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Atribuições Clínicas do Farmacêutico


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
CAMPUS I - CAMPINA GRANDE
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS
DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA
CURSO DE FARMÁCIA
BRENDA MIKELY LUCAS RODRIGUES PEREIRA
FICHAMENTO – RESOLUÇÃO 585,586/2013
	CAMPINA GRANDE – PB 2024	
 
RESOLUÇÃO Nº 585 DE 29 DE AGOSTO DE 2013
Esta resolução regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico que, por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse profissional no que concerne a sua área de atuação. É necessário diferenciar o significado de “atribuições”, escopo desta resolução, de “atividades” e de “serviços”. Em que, as atribuições constituem em direitos e responsabilidades do farmacêutico, as atividades são sobre ações que compõem o processo de trabalho do farmacêutico e os serviços é um conjunto de atividades oferecidas ao paciente ou à sociedade. 
Artigos 1º a 6º da Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 585/2013:
 Resume a estabelecer as atribuições clínicas do farmacêutico, definindo suas responsabilidades e o escopo de atuação. Sendo assim, para promover, proteger e recuperar a saúde, prevenindo doenças e outros problemas de saúde, cuidar do paciente, família e comunidade, otimizando a farmacoterapia e buscando resultados que melhorem a qualidade de vida, prestando cuidados à saúde em todos os níveis de atenção, em serviços públicos ou privados. Seus princípios, estão direcionados a autonomia profissional, valores bioéticos, processos de trabalho com padrões estabelecidos e modelos de gestão da prática, atendendo às necessidades de saúde do paciente, da família, dos cuidadores e da sociedade, atuando em conformidade com as políticas de saúde, as normas sanitárias e da instituição à qual o farmacêutico esteja vinculado. Assim, contribuindo para a geração, difusão e aplicação de novos conhecimentos que promovam a saúde e o bem-estar do paciente, da família e da comunidade.
DAS ATRIBUIÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO
Define as atribuições clínicas do farmacêutico, que se concentram em três áreas principais:
Artigo 7º cuidado ao paciente:
Tem como objetivo estabelecer e manter um relacionamento com o paciente, focado em suas necessidades, colaborar com a equipe de saúde para promover, proteger e recuperar a saúde do paciente, participando do planejamento e acompanhamento da farmacoterapia, garantindo o uso seguro e eficaz dos medicamentos, analisar prescrições quanto à legalidade e aspectos técnicos, realizar intervenções farmacêuticas e emitir pareceres para auxiliar na seleção, ajuste ou interrupção da terapia medicamentosa, participar de discussões de casos clínicos com a equipe de saúde, realizar consultas farmacêuticas em ambiente adequado, garantindo a privacidade do paciente ao fazer anamnese farmacêutica, verificar sinais e sintomas, e acessar informações do prontuário do paciente, organizando, para melhor interpretação e resumir dados do paciente para avaliação farmacêutica, solicitar exames laboratoriais quando necessário para monitorar a farmacoterapia, avaliar resultados de exames e parâmetros bioquímicos para individualizar a terapia, monitorar níveis terapêuticos de medicamentos e determinar parâmetros bioquímicos e fisiológicos, orientar pacientes, cuidadores e equipe de saúde sobre a administração de medicamentos, avaliar e acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento e promover a adesão.
Artigo 8º comunicação e educação em saúde:
A fim de estabelecer comunicação eficaz com pacientes, cuidadores, família, equipe de saúde e sociedade, inclusive utilizando meios de comunicação de massa fornecendo informações sobre medicamentos à equipe de saúde. Assim, podendo elaborar materiais educativos para promover a saúde, prevenir doenças e outros problemas de saúde.
Artigo 9º gestão da prática, produção e aplicação do conhecimento:
Atribuições que visam a participação da coordenação, supervisão, auditoria, acreditação e certificação de ações e serviços no âmbito das atividades clínicas do farmacêutico, para realizar a gestão de processos e projetos utilizando ferramentas e indicadores de qualidade dos serviços prestados, buscando, selecionando, organizando, interpretando e divulgando informações para orientar a tomada de decisões baseadas em evidências no processo de cuidado à saúde.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 10 direitos, responsabilidades e competências do farmacêutico
As atribuições descritas na resolução definem os direitos, responsabilidades e competências do farmacêutico na área de atuação clínica e na prestação de serviços farmacêuticos, isso significa que o farmacêutico tem o direito de exercer as atividades descritas na resolução, mas também tem a responsabilidade de fazê-lo de forma ética, profissional e competente, as competências do farmacêutico se referem aos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias para o bom desempenho das suas atividades.
Artigo 11 definições e referências
O qual o artigo define os termos de utilização na resolução e estabelece as referências para a sua interpretação.
Artigo 12 entrada em vigor e revogação
A resolução entrou em vigor na data de sua publicação.
RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013
As mudanças nos modelos de assistência à saúde exigem novas abordagens, uma maior responsabilidade para profissionais da saúde, como o farmacêutico, é necessária para que o aumento da cobertura e capacidade de resolução dos serviços de saúde seja eficiente. Aplicando – se novas práticas, que consiste na prescrição como prática multiprofissional, com modalidades específicas para cada profissão, com foco nas necessidades do paciente, responsabilidades e limites de cada profissional e com acesso facilitado, controle de gastos e melhores resultados terapêuticos são os benefícios. Contudo, a prescrição farmacêutica pode ser independente ou em colaboração com outros profissionais, incluindo a seleção de terapia, oferta de serviços farmacêuticos e encaminhamentos, regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia. Sendo assim, a regulamentação da prescrição farmacêutica fortalece a integração da profissão com outras áreas da saúde promovendo o bem-estar da população e valorização do farmacêutico em termos técnico-científicos e éticos.
Artigos 1º a 18 da Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 586/2013:
Prescrição farmacêutica que consiste pelo ato qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias para promover, proteger e recuperar a saúde do paciente, baseando nas necessidades do paciente, melhores evidências científicas, princípios éticos e políticas de saúde, podendo ser realizada em diferentes estabelecimentos farmacêuticos, consultórios e serviços de saúde.
Medicamentos prescritos, os que são industrializados e preparações magistrais, plantas medicinais, drogas vegetais e outras aprovadas pela Anvisa são sem prescrição médica, os que estão em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas aprovadas para uso em instituições de saúde ou em acordos de colaboração são com prescrição médica.
Requisitos para prescrição com receita médica, é necessário o título de especialista ou especialista profissional farmacêutico na área clínica, com conhecimentos em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica, título de especialista em Homeopatia ou Antroposofia para medicamentos dinamizados.
As etapas do processo de prescrição consistem em:
1. Identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde.
2. Definição do objetivo terapêutico.
3. Seleção da terapia ou intervenções, considerando segurança, eficácia, custo e conveniência.
4. Redação da prescrição.
5. Orientação ao paciente.
6. Avaliação dos resultados.
7. Documentação do processo de prescrição.
A segurança do paciente, é baseado em ações nas melhores evidências científicas, para tomar decisões compartilhadas e centradas no paciente, considerando outras condições clínicas, uso de outros medicamentos, hábitos de vida e contexto de cuidado, atentar aos aspectos legais e éticos dos documentos,assim comunicando adequadamente as decisões e recomendações ao paciente, para acompanhar e avaliar os resultados em saúde da prescrição.
Os medicamentos no SUS são prescritos em conformidade com a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua falta, com a Denominação Comum Internacional (DCI).
Os medicamentos no âmbito privado são prescritos preferencialmente em conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI.
É proibido, prescrever sem identificação, de forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de receituários em branco e utilizar a prescrição para propaganda ou publicidade.
No registro da prescrição o farmacêutico deve manter registro de todo o processo de prescrição na forma da lei.
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