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O NEGRO NA CULTURA AFRODESCENDENTE: A desconstrução de conceitos e termos referente a cultura afrodescendente AULA 07 Prof. Esp. Alexsandro Lima Disciplina: Educação e Afrodescendência Cultura Negra Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos Estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afrobrasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL PESQUISA DO IPEA APONTA QUE BRASILEIROS MAIS POBRES SÃO NEGROS O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) noticia que nos últimos dez anos, a distância social dos negros em relação aos brancos aumentou. Entre os 10% mais pobres do país, 65% são negros; entre os 10% mais ricos, 86% são brancos. PARTICIPAÇÃO DO NEGRO NO MERCADO DE TRABALHO CRESCE, MAS RENDA AINDA É INFERIOR À DO BRANCO A participação dos negros no mercado de trabalho brasileiro aumentou desde a segunda metade da década de 90. No entanto, as condições de trabalho e de renda ainda continuam muito além das registradas pela população branca. DESIGUALDADE ÉTNICO-RACIAL As mulheres negras (pretas e pardas) estão em situação pior no mercado de trabalho que as brancas, revela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada, mostrando que elas são maioria entre as trabalhadoras informais. A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais 2009 destaca que enquanto metade das mulheres pretas (54,1%) e pardas (60%) trabalha sem carteira assinada, portanto, sem direito a benefícios como seguro desemprego e licença maternidade, o percentual de brancas na mesma situação é de 44%. A desconstrução de conceitos e termos referente a cultura afrodescendente É comum a comunidade escolar envolver-se com práticas discriminatórias, segregando os diferentes da sociedade, com ofensas verbais e físicas. O etnocentrismo suscitou a partir de estereótipos denominados ao outro como: “preto, selvagem, fascistas, bagunceiros, olha o baleia”, denominações perigosas que dentro da Educação necessita ser exterminado com a máxima urgência. A escola tem o papel de formar o aluno para o exercício de cidadania, do trabalho e continuar aprendendo ao longo da vida. Esta é a orientação da Lei de Diretrizes de Bases e das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino no Brasil. Ampliar a cidadania é um dos objetivos principais que devem orientar o trabalho pedagógico, e por causa disso, a escola tem que buscar o desenvolvimento de competência e habilidades que permitam compreender a sociedade que vivemos. Na sociedade brasileira, o uso dos termos corretos destinados ao segmento negro não é fácil e nem está de todo assimilado pelo cotidiano. Termos como “afrodescendente” e “afro-brasileiro” têm circulação restrita a uns poucos grupos mais esclarecidos da questão étnica. O termo “negro” ainda é utilizado com restrição, pois pode ser “ofensivo”. E os termos “preto”, “negão” e “crioulo”, dentre outros, marcadamente estereotipados e estigmatizantes, são usados em situações em que se pretende provocar a discriminação, quase sempre acompanhados de sentimentos de raiva ou repulsa. A escola se constitui em espaço privilegiado de formação identitária, sendo assim lócus importante de intervenção nos rumos da construção da identidade negra. Ao não reconhecer os saberes das diversas culturas presentes no seu interior, a escola elimina saberes e legitima as práticas hegemônicas de exclusão. Ao não dar voz a todos os saberes, a escola não reconhece os alunos como sujeitos socioculturais fruto de diversas experiências. image1.png image2.png