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Guerra Fria

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Reflexos da Segunda Grande Guerra e a Guerra Fria
Introdução
Capitalismo e socialismo são o que podemos dizer de irmãos gêmeos idênticos. Ambos despendiam esforços para individualizar-se e tornar-se único no mundo. Esqueceram de que fomos feitos uns para os outros, para mutuamente nos ajudarmos. A humanidade não nasce já com seus milhões, mas de um e depois dois, vieram todos os outros. Assim que, para sermos um, as sociedades se protegem. Pelo menos esse é o retrato que deveria ser real.
O lucro enche os olhos de fracos homens amedrontados por incertezas, que retêm aquilo que não lhes pertence por meios discutíveis, por eles julgados justos, para ter segurança naquilo que é perecível, esquecendo-se que a maior riqueza já alcançada chama-se amor e é isso que nos assegura sobrevivência ainda hoje.
Estados Unidos e Alemanha – Olhares sobre os conflitos
Não só a Alemanha, como sua capital, Berlim, que ficava na parte Oriental, foi dividida. Nos primeiros anos, após os desenhos de fronteiras imaginárias, houve uma intensa migração de alemães que ficariam no lado Oriental para o lado Ocidental, somando aproximadamente 3 milhões de pessoas entre os anos de 1949 e 1961, dentre elas vários trabalhadores qualificados, o que significava uma ameaça à economia de Berlim Oriental. 
Para tentar evitar essa movimentação de pessoas, foram construídos postos de controle policiais, seguido da suspensão do tráfego de bondes e ônibus, e o corte de ligações telefônicas. Sem sucesso e ainda insatisfeitos, em 1953, foi proibida a entrada de cidadãos orientais nos setores ocidentais, com pena de 4 anos de prisão. As fugas continuaram, e a próxima decisão foi exatamente o que o presidente norte-americano, John F. Kennedy, dizia temer: o fechamento total da fronteira pela construção de um muro. 
Para Kennedy, a solução não foi uma das melhores, ainda assim era melhor que uma guerra entre os dois lados. Há quem questione a atitude do presidente ao não reagir à construção do muro, e há quem acredite que ele não fez nada para não provocar uma possível guerra. 
Aclamado por uma multidão alemã humilhada e indignada em 1963, Kennedy fez seu discurso memorável "Ich bin ein Berliner", que mostrava seu incontentamento com o muro e seu simbolismo de injustiça, e o desprezo ao socialismo soviético. 
Na década de 80, com o enfraquecimento do comunismo e conforme a relação entre os EUA e a URSS melhorava, o trânsito de pessoas foi melhorando aos poucos, até todas as restrições serem completamente liberadas em novembro de 1989, com a queda do muro. A queda simbolizou o fim da Guerra Fria, e o começo da unificação alemã, além de ser considerado um avanço no processo de globalização e uma "vitória" do capitalismo sobre o comunismo.
Uma Jovem alemã, que aos 25 anos escreve sobre a queda do muro, diz que não percebe uma Alemanha dividida, não reconhece o temo oriental e ocidental pra se referir ao seu país. Para ela, a Alemanha é somente Alemanha, unificada e capitalista.
Mas ainda existem resquícios de uma separação interna, como mostra a jovem: “Outros reclamam da arrogância dos ocidentais, que mal conhecem o Leste, mas, mesmo assim, acham que sabem tudo”; “…a memória coletiva dos alemães segue sendo diferente dependendo da região geográfica de origem. ‘A RDA continua, predominantemente, na cabeça das pessoas que lá viveram. O país continua sendo parte de sua identidade.’”, diz Klaus Schroeder, professor da Universidade Livre de Berlim.
A Segunda Guerra ocorreu pela influencia do ditador alemão, Adolf Hitler. Esse homem, com sua comitiva nazista, levou toda uma nação a se exaltar como pura, soberana e poderosa. Seu ressentimento com a derrota na guerra e contra os judeus que terminaram de destruir a Alemanha – lembrando que foram os bancos americanos, de judeus, que cobraram a dívida de guerra alemã e, assim, terminaram de derrubar o país – o levou a iniciar a pior guerra que o mundo pode contar. 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o Mundo se reconfigurou. As antigas potências europeias deram lugar ao surgimento de um bipolarismo econômico e político mundial: URSS e o socialismo; e EUA e o capitalismo. O período ficou conhecido como A Guerra Fria. Foram grandes tensões, não houve guerra, mas as disputas entre essas duas novas superpotências se elevaram ao campo científico, militar e tecnológico. E o que a guerra deixou? A reconfiguração econômica de todo o globo. O fim da hegemonia coletiva e o surgimento dos Estados Unidos da América como a maior potência mundial e a maior influência em qualquer assunto de qualquer governo.
A Guerra trouxe consequências. O período após o conflito foram turbulentos. A Alemanha foi palco da Guerra Fria, do Muro e, pelo que se vê, o povo pacífico alemão se arrepende de tudo que “seus pais” fizeram. Mas, como está a memória alemã? Podemos dizer que em um esforço contínuo para esquecer tal fato. É claro que ainda existem os que se animam com a terrível Guerra, mas a maioria tenta esquecer.
Culpados, os alemães foram imputados a devolver as fronteiras conquistadas, a diminuir o seu exército, entre outras coisas. Mas, ao contrário do que aconteceu no primeiro conflito, os países não foram tão duros com a nação, antes, acolheram o seu povo e os ajudaram. Nesta parte, reconhecemos as zonas de influencia formadas pelos EUA, Inglaterra e França de um lado, e pela URSS de outro. A isso também se dá o conflito silencioso da Guerra Fria.
Ao fim do período, com a queda do muro, os Norte-Americanos se alegraram. Anunciou-se a sua vitória frente ao socialismo. E para a Alemanha, a queda do muro também foi motivo de comemoração. As revoluções pacíficas ocorridas levaram-na ao grupo das nações que tiveram revoluções democráticas na história.
Resumo
O texto de Lenina Pomeranz, “A queda do muro de Berlim. Reflexões vinte anos depois”, traz consigo não somente uma relação de fatos narrativos, mas, com suma importância, a constatação de alguns simbolismos gerados nesse período. Em poucas palavras: foi um período de ressentimentos pós Segunda Guerra, instabilidade e medo; mas, com certeza, nesse tempo outra guerra estava fora de cogitação – não poderíamos perder de vez a nossa existência.
A queda do muro, o principal fato do enredo, simbolizava a liberdade – “muros barram pessoas que buscam uma vida melhor na parte desenvolvida do planeta” – e o fim do socialismo real – a URSS perdeu suas forças, estava mais preocupada em coagir o mundo ao socialismo e por isso fortaleceu-se belicamente, mas se esqueceu de fundar em bases sólidas o seu sistema e apoiar-se nos seus adeptos. Cremos que para eles as pessoas eram meros indivíduos que pertenciam ao sistema, mas o que precisamos entender é que todo o mundo forma um organismo vivo, uns para os outros.
No princípio, a revolução russa aconteceu em um período de grande agitação operária em todo o mundo, quando a Primeira Guerra acontecia e os povos se enfraqueciam e a população sucumbia às margens do conflito. A revolta surgiu popular, apoiada em um homem, Lenin – marxista – que direcionou a população à ideia socialista, aos princípios comunistas de Marx.
O socialismo foi, a princípio, um bom sistema: “Tratava-se de reconstruir a economia devastada pela guerra e modernizar o país, de maneira a eliminar o atraso que se encontrava frente aos países desenvolvidos da época…”, o que levou a URSS ao crescimento, e isso foi visto com bons olhos até mesmo por Estados Unidenses que passavam pela Grande Depressão, e com a Segunda Guerra, pensou-se que o Mundo experimentaria tal doutrina, se converteria ao socialismo. Mas isso não ocorreu, antes, com a investida dos EUA para salvar o capitalismo, entramos no período da Guerra Fria, a Terra se tornou bipolar, capitalismo versus socialismo.
No período, a URSS teve como principal discussão a defesa da “jovem nação socialista”, por isso era vital promover a modernização: o que levou a rápida industrialização, com os recursos da coletivização agrícola; crescimento desigual desetores, principalmente daqueles que trariam mais forças ao crescimento; e a implementação dos planos quinquenais para metas econômicas a serem alcançadas.
Entretanto, o fracasso veio de uma contradição interna, a corrupção dos próprios líderes do socialismo russo. Da sequência Lenin, Stalin e Gosbachev entendemos o decair do sistema, que teve seu princípio bem fundamentado, mas depois tornou-se numa ditadura terrível e por fim se definhou na abertura para a democracia. Foi o medo de perder o poder que levou a liderança corrupta e classista ao fracasso. Todas as tentativas de manter o poder foram “frustradas por se depararem as propostas de reforma descentralizadoras com a resistência da liderança e da burocracia partidária que temia ser alijada do comando do sistema”.
O Socialismo russo alcançou muitas coisas, sua rápida industrialização serviu de modelo para os países libertos do peso colonial, mas o custo material e humano foi muito grande. O sistema não era igual para todos, haviam os privilegiados.
Com o fim desse sistema, o capitalismo se tornou único no mundo, mas nunca foi o modo perfeito de economia. O que ele criou foi uma desigualdade intensa e interesses geopolíticos diferentes entre as nações, desemprego, terceirização e precarização do trabalho – entendemos isso por Neoliberalismo. Ainda levando em considerações os efeitos sobre o meio ambiente. Os países se beneficiaram, mas apenas em partes: a economia cresce, a industrialização se intensificam, mas concomitantemente o potencial humano é desperdiçado, marginalizado. De fato, o que atraiu tanto no capitalismo foi o poder muito maior para quem lidera o sistema, assim o mais rico é o dominador, isso nos faz relembrar da centralização, não diferente do que era o socialismo.
Avançando na história, o fim do debate entre os dois polos produziu um vácuo ideológico, e o capitalismo não é capaz de preenche-lo, pois a dúvida que permanece é se o socialismo “… enquanto perspectiva de organização social, pode vir a transformar a utopia em realidade”.
A Guerra Fria se desenvolveu em torno da capacidade militar de cada bloco, a corrida armamentista. Desse período reconhecemos grandes avanços científicos, mas também grande retrocesso social. E foi isso que derrotou a URSS, a sua impossibilidade de reagir ao crescimento armamentista capitalista.
Com isso, entrando no último período da derrocada soviética, o sistema toma uma postura completamente diferente. O discurso, na boca de Mikhail Gorbachev, é de que “ a segurança internacional repousa no reconhecimento de que todas as nações têm direito à escolha de seus próprios caminhos de desenvolvimento social”, essa postura assinala o rompimento dos países ligados à URSS. O que reconhecemos no discurso tomado pela Rússia: a liberdade individual. E o socialismo perdeu sua identidade. Sem a interferência militar russa contra os movimentos contra o sistema, as revoluções alemãs, pacíficas, de derrubada dos governos socialistas levaram à queda do Muro de Berlim.
Enfim, o mundo bipolarizado se extinguiu, mas o espírito de revanchismo não foi embora. O que nos mostra o restante do texto é que os Estados Unidos tomaram, recentemente, medidas agressivas contra os russos. Como a criação de um sistema de defesa militar na Polônia e República Tcheca e a expansão das bases da Otan nas fronteiras russas. Tudo isso causado por magoas, medos, um ciume Americano, tendo em vista o poder energético de que se dispõe a Rússia e as disputas pela região do Cáucaso, com reforço na posição estratégica que possui a Rússia no plano da segurança internacional, no seu poderio militar e na sua posição no Conselho Internacional de Segurança.
Em suma, o que nos vem à mente, nesse novo momento, são as novas ações que o governo Norte-Americano tomará a esse respeito. De fato, o conflito intenso terminou, mas diplomaticamente – nos bastidores – ainda há muito o que se discutir para impedir que por erros humanos o mundo volte à tensão vivida naqueles tempos e ao perigo de uma Terceira e terrível nova Guerra, agora com extensões nucleares.
Conclusão
Para entender o que se desencadeou durante o século XX, nosso olhar precisa ser bem amplo. Precisamos entender o período Napoleônico, e as Revoluções industriais. Compreender as novas necessidades das populações e a formações de um novo colonialismo. Mas é importante sabermos que todos os conflitos se deram em decorrência de uma superioridade ideológica tomada por cada nação foco de tais conflitos.
A queda do muro simbolizou, principalmente, a liberdade. Mas liberdade nunca foi sinônimo dessas economias que sempre tentaram subjugar povos em benefício próprio. Assim, o nosso entendimento e discussão deve nos levar a encontrar uma forma de fazer essa liberdade da-se realmente.
Esamc Campinas – Unidade II
13 de Abril de 2015
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