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Aula 02 Fundamentos de AFO na CF, Conceitos de

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AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC 
TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 2 
PROFESSOR: ERICK MOURA 
Prof. Erick Moura www.pontodosconcursos.com.br 1
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS – FCC 
TEORIA E EXERCÍCIOS – AULA 2 
Prof. ERICK MOURA 
Olá pessoal, 
Bom revê-los aqui para mais um encontro. 
Espero que tenham gostado da aula anterior. 
Nessa aula vamos abordar os seguintes tópicos para a disciplina de 
AFO E ORÇAMENTO PÚBLICO PARA TRIBUNAIS - FCC: 
=> FUNDAMENTOS DE AFO NA CF, CONCEITOS DE ORÇAMENTO 
PÚBLICO. 
=> ORÇAMENTO PÚBLICO: ELABORAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E 
FISCALIZAÇÃO. 
=> CRÉDITOS ADICIONAIS, ESPECIAIS, EXTRAORDINÁRIOS, 
ILIMITADOS E SUPLEMENTARES. 
Eventualmente irei inserir alguns temas relacionados para que 
possamos cercar o assunto da melhor forma possível, ok ? 
Todos prontos? 
Então vamos nessa ! 
AULA 2
ROTEIRO DA AULA – TÓPICOS 
1 – Orçamento: conceito, elaboração e regimes orçamentários 
2 - Orçamento Público: elaboração, acompanhamento e fiscalização 
3 - Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e 
suplementares 
4 - Revisão em Tópicos e Palavras-Chave 
5 – Questões desta aula 
 
 
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1 – Orçamento: conceito, elaboração e regimes orçamentários 
1.1 – INTRODUÇÃO 
Erick, o que é um ORÇAMENTO PÚBLICO ? 
Inicialmente, seria interessante termos uma ideia do que é um 
orçamento em sua concepção simplista. 
Na essência, até mesmo para uma pessoa comum, um orçamento 
é uma espécie de planejamento em que se avaliam desejos e necessidades 
com valores associados a uma previsão do que se tem para gastar. 
 Legal Erick, mas ainda não captei a ideia. 
Vamos usar um exemplo de nosso dia-a-dia. 
 Em casa precisamos fazer um planejamento para confrontarmos o 
que temos de recursos e quais são nossos gastos. Assim, separamos nossas 
receitas para podermos pagar as despesas. 
Se houver aumento de despesa, nossa “sobra” vai diminuir a 
capacidade de fazermos investimentos pessoais. Vejamos um quadro 
orçamentário hipotético de uma família para fixarmos melhor a ideia de um 
orçamento. 
Os nomes dos personagens a seguir colocados são apenas para 
exemplificar. Qualquer semelhança é mera coincidência...... (já vi isso em 
algum lugar). 
MÊS: NOVEMBRO/2009 IN-
GRESSOS GASTOS 
Salário – João R$ 1.800,00
Salário – Maria R$ 2.000,00
Renda de aluguéis R$ 1.200,00
Escola dos filhos R$ 1.600,00
Luz, Telefone, Gás R$ 700,00
Supermercado R$ 2.000,00
Empregada e INSS R$ 900,00Venda de um Terreno R$ 12.000,00
Empréstimos obtidos no Banco 
 R$ 10.000,00
Pagamento recebido de 
empréstimos concedidos R$ 5.000,00
Reforma da casa R$ 2.000,00
Prestação da casa R$ 3.800,00
Compra de carro R$ 25.000,00
TOTAL: R$ 32.000,00 TOTAL: R$ 36.000,00
 
 
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Neste exemplo, vimos que o planejamento não foi adequado, o que 
gerou um “furo” orçamentário de R$ 4.000,00. 
É possível perceber que alguns ingressos e dispêndios, sob o ponto 
de vista econômico, têm certa aparência em comum. 
Por exemplo, na parte de cima da tabela, os salários são recebidos 
como forma de retribuição de uma prestação de serviço mensal. Além disso, 
são ingressos usuais, comuns, correntes. 
Na parte de cima do outro lado, temos que alguns gastos são 
utilizados para o custeamento da família, ou seja, são dispêndios para 
manutenção, custeio, ou seja, classificam-se como gastos correntes. Na parte 
de baixo do quadro, temos ingressos e dispêndios relacionados ao uso do 
capital. 
Sob a ótica econômica, capital significa, em síntese, o conjunto de 
bens produzidos que participam da produção de outros bens. 
Capital também é uma espécie de recurso, em moeda, investido ou 
disponível para investimento ou, ainda, pode ser um fundo em dinheiro ou o 
patrimônio de uma empresa. 
Com isso, podemos concluir que a família hipotética não soube 
planejar o orçamento de forma para que ele ficasse equilibrado. No caso, 
haverá a necessidade de se captar recursos de empréstimos ou de se cortar 
algum gasto. 
E o mais importante: É preciso ter transparência e responsabilidade 
nesse orçamento familiar, para que essas pessoas possam ter uma vida mais 
tranquila e poderem alcançar melhorias. 
Acho que agora já conseguimos ver, com esse exemplo de um 
orçamento cotidiano, alguns conceitos do que os governos devem fazer. 
 Beleza Erick, mas e o tal do Orçamento Público? 
No caso do governo, temos algo semelhante ao que ocorre em 
nosso cotidiano. Vejamos como exemplo uma obra que consiste na construção 
de uma ponte para ligar duas cidades que ficam separadas por um rio. 
Os Prefeitos das cidades provavelmente não vão possuir recursos 
que possam arcar com a obra. Não se arrecada, em regra, o suficiente para 
construir uma ponte. Isto porque os municípios têm suas despesas correntes 
com servidores, entre outros, e de capital como, por exemplo, o asfaltamento 
de uma rua, que correm no orçamento municipal. 
 
 
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Daí, essa demanda pela ponte gera necessidade de complementação 
de recursos para fazer frente a essa despesa. Geralmente, União e Estados en-
tram com esse complemento. 
Então..........., do mesmo jeito que se deseja construir a piscina em 
uma casa, o governo também precisa fazer alguma despesa para que se atenda 
à necessidade da coletividade. Para esse objetivo, é preciso ter responsabilid-
ade. 
E como se dá isso na esfera governamental ? 
A essência da resposta, em nossa disciplina, está no fato de que as 
RECEITAS precisam estar PREVISTAS, enquanto que as DESPESAS têm que 
ser FIXADAS. 
Também é preciso lembrar da concepção do que é a Atividade Fin-
anceira do Estado. Esta se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito 
público e consiste em obter, aplicar, criar e gerir o dinheiro indispensável às 
necessidades, cuja satisfação o Estado assumiu. 
Para isso, precisamos de um plano financeiro autorizado legal e 
formalmente, que consiste, em resumo, em uma pauta de dotações asso-
ciada a uma realidade problematizada. 
Mas temos outras abordagens sobre o tema. 
 Atualmente no Brasil, Orçamento Público é o documento do Poder Exec-
utivo, aprovado pelo Legislativo, que estima receitas e despesas para o 
período de um ano, que envolve todos os órgãos integrantes da estru-
tura governamental. 
Sob a ótica política, podemos dizer que corresponde ao contrato 
formulado anualmente entre governo, administração e sociedade sobre as 
ações a se implementarem pelo Poder Público. 
Não estranhem o fato de termos colocado que a despesa no orça-
mento público também é estimada. No ordenamento jurídico brasileiro o que 
mais se vê é a frase: “PREVISÃO DE RECEITAS e FIXAÇÃO DA DESPESA”. No 
entanto, para se fixar a Despesa, temos que estimá-la o que não invalida este 
termo. 
Temos ainda o entendimento de que o Orçamento Público é o in-
strumento pelo qual o governo controla as finanças públicas e executa 
as ações governamentais, ensejando o objetivo estatal do bem comum. 
 
 
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No Brasil, abrange a elaboração e a execução de três leis – o 
plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento 
anual (LOA) – que, juntas, concretizam o planejamento e a execução das 
políticas públicas federais. 
Bem, agora vamos adiante ! 
1.2 – ORÇAMENTO PÚBLICO – CONCEITOS, OBJETIVOS E CONTEÚDO 
 Antes de aprofundarmos, vamos inserir alguns comentários sobre a 
essência de um Orçamento Público. 
Sob uma visão histórica, percebe-se que o orçamento público 
evoluiu ao longo do tempo. Isto decorreu da maior atenção que se deu à 
economia como um todo, bem como no aumento do tamanho da 
participação dos governos na vida de uma nação. 
 
1.2.1 - CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO NO BRASIL 
 O Orçamento Público, em sentido amplo, é um documento 
legal (aprovado por lei) contendo a previsão de receitas e a estimativa 
de despesas a serem realizadas por um Governo em um determinado 
exercício (geralmente de um ano). 
1.2.2 - OUTRAS CONSIDERAÇÕES SOBRE OS OBJETIVOS E 
CONTEÚDOS DOS ORÇAMENTOS: 
Quais os objetivos de uma política orçamentária ? 
Basicamente, são os seguintes: 
• corrigir as falhas de mercado e as distorções, a fim de 
se manter a estabilidade, 
• melhorar a distribuição de renda; e 
• alocar os recursos com mais eficiência. 
 Além disso, o Orçamento também tem a função de: 
• regular o mercado; e 
• coibir abusos. 
 Assim, o Orçamento tem o objetivo de reduzir as falhas de 
mercado e as externalidades negativas. Estas seriam os fatores adversos 
 
 
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causados pela produção, tal como a poluição, os problemas urbanos, entre 
outros. 
Sabemos que o Governo intervém no mercado de várias formas. 
Por exemplo, por meio da política fiscal e da política monetária, controlam-se 
preços, salários, inflação, bem como se restringe a demanda ou se impõem 
choques na oferta. 
 A Política Fiscal, a Política Regulatória e a Política Monetária
são instrumentos e recursos que o Governo utiliza para intervir na 
Economia. 
 Vamos destrinchá-las. 
• Política Fiscal - envolve a geração e a administração de 
receitas. Também se refere com o cumprimento de metas e 
objetivos governamentais no orçamento. Utiliza-se este 
instrumento para a alocação, a distribuição de recursos e a 
estabilização da economia. Desta forma, com a política fiscal é 
possível aumentar a renda e o PIB, além de aquecer a economia, 
por meio de uma distribuição melhor da renda. 
• Política Regulatória – utiliza medidas legais, tais como 
decretos, leis, portarias, etc., expedidas como alternativa para se 
alocarem e se distribuírem os recursos, a fim de se 
estabilizar a economia. Com a utilização das normas, diversas 
condutas podem ser banidas, como, por exemplo, as práticas 
abusivas, a poluição. Desta forma, também se evita a criação de 
monopólios ou de cartéis. 
• Política Monetária – abrange o controle da oferta de moeda, 
da taxa de juros e do crédito em geral. Tem como objetivo a 
estabilização da economia e também influenciar na decisão 
de consumidores e produtores. Com a política monetária, pode-
se, entre outros fatores, restringir a demanda e controlar a 
inflação e os preços. 
Diante disso, observamos que o Orçamento Público funciona 
como uma baliza na Economia. Caso existam altos investimentos 
orçamentários do governo, é possível que o número de empregos aumente, 
bem como poderá haver um aumento da renda agregada. 
 
 
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De outra forma, uma política orçamentária com baixos 
investimentos provocará, inevitavelmente, falta de emprego, queda ou 
desaceleração da economia, assim como redução do produto interno bruto - 
PIB. 
Além disso, as políticas de governo é que irão resultar em 
orçamentos recessivos ou em orçamentos expansionistas. Na recente crise 
econômica mundial, observamos diversas posturas dos governos dos países 
para ajustar suas economias e seus orçamentos. 
As principais funções do Estado consolidadas no Orçamento 
Público estão no quadro a seguir. 
FUNÇÃO DO ESTADO CARACTERÍSTICAS 
ALOCATIVA 
• Objetiva ofertar serviços e bens que o mercado 
não oferece ou que possa oferecer em condições 
ineficientes; 
• Cria meios para que se ofereçam bens privados 
ao mercado por produtores, por investimentos ou 
mediante intervenções, em razão do alto risco e 
do elevado custo; 
• Retifica imperfeições no sistema de mercado, tais 
como oligopólios e monopólios; 
• Corrige os efeitos negativos de externalidades. 
DISTRIBUTIVA 
• Busca tornar a sociedade menos desigual em 
termos de renda e riqueza; 
• Utiliza, em regra, os seguintes mecanismos: 
Ö Tributação; 
Ö Transferências financeiras; 
Ö Subsídios; 
Ö Incentivos fiscais; 
Ö Alocação de recursos em camadas mais 
pobres da população, etc. 
 
 
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ESTABILIZADORA 
• Procura ajustar o nível geral de preços e o nível 
de emprego; 
• Objetiva dar estabilidade à moeda, por meio de 
instrumentos de política fiscal, cambial e 
monetária; 
• Busca também outras medidas de intervenção 
econômica, tais como controles mais rigorosos e 
estabelecimento de limites, ambos estabelecidos 
por normas legais. 
Após essas noções básicas, que espero serem de utilidade para 
todos, vamos ao passo seguinte. 
2 – Orçamento Público: elaboração, acompanhamento e fiscalização 
2.1 – ELABORAÇÃO, ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO 
Este tema basicamente se refere ao CICLO ORÇAMENTÁRIO no 
Brasil, onde temos as seguintes etapas: Elaboração, Aprovação, Execução, 
Controle e Avaliação. 
MANTRA ! 
O CICLO ORÇAMENTÁRIO SE RESUME NO “EAECA”: 
ELABORAÇÃO – APROVAÇÃO – EXECUÇÃO – CONTROLE – AVALIAÇÃO 
Alguns autores e algumas bancas tentam confundir o candidato na 
hora da prova, mas trarei outras subfases dentro dessas etapas para não gerar 
dúvidas. 
Esse mantra se aplica quando pensamos somente na Lei 
Orçamentária Anual, mas há autores que ampliam essas fases ao incorporarem 
o ciclo desde o planejamento do Plano Plurianual – PPA. 
 
 
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Neste viés, destacamos o pensamento de Osvaldo Maldonado 
Sanches que estabelece 8 fases para o ciclo orçamentário mais amplo em seu 
artigo “O ciclo orçamentário: uma reavaliação à luz da Constituição de 1988”, 
disponível em 
http://www.enap.gov.br/index.php?option=com_docman&taskdoc_view&gid=2
851, acessado em 10/06/2010. 
• FORMULAÇÃO DO PLANEJAMENTO PLURIANUAL, PELO EXECUTIVO; 
• APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO PLANO, PELO LEGISLATIVO; 
• PROPOSIÇÃO DE METAS E PRIORIDADES PARA A ADMINISTRAÇÃO E 
DA POLÍTICA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS PELO EXECUTIVO; 
• APRECIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DA LDO, PELO LEGISLATIVO; 
• ELABORAÇÃO DA PROPOSTA DE ORÇAMENTO, PELO EXECUTIVO; 
• APRECIAÇÃO, ADEQUAÇÃO E AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA; 
• EXECUÇÃO DOS ORÇAMENTOS APROVADOS; 
• AVALIAÇÃO DA EXECUÇÃO E JULGAMENTO DAS CONTAS. 
Segundo o autor, tais fases são insuscetíveis
de aglutinação, pois 
cada uma possui ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida. 
Essa abordagem foi objeto de cobrança em uma prova da FCC, cuja 
questão está a seguir. 
CAIU NA PROVA ! 
21 - (FCC / TÉCNICO SUPERIOR – ADMINISTRADOR / PGE – RJ / 
2009) Segundo especialistas, o ciclo orçamentário compreende um conjunto 
de oito grandes fases, cuja materialização se estende por um período de vários 
anos. A terceira fase compreende a: 
a) execução dos orçamentos aprovados. 
b) elaboração da proposta de orçamento pelo Executivo. 
c) formulação do Plano Plurianual pelo Executivo. 
d) apreciação e adequação do Plano Plurianual pelo Legislativo. 
e) proposição de metas e prioridades para a administração e a política de 
alocação de recursos pelo Executivo. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (e) 
 
 
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Vamos ordenar as demais alternativas em relação às 8 fases. 
Item “a” – 7ª FASE 
Item “b” - 5ª FASE 
Item “c” - 1ª FASE 
Item “d” - 2ª FASE 
Pessoal, o mais comum é a abordagem sobre o mantra que 
colocamos, ok ? 
De qualquer forma, colocamos o pensamento de Osvaldo 
Maldonado Sanches para ampliarmos nosso conhecimento. 
Ok, Erick, gostei do seu mantra, mas me explique melhor. 
Então. ..., vamos colocar definições básicas sobre estas fases, pois, 
conforme nossa programação, na aula seguinte iremos aprofundá-las. 
• ELABORAÇÃO 
 É incumbência do Poder Executivo, por meio do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, consolidar e elaborar o 
orçamento. Neste instrumento deve existir compatibilidade com os planos e 
diretrizes já submetidos ao Poder Legislativo. 
MANTRA ! 
 Prazo para encaminhamento do projeto de lei orçamentária 
anual – LOA elaborado pelo Executivo: 
• até 31 de agosto do exercício financeiro corrente; ou 
• até 4 meses antes do término do exercício financeiro corrente. 
 
Não se esqueçam de que é um prazo só, mas dito de duas formas 
diferentes. Isto decorre do texto do inciso III, § 2°, art. 35 do ADCT da CF/88 
em conjunto com o art. 34 da Lei n° 4.320/64, conforme a seguir transcritos. 
 
 
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Inciso III, § 2°, art. 35 do ADCT da CF/88: 
 “(. ...) 
III - o projeto de lei orçamentária da União será 
encaminhado até quatro meses antes do encerramento 
do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa.” 
Art. 34 da Lei n° 4.320/64: 
“Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano 
civil.” 
 Por fim, no Brasil, considera-se ano civil o período compreendido 
entre o dia 1° de janeiro de um ano ao dia 31 de dezembro deste mesmo ano. 
 Essa interpretação decorre da lacuna de uma Lei Complementar 
que ainda não existe no ordenamento jurídico brasileiro. Veja que embora 
exista a LRF, esta não supre o que se prevê no § 9° do art. 165 da CF/88, a 
seguir transcrito: 
 “(. ...) 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os 
prazos, a elaboração e a organização do plano 
plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e 
patrimonial da administração direta e indireta bem 
como condições para a instituição e funcionamento de 
fundos.” 
CAIU NA PROVA ! 
Vamos aproveitar ao longo de nosso curso para fazermos questões de 
outras Bancas de forma a fixarmos o conhecimento, ok ? 
22 - (ESAF / ANALISTA – SEFAZ - CE / 2007) A respeito da elaboração do 
Orçamento Geral da União, é correto afirmar, exceto: 
a) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
propondo a alteração do projeto de lei orçamentária a qualquer tempo. 
 
 
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b) é prerrogativa do Presidente da República a iniciativa dos projetos de lei 
orçamentária. 
c) as emendas parlamentares aos projetos de lei orçamentária anual não 
poderão indicar como despesas a serem anuladas as destinadas ao pagamento 
de pessoal e seus encargos. 
d) na fase de tramitação no Congresso Nacional, cabe a uma comissão mista 
de Senadores e Deputados examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei 
que tratam de orçamento. 
e) a proposta orçamentária para o exercício seguinte deverá ser enviada ao 
Congresso Nacional até 31 de agosto do ano anterior. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
Vamos corrigir o item, antes de passarmos as referências dos demais 
itens. 
“O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional propondo a alteração do projeto de lei orçamentária, DESDE QUE 
NÃO INICIADA A VOTAÇÃO DA MATÉRIA PROPOSTA.” 
Segue a correspondência dos itens na CF/88. 
Item a art. 166, § 5º 
Item b art. 165, III 
Item c art. 166, §3º, II, a 
Item d art. 166, § 1º, I, 1ª parte
Item e art. 35, § 2º, III do ADCT
• APROVAÇÃO (APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO, APRESENTAÇÃO DE 
EMENDAS, VOTAÇÃO, SANÇÃO E PUBLICAÇÃO): 
Aqui é interessante nos remetermos ao Processo Legislativo 
Orçamentário que tem características próprias. Como disse antes, por 
enquanto, vamos trazer algumas ideias básicas. Posteriormente em nosso 
curso, aprofundaremos o tema com pinceladas de importantes conceitos de 
Direito Constitucional. 
 
 
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Aliás, uma orientação importante para vocês: não vejam nossa 
matéria de forma isolada. As disciplinas AFO, Orçamento Público e Finanças 
Públicas são complexas, pois também se relacionam com outras. Talvez seja 
por isso que elas estejam tão recorrentes nos concursos mais recentes. 
As bancas adoram matérias multidisciplinares ! As que mais se 
relacionam com nosso tema, guardadas as devidas proporções, são Direito 
Constitucional, Contabilidade Pública, Direito Administrativo, Administração 
Pública e Economia. 
Vamos fazer um pacto de forma a relacionarmos essas disciplinas 
durante nosso curso, para que possamos assimilar melhor o conteúdo e termos 
um excelente desempenho nas provas, ok ? 
Após essa orientação/break, vamos seguir... 
Na fase de APROVAÇÃO, não se vê tanta harmonia entre o Governo 
e o Congresso, pois os interesses são conflitantes. Por isso, é fundamental 
existir muita negociação entre as partes envolvidas. Nesta fase, a 
governabilidade vai decidir os rumos orçamentários do país. 
O Poder Executivo tenta harmonizar a proposta orçamentária 
durante a fase de elaboração. Assim, procura-se evitar ao máximo qualquer 
desgaste ou prejuízos aos interesses públicos colocados junto ao Governo. 
É bem verdade que essa harmonia não ocorre na prática, pois os 
parlamentares no Brasil procuram colocar suas promessas de campanha e 
demais interesses políticos em primeiro lugar. 
Diante disso, cabe descrever a etapa de APROVAÇÃO em conjunto 
com suas subfases que são: 
• APRECIAÇÃO; 
• DISCUSSÃO; 
• APRESENTAÇÃO DE EMENDAS; 
• VOTAÇÃO; 
• SANÇÃO OU VETO (REJEIÇÃO PELO EXECUTIVO); E 
• PUBLICAÇÃO DO ORÇAMENTO. 
A fase de APROVAÇÃO é a mais lenta e desgastante de todo o ciclo 
orçamentário. 
 Quando
o projeto orçamentário elaborado pelo Poder Executivo 
chega ao Legislativo, ele é encaminhado a uma Comissão Mista de 
 
 
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senadores e deputados federais a que se refere o parágrafo 1º do art. 
166 da CF/88. Esta Comissão é comumente chamada de Comissão Mista de 
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. 
O Presidente dessa Comissão designa um Relator-Geral o qual cabe 
submeter um parecer à Comissão. Neste documento preliminar fixam-se 
parâmetros que irão nortear a elaboração dos relatórios parciais e setoriais, 
inclusive quanto à eventuais formulações de emendas. 
Os relatórios setoriais, no âmbito das Subcomissões, irão 
consolidar os relatórios parciais, que cuidarão de partes da proposta, 
correspondentes a um ou mais órgãos e unidades orçamentárias. 
 Estes relatórios vão à discussão e votação nas Subcomissões. 
Cabe ao Relator-Geral fazer a adequação dos pareceres setoriais aprovados em 
cada Subcomissão. 
É neste momento que ocorrem as barganhas e emendas 
eleitoreiras por parte dos parlamentares. No entanto, nada impede que eles 
apresentem propostas de emendas ao projeto de LOA, desde que 
estejam compatíveis com o PPA e a LDO. 
No Plenário da Comissão, discute-se e vota-se o Relatório-Geral 
que, posteriormente, é submetido ao Plenário do Congresso Nacional. Com a 
aprovação da redação final, o projeto de LOA é então encaminhado à 
sanção do Presidente da República. Não podemos nos esquecer de que 
este tem prerrogativa de vetar ou não o texto apresentado. 
No Brasil, a devolução para sanção deve ocorrer até o 
encerramento da sessão legislativa. Consequentemente, não se poderia 
encerrar a sessão sem a aprovação e o encaminhamento do projeto de LOA ao 
Poder Executivo. 
MANTRA ! 
 Prazo para DEVOLUÇÃO do projeto de LOA pelo Legislativo: 
• até 22 de dezembro do exercício financeiro corrente; ou 
• até o término da sessão legislativa. 
 
 
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 Aqui temos como fundamento o art. 57 da CF/88, com a redação 
dada pela Emenda Constitucional n° 50, de 2006. Mais uma vez, não se 
esquecer de que é um prazo só, mas dito de duas formas diferentes. 
Em razão de nossa programação de aulas, vamos aprofundar os 
temas PPA, LDO e LOA mais adiante. 
• EXECUÇÃO: 
 Com a publicação da LOA, desencadeia-se o processo de 
execução do Orçamento do Governo Federal. Posteriormente, faremos 
considerações sobre a possibilidade de se executar o orçamento sem uma LOA 
publicada. 
 Na fase de preparação do orçamento para a execução, a 
alocação dos créditos nos elementos de despesa é atribuição da setorial 
orçamentária. 
É importante que se destaque que a execução é orçamentária e 
financeira. A “primeira parte”, a execução orçamentária, refere-se ao que 
está planejado e ao que consta no orçamento. Na “parte” da execução 
financeira, a referência está no fluxo de caixa do Tesouro Nacional. 
Destaquei “parte” só para efeitos de compreensão, pois ambas andam 
juntas. 
Nesta fase, no âmbito federal, os órgãos e as entidades de toda 
União executam os programas governamentais contemplados na LOA. Isto se 
faz por meio de uma série de decisões e atividades financeiras de forma a se 
atingirem metas e objetivos expressos formalmente no orçamento-
programa anual. Não podemos nos esquecer de que este orçamento deve 
se harmonizar com o PPA e a LDO. 
A elaboração e a administração orçamentária e financeira se 
desenvolvem dentro do exercício definido como o ano civil, como se prevê no 
art. 34 da Lei nº 4.320/64. 
A execução orçamentária constitui um tema complexo, mas que 
não se cobrou muito nos últimos concursos para a CGU. No entanto, cabe o 
registro de que a execução influencia e molda a tomada de decisões 
governamentais. 
 
 
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• CONTROLE: 
 A Administração procura obter informações físico-financeiras 
no transcurso do processo de execução orçamentária e financeira. Desta 
forma, possibilita-se o controle e a avaliação dos planos e programas a 
serem executados, em execução ou já executados, que constam na 
LOA. 
O controle e a avaliação constituem a última fase do ciclo 
orçamentário, mas de forma alguma a menos importante. Só para relembrar, 
conforme art. 6º do Decreto-Lei nº 200/67, o controle representa um dos 
cinco princípios fundamentais que norteiam a Administração Pública 
Federal. 
Os seguintes princípios fundamentais estão previstos no art. 6°: 
“Art. 6º As atividades da Administração Federal 
obedecerão aos seguintes princípios fundamentais: 
I - Planejamento. 
II - Coordenação. 
III - Descentralização. 
IV - Delegação de Competência. 
V - Controle.” 
MNEMÔNICO: PC2D2 
No Brasil, existem dois tipos de controle: 
• INTERNO 
• EXTERNO 
 Chama-se controle interno quando exercido por agentes do 
mesmo Poder. Já o controle externo se exerce por órgãos independentes 
desse Poder. 
Em relação ao Controle Externo, a CF/88, nos artigos 70 e 71, 
assim sintetiza o tema: 
 
 
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CONTROLE EXTERNO 
• O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o 
auxílio do TCU. 
• A fiscalização ”COFOP” (contábil, financeira, orçamentária, operacional 
e patrimonial): 
Ö da União e 
Ö das entidades da administração direta e indireta 
quanto à “LLEAR” 
(legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia 
de receitas) 
será exercida pelo 
• Congresso Nacional, mediante controle externo; e 
• Sistema de Controle Interno de cada Poder. 
A CF/88 aloca o art. 74 quanto ao tema Controle Interno. Vamos a 
um quadro sintético: 
CONTROLE INTERNO 
PODERES 
Legislativo + Executivo + Judiciário 
manterão sistema de controle interno de forma integrada 
FINALIDADES 
• avaliar: 
Ö o cumprimento das metas previstas no PPA; 
Ö a execução dos programas de governo e dos 
orçamentos da União. 
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, 
quanto: 
Ö à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, 
financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da 
administração federal; 
Ö à aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado. 
 
 
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• exercer o controle dos (as): 
Ö operações de crédito; 
Ö avais; 
Ö garantias; 
Ö direitos; e 
Ö haveres. 
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional 
OBSERVAÇÃO 
Se os responsáveis pelo controle interno tomarem 
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, 
deverão dar ciência ao TCU, sob pena de responsabilidade 
solidária. 
• AVALIAÇÃO: 
 O ideal seria que o controle fosse prévio, para que houvesse 
uma avaliação mais eficiente do cumprimento das metas instituídas. No 
entanto, o mais recorrente é a avaliação sobre o processo da despesa que 
já se realizou. 
Por fim, no processo de controle
e avaliação orçamentária, 
identificam-se as seguintes etapas: 
A. comparação dos resultados obtidos e efeitos 
produzidos; 
B. comparação dos resultados e efeitos obtidos com os 
objetivos e metas programadas; 
C. análise dos problemas observados e determinações de 
suas causas; 
D. definição e tipificação das medidas corretivas que se 
devam tomar; e 
E. aplicação das medidas corretivas. 
Assim temos os seguintes critérios de avaliação da gestão 
governamental: ECONOMICIDADE - EFICIÊNCIA – EFICÁCIA – 
EFETIVIDADE. A seguir, sintetizaremos cada um deles. 
da UNIÃO 
 
 
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• ECONOMICIDADE: 
Ö Menor custo, com qualidade 
• EFICIÊNCIA: 
Ö Gastar bem 
Ö Controle de desperdícios 
Ö Aprimoramento de práticas administrativas e operacionais 
• EFICÁCIA: 
Ö Atingir os objetivos e metas programados 
• EFETIVIDADE: 
Ö Impacto quantitativo e qualitativo gerado na comunidade 
e se as suas necessidades foram satisfeitas 
Ö Continuidade dos resultados alcançados 
Ö Avaliação custo/benefício(grau de sucesso do programa) 
OBSERVAÇÃO 
As fases de CONTROLE e AVALIAÇÃO também são conhecidas como 
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO. 
CAIU NA PROVA ! 
23 – (ESAF/ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO – 
MPOG/2010) Assinale a opção falsa a respeito do ciclo orçamentário no 
Brasil. 
a) É um processo integrado de planejamento das ações e compreende a 
elaboração do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei 
Orçamentária Anual, bem como a execução e avaliação desses instrumentos. 
b) É o processo de elaboração da Lei Orçamentária Anual, que se inicia no 
envio da proposta de orçamento ao Congresso Nacional e se encerra na sanção 
da lei. 
c) Na elaboração dos instrumentos que compõem o ciclo orçamentário, o 
Congresso Nacional tem competência para realizar modificações nas propostas 
a ele encaminhadas. 
 
 
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d) É um processo contínuo, dinâmico e flexível para a elaboração, aprovação, 
execução, controle e avaliação dos programas do setor público. 
e) A Comissão Mista de Orçamento tem papel importante nas etapas de 
elaboração e fiscalização. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
O ciclo orçamentário compreende as fases do “EAECA”, ou seja, não se 
encerra com a sanção da lei, pois ainda temos as fases da EXECUÇÃO, o 
CONTROLE e a AVALIAÇÃO, após a SANÇÃO DA LEI, que é uma subfase que 
encerra a fase da ELABORAÇÃO do orçamento. 
24 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Analise as 
afirmações a seguir, relativas à elaboração, acompanhamento e fiscalização do 
orçamento público no Brasil. 
I. O projeto de lei orçamentária anual deverá ser encaminhado pelo Chefe do 
Poder Executivo ao Poder Legislativo até 31 de agosto do exercício financeiro 
corrente. 
II. Os parlamentares poderão apresentar emendas ao projeto de lei 
orçamentária anual, desde que sejam compatíveis com o plano plurianual e a 
lei de diretrizes orçamentárias. 
III. O Presidente da República deverá sancionar o projeto de lei orçamentária 
aprovado pelo Congresso Nacional, estando impedido de vetá-lo, no todo ou 
em parte. 
IV. O controle externo das contas públicas da União está a cargo do Congresso 
Nacional e será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União. 
É correto o que consta APENAS em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) III e IV. 
e) I, II e IV. 
 
 
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Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (e). 
O erro da assertiva III reside no fato de que o Presidente da República 
NÃO ESTÁ IMPEDIDO DE VETAR, NO TODO OU EM PARTE, o projeto de 
LOA aprovado pelo Congresso Nacional. 
25 - (ESAF/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2004) O 
sistema de controle interno tem por objetivo manter a integridade do 
patrimônio da entidade e, portanto, deve a sua organização, implantação e 
implementação definir prioritariamente quatro fatores. Aponte a opção não-
pertinente. 
a) Definir a área a controlar. 
b) Definir um sistema de controle pessoal, ou seja, um controle que permita 
desenvolver a administração por exceção. 
c) Definir quem informa quem, ou seja, o nível hierárquico que deve prestar 
informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas 
necessárias para manter operante a administração. 
d) Definir o que deve ser informado, ou seja, o objeto da informação. 
e) Definir o período em que as informações devem ser prestadas. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
O item fere o princípio da Impessoalidade. Não existem meios no 
ordenamento jurídico nos quais se permita um sistema de controle pessoal, ou 
seja, um controle que desenvolva a administração por exceção. 
Além disso, a questão destaca nos demais itens que devemos prezar pela 
transparência em relação ao sistema de controle interno, de forma a se manter 
a integridade do patrimônio da entidade. 
Assim, os 4 fatores prioritários para se definir a organização, a 
implantação e a implementação de forma a se manter íntegro o patrimônio de 
uma entidade são: 
1) a área a controlar. 
2) o fluxo de informações. 
3) o objeto da informação. 
4) o período em que se prestam as informações. 
 
 
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3 – Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e 
suplementares 
3.1 – TIPOS DE CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS 
 A autorização legislativa para a realização da despesa 
constitui crédito orçamentário, que poderá ser inicial ou adicional. 
 É interessante esse tópico no edital passado, pois o candidato já 
recebe de cara uma importante dica: OS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS NÃO 
SÃO ILIMITADOS. 
 Assim, não precisamos pesquisar nada sobre créditos ilimitados. A 
própria Banca facilita, mas ao mesmo tempo tenta confundir. 
O fundamento desse assunto se encontra no inciso VII, art. 167 da 
CF/88, como a seguir transcrito: 
 “ Art. 167. São vedados: 
 (. ...) 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimita- ; 
 (. ...)” 
Vamos a um quadro para facilitar o entendimento inicial sobre o 
tema CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS. 
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS (NÃO SÃO ILIMITADOS) 
TIPOS 
• INICIAIS OU ORDINÁRIOS 
• ADICIONAIS 
ADICIONAIS
• ESPECIAIS 
• SUPLEMENTARES 
• EXTRAORDINÁRIOS 
 Um ponto interessante a destacar é que as alterações de 
planejamento no PPA e na LDO se fazem por meio de leis ordinárias 
“comuns”. 
MNEMÔNICO ESE
 
 
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 Destaquei para diferenciarmos que, no caso da LOA, essas 
alterações também se dão por leis. No entanto, mais precisamente, elas são 
chamadas de LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS. 
O orçamento anual consigna importância (dotação) para atender 
determinada despesa de forma a executar ações planejadas pelo 
governo. 
 Quando ocorre a aprovação da LOA ela se apresenta sob a forma
de um texto seguida de anexos nos quais constam diversos programas de 
trabalho associados, cada um deles, a uma dotação inicial. 
 Segundo Taylor, o Princípio do Planejamento da 
Administração deve buscar a substituição de métodos empíricos por 
procedimentos científicos, de forma a se planejar mais adequadamente um 
trabalho. 
 Assim, as LEIS DE CRÉDITOS ADICIONAIS se consideram 
exceções a tal princípio quando alteram a LOA. Observem que este 
princípio não é orçamentário. Além disso, deve-se entender o termo 
Administração como Administração Acadêmica e não Administração Pública. 
3.2 – CRÉDITOS INICIAIS OU ORDINÁRIOS 
 Correspondem à dotação inicial designada para determinado 
programa de trabalho. Constituem a primeira autorização legislativa para a 
realização de determinada despesa. 
Representam os créditos orçamentários iniciais aprovados pela 
LOA, na qual constam os orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimento das empresas estatais. 
3.3 – CRÉDITOS ADICIONAIS 
 São leis específicas que objetivam a alteração na LOA em 
relação aos créditos orçamentários que estavam em vigor anteriormente. Os 
créditos adicionais podem alterar os créditos iniciais ou os adicionais que 
porventura alteraram outro crédito. 
O art. 40 da Lei n° 4.320/64 define os créditos adicionais como 
autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente 
dotadas na LOA. 
 
 
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 Como vimos no quadro anterior, os 3 tipos de créditos adicionais 
são: ESE = ESPECIAIS – SUPLEMENTARES – EXTRAORDINÁRIOS. 
 Ok Erick, mas quais as fontes desses créditos adicionais ? 
 Para a abertura de créditos suplementares e especiais, as 
fontes são as seguintes: 
FONTES DE CRÉDITOS ADICIONAIS REFERÊNCIA 
S 
• Superávit financeiro apurado em balanço 
patrimonial do exercício anterior 
Lei n° 4.320/64:
Art. 43, § 1°, I 
E 
• Excesso de arrecadação proveniente do saldo 
positivo das diferenças acumuladas mês a mês 
entre a arrecadação prevista e a realizada, 
considerando-se, ainda, a tendência do exercício. 
Lei n° 4.320/64:
Art. 43, § 1°, II 
R 
• Reserva de contingência: dotação global não 
especificamente destinada a determinado órgão, 
unidade orçamentária, programa ou categoria 
econômica, cujos recursos serão utilizados para 
abertura de créditos adicionais. 
Decreto-Lei n° 
200/67: 
Art. 91 
O 
• o produto de operações de credito autorizadas, 
em forma que juridicamente possibilite ao poder 
executivo realizá-las. 
Lei n° 4.320/64:
Art. 43, § 1°, IV 
B 
• “Buracos do projeto de LOA”: são os recursos 
que porventura, em decorrência de VETO, 
EMENDA ou REJEIÇÃO do projeto de LOA, ficam 
sem despesas correspondentes e que poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
Lei n° 4.320/64:
Art. 43, § 1°, I 
A 
• os resultantes de Anulação parcial ou total de 
dotações orçamentárias ou de créditos 
adicionais, autorizados em Lei. 
CF/88: 
Art. 166, § 8° 
 
 
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CAIU NA PROVA ! 
26 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA ORÇAMENTO – MPU/2007) Na lei 
orçamentária anual, o termo Reserva de Contingência designa uma dotação 
orçamentária que: 
a) pode ser utilizada como fonte de recurso para a abertura de créditos 
suplementares. 
b) somente pode ser destinada à amortização das dívidas flutuante e fundada. 
c) pode ser utilizada pelo Poder Executivo da forma que lhe convier. 
d) é fonte de recurso para despesas com indenização de imóveis para fins de 
reforma agrária. 
e) destina-se a atender créditos extraordinários não previstos no orçamento. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
De acordo com o mnemônico “SEROBA” a Reserva de Contingência é 
uma das fontes de recursos adicionais, nas espécies suplementares e 
especiais, conforme art. 91, do Decreto-Lei 200/67. 
Vamos comentar a seguir, mas cabe destaque o fato de que o item (e) 
está errado pelo fato de que a Reserva de Contingência poder ser uma fonte 
de recursos extraordinários, ou seja, é permitida, mas não é obrigatória. 
 Seguiremos adiante. 
Observem que os créditos adicionais extraordinários não 
necessitam de indicação de recursos, pois de acordo com o inciso V, art. 167, 
da CF/88: 
“Art. 167. São vedados: 
 (. ...) 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação dos 
recursos correspondentes; 
 (.....)” 
No entanto, na União, é comum estarem especificadas as fontes de 
recursos desses créditos extraordinários nas Medidas Provisórias. 
 
 
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E na prova ? As bancas têm colocado que é desnecessária a 
indicação de recursos, mas nada impede que se faça. Antes de mais nada, 
devemos atentar para o comando da questão. 
É importante destacar que, ao se cancelarem os créditos 
extraordinários, não podemos utilizá-los como fontes recurso para a abertura 
de novos créditos adicionais. 
27 - (FCC / TÉCNICO JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRE – PI / 
2009) De acordo com o art. 43 da Lei n° 4.320/64, a abertura de créditos 
suplementares e especiais depende da existência de recursos disponíveis para 
acorrer à despesa. Um recurso que NÃO pode ser considerado para fins de 
cobertura dos créditos suplementares e especiais é 
a) o excesso de arrecadação. 
b) a diferença entre Ativo financeiro e Passivo financeiro do final do exercício 
anterior. 
c) o superávit financeiro do exercício corrente. 
d) o resultante de anulação total de dotações orçamentárias. 
e) o resultante de anulação parcial de créditos adicionais. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (c) 
Mais uma questão que acertaríamos com o mnemônico “SEROBA”, onde 
o Superávit financeiro é apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior e não do corrente como está na questão. 
28 – (ESAF / ANALISTA ADMINISTRATIVO / ANA / 2009) Considerados 
mecanismos retificadores do orçamento, os créditos adicionais obedecem a 
regras específicas, sendo correto afirmar o que segue: 
a) todos os créditos adicionais necessitam de autorização legislativa prévia. 
b) sua utilização também é requerida nos casos de retificação da Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual. 
 
 
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c) os créditos suplementares cujo ato de autorização for promulgado nos 
últimos 4 meses do exercício podem ser reabertos nos limites dos seus saldos 
e viger até o final do exercício subsequente. 
d) os créditos especiais acompanham a vigência do orçamento, extinguindo-se 
ao final do exercício financeiro. 
e) a abertura de créditos extraordinários faz-se, necessariamente, mediante a 
adoção de medida provisória. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (e). 
Vamos corrigir cada item errado. 
Item (a) - NEM todos os créditos adicionais necessitam de autorização 
legislativa prévia, pois os EXTRAORDINÁRIOS fogem dessa regra. 
Item (b) - sua utilização NÃO é requerida nos casos de retificação
da Lei 
de Diretrizes Orçamentárias e do Plano Plurianual, pois créditos adicionais são 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na 
LOA. 
Item (c) - os créditos ESPECIAIS E EXTRAORDINÁRIOS cujo ato de 
autorização for promulgado nos últimos 4 meses do exercício podem ser 
reabertos nos limites dos seus saldos e viger até o final do exercício 
subsequente. 
Item (d) - os créditos SUPLEMENTARES acompanham a vigência do 
orçamento, extinguindo-se ao final do exercício financeiro. 
Como os créditos SUPLEMENTARES são para reforço da dotação, eles 
devem se encerrar juntamente com os créditos iniciais a que suplementarem 
suas dotações. 
Além disso, só os ESPECIAIS e os EXTRAORDINÁRIOS é que podem viger 
até o final do exercício subsequente, desde que o ato de autorização for 
promulgado nos últimos 4 meses do exercício. 
Por fim, o item (e) está de acordo com o art. 167, § 3º, da CF/88. 
Segue a correspondência dos itens da questão. 
 
 
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Item a art. 167, § 3º, da CF/88 
Item b 
art. 40 da Lei nº 
4.320/64 
Item c art. 167, §2º, da CF/88 
Item d 
art. 45 c/c art. 41, I, da 
Lei nº 4.320/64 
Item e art. 167, § 3º, da CF/88 
29 – (ESAF / PROCURADOR – TCE – GO / 2007) O Poder Executivo, para 
executar despesa cuja dotação orçamentária seja insuficiente, deve 
a) abrir crédito extraordinário mediante autorização legislativa. 
b) obter autorização legislativa prévia e justificar a abertura de crédito 
extraordinário para execução da despesa sem dotação orçamentária específica. 
c) abrir crédito suplementar por decreto, após autorização legislativa. 
d) remanejar recursos de outras dotações e abrir crédito especial destinado a 
reforço da dotação orçamentária específica. 
e) abrir crédito especial por decreto e dar imediato conhecimento ao Poder 
Legislativo. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
De acordo com o art. 41, inciso I, da Lei nº 4.320/64, os CRÉDITOS 
SUPLEMENTARES são utilizados para REFORÇO DA DOTAÇÃO. 
Além disso, o art. 42 da Lei nº 4.320/64 estabelece que os créditos 
SUPLEMENTARES E ESPECIAIS serão: 
• AUTORIZADOS por LEI 
• ABERTOS por DECRETO EXECUTIVO 
“Art. 41. Os créditos adicionais classificam-se em: 
 I - suplementares, os destinados a reforço de dotação orçamentária; 
 (.....) 
 
 
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 Art. 42. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por 
lei e abertos por decreto executivo.” 
30 - (FCC / ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE / TRT – 16ª 
REGIÃO / 2009) O mecanismo utilizado para retificação de despesas, 
insuficientemente dotadas na lei orçamentária, denomina-se: 
a) crédito suplementar. 
b) crédito especial. 
c) reprogramação. 
d) reforço de empenho. 
e) crédito adicional. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (a) 
Onde há insuficiência, há a necessidade de REFORÇO DE DOTAÇÃO, 
razão pela qual se utilizam CRÉTIDOS SUPLEMENTARES, conforme previsto 
no art. 41, inciso I, da Lei nº 4.320/64. 
31 - (FCC / ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – CONTABILIDADE / 
MPE – SE / 2009) Conforme artigo 43 da lei nº 4.320/64, a abertura dos 
créditos suplementares e especiais depende da existência de: 
a) recursos disponíveis para suportar a despesa. 
b) dotação específica na Lei orçamentária. 
c) autorização do Executivo. 
d) autorização Legislativa. 
e) recursos extra-orçamentários disponíveis. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (a) 
O art. 43 da lei nº 4.320/64 reflete exatamente o previsto no art. 167, V, 
da CF/88. 
Vamos colocá-los na sequência para não termos mais dúvidas em relação 
a esse tema, até mesmo porque não podemos gastar sem a existência de 
recursos que suportem alguma despesa. 
 
 
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 “Art. 167. São vedados: 
 (. ...) 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem 
prévia autorização legislativa e sem indicação dos 
recursos correspondentes; 
 (.....)” 
“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais 
depende da existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa
e será precedida de exposição justificativa.” 
32 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) A Constituição 
Federal proíbe: 
a) a abertura de crédito extraordinário sem prévia autorização legislativa e 
sem indicação dos recursos correspondentes. 
b) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam 
os créditos orçamentários ou adicionais. 
c) a instituição de fundos de qualquer natureza, sem autorização do Tribunal 
de Contas da União. 
d) a concessão ou utilização de créditos limitados. 
e) o início de programas ou projetos incluídos na lei orçamentária anual. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (b) 
Encontramos o fundamento dessa alternativa no at. 167, inciso II, da 
CF/88, que assim estabelece: 
“Art. 167. São vedados: 
 (. ...) 
II – a realização de despesas ou a assunção de 
obrigações diretas que excedam os créditos 
orçamentários ou adicionais; 
 (.....)” 
 
 
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33 - (FCC / ASSESSOR JURÍDICO / TCE – PI / 2009) Analise os seguintes 
itens: 
I. São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou 
insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. 
II. Os créditos suplementares são os destinados a despesas as quais não haja 
destinação orçamentária específica. 
III. Os créditos especiais são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, 
em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
a) I. 
b) III. 
c) I e II. 
d) I e III. 
e) II e III. 
Comentários: 
O gabarito é a alternativa (a) 
 Os CRÉDITOS ADICIONAIS correspondem a leis específicas que 
objetivam a alteração na LOA em relação aos créditos orçamentários que 
estavam em vigor anteriormente. 
O art. 40 da Lei n° 4.320/64 define os créditos adicionais como 
autorizações de despesas não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei do Orçamento - LOA. 
Assim, os 3 tipos de créditos adicionais são: ESE = ESPECIAIS – 
SUPLEMENTARES – EXTRAORDINÁRIOS. 
O erro do item II está no fato de que os créditos suplementares são 
os destinados a REFORÇO DE DOTAÇÃO, enquanto que os créditos 
especiais destinam-se a despesas as quais NÃO HAJA DESTINAÇÃO 
ORÇAMENTÁRIA ESPECÍFICA. 
Já no item III, temos a conceituação de CRÉDITOS 
EXTRAORÇAMENTÁRIOS. 
Não se preocupem, pois esses exercícios são fundamentais para o 
assunto e outros conceitos sobre os créditos adicionais serão abordados 
posteriormente. 
 
 
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34 – (ESAF / ANALISTA – SEFAZ – CE/ 2007) Assinale a opção falsa em 
relação às regras impostas pela Constituição Federal/88 para a abertura de 
créditos adicionais. 
a) Admite-se a reabertura,
no exercício seguinte, dos saldos remanescentes 
dos créditos especiais e extraordinários independentemente da data em que 
tenham sido abertos. 
b) Os créditos especiais destinam-se às despesas para as quais não existe 
dotação específica. 
c) Os créditos suplementares podem ser abertos mediante cancelamento de 
outros créditos consignados em lei. 
d) Créditos Extraordinários podem ser abertos por Medida Provisória. 
e) Na abertura de créditos extraordinários não é necessário indicar a fonte de 
recursos. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
No item (a), o correto seria dizer: “Admite-se a reabertura, no exercício 
seguinte, dos saldos remanescentes dos créditos especiais e extraordinários, 
DESDE QUE O ATO DE AUTORIZAÇÃO SEJA PROMULGADO NOS 
ÚLTIMOS 4 MESES DO EXERCÍCIO.” 
Segue a correspondência na CF/88 dos itens da questão. 
Item a art. 167, § 2º 
Item b art. 167, V 
Item c art. 166, §8º 
Item d art. 167, § 3º, da CF/88 
Item e art. 166, § 8º 
Observem que os itens (b) e (e), podem ser melhor vizualizados, 
respectivamente, pelos textos dos artigos 41, II, e 43, § 1º da Lei nº 
4.320/64. 
 
 
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 Seguindo adiante.... 
Outro ponto que pode gerar interrogações é o referente ao termo 
SUPERÁVIT FINANCEIRO. Vou trazer conceitos básicos de Contabilidade 
Pública para elucidar sinteticamente esse ponto. 
No art. 43, § 2°, da Lei n° 4.320/64, temos o seguinte: 
 “Art. 43. (. ...) 
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença 
positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicion-
ais transferidos e as operações de credito a eles vincu-
ladas.(...................................)” 
 O primeiro ponto a observar, que parece óbvio, mas as bancas adoram ex-
plorar, é que não é qualquer diferença. A diferença entre o ativo financeiro 
e o passivo financeiro tem que ser POSITIVA para ser um superávit fin-
anceiro - SF. 
Estaremos diante de uma assertiva falsa, se na prova vier que o 
superávit financeiro – SF é a diferença entre o ativo financeiro e o passivo 
financeiro. Essa diferença pode ser negativa e não estaríamos diante de um 
superávit e sim de um déficit financeiro. 
MANTRA ! 
 SUPERÁVIT FINANCEIRO é a DIFERENÇA POSITIVA entre o 
ativo financeiro e o passivo financeiro, apurada no BALANÇO 
PATRIMONIAL (e não no balanço financeiro), em 31/12 do exercício 
anterior. 
Adicionam-se a essa diferença positiva o seguinte: 
• os saldos dos créditos adicionais transferidos – CAT 
(são os créditos adicionais reabertos); e 
• as operações de credito vinculadas a estes saldos 
referentes aos créditos reaberto - OCR. 
 
 
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SUPERÁVIT FINANCEIRO
SF = (AF-PF) – CAT + OCR 
Para concluir esse aparte, temos o conceito de balanço 
patrimonial que, segundo o art. 105, contém o seguinte: 
“Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará: 
I - O Ativo Financeiro; 
II - O Ativo Permanente; 
III - O Passivo Financeiro; 
IV - O Passivo Permanente; 
V - O Saldo Patrimonial; 
VI - As Contas de Compensação. 
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e 
valores realizáveis independentemente de autorização 
orçamentária e os valores numerários. 
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, 
créditos e valores, cuja mobilização ou alienação 
dependa de autorização legislativa. 
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas 
fundadas e outros pagamentos independa de 
autorização orçamentária. 
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas 
fundadas e outras que dependam de autorização 
legislativa para amortização ou resgate. 
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os 
bens, valores, obrigações e situações não 
compreendidas nos parágrafos anteriores e que, 
imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o 
patrimônio.” 
Vamos apresentar um diagrama sintético de um balanço 
patrimonial. 
 
 
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BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO FINANCEIRO = 600 
PASSIVO FINANCEIRO = 400 
PASSIVO PERMANENTE = 1000 
ATIVO PERMANENTE = 1100 
SALDO PATRIMONIAL = 300 
ATIVO COMPENSADO = 100 PASSIVO COMPENSADO = 100 
TOTAL = 1800 TOTAL = 1800 
De acordo com o exemplo, o SUPERÁVIT FINANCEIRO é de $600-
$400 = $200. Não confundir com o saldo patrimonial que é de 
($600+$1100+$100)-($400+$1000+$100) = $300. 
OBSERVAÇÃO 
O SUPERÁVIT FINANCEIRO é um saldo financeiro e não uma nova 
receita a se registrar. 
CAIU NA PROVA ! 
35 - (FCC/TÉCNICO – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) São 
considerados recursos, para fins de financiamento dos créditos adicionais, 
a) as receitas industriais. 
b) as operações de crédito por antecipação de receita. 
c) os excessos de arrecadação. 
d) os ativos permanentes em valor superior aos passivos permanentes. 
e) as arrecadações de encargos sobre a dívida ativa. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (c). 
 
 
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De acordo com o mnemônico “SEROBA” o Excesso de arrecadação é 
uma fonte de recursos adicionais, nas espécies suplementares e especiais, 
conforme art. 43, § 1°, II, da Lei 4.320/64. 
Os itens (a) e (e) representam uma receita corrente (TCPAISTransOu). 
Lembrar que a dívida ativa é uma receita corrente, subclassificada em Outras 
Receitas Correntes. 
O erro do item (b) está no fato de que as operações de crédito por ARO 
não são fontes, pois só são fontes as OPERAÇÕES DE CRÉDITO “COMUNS”, ou 
seja, as autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder 
executivo realizá-las. 
Por fim, o item (d) não representa fonte, pois entende-se por 
superávit financeiro (que é uma das fontes de créditos adicionais) a 
diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro. 
 Passemos a diante. 
Com base nos arts. 62, §1°, d; 166, §8°; 167, V, §§ 2° e 3°, da 
CF/88 e nos arts. 40 a 46 da Lei n° 4.320/64 vamos destrinchar as 
características desses créditos adicionais com mais um quadro. 
PERGUNTA ESPECIAIS SUPLEMENTARES EXTRAORDINÁRIOS 
DESTINA-SE A 
despesas para as 
quais não haja 
dotação
orçamentária 
específica 
reforço de dotação
orçamentária 
despesas 
imprevisíveis e 
urgentes, tais como em 
caso de guerra, comoção 
intestina ou calamidade 
pública (rol 
exemplificativo), 
observado o art. 62 da 
CF/88. 
PRÉVIA 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
SIM 
em lei específica 
SIM 
em lei específica ou 
na própria LOA 
NÃO 
INSTRUMENTO DE 
ABERTURA 
Decreto do Poder 
Executivo 
Decreto do Poder 
Executivo 
Decreto do Poder 
Executivo ou MP, onde 
houver, com imediato 
envio ao Poder 
Legislativo 
COMO INCORPORA 
NO ORÇAMENTO 
Conserva-se a 
especificidade do 
crédito especial 
Adicionam-se à 
dotação orçamentária 
a que se destinou o 
reforço 
Conserva-se a 
especificidade do crédito 
extraordinário 
 
 
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PRECISA INDICAR 
FONTE DE 
RECURSOS 
SIM 
Consta na lei que 
autoriza e no 
decreto que 
autoriza a abertura 
SIM 
Consta na lei que 
autoriza e no decreto 
que autoriza a 
abertura 
NÃO 
INSTRUMENTO 
QUE INDICA O 
LIMITE 
lei que autoriza o 
crédito e no decreto 
que autoriza a 
abertura 
lei que autoriza o 
crédito e no decreto 
que autoriza a 
abertura 
decreto ou MP, conforme 
o caso, que autoriza a 
abertura 
PRORROGA 
SIM 
Só para o exercício 
seguinte, desde que 
a autorização seja 
promulgada nos 
últimos 4 meses do 
exercício 
NÃO SIM 
Só para o exercício 
seguinte, desde que a 
autorização (decreto ou 
MP) se dê nos últimos 4 
meses do exercício 
VIGÊNCIA 
Até 31/dez do 
exercício da 
abertura ou até 
31/dez do exercício 
em que ocorre a 
reabertura (vigência 
plurianual) 
Somente até 31/dez 
do exercício da 
abertura 
Até 31/dez do exercício 
da abertura ou até 
31/dez do exercício em 
que ocorre a reabertura 
(vigência plurianual) 
POSSIBILIDADE 
DE VIGÊNCIA 
PLURIANUAL 
SIM 
Incorporam-se os 
saldos, por decreto, 
à LOA seguinte 
NÃO SIM 
Incorporam-se os saldos, 
por decreto, à LOA 
seguinte 
OBSERVAÇÃO 
• Observem que uma lei ou decreto ou MP (onde houver previsão 
constitucional ou orgânica) autorizam determinado crédito. 
• No entanto, sua abertura se dá em outro ato, por meio de decreto ou MP 
(onde houver previsão constitucional ou orgânica) do poder executivo. 
• Assim temos 2 instantes: a autorização do crédito e a autorização para 
sua abertura. 
Em relação aos termos “IMPREVISTAS” e “IMPREVISÍVEIS”, 
vamos a algumas considerações. 
 Consideram-se IMPREVISTAS as despesas que PODIAM ATÉ 
SER PREVISTAS, MAS QUE NÃO SE COLOCARAM NO ORÇAMENTO. 
 As IMPREVISÍVEIS são as despesas que NÃO HÁ QUALQUER 
CONDIÇÃO DE SE PREVER. 
 
 
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 Joia Erick, mas pode exemplificar ? 
Sem problemas. Mas vou exemplificar somente o termo 
IMPREVISTAS, pois as despesas IMPREVISÍVEIS já são exemplificadas no texto 
da própria legislação. 
Vamos supor que a LOA vigente não contemple um programa de 
trabalho com uma dotação para o FUNCIONAMENTO DE NUCLEOS DE ESPORTE 
RECREATIVO E DE LAZER em determinado Estado. 
No entanto, no decorrer do ano, o Estado viu a necessidade de 
realizar despesas com esse programa de trabalho, a fim de atender a demanda 
da sociedade local. 
Neste caso, estamos diante de uma despesa IMPREVISTA, pois até 
seria possível estar previsto na LOA vigente, já que essa é uma demanda 
latente, mas não se fez inicialmente. 
Desta forma, seria viável a abertura de um CRÉDITO ADICIONAL 
ESPECIAL, de forma a contemplar tal demanda. 
Um outro exemplo seria a abertura de crédito adicional especial 
para atender a um programa novo não previsto na LOA em vigor. 
36 – (ESAF/ANALISTA TRIBUTÁRIO – RFB/2010) Assinale a opção falsa 
a respeito dos créditos adicionais. 
a) A abertura de crédito suplementar está condicionada à existência de 
despesa já pré-empenhada no exercício. 
b) A abertura de créditos especiais exige a indicação da fonte dos recursos. 
c) Os créditos adicionais aumentam a disponibilidade de crédito para a emissão 
de empenho ou descentralização. 
d) É permitida a reabertura de créditos especiais e extraordinários no exercício 
seguinte ao da abertura. 
e) Créditos extraordinários têm sua abertura submetida a restrições de 
natureza constitucional. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (a). 
Toda abertura de crédito suplementar, ordinário, especial ou 
extraordinário é considerada uma DESPESA ORÇAMENTÁRIA e está 
condicionada à existência de recursos e de prévio empenho. 
 
 
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Observem que PRÉVIO EMPENHO não corresponde a um pré-empenho. 
Despesa Orçamentária Pública é aquela executada por entidade 
pública e que depende de autorização legislativa para sua realização, por meio 
da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos Adicionais, pertencendo ao 
exercício financeiro da emissão do respectivo empenho. 
Vejam o erro do item com a correção do texto: “A abertura de crédito 
suplementar está condicionada à existência de RECURSOS 
DISPONÍVEIS PARA OCORRER A DESPESA E SERÁ PRECEDIDA DE 
EXPOSIÇÃO JUSTIFICATIVA.“ 
Essa interpretação decorre do art. 43, combinado com o art. 60, ambos 
da Lei nº 4.320/64: 
“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será 
precedida de exposição justificativa.” 
“Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho.” 
Reparem que o item (b) está correto também em decorrência do art. 43 
da Lei nº 4.320/64. 
Erick, o que é o pré-empenho ? 
Em síntese, é um bloqueio no SIAFI da dotação orçamentária realizado 
no início de um processo de licitação, a fim de se garantir os recursos 
orçamentários da eventual despesa decorrente do processo licitatório. 
O pré-empenho, como o próprio nome diz, ainda não corresponde à 
etapa do EMPENHO, razão pela qual, na questão anterior, o item também está 
errado. 
Além disso, a abertura de crédito suplementar está condicionada à indicação 
da fonte de recursos que podem ser o mnemônico “SEROBA”. 
Vamos comentar os demais itens. 
Item (b) – decorre do art. 43, §1º e incisos: 
“Art. 43. A abertura dos créditos suplementares e especiais depende da 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa e será precedida 
de exposição justificativa. 
§ 1º Consideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que não 
comprometidos: 
 
 
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I - o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior; 
 II - os provenientes de excesso de arrecadação; 
III - os resultantes de anulação parcial ou total de dotações 
orçamentárias ou de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV - o produto de operações de credito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realiza-las.” 
Assim temos que os créditos especiais se inserem nessas fontes, 
conforme previsto no art. 166, § 8°, da CF/88, no art. 43, § 1°, I a IV, da Lei 
n° 4.320/64 e no art. 91, do Decreto-Lei n° 200/67. 
Item (c) – a finalidade de créditos adicionais é sempre o aumento 
da disponibilidade. Se assim não fora, não existiriam. 
Observem que item não afirma que a disponibilidade total é aumentada. 
Assim, mesmo que haja anulação de créditos para a emissão dos 
créditos adicionais, haverá o aumento da disponibilidade. 
Por fim, essa interpretação vem do art. 40, da Lei nº 4.320/64: 
“Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa não 
computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento.” 
Por fim, temos que uma das consequências naturais da abertura dos 
créditos adicionais é o aumento da disponibilidade de crédito para a emissão 
de empenho de uma despesa ou para a descentralização de um crédito 
orçamentário. 
Item (d) – decorre da interpretação do art. 45 da Lei nº 4.320/64: 
“Art. 45 - Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício 
financeiro em que forem abertos, salvo expressa disposição
legal em 
contrário, quanto aos especiais e extraordinários.” 
Além disso, vejamos a redação do art. 167, § 2°, da CF/88: “ 
“Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no 
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de 
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.” 
Item (e) – é o que está previsto no art. 167, § 3º da CF/88: 
 
 
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“§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida 
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto 
no art. 62.” 
37 - (ESAF/ANALISTA – ÁREAS ADMINISTRATIVA E ORÇAMENTO – 
MPU/2004) De acordo com a classificação dos créditos adicionais, assinale a 
opção correta em relação a créditos extraordinários. 
a) São autorizados para cobertura de despesas eventuais ou essenciais e, por 
isso mesmo, não considerados na Lei do Orçamento. 
b) São os destinados a despesas urgentes e imprevistas, como em caso de 
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. 
c) São os destinados a despesas para as quais não haja dotação orçamentária 
específica. 
d) São autorizações abertas por decreto do Poder Executivo até o limite 
estabelecido em lei. 
e) Destinam-se ao reforço de dotações orçamentárias. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
O item (b) vem do art. 167, § 3°, da CF/88: “A abertura de crédito 
extraordinário somente será admitida para atender a despesas 
imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.”. 
No entanto, a banca se utilizou do texto do art. 41, III, da Lei 4.320/64: 
“extraordinários, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em 
caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública.” 
O mais correto seria interpretar a Lei de acordo com o texto da CF/88, 
ou seja: “são créditos extraordinários, os destinados a despesas 
urgentes e imprevisíveis, tais como, em caso de guerra, comoção 
intestina ou calamidade pública, observado o disposto no art. 62.” 
Este seria um item menos incorreto na questão, pois os demais itens 
estão flagrantemente incorretos. É o que dissemos na apresentação: “NÃO 
BRIGUE COM A BANCA !” 
 
 
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O item (a) é confuso, mas se assemelha à característica essencial dos 
CRÉDITOS ESPECIAIS. Estes se destinam a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica. Desta forma, justificamos também o erro 
do item (c). 
No item (d) o erro reside no fato de que a abertura de créditos 
extraorçamentários PODE se fazer por meio de DECRETO ou MP, a depender 
do texto constitucional ou orgânico do ente. Na União, por exemplo, se faz por 
Medida Provisória. 
Finalizamos com o item (e), cujo erro está no fato de estarmos diante da 
definição de CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, I, da Lei 
4.320/64. (REFORÇO=SUPLEMENTO) 
REPESCAGEM ! 
• Os CRÉDITOS SUPLEMENTARES são a única espécie de créditos 
adicionais em que é possível a autorização na própria LOA. Além 
disso, esse crédito tem limite de valor para reforço de um crédito 
preexistente. 
• Os CRÉDITOS ESPECIAIS e os EXTRAORDINÁRIOS são as únicas 
exceções ao Princípio Orçamentário da Anualidade, pois são 
CRÉDITOS PLURIANUAIS, ao contrário dos CRÉDITOS 
SUPLEMENTARES. 
• Só se reabrem os CRÉDITOS ESPECIAIS e EXTRAORDINÁRIOS, 
pois são créditos com possibilidade de serem plurianuais. 
• Os CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS são uma exceção ao Princípio 
da Legalidade, pois podem ser abertos por meio de Decreto ou MP, 
conforme o caso. 
• Não se apura o SUPERÁVIR FINANCEIRO no balanço financeiro, mas 
sim no BALANÇO PATRIMONIAL. 
• Os CRÉDITOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS abertos sem indicação de 
recursos serão diminuídos quando do cálculo do EXCESSO DE 
ARRECADAÇÃO, conforme a fórmula seguinte: 
 
 
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Onde, 
EA: EXCESSO DE ARRECADAÇÃO; 
RR: RECEITA REALIZAD 
RP: RECEITA PREVISTA 
CEOAE: CRÉDITO EXTRAORÇAMENTÁRIO APURADO NO EXERCÍCIO 
Para relaxar, vamos fazer uma ginástica mental com uma série de 
questões comentadas a seguir. 
MAIS QUESTÕES DE PROVA ! 
38 - (FCC/ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA – MPU/2007) É uma 
das características dos créditos especiais: 
a) independerem de autorização legal para sua consecução. 
b) serem destinados a reforço de dotação orçamentária já existente. 
c) abertura por decreto legislativo. 
d) dependerem de recursos disponíveis para financiar a despesa. 
e) serem previstos na lei orçamentária anual. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (d). 
Os créditos adicionais especiais e suplementares têm como fontes de 
recursos o mnemônico “SEROBA”. Além disso, é obrigatória a indicação de 
recursos disponíveis para financiar a despesa. 
O art. 167, V, da CF/88, preconiza que “É vedada a abertura de 
crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e 
sem indicação dos recursos correspondentes”. 
Com este fundamento, o item (a) está errado. 
O item (b) se refere ao CRÉDITO SUPLEMENTAR, conforme o art. 41, 
I, da Lei 4.320/64. 
O erro do item (c) está no fato de que a abertura dos créditos especiais 
se dá por meio de decreto do Poder Executivo. 
EA = (RR - RP) - CEOAE 
 
 
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Por fim, no item (e) não são os créditos especiais que estão previstos na 
LOA, mas sim os CRÉDITOS SUPLEMENTARES. 
Conforme art. 165, § 8°, da CF/88, “A LOA não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para abertura de CRÉDITOS 
SUPLEMENTARES e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei.” 
Assim, estamos diante de uma das exceções ao Princípio Orçamentário 
da Exclusividade. Esse assunto será retomado na última aula quando 
entraremos com o tópico Princípios Orçamentários. 
39 - (FCC/ANALISTA – ÁREA CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os 
créditos adicionais destinados a despesas para as quais haja insuficiência de 
recursos na dotação orçamentária específica são denominados: 
a) Extraordinários. 
b) Suplementares. 
c) Especiais. 
d) Complementares. 
e) Ilimitados. 
Comentários: 
Gabarito da questão: alternativa (b). 
O item (b) se refere ao art. 41, I, da Lei 4.320/64, que define CRÉDITO 
SUPLEMENTAR. 
Em relação aos itens (a), (c) e (d), segue um resumo explicativo: 
CRÉDITOS ADICIONAIS DESTINAM-SE A 
ESPECIAIS 
despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária específica 
SUPLEMENTARES reforço de dotação orçamentária 
EXTRAORDINÁRIOS 
despesas imprevisíveis e urgentes, tais como 
em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública (rol exemplificativo), 
observado o art. 62 da CF/88. 
 
 
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