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1 1 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Química Analítica Luís Herculano Melo de Carvalho Skoog, D.A., West, D.M. and Holler, F.J., “Fundamentals of Analytical Chemistry”, 7th Edition (1996), International Edition, Saunders College Publishing. (em alternativa: Skoog, D.A., West,D.M. e Holler, F.J., “Química Analítica”, 6ª Edição. (1995), McGraw-Hill). Christian, G.D., “ Analytical Chemistry”, 5th Edition (1994), John Wiley & Sons, Inc. Ohlweiler, O.A., “ Química Analítica Quantitativa” (Vols. 1 e 2), 3ª Edição (1987), Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio de Janeiro Harris, D.C. “Quantitative Chemical Analysis” 5th Edition (1999), W. H. Freeman and Company. Skoog, D.A., West, D.M., Holler, F.J. and Crouch, S.R., “Fundamentals of Analytical Chemistry”, 8th Edition (2004), Thomson Brooks/Cole. 2 QUÍMICA ANALÍTICA “Arte de reconhecer substâncias diferentes e determinar os seus constituintes...” Wilhelm Ostwald, 1894 Análise qualitativa: Revela a identidade química das espécies de uma amostra. Análise quantitativa: Estabelece, em termos numéricos, a quantidade relativa de uma ou mais espécies, ou analitos. O cálculo do resultado numérico depende de duas medições: •Quantidade de amostra analisada •Quantidade que é proporcional à concentração de analito na amostra ? Métodos gravimétricos ? Métodos volumétricos ? Métodos electroquímicos ? Métodos espectroscópicos etc. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 2 3 Química Analítica Biologia Botânica Genética Microbiologia Biologia Molecular Zoologia Química Bioquímica Química Inorgânica Química Orgânica Química Física Física Astrofísica Astronomia Biofísica Engenharia Civil Química Electrotécnica Mecânica Medicina Química Clínica Química Medicinal Farmácia Toxicologia Ciência de Materiais Metalurgia Polímeros Estado Sólido Ciências Sociais Arqueologia Antropologia Química Forense Agricultura Agronomia Ciência Animal Ciência de Produção Ciência Alimentar Ciências do Ambiente Ecologia Meteorologia Oceanografia Geologia Geofísica Geoquímica Paleontologia Paleobiologia Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 4 ETAPAS TÍPICAS DE UM PERCURSO ANALÍTICO ESCOLHA DO MÉTODO OBTENÇÃO DA AMOSTRA PROCESSAMENTO DA AMOSTRA ELIMINAÇÂO DE INTERFERÊNCIAS QUANTIFICAÇÃO AVALIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DO VALOR NUMÉRICO OBTIDO ‣ Definição de objectivos ‣ Normas legais ‣ Rigor pretendido ‣ Factores económicos e logísticos ‣ Representatividade ‣ Amostra bruta ‣ Amostra laboratorial ‣ Dissolução da amostra ‣ Definição de réplicas ‣ Medição de uma propriedade do analito ‣ Cálculo do resultado Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 3 5 AMOSTRAGEM Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 6 RESULTADOS EXPERIMENTAIS Nº do ensaio Valor obtido 1 19.6 2 19.4 3 20.3 4 19.5 5 20.1 6 19.8 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 4 7 PRECISÃO E EXACTIDÃO ERROS EXPERIMENTAIS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 8 ALGUMAS ORIGENS DE ERROS SISTEMÁTICOS Erros instrumentais •Diferenças entre os volumes nominais e os volumes reais de material volumétrico. •Diferenças entre as concentrações nominais e concentrações reais de soluções padrão. •Baterias de alimentação de instrumentos electrónicos que dão uma voltagem diferente da que deviam, devido ao uso. •Acumulação de sujidade em contactos eléctricos levando ao aumento da resistência dos circuitos. •Variações de temperatura que levam a diferenças em resistores, fontes de potencial padrão etc. Erros do método •Lentidão de reacções •Reacções incompletas •Instabilidade de espécies químicas •Não especificidade da maioria dos reagentes •Ocorrência de reacções laterais interferentes Erros pessoais •Estimativa na posição de um ponteiro ou do nível de um líquido entre dois traços de uma escala •Avaliação da cor de uma solução num ponto final •Limitações físicas do analista •Preconceito de valores •Preferências numéricas Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 5 9 DETECÇÃO DE ERROS SISTEMÁTICOS Instrumentais: •Calibração Pessoais: •Cuidado e auto-disciplina •Treino •Escolha cuidadosa do método Do método de análise: Análise de amostras padrão •Análise independente •Determinações em branco •Variação do tamanho da amostra Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 10 ERROS ALEATÓRIOS (OU INDETERMINADOS) • Surgem quando um sistema de medição é levado ao seu máximo de sensibilidade. • Umas vezes são positivos, outras negativos. • Resultam de inúmeras variáveis não controláveis porque na sua maioria são tão pequenas que não podem ser medidas individualmente. • O efeito acumulado dessas pequenas incertezas provoca a dispersão dos resultados de medições, feitas exactamente da mesma maneira, em torno do valor médio do conjunto. • São consequência das nossas limitações naturais ao fazer medições físicas e, como tal, estão sempre presentes não podendo ser eliminados totalmente ou corrigidos. • Constituem a derradeira limitação na determinação de uma quantidade. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 6 11 COMBINAÇÕES POSSÍVEIS DE QUATRO INCERTEZAS COM A MESMA MAGNITUDE Combinações das Incertezas Magnitude do Erro Indeterminado Número de Combinações Frequência Relativa +I1 + I2 + I3 + I4 +4I 1 1/16 = 0.0625 -I1 + I2 + I3 + I4 +I1 - I2 + I3 + I4 +2I 4 4/16 = 0.250 +I1 + I2 - I3 + I4 +I1 + I2 + I3 - I4 -I1 - I2 + I3 + I4 +I1 + I2 - I3 - I4 -I1 + I2 - I3 + I4 0 6 6/16 = 0.375 +I1 - I2 + I3 - I4 -I1 + I2 + I3 - I4 +I1 - I2 - I3 + I4 +I1 - I2 - I3 - I4 -I1 + I2 - I3 - I4 -2I 4 4/16 = 0.250 -I1 - I2 + I3 - I4 -I1 - I2 - I3 + I4 -I1 - I2 - I3 - I4 -4I 1 1/16 = 0.0625 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 12 VALORES OBTIDOS NA CALIBRAÇÃO DE UMA PIPETA DE 10 mL Nº Ensaio Volume (mL) Nº Ensaio Volume (mL) Nº Ensaio Volume (mL) 1 9.988 18 9.975 35 9.976 2 9.973 19 9.980 36 9.990 3 9.986 20 9.994 37 9.988 4 9.980 21 9.992 38 9.971 5 9.975 22 9.984 39 9.986 6 9.982 23 9.981 40 9.978 7 9.986 24 9.987 41 9.986 8 9.982 25 9.978 42 9.982 9 9.981 26 9.983 43 9.977 10 9.990 27 9.982 44 9.977 11 9.980 28 9.991 45 9.986 12 9.989 29 9.981 46 9.978 13 9.978 30 9.969 47 9.983 14 9.971 31 9.985 48 9.980 15 9.982 32 9.977 49 9.983 16 9.983 33 9.976 50 9.979 17 9.988 34 9.983 Volume médio = 9.982 mL Volume mediano = 9.982 mL Intervalo de variação = 0.025 mL Desvio padrão = 0.0056 mL Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 7 13 9 9.5 10 10.5 11 Valor obtido na determinação 9.982 9.96 9.97 9.98 9.99 10 Valor obtido na determinação 9.982 Valor mínimo Valor maximo VALORES OBTIDOS NA CALIBRAÇÃO DE UMA PIPETA DE 10 mL Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 14 DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIAS DOS VALORES 219.993 a 9.995 849.990 a 9.992 1059.987 a 9.989 1479.984 a 9.986 26139.981 a 9.983 1899.978 a 9.980 1479.975 a 9.977 219.972 a 9.974 639.969 a 9.971 %NºIntervalo de volume (mL) 9.97 9.973 9.976 9.979 9.982 9.985 9.988 9.991 9.993 0 5 10 15 20 25 30 HISTOGRAMA Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 8 15 9.96 9.97 9.98 9.99 10 0 0.01 0.02-0.01-0.02 9.982 mL ∞→N Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 16 0 + 0 2 4-2-4 Desvio da média (unidades de desvio padrão) z x= − µσ z = desvio da média expressa em unidades dedesvio padrão CURVAS NORMAIS DE ERRO EQUAÇÃO DE UMA CURVA GAUSSIANA ( ) πσ ey σ/µx 2 22−− = µ : média da população σ : desvio padrão da população Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 9 17 PROPRIEDADES DAS CURVAS NORMAIS DE ERRO σσ σ σ Desvio da média (z) F r e q u ê n c i a r e l a t i v a µ 1. A média ocorre no ponto de frequência máxima. 2. Verifica-se uma distribuição simétrica de desvios positivos e negativos em torno do máximo. 3. Verifica-se um decréscimo exponencial na frequência à medida que o tamanho dos desvios aumenta (é mais frequente observar erros aleatórios pequenos do que erros aleatórios grandes). 4. Independentemente da sua largura, 68.3% da área sob a curva encontra-se entre ±1σ , 95.5% entre ±2σ , 99.7% entre ±3σ, etc. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 18 ÁREAS SOB UMA CURVA GAUSSIANA Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 10 19 VALORES DE Z 3.292.582.331.961.641.280.67∞ 99.9% (P=0.00 1) 99% (P=0.01) 98% (P=0.02) 95% (P=0.05) 90% (P=0.10) 80% (P=0.20) 50% (P=0.50) nº GL Factor para o intervalo de confiança indicado Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 20 CONSIDERAÇÕES ACERCA DA APLICAÇÃO DA ESTATÍSTICA AOS RESULTADOS DE UMA ANÁLISE QUÍMICA 1.A dimensão dos erros indeterminados associados a uma medição individual é determinada pelo modo como se combinam as incertezas, sendo este modo determinado pelo acaso. 2.Os resultados obtidos no laboratório são considerados uma fracção pequena mas representativa de um número infinito de resultados, que poderiam ser obtidos se se tivesse à disposição uma quantidade de amostra suficiente e um tempo infinito para realizar as análises. (As leis estatísticas só se aplicam estritamente a um universo de resultados) 3. Como não existe a garantia de que a amostra estatística seja representativa do universo de resultados através da estatística apenas se pode obter uma estimativa, feita em termos de probabilidade, acerca da dimensão dos erros indeterminados. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 11 21 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ACERCA DA APLICAÇÃO DA ESTATÍSTICA A estatística permite olhar para os nossos resultados de várias maneiras e tomar decisões objectivas e inteligentes acerca da sua qualidade e uso. • A estatística apenas revela informação já existente no conjunto de resultados. • A estatística não cria nenhuma informação nova. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 22 CURVAS NORMAIS DE ERRO s ≈ σ s ≠ σ (10 graus de liberdade) - - - Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 12 23 DISTRIBUIÇÃO t DE STUDENT Factor para o intervalo de confiança indicado nª GL 50% (P=0.50) 80% (P=0.20) 90% (P=0.10) 95% (P=0.05) 98% (P=0.02) 99% (P=0.01) 99.9% (P=0.001) 1 1.00 3.08 6.31 12.71 31.82 63.66 636.62 2 0.82 1.89 2.92 4.30 6.97 9.92 31.60 3 0.76 1.64 2.35 3.18 4.54 5.84 12.94 4 0.74 1.53 2.13 2.78 3.75 4.60 8.61 5 0.73 1.48 2.02 2.57 3.36 4.03 6.86 6 0.72 1.44 1.94 2.45 3.14 3.72 5.96 7 0.71 1.42 1.90 2.36 3.00 3.50 5.40 8 0.71 1.40 1.86 2.31 2.90 3.36 5.04 9 0.70 1.38 1.83 2.26 2.82 3.25 4.78 10 0.70 1.37 1.81 2.23 2.76 3.17 4.59 11 0.70 1.36 1.80 2.20 2.72 3.11 4.44 12 0.70 1.36 1.78 2.18 2.68 3.06 4.32 13 0.69 1.35 1.77 2.16 2.65 3.01 4.22 14 0.69 1.34 1.76 2.14 2.62 2.98 4.14 15 0.69 1.34 1.75 2.13 2.60 2.95 4.07 16 0.69 1.34 1.75 2.12 2.58 2.92 4.02 17 0.69 1.33 1.74 2.11 2.57 2.90 3.96 18 0.69 1.33 1.73 2.10 2.55 2.88 3.92 19 0.69 1.33 1.73 2.09 2.54 2.86 3.88 20 0.69 1.32 1.72 2.09 2.53 2.84 3.85 25 0.68 1.32 1.71 2.06 2.48 2.79 3.72 30 0.68 1.31 1.70 2.04 2.46 2.75 3.65 40 0.68 1.30 1.68 2.02 2.42 2.70 3.55 60 0.68 1.30 1.67 2.00 2.39 2.66 3.46 120 0.68 1.29 1.66 1.98 2.36 2.62 3.37 ∞ 0.67 1.28 1.64 1.96 2.33 2.58 3.29 Nota: Para um teste só de um lado da curva, o valor deve ser tomado da coluna correspondente ao dobro do valor de P desejado. Por exemplo, para o teste só de um lado “P=0.05, 5 graus de liberdade” o valor crítico correspondente é lido da coluna P=0.10 e é igual a 2.02. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 24 DESVIO PADRÃO COMBINADO Resultados das determinações de mercúrio em peixes de um lago (ppm Hg): Peixe Determinação 1 2 3 4 5 6 7 1ª 1.80 0.96 3.13 2.06 0.57 2.35 1.11 2ª 1.58 0.98 3.35 1.93 0.58 2.44 1.15 3ª 1.64 1.02 2.12 0.64 2.70 1.22 4ª 1.10 2.16 0.49 2.48 1.04 5ª 1.89 2.44 6ª 1.95 Média 1.673 1.015 3.240 2.018 0.570 2.482 1.130 Desvio padrão. 0.114 0.062 0.156 0.111 0.062 0.131 0.075 Nº de amostras medidas 3 4 2 6 4 5 4 Nº total de determinações 28 Nº de conjuntos de determinações 7 Tratamento de resultados Peixe Determinação 1 2 3 4 5 6 7 1ª 0.0160 0.0030 0.0121 0.0017 0.0000 0.0174 0.0004 2ª 0.0087 0.0012 0.0121 0.0078 0.0001 0.0018 0.0004 3ª 0.0011 0.0000 0.0103 0.0049 0.0475 0.0081 4ª 0.0072 0.0201 0.0064 0.0000 0.0081 5ª 0.0165 0.0018 6ª 0.0047 ∑ − 2)( xxi 0.0259 0.0115 0.0242 0.0611 0.0114 0.0685 0.0170 Cálculo: Hg ppm 0.10 728 0.01700.06850.01140.06110.02420.01150.0259scombinado = − ++++++= (alternativa): Hg ppm 0.10 728 (3)0.075(4)0.131(3)0.062(5)0.111(1)0.156(3)0.062(2)0.114s 2222222 combinado = − ++++++= Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 13 25 DESVIO PADRÃO COMBINADO Química Analítica Luís Herculano Melo de Carvalho Cálculo: (alternativa): Tempo Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 1108 992 788 799 1122 975 805 745 1075 1022 779 750 1099 1001 822 774 1115 991 800 777 1083 - - 800 Concentração de glucose (mg/L) 1100 - - 758 Valor médio de glucose (mg/L) 1100,3 996,2 798,8 771,9 ( )2 1 ∑ = −iN i i xx 1687,43 1182,80 1086,80 2950,86 Desvio padrão (mg/L) 16,8 17,2 16,5 22,2 Nº de determinações em cada mês 7 5 5 7 Soma total dos quadrados dos desvios da média 6907,89 Nº total de medições 24 Número de conjuntos 4 26 TERMOS ALTERNATIVOS DE EXPRESSÃO DA PRECISÃO Resultados obtidos em determinações replicadas do conteúdo de chumbo de uma amostra de sangue: Toma Resultado(ppm Pb) ( )2xxi − 1ª 0.752 4.84 X 10-6 2ª 0.756 3.24 X 10-6 3ª 0.752 4.84 X 10-6 4ª 0.751 1.02 X 10-5 5ª 0.760 3.36 X 10-5 Média 0.754 ( )2∑ − xxi 5.68 X 10-5 Desvio padrão: ( ) Pb ppm 1-5 105.68 5- 004.000377.0 1 2 ≈=×= − ∑ −= N xx s i Variância: ( ) ( ) 5222 104.100377.0 1 −×== − ∑ −= N xxs i Desvio padrão relativo: ppt 5.0 ppt 0.754 0.00377 ppt RSD =×=×= 10001000 x s Coeficiente de variação: % 0.5 0.754 0.00377 CV =×=×= %100%100 x s Intervalo de dispersão: Pb ppm 0.009 0.751-0.760 ==−= )menormaior x(xw Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 14 27 LIMITES DE CONFIANÇA Ensaio Concentração de Na+ (mM) 1 102 2 97 3 99 4 98 5 101 6 106 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 28 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 0.80 0.84 % de etanol LIMITES DE CONFIANÇA 0.793 0.892 0.841 % de Etanol Ensaio %05.0 %84.0 = = s x Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 15 29 TESTE DE HIPÓTESES (nível de confiança de 95%) Valor de P = 0,050 = soma da área das duas caudas Curva de z Curva de z Curva de z Valor de z Valor de z Valor de z Valor de P = 0,050 = área da cauda superior Valor de P =0,050 = área da cauda inferior Ha: µ ≠ µ0 Ha: µ > µ0 Ha: µ < µ0 Química Analítica Luís Herculano Melo de Carvalho 30 ERROS NOS TESTES DE SIGNIFICÂNCIA Tipo ITipo II Tipo ITipo II H0 : µ= 3,00% ; Ha : µ= 3,05% N = 4 ; s = 0,036% H0 : µ= 3,00% ; Ha : µ= 3,05% N = 9 ; s = 0,036% Química Analítica Luís Herculano Melo de Carvalho 16 31 COMPARAÇÃO DE UMA MÉDIA EXPERIMENTAL COM UM VALOR VERDADEIRO Nível de confiança de 95%: Nível de confiança de 99%: Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 32 COMPARAÇÃO DE DUAS MÉDIAS EXPERIMENTAIS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 17 33 COMPARAÇÃO DE MÉDIAS EXPERIMENTAIS Exemplo: Amostra Tempo de refluxo 30 min. mg Sn/kg Tempo de refluxo 75 min. mg Sn/kg 1 55 57 2 57 55 3 59 58 4 56 59 5 56 59 6 59 59 Média 57,00 57,83 Desvio padrão 1,673 1,602 Exemplo: Amostra Normais mM tiol no sangue Artrite reumatóide mM tiol no sangue 1 1,84 2,81 2 1,92 4,06 3 1,94 3,62 4 1,92 3,27 5 1,85 3,27 6 1,91 3,76 7 2,07 Média 1,921 3,465 Desvio padrão 0,076 0,440 Química Analítica Luís Herculano Melo de Carvalho 34 TESTE DE t EMPARELHADO Exemplo: Doente Método A Método B Diferença (d) 1 1044 1028 16 2 720 711 9 3 845 820 25 4 800 795 5 5 957 935 22 6 650 630 11 Média 14,67 sd 7,76 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 18 35 ESTIMATIVA DO LIMITE DE DETECÇÃO Limite de detecção de um método de análise: concentração mínima de uma substância que, com um nível de confiança de 99%, se pode afirmar que é maior que o branco. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 36 TESTE DE Q (Dixon) • •• • • • • • Valor medido • • • • •• • Valor medido FALHAS DA APLICAÇÃO DIRECTA DO TESTE DE Q Valor medido • • • • d w • • menormaior próximomais q xx xx w dQ − −==exp Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 19 37 VALORES CRÍTICOS PARA REJEIÇÃO DO QUOCIENTE Q 0.5680.4660.41210 0.5980.4930.4379 0.6340.5260.4688 0.6800.5680.5077 0.7400.6250.5606 0.8210.7100.6425 0.9260.8290.7654 0.9940.9700.9413 99% (α = 0.01)95%(α = 0.05)90%(α = 0.10)Nº de observa ções Nível de confiança DISTRIBUIÇÃO F (α=0.05) GL GL (sA) (sB) 2 3 4 5 6 7 8 9 10 12 15 20 ∞ 2 19.00 19.16 19.25 19.30 19.33 19.35 19.37 19.38 19.40 19.41 19.43 19.45 19.50 3 9.55 9.28 9.12 9.01 8.94 8.89 8.84 8.81 8.78 8.74 8.70 8.66 8.53 4 6.94 6.59 6.39 6.26 6.16 6.09 6.04 6.00 5.96 5.91 5.86 5.80 5.63 5 5.79 5.41 5.19 5.05 4.95 4.88 4.82 4.77 4.74 4.68 4.62 4.56 4.36 6 5.14 4.76 4.53 4.39 4.28 4.21 4.14 4.10 4.06 4.00 3.94 3.87 3.67 7 4.74 4.35 4.12 3.97 3.87 3.79 3.72 3.68 3.64 3.57 3.51 3.44 3.23 8 4.46 4.07 3.84 3.69 3.58 3.50 3.44 3.39 3.34 3.28 3.22 3.15 2.93 9 4.26 3.86 3.63 3.48 3.37 3.29 3.23 3.18 3.13 3.07 3.01 2.94 2.71 10 4.10 3.71 3.48 3.32 3.22 3.14 3.07 3.02 2.98 2.91 2.84 2.77 2.54 11 3.98 3.59 3.36 3.20 3.09 3.01 2.95 2.90 2.85 2.79 2.72 2.65 2.40 12 3.88 3.49 3.26 3.10 3.00 2.91 2.85 2.80 2.75 2.69 2.62 2.54 2.30 13 3.50 3.41 3.18 3.02 2.92 2.83 2.77 2.71 2.67 2.60 2.53 2.46 2.21 14 3.74 3.34 3.11 2.96 2.85 2.76 2.70 2.64 2.60 2.53 2.46 2.39 2.13 15 3.68 3.29 3.06 2.90 2.79 2.71 2.64 2.59 2.54 2.48 2.40 2.33 2.06 16 3.63 3.24 3.01 2.85 2.74 2.66 2.59 2.54 2.49 2.42 2.35 2.28 2.01 17 3.59 3.20 2.96 2.81 2.70 2.61 2.55 2.49 2.45 2.38 2.31 2.23 1.96 18 3.55 3.16 2.93 2.77 2.66 2.58 2.51 2.46 2.41 2.34 2.27 2.19 1.92 19 3.52 3.13 2.90 2.74 2.63 2.54 2.48 2.42 2.38 2.31 2.23 2.16 1.88 20 3.49 3.10 2.87 2.71 2.60 2.51 2.45 2.39 2.35 2.28 2.20 2.12 1.84 ∞ 3.84 3.00 2.60 2.37 2.21 2.10 2.01 1.94 1.88 1.83 1.75 1.57 1.00 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 38 GRÁFICO DE CALIBRAÇÂO Pontos de calibração Amostra em análise S i n a l a n a l í t i c o Concentração ( )yx,ya Ca Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 20 39 Cm LOQ LOL Intervalo de aplicabilidade Concentração S i n a l a n a l í t i c o INTERVALO DE APLICABILIDADE Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 40 Pressupostos: 1.Existe uma relação linear entre a variável medida (y) e a concentração de analito (x). Matematicamente: bmxy += 2. Os desvios dos pontos relativamente à recta são devidos a erros nas medições (ou seja, considera-se que não há erro nos valores de x). 3. A magnitude dos erros em y é independente da concentração de analito. MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 21 41 • • • • • • ( )11, yx ( )22, yx ( )33, yx ( )44, yx ( )55, yx ( )66, yx ( )11 ˆ, yx ( )22 ˆ, yx ( )33 ˆ, yx ( )44 ˆ, yx ( )55 ˆ, yx ( )66 ˆ, yx • • • • • • X Y RESÍDUOS DE Y DE UMA RECTA DE REGRESSÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 42 EQUÍVOCOS NA INTERPRETAÇÃO DO COEFICIENTE DE CORRELAÇÃO 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 r = 0,986 r = 0 X Y Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 22 43 FORMA GERAL DOS LIMITES DE CONFIANÇA Concentração S i n a l a n a l í t i c o ( )yx, Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 44 Leituras → Amostra 1: 2,9 Amostra 2: 13,5 Amostra 3: 23,0 x 6,00 y 13,10 Sxx 112,00 Syy 418,28 Sxy 216,20 m 1,93036 b 1,51786 sr 0,43285 sm 0,0409 sb 0,29494 r 0,99888 y = 1,93x + 1,52 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 micrograma/L S i n a l a n a l í t i c o Xi (µg/L) Yi (unidades) Xi2 Yi2 XiYi Yˆ ( )YYi ˆ− ( )2YˆYi − 1 0,00 2,1 0,00 4,410 0,000 1,517857 0,582143 0,33889 2 2,00 5,0 4,00 25,000 10,000 5,378571 -0,37857 0,143316 3 4,00 9,0 16,00 81,000 36,000 9,239286 -0,23929 0,057258 4 6,00 12,6 36,00 158,760 75,600 13,10000 -0,50000 0,250000 5 8,00 17,3 64,00 299,290 138,400 16,96071 0,339286 0,115115 6 10,00 21,0 100,00 441,000 210,000 20,82143 0,178571 0,031888 7 12,00 24,7 144,00 610,090 296,400 24,68214 0,017857 0,000319 ∑ 42,00 91,7 364,00 1619,550 766,400 91,70 0,000 0,936786 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 23 45 MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (aplicação) Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Sinal analítico 2,9 13,5 23,0 Concentração, µg/L (a) 0,72 6,21 11,13 Desvio padrão (sc), µg/L (b) 0,265 0,240 0,263 Resultado (95% de confiança) µg/L (c) 0,72 ± 0.67 6,21 ± 0.62 11,13 ± 0.67 (a) 52,193,1 += xy Amostra 1 72,0 93,1 52,19,2 =−=x Amostra 2 21,6 93,1 52,15,13 =−=x Amostra 3 13,11 93,1 52,10,23 =−=x (b) ( ) s s m M N y y m Sc r c xx = + + −1 1 2 2 Amostra 1 ( )( ) 265,011293,1 10,139,2 7 1 1 1 93,1 43,0 2 2 =× −++=cs Amostra 2 ( )( ) 240,011293,1 10,135,13 7 1 1 1 93,1 43,0 2 2 =× −++=cs Amostra 3 ( )( ) 263,011293,1 10,130,23 7 1 1 1 93,1 43,0 2 2 =× −++=cs (c) nº graus de liberdade = N-2= 7-2 = 5 → t95% = 2,57 Amostra 1 ( ) ( ) 68,072,0265,057,272,072,0 ±=×±=×± cst µg/mL Amostra 2 ( ) ( ) 62,021,6240,057,221,621,6 ±=×±=×± cst µg/mL Amostra 3 ( ) ( ) 68,013,11263,057,213,1113,11 ±=×±=×± cst µg/mL Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 46MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS (resumo) Quantidade Expressão xxS ( )S xi xNxx i= 2 2 − ∑∑ Syy ( )S Nyy yi yi= 2 2 − ∑∑ Sxy S x y Nxy xi yi i i= − ∑∑∑ Declive m Sxy Sxx = Ordenada na origem b y mx= − Desvio padrão da regressão N= nº de pontos da recta de calibração s S m S Nr yy xx= − − 2 2 Desvio padrão do declive s s Sm r xx = 2 Desvio padrão da ordenada na origem ( )s s N x x b r i i = − ∑∑ 1 2 2 Desvio padrão de um resultado obtido com a curva de calibração M = nº de repetições da análise da amostra yc = média dos resultados das repetições ( ) s s m M N y y m Sc r c xx = + + −1 1 2 2 Coeficiente de correlação ( ) ( ) ∑ ∑− ∑ ∑− ∑ ∑ ∑−= 2222 iiii iiii yyNxxN yxyxNr Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 24 47 MÉTODOS GRAVIMÉTRICOS DE ANÁLISE São métodos quantitativos que se baseiam na determinação da massa de um composto puro com o qual o analito está quimicamente relacionado. Existem dois tipos maioritários: Métodos de precipitação O analito é convertido num precipitado pouco solúvel que é separado por filtração, lavado de impurezas e convertido num produto de composição conhecida que é pesado. Métodos de volatilização O analito ou os seus produtos de decomposição são volatilizados a uma temperatura adequada. O produto volátil é recolhido e pesado ou, alternativamente, a massa do produto é determinada indirectamente pela perda de massa da amostra. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 48 GRAVIMETRIA DE PRECIPITAÇÃO PRECIPITAÇÃO LAVAGEM SECAGEM / CALCINAÇÃO PESAGEM FILTRAÇÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 25 49 GRAVIMETRIA DE VOLATILIZAÇÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 50 Na análise gravimétrica de precipitação a exactidão e a precisão dependem da técnica de precipitação e das propriedades do precipitado. REQUISITOS DA TÉCNICA DE PRECIPITAÇÃO E DOS PRECIPITADOS 1. Solubilidade baixa na água-mãe e no solvente de lavagem de modo a que não ocorram perdas durante a filtração e a lavagem (o analito tem de estar quantitativamente incorporado no precipitado final). 2. Interferência mínima de outros elementos e componentes do sistema (a reacção de precipitação deve ser, preferencialmente, específica; não o sendo deve ser, pelo menos, selectiva). 3. Precipitado com uma área superficial específica pequena para que a adsorção de impurezas seja mínima (sólido pouco contaminável pelos outros componentes presentes na água-mãe). Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 26 51 REQUISITOS DA TÉCNICA DE PRECIPITAÇÃO E DOS PRECIPITADOS (cont.) 4. Sólido com características que permitem a sua separação fácil da água mãe e uma lavagem eficiente com um solvente apropriado (as perdas de precipitado devem ser mínimas porque o que é perdido não é pesado). 5. Composição estequiométrica do sólido definida e reprodutível após a secagem e/ou calcinação (sem se conhecer a composição do sólido final não se pode calcular a quantidade original do analito). O produto seco final não deve reagir com os constituintes da atmosfera. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 52 PARTÍCULA COLOIDAL DE AgCl EM SUSPENSÃO NUMA SOLUÇÃO DE AgNO3 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 27 53 ESPESSURA DA CAMADA DUPLA DE UMA PARTÍCULA COLOIDAL DE AgCl. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 54 CAMADA DUPLA DE UMA PARTÍCULA COLOIDAL Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 28 55 CONTAMINAÇÃO DE PRECIPITADOS • Precipitação simultânea • Coprecipitação Adsorção Formação de cristais mistos Oclusão e prisão mecânica Processo em que precipitam, ao mesmo tempo, vários compostos por se ter excedido o seu produto de solubilidade. Processo em que compostos normalmente solúveis são removidos da solução por um precipitado. Minimização: • Digestão. • Lavagem do colóide coagulado com uma solução contendo um electrólito volátil. • Reprecipitação. Minimização: • Separação do interferente. • Reprecipitação • Uso de outro agente precipitante. Minimização: • Condições de precipitação lenta (SR baixa). • Digestão. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 56 ÁREA SUPERFICIAL E TAMANHO DE PARTÍCULA ASPECTO DE UM COLÓIDE COAGULADO, EVIDENCIANDO A VASTA ÁREA SUPERFICIAL INTERNA EXPOSTA À ÁGUA- MÃE Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 29 57 SECAGEM E CALCINAÇÃO DE PRECIPITADOS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 58 O EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE ELECTRÓLITO NAS CONSTANTES DE EQUILÍBRIO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 30 59 EFEITO DA FORÇA IÓNICA • O efeito da adição de um electrólito sobre um dado equilíbrio é independente da natureza química do electrólito, sendo dependente de uma propriedade da solução que se designa por força iónica: [ ] [ ] [ ] +++== .....Z CZ BZ A2 1µiónica força 2C 2 B 2 A [A], [B], [C], .... são as concentrações dos iões A, B, C, ... em mol/L. ZA, ZB, ZC, ... são as cargas dos iões A, B, C, ... . Tipo de electrólito Exemplo Força iónica (C é a concentração do sal em mol/L) 1:1 NaCl C 1:2 Na2SO4 3C 1:3 Na3PO4 6C 1:4 MgSO4 4C • A solubilidade do Ba2SO4, por exemplo, é a mesma numa solução aquosa que contenha ou NaI, ou KNO3 ou AlCl3, desde que as molaridades destas espécies sejam tais que as forças iónicas sejam idênticas. A forças iónicas elevadas (> 0,1 M) a independência em relação à natureza do electrólito desaparece. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 60 O EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE ELECTRÓLITO NA SOLUBILIDADE DE ALGUNS SAIS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 31 61 EFEITO DAS CARGAS DOS PARTICIPANTES NO EQUILÍBRIO • Estando envolvidas apenas espécies neutras, a posição dos equilíbrios em que estas participam é essencialmente independente da concentração do electrólito. • Estando envolvidas espécies iónicas, a magnitude do efeito do electrólito aumenta com a carga. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 62 PROPRIEDADES DOS COEFICIENTES DE ACTIVIDADE ( γ ) 1. O γ de uma espécie mede a efectividade com que essa espécie influencia um equilíbrio em que participe. Soluções muito diluídas → γ = 1 , aX = [X] e K = K’ Força iónica a aumentar (até 0,1 M) → γ < 1 , aX < [X] e K < K’ 2. Em soluções não muito concentradas o γ de uma dada espécie é independente da natureza do electrólito e apenas dependente da força iónica. 3. A uma dada força iónica o γ de uma dada espécie afasta-se tanto mais da unidade quanto maior for a carga dessa espécie. Para espécies neutras γ ≈ 1, independentemente da força iónica. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 32 63 PROPRIEDADES DOS COEFICIENTES DE ACTIVIDADE ( γ ) 4. A uma dada força iónica os γ’s de iões com a mesma carga são aproximadamente iguais. As pequenas diferenças observadas correlacionam-se com o diâmetro efectivo dos iões hidratados. 5. O γ de uma espécie descreve o seu comportamento efectivo em todos os equilíbrios químicos em que participe. Por exemplo, a uma dada força iónica um único γ para o ião cianeto descreve a influência dessa espécie em qualquer um dos seguintes equilíbrios: Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 64 EQUAÇÃO DE DEBYE-HÜCKEL − = ×+log . . γ µα µx x x 051 1 33 2Z γX = coeficiente de actividade da espécie XZX = carga da espécie X µ = força iónica da solução αX = diâmetro efectivo do ião X hidratado (nm) Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 33 65 COEFICIENTES DE ACTIVIDADE DE IÕES A 25ºC 1 Coeficiente de actividade à força iónica indicada Ião αx (Å) 0.001 0.005 0.01 0.05 0.1 H30+ 9 0.967 0.933 0.914 0.86 0.83 Li+, C6H5COO - 6 0.965 0.929 0.907 0.84 0.80 Na+, IO3 -, HSO3 -, HCO3 -, H2PO4 -, H2AsO4 -, OAc- 4-4.5 0.964 0.928 0.902 0.82 0.78 OH-, F-, SCN-, HS-, ClO3 -, ClO4 -, BrO3 -, IO4 -, MnO4 - 3.5 0.964 0.926 0.900 0.81 0.76 K+, Cl-, Br-, I-, CN-, NO2 -, NO3 -, HCOO- 3 0.964 0.925 0.899 0.80 0.76 Rb+, Cs+, Tl+, Ag+, NH4+ 2.5 0.964 0.924 0.898 0.80 0.75 Mg2+, Be2+ 8 0.872 0.755 0.69 0.52 0.45 Ca2+, Cu2+, Zn2+, Sn2+, Mn2+, Fe2+, Ni2+, Co2+, Ftalato2- 6 0.870 0.749 0.675 0.48 0.40 Sr2+, Ba2+, Cd2+, Hg2+, S2- 5 0.868 0.744 0.67 0.46 0.38 Pb2+, CO32 -, SO32 -, C2O42 - 4.5 0.868 0.742 0.665 0.46 0.37 Hg22+, SO42 -, S2O32 -, CrO42 -, HPO42 - 4.0 0.867 0.740 0.660 0.44 0.36 Al3+, Fe3+, Cr3+, La3+, Ce3+ 9 0.738 0.54 0.44 0.24 0.18 PO43 -, Fe(CN)63 - 4 0.725 0.50 0.40 0.16 0.095 Th4+, Zr4+, Ce4+, Sn4+ 11 0.588 0.35 0.255 0.10 0.065 Fe(CN)64 - 5 0.57 0.31 0.20 0.048 0.021 1 Adaptado de Kielland, J., J. Am. Chem. Soc., 59, 1675 (1937) Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 66 TITULIMETRIA VOLUMÉTRICA Vinicial Vfinal Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 34 67 TITULIMETRIA GRAVIMÉTRICA XX.XXX Minicial YY.YYY Mfinal Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 68 VANTAGENS DA TITULIMETRIA GRAVIMÉTRICA 1. Não necessita da calibração do material de vidro nem da limpeza. 2. As correcções relativas à temperatura não são necessárias (especialmente importante no caso de soluções não aquosas). 3. A precisão de pesagens é maior do que a de medições de volumes – podem usar-se amostras mais pequenas (vantagens económicas e ambientais). 4. São mais facilmente automatizadas do que as titulimetrias volumétricas). Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 35 69 ALGUNS ASPECTOS GERAIS DA TITULIMETRIA 1. Solução padrão (titulante) – é um reagente de concentração rigorosamente conhecida que serve de referência na análise titulimétrica. 2. Titulação – procedimento em que se adiciona lentamente uma solução padrão à solução de analito (ou titulado) até que a reacção entre ambos seja considerada completa. 3. Ponto de equivalência – é um ponto que se atinge quando a quantidade de titulante é quimicamente equivalente à quantidade de analito presente no titulado. 4. Ponto final - é o ponto em que se termina a titulação por se considerar que se atingiu o ponto de equivalência. Normalmente a sua posição é estimada pela observação de uma alteração física (p. ex. de cor, turbidez etc.) associada à condição de equivalência. 5. Erro da titulação - diferença em volume ou massa entre o ponto de equivalência (teórico) e o ponto final (experimental). Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 70 PADRÕES EM TITULIMETRIA Padrões primários: a) Pureza elevada. Devem existir métodos de a confirmar. b) Estabilidade ao ar. c) Ausência de água de hidratação de modo a que a sua composição não se altere com variações da humidade atmosférica, d) Solubilidade razoável no meio em que se vai fazer a titulação. e) Massa molar razoavelmente elevada de modo a que os erros relativos associados às pesagens sejam minimizados. f) Disponibilidade fácil e custo moderado. Soluções padrão: a) Serem suficientemente estáveis. b) Reagirem rapidamente com o analito. c) Reagirem completamente com o analito. d) Reagirem selectivamente com o analito e de um modo que possa ser descrito por uma equação química simples e balanceada. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 36 71 CURVA DE TITULAÇÃO 0.10000.1000Concentração (M) variável50.00Volume (mL) Solução de R Solução de A Reacção: A (aq) + R (aq) → AR (aq) 0 10 20 30 40 50 60 70 Volume de solução de R adicionado [A] [R] 0 10 20 30 40 50 60 70 Volume de solução de R adicionado pA pR Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 72 Curva sigmoidal Volume de reagente Ponto de equivalência Curva de segmentos lineares Volume de reagente Ponto de equivalência CURVAS DE TITULAÇÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 37 73 INDICADORES ÁCIDO-BASE São ácidos ou bases orgânicas fracos cuja forma não dissociada tem uma cor diferente do seu par conjugado. Tipo ácido (HIn) Tipo básico (In) HIn + H2O In- + H3O+ (cor ácida) (cor básica) [ ][ ] [ ]HIn In OH3 −+ =aK In + H2O InH+ + OH- (cor básica) (cor ácida) [ ][ ] [ ]In InH OH +−=bK Indicador Intervalo em que ocorre a variação de cor (pH) Variação de cor Azul de timol 1.2 - 2.8 Vermelho Amarelo Azul de bromofenol 3.0 - 4.6 Amarelo Púrpura- azulado Laranja de metilo 3.1 - 4.4 Vermelho Laranja Verde de bromocresol 3.8 - 5.4 Amarelo Azul Vermelho de metilo 4.2 - 6.3 Vermelho Amarelo Azul de clorofenol 4.8 - 6.4 Amarelo Vermelho Azul de bromotimol 6.2 - 7.6 Amarelo Azul Vermelho de fenol 6.8 - 8.4 Amarelo Vermelho Fenolftaleína 8.3 - 10.0 Incolor Rosa Timolftaleína 9.3 - 10.5 Incolor Azul Amarelo de alizarina GG 10 - 12 Incolor Amarelo ALGUNS INDICADORES ÁCIDO-BASE Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 74 CURVAS DE TITULAÇÃO DE ÁCIDOS FORTES Volume de solução de NaOH adicionado (mL) pH (50.00 mL HCl 0.0500 M + NaOH 0.1000 M) pH (50.00 mL HCl 0.000500 M + NaOH 0.001000 M) 0.00 1.30 3.30 10.00 1.60 3.60 20.00 2.15 4.15 24.00 2.87 4.87 24.90 3.87 5.87 25.00 7.00 7.00 25.10 10.12 8.12 26.00 11.12 9.12 30.00 11.80 9.80 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 38 75 CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES E A ESCOLHA DO INDICADOR Fenolftaleína Verde de bromocresol Azul de bromotimol Curva a preto: qualquer dos indicadores dá um ponto final satisfatório. Curva a vermelho: só o azul de bromotimol dá um ponto final satisfatório. Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 76 O EFEITO DA DILUIÇÃO NO pH DE SOLUÇÕES TAMPÃO Ka (HA) = 1 x 10 -4 Concentrações iniciais dos solutos = 1.00 M CAPACIDADE TAMPÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 39 77 CURVAS DE TITULAÇÃO DE ÁCIDOS FRACOS Volume de solução de NaOH adicionado (mL) pH (50.00 mL CH3COOH 0.1000M + NaOH 0.1000M) pH (50.00 mL CH3COOH 0.001000M + NaOH 0.001000M) 0.00 2.88 3.91 10.00 4.16 4.30 25.00 4.76 4.80 40.00 5.36 5.38 49.00 6.45 6.46 49.90 7.46 7.47 50.00 8.73 7.73 50.10 10.00 8.09 51.00 11.00 9.00 60.00 11.96 9.96 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 78 CURVAS DE TITULAÇÃO DE ÁCIDOS FRACOS a) Efeito da concentração dos reagentes b) Efeito de Ka Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 40 79 CURVAS DE TITULAÇÃO DE BASES FRACAS Volume de solução de HCl adicionado (mL) pH (50.00 mL NH3 0.1000 M + HCl 0.1000 M) pH (50.00 mL NH3 0.001000 M + HCl 0.001000 M) 0.00 11.12 10.09 10.00 9.85 9.70 25.00 9.25 9.20 40.00 8.64 8.62 49.00 7.56 7.54 49.90 6.55 6.55 50.00 5.27 6.27 50.10 4.00 5.91 51.00 3.00 5.00 60.00 2.04 4.04 a) Efeito da concentração dos reagentes Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 80 CURVAS DE TITULAÇÃO DE BASES FRACAS b) Efeito de KbLuís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 41 81 COMPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES DE ÁCIDOS FRACOS A-HA pKa pH+ ácido + básico Espécie principal Ka = 1.75 x 10-5 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 82 VARIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DURANTE A TITULAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO DE UMA ÁCIDO FRACO 0 10 20 30 40 50 60 0 2 4 6 8 10 12 14 Volume de NaOH 0.1000 M adicionado (mL) pH 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 α1 (A-)α0 (HA) α [HA] = [A-] CHA = 0.1000 M; 50.00 mL; Ka = 1.75 x 10-5 ½ Veq Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 42 83 CURVAS DE TITULAÇÃO DE MISTURAS DE ÁCIDOS DE FORÇA DIFERENTE Exemplo: 25.00 mL de HCl 0.1200 M + 25.00 mL de HA 0.0800 M (Ka = 1 x 10-4)+ NaOH 0.1000 M Erro de não se considerar a presença do ácido fraco Curva de titulação Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 84 CURVAS DE TITULAÇÃO DE MISTURAS DE ÁCIDOS DE FORÇA DIFERENTE Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 43 85 ÁCIDOS E BASES POLIPRÓTICOS H3PO4 + H2O →← H3O+ + H2PO4- Ka1 = 7.1 x 10-3 H2PO4- + H2O →← H3O+ + HPO42- Ka2 = 6.3 x 10-8 HPO42- + H2O →← H3O+ + PO43- Ka3 = 4.2 x 10-13 ___________________________________________ H3PO4 + 3H2O →← 3H3O+ + PO43- β3 = Ka1 x Ka2 x Ka3 H3PO4 + H2O →← H3O+ + H2PO4- Ka1 = 7.1 x 10-3 H2PO4- + H2O →← H3O+ + HPO42- Ka2 = 6.3 x 10-8 ___________________________________________ H3PO4 + 2H2O →← 2H3O+ + HPO42- β2 = Ka1 x Ka2 CO32- + H2O →← HCO3- + OH- Kb1 = K K w a2 = 2.13 x 10-4 HCO3- + H2O →← H2CO3 + OH- Kb2 = K K w a1 = 2.25 x 10-8 ___________________________________________ CO32- + 2H2O →← H2CO3 + 2OH- K = Kb1 x Kb2 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 86 HA- + H2O →← A2- + H3O+ Ka2 = [ ][ ][ ] H O A HA 3 2+ − − HA- + H2O →← H2A + OH- Kb2 = K K w a1 = [ ][ ][ ] H A OH HA 2 − − 2H2O →← H3O+ + OH- Kw = [ ][ ]H O OH3 + − Balanço de material: CNaHA = [ ] [ ] [ ]H A HA A2 2+ +− − Balanço de cargas: CNaHA [ ] [ ] [ ] [ ]+ = + ++ − − −H O HA A OH3 22 [ ]H O C CNaHANaHA3 1+ = ++K K K a2 w a1 SOLUÇÕES DE SAIS DO TIPO NaHA Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 44 87 ÁCIDO DIPRÓTICO (H2A) Volume de base adicionado pH H2A H2A / HA - HA- HA- / A2- A2- OH- Titulação de 25.00 mL de ácido maleico (H2M) 0.1000 M Volume de NaOH 0.1000 M adicionado (mL) 0 10 20 30 40 50 60 p H 2 4 6 8 10 12 14 0 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 88 CURVAS DE TITULAÇÃO DE ÁCIDOS POLIPRÓTICOS A = H3PO4 0.1000 M B = HOOCCOOH (ácido oxálico) 0.1000 M C = H2SO4 0.1000 M 25.00 mL Volume de NaOH 0.1000 M adicionado (mL) p H 0 10 20 30 40 50 60 0 2 4 6 8 10 12 14 A B C A B e C Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 45 89 COMPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES DE ÁCIDOS POLIPRÓTICOS EM FUNÇÃO DO pH Espécie principal pKa2pKa1 pH+ ácido + básico M2-HM-H2M Ácido maleico (H2M): Ka1 = 1.20 x 10-2 ; Ka2 = 5.96 x 10-7 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 90 COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO DE H2M AO LONGO DA TITULAÇÃO 25.00 mL de H2M 0.1000 M + NaOH 0.1000 M H2M (ácido maleico): Ka1 = 1.20 x 10-2 ; Ka2 = 5.96 x 10-7 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 46 91 CURVAS DE TITULAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO 50.00 mL de NaBr 0.0500 M + AgNO3 0.1000 M a) Efeito da concentração dos reagentes A = 50.00 mL de NaBr 0.0500 M + AgNO3 0.1000 M B = 50.00 mL de NaBr 0.00500 M + AgNO3 0.01000 M C = 50.00 mL de NaBr 0.000500 M + AgNO3 0.001000 M Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 92 CURVAS DE TITULAÇÕES DE PRECIPITAÇÃO b) Efeito de Ks TITULAÇÃO DE MISTURAS DE HALOGENETOS 50.00 mL (NaI 0.0500 M + NaCl 0.0800 M) + AgNO3 0.1000 M 50.00 mL (NaBr 0.0500 M + NaCl 0.0800 M) + AgNO3 0.1000 M Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 47 93 Cu2+ + 2 H C NH2 H C OH O C H2C N H2 Cu O N H2 CH2 C O OO + 2 H+ Um quelato Cu2+ + 4NH3 Cu(NH3)42+ Cu2+ + 4Cl- CuCl42- Cu2+ + 2NH2CH2COOH Cu(NH2CH2COO)2 + 2H+ REACÇÕES DE FORMAÇÃO DE COMPLEXOS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 94 M + D →← MD Kf = 1020 M + B →← MB Kf1 = 1012 MB + B →← MB2 Kf2 = 108 M + 2B →← MB2 Kf = 1020 M + L →← ML Kf1 = 108 ML + L →← ML2 Kf2 = 106 ML2 + L →← ML3 Kf3 = 104 ML3 + L →← ML4 Kf4 = 102 M + 4L →← ML4 Kf = 1020 CURVAS DE TITULAÇÃO DE FORMAÇÃO DE COMPLEXOS Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 48 95 EFEITO DO QUELATO N H2 Cd H2 N N H2 H2 N 2+ H2N NH2 + Cd 2+ Kf = β2 = 2 x 1010 H3CH2N Cd H3CH2N NH2CH3 NH2CH3 2+ CH3NH2 + Cd 2+ Kf = β4 = 3 x 10 6 2 4 ∆G = ∆H - T∆S Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 96 ÁCIDO ETILENODIAMINATETRACÉTICO (EDTA) N N COOH COOH HOOC HOOC EDTA NOTAÇÃO SIMPLIFICADA DO EDTA E DAS ESPÉCIES QUE RESULTAM DA SUA DISSOCIAÇÃO N N COOH COO HOOC OOC H N N COO COO OOC OOC - H - + + N N COOH COO OOC OOC H H -- + + - N N COO COO OOC OOC H H + + - - - - N N COO COO OOC OOC H + - - - - - - - - H4Y H3Y H2Y HY Y - -2 3- 4-Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 49 97 ESTRUTURA DE UM QUELATO M-EDTA EXPRESSÕES DAS FRACÇÕES α PARA O EDTA [ ]α 0 3 4= +H OD [ ]α1 1 3 3 = +K D H O [ ]α 2 1 2 3 2= +K K DH O [ ]α3 1 2 3 3= +K K K DH O α 4 1 2 3 4= K K K KD [ ] [ ] [ ] [ ]D K K K K K K K K K= + + + ++ + + +H O H O H O H O3 4 1 3 3 1 2 3 2 1 2 3 3 1 2 3 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 98 COMPOSIÇÃO DE SOLUÇÕES DE EDTA EM FUNÇÃO DO pH 0 2 4 6 8 10 12 14 pH 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 α - α 0 α1 α 2 α 3 α4 H Y4 H Y3 H Y2 2- HY3- Y4- CURVA DE TITULAÇÃO COM O EDTA (50.00 mL de Ca2+ 0.00500 M + EDTA 0.0100 M) 0 5 10 15 20 25 30 35 Volume de EDTA 0.0100 M adicionado (mL) 0 2 4 6 8 10 12 pCa Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 50 99 CONSTANTES DE FORMAÇÃO DE COMPLEXOS DO EDTA1 Catião KMY Catião KMY Ag+ 2.1 x 107 Al3+ 1.3 x 1016 Ba2+ 5.8 x 107 Zn2+ 3.2 x 1016 Sr2+ 4.3 x 108 Pb2+ 1.1 x 1018 Mg2+ 4.9 x 108 Ni2+ 4.2 x 1018 Ca2+ 5.0 x 1010 Cu2+ 6.3 x 1018 Mn2+ 6.2 x 1013 Hg2+ 6.3 x 1021 Fe2+ 2.1 x 1014 Th4+ 1.6 x 1023 Co2+ 2.0 x 1016 Fe3+ 1.3 x 1025 Cd2+ 2.9 x 1016 V3+ 7.9 x 1025 1 Constantes válidas a 20ºC e µ = 0.1 VALORES DE αY4- PARA O EDTA pH αY4- pH αY4- 2.0 5.0 x 10-14 8.0 6.9 x 10-3 3.0 3.4 x 10-11 9.0 6.5 x 10-2 4.0 5.0 x 10-9 10.0 4.1 x 10-1 5.0 4.8 x 10-7 11.0 8.5 x 10-1 6.0 3.0 x 10-5 12.0 9.8 x 10-1 7.0 6.1 x 10-4 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 100 INFLUÊNCIA DA Kf NA CURVA DE TITULAÇÃO (50.00 mL de solução do catião 0.0100 M + EDTA 0.0100 M a pH 6.0) KCaY2- = 5.0 x 1012 KFeY2- = 2.1 x 1014 KZnY2- = 3.2 x 1016 KHgY2- = 6.3 x 1021 KFeY2- = 1.3 x 1025 0 10 20 30 40 50 60 70 Volume de EDTA 0.0100 M adicionado (mL) 0 5 10 15 20 25 pM Hg2+ Fe 2+ Zn2+ Fe 3+ Ca2+ INFLUÊNCIA DO pH NA CURVA DE TITULAÇÃO 0 5 10 15 20 25 30 35 Volume de EDTA 0.0100 M adicionado (mL) 0 2 4 6 810 12 pCa pH = 6 pH = 8 pH = 10 pH = 12 (50.00 mL de Ca2+ 0.0100 M + EDTA 0.0100 M) Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 51 101 pH MÍNIMO PARA A TITULAÇÃO COM EDTA Adaptado de Reilley, C.N. and Schmid, R.W., Anal. Chem., 30, 947 (1958). Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 102 NEGRO DE ERIOCROMO T H2O + H2In - HIn2- + H3O + H2O + HIn 2- In3- + H3O + vermelho azul azul alaranjado K1= 5 x 10-7 K2 = 2.8 x 10-12 NN OH HO SO3 NO2 Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 52 103 NEGRO DE ERIOCROMO T COMO INDICADOR (50.00 mL de Ca2+ 0.00500 M + EDTA 0.0100 M a pH 10.0) (50.00 mL de Mg2+ 0.00500 M + EDTA 0.0100 M a pH 10.0) Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica 104 CURVAS DE TITULAÇÃO DE OXI-REDUÇÃO Titulante: solução de Ce4+ 0.1000 M (1.0 M em H2SO4) • 50.00 mL de solução de Fe2+ 0.05000 M (1.0 M em H2SO4) • 50.00 mL de solução de U4+ 0.02500 M (1.0 M em H2SO4; [H+] ≈ 1.0 M) EFEITO DO POTENCIAL DE ELÉCTRODO DO TITULANTE NA EXTENSÃO DA REACÇÃO Luís Herculano Melo de Carvalho Química Analítica
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