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O que pedem as pessoas da vida e o que desejam nela realizar

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1 
 
 
 
 
 
O QUE PEDEM AS PESSOAS DA VIDA E O 
QUE DESEJAM NELA REALIZAR ? 
 
 Maria de Fátima Fernandes Martins Catão 
 
 
 
Catão, M. F. (2007). O que pedem as pessoas da vida e o que desejam nela realizar? 
In E. Kruttzen & S. Vieira (Orgs.), Psicologia social, clínica e saúde mental (pp. 75-94). 
João Pessoa: Ed. Universitária. 
 
 
 
 O SER HUMANO E O PROJETO DE VIDA 
 
 O ser humano um ser social e histórico, é um ser constituído 
no seu movimento, em todas as suas fases e processos de mudança 
ao longo do tempo, pela cultura e condições sociais produzidas 
pela humanidade. Concebe-se o desenvolvimento do ser humano 
vinculado à história social e aos processos de internalização desta, 
mediado por sistemas simbólicos. Compreende-se que o individuo e 
seu projeto de vida são constituídos num contexto real e numa 
cultura de ordenação deste real.Todo individuo, assim como o seu 
projeto de vida, é individuo e projeto em movimento, podendo-se 
indagar, como o projeto de vida é construído, qual a sua origem, 
como se inicia, como chega a existir, qual a sua finalidade. 
 Observa-se que, tanto o ser humano como o seu projeto de vida 
têm uma origem e uma finalidade, e que o estudo histórico dos 
mesmos, ou seja, estudá-los no seu processo de mudança não é um 
aspecto auxiliar do estudo teórico, mas sim sua verdadeira base, 
requisito básico do método dialético. A sociedade construída por 
nós mesmos nos dá o limite e as possibilidades de elaboração e 
construção do projeto de vida, o qual está baseado fortemente nos 
modos culturalmente construídos de ordenar o real. A cultura 
coloca-se como parte essencial da constituição do ser humano e de 
seu projeto e, ao falar de concepção de projeto de vida de 
indivíduos e coletivos, estaremos falando também do projeto de 
vida da sociedade. 
 2 
 
Profa. Drª do Departamento de Psicologia da UFPB. 
fathimacatao@uol.com.br 
 
 
 
 
 
 Apreender o processo de produção do individuo e de seu projeto 
de vida em todas as suas fases e mudanças, significa 
fundamentalmente, descobrir sua natureza, sua essência, uma vez 
que é somente em movimento que um corpo mostra o que é. 
Vigotski ( 2004). 
 
Vygotsky, um dos responsáveis pela introdução da 
dialética no corpo teórico-metodológico da psicologia, 
já alertava, em 1926, contra as falsas e perigosas cisões 
que as escolas dominantes da época legitimavam ao 
elegerem uma característica do psiquismo como se fosse 
a essência do homem e competirem entre si pela 
hegemonia da palavra. Dessa forma, instituíam a 
existência de diferentes homens, sem nada em comum: 
o do comportamento, do inconsciente, da cognição, da 
experiência ou da sociedade ( Sawaia, 2005,p. 7) 
 
 
 A abordagem dialética, admitindo a influência da natureza sobre 
o homem, afirma que este age sobre a natureza e cria, através das 
mudanças nela provocadas, novas condições naturais para sua 
existência, concebendo o ser humano ao mesmo tempo como 
criatura e criador, compreendendo as contradições e o movimento 
de tese-antítese- síntese presente nos fenômenos psicológicos de sua 
própria constituição e da constituição do projeto de vida. O que a 
natureza fornece ao homem no momento em que ele nasce não é 
suficiente para lhe garantir a sobrevivência na sociedade, já que ele 
precisa adquirir uma série de habilidades e aprender formas de 
satisfação de suas necessidades, sendo essas sociais e que precisam 
ser estimuladas de maneira a ser adquirida. O homem é um ser rico 
em possibilidades, tendo na sociedade, na cultura e nas relações 
sociais os limites e condições impostas para significações e 
construções do seu projeto de vida. 
 Nesse contexto, onde o ser humano é concebido como um ser 
socialmente ativo, com possibilidade de adquirir habilidades físicas, 
cognitivas e emocionais a partir de sua relação com os outros e com 
sua cultura, temos verificado, através de trabalhos empíricos 
realizados sobre os significados de projeto de vida, o caráter psico-
social, complexo e multidimensional do mesmo. Considerando o 
 3 
projeto de vida um fenômeno psicológico, pode se supor, tomando 
por base trabalhos empíricos realizados (Catão, 2005, 2001) uma 
organização multidimensional dos aspectos constituintes do mesmo, 
que emerge em três dimensões articuladas entre si: dimensão sócio-
cognitiva, dimensão sócio-afetiva e dimensão espaço-temporal. 
 A dimensão sócio-cognitiva é caracterizada pelo estabelecimento 
de diálogo entre a mente e produção de idéias sobre si e sobre o 
mundo, o discurso interior na mediação com o mundo exterior e 
pelo desenvolvimento de processos simbólicos. 
 A dimensão sócio-afetiva caracterizada pela definição dos 
afetos, das paixões, da ética, pela mediação entre o sofrimento e a 
felicidade, entre o prazer, ausência do prazer e o desprazer, pela 
potência da ação humana( Espinosa, 2005) não como propriedade 
do sujeito, mas como possibilidade do vir a ser, enquanto 
capacidade de ser afetado pelo outro, num processo de 
possibilidades infinita de criação e de entrelaçamentos. Estudar o 
ser humano, sua vida e concepções de projeto de vida, é analisar a 
ética e a afetividade, como questões de sobrevivência, é ampliar as 
concepções de projeto de vida para além das necessidades e 
carência material, morre-se de fome como também morre-se de 
tristeza pela carência da dignidade. Incorporar a ética é analisar o 
que é pela ordem do dever ser. (Sawaia, 2006, 2003). 
 A dimensão espaço-temporal é o “agora” cotidiano, por ser a 
objetivação da interface entre o passado, presente e futuro e entre as 
duas esferas da vida cotidiana: o público e a da intimidade. O 
tempo-espaço como processualidade histórica e conotação ética . A 
temporalidade como questão metodológica fundamental na análise 
do significado e do sentido do projeto; o passado, presente e futuro 
em permanente transversalidade e transmutação, especialmente 
aquilo que ainda não é; o futuro enquanto dimensão temporal da 
ordem da liberdade e da criação. O passado refere-se à história e a 
memória O presente a ordem da experiência como superação do 
passado pela mediação do presente. ( Sawaia,1997) 
 Desta maneira tem-se estudado o Projeto de Vida como um 
sistema psicológico sócio-cognitivo-afetivo-espaço-temporal 
historicamente construído na relação passado, presente e futuro, 
onde o horizonte é o futuro na sua relação com o passado na 
intenção de transformação do presente.( Catão, 2001) 
 
 A cultura da desigualdade social, do desrespeito as diferenças, 
do afrontamento à dignidade humana, da cidadania passiva que se 
limita aos aspectos formais dos ritos democráticos, a cultura da 
injustiça e da falta de solidariedade tem provocado a redução do 
espaço de igualdade entre os grupos sociais ( Catão, 2005). 
Entende-se assim que a construção do Projeto de Vida respaldada 
nas bases da cultura da cidadania e inclusão social, está 
 4 
diretamente relacionada à tomada de consciência da ética e dos 
direitos humanos. 
 É objetivo deste estudo descrever, explicar e refletir sobre as 
concepções do projeto de vida e seus significados na vida cotidiana. 
 
 
 Sobre as Concepções do 
 Projeto de Vida 
 
 
 “As pessoas esforçam-se para obter a felicidade, querem 
ser felizes e assim permanecerem...” ( Freud, 1978)“Ninguém sonha em sair por aí roubando, todo mundo 
sonha em ser feliz....” ( adulto, 36 anos, recluso em 
penitenciária) 
 
 
 As várias tentativas de construção do Projeto de Vida e o que 
desejam os indivíduos e coletivos nele realizar, definem-se no 
processo de buscar a felicidade e evitar o sofrimento; a 
internalização da cultura, das condições e dos modos de vida 
colocam-se como variações da construção e incorporação pelos 
indivíduos do sistema de valor da felicidade nas construções de suas 
vidas. 
 Para Espinosa, (/ 2005) ser feliz significa seguir o caminho da 
razão, e razão não é a negação dos afetos, mas um produto dos 
mesmos. Para este pensador, a natureza humana não é 
essencialmente e nem originalmente racional, porque o homem é 
fundamentalmente um ser passional e afetivo que tanto pode ser 
dominado pelas paixões (o que significa tornar-se seu servo), 
quanto pode agir por meio delas, o que significa ser racional. 
 Na busca pela felicidade, a atividade do ser humano tem se 
desenvolvido pela ausência de sofrimento e de desprazer ou a 
experiência de sentimentos de prazer. O que decide o propósito da 
vida, expressão usada por Freud (1978), é o princípio do prazer. 
Para ele, este princípio é expresso como o dominador do 
funcionamento do aparelho psíquico. 
 As possibilidades de felicidade colocam-se como restritas por 
nós e pelo sofrimento que nos ameaça, o que faz com que, diante de 
todas essas possibilidades de sofrimento, as pessoas tenham-se 
acostumado a moderar suas reivindicações de felicidade, 
destacando-se que o princípio do prazer, sob a influência das 
condições sociais, transformou-se no mais modesto princípio da 
realidade, ou seja, a pessoa pode pensar que é feliz, simplesmente 
 5 
porque escapou à infelicidade ou sobreviveu ao sofrimento 
colocando o prazer em um segundo plano. 
 Triandafilhidis (1988) estuda o projeto como um “sintoma da 
normalidade”. Este autor analisa o Projeto de Vida a partir da 
negação da morte em função da vida, pensa-se que para viver-se de 
um modo saudável é necessário fazer-se projetos, e para tal é 
necessário negar a morte. 
 Winnicott ( 1975) expressa que viver criativamente mais do que 
qualquer coisa faz com que o indivíduo sinta que a vida é digna de 
ser vivida. Os indivíduos vivem criativamente e sentem que a vida 
merece ser vivida ou então, que não podem viver criativamente e 
têm dúvidas sobre o valor de viver. Para este autor, a construção do 
Projeto de Vida direciona-se em função do sistema de valor do 
viver criativo ou do viver submisso, incorporado pelos indivíduos 
ao longo de sua relação com o ambiente externo em função da 
qualidade das condições que este ambiente oferece. A criatividade 
na construção do Projeto de Vida evidencia a crença de que viver 
criativamente constitui um estado saudável e a submissão um estado 
doentio. 
 O viver de maneira criativa ou viver de maneira não criativa 
evidencia relações do individuo consigo e com o mundo. A 
criatividade relaciona-se ao estar vivo e a abordagem dos indivíduos 
à realidade externa. Em contraste com este pensamento, existe um 
relacionamento de submissão com a realidade externa, como algo a 
se ajustar ou a exigir adaptação, trazendo consigo um sentido de 
nulidade associada à idéia de que nada importa e de que não vale a 
pena viver a vida. No contexto do viver criativo evidencia-se que 
os indivíduos são criadores de projetos, o que os leva a participarem 
de sua cultura, de sua história e a serem sujeitos de si. Fazer 
projetos requer transformação e ultrapassagem situada na 
temporalidade futuro, passado e presente. 
 O Projeto de Vida também é concebido como algo incontornável, 
do qual não se pode escapar. “O homem tem de criar o homem, é o 
seu grande projeto”, (Sartre,1997) e mesmo o fato de dizer que não 
tem projeto já é um projeto. Entrelaçados neste tecido social, 
perpassados nos e pelos outros que cruzam nossa história, o projeto 
individual e/ou coletivo não tem a mínima possibilidade de 
estabelecer um caminho que não se insinue num caminho alheio, 
que não encontre um outro, que não se faça fazendo um outro, e 
sendo feito por ele. 
 O projeto, assim, caracteriza a dialética do subjetivo e do 
objetivo. É através da reflexão crítica, em dimensão do vivido, que 
o indivíduo e o coletivo superam sua situação em direção às 
possibilidades e impossibilidades do futuro. Maheirie (1994) 
reflete que será negando sua situação, superando-a em direção, ao 
ainda não existente, recusando e realizando uma possibilidade, que 
 6 
este homem será este ou aquele sujeito na realização do seu projeto. 
Não levar em conta este projeto será não levar em conta este 
homem. 
 Carreterie (2003) destaca que o sujeito humano é criador de 
projetos, e participar de projetos, imaginá-los, realizá-los, elaborá-
los, destruí-los e abandoná-los representa laborar na construção da 
civilização, sendo esta participação experimentada diferentemente 
pelos sujeitos individual e coletivo, pois inclui elementos do lugar 
social ocupado pelos mesmos. 
 Evidencia-se o Projeto de Vida como mediação entre dois 
momentos da processualidade da história, a realidade negada e a 
realidade nova, pela superação através da atividade. Entende-se que 
toda participação evoca um sujeito em situação e que nenhum 
projeto pode escapar à evidência de ser projeto em situação, 
incluindo dimensões psico-sócio-históricas, enfoca-se assim, que a 
construção do Projeto de Vida é processo e produto da práxis, da 
relação com o outro e consigo. É a intenção de uma transformação 
do real guiado por uma representação do sentido desta 
transformação, levando em consideração as condições reais. 
 
 Castoriadis (1982), em “Instituição Imaginária da Sociedade”, 
fala sobre o projeto de vida da sociedade ou “ projeto 
revolucionário”, na expressão do autor, que trata da reorganização e 
a reorientação da sociedade pela ação autônoma dos homens. O 
projeto revolucionário tem suas raízes e seus pontos de apoio na 
realidade histórica, na crise da sociedade estabelecida e em sua 
contestação pela grande maioria dos homens que nela vivem. No 
pensar de Castoriadis, destacam-se a práxis e a autonomia dos 
homens. A práxis é compreendida como o fazer no qual os 
indivíduos são considerados seres autônomos como agente essencial 
do desenvolvimento de sua própria autonomia, entendendo-a assim 
como uma atividade consciente. A práxis corresponde à 
transformação constante do próprio indivíduo e coletivos a partir 
das práticas sociais nas quais está inserido, colocando-se como 
contexto de formação/ transformação das concepções de Projeto de 
Vida. 
 A questão da autonomia está no âmago dos objetivos e dos 
caminhos do projeto, a autonomia no plano individual e coletivo. 
Para execução da autonomia no plano individual, Castoriadis busca 
referências na psicanálise, evidenciando a máxima proposta por 
Freud “onde era o id, será o ego”. Ego entendido como o consciente 
em geral e o id representando neste contexto o inconsciente no 
sentido mais amplo, “ego, consciência e vontade devem tomar o 
lugar das forças obscuras que têm em mim, dominam, agem por 
mim, atuam-me”. (Castoriadis, 1982, p. 123). O sentido da 
 7 
autonomia no plano individual sem reduzir o pensamento do autor 
seria o domínio do consciente sobre o inconsciente. 
 Quanto à compreensão do sentido da autonomia no plano 
coletivo, torna-se possível a partir da autonomia no plano individual 
e da estrutura do sujeito. A autonomia neste plano conduz 
diretamente ao problema político e social, sendo esta desejadapara 
todos e sua realização só podendo conceber-se plenamente como 
empreitada coletiva. O plano da autonomia coletiva remete ao 
problema da relação do sujeito e dos outros. O outro aparece como 
constitutivo do sujeito, de seu problema e de sua possível solução. 
Evidencia o autor que a intersubjetividade é a dimensão essencial 
do problema, e é, de certo modo, a matéria da qual é feito o social, 
sendo esta existente como parte do momento desse social que ela 
compõe. 
 A abordagem da psicologia sócio-histórica sobre a construção 
do Projeto de Vida reflete o universo subjetivo dos indivíduos e 
traduzem um conjunto de respostas objetivas e subjetivas a esse 
universo de recursos e constrangimentos. Enfatiza a análise entre 
sistema e atores ,e objetivo e subjetivo, entendendo-se a vida 
cotidiana dos indivíduos como objeto de grande pertinência para a 
compreensão de suas construções psicossociais. 
 Esta abordagem busca articular os tempos de vida dos 
indivíduos, uma vez que se refere ao passado, produz respostas face 
às condições presentes e inclui o futuro animado de projetos e 
estratégias com o objetivo de contorno ou transformações dessas 
mesmas condições, permitindo apreender o sentido de vida dos 
indivíduos na articulação do seu passado, presente e futuro. 
Assume-se, deste modo, uma intencionalidade de ação nos 
indivíduos que derivam da sua representação de mundo, de sentido 
de Projeto de Vida, dos seus interesses e dos seus constrangimentos. 
 
 Tomás (1997), em sua pesquisa sobre “Adaptação cognitiva e (re) 
estruturação dos Projetos de Vida em doentes cardiovasculares”, 
revela que a concepção de Projeto de Vida nos mostra uma grande 
pertinência ao permitir a apreensão do sentido com que os 
indivíduos equacionam a sua doença no contexto específico dos 
seus modos de vida, ou seja, como é que a partir da situação 
presente e do seu passado organizam a sua vida relativa ao futuro. 
 Capucha (1993) utilizou em seus trabalhos de pesquisa sobre 
“Problemas da Pobreza” articulações com concepções sobre Projeto 
de Vida, aspirações e orientações de vida. 
 Entende-se que a visão de mundo,dá sentido a construção do 
Projeto de Vida e que é no horizonte das relações com os outros, 
com as coisas, com a natureza, com o passado, e com o futuro que o 
homem se faz, se objetiva e se constitui numa identidade.Pode-se 
dizer, portanto, que o projeto caracteriza a dialética do subjetivo e 
 8 
do objetivo através do qual o homem se objetiva pela ação em 
direção as possibilidades e impossibilidades do futuro, lançando-se 
para a possibilidade de objetivar-se de outra forma, superando a 
objetividade anterior negada pela subjetividade, transformando sua 
situação. 
 Neste sentido, concebe-se a estreita ligação do Projeto de Vida e 
identidade pessoal, no qual pode-se dizer que a noção projeto/ 
identidade é inseparável da noção de pertença social e cultural. O 
significado de Projeto de Vida, em nível de comunicação, circula 
através de estereótipos, de discursos feitos, histórias de vida 
vivenciadas desde a infância e partilhadas nos grupos de pertenças 
ao longo da vida. 
 A perspectiva de futuro enquanto Projeto de Vida é vivenciada já 
na infância, nela o indivíduo apreende sua condição social e de 
classe através da família e da comunidade. Normas e valores são 
impostos ocorrendo a primeira tentativa de superação de uma 
situação, para lançar-se em outra possibilidade, atravessando a 
existência da criança, vivenciando as contradições de maneira a 
superar ou conservar. 
 Lahlou (1998), em seu trabalho “Penser Manger”, tomou como 
referência de análise a teoria das representações sociais e expressou 
que “Graças às representações os atores podem prever, escolher e 
coordenar. A representação permite o plano” (p. 13).O sujeito não 
se isola no mundo independente, existe uma intersubjetividade, um 
espaço comum de representações possíveis que favorecem a 
construção do Projeto de Vida através de definições, emoções, 
sensações, imagens que se forjam no senso comum, num dado 
grupo, perpassado por um certo contexto e uma cultura que 
orientam sua conduta e permitem a atividade. 
 Moscovici (2003, 1979) chamou a atenção nas suas teorias da 
influência social e nas representações sociais para a questão das 
mudanças sociais, expressadas por esse autor, que são as minorias 
que levam à frente a mudança social, introduzindo inovações. Os 
processos de influência da maioria e da minoria não são vistos 
como dois pólos separados, mas como duas facetas de influência 
mutuamente interdependentes. 
 Através do modelo genético, subjacente aos estudos do referido 
autor (Moscovici, 2003,1979 ), evidencia-se que o sistema social e 
o ambiente como produtos da ação dos indivíduos, os quais, nesta 
perspectiva, não tendem a se adaptar, mas sim crescer, no sentido 
do desenvolvimento da capacidade de criar novas maneiras de 
pensar, de definir seus limites, de modificar o ambiente e ampliar a 
rede de relações sociais, enfatiza também “crescimento” como “co-
crescimento”, isto é, crescimento de ambas as partes na díade 
indivíduo / grupo, ou minoria/ maioria. O referido autor considera a 
sociedade como objeto de estudo na constituição do indivíduo, 
 9 
concebendo-a como uma rede mais ou menos estruturada, não 
construída, as relações vão se construindo. 
 Evidencia-se, assim, a representação social do Projeto de Vida 
como decorrência da mediação indivíduo/ sociedade (Coutinho& 
Catão,2003), ou seja, da visão de mundo deste indivíduo, das 
possibilidades/ impossibilidades produzidas e das relações mantidas 
com o mundo, permitindo aos indivíduos dar um sentido as suas 
condutas. 
 
 SIGNIFICADOS DO PROJETO DE 
 VIDA NO COTIDIANO 
 Temos desenvolvido estudos, em níveis de pesquisa e de 
intervenção, sobre significados e sentidos do Projeto de Vida no 
cotidiano, coordenamos: “a construção do projeto de vida na 
exclusão social por indivíduos e coletivos em processo de exclusão” 
e o “ projeto de vida pessoal e o projeto de vida organizacional: 
articulações e desarticulações”(Catão, 2003). 
 Realizaram-se estudos com: adultos e adolescentes em conflito 
com a lei; portadores de doença crônica; portadores de deficiência; 
portadores de doença mental; alcoolistas; acidentados do trabalho 
em processo de reabilitação profissional; aposentados; moradores 
de comunidades carentes; estudantes de escola pública; 
adolescentes em situação de risco; idosos institucionalizados; 
policiais militares e com instituições de saúde; escolas; 
comunidades e penitenciária. 
 Nas pesquisas realizadas com adultos e adolescentes em conflito 
com a lei em espaços de reclusão sobre significados do projeto de 
vida (Catão, 2001), apreendeu-se o projeto de vida como: 
pensamento /reflexões sobre escolha de vida e desenvolvimento 
humano e foi possível verificar que o Projeto de Vida subsidia 
expressões de Exclusão/ Inclusão social, como o olhar de si para o 
mundo e o olhar do mundo para si, tendo o trabalho como mediador 
entre si e o mundo; o Projeto de Vida expresso como sentido e valor 
de vida e como manutenção financeira e qualidade de vida, 
delineando-se em torno da centralidade da tríade Trabalho/ 
Educação/ Família. 
 Apreendeu-se que a Relação com o Outro e Consigo coloca-se 
como eixo de construção do projeto de vida, expressando-se pelo 
sentimento de necessidade de ajuda do outro e de si; Evidencia-se 
que o Projeto de Vida subsidia também sentimentos de agressão/ 
destruição no grupo de adultos, expresso por manifestações de 
sentimentos agressivos destrutivos.Foram evocados antecedentes sócios ocupacionais como 
expressão da temporalidade do Projeto de Vida no passado e 
produto do presente numa perspectiva de futuro. O Projeto de Vida 
 10 
subsidiando expressões de desejo de mudança de vida 
acompanhadas de sentimentos de possibilidade/ impossibilidade, 
objetivada no trabalho / desemprego, na exclusão /inserção social e 
nos modos de vida. 
 Teixeira; Montenegro & Catão (2005) pesquisaram sobre as 
representações sociais do câncer de cabeça e pescoço e as 
implicações na construção do projeto de vida dos portadores desta 
enfermidade. Apreendeu-se neste estudo o projeto de vida como: 
uma coisa positiva frente à doença; livrar-se de um aspecto ruim da 
doença; apoio familiar; trabalho como enfrentamento da doença e 
ter saúde. É importante ressaltar que esta pesquisa partiu da 
perspectiva das implicações da doença na construção do projeto de 
vida de seus portadores; no entanto, os resultados apontaram para as 
implicações positivas da perspectiva da construção do Projeto de 
Vida na relação com a doença. 
 Tubino; Arruda; Leon, Gomes & Catão (2005) desenvolveram 
estudos de pesquisa e intervenção em escola pública de comunidade 
de baixa renda com adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos, 
apreendendo-se significados do Projeto de Vida como : Estudo: 
Família; Profissão; Manutenção Financeira e Preocupação Social, 
evidenciando-se expressões tais como: “(...) ser uma pessoa 
educada, respeitar os outros (...)” “(...) ser uma pessoa direita, 
com responsabilidades (...)” “(...) ter minha família, respeitar o 
próximo (...)” quero ser médico, para cuidar dos outros, salvar 
vidas (...) “. 
 
 Nos estudos realizados por Marcelino, Lima & Catão (2005) 
sobre os significados do projeto de vida por adolescentes da escola 
pública em bairro de classe média e da escola privada, apreendeu-se 
o projeto de vida como um conjunto de desejos que se pretende 
realizar e para a realização desses desejos, configurando uma série 
de metas, como planos e etapas a serem vencidas rumo ao futuro. 
Observa-se que o Projeto de vida evocado por esses adolescentes 
está sempre subsidiado pela tríade educação/ trabalho/ família, 
corroborando com estudos anteriores realizados por Catão (2001) 
com adolescentes em conflito com a lei. 
 Concebe-se também o Projeto de Vida como algo essencial ao 
longo da Vida, já que a necessidade de se pensar e refletir antes de 
praticar qualquer ação, faz com que, constantemente, se necessite 
planejar a vida, projetar suas ações e refletir sobre as condutas 
adotadas. Pensamento semelhante pode-se verificar também nos 
adolescentes em conflito com a lei, reclusos em centro de re-
educação. 
 Para esses grupos, os adolescentes de escolas públicas e privadas, 
o ser “alguém na vida” e o ser um “Zé ninguém” (na expressão 
deles), vai depender daquilo que foi logrado em termos de estudos 
ou educação formal, ficando evidente a forte relação estabelecida 
 11 
por esses jovens entre a educação e a construção do Projeto de 
Vida. Nas falas dos adolescentes, emergem questionamentos acerca 
desse mérito individual na construção do Projeto de Vida. Indaga-se 
sobre se essa construção depende da individualidade ou da 
alteridade, entre o ideal e o real, o que se deseja e a realidade 
objetiva. Os grupos situam as dificuldades em decidir entre aquilo 
que se quer e aquilo que se considera possível conseguir. 
 Concepções sobre o projeto de vida nestes grupos revelam 
também a busca por parte dos sujeitos em evitar algum sofrimento 
de uma possível decisão errada e no seu projeto de vida de ser feliz. 
“... É importante para no outro dia não ter que sofrer (...) É ser 
feliz...”. Evidencia-se o desejo de ‘ser feliz’, onde o individuo busca 
a felicidade e a permanência neste estado, evitando a ocorrência de 
sofrimento. É importante refletir sobre o que subsidia a busca dessa 
felicidade pelo projeto, sua base ética. 
 
 Maciel; Alves; Aquino; Tubino & Catão (2005) na investigação 
sobre “O Significado do Projeto de Vida para Alcoolistas 
Integrantes dos Alcoólicos Anônimos”, realizado com sujeitos do 
sexo masculino com faixa etária dos 20 aos 76 anos. Foi apreendido 
o projeto de vida como: meta a alcançar; paz e felicidade viver em 
paz com Deus, comigo e com o mundo (...) obter a paz com a minha 
família e com o mundo (...) ser uma pessoa feliz (...) viver feliz. Ter 
alegria no que faz (...); sobriedade Ficar sóbrio. Só em não beber 
já me sinto realizado (...); mudança de comportamento mudança 
total do meu comportamento, deixar de ser agressivo, ser calmo, 
sereno (...);equilíbrio e serenidade (...) manter o equilíbrio em 
todas as atividades (...). 
 Observamos também estudos desenvolvidos por Gontiés, Araújo, 
Junior & Catão(2005) sobre as representações sociais do alcoolismo 
e a importância do seu respaldo para estudos sobre as concepções 
do projeto de vida com alcoolistas. 
 Araújo; Lima; Gontiés & Catão ( 2005) na pesquisa sobre “ O 
significado de Projeto de Vida enquanto Direito Humano para 
Policiais Militares” , os policiais evocam o projeto de vida como 
um planejamento da vida, que está relacionado aos seus projetos 
pessoais seja no âmbito individual e/ ou familiar , profissional e 
social. Projeto de Vida apreendido como perspectiva do futuro 
com o objetivo de estratégia de contorno ou transformação das suas 
vidas. O Projeto de Vida enquanto Direito Humano evoca esses 
direitos como fundamentais e facilitadores na construção do Projeto 
de Vida e que, para que haja a construção desse projeto, é 
necessário que haja harmonia e o respeito ao outro. Direitos 
Humanos e Projeto de Vida colocados numa relação de 
complementaridade.( ...)impossível para um indivíduo conseguir 
realizar seu projeto de vida se não tiver seus direitos individuais 
respeitados e reconhecidos. A concepção de Projeto de Vida 
 12 
perpassa pela questão das políticas públicas que irão possibilitar ou 
não a construção de tal projeto.(...) depende de políticas públicas 
que garantam a inclusão social. 
 Arruda; Tubino; Gonzaga; Da Silva & Catão (2005) 
desenvolveram estudos sobre o significado do Projeto de Vida para 
adultos de uma comunidade de baixa renda da cidade de João 
Pessoa, constituída de aproximadamente onze mil moradores, sendo 
perpassada por graves problemas sociais, dos quais podemos 
destacar a baixa renda, o tráfico de drogas, a prostituição, a 
violência, o desemprego, a falta de saneamento, o alcoolismo. Para 
compor a amostra, foi feito um recorte da população, tendo por 
critério a escolha de indivíduos que tivessem seus filhos estudando 
numa escola que atende à comunidade, escola esta que também foi 
objeto de estudo. 
 Um conteúdo muito evocado foi o financeiro, os moradores da 
comunidade concebem o projeto de vida na expressão do desejo de 
manter as suas famílias “com um certo conforto”, de ter uma casa 
para morar, de trabalhar, poder estudar, ter saúde e que os filhos 
cresçam bem. Observa-se na relação do projeto de vida pessoal com 
o projeto de vida social, ou seja, o da comunidade para os seus 
moradores, uma situação desejada, evocada pelas concepções do 
projeto pessoal, muito acima das possibilidades do contexto real e 
da cultura de ordenação do projeto social, ao mesmo tempo em 
acordo com o que deveria ser em termos deste projeto, o social para 
aquela comunidade. 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS. 
 
 Pode-se expressar que cada sujeito não é isolado no mundo 
independente, existe uma intersubjetividade, um espaço comum de 
significações possíveis. Entende-se que neste contexto da vidacotidiana, das inter-relações entre os indivíduos, das comunicações, 
da atividade, da apreensão de mundo à ação deste, são evocadas 
concepções, indagações, objetivos, constituídos nos e pelos afetos, 
no movimento da história individual e social. Expressam-se desejos 
e necessidades, movimentam-se, agem, atropelam, superam, 
mantém, transformam. 
 A apreensão dos significados e sentidos do projeto de vida 
enquanto conhecimento complexo e multidimensional, não pretende 
dar conta de todas as informações sobre o fenômeno evocado, mas 
respeitar suas diversas dimensões. Entende-se que o projeto não tem 
de produzir o esquema total e detalhado de vida que pretende 
direcionar, tampouco tem de demonstrar e garantir em termos 
absolutos, que este projeto poderá resolver todos os problemas que 
eventualmente poderão aparecer. Aponta-se, porém, ser necessário, 
no concebido por ele, não existir incoerência e que, até onde se 
pode ver sua construção de forma consciente, trabalhada nas 
 13 
dimensões que o constitui, sócio-cognitiva-afetiva-espaço-temporal, 
aumentaria enormemente a capacidade dos indivíduos e coletivos 
resolverem seus problemas. 
 Assim, o presente estudo pretendeu descrever, explicar e refletir 
sobre as concepções do projeto de vida e seus significados no 
cotidiano. 
 
 
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