iguais entre meninos e meninas, assim promovendo a igualdade entre sexos.
	 Explorar, debater e construir a ideia e o sentimento de que as pessoas são mesmo diferentes entre si e que a diferença deve ser cultivada e respeitada. 
	
	
	
*
*
A IMPORTÂNCIA DE UM TRABALHO EDUCATIVO VOLTADO PARA A SUPERAÇÃO DE PRECONCEITOS	
 
	Segundo Daniela Auad, o preconceito entre gêneros está presente em nossa sociedade há muito tempo. Na família e na escola certas atitudes contribuem para que esta exclusão aconteça hora com meninos hora com meninas, tudo isso acontece por conta dos estereótipos de gênero e sexualidade presentes no cotidiano, mais especificamente dentro da escola.
	Consideramos importante que a escola priorize o trabalho igual, entre meninas e meninos dentro e fora da sala de aula. Que adote uma política de igualdade entre gêneros.
	A escola é um espaço democrático onde é possível trabalhar relações de gênero a fim de quebrar certos mitos que envolvem estas questões.
	A família também é um fator predominante na questão da discriminação muitas vezes quando a criança comenta sobre uma situação de racismo sofrida por ela e os pais dão pouca importância, isso acaba gerando um mal estar na criança.
	
	
	
	
*
*
	
	Na escola a questão da superação de preconceito entre gêneros deve ser levada à sério, pois é lá onde a criança começa a entender todas as questões relacionadas a este assunto.	
	Dentro do ambiente escolar podemos trabalhar das mais variadas formas: promovendo brincadeiras onde meninos e meninas possam estar juntos, soltar pipas, pular corda, jogar futebol, formar equipes mistas para que as crianças aprendam a conviver com o sexo oposto, fazer com que meninos sejam mais meigos e compreensivos, e meninas mais corajosas e curiosas.
	 Dividindo os trabalhos e as tarefas igualmente, dentro e fora da sala de aula. Durante as atividades em sala de aula, pode-se montar painéis mostrando fotos onde fique evidente a ruptura do estereótipo, por exemplo: homens atuando como professores e mulheres na construção civil.
	Portanto é papel do educador trabalhar de forma participativa e consciente para a formação de uma nova mentalidade. Contribuindo para uma sociedade mais fraterna.
	
		
	
*
*
	
	 
	Concluímos que trabalhar igualmente essas diferenças não é uma tarefa fácil para o professor, porque para lidar com elas é necessário compreender como a diversidade se manifesta e em que contexto. O grande desafio da escola é o de superar a discriminação e valorizar a diversidade étnico cultural que compõem o patrimônio sociocultural do aluno. Respeitando suas diferenças, superando o preconceito e a discriminação existentes na sociedade. 
	A escola não modifica por si só o imaginário e as representações coletivas negativas que se construíram sobre os ditos "diferentes" em nossa sociedade, mas ela ocupa um lugar de destaque para a superação do preconceito, fazendo uso de um trabalho sistemático e crítico na formação de valores de cada aluno. 
*
*
	
CONCLUSÃO
	Consideramos esse trabalho muito importante para nossa formação, pois levaremos esse aprendizado para nosso futuro profissional. Aprendemos valores que passaremos para nossos alunos, tais como:
* Multiculturalismo presente em nosso país;
	Foi muito importante estudar sobre o multiculturalismo, pois aprendemos que existem várias culturas e que devem ser respeitadas e cultivadas por todos nós.
*Direitos Humanos, e como defendê-los;
	É bom termos uma lei que assegure nossos direitos, mas ainda há pessoas que não sabem da existência dessa lei. No Brasil e no mundo todo existem órgãos que protegem nossos direitos.
*Vimos as diferenças sociais e culturais entre crianças;
	Existem crianças vivendo em condições precárias de casa, comida, educação. Tendo que trabalhar em serviços pesados, sendo praticamente escravizadas para poder ajudar nas despesas de casa. Famílias que perdiam seus filhos porque não tinham auxílio médico. Enquanto outras crianças viviam em pleno conforto, com casa, comida, educação de ótima qualidade e tinham aulas particulares de línguas estrangeiras e dança.
	Mas porém na cultura existe uma semelhança, ambas gostam dos mesmos programas de TV (da época – Documentário a Invenção da Infância).
	
	
*
*
*Relações entre diferentes grupos culturais;
	Em nossa sociedade existem várias culturas, como linguagens, costumes, comidas típicas, danças, religiões, de várias etnias que devem ser respeitadas e preservadas pela sociedade. 
* Preconceitos desencadeados pela sociedade;
	Pessoas iguais não existem, por isso acabamos tendo preconceito. Olhamos de forma diferente para pessoas negras, deficientes, homossexuais, transexuais, de diferentes religiões, pobres, etc.
*Multiculturalismo presente no cotidiano escolar;
	Devemos preservar as diferentes culturas presentes na escola, pois é ali que tudo começa, fazer com que os alunos conheçam e respeitem as suas próprias diferenças. Hoje existem leis que preservam a cultura afro na escola, por exemplo, valorizando-a e conhecendo-a.
*Gêneros e sua influência no cotidiano escolar;
	É de suma importância trabalharmos as questões de gênero na escola, estimulando meninos e meninas a brincarem das mesmas coisas, acabando com o preconceito que existe entre eles.
*
*
*Situações que vivenciamos no cotidiano escolar;
	Foi muito interessante compartilharmos nossas vivências de preconceito no cotidiano escolar, pois são fatos que ainda ocorrem hoje em dia, mas muitas vezes as crianças têm medo de contar a seus pais e professores e acaba guardando este trauma pra si mesmo, muitas vezes prejudicando sua aprendizagem.
	Aprendemos muito com este trabalho, levaremos estes ensinamentos para nossa vida e para a sala de aula. Aprimoramos nossos conhecimentos sobre estes assuntos.
*
*
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
 http://unicrio.org.br/docs/declaracao_direitos_povos_indigenas.pdf acesso em 22 de março de 2013;
http://unicrio.org.br/img/DeclU_D_HumanosVersoInternet.pdf / acesso em 23 de março de 2013;
http://www.onu.org.br/img/2012/03/guia-onubrasil-paradenuncias-de-discriminacao-etnico-racial.pdf 
 acesso em 28 de março de 2013;
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem03pdf/sm03ss11_02.pdf./ acesso em 02 de abril de 2013;
http://pt.wikipedia.org/wiki/diversidade_cultural/ acesso em 03 de abril de2013;
 http://oglobo.globo.com/blogs/inteligenciaempresarial/posts/2012/04/27/cotas-raciais-combatemos-racismo-sendo-racistas-442414.asp/ acesso em 03 de abril de2013; 
*
*http://www.brasilescola.com/pedagogia/ acesso em 05 de abril de 2013;
 http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25215/000752534.pdj?sequence=1/ acesso em 05 de abril de 2013; 
htt://ensaiosdegenero.files.wordpress.com/2011/12/meninas_e_meninos_na_escola_juntos_ou_separados.2.jpg/ acesso em 09 de abril de 2013;
http://ojs.ufpr.br/ojs2/index.php/educar/article/download/....../11467/ acesso em 09 de abril de 2013;
http://www.webartigs.com/artigos/preconceito-em-sala-de-aula/60733/ acesso em 11 de abril de 2013;
http://www.osabetudo.com/como-trabalhar-as-relações-de-genero-na-escola/ acesso em 11 de abril de 2013;
http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/coisa-menino-coisa-menina-sera-431455.shtml acesso em 19 de abril de 2013.

Continue navegando