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11 Relatório de Pesquisa.

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RELATÓRIO DE 
PESQUISA
Como elaborar trabalhos 
científicos?
Com este capítulo temos o ob-jetivo de auxiliar os estudan-tes na elaboração de trabalhos 
acadêmicos e relatórios de pesquisa. A 
apresentação é simples e prática, reme-
tendo a algumas referências, na inten-
ção de estabelecer uma padronização 
e uniformização metodológica de qua-
lidade, que possa orientar na produção 
acadêmica. No final destes estudos o 
estudante deverá estar apto a estrutu-
rar um trabalho acadêmico, segundo as 
normas técnicas oficiais.
Elaboração de trabalhos 
científicos conforme normas 
técnicas 
A experiência de professor há alguns anos vem indicando que há muita confusão na aplicação das normas técnicas nos 
trabalhos científicos. Normas técnicas constitui-
se no conjunto de especificações técnicas em que 
estão contidas as linhas de orientação, regras ou 
características essenciais de um serviço ou pro-
duto1. O órgão responsável pela produção de nor-
mas técnicas no Brasil é a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas- ABNT.
Por trabalhos científicos entende-se toda 
produção de conhecimento que é resultante de 
um estudo que atenda os princípios e exigências 
do “conhecimento científico”, isto é, sistemati-
zado e processado com método e rigor, para ga-
rantir a confiabilidade e cientificidade dos resul-
tados. Tornando-se uma contribuição de caráter 
original a um determinado setor das ciências. 
Por trabalhos acadêmicos entende-se qual-
quer estudo resultante da exigência de uma disci-
plina ou módulo, que tem por finalidade atender 
objetivos específicos para conclusão da referida 
disciplina ou módulo. Por isto, podem assumir 
tipos bem variados, pois estão vinculados às exi-
gências e orientações do professor da disciplina 
ou módulo. 
Trabalho de casa (late homework). Na realização de 
um curso universitário os estudantes são desafiados a 
efetuarem inúmeros trabalhos acadêmicos em casa.
Fig
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Por Prof. Ms. Cosme Luiz Chinazzo e
Prof. Dr. Otávio José Weber
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Que é monografia?
Buscando a etimologia da palavra mono-grafia, vemos que ela deriva do termo: MONOS que designa UM e GRAPHEIN 
que designa ESCREVER. Então, em poucas pa-
lavras podemos dizer que monografia é um estu-
do realizado sobre um único tema.
Dependendo do autor encontraremos manei-
ras diversificadas de conceituar o que uma mo-
nografia, por isso, passamos a apresentar alguns 
conceitos mais aceitos.
Para definir monografia, Lakatos2 apresen-
ta a definição da American Library Association, 
que conceitua o termo como um “trabalho siste-
mático e completo sobre um assunto particular, 
usualmente pormenorizado no tratamento, mas 
não extenso no alcance”.
Complementando esta definição, Salomon3 
esclarece que monografia é o “tratamento escrito 
de um tema específico que resulte de investigação 
científica com escopo de apresentar uma contri-
buição relevante ou original e pessoal à ciência”.
Portanto, monografia é o resultado da inves-
Monografia é o resulta-
do da investigação de um 
objeto de estudo bem 
delimitado.
 Até uma 
monografia ficar de-
finitivamente escrita 
lançamos mão de 
variados recursos de 
anotações e escrita.
tigação de um objeto de estudo bem delimitado, 
realizado através de métodos e procedimentos 
específicos e executados com profundidade e 
sistematização, para produção de conhecimento 
significativo em qualquer área das ciências.
Principais tipos de 
monografias
Para alguns autores, a expressão “monogra-
fia” é bastante genérica. Por isso, existe certa 
divergência no tocante à especificação em rela-
cionar que tipos de trabalhos científicos se encai-
xam no conceito de ”monografia”. 
Nós tomamos a liberdade de distinguir dois 
tipos: dissertação e tese. 
 a. Dissertação refere-se a um trabalho 
científico em cursos de pós-graduação. 
Via de regra, a dissertação é exigida 
para obtenção do título de Mestre. Se-
gundo Salvador4 , “a dissertação resul-
ta de um estudo teórico, de natureza 
reflexiva, que consiste na ordenação 
de idéias sobre um determinado tema. 
Exige, por isso, a capacidade de siste-
matização dos dados coletados, sua or-
denação e interpretação”.
Conforme Furasté5 , a ABNT define disser-
tação como um 
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Fig
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documento que representa o resultado 
de um trabalho experimental ou expo-
sição de um estudo científico retros-
pectivo, de tema único e bem delimita-
do em sua extensão, com o objetivo de 
reunir, analisar e interpretar informa-
ções. Deve evidenciar o conhecimento 
de literatura existente sobre o assunto 
e a capacidade de sistematização do 
candidato. É feito sob a coordenação 
de um orientador (doutor). 
 b. Tese é um estudo exigido para obtenção 
de título de doutor. Ela implica em uma 
contribuição real e original para o co-
nhecimento científico do tema escolhi-
do, via de regra produz novos conceitos. 
De acordo com Furasté6 , a ABNT define 
tese como um 
documento que representa o resulta-
do de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico de 
tema único e bem delimitado. Deve 
ser elaborado com base em investiga-
ção original, constituindo-se em real 
contribuição para a especialidade me 
questão. É feito sob a coordenação de 
um orientador (doutor).
Assim, conforme salienta, ainda, Severino, 
uma tese ou uma dissertação representam, am-
bas, dois tipos de monografia científica, uma vez 
que exploram temáticas únicas e delimitadas, 
bem como são elaboradas sob o rigor das dire-
trizes necessárias para a produção do conheci-
mento humano, “em que há lugar tanto para a 
argumentação puramente dedutiva, como para o 
raciocínio indutivo baseado na observação e na 
experimentação” .
Estrutura do trabalho 
científico
O t r a b a l h o científ ico sempre de-
pende dos objetivos 
do pesquisador, do 
tipo de problema 
que enfoca, poden-
do utilizar fontes 
primárias ou secun-
dárias. Conforme 
estabelecido pela 
ABNT8, a estrutura 
monográfica deverá 
ter partes obriga-
tórias, bem como 
poderá incluir par-
tes opcionais, como 
pode ser observado 
a seguir.
A disposição 
do texto depende da 
natureza da pesqui-
sa e da quantidade 
ORDEM NA APRESENTAÇÃO DA PESQUISA
 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
 - Capa (obrigatório)
 - Folha de rosto (obrigatório)
 - Errata (opcional)
 - Folha de aprovação (obrigatório para monografias)
 - Dedicatória (opcional)
 - Agradecimento (opcional)
 - Epígrafe (opcional)
 - Resumo na língua vernácula (obrigatório para monografias)
 - Resumo em língua estrangeira (obrigatório para monografias)
 - Lista de ilustrações (opcional)
 - Lista de abreviaturas (opcional)
 - Lista de símbolos (opcional)
 - Sumário (obrigatório)
 ELEMENTOS TEXTUAIS (todas as partes são obrigatórias):
 - Introdução
 - Desenvolvimento (corpo do trabalho)
 - Conclusão
 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS:
 - Obras consultadas (obrigatório)
 - Glossário (opcional)
 - Apêndice (opcional)
 - Anexo (opcional)
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de informações a serem apresentadas. Portanto, 
nem sempre será necessário constar todos os ele-
mentos, mas por questão didática relacionamos 
todos, isso para que os alunos tomem conheci-
mento da ordem correta, para fazer uso, quando 
necessário.
Elementos pré-textuais
A seguir, apresentamosuma breve descrição 
dos elementos pré-textuais:
 a. CAPA - A capa é um elemento 
obrigatório, e pode ser confeccionada 
com uma folha A-4, (igual aquelas 
usadas para fazer o trabalho), também 
pode-se ser usado outros materiais, 
tais como: capa plástica, brochura, 
capa dura. Algumas dessas dispensam 
gravação de dados, mas naquelas que 
é possível gravar, deve-se colocar os 
seguintes dados de identificação: Nome 
da Instituição, nome do autor(es), título 
do trabalho, local e data. 
 b. FOLHA DE ROSTO - Esta é 
obrigatória de deve conter os seguintes 
elementos: Nome do autor(es), título 
do trabalho, tipo do trabalho, finali-
dade do trabalho, nome da instituição, 
nome da disciplina, nome do professor 
ou orientador, local e data.
 c. ERRATA - A errata é adotada em tra-
balhos onde foram identificados erros 
“de digitação, ortográficos, termos tro-
cados ou dados incorretos” posterior-
mente à publicação ou apresentação do 
trabalho, tornando-se necessário alertar 
o leitor sobre os mesmos.
Ela pode ser feita numa folha 
avulsa ou encartada, acresci-
da ao trabalho depois de im-
presso, com dimensões redu-
zidas ou não, colocada logo 
após a Folha de Rosto, con-
tendo a indicação da página 
e da linha onde se encontra 
o problema, além da indica-
ção: onde se lê, para o que 
está errado, e leia-se, para o 
que deve ser o correto9. 
 d. FOLHA DE APROVAÇÃO - Esta fo-
lha deve ser colocada logo após a folha 
de rosto, e é obrigatória em todos os 
trabalhos que serão submetidos a uma 
banca examinadora, tais como: Traba-
lhos de Conclusão de Curso - TCC, 
Dissertações de Mestrado, Teses de 
Doutorado. 
 Segundo Furasté10 , a folha de 
aprovação deve conter:
a) nome do autor (ou auto-
res do trabalho); b) título 
(por extensão) e subtítulo 
(se houver); c) natureza do 
trabalho; d) objetivo visado 
pelo trabalho; e) nome da 
instituição a que o trabalho 
é submetido; f) área de con-
centração; g) data da apro-
vação; h) nome e titulação 
dos componentes da banca 
examinadora e instituição 
a que pertencem; i) data de 
aprovação.
 e. DEDICATÓRIA - É um elemento op-
cional utilizado quando se quer dedicar 
o trabalho ou fazer uma homenagem a 
alguém que participa de modo especial 
da nossa vida. Normalmente são ex-
pressados sentimentos de amor frater-
nal, paternal, maternal, filial, namora-
dos, cônjuges. Recomendamos que se 
tenha bom senso, evitando-se exageros 
tais como sentimentalismos excessivos.
 f. AGRADECIMENTOS - Também é 
Confira o exemplo
Pág. Linha Onde se lê Leia-se
10 17 cadeno caderno
12 05 ator autor
18 23 métoudo método
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um elemento opcional, mas seguindo 
os bons costumes de uma sociedade 
civilizada, a gratidão sempre é reco-
mendada. Por isso, seria elegante e de 
bom grado agradecermos as pessoas ou 
entidades que de uma forma ou outra, 
contribuíram no processo de execução 
do trabalho. Portanto, só se agradece a 
quem efetivamente colaborou com al-
guma ação efetiva, ou apoio decisivo 
na realização do trabalho. Recomenda-
se explicitar o motivo do agradecimen-
to, mas de forma bem sucinta.
 g. EPÍGRAFE - Este é outro elemento 
opcional. Recomenda-se que seja breve 
e provoque reflexão, motivo pela qual 
a epígrafe deve estar vinculada com a 
temática explorada no trabalho. Via 
de regra, é breve, sendo normalmente 
apresentada como uma pequena frase. 
Pode ser um pensamento, um pequeno 
poema, parte de um poema, parte da 
letra de uma música, uma estrofe, um 
versículo bíblico etc. A epígrafe tam-
bém pode ser colocada como abertura 
de capítulos, neste caso, coloca-se 
sempre no início de cada capítulo* .
 h. RESUMO - É uma apresentação breve 
e objetiva voltada aos aspectos mais 
significativos abordados no trabalho. 
Importante se ater às “idéias essenci-
ais na mesma progressão e no mesmo 
encadeamento que aparecem no texto. 
Deve exprimir, em estilo objetivo, uma 
visão geral, ampla e, ao mesmo tempo, 
clara e objetiva do conteúdo do trabalho 
e das conclusões a que se chegou” .
Deve-se ter o cuidado 
para elaborar o resumo com até 500 
palavras. E abaixo dele relacionar as 
idéias mais representativas do traba-
lho, em forma de palavras-chave.
 i. RESUMO EM LÍNGUA ES-
TRANGEIRA - Consiste na tradução 
do resumo e das palavras-chave, para 
um idioma internacionalmente reco-
nhecido.
 j. LISTAS - Quando um trabalho con-
tém gráficos, tabelas, quadros, figu-
ras, entre outros, pode-se relacionar os 
mesmos no início do trabalho de modo 
semelhante a um sumário, ou seja, 
contendo a identificação do elemento, 
seu título e o número da página em que 
se encontra no texto.
 k. SUMÁRIO - A função do sumário é 
de facilitar a localização dos assuntos 
desenvolvidos no corpo do trabalho. 
“O Sumário deve conter o indicativo 
numérico de cada seção, o título da 
seção e a paginação, separados por 
uma linha pontilhada”12 .
Elementos textuais
As explicações que seguem indicam o cami-
nho que você poderá seguir, bem como os cui-
dados que deve tomar para redigir os elementos 
textuais de um trabalho acadêmico (introdução, 
desenvolvimento e conclusão).
 *Tanto a dedicatória, os agradecimentos ou a epígrafe devem 
ser apresentados em folhas exclusivas. Considerado isso, não há 
determinação por parte da ABNT sobre como dispor ou apresentar 
tais elementos na folha. O que é preciso observar é que existe 
uma preferência geral de posicioná-los na parte inferior-direita 
da respectiva folha.
Estudante escrevendo
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A introdução do trabalho científico
 Introdução é uma explicação inicial do 
trabalho já elaborado, que leva o leitor à compre-
ensão mais precisa do tema desenvolvido no tra-
balho. Apresenta o trabalho pronto para o leitor.
Uma introdução para ser clara e precisa deve 
conter13 :
 a. apresentação do assunto: deve iniciar 
a introdução apresentando o assunto, 
tendo o cuidado de usar uma lingua-
gem clara e exata, evitando termos 
equívocos e inexpressivos;
 b. delimitação do assunto: após a apre-
sentação do assunto, deve-se delimitá-
lo, ou seja, indicar o ponto de vista 
que será enfocado no trabalho; qual é 
o tema desenvolvido. Pode ser feito em 
forma de pergunta, que será respondida 
no desenvolvimento do trabalho;
 c. justificativa do tema: deve-se 
apresentar o porquê da escolhida do re-
ferido tema ou enfoque, o que motivou 
a escolher tal ou qual tópico;
 d. localizar o assunto no tempo e 
no espaço: contextualizar o assunto em 
que contexto desenvolveu-se a pesquisa 
ou o estudo, ou seja, relacioná-lo com 
o que já foi escrito sobre a matéria, sem 
se perder em minúcias;
 e. ressaltar a importância do 
tema: deve-se provar que o tema eleito 
é interessante e tem importância;
 f. apresentar os objetivos do tra-
balho de pesquisa;
 g. apresentar a estrutura do trabalho: 
apresente os capítulos, conforme o su-
mário, com a idéia geral que cada um 
discute;
 h. explicar a metodologia adotada na re-
alização da pesquisa. 
O desenvolvimento do trabalho 
científico
Uma vez apresentado o trabalho de pesquisa 
parte-se para a escrita do desenvolvimento, que 
corresponde ao texto propriamente dito. O desen-
volvimento é a fundamentação lógica da pesqui-
sa cuja finalidade é expor e demonstrar:
Pode-se comparar a introdução de um 
trabalho científico com uma porta, pois é 
através da introdução que o autor dá as boas-
vindas ao leitor. A introdução é como que um 
convite do autor ao leitor para que esse sinta-
se seduzido a ler o trabalho.
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 a. Explicação: do que se pesquisou - o 
obscuro ficou claro, o ambíguo eluci-
dado, analisado e compreendido;
 b. Discussão: é o exame, a discussão dos 
dados, explica, argumenta o trabalho;
 c. Demonstração: é a dedução lógica 
do trabalho, implica no exercício do 
raciocínio, correlação ou relação como 
tema, objetivos e hipóteses.
Para que a explicação, a discussão e a de-
monstração fiquem lógicas e organizadas, é im-
portante observar que o corpo do trabalho deve 
ser organizado em partes. Quando isto não acon-
tece, o trabalho transforma-se num amontoado 
de informações desconexas. Parafraseando Na-
poleão, que dizia “dividir para vencer”, podemos 
dizer “dividir para entender”. A maneira mais 
clara de organizar um texto consiste na distribui-
ção do conteúdo em capítulos subdivididos em 
seções e subseções. Algumas dessas partes são 
comuns a todos os trabalhos, como a introdução 
e a conclusão. 
 Todavia, a determinação das partes de um 
trabalho de pesquisa depende de seu conteúdo 
específico. É preciso notar que cada uma das 
partes do texto deve ser identificada a partir de 
títulos, os quais, por sua vez, devem ser informa-
tivos. Na medida do possível, os títulos devem 
propor ao leitor uma idéia do que está sendo tra-
tado naquela parte do texto.
Além disso, os títulos devem ser nume-
rados com algarismos arábicos, para que se 
perceba a sua posição na estrutura do traba-
lho. Para tanto adota-se o sistema de numera-
O corpo do trabalho 
deve ser organizado 
em partes
ção progressiva, tal como ilustrado a seguir. 
A conclusão
 Segundo Becker14 , a conclusão de um 
trabalho científico pode ser definida como um 
resumo da argumentação utilizada no trabalho. 
É importante que esta possa fluir naturalmente, 
pois não é um capítulo à parte, mas sim um com-
plemento necessário, que fará do trabalho um 
todo harmonioso. A conclusão também é o pon-
to de chegada das deduções e inferências lógicas 
apresentadas no desenvolvimento, devendo ain-
da derivar naturalmente da interpretação dos da-
dos. Convém, na conclusão, indicar as questões 
que não puderam ser respondidas pela pesquisa, 
alertar para as questões novas que surgiram no 
decorrer da realização da pesquisa, apresentar 
sugestões de como futuros estudiosos do assunto 
poderão enfocá-lo em outras pesquisas e, indicar 
rumos que um futuro pesquisador poderá seguir.
Ao escrever um trabalho científico é impor-
tante seguir as orientações ora apresentadas e, 
para tanto, recomenda-se exercitar a escrita do 
texto. Sem dúvida, a apresentação final de um 
trabalho depende, ainda, da formatação e dis-
posição dos elementos conforme as normas da 
ABNT - que considera aspectos como digitação, 
espaçamento, margens, numeração das páginas, 
citações, referências etc.
1 PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO
 1.1 CONCEITO DE CONHECIMENTO
 1.1.1 Conhecimento Científico 
2 NORMAS TÉCNICAS
 2.1 PÁGINAS PRÉ-TEXTUAIS
 2.1.1 Capa
 2.1.2 Sumário
 2.2 PÁGINAS TEXTUAIS
 2.2.1 Introdução
 2.2.2 Capítulos
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Elementos pós-textuais
Depois de finalizado o desenvolvimento do trabalho, são apresentados, ainda, os elementos pós-textuais, conforme é 
dado a seguir:
 a. REFERÊNCIAS - É um elemento 
obrigatório. Segundo a ABNT15, as 
referências representam o “conjunto 
padronizado de elementos descritivos, 
retirados de um documento, que permi-
te a sua identificação individual”. Nes-
ta parte do trabalho é apresentada uma 
lista dos documentos realmente utiliza-
dos, isto é, citados no texto. Existindo, 
outros documentos que não são citados 
no decorrer do texto, deve-se fazer uma 
lista própria após a lista de referências, 
com o título “obras consultadas”16 . 
 b. GLOSSÁRIO - Este elemento é 
necessário quando, ao longo do texto, 
se faz uso de termos especializados ou 
expressões que são exclusivas do âm-
bito do assunto explorado ou, ainda, 
que possuam sentido obscuro ou sejam 
pouco usuais, quase desconhecidas. 
Neste caso, é recomendável definir 
cada um destes termos, apresentado-os 
em ordem alfabética na forma de um 
glossário17 . 
 c. APÊNDICE - Elemento opcional, 
conforme a ABNT é um “texto ou 
documento elaborado pelo autor, a fim 
de complementar a sua argumentação, 
sem prejuízo da unidade nuclear do tra-
balho18” . Furasté esclarece, ainda, que 
“não se trata de uma parte do trabalho 
em si, mas apenas de um elemento que 
vem ilustrar as idéias, acrescentar algu-
ma nuance, algum aspecto interessante 
mas que não chega a interferir na uni-
dade geral19”.
 d. ANEXOS - Elemento opcional, con-
forme a ABNT é um “documento não 
elaborado pelo autor, que serve de fun-
damentação, comprovação e ilustra-
ção20” . Um anexo pode ser um docu-
mento, texto, artigo ou outro material 
qualquer e “devem ser destacados para 
evitar uma ruptura em sua seqüência e 
continuidade21” .
 Apresentamos este capítulo com o intui-
to de que sirva como instrumento que viabilize a 
qualificação no que se refere a apresentação es-
trutural e gráfica, na comunicação de trabalhos 
científicos e trabalhos acadêmicos. 
São recursos complementares que servem de 
fundamentação, comprovação e ilustração. São 
elementos que se colocados, no texto principal, 
poderão ficar deslocados e até mesmo prejudicar a 
seqüência lógica das argumentações.
Fig
ur
a 6
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rq
ui
vo
 U
lb
ra
 Ea
d
 1 FURASTÉ, 1994, p. 7.
 2 LAKATOS, 2005, p. 237.
 3 SALOMON, 1973, p. 219.
 4 SALVADOR, 1986, p. 35.
 5 Ibid., p. 57-88.
 6 FURASTÉ, 2006, p. 57.
 7 SEVERINO, 2002. p. 152.
 8 ABNT, 2005, p. 3.
 9 FURASTÉ, 2006, p. 87.
 10 Ibid., p. 89.
 11 Ibid., p. 97.
 12 Ibid., p. 103
 13 BECKER, 1992.
 14 Id.
 15 ABNT, 2002, p. 2.
 16 FURASTÉ, 2006, p. 145.
 17 Ibid., p. 143.
 18 ABNT, 2002, p. 2.
 19 FURASTÉ, 2006, p. 141.
 20 ABNT, 2002, p. 1.
 21 FURASTÉ, 2006, p. 141.

Outros materiais