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Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro 01/08/2012 Sociologia e Antropologia • Introdução • Objetos • Relação com o Direito Bibliografia • Homo Juridicus – ensaio sobre a função antropológica do direito – Alan Supiat • Massa e Poder – Elias Canetti • A Sombra das Maiorias Silenciosas – Jean Baudrillard • A Mitologia do Direito Moderno – Peter Fitzpatrick � Sociologia estuda: Fatos Sociais e Relações Sociais � Os pilares da sociologia: Marx, Weber e Durkheim � Fato social � definido por Weber � ato que uma pessoa comete com repercussões na sociedade. � Relações sociais (Weber) � conjuntos de fatos sociais. � No início da antropologia, os antropólogos foram os legitimadores da colonização de povos “primitivos”. � Primatologia – antropologia focada nos primatas. � Antropologia: � Sociologia: Como o Direito repercute nos agrupamentos sociais? � O Direito deixa de ser um espelho da sociedade para se tornar uma estátua. A sociedade tem de se pautar pelo Direito. � Como relacionar Sociologia e Antropologia com o Direito? � Homo Juridicus – Alan Supiot � o Direito é do homem ocidental, no Oriente os homens se relacionam pelas leis. No mundo contemporâneo, o homem está deixando de ser jurídico (outras relações: econômicas, religiosas, etc). � Como as sociedades se desenvolvem. � A morte das sociedades. � Baudrillard � Simulacro (inspirou Matrix, o filme) � o “fingimento” é tão perfeito que se mistura com o real � A Sombra das Maiorias Silenciosas � as massas Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro >> Onde existe sociedade, existe Direito. << � Não necessariamente. O Direito é uma opção que os ocidentais fizeram para lidar com a ideia de LEI. � Lei � conduta prescrita a ser exigida por alguém. Existe em todo lugar. � Porém, não quer dizer que onde há lei, haja tbm Norma (esquadro em latim), Regra (régua) e Direito (reta) � todos se referem a medidas certas � Geometria. Nossa forma ocidental de lidar com as leis tem a ver com harmonia, com uma relação geométrica. O Direito estabelece a relação do homem ocidental com a lei. � Ex.: a medida entre o crime e a pena é uma ideia ocidental. A medida é uma ideia ocidental. Não existe no Oriente (ex.: pena por cometer adultério � ser apedrejada até a morte). � O Direito surge na Grécia através de uma reflexão sobre limites. Hybris � desmedida / exagero � o pior crime e o pior pecado que alguém poderia cometer. (Direito, religião e ética estavam intimamente ligados). Isoteus � tentar me tornar igual aos deuses � ultrapassar limites � incorrer na Hybris. � O Direito aparece nas Tragédias Gregas � diversos casos de Hybris. Ex.: caso de Ícaro, Édipo Rei. � O Direito re-harmoniza, faz voltar aos limites, é o retorno ao equilíbrio social. � Na Democracia Grega é onde começa a se perceber os limites de uma pessoa em relação às outras. � Pensamento Ocidental � penso primeiro no EU e depois no OUTRO. � Pensamento Oriental – Confúcio – penso primeiro no outro e depois em mim. � Lei Muçulmana x Lei Ocidental. � Alcorão. � A lei aplicada diretamente. � Direito intimamente ligado à religião e à moral. � Crime = Pecado. � “O máximo do Direito é o máximo da injustiça.” � No mundo Ocidental, hoje, estamos vendo as leis através da ECONOMIA. � As últimas modificações nas leis brasileiras (últimos 50 anos) foram condicionadas pela economia. Ex.: divórcio facilitado (solteiros ga$tam mais); direitos dos gays reconhecidos (gays ga$tam dinheiro). 08/08/2012 Anotações by Cleydnelson / pitacos by Renatto Castro Sentido antropológico do Direito • Jurisdização do homem � a responsabilização do homem � A punição transforma em pessoa jurídica • O castigo como forma de Direito � Nietzsche � O castigo cria um limite para a atuação do homem Jerusalém • Formação da identidade humana o Homem ocidental Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro o Depende de duas cidades – Jerusalém e Atenas o Nossa identidade não existe por si mesma • Terceiro garante da identidade (Deus) o Nossa identidade depende do 3º garante que é nossa identidade com Deus Atenas • O problema da responsabilização o Cometeu um ato, era responsabilizado o O ato criminoso viola a ordem do cosmos inteiro, não só social – há uma volta para puní-lo • O limite como aspecto do humano o O homem não deve passar a Hybris (desmedida) / limite para a ação / limite para a Pólis • Secularização da palavra o Terceiro garante passa a ser o Estado na modernidade o Temas humanos tratados sem recorrer ao religioso – tornam-se mundanos • O Processo de secularização do direito o Gregos *O desenvolvimento histórico não é o mesmo em todos os lugares. * Kelsen diz que a parte mais importante da norma é a sanção. *Sujeito de direito, capacidade que o mesmo tem de arcar com os seus compromissos. * A formação da identidade humana depende de duas cidades: Jerusalém e Atenas. *Terceiro Garante dá identidade ao homem: Deus para os hebreus. * Direito relacional não é uma norma de sentido universalista. * Alain Badiou - São Paulo e o universalismo. *Nómos: Ordem * Os gregos acreditavam no nomos universal * Hybris, limite moral, limite jurídico, surge em Atenas. * Na Modernidade o Terceiro Garante passa a ser o Estado. * Século quinto antes de Cristo, período axial na Grécia ocorre a secularização da palavra. 15/08/2012 Durkhein Espaços de direito para espaços de anomia (ausência de ordem = não-direito) Aluno de Augusto Comte (pai do positivismo científico – ciência livre de juízos de valor) Ideias do Comte aplicadas ao Direito Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro Para Comte, o Direito é ritualístico (julgamentos, processos, etc) = reafirmação da estrutura social � controlar ou reafirmar o status social. Rituais semelhantes aos rituais religiosos. � Formações sociais primitivas o O que forma e mantém uma sociedade unida? o Nas sociedades primitivas � solidariedade o Solidariedade rudimentar – postos de trabalho rudimentares (pesca, caça, cozinha, manter a “aldeia”) – as relações são mto estreitas, com poucas possibilidades. Para manter a solidariedade é preciso impor uma certa ordem � autoridade vertical � solidariedade mecânica o As sociedades podem e chegam ao fim. � Solidariedade mecânica o Imposta através do uso de uma autoridade vertical (a Política é fundamental) o Ex.: sociedade feudal o Sociedade dividida em estamentos o Igreja foi fundamental � não questionamento do papel nos estamentos (Deus quis....) o Quando a autoridade é questionada, a estrutura social inteira pode ruir. o Nas sociedades ocidentais substituída pela solidariedade orgânica. � Solidariedade orgânica o Revolução industrial – postos de trabalho variados e interdependentes. o A relação de solidariedade não é mais imposta � é horizontal. o Nasce espontaneamente, através das relações sociais. o O Direito regula o intercâmbio dessas atividades. O Direito é fundamental. o Quanto mais evoluída e desenvolvida se torna uma sociedade, mais complexas as relações, mais complexo o Direito e cada vez mais necessário. � O problema moral nas sociedades industriais o Problema jurídico o O problema é quando as atividades, de tão variadas e complexas, não se intercambiam, se isolam. Falta a ideia do todo � trabalhador isolado � postura egocêntrica das pessoas � frustração � relativização dos seus parâmetros morais �acaba criando justificativas para os seus deslizes morais. o Acontece inevitavelmente nas sociedades industriais. � Direito e ritualística secular o O ritual do Direito acaba se perdendo no meio dessa perversão moral. o Soluções fogem da ritualística. o A reafirmação do social é aparente (a forma sem sentindo nenhum). o O ritual passa a ser desacreditado e perde a sua força. o O ritual em descrédito � o Direito em descrédito � reafirmação do descrédito da sociedade.... o Cria-se um espaço de anomia � Anomia e suicídio o Não-direito. o Desgraça social (crime, corrupção, etcs... q levam a sociedade ao declínio). o Individualmente: o suicídio. (Antes estudado apenas pela filosofia e pela psicologia). Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro LEITURA – TEXTO NO XEROX + PRÓLOGO E 1º CAPÍTULO DO LIVRO HOMO JURÍDICUS TRABALHO – 29/08 – EM SALA PROVA – 19/09 22/08/2012 Theodore Adorno Max Horkheimer Representantes da Escola de Frankfurt Durante a 2ª Guerra foram para os EUA levando a Escola de Frankfurt Marcos na Sociologia Horkheimer � livro – Teoria Crítica Em conjunto � A dialética do Iluminismo (ou Esclarecimento) Após a Segunda Guerra (1948) voltam aos EUA O que a filosofia e a ciência social podem nos dizer sobre o ser humano após Auschwitz? Adorno � estudou a música (teoria) e a indústria cultura � chega à conclusão de que a arte morreu no séc. XX � Platão (a compreensão da música é a compreensão do seu povo – música = ordem) � escreve um ensaio : “Indústria Cultural” – como a apropriação capitalista se apropriou da arte e os reflexos disso. � A Aura da arte enfraquece. � a reprodutibilidade técnica matou a arte. Quanto mais distante a arte está de seu público (te faz pensar, te puxa a ela, te emerge), maior é sua aura como arte. O “Jazz” era o maior inimigo de adorno – o lixo do lixo musicalmente � sinal de decadência. Arte não foi feita para agradar, está ali para ser complemento de vida – parte de nossa existência que nos faz refletir sobre ela (pensamento estético). O Jazz tinha que ser agradável... � transformou a música em mercadoria (disco) � 1º o produto, depois a arte. Livro muito lido na década de 1960. Adorno resolve estudar o método hegeliano. Toda teoria crítica não simplesmente analisa o objeto estudado mas também o método adotado na crítica ao objeto. Para a teoria crítica não bastava a análise da ciência para o objeto – a teoria crítica questiona os objetos sociais e sua própria metodologia. Jaula de ferro da razão (Weber) � estamos presos e não há jeito de sair. Tudo que nos prende e nos domina vai continuar existindo do mesmo jeito. Não há emancipação, continuaremos sendo escravos para sempre. Dialética do Esclarecimento Levar a racionalidade ao seu extremo. Testar os limites da racionalidade iluminista (q chegou até nós como parâmetro de emancipação). Hobbes � a razão libera o homem do estado de natureza. O bom selvagem de Rousseau � através da razão se sai dessa.. A razão passou a ser parâmetro de tudo. Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro Kant – A Razão Pura O uso da razão foi mto importante para a construção do nosso projeto de modernidade. A razão nos emancipa. Surge assim outra concepção de mundo. Grandes crenças e mistérios do mundo acabam sendo desmoralizados. Desencanto (Weber).] Através da teoria crítica, a racionalidade acaba convertendo ela mesmo em mito. O mito de que tudo tem explicação, de que tudo tem que ser analisado e de que a resposta racional é a melhor. (Apenas um mito). Porém o mito já vem da antiguidade. Odisseia de Homero. O homem racional já tinha importância maior do que o homem que usava o braço para trabalhar. Ulysses era astuto e engenhoso e tudo q ele consegue é através da estratégia. Vitória sobre Tróia – cavalo de Tróia foi ideia de Ulysses. Ao final da guerra tenta voltar para casa, porem ele se nega a prestar reverências a Poseidon. A partir disso é levado a uma jornada de 10 anos, vencida através de uma razão instrumentalizada (ref. Weber) e estratégica, a ponto de sacrificar seus marinheiros. Porque a razão social chega ao ponto de mito? Através do mito da razão o mando é justificado � predomínio da razão sobre o trabalho braçal. (Já vem da antiguidade grega – a caixa de pandora – dela sai o “trabalho” como castigo; e de uma sociedade que vivia com a escravidão). O trabalho braçal continua sendo desmerecido na modernidade. O mito da razão justifica a divisão do trabalho. Mito do Ulysses com as sereias (Odisseia) � estratégia de Ulysses para ouvir o canto das sereias � exemplo de burguesia (Ulysses) comandante, alienado e que quer usufruir do canto da sereia e os operários (os marinheiros que prenderam Ulysses no mastro). O corpo é inferior à mente/razão. Trabalhadores análogos aos escravos da antiguidade (apenas corpo). Quanto maior a necessidade do trabalho do outro aumenta, maior a distância entre quem manda e quem faz, o desprezo de quem manda se torna muito maior. Körper – cadáver (em alemão) � a separação entre razão e trabalho, entre mente e corpo, fica tão distante, que o trabalhador acaba sendo reduzido a um corpo, animado por funções biológicas, mas sem vida (uma espécie de zumbi), trabalha para o outro ficar rico e nem percebe isso. O próprio trabalhador acha normal e necessário. A emancipação se torna uma utopia. Estamos nos aceitando cada vez mais como cadáveres (um mero organismo a ser moldado e construído para seguir determinado padrão ou forma). Nessa época ainda existia uma saída � Lieben (vida, vivo) Como sair do körper e ir para o lieben? Arte � a arte de verdade te machuca, te mostra q a tua vida é mto pequena e te faz querer sair daquela situação medonha de escravinho. O que se compra, o que se consome não vale nada diante da beleza da arte. A arte te salva desse estado de morte e é incontrolável. (Pensamento antes do livro a “Indústria Cultural”). Prazer � reflexão sobre o prazer (não da forma mecanizada) � modelo de prazer, do que se quer para a vida. Em Marx, o ser humano era livre fora da fábrica. Hoje, toda a mecanização da fábrica tomou conta de todos os aspectos da vida (lazer, consumo, prazer, descanso, etc.). � Alienação. BBB � representa a sociedade, estrutura de trabalho. Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro Mercadoria � trocada por dinheiro (a mercadoria perfeita do capitalismo) � é cambiável por tudo. Não existe nada que não pode ser comprável ou substituído por dinheiro dentro da lógica do capitalismo. Salvava-se o ser humano. Porém... A lógica do exemplar � substitui-se o sujeito (q tem consciência de si, único) pelo indivíduo (mata-se a singularidade � podemos ser trocados um pelo outro, a qualquer momento � intercambiáveis � a massa). Ser humano transformado em mercadoria. Auschiwitz – campo de concentração – retira o sujeito do indivíduo (roupas iguais, cabeças raspadas, nomes por números) � um ou dois que morrem não fazem diferente no meio da massa. Júri – “pechincha” da pena do réu pelo advogado (como se fosse preço de mercadoria). O corpo tratado como organismo tbm passou a ter seu preço. Ex.: inseminação artificial com escolha das características do bebê � crianças já nascem condicionadas. Márcia Tibury – os cansados e os contentinhos. (Palestra) Livro – O Homem Revoltado. Teoria social crítica Razão e Mito Dialética do Esclarecimento Körper Lieben Razão e divisão de trabalho A lógica do exemplar no mundo moderno � Obras Walter Benjamim – reeditadas em 2009 – Ed. UFMG � Coletâneas (passagens) – Ed. Unesp 05/09/2012 Antes da burguesia não existia direito (segundo Marx),que nasceu em função da burguesia. Troca de mercadoria. Barganha de penas. Preço pelo afeto. • Mitologia do Direito Moderno – livro de Peter Fitzpatrick � Trabalha a ideia do direito moderno como mito. Adorno e o outro trabalhavam apenas a razão. � O Direito moderno não tem um fundamento. É mítico porque se funda no seu próprio nascimento. � Estado de natureza de Hobbes � não existe Direito. � O Direito se inicia como um performativo. Alguém diz q “matar é errado”. A partir daí matar se torna crime, ilícito, algo injusto. Antes disso não tinha nenhum sentido jurídico. Porque não podemos matar? Porque a vida é sagrada? Porque é contra a natureza? Como isso pode fundamentar o Direito? O fato de não poder matar quer dizer q a vida tem sentindo metafísico e etc. Mas qual fundamento temos para essa proibição? Não há fundamento, não há Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� � Anotações de Aula – Thaís Bombassaro uma razão de ser. Nada existia antes para basear o direito. O Direito se funda na sua própria ação de autoridade. É obrigatória a obediência por causa da coerção. � Na modernidade criam-se inúmeros mitos em relação à criação do Direito. A partir desse momento, em que o Direito passa a ser mitológico, excluem-se outros mitos. Ex.: crença ocidental no evolucionismo de Darwin e crença oriental na criação do homem por um Deus. Assim, ridicularizamos as outras crenças, por achar que a nossa é a verdadeira razão. O Direito, colocado no lugar da razão (Penso, logo existo), exclui tudo o q está fora dele, como errado, etc. O Direito se forma a partir da negação das crenças dos outros povos (negação do outro). � O Direito criado por e para homens brancos burgueses. (Quem não era homem branco burguês ficava à margem do Direito). A ordem ocidental criada por homens brancos (mulheres e negros devem se adequar). � Para que as pessoas sejam “aceitas” pela ordem, elas têm que se adequar a essa ordem. • O ocidente enquanto mito negativo • O direito enquanto mito negativo � O Direito nega todas as outras formas de vida social que não sigam o seu padrão. � O Direito tem a intenção de ser único, onipotente e imortal (assim como Deus). � A religião, como mito, tem q excluir todos os mitos para dar certo. Assim funciona com o Direito. � A lógica do campeão, do herói � o cara q dá uma definição para o Direito q se torna paradigma, até vir outro com um conceito melhor e tomar o seu lugar e assim sucessivamente. • O direito enquanto mito: � Da unidade formal (autoridade) � Inicia com Hobbes � Kelsen /Austin / Hart / Dworkin � Hart: Quem tem a última palavra são os funcionários públicos competentes (reafirma o que Austin falava) � Dworkin: Sua ideia é de q o Direito é social, suas decisões devem ser de acordo com diversos fatores anteriores como uma colcha de retalhos. Ver o passado olhando para o futuro� o “Juiz Hércules”. Volta ao mesmo ponto de Hart (e Austin) � O Direito é o que a autoridade coloca. � Do reflexo social (sociedade) Baseado nas teorias marxistas (Marxismo Vulgar) – Direito condicionado à economia. (O Direito garantido para quem garante). O Direito não é reflexo social, senão, mudaria a cada fase passada pelas sociedades. � Fitzpatrick: O Direito tem uma cara formal (autoridade) e uma material (sociedade). Como desconstruir esse mito? Só posso construir os mitos do Direito achando outros mitos mais passíveis de entendimento do que os existentes. Não há como acabar com o mito do Direito. Pode-se substituir o mito mais fácil pelo menos fácil, mas nunca eliminar a mitologia. • Crítica a H.L.A. Hart • Crítica a Ronald Dworkin Sociologia e Antropologia DIRN�B �� �-� Anotações de Aula – Thaís Bombassaro Obs.: A Revolução dos Bichos (Orwell) Trotsky � Bola de Neve Stalin � Napoleão Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais que os outros. 17/10/12 � Poder simbólico e violência no direito • O caso dos feminicídios em Ciudade Juárez � Tautologia criminosa (se mata mulheres pq se mata) • A instauração do poder simbólico � Livro: O Poder Simbólico (Pierre Bourdieu) � Campos de autoridade que não necessariamente envolve uma coerção física. � Ex.: não matar pq é errado (não se pensa na sanção), não fumar por educação e não pq a lei proíbe e traz uma sanção). � Quem tem autoridade para legitimar uma proibição? � Juiz tem um poder simbólico, que se reforça a cada ato. � Exemplos tbm na ciência sobre certos assuntos (ex.: chocolate, café, etc fazem bem/fazem mal) • Violência e linguagem � Linguagem como forma de violência � A linguagem separa as coisas � Kategorien – Categoria – Categorizar � Nomear “coisas” significa ter poder � Orações, mantras, magia (citações) � Ex.: a pessoa que reza se sente melhor � Somos seres formados pela linguagem � Porém, toda linguagem é violenta. � Estuprador sobre seu território (corpo da mulher) • Discurso vertical e discurso horizontal � O discurso do estuprador se espalha para toda a comunidade � Nas relações sexuais, o homem sempre quer “tirar” alguma coisa da mulher. • Sacrifício e tributo � Sacrifício � reinstaura ou reafirma uma ordem simbólica � Nossa sociedade é estruturada em relação ao sacrifício � Tributo � na reafirmação da masculinidade, o homem tem que tirar da mulher a sua condição de sujeito. Esse tributo (q pertence à mulher) é tomado dela e repassado para a sociedade à sua volta. • O direito como linguagem condicionada pelo poder simbólico � Depois que uma linguagem é instaurada, ela fica e se reproduz com um automatismo. • O problema das categorias jurídicas • Crimes sexuais • Crimes corporativos e de segundo estado
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